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Sistema Nacional de Seguro Privados (SNSP)

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Sistema Nacional 
 
 
de Seguros Privados (SNSP): 
 
 
 perspectivas históricas 
 
 e 
 
estrutura 
 
 
Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP): perspectivas históricas e estrutura 
 
 O seguro e a previdência, segundo a SUSEP (2016), alinhando-se entre as mais 
antigas atividades econômicas regulamentadas, no Brasil, tiveram início ainda no séc. 
XVI, com os jesuítas, e em especial o Padre José de Anchieta, criador de formas de 
mutualismo ligadas à assistência. 
 
1791 
 
Sua mais remota regulamentação data do séc. XVIII, quando foram promulgadas as 
"Regulações da Casa de Seguros de Lisboa", postas em vigor por alvará de 11 de agosto 
de 1791, e mantidas até a proclamação da independência em 1822. 
 
1808 
Com a abertura dos portos brasileiros, em 1808, tem início a exploração de seguros 
marítimos, através da Companhia de Seguros Boa Fé, sediada na Bahia, primeira 
sociedade seguradora a funcionar no país. 
1831 
Quase tão antiga quanto à operação de seguros no Brasil, é sua fiscalização, iniciada nesse 
ano, com a instituição da Procuradoria de Seguros das Províncias Imperiais, que atuava 
com fundamento nas leis portuguesas. 
1850 
Embora o Código Comercial de 1850 só definisse normas para o setor de seguros 
marítimos, em meados do séc. XIX, inúmeras seguradoras conseguiram aprovar seus 
estatutos, dando início à operação de outros ramos de seguros elementares, inclusive o 
de vida. (PINTO, 2006) 
1860 
Finalmente, surgem as primeiras regulamentações relativas à obrigatoriedade de 
apresentação de balanço e outros documentos, além da exigência de autorização para 
funcionamento das seguradoras. 
1895 
As empresas estrangeiras também passam a ser efetivamente supervisionadas, com base 
em legislação nacional. 
1901 
Normas e instituições sucederam-se ao longo das décadas, até que, em 1901, é editado o 
Regulamento Murtinho (Decreto 4.270), pelo qual é criada a Superintendência Geral de 
Seguros, subordinada ao Ministério da Fazenda, com a missão de estender a fiscalização 
a todas as seguradoras que operavam no país. 
 
 
1940 
A efetiva instalação do IRB2 — Instituto de Resseguros do Brasil —, entidade criada, 
em 1932, em um contexto cerradamente estimulado por aspirações nacionalistas, e 
destinada a ser instrumento estatal de ordenação econômica. Tinha como proposta 
política a proteção do mercado brasileiro contra a presença então dominadora das 
companhias estrangeiras, e como desafios operacionais a regulação do resseguro e o 
fomento às operações de seguros em geral. Objetivos atingidos, graças acima de tudo à 
qualidade e competência dos quadros técnicos formados pelo próprio IRB, que se 
tornaria um celeiro de talentos para o mercado. (PINTO, 2006) 
 
Com o passar do tempo, entretanto, seu modelo monopolista e centralizador começaram 
a dar mostras de esgotamento, e de já não atender plenamente às novas exigências do 
mercado. Idealizado para ser fundamentalmente uma instituição ocupada com o 
resseguro, o IRB vinha ultrapassando os limites de suas funções originárias. 
 
Paulatinamente, ia assumindo um caráter de órgão fiscalizador, exorbitando de suas 
funções, em uma anomalia institucional que feria sua verdadeira missão de 
resseguradora. E, paradoxalmente, idealizado para estimular o fortalecimento das 
seguradoras brasileiras, o IRB acabaria por afrontar os objetivos que haviam orientado 
sua criação, chegando a inibir a criatividade e a livre concorrência entre as empresas do 
setor. 
1966 
 
Com a edição do Decreto-lei 73, o governo instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, 
criando a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), órgão controlador e fiscalizador da 
constituição e do funcionamento das sociedades seguradoras entidades abertas de previdência 
privada. Dotada de poderes para apurar a responsabilidade e apenar corretores de seguros que 
atuem culposa ou dolosamente em prejuízo das seguradoras ou do mercado, a SUSEP assume, 
pela primeira vez no Brasil, a tutela direta dos interesses dos consumidores de seguros. 
 
O IRB, que até então praticamente exercera funções hegemônicas na definição dos modos de 
operação de seguros no Brasil, passa a dividir com a SUSEP algumas atribuições que, embora 
distintas nos termos da legislação, por quase duas décadas acabaram se superpondo em 
importantes aspectos. 
 
