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APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – 2ª SÉRIE 
2015 
 
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INTRODUÇÃO 
 
Essa apostila de Educação Física do Colégio Santa Mônica destinada ao 2º ano do Ensino médio, tem 
por objetivo, instrumentalizar, conscientizar, informar e orientar aos alunos, quanto aos principais assuntos 
ministrados durante o ano letivo nas aulas de Ed. física. 
A disciplina que tem uma grande importância no currículo escolar pretende através das aulas e deste 
material de apoio estimular e desenvolver uma autonomia crítica do educando, em relação ao 
funcionamento do organismo humano, estabelecendo uma relação de compreensão entre as atividades 
físicas disponíveis em nossas vidas e os múltiplos aspectos que compreendem a linguagem corporal 
presente nas questões, físicas, biológicas, sociais e culturais valorizando-as para as práticas cotidianas. 
Este material servirá ainda, como fonte de informação para situações cotidianas na vida do alunado. 
Além de base de estudo para as questões que serão cobradas nas provas de PB, recuperação e P5 de Ed. 
Física. 
Mais uma oportunidade para aqueles que por algum motivo não tiveram acesso a essas informações, 
tirarem suas dúvidas e refletirem sobre a importância desta disciplina. 
“A Educação Física é o fenômeno sociocultural, que tem no jogo o seu vínculo cultural e na 
competição o seu elemento essencial e que, nas suas diferentes formas, contribui para a formação e 
aproximação dos seres humanos ao reforçar o desenvolvimento de valores como a moral, a ética, a 
solidariedade, a fraternidade e a cooperação, o que o torna um dos meios mais eficazes para a convivência 
humana. (TUBINO, 2005)”. 
 
 
PARA QUE SERVE A EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA? 
 
A educação física na atualidade deve ser vista como uma área do conhecimento que trabalha com o 
corpo como fenômeno sócio cultural. Isso quer dizer que seus exercícios devem ser voltados não só aos 
aspectos fisiológicos, mas também a importância do autoconhecimento corporal e suas necessidades dentro 
de uma determinada sociedade. Para isso se faz necessária à transmissão de específicos conhecimentos 
psicossociais e didáticos pedagógicos, além de uma gama de exercícios multidisciplinares. 
É na fase escolar, que ocorre o desenvolvimento psicomotor da criança, que é essencial para a 
formação de seu vocabulário motor, isto é, seus conhecimentos básicos de si mesmo e de suas 
possibilidades motoras. No caso dos adolescentes representa um momento fundamental para o 
entendimento da importância de se praticar atividade física para melhoria da saúde, do bem estar e da 
qualidade de vida, além de se preparar para as reflexões teóricas que aparecem nas provas do Exame 
Nacional do Ensino Médio, concursos diversos e testes vocacionais. 
A Educação Física escolar tem como meta que o aluno vivencie e interiorize os movimentos, 
possibilitando a ele ter inúmeros estímulos para que no futuro possa perceber qual o desporto, atividade 
física ou exercício físico que mais lhe agrada, tendo inclusive através destas atividades iniciais a 
possibilidade de transferir a desenvoltura dos movimentos para conseguir uma melhor performance seja a 
nível de clubes e seleções ou simplesmente adquirir o hábito para a prática permanente da atividade física e 
lazer, estimulando um convívio social perante as pessoas que o cercam no seu dia a dia. 
As aulas devem possibilitar a máxima exploração de movimentos fundamentais para o 
desenvolvimento dos nossos alunos. 
No mundo moderno e violento de hoje, onde os avanços da tecnologia com computadores e games 
de última geração deixam as crianças cada vez mais longe de vivenciar atividades e movimentos 
importantes na formação e manutenção do seu alfabeto motor. Neste sentido, a escola, passa a ter papel 
fundamental em proporcionar essas atividades, além de discutir, refletir e criar nos alunos uma visão crítica 
em relação à gama de atividades que são oferecidas dentro e fora da dela. 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – 2ª SÉRIE – 2015 
 
 
 
 
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Observamos nos dias de hoje muitas informações, dicas, instruções e orientações que muitas vezes 
nos conduz a práticas desportivas inadequadas. Precisamos estar atentos se as informações que são 
lançadas diariamente pelos mais diversos veículos de comunicação, buscam atender as indústrias do fitness 
e farmacológicas ou realmente nos transmitem conhecimentos valiosos para que possamos ter autonomia 
na escolha e execução da prática esportiva. 
 
 
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA 
 
De acordo com Santos e Farenatti (1998), os modelos de promoção de saúde não dão conta do ser 
humano em sua forma ampla e subjetiva. Há alguns anos, o conceito de saúde era avaliado segundo a OMS 
(Organização Mundial de Saúde), como ausência de doenças. Ao longo dos anos muitas questões foram 
sendo incorporadas neste conceito. Hoje podemos afirmar que o conceito mais utilizado embora não 
definitivo leva em consideração a questão biológica, psicológica e social. 
A atividade física é uma das ferramentas que possibilitam apresentar ao indivíduo as condições para 
que o mesmo possa agir diante de suas reais condições para a busca de uma melhor saúde. 
O ser humano, na sua preocupação com o corpo, precisa estar alerta para o fato de que a saúde e 
longevidade devem vir acompanhadas de qualidade de vida. A atividade física é uma aliada imprescindível 
para alcançar uma boa forma física e sua prática deve ser desenvolvida de uma forma prazerosa e contínua 
ao longo de toda vida. 
A atividade física é definida como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos 
esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso. (CASPERSEN et alii, 1985). 
 
 
Qualquer atividade física bem orientada, se aplicada durante o período de desenvolvimento irá 
contribuir de forma positiva no crescimento. Podemos citar dois motivos: primeiro, a atividade física induz a 
secreção de GH (hormônio do crescimento) e segundo, a atividade física irá impor stress físico aos ossos e 
articulações o que na medida certa é essencial para um bom desenvolvimento, além de estimular o melhor 
funcionamento de nosso organismo. 
Os benefícios da Atividade Física vão muito além destes aspectos. Uma vida ativa reduz a incidência 
de várias doenças, bem como a uma redução da mortalidade cardiovascular. Em crianças e adolescentes, 
um maior nível de atividade física contribui para melhorar a autoestima, o relacionamento social, o respeito 
às regras e aos limites, reduzir a prevalência de obesidade e doenças respiratórias, etc. Ainda, é, a mais 
provável certeza de que uma criança fisicamente ativa se torne um adulto também ativo. 
 
1- DITADURA DA ESTÉTICA 
 
Ao longo da história a atividade física sempre esteve presente na rotina da humanidade. 
Normalmente associada a um estilo de vida, como a caça dos homens das cavernas para a sobrevivência, 
os Gregos e suas práticas desportivas na busca de um corpo perfeito, ou de cunho militar como, por 
exemplo, na formação das legiões romanas com suas longas marchas e treinos, mas essa relação entre a 
atividade física e o homem em sua rotina diária parece ter diminuído gradativamente ao longo de nossa 
evolução. 
E na medida em que as ciências e seus inventos facilitavam nossos afazeres, o progresso trouxe uma 
situação um tanto dúbia, pois de um lado temos a redução da mortalidade por doenças infecto contagiosas 
e o aumento da longevidade, do outro o aumento de doenças crônico degenerativas e a perda da qualidade 
de vida. O fato de viver mais não indica viver melhor. A importância e a necessidade de hábitos como o 
cuidado com a dieta, pratica de atividade física regular e o cuidado com substâncias e atividades que 
possam acelerar a degradação do corpo humano, devem ser um motivo de atenção e preocupação de todo 
ser humano. 
Se a tecnologia e o progressotrouxeram facilidades, isso é inquestionável, mas junto incrementaram 
as doenças silenciosas, formando epidemias que se estabelecem sem maiores sintomas em suas primeiras 
fases e vão gradativamente se desenvolvendo ao longo dos anos, identificadas como doenças crônicas 
degenerativas, que tem sua origem em uma série de fatores, como a predisposição genética, influência do 
meio externo e hábitos de vida e, nesse último, o nosso destaque ao grau de atividade física praticada. 
 
 
 
 
 
 
 
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Mas apesar dessa fórmula milagrosa que é a atividade física estar presente em quase todos os meios 
de comunicação, cada vez mais a população apresenta problemas relacionados com a falta de exercícios. A 
desculpa mais frequente é a falta de tempo ou falta de condições para prática, fatores agravados pela 
economia de movimentos em nossa rotina, como a comodidade do controle remoto, telefone celular, 
elevadores e escadas rolantes, sem falar nas horas diárias dedicadas a televisão ou ao computador, o que 
demonstra ser um fenômeno de dimensão mundial, pois uma das doenças associadas a falta de exercícios, 
como a obesidade, tem prevalência em quase todo planeta. 
 
Com o avanço dessas epidemias silenciosas, até o conceito de saúde teve de ser revisto e as 
instituições de saúde pública governamental e não governamental ressaltam a importância dos conceitos 
como promoção e prevenção na saúde com um destaque em hábitos mais saudáveis ao logo de toda vida. 
Essas iniciativas foram divididas em duas frentes, uma de âmbito macro com o destaque em papel de 
políticas públicas (combate a poluição, preocupação com o meio ambiente) e outra com a necessidade do 
compromisso pessoal com a manutenção da própria saúde. 
Para ressaltar o papel da atividade física, basta comparar uma pessoa ativa fisicamente de 60 anos 
com um inativo de mesma idade. Quando comparadas as diferenças em termos de índices fisiológicos, são 
consideráveis as marcas negativas deixadas pelo tempo, pelos que escolheram o caminho do sedentarismo. 
O que reflete em termos de qualidade de vida é que o ativo provavelmente terá maior mobilidade, 
autonomia e manutenção de valências físicas como força muscular, flexibilidade e capacidade aeróbia, tão 
importantes em sua vida diária. 
Baseado nesse novo paradigma, diversos programas e projetos foram implantados ao longo dessas 
últimas décadas em vários países, todos sempre destacando a importância do envolvimento pessoal e a 
necessidades de hábitos mais saudáveis, como a prática regular de atividades físicas. 
Mas por que toda essa preocupação com o grau de condicionamento físico da população mundial? 
Porque estudos longitudinais apontam para a relação direta e favorável entre o nível de aptidão física, o 
grau de atividade física praticada e a saúde. Assim, com a prática de exercícios regulares, doenças como 
diabetes, osteoporose, obesidade, hipertensão, câncer de cólon, mama, próstata e útero, ansiedade e 
depressão, podem ser evitadas ou minimizadas. 
 
 
1.1 - Transtorno da imagem corporal (preconceitos e estereótipos) 
 
 
É comum, no meio social, a influência de diversos estereótipos na determinação das relações 
humanas e, consequentemente, na constituição da autoimagem dos indivíduos. Vivemos numa sociedade 
preconceituosa, onde as pessoas que não possuem os padrões físicos valorizados pela cultura podem ser 
discriminadas de alguma forma. Indivíduos acima do peso ou obesos, não raro, são mal vistos pelos outros, 
acarretando problemas de socialização e autoestima nos mesmos. 
Em geral, os teóricos concordam que a imagem corporal é a visualização do próprio corpo formada e 
estruturada na mente do indivíduo, ou seja, a forma como o corpo se apresenta para si mesmo. A imagem 
corporal também pode ser compreendida como a união das sensações sinestésicas organizadas pelos 
sentidos (audição, visão, tato, paladar e olfato), consequência das experiências vivenciadas pelo indivíduo. 
A mesma está em desenvolvimento desde o nascimento até a morte da pessoa, numa complexa estrutura 
subjetiva que sofre alterações contínuas. Além disso, a imagem corporal é uma construção humana 
constituída das dimensões cognitivas, afetivas, socioculturais e motoras. Esta é influenciada pelo meio em 
que a pessoa vive e relacionada às várias etapas da existência humana (ADAMI et al., 2005; FREITAS, 
2006; MATURANA, 2004; PALLAZZO, 2003; RUSSO, 2005; SCHILDER, 1999). 
Para Adami et al. (2005) a formação da imagem corporal será mais completa quando os estímulos e 
as possibilidades de novas experiências do recém nascido se derem durante toda a sua trajetória de vida, 
especialmente sob o ponto de vista psicomotor. A imagem corporal retratada na adolescência e na vida 
adulta serão confirmações das experiências corporais que foram determinantes na modelação da imagem 
corporal quando crianças. Transformações poderão ocorrer, porém seus elementos da construção inicial 
serão preservados, apesar das mudanças ocorridas ao longo da vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A imagem corporal foi caracterizada de diferentes maneiras ao longo da história ocidental. Já na 
Grécia antiga, o corpo atlético era valorizado, no modo de educação corporal, em Atenas, predominava o 
ideal de ser humano bom e belo. Na Idade Média, a preocupação com o corpo passou a ser proibida, pela 
influência da Igreja Católica. Neste período, ficou clara a separação do corpo e da alma, prevalecendo a 
segunda sobre a primeira. A moral cristã coibia toda e qualquer prática que visasse o culto ao corpo. Este 
era visto como corrupto e pecaminoso, um obstáculo ao desenvolvimento da alma. O conceito de corpo no 
período Renascentista difere das anteriores, pois o avanço técnico – científico fez com que os indivíduos 
desse período tivessem um apreço tão grande à razão científica, que a usaram como a única forma de 
conhecimento. Sob esse novo olhar, o corpo serviu de objeto de estudos e experiências. As atividades 
físicas eram prescritas por um sistema de regras rígidas, visando à saúde corpórea. No final do século XX e 
começo do XXI, a exposição demasiada de modelos corporais nos meios de comunicação contribuiu para a 
formação de uma ótica estereotipada do corpo. A mídia atual valoriza corpos que sigam um padrão estético 
guiado pelos interesses da indústria do consumo, configurando-se um corpo bonito, jovem e malhado, como 
objeto de desejo. Esses conjuntos de fatores criaram no imaginário social uma ligação entre “corpo ideal” e 
sucesso, passando a obesidade, ser algo altamente condenável (PAIM, STREY, 2004; PELEGRINI, 2004). 
Sob o ponto de vista estético pela sociedade diretamente ligada ao consumo excessivo e 
desenfreado, quando na realidade essa preocupações e deve passar somente pelo viés da manutenção da 
saúde e da qualidade de vida). 
De acordo com Nahas (1999), a obesidade é vista hoje como um problema de proporção mundial 
pela Organização Mundial da Saúde, já que ela atinge um número elevado de pessoas e predispõe o 
organismo a muitas doenças e mortes prematuras. Estatisticamente, dentro de um mesmo grupo etário, é 
muito maior a mortalidade entre indivíduos obesos. Inúmeros estudos apontam que várias doenças da era 
moderna estão associadas ao excesso de gordura corporal. Para Silva et al. (2006) a obesidade está 
associada, fisicamente, não apenas ao aumento da prevalência de algumas doenças, como também ao 
aumento nos níveis de dor (como síndrome de dor crônica) e aos níveis de mortalidade e morbidade 
somática e, também psicológica. Na dimensão psicológica, a distorção da imagem corporal ocasionada pela 
obesidade poderá provocar uma desvalorização da autoimagem e do autoconceito, no obeso, diminuindo 
sua autoestima. 
 
