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AULA 4 - Gestão Atuarial

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Gestão Atuarial / Aula 04: Estrutura do Sistema Nacional de 
Seguros Privados 
• Introdução 
o O seguro e a previdência estão entre as mais antigas atividades 
econômicas regulamentadas, no Brasil, pois tiveram início 
ainda no século XVI. Tão antiga quanto à operação de seguros, 
no Brasil, é sua fiscalização. Normas e instituições sucederam-
se ao longo do tempo até termos as estruturas institucionais 
contemporâneas do Sistema Nacional de Seguros Privados e 
do Sistema Previdenciário Brasileiro. 
o A intervenção do Estado normatizador e fiscalizador surge 
apenas quando o mercado, já em funcionamento, adquire 
complexidade e diversidade nos negócios, passando a 
requerer um mecanismo de modulação de interesses. Normas 
que atendendo aos superiores interesses do país, ditados pela 
conjuntura histórica, preservem o funcionamento das 
instituições do mercado e assegurem o cumprimento das 
coberturas contratadas pelos segurados. 
o Com o passar do tempo, entretanto, seu modelo monopolista e 
centralizador começa a dar mostras de esgotamento, e de já 
não atender plenamente às novas exigências do mercado 
aberto e globalizado. 
o O conceito de previdência surgiu com o intuito de proteção, 
defesa, visto que o homem precisa diminuir e até parar o ritmo 
de trabalho na velhice, necessitando, contudo, manter seu 
padrão de vida. Essas entidades exercem um papel importante 
na economia brasileira, sendo hoje um dos grandes 
investidores institucionais. Seus ativos fortalecem as atividades 
produtivas e contribuem para e geração de emprego e 
distribuição de renda, visto promoverem investimentos nos 
mercados de renda fixa e variável. 
o Neste sentido, esta aula proporcionará a você o conhecimento 
da estrutura do Sistema Nacional de Seguros Privados e 
ressalta o papel que cada entidade, desta estrutura, 
desempenha para o funcionamento das operações de seguro 
no Brasil. 
• Objetivos 
o Reconhecer a estrutura do Sistema Nacional de Seguros 
Privados (SNSP); 
o Analisar o papel que cada entidade pertencente 
desempenha para o funcionamento das operações de 
seguro no Brasil. 
Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP): 
perspectivas históricas e estrutura 
O seguro e a previdência, segundo a SUSEP (2016), alinhando-
se entre as mais antigas atividades econômicas regulamentadas, 
no Brasil, tiveram início ainda no séc. XVI, com os jesuítas, e em 
especial o Padre José de Anchieta, criador de formas de 
mutualismo ligadas à assistência. 
1791- Sua mais remota regulamentação data do séc. XVIII, 
quando foram promulgadas as "Regulações da Casa de Seguros 
de Lisboa", postas em vigor por alvará de 11 de agosto de 1791, 
e mantidas até a proclamação da independência em 1822. 
 
1808- Com a abertura dos portos brasileiros, em 1808, tem início 
a exploração de seguros marítimos, através da Companhia de 
Seguros Boa Fé, sediada na Bahia, primeira sociedade 
seguradora a funcionar no país. 
 
1831- Quase tão antiga quanto à operação de seguros no Brasil, 
é sua fiscalização, iniciada nesse ano, com a instituição da 
Procuradoria de Seguros das Províncias Imperiais, que atuava 
com fundamento nas leis portuguesas. 
 
1850- Embora o Código Comercial de 1850 só definisse normas 
para o setor de seguros marítimos, em meados do séc. XIX, 
inúmeras seguradoras conseguiram aprovar seus estatutos, 
dando início à operação de outros ramos de seguros 
elementares, inclusive o de vida. (PINTO, 2006) 
 
1860- Finalmente, surgem as primeiras regulamentações 
relativas à obrigatoriedade de apresentação de balanço e outros 
documentos, além da exigência de autorização para 
funcionamento das seguradoras. 
 
1895- As empresas estrangeiras também passam a ser 
efetivamente supervisionadas, com base em legislação nacional. 
1901- Normas e instituições sucederam-se ao longo das 
décadas, até que, em 1901, é editado o Regulamento Murtinho 
(Decreto 4.270), pelo qual é criada a Superintendência Geral de 
Seguros, subordinada ao Ministério da Fazenda, com a missão 
de estender a fiscalização a todas as seguradoras que operavam 
no país. 
 
