Buscar

Estudo Dirigido Direito do Consumidor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESTUDO DIRIGIDO DIREITO DO CONSUMIDOR
1. Defina a figura do consumidor e do fornecedor.
2. O que é relação de consumo? Quais os principais critérios para sua verificação?
3. Indicar e explicar as três correntes envolvendo a definição jurídica de consumidor.
4. O que são os chamados direitos do consumidor? Quais os principais direitos do consumidor? Em seguida, explicar a inversão do ônus da prova e quais os requisitos necessários para sua concessão.
5. Qual a modalidade de responsabilidade civil que figura como regra no Código de Defesa do Consumidor? E a exceção?
6. Quais os dois tipos (espécies) de responsabilidade previstos no CDC? Explique.
7. O consumidor pode reclamar por vício oculto? Sendo possível a reclamação de sua reparação, por quanto tempo?
8. Explicar a divergência envolvendo a aplicação do artigo 13 CDC, relacionada a imputação de responsabilidade solidária ou subsidiária da cadeia de consumo.
9. Em quais hipóteses o comerciante não é responsável?
10. Em caso de impossibilidade de reparação do vício ou não reparação no prazo legal, quais as alternativas disponibilizadas ao consumidor pelo CDC?
Pg 133 MANUAL
11. Em quais hipóteses o serviço é considerado defeituoso e quando um produto é considerado inadequado para o consumo?
Artigo 12, § 1º afirma que o produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera. Ou seja, a segurança do produto e não a aptidão ou idoneidade deste para a realização do fim a que é destinado, nos dizeres do acima mencionado doutrinador.
A primeira circunstância é a apresentação do produto o defeito não deriva do produto em si, mas sim da forma externa que é apresentada ao consumidor, as informações sobre o produto.
A segunda circunstância refere-se ao uso e riscos que razoavelmente se espera do produto, o produtor deve prever além dos riscos do uso especifico do produto os outros riscos que o produto razoavelmente pode vir a causar. 
A terceira circunstância refere-se à época em que o produto foi colocado em circulação. É necessário levar em conta a data do lançamento do produto no mercado e não o momento da ocorrência do dano. 
Os defeitos dos produtos podem ser classificados, de acordo com o caput do artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor, em defeitos de projeção ou criação, de produção ou fabricação e de instrução ou de insuficiência de informações.
Dessa forma, conclui-se que fato do produto ou do serviço refere-se ao defeito que causa o dano a segurança do consumidor. Esse defeito pode ser de criação, fabricação ou informação. O evento danoso é chamado pela doutrina de “acidente de consumo”. 
ROCHA, Silvio Luiz Ferreira da. Responsabilidade Civil do Fornecedor pelo Fato do Produto no Direito Brasileiro. 2 edição. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000, pag. 103.
12. Explicar a distinção entre vulnerabilidade e hipossuficiência. Em seguida, explicar a chamada hipervulnerabilidade (vulnerabilidade agravada).
Pg 77 MANUAL/ NUNES PG. 123
A hipervulnerabilidade pode ser definida como uma situação social fática e objetiva de agravamento da vulnerabilidade da pessoa física consumidora, em razão de características pessoais aparentes ou conhecidas pelo fornecedor[4].
Nessa classificação se enquadrariam, por exemplo, os consumidores enfermos, os idosos, as crianças, os deficientes físicos e os analfabetos.  O modus de vida atual não deixa margem de dúvidas acerca das dificuldades desses sujeitos de direitos, ante a potencialização de lesões aos seus interesses, advindas do crescimento do comércio eletrônico e do incremento do ambiente virtual na vida de relação, onde a velocidade das mudanças impõe barreira quase intransponível àqueles dotados de uma natural fragilidade física, psicológica ou até mental.
SCHMITT, Cristiano Heineck. Consumidores Hipervulneráveis: A proteção do idoso no mercado de consumo. São Paulo: Atlas, 2014, p. 217.