1895 
 
Mas a partir desse ano, a SUSEP dá início a uma fase de profundas transformações, que 
começavam por sua reorganização interna, pondo fim à cultura burocratizante e 
paternalista que até então marcara sua atuação, e culminavam na definitiva conformação 
e público reconhecimento de sua identidade institucional. (PINTO, 2006) 
Assumindo na plenitude suas funções de reguladora do mercado segurador, a SUSEP: 
• Implanta o sistema de audiência pública e aberta a todos os segmentos, para a 
formulação de medidas gerais e tomada de decisões; 
• Promove a desregulamentação gradual da atividade seguradora, e atendendo a 
expresso desejo das empresas, que pediam mais liberdade para sua operações, dá 
autonomia à criação de produtos; 
• Estimula a formação de empresas regionais; 
• Modifica os critérios e requisitos para aplicação de reservas técnicas em ativos 
mobiliários; 
• Acaba com a exigência de carta-patente par ao funcionamento das seguradoras; 
• E, para enfrentar a realidade da inflação que corroía valores segurados, promove 
a indexação dos contratos, que passam a ser atualizados com base na correção 
monetária. (Pinto, 2006) 
Estavam criadas as condições de liberdade e realismo contratual, que possibilitariam o 
crescimento do mercado em um ambiente de justa e desejável concorrência. 
1988 
No processo de discussão da proposta de texto constitucional, as empresas seguradoras 
acabaram por conseguir alguns avanços discretos. Tinham atuado, na constituinte, de 
modo pouco articulado e excessivamente cauteloso, limitando-se quase que ao papel de 
observadoras, divididas quanto às questões que lhes eram essenciais, mas assim mesmo 
o seguro, a capitalização e a previdência privada haviam adquirido novo status. 
 
Nos termos do Art. 21, item VIII, da Constituição Federal tinha ultrapassado os limites 
estritos da seguridade e evoluído para o de investidores institucionais, passando a 
integrar o sistema financeiro nacional, ao lado das demais instituições que, desde então, 
aguardam a regulamentação de suas atividades, previstas no art.192 da Constituição. 
1992 
 
Em cerimônia de posse de sua presidência, a Fenaseg dá publicidade a uma declaração 
de princípios norteadores da atividade seguradora, a Carta de Brasília. Primeira 
manifestação conjunta e consensual das empresas de seguro, publicamente apresentada 
como plataforma de demandas e propostas ao Governo, a Carta se construía em torno 
de três princípios: 
• Compromisso com a economia de mercado e a livre competição; 
• Responsabilidade econômico e social do setor de seguros diante dos agentes 
produtivos e da população brasileira; 
• E opção pela modernidade que se baseia na experiência do próprio mercado, 
cuja voz deve ser mais ouvida. 
 
Como proposta de mudanças, a Carta enfatizava a necessidade da ampliação da imagem 
pública do seguro, a desregulamentação do setor, a colaboração com o Governo em 
assuntos e operacionalização da previdência no Brasil, a desestatização do seguro de 
acidente de trabalho, e maior liberdade na operação do seguro-saúde. 
Dois meses após a Carta de Brasília, em uma ação conjunta do IRB, SUSEP e Secretaria 
de Política Econômica, é lançado um Plano Diretor do Sistema de Seguros, Capitalização 
e Previdência Complementar. Esse documento reafirmava a importância da 
desregulamentação do setor, e apresentava propostas de modernização da atividade 
seguradora: 
• Política de liberação de tarifas; 
• Controle de solvência das empresas; 
• Abertura do setor ao capital estrangeiro; 
• Redefinição do papel do corretor; 
• Reestruturação do IRB com a gradual redução do monopólio do resseguro atésua 
final extinção; 
• Retorno do seguro de acidente de trabalho ao setor privado, e 
• Regulamentação de nova modalidades de seguros, como o de crédito agrícola e 
crédito à exportação. (Pinto, 2006) 
 
1996 
 
Repercutindo as propostas constantes da Carta de Brasília e do Plano Diretor do Sistema 
de Seguros, Capitalização e Previdência Complementar, duas importantes medidas, de 
natureza legal e administrativa, marcam a história do seguro no Brasil no ano de 1996: 
a liberação da entrada de empresas estrangeiras no mercado, e a quebra do monopólio 
ressegurador do IRB. 
A primeira consubstanciada em um parecer da Advocacia Geral da União, em resposta à 
consulta do Ministro da Fazenda sobre a possibilidade de autorização para o 
funcionamento de empresa seguradora estrangeira nos ramos vida/previdência. 
 