1940- A efetiva instalação do IRB2 — Instituto de Resseguros do 
Brasil —, entidade criada, em 1932, em um contexto 
cerradamente estimulado por aspirações nacionalistas, e 
destinada a ser instrumento estatal de ordenação econômica. 
Tinha como proposta política a proteção do mercado brasileiro 
contra a presença então dominadora das companhias 
estrangeiras, e como desafios operacionais a regulação do 
resseguro e o fomento às operações de seguros em geral. 
Objetivos atingidos, graças acima de tudo à qualidade e 
competência dos quadros técnicos formados pelo próprio IRB, 
que se tornaria um celeiro de talentos para o mercado. (PINTO, 
2006) Com o passar do tempo, entretanto, seu modelo 
monopolista e centralizador começaram a dar mostras de 
esgotamento, e de já não atender plenamente às novas 
exigências do mercado. Idealizado para ser fundamentalmente 
uma instituição ocupada com o resseguro, o IRB vinha 
ultrapassando os limites de suas funções originárias. 
Paulatinamente, ia assumindo um caráter de órgão fiscalizador, 
exorbitando de suas funções, em uma anomalia institucional que 
feria sua verdadeira missão de resseguradora. E, 
paradoxalmente, idealizado para estimular o fortalecimento das 
seguradoras brasileiras, o IRB acabaria por afrontar os objetivos 
que haviam orientado sua criação, chegando a inibir a 
criatividade e a livre concorrência entre as empresas do setor. 
 
1966- Com a edição do Decreto-lei 73, o governo instituiu o 
Sistema Nacional de Seguros Privados, criando a 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), órgão 
controlador e fiscalizador da constituição e do funcionamento das 
sociedades seguradoras entidades abertas de previdência 
privada. Dotada de poderes para apurar a responsabilidade e 
apenar corretores de seguros que atuem culposa ou dolosamente 
em prejuízo das seguradoras ou do mercado, a SUSEP assume, 
pela primeira vez no Brasil, a tutela direta dos interesses dos 
consumidores de seguros. O IRB, que até então praticamente 
exercera funções hegemônicas na definição dos modos de 
operação de seguros no Brasil, passa a dividir com a SUSEP 
algumas atribuições que, embora distintas nos termos da 
legislação, por quase duas décadas acabaram se superpondo em 
importantes aspectos. 
 
1895- Mas a partir desse ano, a SUSEP dá início a uma fase de 
profundas transformações, que começavam por sua 
reorganização interna, pondo fim à cultura burocratizante e 
paternalista que até então marcara sua atuação, e culminavam 
na definitiva conformação e público reconhecimento de sua 
identidade institucional. (PINTO, 2006) Assumindo na plenitude 
suas funções de reguladora do mercado segurador, a SUSEP: 
• implanta o sistema de audiência pública e aberta a todos os 
segmentos, para a formulação de medidas gerais e tomada de 
decisões; 
• promove a desregulamentação gradual da atividade seguradora, 
e atendendo a expresso desejo das empresas, que pediam mais 
liberdade para suas operações, dá autonomia à criação de 
produtos; 
• estimula a formação de empresas regionais; 
• modifica os critérios e requisitos para aplicação de reservas 
técnicas em ativos mobiliários; 
• acaba com a exigência de carta-patente para o funcionamento 
das seguradoras; 
• e, para enfrentar a realidade da inflação que corroía valores 
segurados, promove a indexação dos contratos, que passam a 
ser atualizados com base na correção monetária. (PINTO, 2006) 
Estavam criadas as condições de liberdade e realismo contratual, 
que possibilitariam o crescimento do mercado em um ambiente 
de justa e desejável concorrência. 
 
1988- No processo de discussão da proposta de texto 
constitucional, as empresas seguradoras acabaram por conseguir 
alguns avanços discretos. Tinham atuado, na constituinte, de 
modo pouco articulado e excessivamente cauteloso, limitando-se 
quase que ao papel de observadoras, divididas quanto às 
questões que lhes eram essenciais, mas assim mesmo o seguro,a capitalização e a previdência privada haviam adquirido novo 
status. 
 