13. Explique a diferença entre acidente de consumo e incidente de consumo?
O Direito do Consumidor se preocupa, basicamente, com duas órbitas distintas de proteção, quais sejam, a incolumidade físico-psíquica do consumidor (relacionada a acidentes de consumo) e a incolumidade econômica (relacionada a incidentes de consumo, que afetem o patrimônio). Os bens de consumo devem estar cobertos por duas espécies de garantias básicas, quais sejam, contra vícios de qualidade e vícios de quantidade.
Os vícios de qualidade subdividem-se em dois. O primeiro relaciona-se ao vício de qualidade por insegurança, ao passo em que o segundo relaciona-se ao vício de qualidade por inadequação. Em caso de incidentes de consumo, que ataquem a incolumidade econômica, em relação ao produto ou serviço falamos de vício de qualidade por inadequação, enquanto nas situações de acidentes de consumo, que afetem a incolumidade física ou psíquica, temos o vício de qualidade por insegurança.
A insegurança do produto ou serviço relaciona-se diretamente ao acidente de consumo e aos danos à saúde do consumidor. De outro lado, a inadequação relaciona-se à inaptidão do produto ou serviço de realizar o fim a que se destina. Como muito bem leciona João Calvão da Silva, em Responsabilidade civil do produtor, p. 635 (1990), a teoria dos vícios de qualidade por insegurança “visa proteger a integridade pessoal do consumidor e dos seus bens”, já a teoria dos vícios de qualidade por inadequação visa proteger o “interesse (da equivalência da prestação e contraprestação) subjacente ao cumprimento perfeito.”
14. Explicar a diferença entre a decadência e prescrição no CDC. Indicar os respectivos prazos legais.
O Direito caduca, a pretensão prescreve. No caso específico do CDC, a decadência atinge o direito de reclamar, a prescrição afeta a pretensão à reparação pelos danos causados pelo fato do produto ou do serviço. A decadência afeta o direito de reclamar, ante o fornecedor, quanto ao defeito do produto ou serviço, ao passo que a prescrição atinge a pretensão de deduzir em juízo o direito de ressarcir-se dos prejuízos oriundos do fato do produto ou do serviço.
A decadência supõe um direito em potência, a prescrição requer um direito já exercido pelo titular, mas que tenha sofrido algum obstáculo, dando origem à violação daquele direito.
Prazo é o lapso de tempo, período fixado na lei entre o termo inicial (dies a quo) e o termo final (dies ad quem), cujo implemento vem a constituir o fato jurídico, in casu, decadencial ou prescricional, extintivo de direito.
O CDC nos apresenta alguns prazos, como:
30 dias: para reclamar de vícios aparentes e de fácil constatação no fornecimento de serviços e produtos não duráveis. (art. 26, I).
90 dias: na mesma hipótese para serviços e produtos duráveis. (art. 26, II).
PG. 133 -137 MANUAL
15. Qual	a	diferença	entre	publicidade	enganosa	e publicidade abusiva?
 
PG. 157 -158 DO MANUAL
16. O que são práticas abusivas? Explicar e apresentar exemplos no mercado de consumo.
MANUAL, PG 171-
São comportamentos que abusam da confiabilidade e boa fé àquele que está exposto a uma situação de inferioridade. As praticas abusivas nas relações de consumo estão previstas no artigo 39 do código de defesa do consumidor, sendo elas : 
 
17. Quando a cobrança resultará no dever de restituir ao suposto devedor o valor em dobro? Explicar a divergência jurisprudencial relacionada à matéria.
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, no fim de outubro, que a devolução em dobro do valor cobrado indevidamente do consumidor será cabível sempre que houver quebra da boa-fé objetiva, não dependendo em hipótese alguma da comprovação de má-fé ou culpa. Essa decisão consolida o entendimento de que o consumidor não precisa provar que o fornecedor do produto ou serviço agiu com má-fé, bastando apenas que se caracterize a cobrança indevida como conduta contrária à boa-fé objetiva, que nada mais é do que a conduta do fornecedor que desrespeita ao que estava anteriormente previsto em contrato.
18. Explicar o que são os arquivos de consumo. Quais suas espécies? Em seguida, indicar quala limitação de permanência dos dados do devedor nos cadastros de proteção ao crédito? 
