Respostas do Roteiro 8 MI

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1) Indique o nome das estruturas assinaladas e a sua função. 
- Corpo: é o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as proteínas neuronais. Juntamente com os dendritos, é local de recepção de estímulos.
- Dendrito: são as porções receptoras de um neurônio. A membrana plasmática dos dendritos (e dos corpos celulares) contém inúmeros receptores para que ocorra a ligação de mensageiros químicos de outras células.
- Mitocôndria: responsável pela energia na forma de ATP (adenosina trifosfato); usa oxigênio e glicose para produzir a maioria da energia da célula.
- Núcleo: sintetiza RNA a partir do DNA e o transporta através de poros ao citoplasma para uso na síntese de proteínas.
- Bainha de mielina:  proteger o axônio. Além disso, ela também acelera a velocidade da condução do impulso nervoso.
- Nodo de Ranvier: o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo de Ranvier para outro, o que acelera a transmissão do impulso e chega a velocidades muito altas.
- Axônio: propaga o impulso nervoso para outro neurônio, para uma fibra muscular ou para uma célula glandular. 
- Célula de Schwann: células da neuroglia do sistema nervoso periférico as quais formam as bainhas isolantes de mielina dos axônios periféricos. São células que envolvem alguns tipos de neurônios. Costumam enrolar-se em torno do axônio, formando a bainha de mielina.
- Terminal do Axônio: local onde seu neurônio entra em contato com outros neurônios e/ou outras células para transmitir o impulso nervoso.
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2) Identificar na lâmina Nervo -HE as seguintes estruturas:
· Epineuro
· Perineuro
· Endoneuro
· Núcleos células de Schwann
· Núcleos células do Endoneuro
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3) Os neurônios não são as únicas células do Sistema Nervoso. Pesquise sobre as demais, quais são, quais as características e quais as funções de cada uma.
	 Principais funções atribuídas às células da neuróglia.
	Célula
	Função
	Astrócitos
São células com muitos prolongamentos que se irradiam do corpo celular.
	Suporte estrutural dos neurônios
Nutrição e troca de metabólitos entre o plasma e neurônios
Absorção de glicose do sangue e transformação de glicose em lactato, que é fornecido aos neurônios
Controle da homeostase e do microambiente iônico em torno dos neurônios
Regulação da condução axonal e da função de sinapses
	Oligodendrócitos
Parecem dotados de menor número de prolongamentos que os astrócitos
	Revestimento de axônios do SNC por bainha de mielina
Secreção de fatores neurotróficos
	Micróglia
São as menores células da glia, curtos prolongamentos são frequentemente emitidos das extremidades do citoplasma e ramificam-se em ângulos retos. 
	Fagocitose e reação imunológica
	Células ependimárias
Organizam-se como epitélio simples com células ciliadas, cujo formato varia de achatado a cúbico.
	Revestimento das cavidades do SNC (canal ependimário da medula espinal, ventrículos cerebrais e plexos coroides)
Produção de líquido cefalorraquidiano
Barreira contra entrada de moléculas indesejadas no líquido cefalorraquidiano
	Células de Schwann
São enroladas em torno do axônio.
	Revestimento de axônios e de pericários no sistema nervoso periférico – considerados pertencentes à glia ou equivalentes à glia
4) Descrever a histofisiologia das meninges e esquematize (desenhe) sua organização anatômica com o auxílio de peças e atlas.
No interior do SNC praticamente não há tecido conjuntivo. No entanto, existem três camadas de tecido conjuntivo que revestem externamente o SNC e o protegem – são as meninges. Essas camadas de tecido conjuntivo, respectivamente, do exterior para o interior do SNC são: dura-máter, aracnoide e pia-máter.
