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Direito Processual Civil II - I Unidade

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Direito Processual Civil II – I Unidade:
● Requisitos para judcializar uma ação: 
- Petição inicial: A petição inicial é o instrumento pelo qual o interessado invoca a atividade jurisdicional, fazendo surgir o processo. Para que a petição seja regular, ela precisa atender aos seguintes requisitos (Art. 319, NCPC/15): 
* Indicação do juízo a que é dirigida:
* Indicação dos nomes, prenomes, estado civil, existência de união estável, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;
* Indicação do Valor da Causa. 
- Ação: Ação é um direito conferido às partes obter um pronunciamento estatal que solucione o litígio, fazendo desaparecer a insegurança gerada pela lide, seja ela qual for a solução conferida pelo magistrado. A ação é composta por alguns elementos, eles podem ser objetivos ou subjetivos e serão responsáveis pela a individualização de cada ação e buscam evitar decisões contraditórias sobre a mesma lide. Os elementos são três: partes, causa de pedir e pedido. 
- Processo: Processo é instrumento de técnica jurídica usado para aplicação da lei em um caso controvertido, não solucionado extra processualmente, e cuja solução é pedida pelo autor. Ele visa tornar efetivo um direito material, por isso deve dar a quem tem direito tudo aquilo e exatamente aquilo que tem o direito de obter. O processo só ocorre quando acontece uma citação regular e válida.
*Obs.: Quando o processo vigora sem uma citação regular e válida, após o tempo regular (2 a 4 anos), ele será considerado nulo e voltará aos requisitos iniciais.
● Citação: 
A citação é o ato de chamar a parte e de dar ciência ao fato da ação penal promovida contra o acusado. É por intermédio deste ato processual que o réu é chamado para defender-se e onde pode configurar, dessa forma após esse fato pode ocorrer a contestação (quando o réu se defende) ou revelia (quando o réu não se defende dentro do prazo legal). 
● Revelia:
Revelia é a posição do réu no processo, diante de sua inércia, da sua inatividade, da sua não contestação ou não comparecimento à audiência, após ter sido validamente citado. A revelia não alcança a matéria de direito, trata apenas da matéria fática (os fatos não contestados se presumem verdadeiros). 
 
 ● Fases do rito ordinário do processo:
- Fase Postulatória:
A Fase Postulatória é a fase inicial, onde a ação das partes é predominante. É o momento em que o autor expõe sua causa de pedir. É nessa fase que, após a citação, o réu apresenta sua contestação. Normalmente, o juiz decide nesta fase as provas a produzir, determina exame pericial, caso pedido, e designa audiência de instrução e julgamento. Essa fase inicial vai do ingresso da petição inicial em juízo até a apresentação de contestação.
- Fase Saneatória:
É a segunda fase do procedimento comum. É o momento em que o juiz cumpre providências preliminares (petição inicial, citação do réu e a resposta deste que pode consistir em contestação, exceção ou reconvenção), para proferir o julgamento. Apresentada a resposta do réu, ou findo o prazo, os autos são conclusos e o juiz poderá determinar algumas providências preliminares, como por exemplo, especificação de provas e réplica ao autor.
Ao final da Fase Saneatória, o juiz pode:
 ¹ Declarar extinto o processo sem resolução de mérito (art. 485) ou com resolução de mérito (art.487);
² Fazer o julgamento antecipado da lide;
³ Promover o saneamento do feito.
- Fase Instrutória: 
 Proferida a decisão de saneamento, abre-se a fase instrutória. Nesta fase temos a produção de prova pericial, prova oral e até a complementação da prova documental, embora as partes já tenham feito a disposição de provas desde o início do processo, em suas primeiras manifestações.
Compete à parte instruir a petição inicial, ou a resposta, com os documentos destinados a provar-lhe as alegações. Encerrada a instrução, temos os debates orais, ou seja, manifestação dos advogados, apresentando suas alegações finais. Com as razões finais das partes, encerra-se a fase instrutória.
Havendo revelia e o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor, produzindo-se efeitos, e/ou sendo a questão meramente de direito e não havendo a necessidade de novas provas, esta fase é eliminada. Ocorrerá então o julgamento antecipado da lide.
 Obs¹.: Os debates orais podem ser substituídos por razões finais escritas (memoriais) (art. 364, NCPC).
