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RELATÓRIO BLOCOS CERÂMICOS Materiais de Construção Civil – Agregados e Aglomerados Prof.: Ítalo Vale Monte Júnior Turma: 4° Série Nome: Kelvin Anacleto Lacerda MAT.: 202009555 Natal/RN, 23 de novembro de 2021 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………….….. 03 2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS .............................................................................05 2.1 MATERIAIS NECESSÁRIOS ..............................................................................08 2.2 PROCEDIMENTOS……………………………………………………………..…….08 2.2.1 Amostra………………………………………………………………………...…….08 2.2.2 Inspeção Geral………………………………………………………………………09 2.2.3 Características Geométricas………………………………………….……....…...09 2.2.4 Índice de absorção de água - AA%................................................................09 2.2.5 Recapeamento no corpo de prova………………………………………………...10 2.3 CÁLCULO...........................................................................................................10 2.4 RESULTADOS E AVALIAÇÃO……………………………………………...……….13 3. CONCLUSÃO ....................................................................................................15 4. REFERÊNCIAS .................................................................................................15 2 1. INTRODUÇÃO A utilização de um bloco cerâmico de fato é fundamental para uma construção civil sendo ela residencial ou comercial, predial ou industrial e nesse caso é usado dois tipos de blocos, o de vedação e o bloco cerâmico estrutural. Blocos cerâmicos de vedação são alvenaria internas ou externas considerando apenas seu próprio peso para suportar a alvenaria contida usando especificamente os furos na horizontal, podendo também ser reproduzido com furos na vertical como mostra na imagem abaixo (figura 1 e 2). Figura 1 — Bloco cerâmico de vedação com furos na horizontal. Figura 2 — Bloco cerâmico de vedação com furos na vertical. Já o bloco estrutural tem seus furos perpendiculares, ou seja, com os furos na vertical, com sua alvenaria da qual suas paredes são maciças na parte externa e na parte interna são vazadas ou maciças (figura 3 e 4). 3 Figura 3 — Bloco cerâmico estrutural com paredes maciças (com paredes internas maciças). Figura 4 — Bloco cerâmico estrutural com paredes maciças (com paredes internas vazadas) Para que seja realizado um ensaio temos que seguir alguns passos pertinentes a ABNT, ou seja, averiguar a qualidade dos blocos cerâmicos de vedação estudando a relação de fatores específicos das normas da ABNT NBR 15270-1/2005, seguindo a metodologia de teste que está incluída à NBR 15270-3/05. 4 2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS De acordo com a (NBR 15270-1/05) teremos algumas definições pertinentes, abaixo: ● Amostra: Conjunto de blocos retirados aleatoriamente de um lote para determinação de suas propriedades geométricas, físicas ou mecânicas. ● Áreas argamassadas: Área da seção correspondente à área ocupada pela argamassa de assentamento. ● Áreas bruta (Ab): Área da seção de assentamento delimitada pelas arestas do bloco, sem desconto das áreas dos furos, quando houver. ● Áreas líquidas (Aliq): Área da seção de assentamento, delimitada pelas arestas do bloco, com desconto das áreas dos furos, quando houver. ● Blocos cerâmicos de vedação: Componente da alvenaria de vedação que possui furos prismáticos perpendiculares às faces que os contêm. ● Blocos principal: Bloco mais usado na elevação das paredes, pertencente a uma família de blocos cerâmicos, cujo comprimento é um múltiplo do módulo dimensional M menos 1 cm. ● Blocos de amarração: Bloco com características que permitem a amarração das paredes entre si, sem interferir na modulação. ● Canaletas J: Componente com seção em forma de J, sem paredes transversais. ● Canaletas U: Componente