Decidindo pela inconstitucionalidade da Resolução CNSP nº 14/86, que impedia que o 
capital estrangeiro participasse com mais de 50% do capital ou 1/3 das ações de 
seguradora brasileira, o Parecer GO-104 foi o respaldo legal para que, imediatamente, 
mais de 20 empresas estrangeiras entrassem no Brasil a partir de junho de 1996. 
 
A segunda medida consta da Emenda nº 13 feita à Constituição Federal, e recebeu 
declarado acolhimento pelo Governo e apoio da Fenaseg, ao pôr fim ao monopólio do 
resseguro pelo IRB, e ao dar nova redação ao Art. 192, item II do texto constitucional. 
(PINTO, 2006) 
1998 
 
Essa abertura do mercado brasileiro às seguradoras estrangeiras mantém estrita sintonia 
com a tendência de globalização dos mercados, que nos últimos anos vem ocorrendo em 
escala planetária. Trata-se de um processo que induz à quebra das barreiras e dos 
isolamentos geográficos, e ao surgimento de um novo quadro de ralações produtivas, em 
que o capital a cada dia torna-se menos político e mais financeiro que nuca. E o Brasil, 
pelo porte de sua economia, desponta com irresistível apelo aos capitais globalizados, e 
tem sabido aproveitar essa vantagem conjuntural: somente em 1998 o país recebeu mais 
de U$ 28,7 bilhões em investimentos estrangeiros diretos. 
É relevante destacar que os efeitos da abertura do mercado segurador ao capital externo 
foram percebidos já em 1996 e 1997, anos marcos por acentuada movimentação 
institucionais e inúmeros processos de fusões de seguradoras brasileiras e estrangeiras. 
(Pinto, 2006) 
Como consequência, a participação dessas empresas no total de prêmios arrecadados no 
Brasil, que me 1994 representava apenas 4,16% sobre para 6,33% em 1996, 17,94% em 
1997, e 21,12% no primeiro semestre de 1998. (Pinto, 2006) 
Como consequência, a participação dessas empresas no total de prêmios arrecadados no 
Brasil, que em 1994 representava apenas 4,16%, sobe para 6,33% em 1996, 17,94% em 
1997, e 21,12% no primeiro semestre de 1998. (Pinto, 2006) 
 
 
 
 
Composição do Sistema Nacional de Seguros Privados 
De acordo com Souza (2007), o Sistema Nacional de Seguros Privados é composto por 
cinco grupos. 
A estrutura do mercado segurador brasileiro. 
 
 
Os cinco grupos que formam o Sistema Nacional de Seguros privados são: 
• Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); 
• Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); 
• IRB Brasil Resseguros S.A.; 
• Sociedades seguradoras autorizadas e 
• os corretores habilitados. 
O CNSP é o órgão máximo do setor de seguros, responsável pela fixação de diretrizes e 
normas da política de seguros e resseguros, regulando e fiscalizando a orientação básica 
e o funcionamento dos componentes do sistema. (SOUZA, 2007) 
A estrutura do mercado segurador brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O CNSP é formado pelo ministro da Fazenda (como presidente) e representantes 
advindos de ministérios públicos, outros órgãos do setor (por exemplo, da presidência 
da SUSEP) e do sistema privado (nomeados pelo presidente da República). 
 Conforme a SUSEP (2016), ao fixar as diretrizes e normas das políticas de seguros, 
o CNSP tem por objetivos: 
• Promover a expansão do mercado em conformidade com o crescimento do país; 
• Buscar reciprocidade nas operações, condicionamento a autorização para o 
funcionamento das empresas estrangeiras à igualdade de condições no país de 
origem; 
• Coordenar a política de seguros com a política de investimento do Governo 
Federal; 
• Preservar a liquidez e a solvência das sociedades seguradoras. 
 
 Outras atribuições do CNSP também incluem: 
• A regulamentação da constituição, da organização, do funcionamento, da 
fiscalização e da aplicação das penalidades previstas das empresas, organizações 
e pessoas envolvidas no sistema nacional de seguros privados. 
• A fixação das características gerais dos contratos de seguro, previdência privada 
aberta, capitalização e resseguro; a fiscalização da corretagem do mercado e da 
profissão de corretor (Susep). 
 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) 
 
 A SUSEP é o órgão governamental de atuação colegiada e competência normativa 
responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada 
aberta, capitalização e resseguros. (SEOZA,20017). 
 
