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O crescimento somático humano é influenciado por fatores intrínsecos e extrínsecos. → A estatura final é resultado da combinação de múltiplos fatores, entre eles a interação entre hormônios circulantes e a respostabilidade do tecido, e fatores nutricionais, ambientais e condições de saúde. → Processo gradativo, que inicia no período embrionário intraútero e até a vida adulta. → Importante indicador de saúde: vai sinalizar como está a saúde física, mental e a qualidade do ambiente em que a criança vive. → Apesar de existir um genótipo que controla o crescimento em estatura, os fatores ambientais são muito importantes para determinar a altura final, isso é visto principalmente em países em desenvolvimento, onde a pobreza e seus efeitos são a principal causa de baixa estatura, acometendo até 30% das crias, desnutrição falta de acesso a agua (afeta o crescimento antes e depois do nascimento). → Crescimento e desenvolvimento Os hormônios estão intrinsecamente relacionados ao crescimento, principalmente o eixo somatotrófico, que é compreendido pelo hormônio do crescimento GH e também pelo fator de crescimento semelhante a insulina IGF, mas também tem participação de outros hormônios, tireoideanos, insulina, esteroides sexuais. • Período embrionário- caracterizado pela maior taxa de crescimento de toda a vida 1. Os primeiros anos após o nascimento – 1ano- 25cm, e depois essa taxa de crescimento vai gradativamente diminuindo. 2. Novo pico de crescimento por volta dos 7 anos, porém ainda menor. 3. Estiram puberal – puberdade, crescimento de 8 a 12 cm num ano, forte influência dos hormônios sexuais. 4. Ao longo da vida, temos 4 períodos críticos para o crescimento somático •O aumento da estatura não é o único fator do aumento somático, toda essa influência hormonal também vai variar a composição corporal, exemplo: o feto, grande quantidade de gordura, que vai diminuindo, e durante a puberdade a diferença de porcentagem de gordura começa a moldar entre homens e mulheres. Ambiente e genoma materno Estado materno na gravidez: nutrição, fumo e fluxo arterial uterino, doença, falta de oxigênio. Crescimento placentário: fluxo placentário, produção de hormônios . afeta relação mãe e feto Crescimento intrauterino, é influenciado por hormônios diferentes do que do resto da vida. • Conforme o feto vai se desenvolvendo, as suas glândulas vão produzindo hormônios, que também vão influenciar em seu crescimento. • Fatores que influenciam o crescimento intrauterino Crescimentos e hormônios intraútero - Hormônios que mais influenciam no crescimento INSULINA- percebesse numa hipersecreção de insulina pelo feto, no caso de mães diabéticas estão sempre hiperglicêmicas, e essa glicemia passa pela placenta e vai para o nenê, e, portanto, ele também fica hiperglicêmico, entretanto, o pâncreas dele consegue trabalhar, produzindo muita insulina, para manter o feto noroglicemico. Mas as mãe não, por isso, os bebes de mãe diabéticas mal controlada durante a gestação, nascem grandes para a idade gestacional. Hormônios tireoidianos (SNC e esqueleto, mas não crescimento em si) – não influencia tanto no peso final da gestação. Glicocorticoides (maturação dos órgãos fetais) O Gh não influencia tanto no crescimento, mas pode afetar outras alterações com sua falta: exemplo hipoglicemia neonatal, icterícia neonatal, e menino, micropenis. Pensar se tem uma doença hipofisaria já congênita. Hormônios do crescimento Página 1 de Fisiologia O crescimento é resultado, principalmente, pela proliferação e da subsequente diferenciação da cartilagem epifisária do crescimento. • Período crescimento pós-natal Imagem de raio x Esse processo de crescimento de cartilagem ele é regulado por diversos fatores hormonais o eixo GH-IGF, a insulina, hormônios tireoidianos, e esteroides sexuais. → O crescimento somático linear ocorre pelo processo denominado ossificação endocondral, no qual a estrutura cartilaginosa é substituída por tecido mineralizado de maior resistência. → A cartilagem de crescimento está situada nas epífises de ossos longos e ela é formada, principalmente, por