A distorção da percepçãocorporal através da sub ou superestimação do peso é muito mais comum 
em mulheres e adolescentes, pois estes são mais influenciados por fatores socioculturais. A indústria 
corporal através da mídia encarrega-se de criar desejos e reforçar a padronização dos corpos. Pessoas que 
estão “fora de forma” sentem-se pressionadas e insatisfeitas. O reforço dado pelos meios de comunicação 
ao mostrar corpos atraentes faz com que parte da sociedade persiga uma aparência física idealizada. A 
beleza estética está associada à possibilidade do sucesso, do dinheiro e da felicidade. Estas condições 
dificultam o processo de busca pela percepção do corpo real e, consequentemente, sua funcionalidade é 
meramente exibicionista em detrimento de outras tantas funções que o mesmo possa ter (BARROS, 
BANKOFF, SCHMIDT, 2005; BOSI et al., 2006; CONTI, FRUTUOSO, GAMBARDELLA, 2005; OLIVEIRA, 2005; 
RUSSO, 2005). 
Segundo Cordas e Ascencio (2006) as primeiras evidências de preconceitos contra obesos já 
aparecem na infância. Quando, por exemplo, crianças são apresentadas a desenhos, representando crianças 
em cadeiras de roda, em muletas, desfiguradas, amputadas ou obesas, elas tendem a rejeitar mais as 
representações de obesos do que qualquer outra figura com exceção dos mutilados. Crianças obesas são 
frequentemente definidas pelos seus colegas, já nos primeiros anos de escola, como preguiçosas, sujas, 
estúpidas, feias e burras ou em elogios superficiais, como engraçadas e alegres. Adultos e adolescentes 
obesos sofrem discriminação em sua vida profissional e acadêmica de forma explícita, esses 
empobrecimentos sociais, culturais, econômicos e afetivos, estão relacionados diretamente com a gravidade 
da obesidade, ou seja, quanto maior o IMC, maior o problema psicológico. 
No senso comum, crianças obesas ou com sobrepeso, são geralmente subestimadas quanto ao 
desenvolvimento de suas habilidades motoras. Como consequência, o professor, especialmente de Educação 
Física, avalia essas crianças deficitárias e inaptas a alcançar sucesso em tarefas motoras (CATENASSI et al., 
2007). Segundo Rosenthal e Jacobson (1968) essa expectativa do professor sobre o comportamento das 
crianças, pode inconscientemente influenciar tal comportamento. Essa influência, que na Psicologia Social é 
denominada Efeito Pigmaleão ou Profecia Auto Realizadora, pode ter um impacto negativo ou positivo. Ou 
seja, quando os professores esperam que os estudantes rendam bem, tendem a render bem, quando os 
professores esperam que falhem, eles tendem a falhar. 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – 2ª SÉRIE – 2015 
 
 
 
 
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Para Gonçalves (2004), o preconceito que sofre o indivíduo obeso pode ser tão ou mais prejudicial do 
que os problemas de saúde física decorrentes do excesso de peso. Os estudos comprovam que as pessoas 
gordas são vistas como relaxadas, feias, sujas e culpadas de sua condição, o que lhes causa grande 
sofrimento. Observa-se que o medo de ser confrontada com uma situação humilhante, por exemplo, 
danificar algo devido ao excesso de peso, leva a pessoa à não sair de casa, a não visitar os amigos. 
Provavelmente, a vergonha que se sente em quebrar o móvel de alguém, é mais pelo motivo que causou tal 
dano, o excesso de peso, do que pelo fato de tê-lo quebrado, ou seja, a maior vergonha é pelo fato de ser 
muito gorda, sendo que se poderia pesar menos e evitar essas situações constrangedoras. 
De acordo com Felippe (2003), os indivíduos obesos deixarão de sofrer discriminação, preconceito e 
exclusão social, assim que a obesidade não for mais condenada. Permitir a manifestação desses sujeitos é 
abrir uma escuta ao que está sendo dito e sentido, para possibilitar a quebra dessa situação, que pode ser 
alterada no momento que for discutida, socializada, polemizada e politizada. Apesar do crescimento de 
pessoas obesas nos últimos tempos, falar em obesidade significa dirigir-se a uma minoria, mas não no 
sentido numérico, e sim nos excluídos e discriminados, que se encontram marginalizados pela sociedade, 
sem nenhuma força de representatividade (SANTOS, 2003). 
A beleza física está exageradamente valorizada na sociedade atual, e diretamente ligada a um ideal 
de corpo magro, firme e esbelto. Como consequência, o obeso sofre uma pressão social por estar fora dos 
padrões impostos pela sociedade, lhe causando mal-estar e ocasionando discriminações sociais, que 
acarretarão em dificuldades de relacionamento, evitando a realização de tarefas corriqueiras, mas que 
requerem contatos sociais (SILVA et. al., 2006). Segundo Almeida et al. (2005) a percepção do tamanho 
corporal vem sendo associada a fortes valores culturais. Em dados períodos, os corpos grandes e 
arredondados foram estereotipados como sinais de poder, hoje em dia, ele é condenado, já que nas últimas 
décadas, foram valorizados corpos esbeltos e esguios. 
Os estereótipos sociais são construídos de generalizações de observações individuais para todo o 
grupo ao qual a pessoa observada pertence. Estes são crenças, conjunto de ideias e rótulos usados para 
determinadas situações de forma mecânica, sem questionamentos. Além disso, costumam estar 
relacionados a conceitos negativos associados a algum tema, uma determinada pessoa, um grupo e a 
comportamentos (PAIM, 2004; RODRIGUES, 2003; WALTER, BAPTISTA, 2007). 
A instalação do estereótipo seguiria os seguintes passos: inicialmente, as pessoas imaginariam e 
definiriam o mundo e, logo após, o observariam. A interpretação estaria essencialmente relacionada à cultura. 
Giavoni (2002) afirma que o termo estereótipo primeiramente foi usado para explicar um 
preconceito, ou seja, para definir as manifestações e os fatos que ocorrem no mundo exterior sem antes 
interpretá-los. Depois o termo estereótipo começou a ser usado como sendo generalizações impróprias de 
características de um indivíduo para o grupo a qual esse pertence, baseadas em processos motivacionais 
em oposição aos processos cognitivos. Hoje em dia, os estudos acerca de estereótipos passaram a avaliá-
los de uma forma probabilística. Portanto, estereótipo, é a probabilidade de se encontrar algumas 
características em um grupo de indivíduos, em confrontação à probabilidade de se verificar as mesmas 
características no restante da população. 
Infelizmente, parece que o padrão corporal imposto pela mídia foi aceito quase com unanimidade 
pela população. A maioria, mesmo inconscientemente, faz julgamentos precipitados acerca dos indivíduos, 
crendo que o efetivo sucesso dos seres humanos depende exclusivamente de suas condições físicas, 
ignorando os demais atributos que o mesmo possa ter. Essa suposta relação que existe entre a obesidade e 
a inaptidão vem crescendo nas últimas décadas, e a exclusão tem sido a principal consequência. No 
ambiente escolar, essa situação tem prejudicado as crianças obesas em seus desenvolvimentos afetivos, 
cognitivos e motor. Os professores devem se preparar para evitar situações constrangedoras, incluindo-os 
nas atividades escolares e oportunizando uma melhor qualidade de vida para esses alunos. 
 
1.2 - Males do sedentarismo e Males da Obesidade 
 
O sedentarismo pode ser definido como falta de atividade física suficiente e pode afetar a saúde da 
pessoa. A falta de atividade física não está ligada a não praticar esportes. Pessoas com atividades físicas 
regulares, como limpar a casa, caminhar para o trabalho, realizar funções profissionais que requerem 
esforço físico, não são classificados como sedentários. O sedentarismo acontece quando a pessoa gasta 
poucas calorias diárias com atividades físicas. 
 O sedentarismo é um dos fatores de risco intimamente relacionados com o aparecimento de doenças 
como a hipertensão, doenças respiratórias crónicas e distúrbios cardíacos. 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – 2ª SÉRIE – 2015 
 
 
 
 
6/29O principal mecanismo da obesidade é um desequilíbrio entre a formação e a desnutrição de células 
adiposas (de gordura) no organismo. Todas as calorias que são ingeridas podem ser transformadas e 
armazenadas sob forma de células adiposas e o que gastamos (gasto calórico) favorece a destruição destas 
células. Logo, a obesidade não significa, obrigatoriamente, que o indivíduo coma muito, significa também, 
que ele gasta pouco do que consome. 
 A obesidade pode ser classificada por hiperfagia quando o indivíduo come muito ou obesidade por 
gasto ineficiente é quando o indivíduo não faz atividade física suficiente para queimar suas calorias. 
 Vários fatores podem contribuir para causar a obesidade, como doenças endocrinológicas, alterações 
genéticas, ausência de atividade física, comportamento alimentar alterado e inadequado. 
 A obesidade infantil tem aumentado em todo o mundo. No Brasil também está ocorrendo um 
aumento marcante da obesidade infantil, além das possíveis complicações clínicas da obesidade, a 
implicação na auto-estima infantil refletindo na rejeição pelo grupo e no seu baixo rendimento escolar. 
 A vida moderna tem criado condições para o desenvolvimento da obesidade em crianças, na medida 
em que são impedidas de saírem de casa (por causa da violência) e, desta forma, deixam de correr, andar 
de bicicleta e de outras brincadeiras que propõem uma atividade física. Também com o acesso aos 
alimentos não saudáveis como: fast food, alimentos congelados e industrializados. 
 Estima-se que dois terços de todos os brasileiros estão com sobrepeso ou sofrem de obesidade. Isto 
significa que quando saímos a rua, cada 10 pessoas que vimos, 6 sofrem de sobrepeso ou estão obesos. O 
mais impressionante é que este número está aumentando e muito brevemente este número passará de 6 
em 10 pessoas sofrendo deste problema. 
Fonte: ABESO (2002). 
Fonte: http://www.nutricaoempratica.com.br/alimentacao-correta/o-que-e-sedentarismo 
 
1.3 - O corpo como produtor de cultura 
 
A Linguagem corporal também é tema do ENEM e está ligada à matriz de habilidades da área de 
linguagens. Não é necessário participar de um grupo de dança ou praticar várias atividades para entender 
o que é a linguagem corporal. Nosso corpo se comunica através de cada movimento. A prova do ENEM 
avaliará a capacidade de interpretação dos movimentos do corpo. É necessário compreender as diversas 
manifestações culturais (danças, lutas, rituais e cerimônias), num aspecto que deve ser mais ligado às 
ciências sociais, e reconhecer a importância das atividades físicas para o bem estar, conceito que pode ser 
cobrado na prova de Ciências. 
É importante também diferenciar o termo “expressão corporal” do termo “linguagem corporal”.
 Enquanto a “expressão corporal” diz respeito apenas aos movimentos do corpo propriamente dito 
(danças e exercícios da academia), a linguagem corporal abrange a movimentação corporal como meio de 
comunicação (não verbal). A Linguagem Corporal, segundo Stokoe e Harf (1987), é uma linguagem, 
através da qual o ser humano expressa sensações, sentimentos e pensamentos com o seu corpo. 
A Expressão Corporal desempenha e amplia todas as possibilidades humanas, e é justamente 
constituída no movimento corporal, (Brikman, 1989). Este movimento corporal é a possibilidade de 
conhecimento dessa linguagem individual. Por imediato, o corpo tem a capacidade de se manifestar, o que, 
na expressão corporal, se apresenta através do vivido corporal, da experiência do corpo, seja em situações 
do cotidiano ou da arte. É necessário que o aluno tenha uma leitura cultural de mundo. Como exemplo, a 
prova pode mostrar uma imagem de um ritual indígena e pedir interpretações ao aluno. Não apenas sobre 
o que o ritual mostra, mas de elementos que o circundam, como história, geografia, língua portuguesa e 
sociologia. 
Ao iniciar uma reflexão sobre corpo e cultura, tento idealizar um corpo que não possua nenhum 
vestígio cultural. Achei impossível pensar de tal forma, pois acredito que todos estão sujeitos a sofrermos 
alguma interferência externa. Penso como um possível exemplo deste fato, no personagem da Disney 
chamado Mogli. Mesmo este menino que fora criado por lobos, incorporou nesta criação características 
próprias da "cultura" da alcatéia. Podemos visualizar o menino andando sobre quatro patas e interagindo 
com um filhote de elefante. 
 A partir deste pensamento digo que nos identificamos como sujeitos devido as nossas relações 
sociais, no caso Mogli, a relação que ele passou a ter com a alcatéia. Como grande parte de nossas 
características são oriundas do meio, afirmo que o corpo é ele mesmo uma construção social, cultural e 
histórica (GOELLNER, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – 2ª SÉRIE – 2015 
 
 
 