MANUAL, PG. 186 e 190-191
 
19. O que são cláusulas abusivas? Qual a sanção legal aplicável? Dê exemplos.
MANUAL PG. 216-217
20. Explicar a cláusula de irresponsabilidade ou de não indenizar? A mesma tem-se ou não aplicável nas relações de consumo? Porquê?
Sergio Cavalieri Filho, por sua vez, assim conceitua a cláusula de não indenizar:
Praticado o ato ilícito, em qualquer de suas modalidades, segue como consequência o dever de reparar o dano dele decorrente. A pessoa chamada a fazer essa reparação, todavia, pode, eventualmente, eximir-se do efetivo ressarcimento invocando a cláusula de não indenizar. De todas as definições encontradas na doutrina, a que melhor coloca a questão é aquela que diz ser a cláusula de não indenizar o ajuste que visa a afastar as consequências normais da inexecução da obrigação; a estipulação através da qual o devedor se libera da reparação do dano, ou seja, da indenização propriamente dita.
O mestre em referência segue suas lições aduzindo que a cláusula de não indenizar também é denominada de cláusula exonerativa de responsabilidade, ou ainda de cláusula de irresponsabilidade. Contudo, quanto a esta em especial, a crítica vem no sentido de que: “A cláusula não exime da responsabilidade, não afasta o dever de indenizar, nem elide a obrigação; afasta, apenas, a indenização, a reparação do dano […]“[36]. Portanto, tal denominação é dotada de impropriedade[37].
NÃO SE APLICA NAS RELAÇÕES DE CONSUMO, O DEVER DE INDENIZAR QUANDO CONFIGURA NÃO PODE SER EXIMIDO, POIS FERE a dignidade da pessoa humana e, portanto, o direito fundamental à reparação, previsto no inciso XXXII do art. 5º, há afronta à reparação e ao princípio da reparação.
CAVALIERI FILHO, Sergio. Op. cit., p. 590 - CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de responsabilidade civil. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
21. Qual será o foro competente para dirimir controvérsias decorrentes de relações de consumo?
 consumidor possui a faculdade de escolher o foro competente para conhecimento da demanda consumerista, quer o foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quer o do seu próprio domicílio, conforme a norma jurídica disposta nos artigos 93, inciso I e 101, inciso I, do CDC, litteris:
"Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local:
I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;
II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente."
"Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas:
I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;
II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade poderá chamar ao processo o segurador, vedada a integração do contraditório pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar procedente o pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do Código de Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o síndico será intimado a informar a existência de seguro de responsabilidade, facultando-se, em caso afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização diretamente contra o segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio obrigatório com este."
22. Defina o contrato de adesão. È possível ou não a modificação de seu conteúdo?
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. Esse dispositivo possui quatro parágrafos nos quais preveem: a inserção de cláusula no formulário, hipótese que não se desfigura a natureza de adesão no contrato; admissão de cláusula resolutória, desde que seja alternativa e conforme a vontade do consumidor; que a redação dos contratos de adesão escritos devem ser redigida em termos claros e legíveis, cujo tamanho da fonte não poderá ser inferior ao corpo doze[9]; as cláusulas que limitarem o direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, de modo que possibilite fácil e imediata compreensão.
Vale dizer, a possibilidade de inserção de cláusula no contrato de adesão não desfigura sua natureza, vez que, a maior parte do seu conteúdo permanece formada unilateralmente pelo proponente. Desse modo, também não seria razoável afirmar que a simples modificação ou exclusão de uma cláusula no contrato, modificaria a sua essência. Por ser o contrato de adesão uma técnica de contratação de massa, para que este se descaracterize, é necessário que o contratante obtenha condições que não são oferecidas aos demais consumidores, que sua relação para com o fornecedor seja diferenciada.
MANUAL PG. 213
23. Em caso de dúvida ou divergência sobre o conteúdo contratual dos contratos de consumo, qual deve ser a orientação do intérprete? Explicar.
Dentre as disposições fundamentais do CDC, está aquela que determina a interpretação mais favorável ao consumidor (art. 47). O intérprete, diante de um contrato de consumo, deverá atribuir às cláusulas contratuais sentido que atenda, de modo equilibrado e efetivo, os interesses do consumidor. Sob outro ângulo, esse princípio proclama interpretação contrária aos interesses do fornecedor, pois é este quem, normalmente, redige o conteúdo do pacto, como ocorre nos contratos de adesão.
