Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
QUADRIL A cintura pélvica é articulada com o osso sacro. Duas incidências: incidência em AP e Rã ou Batráquio Na incidência em AP vemos a crista ilíaca, articulação sacroilíaca, articulação coxofemoral, sínfise púbica. Na incidência em rã, ANATOMIA RADIOGRÁFICA: OSSOS DO QUADRIL: são (2), composto pelo íleo (superior), ísquio (inferior) e púbis (anterior). Os 2 ossos do quadril se articula pela sínfise púbica. O ílio articula com o sacro pela articulação sacroilíaca. O quadril apresenta a fossa do acetábulo que articula com a cabeça do fêmur. O ílio apresenta um componente chamado asa do íleo e face glútea da asa do íleo. O íleo tem 4 espinhas: espinha ilíaca anterossuperior, anteroinferior, póstero- superior e póstero-inferior. O ísquio possui a espinha isquiática. Nessa espinha se insere um ligamento chamado sacroespinhal que forma 2 forames, o isquiático maior e o menor, pelo maior há passagem do nervo ciático que distribui pela região posterior da coxa e perna. O ísquio possui a tuberosidade isquiática que serve de estrutura de inserção para o ligamento sacrotuberal. Há presença de forame obturado que é fechado pela membrana obturatória. Presença de linha pectínea e linha arqueada que liga o púbis ao íleo e ajuda a compor o estreito superior da pelve. FÊMUR: na epífise proximal do fêmur há presença da cabeça, fóvea da cabeça do fêmur, colo do fêmur, trocánteres maior e menor, linha e crista intertrocantérica. ACIDENTES ÓSSEOS E INSERÇÃO MUSCULAR: CASO: permite visualizar as duas articulações coxo-femorais e é feita com as coxas em abdução e flexão de cerca de 45 graus. Avulsão óssea na origem do mm. Retofemoral. PATOLOGIAS DE CRIANÇA: DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES: Osteonecrose da epífise femoral, muito observada em crianças. Na imagem acima apresenta RX com esclerose e achatamento. Com o passar do tempo há destruição da epífise com subluxação da cabeça do fêmur. Na imagem acima, representa uma RM com presença de edema ósseo (branco), irregularidade da epífise. NECROSE AVASCULAR: Principal diagnóstico diferencial da dç de Perthes Presença de irregularidade e necrose. EPIFISIÓLISE: Na imagem acima a epífise do fêmur não está centrada no colo, ao contornar a cabeça do fêmur apresenta uma depressão. Causa dor em adolescentes e crianças. SINAL DE STEEL: A fise fica mais alargada entre epífise e colo femoral nos quadros de epifisiólise. LINHA DE KLEIN: linha que passa tangenciando o colo e o interior da epífise. Na epifisiólise isso não acontece. DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL: O que forma a depressão da fossa do acetábulo é a impressão da cabeça femoral sobre o acetábulo. A luxação congênita impede essa formação. Predomina em meninas e, em geral, ocorre por flacidez ligamentar e posição anormal no útero. Comum em gestações com oligodrâmnio (pouco espaço para se movimentar) e apresentações pélvicas (fêmur não encaixando direito no quadril). Devido a luxação não há impressão da cabeça femoral para formar a fossa do acetábulo (côncavo), ficando retilíneo. Pode ser avaliado nas manobras de Barlow e Ortolani. No RX abaixo a luxação da cabeça do fêmur com o acetábulo ultrapassa (situa-se no quadrante externo) as linhas de Perkin e Hiilfenreiner’s. A linha de Perkin’s Line (tangencia o acetábulo) e de Hiilfenreiner’s and Perkins’s line (passa entre o íleo e ísquio, na cartilagem trirradiada que não está fundida ainda), se a cabeça femoral estiver no quadrante interno medial está normal, se acima é porque está subluxada. Obs: RX de RN/lactente (cabeça do fêmur, tuberosidade isquiática e sínfise púbica não estão totalmente formadas). Linhas de Shenton’s – linha entre a borda medial do colo femoral e a borda superior do forame obturador, devendo ter contorno contínuo/ arcos congruentes. Na ascensão da cabeça femoral (sub/luxação), esta linha sofre quebra de congruência. Corrige com suspensório de Pavili, no qual fica em abdução, forçando a cabeça ir para o meio, formando o acetábulo. Logo após, orienta-se usar 2 fraudas para forçar o quadril. Obs.: RX - Abdução ajuda ver melhor a displasia. Estão bem acentuadas. Pode ser feito o US na Displasia do Desenvolvimento do Quadril. US preferível ao RX como exame inicial, visualiza o teto ósseo do acetábulo (traça linha de Perkin’s, deve ter ângulo <60o) e cabeça femoral, se esta estiver para cima, considera-se luxação. *Tabela de Graf SINOVITE TRANSITÓRIA DO QUADRIL: Inflamação asséptica do quadril, em geral, pós-viral (ex. IVAS leve), crianças < 10 anos que começam a mancar ou sentem dor à mobilização do quadril, mas é autolimitada, em geral, assintomática e tratada com repouso, AINE, analgésicos, pode ter derrame articular (não ajuda no DD). DD= artrite séptica (febre, prostração, leucocitose), caso seus sinais sejam