Nos termos do Art. 21, item VIII, da Constituição Federal tinha 
ultrapassado os limites estritos da seguridade e evoluído para o 
de investidores institucionais, passando a integrar o sistema 
financeiro nacional, ao lado das demais instituições que, desde 
então, aguardam a regulamentação de suas atividades, previstas 
no art.192 da Constituição. 
 
1992- Em cerimônia de posse de sua presidência, a Fenaseg dá 
publicidade a uma declaração de princípios norteadores da 
atividade seguradora, a Carta de Brasília. Primeira manifestação 
conjunta e consensual das empresas de seguro, publicamente 
apresentada como plataforma de demandas e propostas ao 
Governo, a Carta se construía em torno de três princípios: 
• compromisso com a economia de mercado e a livre competição; 
• responsabilidade econômica e social do setor de seguros diante 
dos agentes produtivos e da população brasileira; 
• e opção pela modernidade que se baseia na experiência do 
próprio mercado, cuja voz deve ser mais ouvida. 
Como propostas de mudanças, a Carta enfatizava a necessidade 
da ampliação da imagem pública do seguro, a 
desregulamentação do setor, a colaboração com o Governo em 
assuntos e operacionalização da previdência no Brasil, a 
desestatização do seguro de acidente de trabalho, e maior 
liberdade na operação do seguro-saúde. 
Dois meses após a Carta de Brasília, em uma ação conjunta do 
IRB, SUSEP e Secretaria de Política Econômica, é lançado um 
Plano Diretor do Sistema de Seguros, Capitalização e 
Previdência Complementar. Esse documento reafirmava a 
importância da desregulamentação do setor, e apresentava 
propostas de modernização da atividade seguradora: 
• política de liberação de tarifas, 
• controle de solvência das empresas, 
• abertura do setor ao capital estrangeiro, 
• redefinição do papel do corretor, 
• reestruturação do IRB com a gradual redução do monopólio do 
resseguro até sua final extinção, 
• retorno do seguro de acidente de trabalho ao setor privado, e 
• regulamentação de novas modalidades de seguros, como o de 
crédito agrícola e crédito à exportação. (PINTO, 2006) 
 
1996- Repercutindo as propostas constantes da Carta de Brasília 
e do Plano Diretor do Sistema de Seguros, Capitalização e 
Previdência Complementar, duas importantes medidas, de 
natureza legal e administrativa, marcam a história do seguro no 
Brasil no ano de 1996: a liberação da entrada de empresas 
estrangeiras no mercado, e a quebra do monopólio ressegurador 
do IRB. A primeira consubstanciada em um parecer da Advocacia 
Geral da União, em resposta à consulta do Ministro da Fazenda 
sobre a possibilidade de autorização para o funcionamento de 
empresa seguradora estrangeira nos ramos vida/previdência. 
Decidindo pela inconstitucionalidade da Resolução CNSP nº 
14/86, que impedia que o capital estrangeiro participasse com 
mais de 50% do capital ou 1/3 das ações de seguradora 
brasileira, o Parecer GO-104 foi o respaldo legal para que, 
imediatamente, mais de 20 empresas estrangeiras entrassem no 
Brasil a partir de junho de 1996. 
A segunda medida consta da Emenda nº 13 feita à Constituição 
Federal, e recebeu declarado acolhimento pelo Governo e apoio 
da Fenaseg, ao pôr fim ao monopólio do resseguro pelo IRB, e ao 
dar nova redação ao Art. 192, item II do texto constitucional. 
(PINTO, 2006) 
 
1998- Essa abertura do mercado brasileiro às seguradoras 
estrangeiras mantém estrita sintonia com a tendência de 
globalização dos mercados, que nos últimos anos vem ocorrendo 
em escala planetária. Trata-se de um processo que induz à 
quebra das barreiras e dos isolamentos geográficos, e ao 
surgimento de um novo quadro de relações produtivas, em que o 
capital a cada dia torna-se menos político e mais financeiro que 
nunca. E o Brasil, pelo porte de sua economia, desponta com 
irresistível apelo aos capitais globalizados, e tem sabido 
aproveitar essa vantagem conjuntural: somente em 1998 o país 
recebeu mais de U$ 28,7 bilhões em investimentos estrangeiros 
diretos. É relevante destacar que os efeitos da abertura do 
mercado segurador ao capital externo foram percebidos já em 
1996 e 1997, anos marcos por acentuada movimentação 
institucionais e inúmeros processos de fusões de seguradoras 
brasileiras e estrangeiras. (PINTO, 2006) Como consequência, a 
participação dessas empresas no total de prêmios arrecadados 
no Brasil, que em 1994 representava apenas 4,16%, sobe para 
6,33% em 1996, 17,94% em 1997, e 21,12% no primeiro 
semestre de 1998. (PINTO, 2006) 
 