 As atribuições da SUSEP são: 
 
• Fiscaliza o mercado segurador, na qualidade e executora da política traçado pelo 
CNSP. 
• Autorizar as empresas a atuar no mercado. 
• Se uma empresa aproximar-se dos limites máximos estabelecidos, a SUSEP 
propõe uma reformulação da política, o ser executada em 90 dias. 
• Aplicar penalidades. 
• Administrar a massa liquidante. 
• Proteger a captação de poupança popular. 
• Promover o aperfeiçoamento das instituições. 
• Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado. (SUSEP, 
2016, online) 
 
 É a SUSEP quem: 
 
• Zela pela defesa dos interesses dos consumidores. 
• Esclarece as dúvidas dos consumidores e recebe e encaminha as reclamações por 
eles realizadas. A maioria delas é relativa ao ramo de automóveis. 
• Zela pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado. 
• Disciplina e acompanha os investimentos daquelas entidades, em especial os 
efetuados em bens garantidores de provisões técnicas de cumprir e fazer cumprir 
as deliberações do CNSP. 
 
Observe que o julgamento dos recursos contra as decisões contra as decisões da 
SUSEP é feito pelo CNSP. 
 
 Resseguro é o seguro do seguro, ou seja, com o fito de diminuir sua 
responsabilidade na aceitação de um risco considerado excessivo ou perigoso (ultrapasse 
o limite técnico), repassa a outro segurador a responsabilidade pelo seguro. 
 O resseguro é uma prática comum, feita em todo o mundo, como forma de mitigar 
o risco, preservar a estabilidade das companhias seguradoras e garantir a liquidadção do 
sinistro ao segurado. 
 A origem do resseguro é ligada aos enormes prejuízos que as seguradoras vinham 
tendo em razão do crescente onda de incêndios causado pelo fato de, antigamente, a 
maioria das casas e edificações serem de madeira. (GARCIA, 2016). 
 
1939 
Criado o IRB Brasil Resseguro S.A., no governo Vargas, a medida visava reter maior 
volume de negócios em nossa economia. (Pinto, 2006) 
1946 
Fundada a primeira empresa exclusiva de resseguro, a alemã Koelner Rucklier 
sicherungs-gesellschaft. 
1996 
Quebra do monopólio de resseguro no Brasil, que era exclusivo do IRB. 
1997 
O IRB foi transformado em IRB-BRASIL Re, com ações preferenciais para as 127 
seguradoras que atuavam no Brasil. 
 Quando o IRB era o operador único de resseguro no Brasil, ele acabava assumindo 
também funções normativas no mercado, em termos de obrigatoriedade de consulta das 
seguradoras, de resseguro, cosseguro ou retrocessão. 
 As operações do IRB no mercado têm a garantia de seu capital e reservas e, 
subsidiariamente, a garantia do governo. 
 De acordo com a SUSEP (2016), as principais atribuições do IRB são: 
• Fiscalizar o resseguro obrigatório e facultativo do país ou exterior. 
• Organizar e administrar consórcios. 
• Procedera liquidação de sinistros e distribuir pelas seguradoras a parte dos 
resseguros que não retiver e colocar no exterior as responsabilidades excedentes 
da capacidade do mercado segurador interno. 
 Atualmente, o IRB – Brasil Re é a maior resseguradora da América Latina. 
 
Sociedades Seguradoras, Sociedades de Capitalização e Sociedade de Previdência Privada 
 
Sociedades seguradoras: 
 
• São entidades jurídicas que, por meio dos recursos dos prêmios cobrados dos 
segurados, comprometem-se a indenizá-lo no caso de ocorrer o evento contra o 
qual se seguraram. 
• São empresas que administram riscos, com obrigações de pagar indenizações se 
ocorrerem perda e danos nos bens segurados; 
• Atuam nos ramos de vida e não vida (bens e direitos), têm suas atividades 
controladas pelo CNSP e fiscalizada pela SUSEP; 
• A autorização para funcionamento será concedida através de Portaria do 
Ministro da Indústria e do Comércio, mediante requerimento firmado pelos 
incorporadores, dirigido ao CNSP e apresentado por intermédio da SUSEP; 
• Não poderão requerer concordata e não estão sujeitos à falência, salvo, neste 
último caso, se decretada a liquidação extrajudicial, o ativo não for suficiente para 
o pagamento de pelo menos a metade dos credores quirografários, ou quando 
houver fundados indícios da ocorrência de crime falimentar; 
• São entidades jurídicas que, por meio dos recursos dos prêmios cobrados dos 
segurados, comprometem-se a indenizá-los no caso de ocorrer o evento contra o 
qual se seguraram; 
• Devem ter autorização para funcionamento concedida por Portaria do Ministro 
da Fazenda e não estão sujeitas à falência nem poderão impetrar concordata. 
 
