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CURSO: Engenharia de Produção 
DISCIPLINA: Planejamento e Controle da Produção II 
PROFESSOR: Igor Leão dos Santos 
 
Aula 4 
Projeto do Sistema de Produção Just-in-Time 
Meta 
Apresentar mais aspectos da filosofia Just-in-Time em relação à aula anterior e 
apresentar as principais características de um projeto de sistema de produção 
Just-in-Time. 
Objetivos 
Espera-se que, ao final desta aula, você seja capaz de: 
1) Aprofundar seu conhecimento sobre a filosofia Just-in-Time, em relação à 
aula anterior 
2) Identificar as principais características de um projeto de sistema de produção 
Just-in-Time 
Pré-requisitos 
Para melhor compreensão dos conceitos nessa aula, é recomendado que você 
revise os conceitos introduzidos na aula 3 do curso. 
1. Introdução 
É uma prática comum que empresas aceitem qualquer pedido dos clientes, ou 
ainda que busquem oferecer uma larga faixa de opções de produtos para a 
escolha dos clientes. Essa é uma estratégia comum para que as empresas 
consigam obter uma grande quantidade de clientes. Entretanto, oferecendo 
uma larga faixa de opções de produtos, a manufatura perde seu foco. 
Aumenta-se a probabilidade de ocorrência de erros, bem como os custos, 
levando a atrasos e insatisfações dos clientes. Contudo, numa era de 
constantes exigências das demandas do mercado, as empresas não podem 
oferecer uma estreita faixa de opções de produtos. Elas precisam se 
adequar a oferecer ao mercado uma determinada faixa de opções de produtos 
o mais larga o possível. Nessa tentativa envolve-se o projeto de produtos que 
antecipem as necessidades do mercado e incluam uma variedade suficiente 
para anteder as expectativas dos diferentes consumidores, ao mesmo tempo, a 
um preço que o mercado queira pagar. 
 
Essa é uma prática desafiadora nas empresas JIT que, por sua vez, tendem a 
limitar as variedades de processos produtivos dos produtos que são oferecidas 
ao mercado. Como o JIT dá ênfase à velocidade do fluxo de materiais pela 
fábrica, o ideal é, portanto, que os processos produtivos de produtos sejam 
relativamente padronizados (processos produtivos semelhantes) e que os 
produtos sejam produzidos em grande quantidade. 
A abordagem JIT de aumentar a variedade dos produtos acabados oferecidos 
ao mercado sem aumentar a variedade do processo de tais produtos, a qual 
vem sempre acompanhada de complexidade e elevação de custos, pode ser 
conseguida de diferentes formas. O enfoque dado pelo JIT está representado 
na Figura 1, em comparação com as abordagens clássicas. 
 
Figura 1. Estabelecendo as relações entre variedade do produto e variedade do 
processo em ambas as abordagens clássica e JIT. 
A abordagem dada pelo JIT é conseguida através de técnicas como o projeto 
adequado à manufatura, que busca equipamentos e mão-de-obra flexíveis, 
além do uso de dispositivos que diminuem o tempo de setup de maquinas. Este 
consiste no projeto inteligente de produto, contemplando considerações sobre 
o processo durante o estágio de projeto do produto. Este conceito não é 
exclusivo do JIT, mas é característico. O JIT dá ênfase a esse tópico. E os 
projetos do produto e do processo têm igual importância, trabalhando 
efetivamente juntos no processo de desenvolvimento. Nessa aula, nós vamos 
estudar características do projeto do sistema de produção para JIT, incluindo 
layout, gerência de linha, qualidade, fornecimento de materiais e uma das 
ferramentas usadas para reduzir a variedade de processo no JIT, a Troca 
Rápida de Ferramentas (TRF). 
2. Projeto para manufatura JIT 
O JIT não se adapta perfeitamente a uma grande variedade de produtos 
oferecidos ao mercado, o que requer extrema flexibilidade de faixa do sistema 
produtivo, não alcançada pelo JIT. O JIT enfatiza o projeto adequado à 
manufatura, projetando produtos com componentes em comum e processos 
em comum, de forma modular, visando à simplificação e de forma adequada à 
automação, definindo um foco para a produção, restringindo a variedade do 
processo, mas sem restringir demais a variedade de produtos oferecidos. Já as 
abordagens tradicionais procuram elevar a complexidade dos processos para 
elevar também a variedade de produtos. Algumas das técnicas associadas ao 
projeto adequado à manufatura são discutidas a seguir. 