 
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 O corpo está tão inserido e é tão importante para a sociedade que ao mesmo tempo é capaz de 
produzir uma cultura e ser influenciado por outras. Concordo com Goellner quando a autora apresenta que 
"pensar o corpo como algo produzido na e pela cultura é, simultaneamente, um desafio e uma 
necessidade" (2003, p.28). Podemos compreender essa necessidade com mais clareza quando discutimos 
o corpo no tempo e suas tendências. 
 Caracterizando a moda como uma tendência que é ou que deve ser seguida, posso enumerar ao 
longo da história, diversos momentos, relacionados ao corpo, que possuem características semelhantes 
com as de uma "moda". 
 Começo com os gregos onde posso dizer que eles possuíam uma filosofia onde o corpo possuía um 
papel de destaque, possuindo um valor muito forte para a sociedade Grega. Era necessário que o indivíduo 
cidadão fizesse uma intima relação entre o trabalho do corpo e os conhecimentos existentes. Platão é um 
dos mais conhecidos desta relação, pois apesar de ser um dos principais filósofos clássicos também se 
consagrou campeão olímpico. 
 Na era industrial, quando a revolução técnico-cientifica cresceu de uma forma rápida, 
transformando o mundo feudal em um mundo onde o tempo é dinheiro, pois esta sociedade tende a 
colocar o lucro acima de qualquer valor existente. O corpo não teve nenhuma participação direta neste 
processo, somente padeceu com o desgaste a ele imposto. Continuou seguindo traços da antiga idade 
média, onde o corpo era desvalorizado, assim como tudo relacionado a ele. 
 Olhando registros feitos em pinturas, fotos, ou mesmo em relatos escritos, pode-se notar algumas 
características existentes em cada época: Mulheres gordas e alvas vistas como sensuais e saudáveis; O 
esforço físico, que hoje é visto como uma forma de melhorar a condição do corpo, era visto como um 
indicador de baixo status social (ANZAI, 2000) e o corpo sacralizado, intocável. 
 O que quero dizer é que a "moda atua na formatação do corpo" (CASTRO, 2005, p.141) e este 
corpo que antes era visto de diferentes formas pelas sociedades, desde a hipervalorização grega ao 
sacramento, agora é visto como "objeto de diferentes anseios e desejos" (FIGUEIRA, 2003, p.124), onde 
"a importância dada ao corpo contrapõe-se ao ofuscamento ao qual esteve submetido no passado" (ANZAI, 
2000, p.71). 
 Essa dessacralização desencadeou uma maior liberdade quanto a valores dentro da sociedade, 
com isso, ocorreu um fenômeno onde o corpo se tornou objeto vendável, e acaba por promover "uma 
tendência à hegemonia de certa expectativa corporal" (SILVA, 2001, p.21). O mundo do consumo está 
inteiramente ligado ao mundo da informação, e estas constantemente instigam a sociedade com estilos de 
vida, moda, corpo e comportamentos. 
Hoje ao olhar uma pessoa se pode enunciar as características que ela possui ea que grupo social ela 
pertence, claro que são definições subjetivas, mas "na sociedade contemporânea, o corpo é o local de 
construção de identidades" (FIGUEIRA, 2003, p.127). Um grave problema é que este local está sendo 
manipulado de uma forma meramente mercadológica, sendo tratado como um mero objeto de consumo. 
 O indivíduo "aceitável" é aquele que segue ou se enquadra no padrão social dominante. Quem não 
se adapta a este padrão vive 'a margem da sociedade', sendo culpado por não possuir ou se aproximar 
deste ideal. Esse indivíduo, em sua grande maioria, tenta de qualquer forma se enquadrar e acompanhar 
as tendências exigidas. 
 Essa segregação social deu origem a um grande mercado, o mercado estético, que por sua vez 
está gerando um processo de naturalização do não biológico (SANT'ANNA, 2005), onde passa a se tornar 
aceitável todo e qualquer método para manipular e transformar o corpo em algo aceitável. 
 Venho fazendo referência a um padrão de corpo existente, que por sinal é de fácil identificação. 
Basta olhar alguns comerciais televisivos ou algumas paginas de revistas para percebermos as 
características comuns a todos os modelos. Ser magro, bonito e bronzeado, como diz Foucault, são as mais 
bem observadas, porém não podemos deixar de enunciar algumas outras: Ser bem torneada (o) (com a 
musculatura bem definida), bem sucedida (o), com roupas despojadas junto ao carro do ano, ser objeto de 
desejo, entre muitas outras. Abaixo segue uma tira onde se encontra duas características essenciais 
observadas hoje para a beleza feminina. 
 Hoje o Brasil é o segundo maior consumidor de cirurgias estéticas no mundo, chegando a realizar 
mais de 600 mil cirurgias anuais (ELIA, 2006), não que isso seja ruim, mas a procura por estes métodos, 
em sua grande maioria, não se deve a tentativa de melhorar alguma anomalia genética ou mesmo a 
correção de alguma sequela causada por determinado fator externo. Não podemos achar normal crianças, 
mulheres e homens fazendo 'formatações' em seus corpos para ficarem parecidas com os modelos 
existentes. 
 
 
 
 
 
 
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Vivemos em uma sociedade capitalista que se refere ao tempo pensando em dinheiro, associa o lazer 
à falta de trabalho e acredita que o status social é mais importante que a qualidade de vida. Lógico que 
uma sociedade que pensa de tal forma não poderia estar se encaminhando de uma forma diferente. 
Não precisamos ir tão longe, segundo Lovisolo (2006) temos inúmeros casos como o de compulsão, 
anorexia, culpa, auto-centramento, consumo desesperado de medicamentos, vigorexia, entre muitos 
outros que podem ser relacionados com estes ideais de corpos, mas pouco ainda se discute em relação aos 
caminhos para se evitar tal mal. 
http://www.efdeportes.com/efd109/analise-reflexiva-do-corpo-cultural.htm 
 
 
1.4. Esteróide e Anabólicos 
 
 
 
 Nos dias atuais, o culto ao corpo perfeito se tornou moda. Uma moda que leva muitas pessoas a 
tomarem certos tipos de medicamentos e drogas sem auxilio de um profissional. São vendidos em diversos 
lugares vários tipos de medicamentos, remédios para emagrecer, para acabar com a flacidez entre outros. 
Algumas pessoas, que não aceitam o próprio corpo, e querem se tornar mais “fortes” e musculosas, acabam 
fazendo uso de anabolizantes sem saberem as consequências que o uso desse hormônio poderá acarretar 
em um futuro bem próximo. 
 Os anabolizantes são hormônios sintéticos fabricados a partir do hormônio sexual masculino, 
testosterona. Quem os toma terá aumento no tamanho dos músculos, força física e aumento da resistência. 
Há alguns anos essas drogas eram utilizadas somente para tratamento de algumas disfunções hormonais ou 
desgaste muscular. Hoje em dia são bastante conhecidas por atletas e fisiculturistas. As pessoas que fazem 
uso deste tipo de droga estão em busca de um corpo sarado, redução da gordura corporal e melhor 
desempenho nos esportes. Os anabolizantes podem ser encontrados nas formas de comprimidos, cápsulas 
ou injeções intramusculares. 
 O uso legal dessas substâncias, ou seja, quando o médico realmente as prescreve, é feito em casos 
em que o paciente tem um baixo nível de produção de testosterona. Sendo assim, ele precisa recorrer a um 
hormônio artificial para que seu organismo funcione normalmente. Geralmente são pessoas que sofrem de 
doenças que desgastam o corpo, como câncer e AIDS. Assim que o esteroide é ingerido, ele entra na 
corrente sanguínea e vai parar no tecido muscular. Quando entra em contato com as células dos músculos, 
ele envia informações para o DNA – uma “mensagem” hormonal de que as fibras musculares precisam ser 
mais fortes – estimulando o crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VERDADES SOBRE ANABOLIZANTES 
 
 
 
 
 Uso exagerado de anabolizante aumenta a agressividade. 
 O uso prolongado de anabolizantes causam depressão/ suicídio e impotência sexual. 
 Faz mal para o coração, diminui o bom colesterol e aumenta o ruim. 
 Faz mal para o fígado, ocasionando câncer de fígado. 
 Causa acne e perda do cabelo ou aumento do pêlos do rosto. 
 Engrossamento da voz. 
 Irregularidade no ciclo menstrual. 
 Disfunção testicular e infertilidade. 
 Hipertensão e ataque cardíaco. 
 Ginecomastia muscular (mama). 
 Em adolescentes há interrupção no crescimento. 
 
FONTE: http://www.brasilescola.com/biologia/anabolizantes.htm 
http://www.mdsaude.com/2009/03/esteroides-anabolizantes.html 
http://www.hipertrofia.org/blog/2011/04/08/mitos-e-verdades-sobre-os-esteroides-anabolizantes/ 
 
 
2. ESPORTE, NEGÓCIOS E MÍDIA 
 
Neste capítulo abordaremos um assunto muito presente nos dias atuais, que trata do esporte 
enquanto negócios. Atualmente o negócio esporte move Bilhões de dólares e invade nossas casas através 
dos mais diversos veículos de comunicação, seja através de um jogos com atletas com salários volumosos 
ou através dos megas eventos esportivos. Não podemos deixar de pensar em tudo que esta a volta do 
segmento esportivo, tais como vestuários, equipamentos da mais alta tecnologia, propaganda e do enorme 
crescimento das marcas esportivas. 
Pretendemos refletir sobre a influência que este segmento promovem em nossas vidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.1 - Mega eventos esportivos 
 
Podemos definir o termo como sendo "grandes eventos culturais (incluindo comerciais e esportivos) 
que têm um caráter dramático, apelo popular de massa e significado internacional". Sua organização é feita 
tipicamente por uma combinação entre governos nacionais e entidades internacionais não governamentais, 
como a Fifa e o COI (Comitê olímpico internacional). 
Duas características importantes para classificar um evento como "mega" são as consequências 
significantes para a cidade, região ou nação hospedeira e a atração de cobertura considerável de mídia. Já o 
que define um evento esportivo como um megaevento é que estes são descontínuos, fora do comum, 
internacionais e grandes em sua composição. Segundo o autor, esses eventos permitem a transmissão de 
mensagens promocionais para bilhões de pessoas via televisão e outros meios de comunicação. 
 
 Copa do Mundo FIFA 
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
 
A Copa do Mundo FIFA, também conhecida como Campeonato do Mundo de Futebol ou ainda 
Campeonato Mundial de Futebol, é uma competição internacional de futebol que ocorre a cada quatro 
anos. Essa competição, criada em 1928 na França, sob a liderança do então presidente Jules Rimet, está 
aberta a todas as federações reconhecidas pela FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado, em 
francês: Fédération Internationalede Football Association). A primeira edição ocorreu em 1930 no Uruguai, 
cuja seleção da casa saiu vencedora. 
Com exceção da Copa do Mundo de 1930, o torneio sempre foi realizado em duas fases. Organizada 
pelas confederações continentais, as eliminatórias da Copa permitem que as melhores seleções de cada 
continente participem da competição, que ocorre em um ou mais países-sede. O formato atual do Mundial é 
com trinta e duas equipes nacionais por um período de cerca de um mês. 
Oito países são os vencedores do certame. Brasil, a única seleção a ter jogado todas as competições, 
mantém o recorde de vitórias com cinco edições de sucesso. É também o único proprietário da Taça Jules 
Rimet (posta em jogo em 1930) e a possui permanentemente após sua terceira, foi a vitória na competição 
em 1970, com Pelé, o único jogador tricampeão mundial da história. A seleção brasileira é seguida pela 
Itália, com quatro troféus, um a mais que a Alemanha. A equipe que venceu a primeira edição, o Uruguai, 
conquistou duas vezes, como a Argentina, outro país sul-americano. Finalmente, França, Inglaterra e a 
atual campeã Espanha, ganharam uma Copa do Mundo cada. O Brasil e a Espanha são os únicos países que 
ganharam fora de seus continentes (Brasil em 1958 e 2002 e a Espanha em 2010). 
O país anfitrião do Mundial é designado pela FIFA. A última edição da Copa foi realizada na África do 
Sul, em 2010. O Brasil foi eleito para sediar a próxima edição, em 2014. 
A Copa do Mundo é o segundo evento esportivo mais assistido no mundo, atrás apenas dos Jogos 
Olímpicos. Economicamente, a competição tem efeitos positivos sobre o crescimento de certos setores e 
para o desenvolvimento do país-sede. Instalações desportivas, incluindo os estádios, são construídos ou 
reformados para a ocasião. Estradas, aeroportos, hotéis e infraestrutura de um modo geral, também são 
melhorados para receber a competição. Entretanto, um país menos desenvolvido, de "Terceiro Mundo", 
pode sofrer mais que o esperado para organizar um Mundial. 
A Copa do Mundo tem aspectos políticos. Enquanto pode transmitir os valores da paz e 
universalismo, a competição pode, ser também, a ocasião de brigas generalizadas e violência em torno das 
partidas, ou até mesmo desencadear uma guerra entre países. Há várias adversidades para se organizar um 
Mundial. 
O evento global também está presente na cultura popular, em vários filmes e documentários, e é uma 
oportunidade para criar canções ou hinos. Jogos eletrônicos e álbuns de figurinhas dos futebolistas, por 
exemplo, são colocados à venda antes da Copa do Mundo e geram uma excelente oportunidade econômica. 
No entanto não podemos ignorar as dificuldades e deficiências dos paizes sedes, que em alguns casos 
leva a insatisfação por parte da população, pois o investimento feito em infraestrutura muitas vezes gera 
um sentimento de falta de atenção com setores básicos como saúde e educação, principalmente em países 
em fase de desenvolvimento como o Brasil que ainda enfrenta problemas graves nessa dimensão social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Olimpíada 
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
 
Olimpíada é o nome dado ao período de quatro anos compreendido entre duas edições dos Jogos 
Olímpicos. O termo "Olimpíada" também costuma ser utilizado para designar uma edição dos Jogos 
Olímpicos, conhecidos coletivamente como "Olimpíadas". 
As Olimpíadas acontecem de quatro em quatro anos, onde atletas de centenas de países se reúnem 
num país sede para disputarem um conjunto de modalidades esportivas. A própria bandeira olímpica 
representa essa união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os 
cinco continentes e suas cores. A paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos são os princípios 
dos jogos olímpicos. Os jogos olímpicos são originários da Grécia Antiga. Você sabia que foi no estádio 
Panathenaic em Atenas que ocorreu a primeira Olimpíada? 
Os Jogos Olímpicos tiveram inicio na cidade de Olímpia na Grécia, os participantes o realizavam para 
homenagear o Deus Zeus. Somente os homens participavam dos jogos. O vencedor recebia uma coroa de 
louro ou de folhas de oliveira. Modalidades praticadas: arremesso de dardo, salto em altura, lançamento de 
disco, corridas, lutas e muitas outras ( e muitas outras é uma informação muito frágil). 
A primeira olimpíada aconteceu em 1896, na época da era moderna em Atenas, com a participação 
de 14 países. 
Jogos Olímpicos Modernos 
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
 
Os Jogos Olímpicos são um grande evento internacional, com esportes de verão e de inverno, em 
que milhares de atletas participam de várias competições. Atualmente os Jogos são realizados a cada dois 
anos, em anos pares, com os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno se alternando, embora ocorram a cada 
quatro anos no âmbito dos respectivos Jogos sazonais. O Barão Pierre de Coubertin fundou o Comitê 
Olímpico Internacional (COI) em 1894. O COI se tornou o órgão dirigente do Movimento Olímpico, cuja 
estrutura e as ações são definidas pela Carta Olímpica. 
A evolução do Movimento Olímpico durante o século XX obrigou o COI a adaptar os Jogos para o 
mundo da mudança das circunstâncias sociais. Alguns destes ajustes incluíram a criação dos Jogos de 
Inverno para esportes do gelo e da neve, os Jogos Paralímpicos de atletas com deficiência física e visual 
(atualmente atletas com deficiência intelectual e auditiva não participam) e os Jogos Olímpicos da 
Juventude para atletas adolescentes. O COI também teve de acomodar os Jogos para as diferentes 
variáveis econômicas, políticas e realidades tecnológicas do século XX. Como resultado, os Jogos Olímpicos 
se afastaram do amadorismo puro, como imaginado por Coubertin, para permitir a participação de atletas 
profissionais. A crescente importância dos meios de comunicação gerou a questão do patrocínio corporativo 
e a comercialização dos Jogos. 
O Movimento Olímpico é atualmente composto por federações esportivas internacionais, comitês 
olímpicos nacionais (CONs) e comissões organizadoras de cada especificidade dos Jogos Olímpicos. Como o 
órgão de decisão, o COI é responsável por escolher a cidade anfitriã para cada edição. A cidade anfitriã é 
responsável pela organização e financiamento à celebração dos Jogos coerentes com a Carta Olímpica. O 
programa olímpico, que consiste nos esportes que serão disputados a cada Jogos Olímpicos, também é 
determinado pelo COI. A celebração dos Jogos abrange muitos rituais e símbolos, como a tocha e a 
bandeira olímpica, bem como as cerimônias de abertura e encerramento. Os Jogos têm crescido em escala, 
a ponto de quase todas as nações serem representadas. Tal crescimento tem criado inúmeros desafios, 
incluindo boicotes, doping, corrupção de agentes públicos e terrorismo. A cada dois anos, os Jogos 
Olímpicos e sua exposição à mídia proporcionam a atletas desconhecidos a chance de alcançar fama 
nacional e, em casos especiais, a fama internacional. Os Jogos também constituem uma oportunidade 
importante para a cidade e o país se promover e mostrar-se para o mundo. 
Ao todo são 28 esportes que para se tornarem olímpicos devem ser existir em pelo menos 4 
continentes, serem práticados por homem e mulheres e estarem organizados em suas categorias de base. 
 