 
 
Composição do Sistema Nacional de Seguros Privados 
 
De acordo com Souza (2007), o Sistema Nacional de Seguros 
Privados é composto por cinco grupos, conforme figura 1: 
Figura 1. A estrutura do mercado segurador brasileiro 
 
De acordo com a figura 1, os cinco grupos que formam o Sistema 
Nacional de Seguros privados são: 
• Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); 
• Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); 
• IRB Brasil Resseguros S.A.; 
• Sociedades seguradoras autorizadas e 
• os corretores habilitados; 
Na Figura 1, pode-se observar como funciona o esquema de 
subordinação do sistema. A função de cada um destes 
participantes serão conhecidas nesta aula. 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 
O CNSP é o órgão máximo do setor de seguros, responsável 
pela fixação de diretrizes e normas da política de seguros e 
resseguros, regulando e fiscalizando a orientação básica e o 
funcionamento dos componentes do sistema. (SOUZA, 2007) 
Figura 2. A estrutura do mercado segurador brasileiro. 
 
Conforme apresenta a Figura 2, o CNSP é formado pelo ministro 
da Fazenda (como presidente) e representantes advindos de 
ministérios públicos, outros órgãos do setor (por exemplo, da 
presidência da SUSEP) e do sistema privado (nomeados pelo 
presidente da República). 
Conforme a SUSEP (2016), ao fixar as diretrizes e normas das 
políticas de seguros, o CNSP tem por objetivos: 
• promover a expansão do mercado em conformidade com o 
crescimento do país; 
• buscar reciprocidade nas operações, condicionamento a 
autorização para o funcionamento das empresas estrangeiras à 
igualdade de condições no país de origem; 
• coordenar a política de seguros com a política de investimento 
do Governo Federal; 
• preservar a liquidez e a solvência das sociedades seguradoras. 
Outras atribuições do CNSP também incluem: 
A regulamentação da constituição, da organização, do 
funcionamento, da fiscalização e da aplicação das penalidades 
previstas das empresas, organizações e pessoas envolvidas no 
sistema nacional de seguros privados. 
A fixação das características gerais dos contratos de seguro, 
previdência privada aberta, capitalização e resseguro; a 
fiscalização da corretagem do mercado e da profissão de corretor 
(Susep). 
 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) 
 
A SUSEP é o órgão governamental de atuação colegiada e 
competência normativa responsável pelo controle e fiscalização 
dos mercados de seguro, previdência privada aberta, 
capitalização e resseguros. (SOUZA, 2007) 
A SUSEP tem por missão "atuar na regulação, supervisão, 
fiscalização e incentivo das atividades de seguros, 
previdência complementar aberta e capitalização, de forma 
ágil, eficiente, ética e transparente, protegendo os direitos 
dos consumidores e os interesses da sociedade em geral." 
As atribuições da SUSEP são: 
• Fiscalizar o mercado segurador, na qualidade de executora 
da política traçada pelo CNPSP. 
• Autorizar as empresas a atuar no mercado. 
• Se uma empresa aproximar-se dos limites máximos 
estabelecidos, a SUSEP propõe uma reformulação da 
política, a ser executada em 90 dias. 
• Aplicar penalidades. 
• Administrar a massa liquidante. 
• Proteger a captação de poupança popular. 
• Promover o aperfeiçoamento das instituições. 
• Zelar peça liquidez e solvência das sciedades que integram 
o mercado. (SUSEP, 2016, ONLINE) 
É a SUSEP quem: 
• Zela pela defesados interessados dos consumidores. 
• Esclarecer as dúvidas dos consumidores e receber e 
encaminha as reclamações por eles realizadas. A maioria 
delas é relativa ao ramo de automóveis. 
• Zela pela liquidez e solvência das sociedades que o 
integram o mercado, 
• Disciplina e acompanha os investimentos daquelas 
entidades, em especial os efetuados em bens garantidores 
de provisões técnicas de cumprir e fazer cumprir as 
deliberações do CNSP. 
Observe que o julgamento dos recursos contra as decisões 
da Susep é feito pelo CNSP. 
 