Projeto modular: consiste em adotar componentes que podem ser 
intercambiáveis na montagem final dos produtos. Por exemplo, uma empresa 
que produza motocicletas pode oferecer até vinte e quatro modelos diferentes 
de motocicletas se tiver dois modelos de quadro, três modelos de motor e 
quatro modelos de tanque. No entanto, a produção é focada em apenas três 
tipos de componentes diferentes, e apenas a montagem final possui variedade, 
embora as peças componentes sejam perfeitamente intercambiáveis, 
facilitando a montagem. Com um componente podendo ser reutilizado na 
montagem de outros produtos, também reduz-se a quantidade de componentes 
a serem fabricados e o lead time da montagem final. 
Projeto visando a simplificação: procura projetar produtos que sejam simples 
de fabricar e montar. Assim sendo, é aconselhável adotar produtos “de 
prateleira” ou padronizados, ou ainda que possam ser fabricados com um 
mínimo de testes e ferramentas no início da produção, impondo um mínimo de 
esforço no ajuste das tolerâncias e acabamentos superficiais. 
Projeto adequado à automação: é aquele que facilita os processos de 
alimentação, posicionamento e montagem das peças em processos de 
montagem de componentes. Por exemplo, para facilitar a montagem sugere-se 
trabalhar em um número mínimo de faces do produto, evitando ter que virá-lo, 
e preferencialmente realizar movimentos de cima para baixo, evitando 
montagens laterais ou de baixo para cima. 
3. Layout para JIT 
O layout por processo (também chamado de funcional) é comum nas 
empresas tradicionais que produzem certa variedade de produtos. Recomenda-
se a leitura do material complementar a essa aula para que você relembre as 
principais características dos principais tipos de layout (posicional, por 
processo, celular e em linha). No layout por funcional, há grandes distâncias a 
percorrer na movimentação dos produtos, entre as áreas que realizam cada 
uma das funções necessárias para a fabricação do produto. Como as 
máquinas agrupadas em funções também produzem grandes variedades de 
produtos, a realização de setups também é intensa, fazendo com que a 
produção ocorra em grandes lotes. Por outro lado, o layout em linha, que 
supre essas desvantagens do layout por processo, é adequado à produção em 
massa, repetitiva, e portanto possui a desvantagem de não permitir a produção 
de uma variedade de produtos. 
 
Figura 2. Layout por processo, celular e em linha. Extraído de Doblas (2010) 
 
Devido aos objetivos de reduzir estoques, lotes de produção, responsabilização 
da mão-de-obra, e busca do fluxo contínuo de produção, no JIT usa-se o 
layout celular, reduzindo a movimentação de materiais assim como as filas e 
tempos de preparação. O layout celular é um híbrido entre os layouts por 
processo e em linha. O layout celular pode ser compreendido como uma 
tentativa de linearização do layout por processo. Os tipos de layout estão 
exemplificados na Figura 2. 
A “tecnologia de grupo” procura trazer vantagens do layout linear ao celular. 
Ela agrupa componentes fabricados, com roteiros de fabricação em comum, 
em famílias. Assim, recursos não similares são agrupados em células, de forma 
que consigam processar um produto por inteiro. As células de manufatura 
serão formadas pelos equipamentos necessários para processar uma 
determinada família de produtos. 
No layout celular há restrições à flexibilidade do sistema produtivo, pois as 
células são montadas como se fossem pequenas linhas de produção de uma 
determinada família de produtos, e é a tecnologia de grupo o que garante 
variedade na produção das células. E há maior ocorrênciade máquinas 
paradas, dado que os equipamentos são dedicados às células. Há também 
uma maior necessidade de capacidade (quantidade de equipamentos) para 
compor as linhas. 
4. Gerência da linha para JIT 
A utilização do layout celular transforma as várias áreas da fábrica em 
pequenas linhas de produção, produzindo continuamente e integradas entre si 
por um sistema de programação, o sistema kanban, que será discutido na aula 
5. 