- Dura-máter: camada mais compacta e fibrosa das meninges, apresenta-se aderida ao periósteo do osso que envolve as estruturas nervosas. É formada principalmente por fibroblastos e fibras colágenas. A dura-máter pode conter seios venosos dilatados que são importantes para o retorno venoso de sangue do cérebro para a circulação geral. Além disso, extensões da dura-máter em forma de tabiques separam incompletamente porções do encéfalo. Na medula espinal há um espaço entre a dura-máter e a superfície óssea e de ligamentos, denominado espaço epidural ou espaço peridural, região utilizada para injeção de anestésicos. A adesão da dura-máter à camada seguinte (mais interna) de meninge não é muito forte, e podem ocorrer descolamentos devido a traumas mecânicos, formando espaços subdurais resultantes de acúmulo de sangue (são as hemorragias subdurais).
- Aracnoide: camada intermediária situada entre a dura-máter e a pia-máter. É composta por uma delgada lâmina da qual partem inúmeras trabéculas de tecido conjuntivo apoiadas na pia-máter. O espaço entre as trabéculas – espaço subaracnóideo – é preenchido por líquido cefalorraquidiano.
- Pia-máter: uma delgada camada de tecido conjuntivo apoiada diretamente no tecido nervoso e que acompanha as irregularidades de sua superfície. A pia-máter prolonga-se e acompanha os vasos sanguíneos que penetram no tecido nervoso, mantendo um espaço ao redor dos vasos. Esse espaço se continua com o espaço subaracnóideo e é igualmente preenchido com líquido cefalorraquidiano.
5) Identificar na lâmina Medula – HE as seguintes estruturas:
· Dura-máter
· Aracnóide 
· Pia-máter
· Corno dorsal (substância cinzenta) 
· Corno ventral (substância cinzenta)
· Comissura central 
· Sulco mediano anterior
· Sulco mediano posterior
6) Vimos na embriogênese que a barreira placentária cumpre papel de proteção, filtrando substâncias. O encéfalo, de condição fundamental para a vida, também é beneficiado com um mecanismo de função semelhante. Discorra sobre esta barreira.
Uma barreira, denominada hematencefálica, é importante para manter o equilíbrio do microambiente em que estão banhados os neurônios e as células da neuróglia. Desta maneira, o tecido nervoso do SNC permanece relativamente isolado de várias substâncias presentes no restante do organismo.
O principal componente da barreira hematencefálica está nos capilares sanguíneos que irrigam o tecido nervoso. Esses capilares sanguíneos são do tipo contínuo, ou seja, não apresentam perfurações nem fenestrações em suas paredes, como pode ocorrer em outros locais do organismo.
Além disso, há grande quantidade de junções de oclusão nas margens das células endoteliais desses capilares. Essas junções dificultam a passagem de substâncias por via paracelular (entre células endoteliais adjacentes) entre o conteúdo do capilar e o tecido nervoso.
Prolongamentos de astrócitos que atingem vasos sanguíneos – os pés vasculares – estão apoiados na lâmina basal dos vasos e possivelmente contribuem para impedir a passagem de material através da barreira hematencefálica.
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7) Faça um resumo sobre o líquor, contemplando definição, função principal e locais de produção e absorção.
O líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluído cérebro espinhal, é definido como um fluído corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnóideo no cérebro e medula espinhal (entre as meninges aracnoide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Outra função deste líquido é fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo; equilibrar a pressão intracraniana quando há alteração na pressão arterial.
É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnóide em uma taxa de aproximadamente 20 ml/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 ml, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 ml.
O LCR flui dos ventrículos atravésdos forames laterais e mediais, adentrando no espaço subaracnóide, recobrindo tanto o córtex quanto a medula espinhal. A reabsorção deste líquido ocorre nos vilos aracnoides, encontrando-se em maior número no seio sagital superior. Este líquido não se resume a um ultrafiltrado do soro: ele é gerado por filtrações através dos capilares coróides e posterior secreção e transporte ativo bidirecional de substâncias pelas células epiteliais coróides.
A barreira hemato-encefálica é uma barreira virtual que realiza trocas em ambas as direções entre o sangue, o LCR e o SNC. Esta barreira, que é totalmente desenvolvida nos adultos, impede a penetração de algumas substâncias que podem ser tóxicas para o SNC.