24. Explique o chamado direito de arrependimento nos contratos de consumo. Quais os seus fundamentos? Qual o prazo para exercício deste direito e sua natureza?
MANUAL, PG. 213 E 214
 
25. Explicar a desconsideração da personalidade jurídica no CDC. Em seguida, explique a distinção entre as teorias maior e menor da desconsideração.
O artigo Art. 50 do CC determina que em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Art. 28 do Código de Defesa do Consumidor: O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social.
§ 5º . Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores”.
Segundo a teoria maior, adotada pelo art. 50, do CC, para efeito de desconsideração, exige-se o requisito específico do abuso caracterizado pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial. Já a teoria menor, mais fácil de ser aplicada, adotada pelo CDC e pela legislação ambiental, não exige a demonstração de tal requisito, conforme se vilumbra no Art. 50 do CDC.
26. Explique o princípio da vinculação da oferta.
O princípio da vinculação da oferta, que impede as empresas de alterarem as condições e informações de determinado produto ou serviço, estando obrigados a cumpri-las independente na forma como foram veiculadas.
o artigo 30 do Código de Defesa do Consumidor:
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
O ordenamento jurídico pátrio não permite a divulgação de ofertas inverídicas apenas para chamar a atenção do consumidor, de modo que tudo que for veiculado a título de venda de produtos e serviçospassará a vincular a seu fornecedor, que será obrigado a cumprir com aquilo que prometeu.
O fornecedor deve ser responsabilizado a cumprir com o que divulgou através de propagandas televisivas, etiquetas em prateleiras, panfletos distribuídos na rua, etc.
MANUAL, PG 152-157
27. Explicar as duas espécies de garantia no CDC. Qual o prazo de garantia legal e da garantia contratual? Explicar.
MAUNAL PG 135-138 
28. Explique a chamada cláusula de decaimento no âmbito dos contratos de consumo?
Cláusula de decaimento é aquela que estabelece que o adquirente irá perder todas as prestações pagas durante o contrato caso se mostre inadimplemente ou requeira o distrato.
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade;
29. O juiz pode ou não de ofício declarar a abusividade de cláusula contratual nos contratos de consumo. Por quê?
Sim, pois conforme o art. 51 do CDC, cláusulas consideradas abusivas que contrariam a ordem pública de proteção ao consumidor, podem ser reconhecida a qualquer tempo e grau de jurisdição, devendo o juiz ou tribunal pronunciá-las ex officio, sempre que se verificar a existência de desequilíbrio entre as partes no contrato de consumo, o juiz poderá declarar abusiva determinada cláusula, desde que não atendidos o princípio da boa-fé e da compatibilidade com o sistema de proteção ao consumidor, entre outros. 
30. Explique a incidência do princípio da transparência no contexto da oferta no CDC.
 Cláudia Lima MARQUES, “Na formação dos contratos entre consumidores e fornecedores o novo princípio básico norteador é aquele instituído pelo art. 4.º, caput, do CDC, o da Transparência. A idéia central é possibilitar uma aproximação e uma relação contratual mais sincera e menos danosa entre consumidor e fornecedor. Transparência significa informação clara e correta sobre o produto a ser vendido, sobre o contrato a ser firmado, significa lealdade e respeito nas relações entre fornecedor e consumidor, mesmo na fase pré-contratual, isto é, na fase negocial dos contratos de consumo.”
O princípio da transparência é “inovação no sistema jurídico brasileiro”, especificamente no CDC, pois a parte ao negociar tem que demonstrar clareza, tendo o fornecedor ou prestadores de serviços, que exibir idoneidade nos negócios, e na capacitação técnica, ademais, a transparência deve integrar-se com outros princípios como a boa-fé, embora haja inibição na aplicação da transparência, o paradigma mercadológico deve ser a concorrência para melhor satisfação do consumidor.
MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor. O novo regime das relações contratuais. 4.ª ed. rev. atual. e amp. São Paulo: RT, 2002. P. 594-595.

Continue navegando