A gerência de linha para JIT enfatiza o balanceamento da linha. Por 
balanceamento da linha, entende-se a alocação de tarefas aos postos de 
trabalho da linha, garantindo a estes cargas de trabalho equivalentes. Após o 
balanceamento, o tempo de ciclo (tempo entre finalização de dois itens 
consecutivos) da linha é igual ao dos postos da linha. Quando a linha se 
encontra desbalanceada, o tempo de ciclo de um dos postos é maior, e esse se 
torna o tempo de ciclo da linha inteira. Surge então um novo gargalo, que 
possui o menor tempo de ciclo da linha. 
A gerência de linha para JIT também enfatiza a flexibilidade e autonomia dos 
encarregados no balanceamento da linha. Flexibilidade e autonomia são úteis 
em caso de variação da demanda e surgimento de novos gargalos. Há ênfase 
também na não-aceitação de erros, paralisando-se a linha até que sejam 
eliminados, se necessário. 
5. Qualidade total 
O principal conceito do controle da qualidade total é a atribuição da 
responsabilidade pela qualidade à produção. Isso significa controle de 
qualidade na fonte, garantir que produtos sejam produzidos com qualidade e 
não apenas inspecioná-los após a produção. Com isso, passam a ser objetivos 
do departamento de controle de qualidade: 
 Treinar funcionários sobre como ele mesmo controlar a qualidade de 
suas tarefas e dar consultoria aos funcionários em relação aos 
problemas de qualidade que eles estão enfrentando; 
 Conduzir auditorias de qualidade aleatoriamente nos diversos setores da 
produção e nos fornecedores; 
 Supervisionar testes finais de produtos acabados; 
 Difundir conceitos de controle de qualidade pela empresa. Essa difusão 
está relacionada ao conceito de círculos de controle de qualidade, 
uma técnica que procura favorecer a participação de trabalhadores na 
identificação e solução de problemas de qualidade. 
São também aspectos importantes do controle de qualidade total: 
 Controle das fases do processo concomitantemente à produção. Cada 
posto de trabalho torna-se também um posto de inspeção da qualidade 
do processo. 
 Visibilidade da qualidade. Estabelecimento de padrões de qualidade 
mensuráveis e exposição de quadros e cartazes por toda a fábrica. 
Assim, todos os colaboradores podem estar cientes das questões 
relativas à qualidade. 
 Disciplina da qualidade. Enquadramento das atitudes de todos em 
relação às metas da qualidade, não permitindo relaxamento do esforços 
de aprimoramento contínuo. 
 Paralização de linhas para priorizar a qualidade. Assim, fica em 
segundo plano a quantidade produzida. 
 Correção dos próprios erros, por quem os gerou. As linhas especiais de 
retrabalho, para peças defeituosas devem ser eliminadas, pois isso 
contribui com a tolerância aos erros. 
 Inspeção 100%. Todas as peças produzidas devem ser inspecionadas, 
a partir dos próprios operários que participaram da sua produção. É 
importante procurar os erros, pois eles são fonte de informação para o 
aprimoramento contínuo. 
 Lotes pequenos. O que é um ponto fundamental na produção JIT 
também. Permite que as peças cheguem rapidamente ao posto de 
trabalho seguinte, permitindo que falhas sejam rapidamente detectadas. 
Lotes pequenos também proporcionam baixos estoques, deixando os 
problemas e falhas visíveis. 
 Organização e limpeza da fábrica. O que é essencial para a obtenção 
de qualidade na fonte. 
 Capacidade em excesso. Manter um certo excesso de capacidade 
contribui para viabilizar o princípio de paralização da linha caso estejam 
ocorrendo problemas. Bem como a utilização de máquinas no layout 
celular. 
 Verificação diária dos equipamentos. Ajudam a garantir a qualidade das 
peças produzidas. Máquinas desajustadas produzem peças defeituosas. 
6. Fornecimento de materiais JIT 
O fornecimento de materiais JIT não poderia apresentar princípios diferentes 
dos próprio princípios do JIT. Os elementos principais do fornecimento de 
materiais JIT são: 
 Lotes de fornecimento reduzidos; 
 Recebimentos frequentes e confiáveis; 
 Lead times de fornecimento reduzidos; 
 Altos níveis de qualidade. 