 Jogos Paralímpicos 
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
 
Os Jogos Paraolímpicos ou Paralímpicos são o maior evento esportivo mundial envolvendo 
pessoas com deficiência. Incluem atletas com deficiências físicas (de mobilidade, amputações, cegueira 
ou paralisia cerebral), além de deficientes mentais. Realizados pela primeira vez em 1960 em Roma, Itália, 
têm sua origem em Stoke Mandeville, na Inglaterra, onde ocorreram as primeiras competições esportivas 
para deficientes físicos, como formade reabilitar militares atingidos na Segunda Guerra Mundial. 
 
 
 
 
 
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O sucesso das primeiras competições proporcionou um rápido crescimento ao movimento 
paralímpico, que em 1976 já contava com quarenta países. Neste mesmo ano foi realizada a primeira edição 
dos Jogos de Inverno, levando a mais pessoas deficientes a possibilidade de praticar esportes em alto nível. 
Os Jogos de Barcelona, em 1992, representam um marco para o evento, já que pela primeira vez os 
comitês organizadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos trabalharam juntos. O apoio do Comitê Olímpico 
Internacional após os Jogos de Seul, em 1988 proporcionou a fundação, em 1989, do Comitê Paralímpico 
Internacional. Desde então os dois órgãos desenvolvem ações conjuntas visando ao desenvolvimento do 
esporte para deficientes. 
Vinte e oito modalidades compõem o programa dos Jogos Paralímpicos, sendo que vinte e cinco já 
foram disputadas, duas irão estrear na edição de 2016 e uma não tem previsão para a inclusão. Além de 
modalidades adaptadas, como atletismo, natação, basquetebol, tênis de mesa, esqui alpino e curling, há 
esportes disputados exclusivamente por deficientes, como bocha, goalball e futebol de cinco. Ao longo da 
história, diversos atletas com deficiência física participaram de edições dos Jogos Olímpicos, tendo 
conseguido resultados expressivos. O único caso registrado de atleta profissional que fez o caminho inverso, 
ou seja, competiu primeiro em Jogos Olímpicos e depois em Jogos Paralímpicos, é o do esgrimista húngaro 
Pál Szekeres, que conquistou uma medalha de bronze em 1988 e, após os Jogos, sofreu um acidente de 
carro que o deixou paraplégico. Szekeres já participou de cinco Jogos Paralímpicos. 
O Brasil tem conseguido destaque nas últimas edições dos Jogos Paralímpicos. O país estreou em 
1976 e conquistou sua primeira medalha na edição seguinte. Em 2008, pela primeira vez encerrou uma 
edição entre os dez primeiros no quadro de medalhas, ficando em nono lugar com 47 medalhas. Os 
nadadores Clodoaldo Silva e Daniel Dias e os corredores Lucas Prado, Ádria Santos e Terezinha Guilhermina 
são alguns dos destaques paraesportivos do país. Portugal também tem obtido bons resultados, com 
destaque para a natação e a bocha, que deram seis das sete medalhas do país em 2008. Angola compete 
apenas desde 1996, mas já conquistou seis medalhas, todas no atletismo. Cabo Verde, Timor-Leste e 
Macau também já participaram de Jogos Paralímpicos, mas nunca ganharam medalhas. 
 
 O legado da Copa e seu impacto no futuro da cidade de São Paulo 
 
Fonte: http://m.espn.com.br/noticias/353360 
 
Muito se fala sobre legado, mas afinal o que vem a ser isso? 
 
Os legados, estruturas criadas para o evento e que permanecem após o mesmo, são um dos 
principais aspectos positivos alardeados pelos organizadores de megaeventos esportivos. Porém, existem 
poucos estudos que analisam quais as chances destas promessas, não só serem realizadas, mas como estes 
legados serem de mais valia para o Brasil. 
Pesquisa realizada em conjunto com os professores Marcos V. Cardos e João Manuel Malaia analisa a 
situação atual dos legados prometidos pelas diversas instâncias do governo para a cidade de São Paulo, 
cidade-sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014, e projeta quais são os legados que se efetivarão na 
cidade. 
 
Legado tangível e intangível 
 
Legado são "estruturas, planejadas e não planejadas, positivas e negativas, intangíveis e tangíveis, 
criadas mediante um evento esportivo que permanecem após o evento". Essa definição mostra que os 
resultados prometidos e esperados pelos organizadores não estão sob seu total controle. , estando sujeitos 
a externalidades trazidas pelos diversas parcerias envolvidos na execução das obras e atividades implicadas 
nos jogos. 
O conceito de legado está ligado a impactos positivos associados aos jogos. Esses impactos podem 
ser econômicos, socioculturais, ambientais, físicos, políticos, psicológicos, assim como relacionados ao 
turismo. é um fenômeno multidimensional, pois está relacionado a diversas fases, da proposta para a 
realização do evento até o plano para a utilização após o evento. 
Porém, os megaeventos esportivos podem deixar legados considerados positivos. Há muitos 
exemplos de estudos que sugerem legados positivos de megaeventos esportivos em relação à imagem da 
cidade e ao desenvolvimento do turismo, aos chamados legados culturais, aos resultados políticos e 
econômicos dos megaeventos e à regeneração urbana. 
 
 
 
 
 
 
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Em nosso país, partes significantes dos legados tangíveis estarão prontas para a realização do 
evento. Outra parte foi preterida pelas mudanças no planejamento, com a mudança do estádio paulista para 
a Copa, ou por uma implementação malfeita, como os atrasos no caso do trem-bala. Alguns dos legados 
terão impactos limitados para a vida da cidade, como pode ser observado pelas obras de mobilidade ao 
redor do estádio, enquanto outros terão um maior impacto no longo prazo caso haja outras estratégias 
dando suporte a seu êxito, como no investimento do aeroporto de Viracopos ou a vias BrT e Transolímpica 
no Rio de Janeiro. 
Os legados intangíveis, por suas características menos mensuráveis, são mais complicados de 
projetar. Uma melhor avaliação deve ser feita durante e após o evento para que melhores conclusões sejam 
tiradas. As percepções e desejos da sociedade impactam diretamente o resultado esperado desses legados, 
e mudanças no ambiente social podem alterar rapidamente a forma de avaliar se os impactos foram 
positivos ou negativos. 
 
2.2 - INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NO ESPORTE 
 
O esporte é hoje uma manifestação sociocultural importante no mundo. Ele evoluiu tornando-se 
elemento de democratização e agregador de países e povos. Essa evolução foi acompanhada pela mídia que 
enxergou no esporte um dos grandes filões para gerar consumo, ideias e paradigmas. O sucesso de alguns 
eventos esportivos passou a depender exclusivamente da presença dos meios de comunicação de massa. A 
televisão passou a ter papel determinante até na formulação de algumas regras de esportes, para se 
adaptarem às grades de programação e por consequência ao consumo. As imagens se tornaram os grandes 
aliados na produção de atletas heróis e exemplos a serem seguidos pelos apaixonados por esportes. 
Com essa indústria do esporte consolidada, a televisão passou a interferir em alguns esportes. As 
super imagens das modernas câmeras passaram a ser tira-teimas de polêmicas e dúvidas em lances do 
esporte. O futebol tem se mantido bem longe dessa tecnologia e recebe várias críticas por isso. O futebol 
americano, se rendeu totalmente à TV. Toda e qualquer dúvida nesse esporte é tirada com as imagens. 
Uma questão polêmica que nos faz pensar até que ponto a televisão pode interferir no jogo. 
 Na divisão entre os esportes propostos pelo pesquisador Manoel Tubino (2007), o futebol americano 
aparece como esporte de identidade cultural, assim como a capoeira no Brasil. É um esporte que, apesar do 
avanço e da proliferação para outros países por causa das transmissões esportivas, é tipicamente 
americano. Ele reflete os maiores valores da sociedade dos EUA: conquista com sucesso, trabalho em 
grupo, o orgulho cívico e eficiência. Vemos também em vários filmes que os chamados “populares” nos 
colégio e faculdades são os jogadores de futebol americano com suas jaquetas características, as meninas 
mais belas são as cheerleaders (líderes de tocida) e os losers (perdedores) são aqueles que não têm aptidão 
para esse esporte, que não são tão belas ou não têm desenvoltura para serem líderes de torcida. 
 
 A espetacularização do esporte 
 
A mídia, cada vez mais influenciao espetáculo esportivo. Antes, um torcedor precisava ir até à banca 
de jornal ou ir ao estádio para saber o resultado do jogo. Com o rádio, depois a televisão e hoje a internet, 
ele não precisa sair de casa para acompanhar seu esporte preferido. A presença da televisão é fundamental 
para o sucesso do esporte. É o que afirma NUZMANN (1996:15), presidente do Comitê Olímpico Brasileiro 
(COB) “...o Presidente do Comitê Olímpico Internacional COI, Marques Juan Antônio Samaranch ressaltou 
que os esportes que não se adaptarem à televisão estarão fadados ao desaparecimento. Da mesma forma, 
as televisões que não souberem buscar acesso aos programas esportivos jamais conseguirão sucesso 
financeiro e de público. 
A televisão procura o tempo todo espetacularizar suas imagens para vendê-las e isto não é diferente 
com o esporte. Dessa forma o esporte passou a ser uma mercadoria e se tornou um show de 
entretenimento. A partir desse momento podemos analisar e entender qualquer atleta como um produto 
que pretende ser vendido, que quer ser visto como o melhor, e que todos, para serem tão bons quanto ele, 
devem ser como ele. Surgem assim, os grandes astros e celebridades do esporte: o “fenômeno”, o “rei”, o 
“imperador”, o “atleta do século”, o maior de todos os tempos em todos os esportes. 
Dessa forma, o espetáculo, como parte da sociedade, de acordo com o cientista Guy Debord (2006), 
para ser compreendido na sua totalidade, precisa ser percebido numa relação social entre pessoas, 
midiatizada por sons e imagens. Debord ainda afirma que, à medida que o consumo aumenta, aumenta 
também o número de espetáculos, o que nos coloca na “Era do Espetáculo”. A sociedade hoje preza muito 
mais a imagem, vale mais parecer do que ser. 
 
 
 
 
 
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“E sem dúvida o nosso tempo... prefere a imagem a coisa, a cópia ao original, a representação à 
realidade, a aparência ao ser...Ele considera que a ilusão é sagrada, a verdade é profana. E mais: a seus 
olhos o sagrado aumenta à medida que a verdade decresce e a ilusão cresce, a tal ponto que, para ele, o 
cúmulo da ilusão fica sendo o acúmulo do sagrado” (DEBORD, 2006, p.13) 
 Com a espetacularização do esporte, os salários dos jogadores se multiplicaram na mesma proporção 
que a evolução da cobertura e o número de câmeras analisavam cada imagem dos atletas. O aumento da 
audiência trouxe mais telespectadores do que espectadores ao mundo esportivo. Esse fator tornou eventos 
mais televisivos e mais preocupados com quem acompanha, sob a ótica dos meios de comunicação, do que 
quem acompanha o esporte ao vivo e a cores no estádio ou ginásio. 
Foi o que aconteceu com o vôlei. Antes disputado em “sets” com vantagem e somente o “set” 
decisivo sem vantagem. A vantagem significava que somente quem efetuasse o saque, poderia marcar 
pontos. Isso fazia com que uma partida durasse horas, não se encaixando nas grades de programação 
televisiva, pois o jogo tanto poderia terminar em uma hora quanto durar mais de três. Independentemente 
se o espectador acompanhasse um grande jogo de 4 horas ou 2 horas, a visão de consumo do produto 
mostrado ao telespectador fez o esporte se adaptar à televisão. Assim como o basquete, que recentemente 
adotou quatro tempos, como no basquete profissional americano, para poder vender mais intervalos. O 
futebol também sofreu algumas alterações, como o gol marcado fora de casa como critério de desempate 
em competições no estilo mata-mata. Embora afirmem que a regra é para incentivar as equipes a 
marcarem gols fora de seus domínios, ela foi feita para dificultar ao máximo uma chance de prorrogação e 
disputa de pênaltis, o que atrapalha toda a grade de programação. Portanto, a presença decisiva da 
televisão para o sucesso e o esporte como negócio é mais do que uma constatação: é uma lei. 
A condição pós-moderna conferida ao esporte atual pode ser justificada pela relação de dependência 
estabelecida com os meios de comunicação de massa e o conseqüente ajustamento de sua prática em 
função das exigências e necessidades desses meios. (RUBIO, 2002, p.6) 
Dentro dessa “lei” e imposição do mercado em vender imagens e espetacularizá-las a todo momento, 
a TV, com toda sua tecnologia, passou a ir além do olho humano. O grande número de câmeras dispostas 
em um evento esportivo passou a nos mostrar dois tipos de jogos: o visto ao vivo e o visto pela tela. 
Supressão dos tempos mortos, inserção de sequências pré-gravadas, entrevistas ao vivo, focalização 
sobre os atletas vedetes, replay das imagens decisivas, tomadas múltiplas e diferenciadas em vários planos 
os replays e as diferentes velocidades conferem uma força estética e sensitiva, ao mesmo tempo que hiper-
real, á imagem esportiva. Acabaram-se as retransmissões uniformes: a cobertura deve ser agora polimorfa 
e o estilo ritmado (LIPOVETSKY e SERROY, Apud BEDENDO, 2010) 
O pesquisador Ricardo Bedendo afirma que a dependência do olhar/byte chega ao ponto de 
assistirmos a um jogo na arquibancada esperando o replay e a câmera lenta tirar a dúvida em um lance 
polêmico. “o cardápio oferecido por essas teles altera radicalmente as transmissões e consequentemente os 
comportamentos de todos os envolvidos no jogo, como imprensa, atletas, dirigentes, árbitros, comissões 
julgadoras e instituições promotoras” (BEDENDO,2010) A televisão encontrou no esporte espetáculo sua 
maior consagração, reescrevendo o espaço-tempo de competições de alto nível.(LIPOVETSKY e SERROY, 
Apud BEDENDO, 2010) 
Não é difícil observar durante os grandes eventos esportivos como NBA e a Copa do Mundo FIFA, que 
atletas se olhem nos telões espalhados no estádio ou no ginásio após um lance para saber como “ficou na 
foto”. E não só os jogadores se valem dessa visão de telespectador, mas também os jornalistas presentes 
no estádio, congelando e repetindo imagens para tirarem a dúvida da sua primeira impressão no lance. Os 
dirigentes passaram a se queixar com frases típicas como “todos vocês viram na televisão”. Os Tribunais de 
Justiça Desportiva também usam as cenas para punir o jogador e imagens para identificarem torcedores 
que não se comportam dentro dos estádios ou para punirem clubes. 
 Todos esses efeitos da televisão dentro do esporte são notórios. Mas, quando a televisão, além de 
imortalizar os ídolos do esporte pelas imagens, passa a entrar dentro dele, definindo se um lance foi legal 
ou não? Em alguns esportes o recurso tecnológico já tem essa influência e em muitos casos o voto final. No 
Tênis, um atleta pode desafiar a arbitragem para saber se uma bola foi dentro ou foi fora, e nessa hora a 
tecnologia entra em campo para tirar a dúvida. No Basquete alguns lances são vistos no telão para analisar 
melhor se o cronômetro zerou antes ou não. 
No Turfe, Atletismo e Fórmula 1 temos uma máquina de alta precisão na linha de chegada que 
decide quem chegou em primeiro lugar. Mas de todos os esportes não existe nenhum que a televisão tenha 
tanta influência quanto no futebol americano. 
 