descartados, considerar a sinovite. US presença de derrame articular + distensão capsular, sugerindo inflamação. Mas não serve para delinear a causa/ diagnóstico. COMPLICAÇÕES DA DDQ: Adulto não tratado, apresenta coxoartose (artrose femoracetabular) com esclerose, alteração da morfologia da cabeça femoral, cisto subcondral, diminuição do espaço articular, osteófitos marginais, artrose precoce. Quadril luxado esquerdo com neoarticulação (RX 2). PATOLOGIAS DE ADULTO: IMPACTO FEMOROACETABULAR: Apresenta sinais e sintomas de movimento do quadril doloroso e limitado por alterações na cabeça e colo femoral e acetábulo. Pode levar a lesão labral, condral e doença degenerativa precoce (artrose). Acetábulo é recoberto externamente pelo labrum e internamente por cartilagem hialina articular, com o impacto, externaliza o labrum. TIPOS DE IMPACTO: A. Tipo Cam - abaulamento na transição cabeça/colo femoral (“bump”), portanto a cabeça femoral não é redonda e não pode girar suavemente dentro do acetábulo. A proeminência na borda da cabeça femoral lesa a cartilagem dentro do acetábulo. Acomete homens jovens. Laudo de RX: cabeça femoral com perda da esferacidade habitual, notando protuberância óssea na transição da cabeça com colo femural (bump). RX1 - irregularidade à direita, presença de processo crônica com artrose: esclerose do teto acetabular à esquerda, ↓espaço articular, cabeça femoral oval, artrose precoce. RX2 - Sinal do cabo de pistola- perde concavidade da cabeça femoral. B. Tipo Pincer - sobre cobertura acetabular focal ou global (osso extra se estende sobre a borda do acetábulo) com impacto em abdução, a proeminência (‘osteófito’) pode esmagar o labrum. Comum em mulheres + velhas. C. Misto: RX - excesso de cobertura acetabular (↑) + bump ósseo (↑), ↓espaço articular, esclerose da cabeça femoral. FATORES DE RISCO PARA O IMPACTO: Esportes de alto impacto, especialmente na adolescência no fechamento da fise, atividade de uso excessivo, epifisiólise ou doença de Perthes, coxa profunda, retroversão acetabular, protusão acetabular deformidades pós trauma. RETROVERSÃO ACETABULAR: Sinal do cruzamento/ sinal do 8/ sinal cross-over/ laço (○) - borda anterossuperior se estende lateralmente/ sobrepõe à borda posterossuperior. Obs.: A retroversão acetabular é fator de risco para o impacto femuroacetabular do tipo Pincer. Sinal da espinha isquiática - (↑) a espinha isquiática projeta-se medialmente para a borda pélvica. No RX normal, as bordas antero-superior e posterossuperior são paralelas e não aparece as espinhas isquiáticas. No RX abaixo aparece as espinhas isquiáticas se projetando para o estreito pélvico. PROTUSÃO ACETABULAR: Acetábulo abaulando para dentro a linha ilioisquiatica. COXA PROFUNDA: A cavidade acetabular ultrapassa a linha isquiática, mas não a abaúla. INCIDÊNCIAS PARA AVALIAR O IMPACTO: INCIDÊNCIA DE DUNN: INCIDÊNCIA DE DUCROQUET: SACROILIÍTE: • inflamação de uma ou de ambas asarticulações sacroilíacas • causa comum de dor lombar ou nas nádegas • pode ser uma manifestação de várias doenças. Quais doenças? RX com esclerose das placas terminais, particularmente no lado ilíaco; placas terminais irregulares; ampliação dos espaços articulares, erosão com ↑ do espaço articular. é o exame inicial, primeira linha, visualiza estágiosavançados, mas não visualiza derrame articular e edema óssea da fase aguda, determinando sua baixa sensibilidade e especificidade no início da doença. INCIDÊNCIA DE FERGUSSON: Angulação cefálica do feixe de raio x permite melhor visualização das articulações sacroilíacas. TC: mesmas alterações do RX, mas é + sensível, detalhado e de diagnóstico precoce, mas devido exposição à radiação, não é usual para acompanhamento. Obs.: se for sacroiliíte infecciosa é possível visualizar coleções/ abscessos adjacentes. Obs.: se houver acometimento bilateral em homens jovens lembrar da espondilite anquilosante ou artrite reumatoide. DD com artrite séptica: pequenas coleções em partes moles após injeção de contraste diferente das doenças reumáticas. RM - identifica alterações inflamatórias precoces – aguda, (edema ósseo, impregnação pelo contraste). Exclui outras causas diferenciais, ex. hérnia discal que pode se assemelhar a sintomas de sacroiliíte, simulando dor em quadril; sacroiliíte infecciosa (forma coleções de partes moles, que não ocorre em doenças reumatológicas) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Osteíte condensante - esclerose benigna no lado ilíaco da articulação sem acometimento sacral. Acomete + mulheres e gestantes. Não gera irregularidade, só há esclerose da parte ilíaca, não tem dor especifica e forte. DD de sacroiliíte. Quadril feminino (abertura pélvica arredondada, ângulo púbico + aberto, observar partes moles, ex. genitália) e masculino (amplitude da pelve menor, +achatado na região superior, ângulo púbico + angulado).
Compartilhar