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DIGITE O NOME DA UNIDADE Objetivos da Unidade PRODUCAO-15 [Endereço de correio eletrónico] Síntese [Cative o leitor com uma síntese interessante, que normalmente é um pequeno resumo do documento. Quando quiser adicionar os seus conteúdos, clique aqui e comece a escrever.] PRODUÇÃO DE CONTEÚDO MATERIAL DIDÁTICO Elementos Textuais Produção de Conteúdo Caro autor (a), BEM-VINDO! Antes de começar, certifique-se das seguintes informações: 1) Abordar o tema, conforme ementa da disciplina. 2) Utilizar linguagem dialógica. 3) Organize-se para que a produção ocorra dentro do prazo acordado. 4) Citar corretamente o material consultado. 5) Utilizar marcações no texto conforme as orientações do manual de produção. 6) Indicar e/ou citar devidamente imagens, tabelas e gráficos. (ABNT) 7) Este modelo de documento não deve ser utilizado para a Unidade de Revisão. Utilizar o PowerPoint. Em caso de dúvidas, entre em contato com o setor: 11- 3385-3009 | ramal: 3057 [Data de Publicação] Autoria Exemplo: Prof. Dr. João Silva Prof. Dr. Antonio Carlos da Fonseca Bragança Pinheiro Unidade Exemplo: Unidade 1 – Conceitos Logísticos Unidade 3 – Cálculo de Estruturas de Madeira Tópicos abordados Introduza os tópicos que serão abordados na unidade. Dimensionamento de Peças Tracionadas Dimensionamento de Peças Comprimidas Dimensionamento de Vigas – Peças Flexionadas Dimensionamento de Treliças Objetivos da Unidade Digite em tópicos ou em parágrafo único os objetivos de aprendizagem para esta unidade. Dica: É possível utilizar as mesmas informações elaboradas para o plano de ensino. Apresentar as características inerentes ao dimensionamento de estruturas de madeira. Também será apresentado o dimensionamento de barras tracionadas e de barras comprimidas de madeira. Será apresentado o dimensionamento de vigas, isto é, de barras flexionadas de madeira. Por fim, será apresentado o dimensionamento de treliças de madeira. MATERIAL TEÓRICO Escrever o material teórico, produzir de 15 a 20 páginas. Não esqueça de utilizar as marcações e solicitações de recursos visuais à equipe de Produção. Exemplo de marcação Antes: Depois: Lista de Marcações – Elementos Visuais Links Explore – vídeo/áudio Explore – website Saiba mais – complemento Destaque Atenção Importante Reflexão/discussão Pense/Trocando ideias Para pensar / reflita Diálogo com o Autor Informação Adicional Post-it Saiba mais /Você sabia? Glossário /Verbete Dicas > Museu/Galerias [PARA PENSAR] Lugares e pessoas: quais os interesses em determinados planejamentos? A geopolítica não é uma ciência exata, mas uma área do conhecimento que parte de interesses de homens e de governos. Utilização e solicitação de Imagens/figuras/tabelas/gráficos Atentar-se aos aspectos de direitos autorais. Observar a qualidade da imagem. Realizar marcações no texto para solicitar o recurso visual. Citar a fonte dos elementos visuais referenciados no material, indicando o link. Fórmulas e expressões matemáticas Não enviar as fórmulas e/ou expressões como imagem. Utilizar Microsoft Equation ou Mathtype. 1. Objetivo Apresentar as características inerentes ao dimensionamento de estruturas de madeira. Também será apresentado o dimensionamento de barras tracionadas e de barras comprimidas de madeira. Será apresentado o dimensionamento de vigas, isto é, de barras flexionadas de madeira. Por fim, será apresentado o dimensionamento de treliças de madeira. 