Produzido pelo plexo coróide. Reabsorvido principalmente pelas granulações aracnoideas que se projetam para o interior da dura-máter.
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8) As divisões do Sistema Nervoso Autônomo atuam antagonicamente, com prevalência alternada conforme a situação. Apresentam diferenças quanto a neurotransmissores e respectivos receptores, origem dos nervos, localização dos gânglios com relação aos órgãos efetuadores e, logicamente, nos resultados de sua estimulação. Faça um comparativo entre o SNA simpático e parassimpático identificando tamanho das fibras, origem no SNC, mediadores químicos. Esboce um quadro comparativo com essas diferenças.
O sistema nervoso parassimpático é também denominado divisão craniossacral do sistema autônomo, pois os pericários de seus neurônios centrais situam-se em núcleos encefálicos (tronco cerebral – bulbo, ponte e mesencéfalo) ou na porção sacral da medula espinal. Suas fibras pré-ganglionares estabelecem sinapses em neurônios ganglionares presentes nos gânglios autônomos situados fora do SNC.
Uma característica relevante dos gânglios do sistema parassimpático é que em geral eles se situam muito próximos ou no interior dos órgãos que eles inervam. Por esta razão, são também denominados gânglios intramurais.
As fibras pós-ganglionares parassimpáticas saem desses gânglios intramurais para inervar estruturas efetoras. Essas fibras são, portanto, relativamente curtas.
Por outro lado, o sistema nervoso simpático é também denominado divisão toracolombar do sistema autônomo, pois os pericários de seus neurônios centrais situam-se nas colunas intermediolaterais dos segmentos torácico e lombar da medula espinal.
As fibras pré-ganglionares emitidas por esses neurônios estabelecem sinapse com neurônios situados nos gânglios simpáticos. Esses gânglios formam cadeias bilaterais em relação à medula espinal e têm localização laterovertebral, pré-vertebral ou paravertebral, e outros situam-se nas proximidades de grandes vasos sanguíneos e estão espalhados no interior da cavidade abdominal. Normalmente são interligados por fibras nervosas, constituindo plexos simpáticos (p. ex., plexo celíaco na cavidade abdominal).
Os gânglios simpáticos situam-se fora das estruturas inervadas; em consequência, as fibras pós-ganglionares simpáticas que inervam os efetores são longas, em comparação com as parassimpáticas.
Quanto à presença de mielina, de modo geral as fibras pré-ganglionares são mielinizadas, e as fibras pós-ganglionares não o são.
Há várias diferenças funcionais entre o sistema nervoso simpático e o parassimpático:
O neurotransmissor liberado nas sinapses do SNA varia com a localização da sinapse:
- Tanto no sistema simpático como no parassimpático, o neurotransmissor liberado nas sinapses feitas entre as fibras pré-ganglionares do primeiro neurônio da cadeia e o segundo neurônio – neurônio ganglionar – é, na maioria dos casos, a acetilcolina
- As fibras pós-ganglionares simpáticas são adrenérgicas. Liberam norepinefrina na terminação nervosa pós-ganglionar simpática situada nos efetores
- As fibras pós-ganglionares parassimpáticas são colinérgicas e liberam acetilcolina na sua terminação nervosa situada nos efetores.
Muitas estruturas são inervadas por uma ou outra divisão do SNA. Por outro lado, há várias estruturas duplamente inervadas pela divisão simpática e pela parassimpática, com efeitos geralmente opostos. Nas arteríolas, por exemplo, o sistema nervoso simpático geralmente promove contração do músculo liso de suas paredes (contribuindo para manutenção ou elevação da pressão arterial). O sistema parassimpático pode promover dilatação de arteríolas, dependendo de sua localização. Nas glândulas salivares ocorre sinergia, em que os dois sistemas atuam para promover secreção.
A norepinefrina é reconhecida por diferentes receptores da superfície das células – dependendo do receptor, o neurotransmissor pode atuar de uma maneira ou de maneira oposta.