Principais áreas de uma segurado: 
 
• Área Comercial – vende o seguro 
• Underwriting – aceitar ou rejeitar riscos e fixar as taxas 
• Departamento indenizações (sinistros) – regulamenta e liquida sinistro 
• Departamento Atuária e estatística – cálculo de taxas, comissões, avaliar riscos 
• Departamento de contabilidade – contabilização e levantamento das 
demonstrações financeiras. 
 
 A área comercial tem como função vender o seguro, pois somente após a venda a 
apólice poderá ser emitida. 
 O underwriting trata do processo de aceitar ou rejeitar riscos, fixar taxas a serem 
cobradas de acordo com o risco e os objetivos de lucro da entidade. Já o departamento 
de indenizações (sinistros) cuida dos processos de regulação e liquidação de sinistros. 
 O underwriting envolve o risco financeiro (ou de crédito) consiste na avaliação do 
fluxo de caixa da seguradora e do seu endividamento. 
 Já o risco moral consiste na avaliação da boa-fé dos segurados e seu 
comportamento frente à contratação do seguro. E o risco técnico (ou subscrição) consiste 
na avaliação do perfil do segurado e do bem a ser garantido, frente às coberturas e 
garantias contratadas. 
 O Departamento de Atuária e Estatística é responsável por calcular as taxas 
(seguros, níveis de comissões, reservas de prêmios não ganhos), e preparar relatório 
anuais, além de eventuais estudos de viabilidade econômica para grandes negócios que 
possam envolver altos níveis de riscos. 
 Também auxilia no desenvolvimento de novos produtos. 
 Já o Departamento de Contabilidade tem como objetivo fornecer e controlar as 
informações de modo a assegurar a otimização de resultados da empresa. Este 
departamento, muitas vezes, trabalha subordinado à Controladoria. 
 
Sociedade de Capitalização: 
 
• A primeira empresa de capitalização do Brasil foi fundada em 1929, chamada de "Sul 
América Capitalização S.A". Entretanto, somente 3 anos mais tarde, em 10 de março de 
1932, é que foi oficializada a autorização para funcionamento das sociedades de 
capitalização através do Decreto n° 21.143, posteriormente regulamentado pelo Decreto 
n° 22.456, de 10 de fevereiro de 1933, também sob o controle da Inspetoria de Seguros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Uma sociedade de capitalização é a combinação de economia programada 
(poupança) e sorteios e apresenta basicamente as seguintes características: prêmio, cota 
de sorteio, cota de carregamento, provisão matemática, sorteios, prazo de vigência e 
carência para resgate. 
 
Exemplo: 
Um título com pagmantos mensais de R$ 100,00, R$75,00 serão destinados para 
compor o capital, R$15,00 serão destinados para o custeio dos sorteios e R$10,00 serão 
destinados à Sociedade de Capitalização. 
Exemplos de alguns títulos de capitalização: 
• TC — HSBC Capitalização; 
• Pé Quente Bradesco — Bradesco Capitalização; 
• OuroCap — Banco do Brasil; 
• Super X Cap — Caixa Econômica Federal 
 