Obs².: A prova oral concentra-se, normalmente, na audiência de instrução e julgamento onde ocorrem esclarecimentos em audiência do perito judicial e dos assistentes técnicos, depoimento pessoal das partes e na inquirição (oitiva) de testemunhas.
Obs³.: O professor insiste em dizer que os debates orais constituem uma outra fase do rito processual, entretanto, eu não encontrei afirmação parecida na doutrina, em artigos e etc. 
- Fase Decisória: 
É na fase decisória do procedimento comum que a sentença é proferida pelo juiz. A sentença pode ser proferida em audiência e:
¹ Após o encerramento da fase de Instrução;
² No prazo de 30 dias (art.366)
Esse prazo é impróprio, sem preclusão. O art. 231 do NCPC mostra como começa a contagem desse prazo. 
Questionário sobre os assuntos da unidade
- Revelia, Providência, Preliminares e Organização do Processo
1) Em que consiste à Revelia? 
A revelia pode ser definida como a ausência do réu que, após ser devidamente citado, não contesta os fatos de que está sendo acusado, não comparece em juízo e/ou não justifica sua ausência no Código de Processo Civil/ 2015 (NCPC) esse instituto é tipificado no Art. 344. 
2) Em que hipótese à revelia não produz os efeitos preconizados no Art. 344?
Os efeitos da revelia não recairão sobre o réu quando o litígio versar sobre direitos indisponíveis (direito à vida, liberdade, saúde e etc.); quando em caso de pluralidade de réus, um deles contestar a ação; quando a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato e quando as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
3) Em que momento se inicia o prazo para o revel que não tem advogados nos autos?
Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.
4) Após decretada a revelia o revel, ainda, pode intervir no processo?
O réu que for considerado revel poderá intervir no processo em qualquer fase, entretanto, ele o receberá no estado em que se encontrar. 
5) O que poderá ocorrer no processo após o termino do prazo para contestação?
Findo o prazo de 15 (quinze) dias que é definido para a contestação, o juiz tomará, as providências preliminares. Elas são o marco final da fase postulatória e o marco inicial da fase saneadora. Nos casos de revelia que se adequam às permissões legais, o juiz poderá proferir o julgamento antecipado da lide. 
6) O que deverá fazer o juiz ao verificar que o réu não contestou a ação?
Se o réu não contestar a ação, o juiz, assim como previsto no art. 344/ NCPC, ordenará que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado. Caso este já o tenha feito, o magistrado presumirá a veracidade dos fatos alegados.
7) O Réu, revel, pode produzir provas?
A produção de provas é permitida ao réu revel desde que contraponha as alegações do autor e que se faça representar nos autos ainda em tempo para produzir a prova (antes da fase decisória).
8) O que deverá fazer o juiz quando o Réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do Direito do autor?
Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, ele será ouvido pelo juiz no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de provas para tentar descaracterizar as alegações do réu. 
9) Como deverá proceder o juiz quando o réu, na contestação, alegar irregularidade processual como as previstas no Art. 337?
Se o réu alegar qualquer uma das irregularidades processuais enumeradas no art. 337, o juiz determinará a oitivado autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de provas. Em caso de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em um prazo máximo de 30 (trinta) dias. Não sendo vícios sanáveis, o juiz declarará a extinção do processo sem resolução de mérito. 
10) Quais as consequências jurídicas quando se verificar a existência de irregularidade ou vício processuais sanáveis no processo?
Após verificar a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará a correção das inconsistências num prazo máximo de 30 (trinta) dias.
11) Contestada a ação e comprida as providencias preliminares, nos termos do CPC, como deverá proceder o juiz?
Após o cumprimento das providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo, momento em que verificará as possibilidades de extinção do processo e do julgamento antecipado do mérito. Não ocorrendo nenhuma dessas hipóteses, ele deverá proceder com o saneamento e a organização do processo.
12) Quais são as hipóteses em que se verificará o julgamento antecipado, conforme o Estado do Processo?
O julgamento antecipado conforme o estado do processo pode consistir numa das seguintes decisões:
1. Julgamento Antecipado do Mérito (art. 355 NCPC)
Ocorrerá quando não há necessidade de produção de outras provas; quando não houver requerimento de prova e quando o réu for revel, porém houver a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor. Nesses casos o juiz julga antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito
1. Julgamento Antecipado Parcial do Mérito (art. 356 do NCPC)
Ocorrerá nos casos em que um os pedidos formulados ou parcela deles mostram-se incontroversos ou estiverem em condições de imediato julgamento e não houver necessidade de produção de outras provas ou quando o réu for revel e recaírem sobre ele os efeitos da revelia.