IRB — BRASIL Re 
 
Para compreender o que vem a ser um resseguro, reflita as 
seguintes situações: 
Quanto vale um satélite, um complexo industrial ou uma plataforma 
de petróleo? 
Que empresa poderia se responsabilizar pelo sinistro de um ou 
mesmo vários desses bens simultaneamente? 
 
Para responder e solucionar essas questões é que existe o 
resseguro. 
Para Garcia (2016), o resseguro é o seguro do seguro, ou seja, 
com o fito de diminuir sua responsabilidade na aceitação de um 
risco considerado excessivo ou perigoso (ultrapasse o limite 
técnico), repassa a outro segurador a responsabilidade pelo 
seguro; O resseguro é uma prática comum, feita em todo o 
mundo, como forma de mitigar o risco, preservar a estabilidade 
das companhias seguradoras e garantir a liquidação do sinistro 
ao segurado. 
A origem do resseguro é ligada aos enormes prejuízos que as 
seguradoras vinham tendo em razão do crescente onda de 
incêndios causado pelo fato de, antigamente, o maioria dos casas 
e edificações serem de madeira. (GARCIA, 2016) 
1939- Criado o IRB Brasil Resseguros S.A., no governo Vargas, a 
medida visava reter maior volume de negócios em nossa 
economia. (PINTO, 2006) 
 
1946- Fundada a primeira empresa exclusiva de resseguro, a 
alemã Koelner Rucklier sicherungs-gesellschaft. 
 
1996- Quebra do monopólio de resseguro no Brasil, que era 
exclusivo do IRB. 
 
1997- O IRB foi transformado em IRB-Brasil Re, com ações 
preferenciais para as 127 seguradoras que atuavam no Brasil. 
 
Quando o IRB era o operador único de resseguro no Brasil, ele 
acabava assumindo também funções normativas no mercado, em 
termos de obrigatoriedade de consulta das seguradoras, de 
resseguro, cosseguro ou retrocessão. 
As operações do IRB no mercado têm a garantia de seu capital e 
reservas e, subsidiariamente, a garantia do governo. 
De acordo com a SUSEP (2016), as principais atribuições do IRB 
são: 
 Fiscalizar o resseguro obrigatório e facultativo do país ou exterior. 
 Organizar e administrar consórcios. 
 Proceder a liquidação de sinistros e distribuir pelas seguradoras a parte dos resseguros que não 
 retiver e colocar no exterior as responsabilidades excedentes da capacidade do mercado segurador Interno. 
 
Atualmente, o IRB-Brasil Re é a maior resseguradora da 
América Latina. 
 
Sociedades Seguradoras, Sociedades de Capitalização 
e Sociedade de Previdência Privada 
 
Sociedades seguradoras: 
• são entidades jurídicas que, por meio dos recursos dos prêmios 
cobrados dos segurados, comprometem-se a indenizá-los no 
caso de ocorrer o evento contra o qual se seguraram. 
• são empresas que administram riscos, com obrigações de pagar 
indenizações se ocorrerem perdas e danos nos bens segurados; 
• atuam nos ramos de vida e não vida (bens e direitos), têm suas 
atividades controladas pelo CNSP e fiscalizada pela SUSEP; 
• a autorização para funcionamento será concedida através de 
Portaria do Ministro da Indústria e do Comércio, mediante 
requerimento firmado pelos incorporadores, dirigido ao CNSP e 
apresentado por intermédio da SUSEP; 
• não poderão requerer concordata e não estão sujeitas à 
falência, salvo, neste último caso, se decretada a liquidação 
extrajudicial, o ativo não for suficiente para o • pagamento de pelo 
menos a metade dos credores quirografários, ou quando houver 
fundados indícios da ocorrência de crime falimentar; 
• são entidades jurídicas que, por meio dos recursos dos prêmios 
cobrados dos segurados, comprometem-se a indenizá-los no 
caso de ocorrer o evento contra o qual se seguraram; 
• Devem ter autorização para funcionamento concedida por 
Portaria do Ministro da Fazenda e não estão sujeitas à falência 
nem poderão impetrar concordata. 
Figura 3 – Principais áreas de uma seguradora 
 