2. Introdução O cálculo de estruturas de madeira leva em consideração aspectos característicos inerentes a esse material. Síntese Em síntese Ideias chave Observações: Para outras marcações, basta [destacar o texto] e realizar o comentário/solicitação. Os valores de resistência de cálculo das peças de madeira são dados pela expressão 1. mod wk wd w f f k ...(1) Onde: fwk – valor característico da resistência Kmod – coeficiente de modificação que leva em consideração os efeitos da duração do carregamento, da umidade do meio ambiente e da qualidade do material γw - coeficiente de ponderação de segurança do material O coeficiente de ponderação (coeficiente de modificação) do material é formado pela expressão 2. mod mod1 mod2 mod3k k k k ...(2) Onde: Kmod1 – coeficiente parcial de modificação que leva em conta a classe de carregamento (Tabela 1) e o tipo de material empregado (Tabela 2) Kmod2 – coeficiente de modificação que leva em consideração os efeitos da duração do carregamento, da umidade do meio ambiente e da qualidade do material (Tabela 3) Kmod3 – coeficiente de modificação que leva em consideração os efeitos da duração do carregamento, da umidade do meio ambiente e da qualidade do material (Tabela 4) O coeficiente de modificação Kmod3 é definido em função da categoria da madeira utilizada, podendo ser de primeira categoria ou segunda categoria: Madeira de Primeira Categoria - é aquela que passou por classificação visual para garantir a isenção de defeitos e por classificação mecânica para garantir a homogeneidade da rigidez. Neste caso → Kmod3 = 1,0. Madeira de Segunda Categoria - é considerada os demais casos. Neste caso → Kmod3 = 0,8. Para madeira de coníferas, deve sempre se adotar Kmod3 = 0,8 para considerar a presença de nós não detectáveis pela inspeção visual. Para madeira laminada colada o coeficiente parcial de modificação, Kmod3 leva em consideração a curvatura da peça, valendo o valor de Kmod3 = 1,0 para peças retas e para peças curvas utilizar a expressão 3. 2 mod3 1 1200 t k r ...(3) Onde: t - é a espessura das lâminas r - é o menor raio de curvatura Nas verificações de segurança que dependem da rigidez da madeira, o módulo de elasticidade na direção paralela às fibras deve ser tomado como na expressão 4. c0,ef mod,1 mod,2 mod,3 c0,mE k k k E ...(4) Tabela 1 – Valores de Kmod1 Classe de Carregamento Ação Variável Principal da Combinação Duração Acumulada Ordem de Grandeza da Duração Acumulada da Ação Característica Permanente Permanente Vida Útil da Construção Longa duração Longa duração Mais de 6 meses Média duração Média duração 1 Semana a 6 Meses Curta duração Curta duração Menos de 1 Semana Duração Instantânea Duração Instantânea Muito Curta Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Tabela 2 – Valores de Kmod1 Classes de Carregamento Tipos de Madeira Madeira Serrada Madeira Laminada Colada Madeira Compensada Madeira Recomposta Permanente 0,60 0.30 Longa duração 0,70 0,45 Média duração 0,80 0,65 Curta duração 0,90 0,90 Instantânea 1,10 1,10 Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Tabela 3 – Valores de Kmod2 Classe de Umidade Madeira Serrada Madeira Laminada Colada Madeira Compensada Madeira Recomposta (1) e (2) 1,01,0 (3) e (4) 0,8 0,9 Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Tabela 4 – Valores de Kmod3 Classes 1ª. Categoria 2ª. Categoria Coníferas 0,8 0,8 Folhosas 1,0 0,8 Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Os coeficientes de ponderação nos estados limites últimos, de acordo com a solicitação são apresentados na tabela 5. Tabela 5 – Valores do coeficiente de Ponderação nos Estados Limites Últimos Solicitação Coeficiente de Ponderação Tensões de Compressão paralelas às Fibras 1,4wc Tensões de Tração Paralelas às