Além disso, deve-se estabelecer um relacionamento cooperativo com os 
fornecedores, e não competitivo. O JIT prega a gestão integrada de toda a rede 
de suprimentos. 
Busca-se também reduzir a base de fornecedores, formando acordos de longo 
prazo e focalizando esforços de negociação. Na prática, a condição de 
fornecedor único é muito perigosa, pois qualquer abalo no ambiente de 
negócios pode levar a atrasos na produção. No entanto, esse é um objetivo 
ideal a ser perseguido. Formam-se acordos de fornecimento de longo prazo, 
limitando os esforços no desenvolvimento de relações com os fornecedores. 
Também busca-se compartilhar informações comerciais e de projeto, sendo 
possível o fornecedor se adequar ao programa de produção do cliente, e 
também estudar a forma mais econômica de produzir um componente 
atendendo requisitos do projeto. 
Finalmente, há a redução de uma série de custos. Há redução dos custos de 
aquisição, pois há confiabilidade nas entregas. Além disso, fornecedores não 
mudam com frequência, então reduz-se custos de negociação de pedidos. A 
garantia de qualidade elimina custos de refugos. E por fim, a entrega no local e 
localização dos fornecedores próxima à produção diminuem custos de 
movimentação e transporte. 
7. Troca Rápida de Ferramentas 
A técnica de Troca Rápida de Ferramentas ou Single Minute Exchange of Die 
(SMED), pretende diminuir o tempo de setup das máquinas, aumentando suas 
capacidades. Assim reduz-se o lead time. Setup é o nome dado ao conjunto de 
tarefas de preparação para início de uma determinada atividade. Atividades de 
inspeção, transporte ou estocagem podem ter setups. Porém setups são mais 
famosos quando referentes à preparação de máquinas para produção, de um 
lote de produtos X para a produção de um lote de produtos Y. 
Os passos do SMED exigem baixo investimento em dinheiro e prometem 
substancial retorno, em termos de redução do tempo de setup: 
 Observação: forma-se a equipe de trabalho, registra-se a execução do 
setup atual e suas ferramentas (cronometragem e filmagem), decompõe-
se o setup em diferentes atividades. 
 Classificação: o setup é formado por atividades internas (exigem parada 
ou redução da velocidade da máquina, pois só assim podem ser 
realizadas) e externas (não exigem). 
 Conversão: considera-se a possibilidade de converter atividades 
internas em externas. Define-se as ações para realização externamente, 
tornando o processo mais ágil. Busca-se, por exemplo, realizar tarefas 
paralelamente, ou iniciar o setup antes do momento da troca de lote. 
 Racionalização: discussão das atividades internas remanescentes, 
buscando realizá-las em menos tempo. E também das externas, 
buscando eliminar desperdícios. 
 Documentação: registro em detalhe das atividades internas e externas, 
bem como de todos os novos procedimentos. 
Atividade 
Para fixação do conteúdo teórico/conceitual desta aula, responda às questões 
abaixo: 
1) Que medidas uma empresa deve adotar no projeto de seus produtos 
para viabilizar a adoção do JIT? 
2) Discuta as vantagens e desvantagens do layout celular em relação ao 
layout por processo e ao layout funcional. 
3) Como você caracterizaria a gerência de linha no JIT? 
4) Explique o que é e apresente as características do controle de qualidade 
total. 
5) Quais são as principais características do fornecimento demateriais 
JIT? 