A área comercial tem como função vender o seguro, pois 
somente após a venda a apólice poderá ser emitida. 
O underwriting trata do processo de aceitar ou rejeitar riscos, fixar 
taxas a serem cobradas de acordo com o risco e os objetivos de 
lucro da entidade. Já o departamento de indenizações (sinistros) 
cuida dos processos de regulação e liquidação de sinistros. 
O underwriting envolve o risco financeiro (ou de crédito) consiste 
na avaliação do fluxo de caixa da seguradora e do seu 
endividamento. 
Já o risco moral consiste na avaliação da boa-fé dos segurados e 
seu comportamento frente à contratação do seguro. E o risco 
técnico (ou subscrição) consiste na avaliação do perfil do 
segurado e do bem a ser garantido, frente às coberturas e 
garantias contratadas. 
O Departamento de Atuária e Estatística é responsável por 
calcular as taxas (seguros, níveis de comissões, reservas de 
prêmios não ganhos), e preparar relatório anuais, além de 
eventuais estudos de viabilidade econômica para grandes 
negócios que possam envolver altos níveis de riscos. 
Também auxilia no desenvolvimento de novos produtos. 
Já o Departamento de Contabilidade tem como objetivo fornecer 
e controlar as informações de modo a assegurar a otimização de 
resultados da empresa. Este departamento, muitas vezes, 
trabalha subordinado à Controladoria. 
Sociedade de Capitalização: 
• A primeira empresa de capitalização do Brasil foi fundada em 
1929, chamada de "Sul América Capitalização S.A". Entretanto, 
somente 3 anos mais tarde, em 10 de março de 1932, é que foi 
oficializada a autorização para funcionamento das sociedades de 
capitalização através do Decreto n° 21.143, posteriormente 
regulamentado pelo Decreto n° 22.456, de 10 de fevereiro de 
1933, também sob o controle da Inspetoria de Seguros. 
 
O parágrafo único, do artigo 1, do referido Decreto definia: "As 
únicas sociedades que poderão usar o nome de "capitalização" 
serão as que, autorizadas pelo Governo, tiverem por objetivo 
oferecer ao público, de acordo com planos aprovados pela 
Inspetoria de Seguros, a constituição de um capital mínimo 
perfeitamente determinado em cada plano e pago em moeda 
corrente, em um prazo máximo indicado no dito plano, à pessoa 
que subscrever ou possuir um título, segundo cláusulas e regras 
aprovadas e mencionadas no mesmo título". 
 
• Uma sociedade de capitalização é a combinação de economia 
programada (poupança) e sorteios e apresenta basicamente as 
seguintes características: prêmio, cota de sorteio, cota de 
carregamento, provisão matemática, sorteios, prazo de vigência e 
carência para resgate. 
Então, R$75,00 serão destinados para compor o capital, R$15,00 
serão destinados para o custeio dos sorteios e R$10,00 serão 
destinados à Sociedade de Capitalização. 
Exemplos de alguns títulos de capitalização: 
• TC — HSBC Capitalização; 
• Pé Quente Bradesco — Bradesco Capitalização; 
• OuroCap — Banco do Brasil; 
• Super X Cap — Caixa Econômica Federal 
Sociedade de Previdência Privada: 
Conforme Garcia (2016), existem dois tipos de entidades que 
operam com Previdência Privada: 
• Entidades Abertas: com fins lucrativos, mantidas por meio de 
contribuições dos participantes; 
• Entidades Fechadas: sem fins lucrativos, com forma jurídica de 
associação civil ou fundação restrita a determinado grupo de 
trabalhadores ou empresas. 
 
Estas entidades serão analisadas nas próximas aulas. 
 