 
 
 
 
 
 
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Este esporte se tornou o mais popular dos EUA desde os anos 90, com os times universitários, que 
têm uma liga televisionada e com grandes números de audiência. Isso mostra a forma como a TV se 
incorporou a este esporte e passou a ser parte integrante do mesmo. Mas engana-se quem pensa que a 
presença da TV retira os torcedores do estádio. Em qualquer jogo, seja universitário, colegial ou na liga 
profissional é raro ver estádio vazios. 
Fica bastante claro que no esporte deixamos de ser espectadores para sermos telespectadores e é no 
futebol americano da NFL (Liga nacional de futebol americano -EUA) que constatamos o maior efeito da TV 
dentro de um esporte. Além de transformar as imagens, e os passes em imagens espetaculares, não existenenhum esporte que esteja tão aliado à TV quanto o futebol americano. 
No futebol foi amplamente discutida a tecnologia durante a última Copa. Os erros de arbitragem 
como o gol legal de Frank Lampard no jogo contra a Alemanha, quando o jogo estava 2 a 1 para os 
alemães. O uruguaio Jorge Larrionda e seu auxiliar não viram o que as 32 câmeras espalhadas no estádio 
mostraram para todos os telespectadores do mundo: a bola entrou. Assim como o impedimento no gol 
Argentino contra o México, mostrado nas telas do estádio e o que levou aos mexicanos a mostrarem o 
imenso telão do estádio como argumento maior de sua reeinvindicação. 
Além disso a Irlanda já tinha sido eliminada da disputa da fase final do Mundial na África do Sul por 
uma mão absurda do francês Thierry Henry. Todos esses lances inflamaram os comentaristas esportivos e 
envolvidos com futebol no mundo todo. O tema tecnologia no futebol ganhou força, como a implantação de 
um chip na bola, que também foi discutido. Mas, todas essas tecnologias, que fizeram parte da Copa do 
Mundo da FIFA, como jogos em 3D, supertelões nos estádios, jabulani, transmissões em HD, câmera 
superlenta com imagens espetaculares continuaram somente para os telespectadores em casa. Nada disso 
foi para dentro de campo. 
 
2.3 - INDUSTRIA DO ESPORTE 
 
Ligas, marcas e negócios milionários no esporte 
As transferências de Kaká e Cristiano Ronaldo, respectivamente do Milan e do Manchester United 
para o Real Madrid envolveram cifras altíssimas e reativaram antigo debate sobre tetos salariais e outras 
medidas de controle. No caso do jogador português foi o maior negócio de todos os tempos na história do 
futebol. 
"A surpresa negativa ficou por conta dos Jogos Olímpicos, que foi avaliado em US$ 1,04 
bilhão e ficou na 15ª colocação" 
Para nós que, no Brasil, estamos sempre às voltas com discussões sobre as dificuldades financeiras 
dos nossos clubes mais tradicionais, que precisam vender cada novo candidato a ídolo tão logo apareça 
apenas para fechar as contas do mês e que assistimos algumas modalidades lutando apenas para 
sobreviver, tal quantia de dinheiro chega a parecer obscena. Na verdade, nas ligas mais organizadas e com 
gestão profissional é que a história é muito diferente. 
A revista inglesa SportsPro publicou 
recentemente um ranking de valor das principais 
propriedades esportivas. Balanço financeiro e prestígio 
da marca foram quesitos de importância na elaboração 
do ranking. No primeiro lugar está a National Football 
League (Nfl), liga de futebol americano profissional, 
avaliada em US$ 4,5 bilhões. 
O ranking com as 200 maiores propriedades 
esportivas traz também a Major League Baseball (MLB) 
e clubes de futebol como o Manchester United e também eventos do porte e importância da Copa do Mundo 
e Jogos Olímpicos. Até atletas como David Beckham e Tiger Woods estão listados. Na sequência da Nfl, 
aparecem três propriedades também ligadas ao esporte dos Estados Unidos: a MLB, a liga profissional do 
beisebol com seus US$ 3,9 bilhões, depois a NBA, a liga profissional de basquete, com US$ 3,4 bilhões e a 
Nascar, mais importante categoria do automobilismo norte-americano, com US$ 1,9 bilhão 
A Copa do Mundo Fifa ficou em 5º lugar, com US$ 1,7 bilhão seguida da surpresa da lista: a Indian 
Premier League (IPL), competição de críquete que tem apenas dois anos e já está avaliada em US$ 1,6 
bilhão. No sétimo lugar ficou a Scuderia Ferrari, a mais antiga, mais tradicional e maior vencedora da 
Fórmula 1, avaliada em US$ 1,55 bi (mais valiosa do que a própria categoria), seguida pelo Manchester 
United Football Club da Inglaterra, avaliado em US$ 1,5 bi. A mais badalada competição entre clubes de 
futebol, a Champions League, promovida pela entidade européia da modalidade, a UEFA, com US$ 1,1 bi 
aparece na 13ª posição. 
 
 
 
 
 
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A surpresa negativa ficou por conta dos Jogos Olímpicos, que foi avaliado em US$ 1,04 bilhão e ficou 
na 15ª colocação. Outro evento internacional de muita tradição e grande cobertura de mídia, o torneio de 
Wimbledom de tênis aparece na 22ª posição com US$ 900 milhões. Em termos de time americano 
propriamente dito, considerando qualquer modalidade esportiva, o primeiro a aparecer na lista é o Dallas 
Cowboys, da Nfl, na 10ª colocação geral. 
Em se tratando do nosso futebol, nas colocações mais significativas, o ranking ainda mostra Real 
Madrid (US$ 1,07 bi), Arsenal (US$ 910 mi), Liverpool (US$ 801 mi) e Chelsea (US$ 634 mi). Ou seja, 
contando o Manchester United, de cinco clubes, quatro são ingleses. O primeiro atleta relacionado é o 
golfista Tiger Woods na 11ª colocação, seguido pelo seu maior rival, Jack Nicklaus, que vem na 16º posição 
* MARCO AURELIO KLEIN é Professor de Marketing da FGV e Diretor de Excelência Esportiva no Ministério 
do Esporte (klein@uol.com.br) 
 
Fonte: http://revistagestaoenegocios.uol.com.br/gestao-motivacao/15/artigo152261-1.asp 
 
Mais do que as outras marcas, Adidas e Nike dependem dos atletas 
 
Patrocinar um grande evento como Copa do Mundo, Olimpíadas, Super Bowl e outros custa muito 
dinheiro e, mesmo assim, não assusta marcas de diversos segmentos. Porém, se para companhias aéreas, 
indústria automobilística, rede de fast-food, empresa financeira e outros diversos setores o importante é 
estar no evento, para marcas como Nike e Adidas são os personagens deste enredo que mais interessam. 
O motivo é óbvio, os atletas são os ídolos dos seus principais consumidores, e por este mesmo 
motivo o valor que ambas destinam em seu planejamento de marketing para o patrocínio é cada vez maior. 
Elas não abrem o quanto exatamente investe, mas estima-se que cada uma delas tenha contratos 
individuais com mais de 300 atletas somente nos EUA, das mais diversas modalidades. 
Não quer dizer que elas são necessariamente as marcas que mais gastam no esporte. Um plano 
quadrienal da Coca-Cola de patrocínio da Copa do Mundo e ativação em diversos países (eventos, criação e 
mídia) pode chegar a US$ 600 milhões. McDonald's, Pepsico (Gatorade), Amex, Mastercard e Visa também 
estão na lista das que mais investem, mas a estratégia, como falamos, é outra. 
A briga entre eles é feroz e começa já nas categorias de base, por mais difícil que seja acertar quem 
realmente vai virar um ídolo, mas não se pode correr o risco de acontecer o mesmo que a própria Adidas 
sofreu com MIchael Jordan no passado, quando perdeu a chance de fechar com o atleta (ainda jovem) e 
abriu as portas para a rival. 
E assim a dualidade é presente em todas as modalidade, como no futebol com Cristiano Ronaldo e 
Neymar (Nike) e Messi (Adidas) no tênis com Federer (Nike) e Murray (Adidas), no basquete com Kobe 
Bryant e LeBron James (Nike) e Derrick Rose (Adidas). Desta forma, não só os amadores querem estar 
vestidos como seus ídolos, mas também os mais jovens, que entendem este primeiro contrato com uma das 
duas gigantes como o primeiro passo na carreira. 
 
Fonte: http://terramagazine.terra.com.br/jogodenegocios/blog/2013/05/20/mais-do-que-as-outras-marcas-adidas-e-nike-dependem-
dos-atletas/ 
 
 
2.4. OLIMPISMO (FAIR PLAY, ESPIRITO ESPORTIVO) 
 
 Olimpismo 
 
Herdada dos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga, a filosofia utiliza o esporte como instrumento para a 
promoção da paz, da união, e do respeito por regras, e adversários. As tolerâncias com as diferenças 
culturais, étnicas e religiosas são de grande importância nesta forma de pensar baseada na combinação 
entre esporte, cultura e meio ambiente. 
O objetivo é contribuir na construção de um mundo melhor, sem qualquer tipo de discriminação, e 
assegurar a prática esportiva como um direito de todos. 
A educação, a integração cultural e a busca pela excelência através do esporte são ideais a serem 
alcançados. O Olimpismo tem como princípiosa amizade, a compreensão mútua, a igualdade, a 
solidariedade e o "fair play" (jogo limpo). Mais que uma filosofia esportiva, o Olimpismo é uma filosofia de 
vida. A ideia é que a prática destes valores ultrapasse as fronteiras das arenas esportivas e influencie a vida 
de todos. 
 
 
 
 
 
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 “Fair Play” 
Fonte: site FIFA 
 
O fair play é um elemento essencial do futebol. Ele representa os benefícios de cumprir as regras, ter 
bom senso e respeitar jogadores, árbitros, adversários e torcedores. 
Para dar maior visibilidade ao jogo limpo, a FIFA criou um programa que transformou a noção 
genérica em um código de conduta simples e fácil de entender e que deve obrigatoriamente ser conhecido e 
respeitado por jogadores e torcedores. 
O fair play deve fazer parte do futebol o ano todo. Mesmo assim, desde 1997 a FIFA dedica uma 
semana do seu calendário internacional a celebrá-lo e promovê-lo. Nesses dias de homenagem ao fair play, 
a FIFA solicita que as federações nacionais organizem atividades para realçar a importância da 
desportividade dentro e fora de campo. 
O jogo limpo também é reconhecido e recompensado em todos os torneios da FIFA. O Grupo de 
Estudos Técnicos avalia o comportamento dentro e fora de campo de todos os participantes das 
competições da entidade, e um troféu é concedido à equipe com o melhor escore de desportividade. 
O Prêmio FIFA Fair Play, entregue na cerimônia da Bola de Ouro FIFA, homenageia exemplos de jogo 
limpo e muito frequentemente vai para indivíduos ou grupos que não costumam aparecer nas manchetes. 
 
 
3. ALTO RENDIMENTO ESPORTIVO. O QUE É ISSO? 
 
Desde que o Rio de Janeiro, foi escolhido como sede dos jogos Olímpicos de 2016, muitas 
transformações tomaram conta da cidade. Na questão urbanista (urbanística) vemos uma cidade 
modificada, melhor estruturada e com mais mobilidade, porém a grande mudança que devemos estar 
atentos é em relação ao aumento pela procura da prática de atividades esportivas, para a formação de 
novos talentos e renovação dos atletas e do sistema esportivo Brasileiro. Este capitulo tratará deste assunto 
que envolve as diversas questões relacionada ao Alto rendimento esportivo. 
O Colégio Santa Mônica, possui o setor de equipes que é destinado a formação de jovens talentos 
esportivos, são aproximadamente 9 equipes esportivas e culturais de diversas modalidades que 
representam a escola nas competições estudantis. Atualmente o CSM é Duo-decacampeão do Intercolegial 
que é uma das maiores competições estudantis do Brasil. 
 
 
3.1 - Esporte de rendimento X Qualidade de vida 
 
Antes de qualquer informação, precisamos estabelecer o que é Esporte ou desporto. “Desporto 
(português europeu) ou esporte (português brasileiro): É uma atividade física sujeita a determinados 
regulamentos e que geralmente visa à competição entre praticantes. Para ser esporte tem de haver 
envolvimento de habilidades e capacidades motoras, regras instituídas por uma confederação regente e 
competitividade entre opostos. Algumas modalidades esportivas se praticam mediante veículos ou outras 
máquinas que não requerem realizar esforço, em cujo caso é mais importante a destreza e a concentração 
do que o exercício físico.” 
O esporte de alto rendimento ou de alta performance é aquele cuja finalidade é de se preparar 
fisicamente para determinada modalidade esportiva. Seja qual for essa atividade esportiva pretendida, os 
desafios e dificuldades a serem trilhadas serão bastante similares. 
O indivíduo que se envolve num esporte de alto nível deve ter em mente duas características 
importantes em todo o processo ao qual será submetido. Primeiro fator é ter plena disciplina e perseverança 
nos seus objetivos. Segundo, estar bem claro de que poderá haver grandes dificuldades e que essas 
deverão ser superadas. 
O atleta para que se torne competitivo precisa submeter-se a uma exaustiva rotina de treinamentos 
físicos. Nos quais os resultados, caso sejam bem planejados por um professor de educação física, 
normalmente aparecerão após 3 a 5 anos de total disciplina aos treinos. 
A carga extenuante de treinamento diário para se atingir um nível de rendimento ótimo 
(performance), muitas vezes está associado a ocorrências de lesões traumáticas. É o caso das lesões 
osteomusculares que afetam boa parte dos atletas. O momento da preparação e a gravidade da lesão são 
os fatores limitantes de todo o planejamento e em algumas situações inclusive psicológicas. 
 