Fibras 1,8wt Tensões de Cisalhamento Paralelas às Fibras 1,8wv Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Nos estados limites de utilização, os coeficientes de ponderação do material possuem o valor básico de γw = 1,0. Combinação de Ações Nos Estados Limites Últimos as combinações correspondem às ações que são combinadas conforme a sua natureza. Têm-se combinações para ações normais, especiais e de construção. Combinações Últimas Normais Essas combinações são definidas pela expressão (5). , 1, 0 , 1 2 m n d Gi Gi k Q Q k j Qj k i j F F F F ...(5) Onde: onde FGi,K - valor característico das ações permanentes FQ1,k - valor característico da ação variável considerada principal em um determinado caso de carregamento Ψ0J FQj,k - o valor reduzido de combinação de cada uma das ações variáveis Ψ0J - fator de combinação correspondente a cada uma das ações variáveis. Como a condição de segurança é para uma situação duradoura, portanto para a classe de carregamento de longa duração e a resistência de projeto leva em conta um tempo grande de atuação da solicitação, as ações variáveis de curta duração FQ1,k, deverão ser reduzidas pelo fator de 0,75. Coeficientes de Ponderação e Fatores de Combinação Todas as partes de uma ação permanente são ponderadas pelo mesmo coeficiente e esses valores dependem do tipo de ação e da sua combinação (Tabela 6 à Tabela 9). Segundo a NBR 7190:1997, considera-se ação de pequena variabilidade o peso da madeira classificada estruturalmente, cujo peso específico tenha coeficiente de variação não superior a 10 %. São consideradas ações de grande variabilidade o peso próprio das madeiras das estruturas e dos elementos construtivos permanentes não estruturais e dos equipamentos fixos, todos considerados globalmente quando o peso próprio da estrutura não superar 75 % da totalidade dos pesos permanentes. Tabela 6 – Valores do coeficiente de Ponderação para Ações Permanentes de Pequena Variabilidade Combinações Efeitos Desfavoráveis Favoráveis Normais γg =1,3 γg =1,0 Especiais ou de Construção γg =1,2 γg =1,0 Excepcionais γg =1,1 γg =1,0 Podem ser utilizados indiferentemente os símbolos γg ou γG Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Tabela 7 – Valores do coeficiente de Ponderação para Ações Permanentes de Grande Variabilidade Combinações Efeitos Desfavoráveis Favoráveis Normais γg =1,4 γg =0,9 Especiais ou de Construção γg =1,3 γg =0,9 Excepcionais γg =1,2 γg =0,9 Podem ser utilizados indiferentemente os símbolos γg ou γG Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Tabela 8 – Valores do coeficiente de Ponderação para Ações Permanentes Indiretas (Incluem os efeitos de recalque de apoio e de retração dos materiais) Combinações Efeitos Desfavoráveis Favoráveis Normais γε =1,2 γε =0 Especiais ou de Construção γε =1,2 γε =0 Excepcionais γε =0 γε =0 Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Coeficientes de Ponderação para Ações Variáveis Nas estruturas são ponderadas apenas as ações variáveis que produzem efeitos desfavoráveis para a segurança, majorando-se seus valores característicos conforme a Tabela 9. Tabela 9 – Valores do coeficiente de Ponderação para Ações Variáveis Combinações Efeitos Ações Variáveis em Geral incluídas as Cargas Acidentais Móveis Temperatura Normais γQ =1,4 γε =1,2 Especiais ou de Construção γQ =1,2 γε =1,1 Excepcionais γQ =1,0 γε =0 Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Fatores de Combinação em Estados Limites Últimos (ψ0) Esses fatores de combinação são utilizados levando-se em consideração que existe uma probabilidade remota de que as ações variáveis