com seção em forma de U, sem paredes transversais, que permite a construção de cintas de amarração, vergas e contravergas. ● Componentes complementares: Blocos ou outros componentes cerâmicos que integram as alvenarias com função específica. ● Contraprova: Corpos-de-prova da mesma amostra original, reservados para eventuais confirmações de resultados de ensaios. ● Corpo-de-prova: Exemplar do bloco principal, integrante da amostra, para ensaio. ● Desvio em relação ao esquadro (D): Ângulo formado entre o plano de assentamento do bloco e sua face. Fenômeno medido pela distância D, conforme indicado nas (figura 5 e 6). 5 Figura 5 — Desvio em relação ao esquadro - Representação esquemática em bloco com furos na horizontal. Figura 6 — Desvio em relação ao esquadro - Representação esquemática em bloco com furos na vertical. ● Dimensões efetivas: Valores dimensionais dos blocos obtidos segundo a ABNT NBR 15270-3. ● Módulo dimensional: O módulo dimensional é M = 10 cm. Podem ser usados também os submódulos M/2 ou M/4. ● Dimensões de fabricação: Valores da largura (L), altura (H) e comprimento (C), que identificam um bloco, correspondentes a múltiplos e submúltiplos do módulo dimensional M menos 1 cm. ● Família de blocos cerâmicos: Conjunto de componentes necessários para a construção das alvenarias e suas amarrações, que tem como característica comum a mesma largura. ● Lote de fabricação: Conjunto de blocos do mesmo tipo, qualidade e marca, fabricados nas mesmas condições. ● Lote de fornecimento: Conjunto de blocos constituintes de um pedido, podendo ser entregue em vários carregamentos. ● Parede externa do bloco: Elemento laminar externo do bloco. ● Parede vazada do bloco: Parede composta por elementos laminares e vazados (ver figura 2). ● Planeza das faces ou flecha (F): Presença de concavidades ou convexidades, manifestada nas faces dos blocos. Fenômeno medido pela distância (F) conforme indicado nas (figuras 7 a 10). 6 Figura 7 — Planeza das faces - Representação esquemática de desvio côncavo em bloco com furos na horizontal. Figura 8 — Planeza das faces - Representação esquemática de desvio côncavo em bloco com furos na vertical. Figura 9 — Planeza das faces - Representação esquemática de desvio convexo em bloco com furos na horizontal. Figura 10 — Planeza das faces - Representação esquemática de desvio convexo em bloco com furos na vertical. ● Ranhuras: Friso na superfície das paredes externas ou dos septos. ● Rebarba: Material remanescente da operação de corte de um bloco, facilmente removível. ● Septos: Elemento laminar que divide os vazados do bloco. ● Variação dimensional: Diferença entre os valores das dimensões de fabricação e efetiva, obtida de medições individuais, segundo a ABNT NBR 15270-3. 7 2.1 MATERIAIS NECESSÁRIOS. Para realiza um ensaio de compressão é necessário a utilização de alguns equipamentos tipo: ● Paquímetro; ● Balança; ● Estufa; ● Prensa; ● Tanque com água; ● Pasta de cimento; ● Amostra do lote de tijolos que será analisado. 2.2 PROCEDIMENTOS 2.2.1 Amostra Para que seja executado o ensaio temos no Laboratório Virtual três tipos de blocos: Bloco cerâmico de vedação com furos na horizontal (Figura 1), bloco de tijolo maciço em suros (Figura 11) e bloco de tijolo laminado (Figura 12). Figura 11— bloco de tijolo maciço; Figura 12 — bloco de tijolo laminado; Em um lote por exemplo de 1 mil blocos são separados 13 blocos considerando como amostra para o ensaio de resistência à compressão. 8 2.2.2 Inspeção Geral Após a separação dos 13 blocos é realizada a inspeção geral que é a identificação conforme os requisitos da norma e se pelo menos um dos corpos de prova apresenta algum tipo de irregularidade todo o lote será descartado, ou seja, rejeitado. 