Corretor de Seguros 
 
Pode ser pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a angariar e 
promover contratos de seguro entre as Sociedades Seguradoras e as pessoas físicas ou 
jurídicas de Direito Privado. 
É ele também quem orientará o segurado sobre o melhor tipo de contrato de seguro, 
dentro da gama de produtos oferecidos pelas empresas, esclarecendo dúvidas, por 
exemplo, sobre coberturas, carências, validade, e atendendo às necessidades de seu 
representado; (Souza, 2007) 
É profissional liberal sem vínculos com a seguradora que defende os interesses do 
segurado diante da seguradora, recebendo comissão de corretagem. (Pinto, 2006) 
A contratação do seguro, por meio de um corretor, ocorre quando o segurado, desejando 
contratar um seguro, recorre a um profissional, solicitando a ele que estude sua 
necessidade e selecione os melhores planos para ele, com as coberturas mais adequadas 
e o menor custo. 
Assim, o corretor não um simples vendedor ou intermediário e sim um verdadeiro 
consultor. 
O corretor de seguros é como o médico da família: pode ser chamado a qualquer hora do 
dia ou da noite, no caso de uma emergência. É ele quem exigirá da seguradora os direitos 
do segurado e cuidará dos procedimentos necessários em caso de sinistro. 
Como o corretor opera com várias seguradoras, ele deve estar sempre atualizado das 
novidades na área e das vantagens e desvantagens de cada tipo de seguro e empresa. 
O parágrafo único, do artigo 1, do referido Decreto definia: “As únicas sociedades que 
poderão usar o nome de “capitalização” serão as que, autorizadas pelo Governo, tiverem 
por objetivo oferecer ao público, de acordo com planos aprovados pela Inspetoria de 
Seguro, a constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano e 
pago em moeda corrente, em um prazo máximo indicado no dito plano, à pessoa que 
subscrever ou possuir um título, segundo cláusulas e regras aprovada e mencionadas no 
mesmo título”. 
Avalia a melhor relação custo X benefício para o cliente (cobertura mais ampla pelo 
menor preço). 
 No Brasil, as seguradoras só podem receber propostas de seguro por intermédio 
de corretores legalmente habilitados, ou, então, diretamente dos proponentes ou dos seus 
legítimos representantes. (SOUZA , 2007) 
 O exercício da profissão, de corretor de seguros depende de prévia habilitação e 
registro (na SUSEP, mediante prova de capacidade técnico-profissional). 
 Falando de Responsabilidade Civil, o artigo 723 dispõe sobre o respectivo tema, 
tendo sua redação original alterada pela Lei 12.236/2010, na seguinte redação: 
 
“O corretor é obrigado a executar a mediação com diligência e prudência, e a prestar ao 
cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento do negócio. 
 
Parágrafo único. Sob pena de responder por perdas e danos, o corretor prestará ao cliente 
todos os esclarecimentos acerca da segurança ou do risco do negócio, das alterações de 
valores e de outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência.” 
 
 
Dos Corretores de Seguros (Decreto-lei nº 296, de 1967) 
 
• O comissionamento de intermediação é obrigatório. O corretor deve ser 
remunerado toda vez que o resultado previsto no contrato de mediação e seguros 
for alcançado, a não se em casos de comprovada inércia ouociosidade do 
profissional. 
• O corretor é legalmente autorizado a organizar e promover contratos de seguros. 
 
Para Souza (2007), a corretagem de seguros é a intermediação feita por profissionais 
habilitados na colocação de seguros, mediante o recebimento de uma comissão 
percentual sobre o prêmio auferido pela seguradora. É vedado aos corretores: 
 
a) aceitar ou exercer emprego de pessoa jurídica de Direito Público; 
 
b) manter relação de emprego ou de direção em Sociedade Seguradora. Cada 
organização gerencia seu papel nas cadeias de suprimentos e logísticas, de forma 
ampla, desde a negociação com os fornecedores até o recebimento da fatura dos 
produtos entregues aos clientes, o que compreende: 
 
O corretor de seguros responderá civilmente perante os segurados e as Sociedades 
Seguradoras pelos prejuízos que causar, por omissão, imperícia ou negligência no 
exercício da profissão. 
 
O corretor de seguros estará sujeito às penalidades seguintes: 
a) multa; 
b) suspensão temporária do exercício da profissão; 
c) cancelamento do registro. 
 
 
 
Outras Entidades do Setor 
 
Há várias entidades que apóiam o Sistema de Seguros Privados brasileiro, dentre elas 
destacam-se: 
 
• Fenaseg; 
• Anapp; 
• Fenacor. 
 
 Principais entidades que apóiam o Sistema de Seguros Privados Brasileiros 
 
• Fenaseg: seguradora e capitalização 
• Anapp: entidades de previdência privada 
• Fenacor: corretores 
• Funenseg: profissionalização e qualificação 
 
 
Fonte: (SOUZA, 2007) 
• A Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) 
é uma entidade brasileira que congrega as empresas do setor de seguros, tendo sido 
fundada em 1951 e é responsável pela divulgação do mercado de seguros e de seus 
participantes, realiza a defesa dos interesses da categoria e dos consumidores, promove 
a conciliação nos dissídios coletivos de trabalho e celebração de contratos, acordos e 
convenções coletivas e oferecimento de serviços de consultoria e assessoria para atender 
e orientar suas filiadas; 
 • A Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp) agrega entidades de 
previdência privada no Brasil, agindo pelos seus interesses; 
• A Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) tem a função de coordenar 
os interesses da categoria econômica de Corretores de Seguros e Capitalização.

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