consideradas atuem simultaneamente (Tabela 10). Assim, toma-se uma ação variável como principal com o seu valor característico e reduzem-se os valores das demais ações multiplicando-os pelo fator de combinação que for correspondente. Fatores de Combinação em Estados Limites de Utilização (ψ1 e ψ2) Esses fatores de combinação são utilizados visando reduzir os valores das ações variáveis para que correspondam às condições de serviço, considerando a duração destas ações. Para combinações de média duração emprega-se o fator ψ1 enquanto que para longa duração emprega-se o fator ψ2 (Tabela 10). Tabela 10 – Valores do Fator de Combinação Combinações Fator de Combinação Ψ0 Ultimo ψ1 Média D Ψ2 Longa D Ações em Estruturas Correntes Variações Uniformes de Temperatura em Relação à Média Anual Local 0,6 0,5 0,3 Pressão Dinâmica do Vento 0,5 0,2 0 Cargas Acidentais dos Edifícios Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos fixos, nem de elevada concentrações de pessoas 0,4 0,3 0,2 Locais onde há predominância de pesos de equipamentos fixos, ou de elevada concentrações de pessoas 0,7 0,6 0,4 Bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens 0,8 0,7 0,6 Cargas Móveis e seus Efeitos Dinâmicos Pontes de Pedestres 0,4 0,3 0,2* Pontes Rodoviárias 0,6 0,4 0,2* Pontes Ferroviárias (ferrovias não especializadas) 0,8 0,6 0,4* *Admite-se Ψ2 = 0, quando a ação variável principal corresponde a um efeito sísmico Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Exemplo 1 Uma barra está submetida a carregamentos permanentes de grande variabilidade (g), cargas acidentais (q) de longa duração e pressão do vento (w), todos com direção vertical e sentido de cima para baixo. Sabe-se que as ações valem g = 430 N/m, q = 100 N/m e w = 200 N/m. Pede-se a avaliação das combinações para estado limite de utilização. Solução Para se determinar a combinação de cálculo das ações para o estado limite de utilização deve-se fazer a avaliação das ações para se determinar a mais crítica. Para situações normais de projeto, a norma NBR 7190:1997 considera que todas as ações variáveis atuam com seus valores correspondentes à classe de longa duração, dada pela expressão (5). , 1, 0 , 1 2 m n d Gi Gi k Q Q k j Qj k i j F F F F Da Tabela 9, para ações devidas ao vento Ψ2j = 0 e para locais em que não há predominância de pesos e de equipamentos fixos, nem de elevadas concentrações de pessoas Ψ2j = 0,2. Assim, substituindo-se os valores na expressão (5), tem-se: 430 0,2(100) 0(200) 450 /dF N m 3. Dimensionamento de Peças Tracionadas As peças de madeira quando submetidas a esforços axiais de tração apresentam comportamento denominado elastofrágil. Essa condição ocorre até o instante de sua ruptura. Elas não apresentam valores significativos de deformações antes do rompimento da peça. Nas estruturas de madeira, a tração paralela às fibras ocorre principalmente nas barras de treliças e nos tirantes de madeira. Nas barras tracionadas axialmente os estados limites últimos se configuram por ruptura das fibrasna seção líquida, ou na seção bruta quando não houver furos, com a condição de segurança é dada pela expressão (6). , , sd t d t d wn N f A ...(6) Onde: σt,d – tensão solicitante de cálculo devido ao esforço de tração ft,d – resistência de cálculo à tração Awn – área líquida da seção Nsd – esforço normal solicitante de cálculo Sendo a resistência de cálculo à tração dada pela expressão (7). ,k , mod 1,8 t t d f f k ...(7) Onde: ft,d = f0,d – para fibras paralelas ao eixo longitudinal da barra ft,d = ftα,d – para fibras com inclinação em relação ao eixo longitudinal da barra, com a redução da resistência dada pela fórmula de Hankinson (Expressão 8). 