13) O juiz pode julgar antecipadamente, conforme o estado do processo, apenas uma parte do mérito?
As hipóteses de julgamento parcial do mérito estão dispostas no Art. 356/ NCPC. In verbis: 
Art. 356.  O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.
§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.
14) Qual o recurso cabível contra a decisão que julga antecipadamente conforme o Estado do Processo, apenas parte do mérito?
De acordo com o §5º do Art. 356/NCPC; o julgamento antecipado de apenas uma parte do mérito poderá sofrer impugnação por agravo de instrumento 
15) Em quais hipóteses o juiz deverá julgar antecipadamente o mérito?
O juiz julgará antecipadamente o pedido proferindo sentença com resolução de mérito, quando não houver necessidade de produção de outras provas, quando não houver requerimento de prova, quando o réu for revel e houver a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor. 
16) E quais hipóteses de julgamento antecipado, parcialmente?
O juiz decidirá parcialmente o mérito quando os pedidos formulados ou parcela deles mostrarem-se incontroversos ou estiverem em condições de imediato julgamento, não havendo necessidade de produção de outras provas; e quando o réu for revel e recaírem sobre ele os efeitos da revelia.
17) Em que se consiste o saneamento do processo e em que momento se fará? 
É o momento em que o juiz cumpre providências preliminares, para proferir o julgamento. Nessa fase processual o juiz vai resolver as questões processuais pendentes, delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos; definir a distribuição do ônus da prova; delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito; designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento. A fase saneadora se inicia logo após a fase postulatória e é oficializada e encerrada com a expedição do despacho saneador. 
- Da Audiência de Instrução e Julgamento
18 ) De que forma é instaurada a audiência de instrução e julgamento?
Durante a fase de saneamento e organização do processo, através do despacho saneador, o juiz, designará, se necessário for, a audiência de instrução e julgamento. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar.
19) Após designada audiência de instrução e julgamento o juiz deve ainda tentar a conciliação?
Há uma investida para que durante todo o processo, a conciliação seja tentada e mesmo após instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos.
20) Na audiência, o juiz tem algum poder especial?
O juiz exerce o poder de polícia e deve manter a ordem e o decoro na audiência; requisitar, quando necessário, força policial; tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e qualquer pessoa que participe do processo; registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.
21) De que forma deverão ser produzidas as provas orais na audiência?
As provas orais serão produzidas em audiência de instrução e julgamento onde se ouvirá o perito e os assistentes técnicos; o autor; o réu e as testemunhas arroladas pelos litigantes, respectivamente. 
22) Em quais hipóteses é admissível o adiamento da audiência?
A audiência pode ser adiada, por convenção das partes; por qualquer pessoa que necessariamente deva participar e não puder comparecer, por motivo justificado; por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado.
23) Como deverá proceder o Juiz se houver adiamento da audiência?
Havendo antecipação ou adiamento da audiência, o juiz, agindo de ofício ou a requerimento da parte, determinará a intimação dos advogados ou da sociedade de advogados para ciência da nova designação.
24) A audiência pode ser dividida?
A audiência é una e contínua, podendo ser cindida nos casos em que a realização da instrução, do debate e do julgamento seja impossível de ser realizada no mesmo dia. Nesses casos, o juiz marcará seu prosseguimento para a data mais próxima possível.
25) Qual a providencia judicial a ser adotada, logo após o encerramento da instrução probatória?
Finda a instrução se inicia a fase de debates orais, onde o juiz dá a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério Público. Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelas partes, em prazos sucessivos de 15 (quinze) dias.
26) Em que momento deverá ser proferida a sentença?
Após o término do debate ou após o oferecimento das razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.
27) A quem compete lavrar o termo de sentença, quando proferida da audiência?
O termo será lavrado por um pelo escrivão, sob ditado do juiz. No corpo do termo conterá, em resumo, o ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos, as decisões e a sentença, se proferida no ato.
28) Qual a natureza jurídica da audiência, quando a sua publicidade?
As audiências são públicas e se adequam ao princípio dapublicidade, sendo ressalvadas as exceções legais.
- Das Provas No Processo Civil
29) Quais são os meios de Provas admissíveis no Processo?