2.2.3 Características Geométricas Conforme o ensaio realizado no Laboratório Virtual determina-se que dos 13 blocos seja averiguado 1 de cada vez, ou seja colocado sobre uma superfície plana dita como bancada próximo ao paquímetro, para que seja feita a medição das faces com o uso do paquímetro, isto é, os valores de largura (L), altura (H) e comprimento (C) como mostra nas imagens (Figura 13, 14 e 15). Figura 13— Medição do comprimento (C). Figura 14— Mediçãoda altura (H). Figura 15— Medição da largura (L). 2.2.4 Índice de absorção de água - AA%. Após ter verificado toda preparação inicial e averiguado as características geométricas, temos as seguintes determinações a seguir: ● Determinação da massa seca (ms): O corpo de prova é levado até a balança para que seja pesado assim obtendo o valor de massa seca (ms) dada em gramas (g). 9 ● Determinação da massa úmida (mu): Após especificação da massa seca (ms), o corpo de prova é levado até um recipiente de dimensões adequadas cheio de água à temperatura ambiente em que seu volume seja suficiente para mantê-lo totalmente imersos pôr a aproximadamente 24 horas, após retirar o bloco do recipiente é levado até a balança para obter o valor da massa úmida (mu) dada em gramas (g). ● Determinação do índice de Absorção d’água (AA): Logo após obter os valores de cada bloco referente a sua massa seca (ms) e a massa úmida (mu), determina-se que o índice de absorção de água (AA) de cada corpo de prova é dado pela a expressão: Sendo que (mu) e (ms) retrata a massa úmida e a massa seca de casa bloco onde estão respectivamente, expressas em gramas, assim dando o resultado de Índice de Absorção d’água (AA). 2.2.5 Recapeamento no corpo de prova. Após os passos anteriores é realizado um capeamento com massa de cimento conforme mostrado no Laboratório Virtual, após feito o recapeamento observa-se que se o corpo de prova estiver totalmente seco é necessário que mergulhe o mesmo no recipiente com água e que permaneça durante 6 horas para que seja executado o ensaio de compressão. 2.3 CÁLCULOS. Conforme apresentado no Laboratório Virtual o corpo de prova escolhido para o ensaio foi o Bloco cerâmico de vedação com furos na horizontal, dentre os 13 blocos foi realizado a medição das características geométricas de cada corpo de prova seguindo o procedimento como mostra nas (Figura 13, 14 e 15). 10 TIPO CP Dimensões (mm) (C) (H) (L) TIJOLO FURADO 1 290,7 190,0 119,1 2 290,1 191,2 119,1 3 289,8 190,2 119,2 4 289,9 189,2 119,2 5 289,7 188,0 120,6 6 290,4 188,4 118,2 7 289,9 189,2 120,0 8 290,5 188,3 119,3 9 290,4 189,3 119,4 10 289,2 190,6 118,8 11 290,3 188,4 119,3 12 289,9 189,0 118,7 13 290,0 180,0 119,2 Média Após ter colhido todas as características geométricas do corpo de prova, seguimos com o ensaio de Índice de Absorção de Água - AA%, levando o bloco até a balança para obter os valores, ou seja, à determinação da massa seca (ms) dada em gramas (g). Após o término, o corpo de prova é levado até o recipiente com água para que seja feita absorção da água, e em seguida levado até a balança para que obtenha os valores da determinação da massa úmida (mu) dada em gramas. TIPO CP Massa (g) AA (%) (MS) (MU) TIJOLO FURADO 1 3882,2 4451,2 14,66 2 3891,6 4506,1 15,79 3 3894,7 4440,6 14,02 4 3861,7 4474,1 15,86 5 3820,2 4488,5 17,49 6 3857,5 4418,4 14,54 7 3826,5 4494,8 17,47 8 3898,7 4469,7 14,65 9 3888,4 4458,9 14,67 10 3900,9 4466,8 14,51 11 3890,6 4484,7 15,27 12 3888,3 4457,2 14,63 13 3824,2 4482,6 17,22 Média 15,44 11 Com os valores já coletados, prosseguimos com o cálculo da fórmula, para que se obtenham os resultados do Índice de Absorção de Água - AA%. Logo em seguida é executado o capeamento para que seja efetuado o ensaio de compressão como já foi dito no tópico de Recapeamento no Corpo de Prova. Ao realizar o ensaio, é necessário que se observe o momento em que o corpo de prova chegue a seu limite final para que se obtenha os valores de sua resistência em kilonewton (KN). Para converter os valores da resistência à