0,d 90,d , 2 2 0,d 90,d cos t t t t t f f f f sen f ...(8) Área líquida em ligações com pinos A área útil deve considerar a redução por furos, ou por entalhes, na seção transversal quando a redução da área resistente for superior a 10% da peça íntegra (item 7.1.1, NBR7190:1997). Considera-se neste item somente as barras de seção retangular h x t (Figura 1). Figura 1 – Seção Transversal de Barra de Seção Retangular. Fonte: o autor. Área bruta da seção transversal reta (Expressão 9). Aw = h . t ... (9) Área de um furo (Expressão 10). Af = t . df ...(10) Onde: df – diâmetro do furo Valor do diâmetro do furo: Para parafusos com folga → df = d + 0,5 mm ...(11) Para pregos → df = d ...(12) Onde: d – diâmetro do furo Área da seção transversal reta (Expressão 13). Awr = Aw – n Af ...(13) Onde: n – número de furos da seção transversal Além das verificações das deformações da estrutura completa, recomenda-se limitar a esbeltez da peça tracionada correspondente ao comprimento máximo de 50 vezes a menor dimensão da seção transversal (Expressão 14). 50 50 12 173 / 12 máx L t r t ...(14) O item 10.3 da NBR 7190:1997 limita a esbeltez máxima de peças tracionadas em λ = 173. O valor mínimo do afastamento entre os eixos de furos é (Figura 2): S < 4 df An = Ag – 2 b d’ ...(15) S ≥ 4 df An = Ag – b d’ … (16) Figura 2 – Afastamento entre o Centro de Furos. Fonte: o autor. Exemplo 2 Uma barra de madeira está submetida ao esforço solicitante de cálculo Nsd = 30 kN, considerando uma situação duradoura de projeto, verifique se a seção (7,5 cm x 10 cm) resiste a este esforço (Figura 3). Dados: Conífera classe C-30 → fc0k = 30 MPa Carregamento de longa duração → kmod1 = 0,7 Classe 4 de umidade → kmod2 = 0,8 Peças de 2ª categoria → kmod3 = 0,8 Parafusos diâmetro 12,5 mm com tensão de escoamento fy = 250 MPa Figura 3 – Barra de Madeira Tracionada. Fonte: o autor. Solução mod mod1 mod2 mod3 (0,7)(0,8)(0,8) 0,45k k k k 0,k , 0, mod 30 0,45 7,50 1,8 t t d t d wt f f f k MPa df = d + 0,5 mm = 12,5 + 0,5 = 13 mm Af = t . df = 7,5 x 1,3 = 9,75 cm 2 Seção reta Awr = Aw – n Af = (7,5 x 10) – (2 x 9,75) = 55,5 cm 2 3 0, 0,4 30 10 5,40 7,50 55,5 10 sd t d t d wn N x MPa f MPa A x 4. Dimensionamento de Peças Comprimidas Nas barras comprimidas axialmente os estados limites últimos ocorrem através do esmagamento das fibras, como nas barras que são denominadas barras curtas, ou por instabilidades que são associadas aos efeitos de segunda ordem que são provocados por flambagem de Euler, também denominada flambagem por flexão, no caso das peças esbeltas e semiesbeltas. O índice de esbeltez de barra de barra comprimida é definido pela expressão (17). 0L r ...(17) Onde: λ – índice de esbeltez L0 – comprimento de flambagem r – raio de giração Peças Curtas – λ ≤ 40 Nas peças curtas a ruptura caracteriza-se por esmagamento da madeira e a condição de segurança é dada pela expressão (18). c0, c0, d d d w N f A ...(18) Onde: σc0,d – tensão de cálculo devido ao esforço de compressão fc0,d – resistência de cálculo ao esforço de compressão paralela às fibras Aw – área bruta da seção transversal Nsd – esforço normal solicitante de cálculo Peças Semiesbeltas – 40 < λ ≤ 80 A ruptura das peças medianamente esbeltas pode ocorrer por esmagamento da madeira ou por flexão devido à perda de estabilidade. A norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira, não considera para peças medianamente esbeltas a verificação da compressão simples, mas exige a verificação da flexo-compressão nessas barras, mesmo para carga de projeto centrada. Esse critério estabelece a consideração de possíveis excentricidades na estrutura, não previstas no projeto. A verificação deve ser feita isoladamente nos planos de rigidez mínima e de rigidez máxima do elemento estrutural. A condição de segurança para o estado limite último de instabilidade impõe a relação (Expressão 19) para o ponto mais comprimido da seção transversal, aplicada isoladamente nos planos de rigidez mínima e máxima do elemento estrutural. 