As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, buscando provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e para influir eficazmente na convicção do juiz.
30) A quem compete determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito no processo?
O juiz, agindo de ofício ou a requerimento da parte, poderá determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
31) O Juiz pode indeferir diligencias requeridas pelas partes, como meio de defesa?
Nos casos onde as partes, como modo de defesa, requererem diligencias inúteis ou meramente protelatórias o juiz indeferirá, em decisão fundamentada, os requerimentos.
32) Como deverão ser apreciadas as provas dos autos pelo Juiz?
O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
33) É amissível a utilização de provas produzidas em outro processo?
A utilização de prova produzida em outro processo poderá ser admitida pelo juiz, que lhe atribuirá o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
34) A quem compete o Ônus da prova no Processo?
No Código de Processo Civil/ 2015 o ônus da prova pode ser aplicado de quatro formas, são elas: 
1. Ônus incumbente ao autor: Quanto ao fato constitutivo de seu direito;
1. Ônus incumbente ao réu: Quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
1. Distribuição dinâmica do ônus da prova: Ocorre nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à excessiva dificuldade ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
1. A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: 
 I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
35) Podem existir fatos no processo quem não dependem de prova?
Art. 374. Não dependem de prova os fatos:
I - Notórios
II - Afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - Admitidos no processo como incontroversos;
IV - Em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
36) Em que hipótese é admissível ao juiz utilizar das regras de experiência comum para decidir a questão?
O juiz poderá aplicar regras de experiência comum subministradas pelo que acontece ordinariamente e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
37) Em que hipótese a parte é obrigada a provar o teor e a vigência de norma alegada como fundamento do seu Direito?
Quando a parte alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário se assim o juiz determinar, terá que provar quanto ao teor e a vigência do fato constitutivo alegado.
38) A expedição de carta precatória ou carta rogatória, suspende o julgamento do processo?
A carta precatória, a carta rogatória e o auxílio direto suspenderão o julgamento da causa nos casos quando a sentença de mérito tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo, quando, tiverem sido requeridos antes da decisão de saneamento e a prova neles solicitada for imprescindível.
39) As cartas precatórias ou rogatórias podem ser juntadas aos autos a qualquer momento?
A carta precatória e a carta rogatória não devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito suspensivo poderão ser juntadas aos autos a qualquer momento. Em outros tipos de cartas, o juiz fixará o prazo para cumprimento, atendendo à facilidade das comunicações e à natureza da diligência.
40) Alguém pode se recusar em colaborar com o poder judiciário na busca do descobrimento da verdade?
Art. 378. Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade.
41) Quais são os deveres das partes, quanto ao esclarecimento da verdade?
Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:
I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;
II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;
III - praticar o ato que lhe for determinado.
42) O terceiro tem alguma obrigação com relação a uma causa da qual não é parte, nem tem interesse jurídico?
Art. 380. Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa:
I - Informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha conhecimento;
II - Exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.
43) O terceiro pode ser punido, caso se negue a colaborar no processo do qual não é parte, nem tem interesse?
Art. 380. Parágrafo único. Poderá o juiz, em caso de descumprimento, determinar, além da imposição de multa, outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias.
- Da produção antecipada das provas
44) Em quais hipóteses se admite a produção antecipada da prova?
A produção antecipada da prova será admitida nos seguintes casos:
I - Haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;
II - A prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;
III - O prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
45) Como se define a competência jurisdicional para produção antecipada da prova? 
Nos termos do §2º, do art. 381, do NCPC: A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu.
46) De que forma deverá ser requerida a produção antecipada de provas?
A petição é o instrumento em que o requerente apresentará a necessidade de antecipação da prova, as razões que justificam essa necessidade e mencionará, precisamente, os fatos sobre os quais a prova há de recair.
47) É admissível o contraditório na produção antecipado da prova?
No procedimento de antecipação da prova, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário. Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida.
48) Após produção antecipada da prova, qual a destinação dos autos?
Após o procedimento de antecipação da prova os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e certidões pelos interessados.
49) Em que consiste a ata notarial?
Ata notarial é o instrumento pelo qual o notário, com sua fé pública, autentica um fato, descrevendo-o em seus livros. Sua função primordial é tornar-se prova em processo judicial. Pode ainda servir como prevenção jurídica a conflitos.