compressão, utilizaremos a equação: TIPO CP Dimensões (mm) Massa (g) AA (%) Ensaio de compressão C H L Seca Úmida Fc (KN) Rc (MPa) TIJOLO FURADO 1 290,7 190,0 119,1 3882,2 4451,2 14,66 97,90 2,828 2 290,1 191,2 119,1 3891,6 4506,1 15,79 97,94 2,835 3 289,8 190,2 119,2 3894,7 4440,6 14,02 97,97 2,836 4 289,9 189,2 119,2 3861,7 4474,1 15,86 97,99 2,836 5 289,7 188,0 120,6 3820,2 4488,5 17,49 99,19 2,839 6 290,4 188,4 118,2 3857,5 4418,4 14,54 97,32 2,835 7 289,9 189,2 120,0 3826,5 4494,8 17,47 98,65 2,836 8 290,5 188,3 119,3 3898,7 4469,7 14,65 98,32 2,837 9 290,4 189,3 119,4 3888,4 4458,9 14,67 98,33 2,836 10 289,2 190,6 118,8 3900,9 4466,8 14,51 97,48 2,837 11 290,3 188,4 119,3 3890,6 4484,7 15,27 98,24 2,837 12 289,9 189,0 118,7 3888,3 4457,2 14,63 97,61 2,837 13 290,0 189,0 119,2 3824,2 4482,6 17,22 98,02 2,837 Média 290,1 189,3 119,2 15,44 2,836 12 Após a definição da resistência à compressão determinada pelo o lote, é necessário que se adquira os valores da resistência para que seja feita uma análise, a partir de um cálculo pela seguinte fórmula: 2.4 RESULTADOS E AVALIAÇÃO: Os resultados de resistência (MPa) são colocados em ordem crescente para que seja feita a análise. CP (MPa) 1 2,828 2 2,835 3 2,835 4 2,836 5 2,836 6 2,836 7 2,836 8 2,836 9 2,837 10 2,837 11 2,837 12 2,837 13 2,839 Fb média 2,836 fbl, est = 2,832 i-1= 5 fbi = f (6). 2,836 Diante dos resultados apresentados acima, efetua a seguinte análise: 13 ● Analisar se o valor do fbk, est ≥ fbm, pois se o resultado for maior ou igual a fbm - (média de residência à compressão de todos os corpos de provas da amostra) é determinado que fbm seja a resistência do lote (fbk); fbl, est ≥ fbm 2,832 ≥ 2,832 Então o valor adotado como a resistência a compressão é fbm = 2,832. ● Analizar do valor de fbk, est < Ø × fb(1), onde se o valor de fbk, est for menor do que o resultado da equação, é determinado que a resistência a compressão seja o resultado da equação Ø × fb(1), os valores de equação Ø é dado pela tabela abaixo: Tabela de valores Ø: Blocos 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 ≥18 0,89 0,91 0,93 0,94 0,96 0,97 0,98 0,99 1,00 1,01 1,02 1,04 fbk, est < Ø × fb(1) 0,99 x 2,828 = 2,799 fbk, est < Ø × fb(1) 2,832 > 2,799 Diante do resultado apresentado o valor de fbk, est é maior que o resultado da equação, por tanto o valor da resistência à compressão do lote é fbm= 2,832, pois atende os parâmetros específicos, ou seja, o valor mínimo de fb MPA é 1,5. ● De acordo com o ensaio todos os blocos então de acordo com os limites estabelecidos do Índice de Absorção de Água - AA%, ou seja, entre (8% ≤ AA ≤ 25%). ● Os corpos de prova estão dentro das características geográficas atendendo as especificações das normas pertinentes, sendo assim os limites mínimos de especificação são, comprimento (C) 285mm, altura (H) 185mm e largura (L) 115 mm. 14 3. CONCLUSÃO O material estudado é a alvenaria mais utilizada para vedação na construção civil, e os procedimentos descritos neste relatório visam inspecionar as características básicas do bloco cerâmico no menor tempo e menor custo possível, sempre procurando a situação crítica. Isso condiz com a realidade de uma obra na qual sempre se busca a melhor relação custo benefício. Porém com esse experimento, pode-se perceber que as características colhidas atendem as normas de acordo com a ABNT. 4. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15270-1: Componentes cerâmicos Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação — Terminologia e requisitos. 1 ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2005. 11 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15270-3: Componentes cerâmicos Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação – Métodos de ensaio. 1 ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2005. 27 p. 15
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