0,d 0,d 1Nd Md c cf f ...(19) Onde: σN,d – tensão de compressão devido a força normal de compressão σM,d – tensão de compressão devido ao momento fletor Md fc0,d – resistência de cálculo ao esforço de compressão paralela às fibras fc0,d – resistência de cálculo ao esforço de compressão paralela às fibras Sendo a tensão de compressão devido a força normal de compressão (Expressão 20). N, sd d w N A ...(20) Onde: Nsd – esforço normal solicitante de cálculo Aw – área bruta da seção transversal Sendo a tensão de compressão devido ao momento fletor Md devido à excentricidade de cálculo (Expressão 21). M, d d M W ...(21) Onde: Md – momento fletor devido à excentricidade de cálculo W – módulo resistente elástico da seção transversal O momento fletor devido à excentricidade de cálculo (Expressão 22). d d dM N e ...(22) Onde: ed – excentricidade de cálculo A excentricidade de cálculo (Expressão 23). 1 E d E d N e e N N ...(23) Onde: e1 – excentricidade de primeira ordem NE – carga crítica de Euler Nd – força normal de cálculo A excentricidade de primeira ordem (Expressão 24) 1 i ae e e ...(24) Onde: ei – excentricidade inicial ea – excentricidade acidental devida as imperfeições geométricas da barra A excentricidade acidental devida as imperfeições geométricas da barra (Expressão 25). 0 300 30 a L h e ...(25) Onde: h – altura da seção transversal na direção referente ao plano de verificação A excentricidade inicial devida aos valores de cálculo de M1d e Nd (Expressão 26). 1 1 30 d d M h e N ...(26) A força crítica de Euler (Expressão 27). 2 0, 2 0 c ef e E I N L ...(27) Onde: I – mento de inércia da seção transversal relativo ao plano de flexão referente ao plano de verificação da segurança Peças Esbeltas – 80 < λ ≤ 140 Nas peças esbeltas a forma de ruptura ocorre por flexão causada pela perda de estabilidade lateral. A condição de segurança relativa ao estado limite último de instabilidade é dada pela expressão (28). 0,d 0,d 1Nd Md c cf f ...(28) O momento fletor de cálculo (Expressão 29). 1, E d d ef E d N M N e N N ...(29) Onde: e1,ef – excentricidade efetiva de 1ª. ordem A excentricidade efetiva de 1ª. ordem (Expressão30). 1, 1ef c i a ce e e e e e ...(30) Onde: ei – excentricidade inicial com valor ≥ h/30 ea – excentricidade acidental com valor L0/300 ou mínimo ≥ h/30 ec – excentricidade suplementar de primeira ordem A excentricidade suplementar de primeira ordem que representa a fluência da madeira (Expressão 31). 1 2 1 2 ( exp 1 gk qk c ig a e gk qk N N e e e N N N ...(31) 1 2 1 , da tabela (10) ...(32) 1 ,g dig gd M e N ...(33) Onde: Ngk - valor característico da força normal devidos às cargas permanentes Nqk - valor característico da força normal devidos às cargas variáveis M1g,d - valor de cálculo do momento fletor devido apenas às ações permanentes f - coeficiente de fluência relacionado às classes de carregamento e de umidade (Tabela 11). Tabela 11 – Valores do Fator de Combinação Classes de Carregamento Classes de Umidade 1 e 2 3 e 4 Permanente ou de Longa Duração 0,8 2,0 Média Duração 0,3 1,0 Curta Duração 0,1 0,5 Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Similarmente