colágenos do tipo 2, 9 e 10, tem uma zona de repouso, que também é chamada de germinativa contem condrocitos em repouso e essas células desempenham um papel crucial no orientação das colunas de condrocitos adjacentes, que vai mostrar qual é a direção do crescimento ósseo, há cima dessa zona, temos as células em repouso, que entram na zona proliferativa, rica em matriz e os condrocitos entram em divisão celular em direção longitudinal, para promover esse crescimento. → Ao tempo os condrocitos perdem a capacidade de se dividir e inicia uma diferenciação, tornando-se pre hipertróficos, e começão a secretar colágeno do tipo 1, mais resistente, essa zona é caraterizada pelo aumento da contração intracelular de cálcio, essencial para a produção de vesículas de matriz , as quais vão secretar fosfato de cálcio, hidroxoapatita, e metapoliteinase, resultando em mineralizacaqo das vesículas e da matriz adjacente. Esse processo de mineralização atrai vasos para a região, e ai acaba calcificando essa cartilagem e virando um osso adulto → O GH conhecido como somatotrofina ou hormônio somatotrofico, é uma cadeia polipepididica, constituída de 191 AA, e como funciona → Produzido pelas células somatotróficas→ Hipotálamo vai liberar GHRH que vai estimular os somatotroficos da hipófise a produzirem e liberarem o GH. → A secreção de GH é pulsátil e intermitente, e ocorre, principalmente, no sono profundo de ondas lentas. → O GH circula no plasma ligado a uma proteína GHPP, ligação fraca → GH- Somatotrofina A maior parte do GH, 70% dele, vai estimular a produção de IGF1, principalmente no fígado. → O IGF1 vai lá no hipotálamo e na hipófise fazer o feedback negativo, para avisar que não precisa mais desse estimulo no momento → E esse mesmo IGF1 é que vai ter o papel principal de função de crescimento linear → IGF1: não tem secreção pulsátil, é mais estável então, quando estamos fazendo rastreio para alteração de GH , normalmente não solicitamos o GH e sim o IGF1 e se ele vem alterado faz teste de estimulo ou supressão do GH, para confirmar o diagnóstico. • Teste de estimulo: suspeita de deficiência• Teste de supressão: suspeita de excesso • Página 2 de Fisiologia Regulação de GH A secreção de GH é regulada não só pelo feedback do IGF1, também, → Exercícios e doenças podem ter feito na liberação de GH, hipoglicemia → além do feedback negativo tem a somatostatina que pode inibi a produção do GH e estresse crônico , aumento do cortisol pode levar a uma inibição do GH. → Doenças com aumento do cortisol tbm podem inibir o gh, baixa estatura → Crescimento linear Efeito do IGF1 no metabolismo Aumenta a deposição dos e conversão de cartilagem tecido ósseo Metabolismo proteico Aumenta a proliferação dos condrócitos Estimula a captação de aa Elevam o conteúdo intracelular de mRNA Inibem o catabolismo de proteínas e aa Massa muscular Efeitos do GH no metabolismo Glicose: efeito antagônicos a insulina: aumenta gliconeogenese e reduz captação de glicose-> resistência a insulina->hiperglicemia Lipídios: Aumenta lipólise -> utilizando como fonte de energia (ácidos graxos) Proteínas: aumento da massa magra Como ocorre a avaliação do crescimento? Peso/idade Altura/idade Perímetro cefálico/idade IMC/idade Velocidade de crescimento - Índices antropométricos Sempre colocar esses resultados em curvas, feitas pela IMs, que faz uma média das populações para definir, oq seria o normal, A média e ficar no 50 ou scott 0 • Considerar baixa estatura se tiver 2 desvios padrões a baixo do percentil 3 • E alta estatura a baixo do percentil 97 – media populacional • Avaliar a altura alvo familiar• Media entre os pais – estatura alvo genética• 2 desvio padros a cima ou a baixo da altura alvo familiar. • Tireoideanos:estimulam a síntese e a secreção de GH na hipófise, T3 ajuda no crescimento na epífise • Insulina: hormônio anabólico, síntese proteica e na estimulação da síntese de macromoléculas • Hormônios sexuais: começam a ser produzidos principalmente na fase da puberdade, 8 aos 12 anos- media e 9 a 14 meninos, estimula o crescimento maior, e maturando ela para ocorrer o fechamento • Página 3 de Fisiologia