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Arte moderna: principais tendências
A arte moderna surgiu a partir da ruptura com os padrões da arte acadêmica. Primeiramente, os artistas realistas apresentaram uma nova abordagem sobre a temática ao representar os trabalhadores e as pessoas à margem da sociedade em suas pinturas. Depois, o impressionismo rompeu tanto com a temática quanto com os padrões estéticos da academia. 
Seguidos ao impressionismo, houve uma série de movimentos artísticos de vanguarda que buscavam uma arte inovadora em ruptura à arte acadêmica. O futurismo valorizava o desenvolvimento e a velocidade; o cubismo buscava representar as diversas faces dos objetos, mostrando-o de modo integral; e o fauvismo tinha interesse na cor pura e viva e distorcia a representação, pois não tinha o objetivo de representar a realidade. 
As vanguardas artísticas almejavam superar as padronizações da arte e, para isso, buscavam referências em diferentes culturas. As artes fauvista e cubista foram influenciadas pela arte africana, que foi disseminada a partir da construção de museus etnográficos no início do século XX.
Entretanto, a referência da arte africana ficou restrita aos seus aspectos formais que desconsideravam a sua função ritualística nas tribos de onde são originárias. A descontextualização das produções advindas do continente africano já era realizada pelos próprios museus etnográficos, que destituíam o caráter mágico e o uso ritualístico ao transformá-las em objetos para serem apreciados.  
A arte futurista apresentou muitas inovações ao representar a deformação dos objetos resultantes da velocidade. Os pintores futuristas empregavam a divisão entre as cores e as formas para apresentar as etapas do movimento, que convergiam para uma pintura quase abstrata. Entretanto, o futurismo não ficou restrito à pintura, sendo influente na produção musical, no cinema e na produção escultórica.  
A arte moderna é composta por muitos movimentos artísticos de curta duração que ficaram conhecidos como vanguardas artísticas por causa do seu caráter revolucionário. Todos tinham em comum a ruptura com os padrões da arte acadêmica, mas cada um apresentou as suas próprias inovações, chegando ao extremo de negar a própria cultura e a arte
Algumas vanguardas artísticas surgiram enquanto a Primeira Guerra Mundial estava acontecendo. O resultado não poderia ser outro, os artistas negaram todas as instituições sociais e os ideais que tinham guiado a sociedade à catástrofe mundial. Nesse contexto, surgiram o dadaísmo, que propôs a antiarte como modo de negação da própria arte, e o surrealismo, que explorou a imagem do inconsciente, mostrando que o ser humano não era tão racional quanto pretendia ser. 
Dadaísmo ‘’DADA” pode significar Cavalo de Brinquedo ou o Balbuciar de uma Criança.
Um grande artista desse movimento foi o Marcel Ducham.
Uma das suas artes foi “Roda de Bicicleta’’ (1913)
Essas propostas negavam se aquilo era arte ou não.
O artista também usou um mictória para exposição ,mas conhecido como ‘’A fonte’’ ( 1917).
Ducham, questionava tanto o valor do objeto quanto o valo da arte .
Surrealismo 
Os surrealistas exploravam as imagens do subconsciente para produzir uma arte contra a racionalização.
O psicanálise Freud ,acreditava que grande parte da personalidade é definida pelo inconsciente.
Os artistas surrealistas bascavam uma arte que rompesse com a separação entre sonho e realidade.
Um grande artista do movimento surrealista foi René Magritte.
Os movimentos artísticos de vanguarda negaram os princípios da arte acadêmica. Por exemplo, enquanto a pintura acadêmica seguia as regras de perspectiva para criar ilusão de profundidade em suas pinturas, os artistas cubistas utilizavam a fragmentação e a justaposição de formas para representar o objeto em sua integridade. Outro ponto de ruptura entre as vanguardas e a arte acadêmica foi a temática da pintura. Qual é a principal diferença entre a arte acadêmica e a arte moderna com relação à temática da obra de arte?
A arte acadêmica utilizava os princípios literários para produzir as suas pinturas, sempre buscando transmitir uma narrativa, seja ela histórica, mitológica ou cristã. A arte moderna não buscava retratar narrativas, pois ela seguia o lema “arte pela arte” e explorava os elementos constituintes da pintura, escultura, etc.
Enquanto a arte acadêmica limitava os seus temas a princípios literários ao ilustrar narrativas históricas, cristãs ou mitológicas, a arte moderna utilizava a temática de modo secundário, pois o seu principal objetivo era seguir os novos princípios estéticos da “arte pela arte”, que buscava explorar a própria materialidade e expressividade dos elementos artísticos. A arte moderna não tinha como centro de interesse os problemas sociais e não representava os heróis, pois a temática era secundária. A arte que retratava os heróis era o romantismo e a que se interessava pelas pessoas marginalizadas era o realismo, movimentos anteriores à arte moderna. A temática acadêmica era restrita e caso o artista fugisse do estipulado, não seria aceito pela academia.
A luta dos impressionistas e dos pós-impressionistas contra os princípios acadêmicos gerou uma nova relação entre arte e público. A divulgação da lenda de que os grandes artistas eram rejeitados em seu tempo gerou uma nova relação entre artistas e público (galeristas, críticos de arte, historiadores e pessoas interessadas em arte).
Assinale a alternativa que explica tal relação:
O público passou a evitar a desqualificação dos artistas e a tentar compreender as novas possibilidades que os artistas estavam propondo.