que nas peças semiesbelta, a NBR7190:1997 admite que, para o caso de barras de treliças biarticuladas, seja dispensada a exigência de valor mínimo para ei. Exemplo 3 Determinar a força máxima acidental que pode ser aplicada a uma barra de peroba rosa com seção transversal (15 cm x 20 cm) e comprimento L = 170 cm. Ela está em situação normal de projeto, sabendo que a força permanente vale Ngk = 160 kN. Ambas as extremidades estão impedidas de se deslocarem nas direções x e y, a madeira é usual, a classe de umidade do local da construção é 2 e as cargas permanentes são de grande variabilidade. fc0,k = 2950 N/cm2 (peroba rosa). Solução Será calculado no plano com maior índice de esbeltez. 3 3 320 15 5625 12 12 y h b x I cm 215 20 3000A b h x cm 5625 4,33 3000 y y y I r cm r 170 39,3 4,33 fl máx y L r Em torno dos dois eixos, a peça é considerada curta, pois λ < 40. O critério de segurança para peça curta é: c0, c0, d d d w N f A A ação permanente é de grande variabilidade e o coeficiente de ponderação correspondente é γg = 1,4 para a combinação normal. A ação variável máxima deve ser determinada, sendo o coeficiente de ponderação para ação variável igual a (γq = 1,4). 1,4 160 1,4d g gk q qk qkN N N x xN A resistência de cálculo à compressão paralela às fibras é dada por: 0, 0, mod c k c d c f f k mod mod1 mod2 mod3k k k k Madeira serrada e carregamento de longa duração (para situação normal de projeto, o carregamento é sempre considerado de longa duração) → kmod1 = 0,7 Madeira serrada e classe de umidade igual a 2 → kmod2 = 1,0 Madeira de 2ª. categoria (não submetida a ensaios específicos) → kmod3 = 0,8 mod mod1 mod2 mod3 (0,7)(1,0)(0,8) 0,56k k k k 0, 2 0, mod 2950 0,56 1180 / 11,80 1,4 c k c d c f f k N cm MPa 3 3 6 c0, c0,4 1,4 160 10 1,4 10 11,80 10 300 10 qkd d d w x x xN xN f x A x Nqk ≤ 92,86 kN 5. Dimensionamento de Vigas – Peças Flexionadas A verificação da segurança de peças sujeitas à flexão consiste nas verificações dos estados limites últimos e dos estados limites de utilização. Nos estados limites últimos, devem ser verificadas as tensões normais de tração e compressão, as tensões cisalhantes e a estabilidade lateral para vigas esbeltas. Nos estados limites de utilização, são verificadas as deformações e vibrações limites. Estados Limites Últimos para Momento Fletor Flexão simples reta Nas peças submetidas à flexão simples, o plano de incidência do carregamento coincide com um dos eixos principais de inércia e não sofrem efeito do esforço normal. Para peças com pelo menos um eixo de simetria, um eixo principal de inércia coincide com o eixo de simetria. A verificação dos estados limites últimos de esmagamento da borda comprimida e ruptura da borda tracionada ficam garantidos respectivamente pelas condições das expressões 34 e 35. 0, 0, sd c d c d c M f W ...(34) 0, 0, sd t d t d t M f W ...(35) Onde: σc0,d - tensão atuante de cálculo na borda comprimida σt0,d - tensão atuante de cálculo na borda tracionada Wc - módulo de resistência elástica à compressão da seção transversal da peça Wt - módulo de resistência elástica à tração da seção transversal da peça fc0,d – resistência de cálculo à compressão paralela às fibras ft0,d – resistência de cálculo à tração paralela às fibras Sendo: c c I W y ...(36) t t I W y ...(37) Onde: I - momento de inércia da seção transversal em relação ao eixo central de inércia perpendicular ao plano de ação do momento fletor atuante Para cálculos das barras fletidas, adota-se para o vão teórico L o menor dos valores: Distância entre eixos apoiados. Vão livre acrescido da altura da seção transversal da peça no meio do vão. Não se consideram acréscimos maiores que 10 cm. Figura 3 – Tensões Atuantes em Barra de Madeira Flexionadas com Seção Tê. Fonte: o autor. Módulo de Elasticidade efetivo à compressão paralela às fibras é dado pela expressão (38). 