 
 
 
 
 
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O uso indevido de substâncias ilegais com finalidades de elevar ilicitamente os níveis das 
capacidades físicas (força/resistência muscular, condição aeróbia, etc.), normalmente, quando flagrados em 
exames antidoping bloqueiam parte de sua carreira desportiva e deixa algumas sequelas psicológicas, 
como: sentimento de derrota, frustração e fracasso. Além das sansões aplicadas ao atleta pelo comitê 
antidoping. 
Diante dos traumas físicos e psicológicos, aos quais o atleta de alto rendimento está sujeito, será 
mesmo o esporte capaz de promover favoráveis padrões de saúde? Resta, pois, decidirmos praticar esporte 
para obter ganhos saudáveis ou realizar o desejo de ser atleta: conquistar medalhas, quebrar recordes e de 
entrar para a história do esporte daquela modalidade. 
Já, qualidade de vida é o método usado para medir as condições de vida de um ser humano, esse 
método envolve o bem físico, mental, psicológico e emocional, relacionamentos sociais, como família e 
amigos e também saúde, educação e outras circunstâncias da vida. 
Geralmente, saúde e qualidade de vida são dois temas muito relacionados, uma vez que a saúde 
contribui para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e esta é fundamental para que um indivíduo ou 
comunidade tenha saúde. Mas, não significa apenas saúde física e mental, mas sim que essas pessoas 
estejam bem consigo mesmo, com a vida, com as pessoas que os cercam, enfim, ter qualidade de vida é 
estar em equilíbrio. 
Para garantir uma boa qualidade de vida, deve-se ter hábitos saudáveis, cuidar bem do corpo, ter 
uma alimentação equilibrada, relacionamentos saudáveis, ter tempo para lazer e vários outros hábitos que 
façam o indivíduo se sentir bem, que tragam boas consequências, como usar o humor para lidar com 
situações de stress, definir objetivos de vida e fazem com que a pessoa sinta que tem controle sobre sua 
própria vida. 
Fonte: James Fernandes – Profº Educação física, especialista em fisiologia. disponível em: 
nitrofitness.com.br/artigos/esporte_de_alto_rendimentoesaudavel 
 
 
3.2 - Órgãos e entidades Esportivas 
 
Os órgãos e entidades esportivas foram criadas, para organizar e regular as modalidades esportivas 
de forma a unificar sua regras e regulamentos para que possam ser praticadas de forma igualitária em todo 
o mundo. As principais entidades existentes são: 
 
 FEDERAÇÔES: As Federações são organizações não governamentais internacionais reconhecidas 
pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) como responsáveis por administrar os esportes que 
representam no estado. Segundo a Carta Olímpica, deve haver uma federação para cada esporte 
olímpico. As federações têm a responsabilidade de administrar e monitorar todas as disciplinas do 
esporte, incluindo a prática durante os Jogos Olímpicos. Elas também devem observar o trabalho 
das federações nacionais do esporte. Federações de esportes que estão no programa olímpico 
recebem o estatuto de Federações Olímpicas Internacionais. Como tal, participam de encontros 
anuais do Conselho Executivo do COI, opinam sobre a capacidade das cidades candidatas a 
receber os Jogos e participam de atividades das Comissões. Entidade de âmbito regional 
(normalmente estadual) que administrauma ou mais modalidades esportivas, possuindo 
personalidade jurídica e patrimônio próprio, gozando, nos termos do artigo 217, inciso I, da 
Constituição Federal, de autonomia administrativa, quanto à sua organização e funcionamento, e 
se rege pelas normas legais no País e adotando as regras desportivas vigentes e por seu Estatuto. 
 
 CONFEDERAÇÕES: As confederações Esportivas são organizações não governamentais 
reconhecidas pelo Comitê Olímpico Internacional, responsáveis por organizar os esportes que 
representam em nível nacional, onde as agremiações, clubes e instituições devem estar filiados e 
seguir as orientações referenciadas através da carta olímpica. A confederação era a entidade 
brasileira responsável pela organização de todo esporte no país. Atualmente, cada modalidade 
tem a sua própria confederação, sendo que a entidade que faz o papel de desenvolver o esporte 
hoje através de uma estratégia global e articulando com todas as modalidades é o Comitê 
Olímpico Brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ASSOCIAÇÂO: Formação social que congrega pessoas interessadas em agir coletivamente a 
favor de um fim compartilhado. Em termos jurídicos, é definida como pessoa jurídica criada por 
grupo de indivíduos que partilhem ideias e unem esforços com um objetivo comum, sem 
finalidade lucrativa. 
 
 LIGA ESPORTIVA: Entidades de prática desportiva. São pessoas jurídicas de direito privado, com 
organização e funcionamento autônomo, tendo suas competências definidas em seus estatutos. 
Formadas normalmente pela reunião de Clubes, Academias, Escolas de Esportes e outras 
entidades de prática desportiva. 
 
 COI: Segundo a Carta Olímpica, o Comité Olímpico Internacional (português europeu) ou Comitê 
Olímpico Internacional (português brasileiro) (COI) é uma organização não governamental. Foi 
criada em 23 de Junho de 1894, por iniciativa de Pierre de Coubertin, com a finalidade de 
reinstituir os Jogos Olímpicos realizados na antiga Grécia e organizar e promover a sua realização 
de quatro em quatro anos. 
 
 CARTA OLÍMPICA: A Carta Olímpica, atualizada pela última vez em 11 de fevereiro de 2010, é 
um conjunto de regras e guias para a organização dos Jogos Olímpicos, e para o comando do 
Movimento Olímpico. Adotada pelo Comitê Olímpico Internacional, é o código dos Princípios 
Fundamentais, Regras e Estatutos. 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/ 
 
 
3.3 - Organização de Campeonato 
 
 SISTEMAS DE DISPUTA 
 
Nas competições normalmente são utilizadas três formas de disputas: o Campeonato, o Torneio e Jogos. 
 
◊ Campeonato 
 
 Competição onde há o encontro de cada participante com os demais (todos com todos). 
 Quando o campeonato é dividido em etapas, possuindo vários grupos, o encontro pode se limitar às 
equipes do mesmo grupo. 
 É considerado competição de longa duração. 
 
◊ Torneio 
 
 Competição geralmente desenvolvida: 
a- De curta duração. 
b- Através do sistema das eliminatórias. 
c- Pelo rodízio simples com a diminuição do tempo oficial de jogo (ou diminuição dos escores 
estabelecidos). 
 
◊ Jogos 
 
 Competição onde são disputadas várias modalidades desportivas simultaneamente. 
 São, geralmente, de curta duração, lembrando os torneios, podendo, ou não, apurar um vencedor 
geral, além dos vencedores por modalidades. 
 A palavra Jogos deve ser escrita com a inicial maiúscula para diferenciar de jogo – partida, disputa. 
Exemplo: Jogos Olímpicos. 
 A realização de competições depende de vários fatores: duração; tipo de atividade; das instalações; 
do pessoal responsável; do dinheiro disponível; do objetivo ou propósito do campeonato; quantidade 
de participantes; das características de organização, entre muitas outras variáveis ou fatores. 
 Antes de iniciar a organização de uma competição o responsável deve, prioritariamente: 
a) Conhecer a quantidade de participantes. 
b) Saber o tempo disponível para realizar a disputa. 
 
 
 
 
 
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Existem basicamente três tipos de sistemas de disputa: Básico, Misto e Derivado. 
 
◊ Sistema Básico 
 
 É formado pelos subsistemas de disputa: Rodízio e Eliminatória. 
 Subsistema de disputa Rodízio 
 Os competidores se encontram com os demais – todos com todos. 
 Quando a competição é dividida em fases e os participantes separados em grupos, os encontros 
podem acontecer apenas entre os participantes do mesmo grupo. 
 
◊ Subsistema de disputa Eliminatória 
 
 Após cada etapa realizada, esse subsistema prevê a eliminação dos perdedores, permanecendo na 
competição apenas os vencedores. 
 As eliminatórias podem ser “simples” e “duplas”. 
 Na eliminatória simples a equipe é eliminada na 1ª derrota; na eliminatória dupla é eliminada após a 
2ª derrota. 
 
◊ Sistema Misto 
 
 Sistema de disputa onde, em uma fase da competição se utiliza um dos subsistemas básicos de 
disputa e, em outra fase, se utiliza o outro subsistema básico de disputa. 
 Por exemplo, na primeira fase da competição se utiliza o Rodízio entre todos os participantes da 
competição. Na outra fase, as equipes pra tal classificadas se enfrentam em Eliminatória Simples até 
a definição do vencedor. Isso ocorre, por exemplo, na Copa do Mundo de Futebol. 
 
◊ Sistema Derivado 
 
 Sistema de disputa gerado a partir de um dos subsistemas do sistema básico. 
Exemplo: Bagnall-wild ou Suíço, Shuring ou Americano, e Handicap. 
 
Organização de campeonatos recreativos ou esportivos. 
 
 A classificação dos campeonatos depende de vários fatores: duração; tipo de atividade; das 
instalações; do pessoal responsável; do dinheiro disponível; do objetivo ou propósito do 
campeonato; quantidade de participantes; das características de organização, entre muitas outras 
variáveis ou fatores. 
 Dentre os mais conhecidos estão: campeonato por acúmulo de pontos (pontos corridos) e 
eliminatória simples. 
 
 Campeonato por acúmulo de pontos ou pontos corridos 
 
 São campeonatos onde os pontos obtidos em cada encontro se somam. Podem ser coletivos ou 
individuais. É também denominado “todos contra todos”, isto são todos os jogadores ou equipes 
jogando o mesmo número de partidas. Vence o jogador ou a equipe que somar mais pontos. É um 
tipo de campeonato muito fácil de organizar e pode ser realizado num curto período de tempo ou 
durante toda uma temporada, incluindo-se várias rodadas. 
 
 Campeonatos por eliminação 
 
 Em cada rodada é eliminada a metade dos participantes, se não tem outra chance de participar o 
campeonato se chama de Eliminatória Simples, se os perdedores fazem outro campeonato paralelo 
se chama de Eliminatória Dupla. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.4. Doping e Overtraining 
 
 Overtraining é o termo usado para designar um excesso de treinamento. Ocorre quando a pessoa 
treina de forma inadequada, não respeitando os intervalos ou tempo de recuperação. 
Este exagero poderia ser evitado com um bom planejamento em relação a volume, intensidade e 
pausas de recuperação dos treinos. 
Observado constantemente em atletas o overtraining é causado por fatores relacionados ao 
treinamento e também agravados com uma dieta inadequada, estresse e excesso de competições. 
Por isso é muito importante fazer uma avaliação física antes de iniciar qualquer atividade física e 
montar um treino seguro e eficiente de acordo com o seu nível de condicionamento físico. 
Desta forma a pessoa que inicia um treinamento já começa de forma correta e adequada. 
Já um atleta de ponta deve ter uma equipe de profissionais entre nutricionistas, técnicos, 
fisioterapeutas e especialistas quepossam planejar o treino, dieta etc. Fazendo com que estes tenham um 
maior rendimento e de forma saudável. 
 
SINTOMAS DO OVERTRAINING: 
 
• Perda de apetite; 
• Perda de peso; 
• Insônia; 
• Cansaço; 
• Irritabilidade; 
• Ansiedade; 
• Depressão; 
• Agressividade; 
• Pequenas lesões; 
• Resfriados constantes; 
• Dores de cabeça; 
• Perda no rendimento; 
• Impedimento do crescimento muscular; 
• Disfunções hormonais. 
 
Caso o atleta esteja com a síndrome do overtraining, o descanso é essencial. Embora para alguns 
atletas a ideia de parar os treinos seja muito difícil. É preciso um tempo de recuperação de pelo menos duas 
semanas para que este se recupere. 
 
Fonte: http://maisequilibrio.terra.com.br/overtraining-o-que-e-isso-3-1-2-119.html 
 
3.3.2 - DOPPING: A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CAMPEÕES 
 
Considera-se como doping a utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar artificialmente o 
desempenho esportivo, sejam eles potencialmente prejudiciais à saúde do atleta ou a de seus adversários, ou 
contra o espírito do jogo. Quando duas destas três condições estão presentes, nós temos o doping, de acordo 
com o código da Agência Mundial Antidoping (AMA). 
Não é de hoje que o homem utiliza substâncias para melhorar seus resultados nos esportes. Sabe-se que, 
nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, os atletas bebiam chás e comiam certos tipos de cogumelos para aumentar 
seu rendimento. Alguns milênios depois, empresas farmacêuticas de ponta desenvolveram medicamentos quase 
invisíveis aos exames antidopings e passaram a vender pacotes do tipo: “Torne-se campeão em cinco meses”. 
Durante as Olimpíadas de Seul, em 1988, o brasileiro Joaquim Cruz declarou à imprensa: “No esporte, e 
principalmente no atletismo, a maioria dos atletas se dopa”. A frase do então dono da medalha de ouro nos 800 
metros, conquistada em Los Angeles quatro anos antes, chocou muita gente, causando um grande escândalo. 
Mas o brasileiro nem precisou explicar muito do que estava falando, pois, apenas alguns dias depois de sua 
declaração, o exame antidoping do corredor canadense Ben Johnson — que acabara de ganhar o ouro nos 100 
metros, batendo o recorde mundial — teve seu resultado positivo para o uso de esteróides anabolizantes. 
Johnson, na ocasião, defendeu-se dizendo que tinha se dopado a pedido do seu treinador e com a supervisão de 
seu médico. Suspenso, o corredor voltou às pistas dois anos mais tarde, para ser flagrado novamente no exame 
antidoping e ser banido de vez das pistas. Descobriu-se que Johnson já fazia uso de anabolizantes desde o início 
de sua carreira profissional, só sendo descoberto em Seul porque, na ânsia de vencer, drogou-se na véspera da 
prova. Esse se tornou o mais famoso caso confirmado de doping do esporte. 
 