 
Corretor de SegurosPode ser pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a angariar e promover 
 contratos de seguro entre as Sociedades Seguradoras e as pessoas físicas ou jurídicas de Direito 
 Privado. 
 É ele também quem orientará o segurado sobre o melhor tipo de contrato de seguro, dentro da gama 
de de produtos oferecidos pelas empresas, esclarecendo dúvidas, por exemplo, sobre coberturas, 
carênc carências, validade, e atendendo às necessidades de seu representado; (SOUZA, 2007) 
 É o profissional liberal sem vínculos com a seguradora que defende os interesses do segurado diante 
da segurad da seguradora, recebendo comissão de corretagem. (PINTO, 2006) 
 A contratação do seguro, por meio de um corretor, ocorre quando o segurado, desejando contratar um 
seguro, recorre a um seguro, recorre a um profissional, solicitando a ele que estude sua necessidade e selecione os melhores planos para ele, 
com as coberturas m planos para ele, comas coberturas mais adequadas e o menor custo. 
 Assim, o corretor não é um simples vendedor ou intermediário e sim um verdadeiro consultor. 
 O corretor de seguros é como o médico da família: pode ser chamado a qualquer hora do dia ou da 
noite, no caso de um noite, no caso de uma emergência. É ele quem exigirá da seguradora os direitos do segurado e cuidará dos procedimentos 
necessários em caso dos procedimentos necessários em caso de sinistro. 
 Como o corretor opera com várias seguradoras, ele deve estar sempre atualizado das novidades na 
área e das vantagens área e das vantagens e desvantagens de cada tipo de seguro e empresa. Avalia a melhor relação custo 
X benefício para o cl X benefício para o cliente (cobertura mais ampla pelo menor preço). 
No Brasil, as seguradoras só podem receber propostas de seguro 
por intermédio de corretores legalmente habilitados, ou, então, 
diretamente dos proponentes ou dos seus legítimos 
representantes. (SOUZA , 2007) 
O exercício da profissão, de corretor de seguros depende de 
prévia habilitação e registro (na SUSEP, mediante prova de 
capacidade técnico-profissional). 
Falando de Responsabilidade Civil, o artigo 723 dispõe sobre o 
respectivo tema, tendo sua redação original alterada pela Lei 
12.236/2010, na seguinte redação: 
“O corretor é obrigado a executar a mediação com diligência e 
prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, todas as 
informações sobre o andamento do negócio. 
Parágrafo único. Sob pena de responder por perdas e danos, o 
corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca 
da segurança ou do risco do negócio, das alterações de 
valores e de outros fatores que possam influir nos resultados 
da incumbência.” 
Dos Corretores de Seguros (Decreto-lei nº 296, de 1967) 
• O comissionamento de intermediação é obrigatório. O corretor 
deve ser remunerado toda vez que o resultado previsto no 
contrato de mediação de seguros for alcançado, a não ser em 
casos de comprovada inércia ou ociosidade do profissional. 
 
• O corretor é legalmente autorizado a organizar e promover 
contratos de seguros. 
Para Souza (2007), a corretagem de seguros é a intermediação 
feita por profissionais habilitados na colocação de seguros, 
mediante o recebimento de uma comissão percentual sobre o 
prêmio auferido pela seguradora. É vedado aos corretores: 
 
a) aceitar ou exercer emprego de pessoa jurídica de Direito 
Público; 
 
b) manter relação de emprego ou de direção em Sociedade 
Seguradora. Cada organização gerencia seu papel nas cadeias 
de suprimentos e logísticas, de forma ampla, desde a negociação 
com os fornecedores até o recebimento da fatura dos produtos 
entregues aos clientes, o que compreende: 
O corretor de seguros responderá civilmente perante os 
segurados e as Sociedades Seguradoras pelos prejuízos que 
causar, por omissão, imperícia ou negligência no exercício da 
profissão. 
 
O corretor de seguros estará sujeito às penalidades seguintes: 
a) multa; 
b) suspensão temporária do exercício da profissão; 
c) cancelamento do registro. 
Outras Entidades do Setor 
Há várias entidades que apóiam o Sistema de Seguros Privados 
brasileiro, dentre elas destacam-se: 
 
• Fenaseg; 
• Anapp; 
• Fenacor. 
 