0, mod 0,c ef c mE k E ...(38) Onde: Ec0,m - rigidez na compressão paralela às fibras Tabela 12 – Valores da Classe de Resistência Coníferas Coníferas Classes fc0k (MPa) FVk (MPa) Ec0m (MPa) Ρbas,m (kg/m 3) Ρaparente (kg/m3) C20 20 4 3500 400 500 C25 25 5 8500 450 550 C30 30 6 14.500 500 600 Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Tabela 13 – Valores da Classe de Resistência Folhosas Coníferas Classes fc0k (MPa) FVk (MPa) Ec0m (MPa) Ρbas,m (kg/m 3) Ρaparente (kg/m3) C20 20 4 9500 500 650 C30 30 5 14.500 650 800 C40 40 6 19.500 750 950 C60 60 8 24.500 800 1000 Fonte: adaptada da norma técnica ABNT NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira Exemplo 4 Uma viga biarticulada com 4 m de vão e 6 cm de largura está submetida a um carregamento permanente distribuído de 700 N/m. Calcular a altura necessária da viga, considerando madeira da classe C40 e ações permanentes de grande variabilidade, considerando situação duradoura de projeto, com carregamento de longa duração e a classe de umidade igual a 2. Solução Mk = (700 x 6 2)/8 = 3.150 Nm → Md = 1,4 x 3.150 = 4.410 Nm = 44.100 Ncm Vk = (700 x 6)/2 = 2.100 N → Vd = 1,4 x 2.100 = 2.940 N Ec0,f = 0,56 x 1.950.000 = 1.092.000 N/cm 2 3 2 44.100 12 44.100 2 6 d c md M y x x h I x x h h 3 3 2.940 735 2 2 6 d Vd V x bh x x h h Condições de Segurança 2 mod 4000 0,56 1.600 / 1,4 wk wd w f f k N cm Tensão Normal 2 1, 1, 0,2 44.100 1.600 /c d t d c df N cm h h ≥ 5,25 cm Tensão de Cisalhamento 2 0, 600 0,56 187 / 1,8 v df N cm 2 , , 735 187 /V d Vo df N cm h h ≥ 3,93 cm Flecha 4 , , 5 384 200 g d util co ef x F x L L u x E x I 4 , 3 5 7 400 400 2006 384 1.092.000 12 d util x x u x h x x h ≥ 12,88 cm Adotado: h ≥ 13 cm 6. Dimensionamento de Treliças Nas treliças de madeira as barras são dimensionadas e esforços de tração e de compressão. Assim, deve-se calcular os esforços em todas as barras e utilizar os conceitos desenvolvidos nos itens de barras tracionadas e de barras comprimidas. Material Complementar Inserir os materiaiscomplementares para aprofundamento dos conceitos abordados na unidade. Importante: Mínimo 04 indicações — livros, sites, vídeos, artigos, repertagens BELLEI, I. H. Edifícios Industriais em Aço: Projeto e Calculo. 3. ed. São Paulo: Pini, 2000. DIAS, L. A. M. Estruturas de Aço: Conceitos, Técnicas e Linguagem. 7. ed. São Paulo: Zigurate Editora, 2009. FAKURY, R. H. ; SILVA, A.L.R.C ; CALDAS, R.B. Dimensionamento de Elementos Estruturais de Aço e Mistos de Aço e Concreto. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016 (ebook) JUNIOR CALIL, C., LAHR, F. R., DIAS, A. A.. Dimensionamento de Elementos Estruturais de Madeira. Manole, 01/2003. (ebook) PFEIL, W., PFEIL, M. Estruturas de Madeira, 6ª edição. LTC, 09/2003 (ebook) Referências Inserir as referências consultadas para produção da unidade. Importante: Utilzar a norma ABNT PFEIL, W. Estruturas de Madeira: Dimensionamento Segundo a Norma Brasileira Nbr 7190/97 e. 6. ed. Rio de Janeiro: Ltc-Livros Técnicos e Cientifico, 2007. PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Pratico. 7. ed. Rio de Janeiro: Ltc- Livros Técnicos e Cientifico, 2008. (ebook) PINHEIRO, A. C. F. B. Estruturas Metálicas: Cálculos, Detalhes, Exercícios e Projetos. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2012.
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