A nova relação entre o público e os artistas resultou no respeito pelas propostas de vanguarda. O público evitava desqualificar as propostas dos artistas, pois elas não eram resultantes de incapacidade técnica. Pablo Picasso, por exemplo, fazia pinturas seguindo os padrões acadêmicos e se sentiu atraído pelas propostas vanguardistas e acabou sendo o precursor do cubismo. De fato, alguns críticos de arte tentavam desmoralizar as vanguardas, mas o seu objetivo não foi concluído, pois surgiu um mercado de arte focado em galerias. O fato de alguns críticos de arte acadêmicos zombarem das primeiras correntes vanguardistas não resultou em outros movimentos, pois os grupos de artistas subvertiam as críticas de modo muito inteligente. Podemos perceber isso na nomeação do impressionismo e do fauvismo. Os vanguardistas não se importavam em fazer uma arte para agradar as pessoas, pois, como fugiam do esperado, acabavam criando estranhamento no público. Os modernistas não seguiam a temática acadêmica, pois o tema não era fundamental para tais artistas.
O nome do fauvismo é resultante de uma crítica proferida por Louis Vauxcelles, que buscava desqualificar os trabalhos de artistas que rompiam com alguns padrões da arte clássica. O termo “fauve”, que significa feras ou selvagens, foi aceito pelos artistas do movimento e transformado no nome do grupo.
Quais eram as principais rupturas que o fauvismo realizava em relação à arte acadêmica?
s fauvistas tinham interesse no uso de cores puras e com excesso de tinta e também faziam pinturas que fugiam à representação naturalista ao tentarem representar a pintura não racional.
O termo “fauve” consegue descrever bem os trabalhos dos fauvistas, por mais que o termo tenha sido utilizado de maneira pejorativa. Os artistas tentavam fazer as suas pinturas fugindo do racional, utilizando cores puras em excesso e que fugissem da descrição da realidade. Os fauvistas não tinham interesse na captura dos efeitos luminosos, como faziam os impressionistas, assim como não utilizavam princípios geométricos ou colagens em suas obras.
A arte moderna, de um modo geral, rompe com a arte acadêmica. O impressionismo abriu as portas à experimentação artística, mas os vanguardistas exploram caminhos nunca antes vistos na representação artística. Cada grupo apresentava os seus princípios: os impressionistas estavam interessados na representação da iluminação;os fauvistas tinham interesse em uma pintura que fugia à descrição naturalista no uso das cores e formas e os expressionistas exploravam cores e formas que externalizassem as suas contradições internas.
Quais foram as rupturas e as propostas do cubismo?
O cubismo rompeu com a perspectiva acadêmica e propôs a representação dos diversos ângulos de observação dos objetos, fragmentando-os e simplificando-os em formas geométricas.  
Os artistas cubistas romperam com a perspectiva utilizada pela arte acadêmica. O objetivo era representar todas as faces e ângulos de observação dos objetos de modo concomitante, por isso simplificavam o desenho a partir de formas geométricas. A arte cubista não almejava a expressão, como faziam os expressionistas, e o uso da cor não foi o seu carácter mais inovador. Por mais que os cubistas utilizassem formas geométricas variadas na representação, as suas pinturas fugiam à padronização e às leis da arte acadêmica. As pinturas cubistas têm uma proximidade com a fragmentação da iconografia egípcia, mas não fazem a reprodução desse tipo de imagem.
As vanguardas artísticas apresentaram muitas inovações, usaram a cor de modo inovador, as formas fugiam à representação naturalista e o tema era secundário. Alguns princípios eram comuns em mais de um movimento. Os fauvistas e os expressionistas utilizavam cores vivas, mas com objetivos distintos. Os fauvistas queriam uma arte que fugisse do naturalismo e os expressionistas queriam representar os seus estados de espírito. O uso da fragmentação esteve presente entre os cubistas e os futuristas.
Qual é a diferença entre o uso da fragmentação pelos artistas cubistas e pelos artistas futuristas?
Enquanto os artistas futuristas utilizavam a fragmentação para representar as dinâmicas de movimento e a velocidade, os cubistas a utilizavam para representar as diversas faces do objeto.
 Os futuristas faziam uso da fragmentação, tanto das formas quanto das cores, para representar as dinâmicas de movimento e a velocidade que deformavam a imagem. No entanto, os cubistas utilizavam a fragmentação para representar o objeto em sua integralidade, representando as suas diversas faces ao mesmo tempo. Os cubistas não estavam interessados em ilustrar teorias da área da geometria, apenas utilizavam as formas geométricas como forma de simplificar o desenho. Os futuristas almejavam a modernização da Itália, mas não representavam máquinas que não existiam. Eles valorizavam muito a velocidade dos carros e os maquinários da época. Algumas obras surrealistas e dadaístas também fizeram uso da fragmentação, entretanto, essa abordagem não ficou restrita a esses movimentos.
As vanguardas artistas surgiram em um momento de intensa transformação social. Quando chegou ao Brasil, resultou em críticas severas por parte de intelectuais admiradores da arte acadêmica.
O movimento para a modernização da arte brasileira culminou na Semana de Arte Moderna, que abriu caminho para as experimentações que se seguiram e culminaram na criação da Primeira Bienal de São Paulo em 1951.​​​​​​​