 
 
 
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Por trás deste mundo do belo e da auto perfeição que assistimos através da televisão e que 
constantemente escutamos nos discursos de profissionais da área, existe outro mundo de negociações comerciais 
milionárias, de drogas, sem se falar na guerra ideológica, política e econômica travada entre países que tentam 
mostrar, através dos Jogos Olímpicos, sua supremacia para o mundo. Os casos de doping e a intervenção de 
instituições como o COI e a AMA revelam aspectos significativos para compreendermos o esporte contemporâneo 
e as implicações biológicas, éticas e sociais dessa questão. Uma vez que o esporte de rendimento tem se 
configurado como modelo para o desenvolvimento das práticas corporais, em especial no universo da Educação 
Física, faz-se necessário desmistificar crenças e valores que perpassam os discursos na área, ampliando-se os 
sentidos atribuídos às práticas corporais para além dos princípios e da racionalização do treino esportivo. 
 
Fonte:http://cev.org.br/biblioteca/doping-esporte-impactos-biologicos-eticos-sociais/ e 
http://www.educacional.com.br/reportagens/doping/default.asp 
 
4. ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA 
 
No decorrer da história da humanidade surgiram diversos entendimentos de cidadania em diferentes 
momentos – Grécia e Roma da Idade Antiga e Europa da Idade Média. Contudo, o conceito de cidadania como 
conhecemos hoje, insere-se no contexto do surgimento da Modernidade e da estruturação do Estado-Nação. 
O termo cidadania tem origem etimológica no latim civitas, que significa "cidade". Estabelece um estatuto de 
pertencimento de um indivíduo a uma comunidade politicamente articulada – um país – e que lhe atribui um 
conjunto de direitos e obrigações, sob vigência de uma constituição. Ao contrário dos direitos humanos – que 
tendem à universalidade dos direitos do ser humano na sua dignidade –, a cidadania moderna, embora influenciada 
por aquelas concepções mais antigas, possui um caráter próprio e possui duas categorias: formal e substantiva. 
A cidadania formal é, conforme o direito internacional, indicativo de nacionalidade, de pertencimento 
a um Estado-Nação, por exemplo, uma pessoa portadora da cidadania brasileira. Em segundo lugar, na 
ciência política e sociologia o termo adquire sentido mais amplo, a cidadania substantiva é definida como a 
posse de direitos civis, políticos e sociais. Essa última forma de cidadania é a que nos interessa. 
A compreensão e ampliação da cidadania substantiva ocorrem a partir do estudo clássico de T.H. Marshall 
– Cidadania e classe social, de 1950 – que descreve a extensão dos direitos civis, políticos e sociais para toda a 
população de uma nação. Esses direitos tomaram corpo com o fim da 2ª Guerra Mundial, após 1945, com 
aumento substancial dos direitos sociais – com a criação do Estado de Bem-Estar Social (Welfare State) – 
estabelecendo princípios mais coletivistas e igualitários. Os movimentos sociais e a efetiva participação da 
população em geral foram fundamentais para que houvesse uma ampliação significativa dos direitos políticos, 
sociais e civis alçando um nível geral suficiente de bem-estar econômico, lazer, educação e político. 
A cidadania esteve e está em permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, 
através daqueles que sempre buscam mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e 
coletivas, e não se conformando frente às dominações, seja do próprio Estado ou de outras instituições. 
No Brasil ainda há muito que fazer em relação à questão da cidadania, apesar das extraordinárias 
conquistas dos direitos após o fim do regime militar (1964-1985). Mesmo assim, a cidadania está muito 
distante de muitos brasileiros, pois a conquista dos direitos políticos, sociais e civis não consegue ocultar o 
drama de milhões de pessoas em situação de miséria, altos índices de desemprego, da taxa significativa de 
analfabetos e semianalfabetos, sem falar do drama nacional das vítimas da violência particular e oficial. 
Conforme sustenta o historiador José Murilo de Carvalho, no Brasil a trajetória dos direitos seguiu 
lógica inversa daquela descrita por T.H. Marshall. Primeiro “vieram os direitos sociais, implantados em 
período de supressão dos direitos políticos e de redução dos direitos civis por um ditador que se tornou 
popular (Getúlio Vargas). Depois vieram os direitos políticos... a expansão do direito do voto deu-se em 
outro período ditatorial, em que os órgãos de repressão política foram transformados em peça decorativa do 
regime [militar]... A pirâmide dos direitos [no Brasil] foi colocada de cabeça para baixo”.1 
Nos países ocidentais, a cidadania moderna se constituiu por etapas. T. H. Marshall afirma que a 
cidadania só é plena se dotada de todos os três tipos de direito: 
 
1. Civil: direitos inerentes à liberdade individual, liberdade de expressão e de pensamento; direito de 
propriedade e de conclusão de contratos; direito à justiça; que foi instituída no século 18; 
2. Política: direito de participação no exercíciodo poder político, como eleito ou eleitor, no conjunto 
das instituições de autoridade pública, constituída no século 19; 
3. Social: conjunto de direitos relativos ao bem-estar econômico e social, desde a segurança até ao 
direito de partilhar do nível de vida, segundo os padrões prevalecentes na sociedade, que são 
conquistas do século 20. 
 
 
 
 
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4.1 - Esporte como instrumento de manipulação 
 
A melhor maneira de entendermos como o esporte pode de certa forma afetar diversos aspectos da 
vida cotidiana, optamos voltar no tempo e relembrar na história o poder de manipulação e de influência do 
esporte em nosso país. O Texto abaixo nos fará refletir sobre essas questões. 
 
FUTEBOL E DIDATURA MILITAR NO BRASIL 
 
Além de conduzir os militares ao poder, a nova ordem instituída após a queda do presidente João Goulart, 
em 31 de março de 1964, foi também decisiva para os rumos do futebol brasileiro. O Estado, reorganizado pelos 
novos donos do poder, estabeleceu a partir daí uma série de imposições disciplinadoras no universo esportivo. 
Uma dessas primeiras demonstrações, com vistas a enquadrar nosso futebol às novas diretrizes governamentais, 
foi o cancelamento, pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), de uma partida entre as seleções brasileira 
e soviética. A medida, que expressava o zelo anticomunista da chamada linha-dura no poder, desarticulou a 
aproximação esportiva do Brasil com os países do bloco socialista, iniciada pelos governos anteriores. 
Logo em seguida, foi a aproximação da Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, que passou a mobilizar o 
governo. Em princípio, nada havia a temer, pois o Brasil se apresentava como o grande favorito na competição. 
Chegou-se até a propor a confecção antecipada de uma nova taça - se chamaria Winston Churchill -, já que era 
dado como certo que a Jules Rimet voltaria com a delegação brasileira para casa, consumando a posse definitiva 
do troféu. Contrariando a expectativa, a Seleção apresentou um futebol muito aquém de 1958 e 1962 nos 
gramados ingleses, sendo eliminada nas oitavas-de-final pela seleção portuguesa. De volta ao Brasil, nossos 
jogadores desembarcaram no Aeroporto do Galeão, vigiados por agentes do Serviço Nacional de Informações 
(SNI), um dos órgãos da repressão mais atuantes da ditadura. 
Acalmados os ânimos e demovidas as intenções governamentais de formar uma Comissão Parlamentar de 
Inquérito para investigar o fracasso brasileiro na Inglaterra, João Havelange, presidente da CBD, impôs uma série 
de mudanças na estrutura da Seleção, principalmente a partir da criação da Comissão Selecionadora Nacional 
(Cosena), estrutura esportiva claramente inspirada no modelo militar que caracterizava a política brasileira no 
período. Sofrendo a pressão de interesses, clubes, dirigentes, federações, o órgão não conseguiu os resultados 
que dele se esperava, uma vez que a seleção brasileira colecionou uma série de maus resultados em uma 
excursão feita à Europa, coroando o fiasco com uma derrota para o México, em pleno Maracanã, no Rio de 
Janeiro. 
Dissolvida a Cosena, Havelange procurava acertar a seleção brasileira a qualquer preço. Nesse sentido, 
nenhuma estratégia era descartável, até mesmo a possibilidade de contratar um técnico contrário aos valores 
golpistas, que ainda àquela altura a propaganda governamental insistia em chamar de valores revolucionários. Foi 
nessas circunstâncias que o jornalista e radialista João Saldanha assumiu a Seleção, sendo bombardeado por 
todos os lados. Os paulistas lamentaram que a CBD tivesse se rendido a um carioca, enquanto os militares mais 
conservadores também falavam em rendição, só que a um comunista. Em outro plano, jornalistas surpresos e 
técnicos que cobiçavam o cargo insistiam em que Saldanha era bom de microfone, mas que treinar uma equipe 
de futebol, ainda mais com os problemas que enfrentava a seleção brasileira, era coisa muito diferente. 
Assumindo o cargo, o novo técnico fez bom uso da geração privilegiada de jogadores que tinha em mãos e 
angariou uma série de triunfos, aproximando a Seleção do homem comum, dos militares e até mesmo dos 
militantes de esquerda. Estádios ficaram lotados e o Hino Nacional voltou a ser cantado sem a pecha de adesão à 
ditadura que passou a caracterizá-lo a partir de 1964. Uma pesquisa feita no Rio de Janeiro apontava a 
popularidade de Saldanha: 71%. Os paulistas, enfim rendidos ao bem-sucedido desempenho do técnico, não 
ficaram muito atrás: 68%. Mesmo com estes índices, por mais que Saldanha estivesse consolidado no cargo, as 
tensões políticas cresciam em um país marcado pela repressão, que viera à tona na esteira do AI-5, de dezembro 
de 1968. Detentor do bicampeonato, o futebol brasileiro não podia passar incólume pela obsessão legitimadora 
que o governo militar perseguia permanentemente, passando a interferir cada vez mais nas esferas do esporte. 
Futebol e política se encontrariam quase sempre nos meses seguintes, logicamente com atritos 
crescentes entre o técnico e o governo federal. Este, aliás, passando por atribulações desde o dia 27 de 
agosto de 1969, quando o presidente Costa e Silva sofreu o que se diagnosticara como um acidente 
vascular cerebral. Viajando para o Rio de Janeiro - um cachecol no pescoço sugeria gripe, mas escondia a 
paralisia do lado direito da face -, o presidente foi encaminhado ao Palácio Laranjeiras. Em poucas horas, 
entraria em estado de coma, abrindo uma grave crise governamental. Seu vice, o político mineiro Pedro 
Aleixo, não era encarado como homem de confiança pelos militares, o que tornou necessária uma solução 
imediata para o caso, encaminhado para o comando das Forças Armadas. 
 
 
 
 
 
 
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No dia 31 de agosto, o Ato Institucional nº 12, que transferia os poderes presidenciais para uma Junta Militar, 
foi anunciado à nação. Talvez não tenha sido mera coincidência que neste mesmo dia, no Maracanã, o Brasil jogasse 
sua última partida das eliminatórias para a Copa de 70. Pouco antes de a Seleção entrar em campo, já circulava no 
estádio o boato de que alguma coisa acontecera ao presidente Costa e Silva. Enquanto alguns falavam em gripe e 
outros em infarto, havia quem dissesse que o presidente já estava morto, apesar do governo não se pronunciar 
oficialmente. Segundo o jornalista João Máximo, biógrafo de João Saldanha, o general Elói Menezes, presidente do 
Conselho Nacional de Desportos (CND), procurou o técnico antes do jogo: 
- Saldanha, o presidente Costa e Silva acaba de falecer - teria dito. - O que acha de prestarmos a ele um minuto de 
silêncio antes do jogo? 
Saldanha fez-lhe ver que não era boa ideia. Maracanã cheio, decisão com Paraguai, Hino Nacional, clima de 
festa, tudo aquilo. Melhor não. Citava o amigo Nelson Rodrigues: "No Maracanã vaia-se até minuto de silêncio". 
A acreditar-se em Saldanha, depois foi desmentido pelo general, o anúncio no Maracanã da morte do 
presidente (que ainda estava em coma) seria o balão-de-ensaio da ditadura para testar a reação popular diante de 
uma notícia que envolvia os rumos do governo. Sem minuto de silêncio ou pronunciamento oficial, o público que foi 
ao estádio viu o que de fato queria. 
A seleção brasileira venceu o Paraguai por 1 a 0 - gol de Pelé. 
A classificação do Brasil sugeria que o treinador tinha agora um período de estabilidade pela frente, 
preocupando-se apenas com o Mundial do México. De fato, poderia ter sido assim, mas não foi. Ao mesmo tempo em 
que a repressão política aumentava, a relação entre o esporte mais popular do país e a política se intensificou. Emílio 
Garrastazu Médici, que tomou posse como presidente da República no dia 30 de outubro de 1969, sucedendo a Costa 
e Silva, era um apaixonado pelo esporte, a ponto de interromperreuniões ministeriais para saber os resultados dos 
jogos. Grudado no radinho de pilha - imagem que o aproximava do "homem comum" -, o novo presidente se arriscou 
várias vezes a frequentar estádios lotados, não raro tendo sua presença anunciada pelos alto-falantes. Promovia-se 
assim uma importante estratégia de propaganda da Assessoria Especial de Relações Públicas da Presidência (AERP), 
no sentido de transformar o general Médici em torcedor número 1 da nação, articulando os trunfos futebolísticos à 
imagem de Brasil-potência que o governo se esforçava em difundir. 
À medida que a Copa de 1970 se aproximava, as possibilidades da interação futebol-poder se ampliavam. 
Ainda em 1969, apresentou-se uma oportunidade sem igual para o governo: a festa comemorativa em torno do 
milésimo gol de Pelé, conquistado pelo craque em novembro, no Maracanã, em partida contra o Vasco. Nos dias 
seguintes ao seu feito sensacional, Pelé desfilou em carro aberto em Brasília, sendo recebido pelo presidente Médici, 
que lhe concedeu a medalha de mérito nacional e o título de comendador. No jogo seguinte do Santos no Mineirão, o 
atleta recebeu uma coroa de ouro do tempo do Império, ao mesmo tempo em que era produzida uma infinidade de 
marcos comemorativos, como medalhas, selos, bustos, placas e troféus. 
Enquanto os ecos do milésimo gol ainda se faziam ouvir no mundo todo, disputando espaço com a epopéia do 
homem na lua em todas as retrospectivas de fim do ano, 1970, pelo menos no campo esportivo, foi aberto sob o 
signo da expectativa. Médici assinava o decreto que instituía a Loteria Esportiva no país, procurando conciliar o 
esporte com a sorte, o enriquecimento fácil e a chance de mobilidade social para todos. Válido inicialmente para Rio 
de Janeiro e São Paulo, o presidente prometia que até a Copa o jogo lotérico seria ampliado para todo o Brasil. A 
Seleção, entretanto, vinha acumulando uma série de problemas, entre derrotas em amistosos, polêmicas com outros 
treinadores, e divisões internas. Tudo parecia conspirar contra a tranquilidade que Saldanha precisava para trabalhar 
o time, ainda considerando-se que não contava com uma comissão técnica de sua inteira confiança. 
Para tumultuar ainda mais o ambiente, veio à tona toda uma polêmica envolvendo o artilheiro Dario, jogador 
que encantava o próprio presidente Médici, que, aliás, na sua paixão pelo futebol, também admirava o esquema de 
jogo de Saldanha e os resultados obtidos nas eliminatórias. Dizia-se que o presidente queria ver o jogador na 
Seleção. Na verdade, se tudo estivesse correndo bem nas quatro linhas, possivelmente o caso Dario não ganhasse a 
projeção que ganhou. Mas com o time em desacerto, tudo era motivo para o questionamento, levando Saldanha a 
retrucar as opiniões que os repórteres diziam ser do presidente com a mais célebre de suas tiradas: "Pois olha: o 
presidente escala o ministério dele que eu escalo o meu time". Não se sabe ao certo se Médici estava tão empenhado 
na escalação de um jogador específico, em um momento em que os desafios governamentais eram muito grandes. 
Certo sim é que a figura de Saldanha era considerada muito inconveniente pelo seu destempero e por sua propalada 
independência política. Temia-se que o treinador chegasse ao México com uma lista de presos políticos no bolso, e, 
em entrevista coletiva, diante de microfones e câmeras do mundo todo, denunciasse o desrespeito aos direitos 
humanos que vinha ocorrendo no Brasil. Mais do que Dario ou episódios envolvendo outros jogadores e técnicos, esta 
era uma preocupação muito séria para a imagem que a ditadura queria promover de si mesma no exterior. E como 
bem ou mal Saldanha era popular, pretextos paralelos ganharam mais projeção do que deviam, condicionando a 
queda do treinador principalmente a problemas com Pelé, com Yustrich - técnico que cobiçava o cargo - ou com um 
amistoso contra o Bangu, em que a seleção brasileira jogou muito mal. Alguns dias depois a comissão técnica foi 
"dissolvida" e Mário Jorge Lobo Zagallo, que treinava o Botafogo, foi apresentado como sucessor de Saldanha. 
 