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9) Já sabemos que o SNC recebe informações e emite ordens correspondentes. Utilizando-se de expressões como aferente ou sensitivo, eferente ou motor, somático, visceral, as da classificação dos receptores sensoriais e outras similares que julgar conveniente, explique o mecanismo neurológico de percepção e resposta para os seguintes fenômenos:
a) Uma pedrinha mordida em meio a uma garfada de feijão com arroz.
b) Uma mordida involuntária na bochecha.
c) Um pedaço de carne com muito sal levado à boca.
d) Ingestão de um café muito quente e sem açúcar.
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10) O princípio da antimeria determina que os nervos se disponham simetricamente, em direitos e esquerdos. Assim temos os pares cranianos e espinhais. 
a) Quantos e quais são esses pares de nervos? 
Os Motores (puros) são os que movimentam o olho, a língua e acessoriamente os músculos látero-posteriores do pescoço. São eles: III – Nervo Oculomotor; IV – Nervo Troclear; VI – Nervo Abducente; XI – Nervo Acessório; XII – Nervo Hipoglosso.
Os Sensitivos (puros) destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados sensoriais e não apenas sensitivos, que não se referem à sensibilidade geral (dor, temperatura e tato). Os sensoriais são: I – Nervo Olfatório; II – Nervo Óptico; VIII – Nervo Vestibulococlear
Os Mistos (motores e sensitivos) são em número de quatro: V – Trigêmeo; VII – Nervo Facial; IX – Nervo Glossofaríngeo; X – Nervo Vago
Cinco deles ainda possuem fibras vegetativas, constituindo a parte crânica periférica do sistema autônomo. São os seguintes: III – Nervo Oculomotor; VII – Nervo Facial; IX – Nervo Glossofaríngeo; X – Nervo Vago; XI – Nervo Acessório
- Na ordem: 
1) Nervo Olfatório / 2) Nervo Óptico / 3) Nervo Oculomotor / 4) Nervo Troclear / 5) Nervo Trigêmeo / 6) Nervo Abducente / 7) Nervo Facial / 8) Nervo Vestibulo-Coclear / 9) Nervo Glossofaríngeo / 10) Nervo Vago / 11) Nervo Acessório / 12) Nervo Hipoglosso. 
b) Que funções principais exercem os pares cranianos?
Fazem conexão com o encéfalo. Eles estão ligados com o córtex do cérebro pelas fibras corticonucleares que se originam dos neurônios das áreas motoras do córtex, descendo principalmente na parte genicular da cápsula interna até o tronco do encéfalo.
Os nervos cranianos sensitivos ou aferentes originam-se dos neurônios situados fora do encéfalo, agrupados para formar gânglios ou situados em periféricos órgãos dos sentidos.
C) Identifique em peças e atlas a origem aparente de cada um deles.
c) Identifique em peças e atlas as emergências cranianas de cada um deles.
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D) Funções neurológicas especiais envolvem estruturas denominadas de órgãos dos sentidos, efetuadores naturais dos propalados “cinco sentidos do corpo humano”. Relacione sentido, órgão e nervo (s) correspondente (s).
I-Olfato
II-Visão
III-Visão
IV-Visão
V-Visão
VI-Visão
VII-Paladar
VIII-Audição
IX-Paladar
X-Paladar
XI-Paladar
XII-Paladar
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E) Nas peças anatômicas, identifique as estruturasdo SN. 
- Encéfalo
Telencéfalo
Diencéfalo
Mesencéfalo 
Ponte			
Tronco encefálico
Bulbo
Cerebelo 
- Medula Espinhal
Cadeia de gânglios simpáticos 
- Estruturas encefálicas
Aspecto externo:
Lobo frontal
Lobo occipital
Lobo parietal
Lobo temporal
Corte Sagital:
Corpo Caloso
Mesencéfalo
Ponte
Bulbo
Hipófise
Quiasma Óptico
Hipotálamo
Corpo Pineal