Conclusão 
Nessa aula foram apresentados mais aspectos da filosofia Just-in-Time em 
relação à aula anterior, e foram apresentadas as principais características de 
um projeto de sistema de produção Just-in-Time. Foi discutida a abordagem 
JIT de aumentar a variedade dos produtos acabados oferecidos ao mercado 
sem aumentar a variedade do processo de tais produtos. Também discutiu-se 
que o JIT enfatiza o projeto adequado à manufatura, projetando produtos com 
componentes em comum e processos em comum, de forma modular, visando à 
simplificação e de forma adequada à automação, definindo um foco para a 
produção. Além disso, devido aos objetivos de reduzir estoques, lotes de 
produção, responsabilização da mão-de-obra, e busca do fluxo contínuo de 
produção, no JIT usa-se o layout celular, reduzindo a movimentação de 
materiais assim como as filas e tempos de preparação. Também foi visto que a 
gerência de linha para JIT enfatiza o balanceamento da linha. Por 
balanceamento da linha, entende-se a alocação de tarefas aos postos de 
trabalho da linha, garantindo a estes cargas de trabalho equivalentes. E o 
principal conceito do controle da qualidade total é a atribuição da 
responsabilidade pela qualidade à produção. Isso significa controle de 
qualidade na fonte, garantir que produtos sejam produzidos com qualidade e 
não apenas inspecioná-los após a produção. Vimos que os elementos 
principais do fornecimento de materiais JIT são (i) Lotes de fornecimento 
reduzidos; (ii) Recebimentos frequentes e confiáveis; (iii) Lead times de 
fornecimento reduzidos; e (iv) Altos níveis de qualidade. E por fim, discutimos 
que a técnica de Troca Rápida de Ferramentas ou Single Minute Exchange of 
Die (SMED), pretende diminuir o tempo de setup das máquinas, aumentando 
suas capacidades. 
Entender os conceitos discutidos nessa aula é essencial na formação do gestor 
da produção, para que seja feito um correto e completo planejamento de um 
sistema JIT. 
Resumo 
O JIT não se adapta perfeitamente a uma grande variedade de produtos 
oferecidos ao mercado, o que requer extrema flexibilidade de faixa do sistema 
produtivo. O JIT enfatiza o “projeto adequado à manufatura” e o “projeto 
adequado à montagem” (projetando produtos com componentes em comum, 
processos em comum, de forma modular, visando à simplificação e de forma 
adequada à automação). 
No JIT usa-se o layout celular, reduzindo a movimentação de materiais assim 
como as filas e tempos de preparação. A “tecnologia de grupo” procura trazer 
vantagens do layout linear ao celular. Ela agrupa componentes fabricados, com 
roteiros de fabricação em comum, em famílias. 
A gerência da linha para JIT enfatiza a flexibilidade e autonomia dos 
encarregados no balanceamento da linha, garantindo a estes cargas de 
trabalho equivalentes. Há ênfase também na não-aceitação de erros, 
paralisando-se a linha até que sejam eliminados, se necessário. 
O principal conceito do controle da qualidade total é a atribuição da 
responsabilidade pela qualidade à produção. São também aspectos 
importantes do controle de qualidade total: Controle de todas as fases do 
processo de produção. Visibilidade da qualidade (exposição de quadros e 
cartazes). Disciplina (enquadramento das atitudes de todos). Paralização de 
linhas para priorizar a qualidade. Correção dos próprios erros, por quem os 
gerou. Inspeção 100% (de todas as peças produzidas). Lotes pequenos. 
Organização e limpeza da fábrica. Excesso de capacidade. Verificação diária 
dos equipamentos. 
Elementos principais do fornecimento de materiais JIT: (i) lotes de fornecimento 
reduzidos; (ii) recebimentos frequentes e confiáveis; (iii) lead times de 
fornecimento reduzidos; (iv) altos níveis de qualidade. Além disso, deve-se 
estabelecer um relacionamento cooperativo com os fornecedores, e não 
competitivo. Compartilha-se informações comerciais e de projeto. Há redução 
dos custos de aquisição, pois há confiabilidade nas entregas. 
A técnica de Troca Rápida de Ferramentas ou Single Minute Exchange of Die 
(SMED), pretende diminuir o tempo de setup das máquinas, aumentando suas 
capacidades. Os passos do SMED exigem baixo investimento em dinheiro e 
prometem substancial retorno, em termos de redução do tempo de setup: 
 Observação 
 Classificação 
 Conversão 
 Racionalização 
 Documentação 
Informações sobre a próxima aula 
Na próxima aula, você aprenderá como funcionam ferramentas típicas do JIT, 
como o sistema kanban, usado para puxar a produção. Até breve! 
Referências Bibliográficas 
CORRÊA, H.L. e GIANESI, I.G.N. Just in Time, MRPII e OPT: Um Enfoque 
Estratégico. São Paulo: Atlas. 1996. 
DOBLAS, D. Arranjo físico e o planejamento estratégico, 2010. Disponível em: 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA820AC/arranjo-fisico-planejamento-
estrategico, acesso em 13/08/2018.

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