 
 
 
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Com as transformações na comissão técnica, João Havelange tinha agora o caminho aberto para a 
militarização da delegação que conduziria o Brasil ao México. Esta era chefiada pelo major-brigadeiro 
Jerônimo Bastos, com a segurança ficando a cargo do major Ipiranga dos Guaranys, além de contar ainda 
com os militares Cláudio Coutinho, Raul Carlesso e José Bonetti, alguns deles integrantes da antiga Cosena. 
Cabelos cortados no estilo da caserna, preparação física coordenada por militares, contraditoriamente a 
Seleção se transformaria, dentro de campo, em paradigma do verdadeiro futebol-arte que tanto se fala 
desde então. A cada vitória, uma aclamação popular que parecia legitimar o próprio regime. Tudo indica que 
a Presidência fez questão de aproveitar o embalo da seleção brasileira para anunciar à nação o projeto da 
Transamazônica em junho de 1970, temendo talvez que o encanto propiciado pelo fantástico desempenho 
da Seleção no México se quebrasse. Consumada a vitória, o governo explorou o tricampeonato de todas as 
formas possíveis, procurando potencializar o futebol como um fator capaz de promover a "unidade na 
diversidade". Paralelamente o presidente Médici, que recebeu todos os jogadores em Brasília antes de 
qualquer outra autoridade, já que a delegação voou direto do México para a capital, instituindo feriado 
nacional para valorizar a recepção, não foram poucos os governadores, prefeitos e vereadores que fizeram 
de tudo para posar do lado dos craques. Para os mais diretamente ligados ao governo, repetir o discurso 
oficial era fácil, uma vez que bastava relacionar o desempenho da Seleção ao momento de euforia 
econômica que se convencionou chamar de "Milagre Brasileiro". 
Em 1971, como demonstração que a interação futebol-poder para a ditadura não se limitaria à Copa 
do Mundo, tinha início um campeonato com clubes da maioria dos estados brasileiros, substituindo a 
fórmula anterior que só agregava os cinco maiores estados da federação. Paralelamente, estádios eram 
inaugurados em todo o Brasil, geralmente com a presença de autoridades do governo, em muitos casos do 
próprio presidente. Morumbi, em São Paulo; Rei Pelé, em Maceió; Castelão, no Ceará, além de vários 
outros, eram monumentos que aproximavam o governo do conjunto da população, enquadrando-se no 
modelo de grandes obras que marcava o período. Em 1972, procurando ainda canalizar a fórmula do 
tricampeonato, tão satisfatória para o governo, João Havelange organizou a Taça Independência, 
comemorando o sesquicentenário da Independência do Brasil e pavimentando seu caminho para a 
presidência da Federação Internacional de Futebol (FIFA). Vinte seleções atuaram nesta verdadeira 
Minicopa, embora Alemanha, Inglaterra e Itália não participassem, afirmando que a competição possuía fins 
políticos que se sobrepunham aos esportivos. Pelé também se negou a jogar, alegando que sua imagem 
vinha sendo utilizada pelo regime para legitimar a ditadura no exterior. Sem empolgar a nação como o 
governo esperava, a competição teve um jogo emblemático: Brasil e Portugal. Cento e cinquenta anos 
depois, Colônia e Metrópole se encontravam, marcadas por um trágico destino comum: os dois sob 
governos ditatoriais - Portugal ainda vivia sob o regime salazarista. 
Apesar de não ter jogado a Taça Independência, Pelé foi uma figura central na eleição de Havelange 
para a FIFA. Desde o final dos anos 60, a relação entre os dois vinha se estreitando, muito em parte em 
função das necessidades financeiras do jogador, que perdera um bom dinheiro em uma série de negócios 
realizados em Santos. Em 1969, em um dos lances mais citados da carreira do Rei, Havelange organizou 
uma excursão da equipe santista à África, já pensando nos votos que poderiamser colhidos nas federações 
africanas. Após passarem por diversos países, o pretendente ao cargo maior da FIFA divulgou a história de 
que o carisma de Pelé interrompera a guerra civil na Nigéria, versão até hoje repetida como demonstração 
não só do mito em torno do jogador, mas também da capacidade de conciliação que o esporte pode 
propiciar. Posteriormente, à medida que a relação entre os dois foi esfriando, Pelé apresentou uma versão 
um pouco menos romântica da história. 
"Nós jogamos na capital da Nigéria [a região de Biafra estava em guerra, iniciada em 1967 e 
encerrada três anos mais tarde], e o que aconteceu foi que o governo destacou um baita contingente militar 
para nos proteger, impedindo que a cidade fosse invadida enquanto estivéssemos lá." 
Em 1974, quando Havelange conseguiria ser finalmente eleito para a FIFA, vencendo o então 
presidente Stanley Rous, o desgaste com o governo militar, já na presidência de Ernesto Geisel, chegou ao 
auge. A esta altura, tanto o dirigente como Pelé eram vigiados pelo DOPS, um dos braços repressores do 
regime. Em janeiro de 1975, Havelange acabou finalmente sendo afastado da CBD, tendo o comando da 
entidade passado para o almirante Heleno Nunes. Neste novo quadro, a interferência do governo ditatorial 
no esporte ganharia ainda mais relevo. 
Revista Nossa História, nº. 14, dezembro 2004 
Gilberto Agostino é historiador associado ao Laboratório de Estudos do Tempo Presente da 
Universidade Federal do Rio de Janeiro e autor de Vencer ou morrer, futebol, geopolítica e identidade 
nacional. Rio de Janeiro: Mauad, 2002. 
 
 
 
 
 
 
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4.2 - Esporte e segregação social 
 
Com a socialização e o desenvolvimento dos povos, ocorreu uma evolução nos fatores que compõem 
esta sociedade moderna. O esporte não poderia ser deixado de lado, pois se constitui num fenômeno e 
como tal, acompanha e desenvolve-se, de acordo com o contexto que está inserido. 
O primeiro ponto abordado será a divergência política entre os povos. Até alguns anos atrás o mundo 
era dividido em dois blocos, capitalista e socialista. Os países deveriam se posicionar de um lado ou do 
outro, chegando a casos extremos de uma cidade ser literalmente dividida por um muro, como o caso de 
Berlim. Como o esporte estava inserido neste contexto político, acabou passando também por profundas 
transformações. Com a chamada Guerra Fria, observou-se alguns acontecimentos que poderiam ser 
classificados como banais, por se realizarem no mundo esportivo, contrariando os preceitos do ideal 
olímpico e da confraternização mundial. Para ilustrar esses acontecimentos, citamos o caso de boicote dos 
Estados Unidos e seus aliados aos Jogos Olímpicos de 1980 (Moscou) e em represália, o boicote da antiga 
URSS e de seus aliados aos Jogos Olímpicos de 1984 (Los Angeles). São fatos inaceitáveis, pois os Jogos 
Olímpicos, que são o maior acontecimento esportivo internacional, perdeu o seu brilho e foram classificados 
como jogos políticos, nesse dois casos. Outras situações desse tipo marcaram o triste período da Guerra 
Fria. A briga entre americanos e soviéticos, era para provar a superioridade do capitalismo sobre o 
socialismo e vice-versa 
Outro aspecto que prejudica o brilhantismo do esporte é a utilização em competições de práticas ou 
propagandas políticas. Um dos fatos mais marcantes foi o movimento Black Power, que tentou por meio do 
esporte demonstrar a superioridade de uma raça ao mesmo tempo a discriminação racial. Esse 
acontecimento pode causar uma certa aversão das outras etnias, pois o fator racial suprime o da 
competição saudável, sem características de revanche ou demonstração de superioridade. A política interna 
de um país pode sofrer sanções internacionais, como foi o caso da política de segregação racial na África do 
Sul. Os africanos foram impedidos de participar dos Jogos Olímpicos, enquanto não adotassem uma política 
mais democrática. A África do Sul voltou aos Jogos Olímpicos no momento em que o apartheid foi 
praticamente suprimido de seu país. A atitude de sanção imposta à África do Sul visava acabar com o 
domínio dos interesses opressores e racistas, a fim de dar oportunidade igual a todos os possíveis atletas. 
A busca de um reconhecimento social e uma ascensão política faz com que o esporte seja utilizado 
de maneira incorreta para alcançar seus objetivos. Os políticos usam do esporte para melhorar sua imagem 
e os não-políticos usam também do esporte para alcançar a política, ou seja, observa-se muitos casos em 
que um dirigente utiliza o clube para defender seus interesses, sem pensar obrigatoriamente no benefício do 
clube e desse esporte em questão. 
Os interesses políticos às vezes atingem proporções absurdas, como é o caso do presidente do Milan, 
time de futebol da Itália, que foi eleito primeiro ministro da Itália. Certamente o cargo de dirigente de um 
clube bem sucedido foi utilizado como forma de propaganda política. Apenas um aspecto neste caso deve 
ser questionado, o Milan e o próprio futebol, ganharam o que com isto? 
A conquista da Copa do Mundo, por um país subdesenvolvido, pode ser utilizada pelo governo desse 
país como uma distração popular, desviando a atenção da opinião pública para a importante conquista a 
nível esportivo. No Brasil existe uma “briga” interna com nossas próprias leis. O caso brasileiro não 
apresenta aspectos internacionais como os da Guerra Fria, nosso esporte afunda na própria política interna 
ou mesmo a falta dela. 
No ano de 1993, o Congresso Nacional aprovou a chamada “Lei Zico”. Essa emenda constitucional 
tentou ajudar o desenvolvimento esportivo do Brasil. 
Observa-se que a política e o esporte caminham lado a lado. O esporte sem política não pode ser 
entendido, e sim se deve pensar num esporte aliado a uma política correta. Deve-se repensar os preceitos a 
fim de entendermos quais os verdadeiros propósitos das competições esportivas e como a influência da 
política poderá auxiliar positivamente nas atividades esportivas. Deve-se pensar ainda, na prática 
desportiva despretensiosa, sem interesse competitivo e sim pelo prazer da prática ou pelos inúmeros 
benefícios relacionados a prática de atividade física que vem a ser um direito de todo cidadão brasileiro 
garantido pela nossa constituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.3 - Esporte e Qualidade de vida: geo-referenciamento no seu bairro. 
 
Para falarmos do esporte em seu bairro precisamos entender alguns conceitos e o primeiro deles é de 
que as políticas públicas podem ser conceituadas como o conjunto de ações desencadeadas pelo Estado, no 
caso brasileiro, nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao atendimento a determinados 
setores da sociedade civil e devem atender a todos. Neste sentido a nossa constituição nos garante o direito 
a prática esportiva. Conforme disposto no Título II, capítulo II, Art. 6º: “São direitos sociais a educação, a 
saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. 
Conforme citado na Constituição Federal, no caput do Título VII, Capítulo III, Seção III, Art. 217: “É 
dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um, 
observados:...”. 
O esporte em nossa cidade atualmente esta segmentado em três eixos: Educacional, Valorização de 
Talentos e Esporte e Participação. 
 
 Esporte Educacional – A finalidade do esporte escolar é o desenvolvimento integral do homem 
como ser autônomo, democrático e participante. 
 
 Valorização de Talentos – Assim como outras nações, o Brasil tem como meta se utilizar dos 
inúmeros eventos esportivos que ocorrem em solonacional, para trabalhar a cultura do esporte no 
país. 
 
 Esporte Participação - A mudança do sentido na prática cotidiana do esporte de auto rendimento 
para esporte de lazer ocorreu através da projeção do lazer enquanto elemento intrínseco à atividade 
humana, transformando as práticas esportivas no tempo livre em entretenimento, diversão, 
participação, bem estar e qualidade de vida. 
 
Cada um desses eixos recebe a influência das instâncias públicas e privadas que se organizam de forma 
a promover o acesso a atividade física a toda população. 
 
A cidade do Rio de janeiro é um dos 92 munícipios do Estado e: 
 
• Possui 160 bairros; 
• Está dividida em 34 Regiões Administrativas (R.A.); 
• Está dividida em 5 Áreas de Planejamento (A.P.); 
• Possui uma população de 5.940.224 IBGE 2010; 
 
Para organizar o esporte na cidade é preciso entender um outro importante conceito, o Geo- 
referenciamento, que pode ser de uma imagem ou um mapa ou qualquer outra forma de informação 
geográfica, conhecidas num dado sistema de referência. Os pontos de controle são locais que oferecem uma 
feição física perfeitamente identificável, tais como intersecções de estradas e de rios, represas, pistas de 
aeroportos, edifícios proeminentes e locais de práticas de atividades esportivas. 
O Rio de janeiro e sua característica praiana é um incentivo a prática esportiva, o que possibilita o 
constante crescimento de espaços para atividades esportivas, sejam público ou privados que se espalham 
pela cidade promovendo a possibilidade de participação de toda a sociedade. Neste sentido temos as 
praças, parques, pistas, praias, campos, quadras, clubes, academias, vilas olímpicas, escolas, etc. que são 
espaços, organizados ou não, para oferecer a prática de atividades esportivas orientadas ou não, de 
diversas modalidades e para todas as idades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OgBIBLIOGRAFIA 
 
ABRANTES, M. M.; LAMOUNIER, J. A.; COLOSIMO, E. A. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças 
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