50) Qual o objetivo do depoimento pessoal no processo civil?
O depoimento pessoal trata-se de meio de prova. Seu objetivo primordial, por se tratar de meio de prova, é o esclarecimento dos fatos alegados e a busca pelo descobrimento da verdade. Há duas espécies de depoimento da parte, o depoimento por provocação (requerido pela parte adversária, realizado na audiência de instrução) e o interrogatório. 
51) Quais as consequências para a parte que intimida, não comparecer audiência para prestar depoimento?
Caso a parte não compareça ou se recuse para depor na audiência de instrução e julgamento, o juiz poderá sentencia-lo sob pena de confissão ficta.
52) De que forma deverá ser tomado o depoimento da parte que reside em comarca diversa da que tramita o processo?
O depoimento pessoal da parte que residir em comarca, seção ou subseção judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá ser colhido por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive,durante a realização da audiência de instrução e julgamento.
53) Quais as consequências para a que se recuse a responder as perguntas do juiz em audiência?
54) Existem fatos sobre os quais a parte não está obrigada a depor?
A parte não é obrigada a depor sobre os seguintes fatos:
1. - Criminosos ou torpes que lhe forem imputados;
1. - A cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;
1. - Acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível;
1. - Que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.
55) Existem fatos sobre os quais a parte não está obrigada a depor?
56) Em que consiste a confissão?
A confissão Trata-se de uma declaração voluntária feita por alguém que reconhece a existência de um fato contrário aos seus interesses e favorável ao interesse do seu adversário.
57) Quanto a natureza jurídica como se classifica a confissão?
A confissão é um ato jurídico voluntário, em sentido estrito, de efeitos necessários. Ela pode ser definida como um meio de prova que externa a vontade do confitente prestar declaração de um fato, sem visar os efeitos por ela preconizados. A confissão ocorre quando essa declaração voluntária reconhece a existência de um fato contrário ao seu interesse e favorável ao do seu adversário. 
58) Quem pode confessar em juízo?
A confissão judicial pode ocorrer de duas maneiras: espontânea ou provocada. Na primeira hipótese, a confissão pode ser feita pela própria parte ou por representante com poder especial. Já nos casos de confissão provocada, ela constará do termo de depoimento pessoal.
59) A confissão compromete o litisconsorte?
De maneira geral, a confissão caracteriza a produção de prova contrária contra o confitente. Entretanto, no caso de litisconsórcio, os efeitos por ela produzidos não se estenderão aos outros integrantes do respectivo polo da relação processual. 
* 60) É admissível a confissão sobre direito indisponível?
A confissão de fatos relativos à direitos indisponíveis não é admitida em função da incapacidade do confitente dispor desses direitos.
61) Quais os limites da eficácia da confissão feita pelo representante legal de confidente?
A confissão feita por um representante somente valerá se estiver dentro dos limites fáticos estabelecidos pelo confitente na outorga de poder especial. O legislador deixa claro que a confissão feita por procurador sem poder especial é ineficaz como confissão, mas pode ser levada em consideração pelo magistrado, bem como pode ser ratificada posteriormente.
62) A confissão pode ser revogada? Não! A confissão é irrevogável exatamente pela sua natureza não negocial. O confitente não pode arrepender- se da informação dada, ou reconsiderar a versão fática de um fato relevante para a solução do litígio. Não tem ele o direito de contestar a própria confissão. Entretanto, por ser um meio de prova, a confissão deve ser moralmente legítima, e pode ser anulada nos casos em que for decorrente de erro de fato ou de coação.
63) Quem tem legitimidade para promover ação anulatória da confissão?
A legitimidade para a propositura da ação de nulidade da confissão é exclusiva do confitente e poderá ser passada para os seus herdeiros caso o titular do direito faleça após a propositura.
64) A confissão extrajudicial, oral, tem eficiência?
A eficácia da confissão feita de maneira oral, extrajudicialmente, será eficaz apenas nos casos em que a lei não exigir prova literal para complementar a veracidade do ato.
65) A confissão pode ser dividida?
"A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável. Será possível cindir o depoimento confessório quando o confitente aduzir fatos novos, suscetíveis de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.
66) O juiz pode determinar que a parte exila documento em coisa que se encontre em seu poder?
Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder.
67) Como deverá ser formulado o pedido de exibição de documento ou coisa?
Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá:
I - A individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;
II - A finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa;
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.

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