Figura 4. Principais entidades que apóiam o Sistema de Seguros 
Privados Brasileiros 
 
• A Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de 
Capitalização (Fenaseg) é uma entidade brasileira que congrega 
as empresas do setor de seguros, tendo sido fundada em 1951 e 
é responsável pela divulgação do mercado de seguros e de seus 
participantes, realiza a defesa dos interesses da categoria e dos 
consumidores, promove a conciliação nos dissídios coletivos de 
trabalho e celebração de contratos, acordos e convenções 
coletivas e oferecimento de serviços de consultoria e assessoria 
para atender e orientar suas filiadas; 
• A Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp) agrega 
entidades de previdência privada no Brasil, agindo pelos seus 
interesses; 
• A Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) 
tem a função de coordenar os interesses da categoria econômica 
de Corretores de Seguros e Capitalização. 
 
 
Questão 1: Os corretores de seguros: 
têm de responder civilmente pelos prejuízos que causarem por 
omissão, imperícia ou negligência no exercício da profissão. 
devem habilitar seu registro perante ao CNSP por meio de 
prova de capacitação promovida pelo IRB. 
recebem comissão sobre seus serviços, cuja percentagem 
independe do ramo do seguro e da companhia seguradora. 
são profissionais de vendas vinculados às companhias 
seguradoras para comercializar exclusivamente os produtos da 
empresa contratante. 
são simples intermediários entre as seguradoras e os 
segurados, não sendo sua responsabilidade esclarecer dúvidas 
sobre carências, coberturas ou validade do contrato. 
 RES: A 
Questão 2: O mercado de seguros surgiu da necessidade que as 
pessoas e as empresas têm de se associar para suportar 
coletivamente suas perdas individuais. Foram criadas, então, as 
seguradoras, as corretoras de seguro, além de algumas 
instituições encarregadas não só de fixar normas e políticas, mas 
também de regular e fiscalizar esse mercado. Com o surgimento 
de tal necessidade, qual instituição foi criada para, além de 
fiscalizar as seguradoras e corretoras, também regulamentar as 
operações de seguro, fixando as condições da apólice e dos 
planos de operação e valores de tarifas? 
Seguradora Líder 
Câmara Especial de Seguros 
Superintendência dos Seguros Privados 
 
Conselho Nacional de Seguros Privados 
Instituto de Resseguros do Brasil 
 RES: C 
 
 
Questão3: O que compete, privativamente, ao Conselho 
Nacional de Seguros Privados, em relação às entidades de 
previdência privada? 
processar os pedidos de autorização para fins de constituição, 
funcionamento, fusão, incorporação, grupamento, transferência 
de controle e reforma dos estatutos das entidades abertas. 
estabelecer as normas gerais de contabilidade, atuária e 
estatística a serem observadas por essas entidades. 
proceder à liquidação das entidades abertas que tiverem 
cassada a autorização para funcionar no país. 
autorizar a movimentação e a liberação de bens e valores 
obrigatoriamente inscritos em garantia do capital, das reservas 
técnicas e dos fundos especiais das entidades abertas de 
previdência privada. 
proceder à inscrição dos corretores de planos previdenciários, 
de entidades abertas de previdência privada; fiscalizar suas 
atividades e aplicar as penas cabíveis. 
 RES: B 
Questão 4: O sistema de seguros privados vigente no Brasil tem 
como escopo oferecer garantias: 
para a velhice das pessoas. 
para eventos já ocorridos. 
para riscos deliberadamente assumidos. 
que permitam o exercício de atividades econômicas. 
que minorem perdas patrimoniais e/ou necessidades 
derivadas de riscos predeterminados. 
 RES: E 
 
 
 
 
Questão 5: (ESAF-2010) Analisando as sentenças abaixo e 
indicando por V (verdadeira) e por F (falsa), indique a opção 
correta correspondente, considerando o seguinte texto: 
 
A figura de underwriting, ou seja, na subscrição dos riscos temos 
os seguintes itens de análise: risco técnico; risco financeiro; risco 
moral; e risco jurídico. Com base nessa figura, é correto: 
 
I. o risco financeiro (ou de crédito) consiste na avaliação do fluxo 
de caixa da seguradora e do seu capital de garantia - margem de 
solvência. 
 
II. o risco moral consiste na avaliação da boa-fé dos segurados e 
seu comportamento frente à contratação do seguro. 
 
III. o risco técnico (ou subscrição) consiste na avaliação do perfil 
do segurado e do bem a ser garantido, frente às coberturas e 
garantias contratadas. 
F V V 
V F V 
V V F 
F F V 
F F F 
 RES: A

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