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Correção da prova 2 Pergunta 1 A fisiopatologia da COVID-19 ainda não é totalmente compreendida; no entanto, detalhes estão surgindo. Estudos de autópsia têm demonstrado que alguns pacientes com doença grave podem desenvolver doença pulmonar fibrótica. https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/374 De acordo com os conhecimentos adquiridos sobre este tipo de fibrose pulmonar, é incorreto dizer que Alguns dos fatores de risco durante a infecção que facilitam o aparecimento de fibrose pulmonar são o uso de oxigênio suplementar, uso de ventilação mecânica e a ocorrência de superinfecção bacteriana. Na espirometria observa-se redução importante da CVF (capacidade vital forçada) e da DCO (difusão de monóxido de carbono). São sinais e sintomas comuns dispneia (pp no esforço), tosse e secreção purulenta. A cascata inflamatória leva ao surgimento de membrana hialina, lesões microvasculares e disfunção endotelial, o que vai progressivamente modificando o epitélio alveolar, favorecendo a deposição de matriz extracelular e de colágeno. O transplante de pulmão pode ser a única opção de tratamento para determinados pacientes. Pergunta 2 Uma doença ou condição obstrutiva tem como uma das principais características mecânicas a alta resistência pulmonar. A espirometria destes pacientes frequentemente apresenta queda do VEF1 e do índice de Tiffeneau (relação VEF1/CVF), podendo a CVF ser normal (padrão obstrutivo) ou reduzida (padrão obstrutivo com CVF reduzida). Na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) a obstrução ao fluxo aéreo geralmente não tem efeitos na função cardíaca, apenas nas trocas gasosas. Entretanto, consequências sistêmicas sobre a musculatura periférica e os ossos podem ocorrer. Tem efeitos sim na função cardíaca, a DPOC é uma doença sistêmica. A dilatação e o espessamento dos brônquios observados na bronquiectasia se devem à inflamação crônica causada pela resposta do hospedeiro à colonização dos microorganismos nas vias aéreas. Ta certa A asma apresenta-se como uma das doenças crônicas mais comuns, com alta morbidade e sobrecarga pessoal e social. Duas vias distintas, alérgicas e não alérgicas resultam em asma eosinofílica. Há também a asma neutrofílica, que é menos sensível ao tratamento com corticosteróides e mais associada a piora da função pulmonar (remodelamento). Ta certa É correto o que se afirma em II e III, apenas. I, apenas. I e III, apenas. I e II, apenas. I, II e III. Pergunta 3 A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neuromuscular. Trata-se de uma degeneração progressiva dos neurônios motores no cérebro e na medula espinhal o que leva à diminuição da força muscular. ● Paciente J.A.L., sexo masculino, 56 anos, casado, aposentado, reside em Betim. Tem diagnóstico clínico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) classe 8 e apneia do sono. ● Queixa principal: Falta de ar ao esforço (dificuldade em se movimentar na cadeira de rodas). ● História da doença atual: os sintomas iniciaram há 13 anos, inicialmente com dor no peito, e após 1 ano, começou a sentir "fisgadas" na perna esquerda e eventualmente, na direita também. No dia da avaliação disse que estava se sentido "bem, mas levemente cansado". ● História social: Tabagismo: Começou a fumar aos 10 anos de idade e parou de fumar há 18 anos (com 38 anos); Alcoolismo: Parou de beber há 18 anos; ● Hábitos de vida: Sedentário ● Medicamentos em uso: Marevan, furosemida, losartana, atenolol, sinvastatina, riluzol, insulina. ● Manifestações pulmonares primárias: Tosse pouco produtiva e pouco eficaz (devido a fraqueza muscular) Dispneia ocasionada por esforço (crônica) ● Inspeção estática: Sem sinais de edema, cicatriz e manchas no tórax. ● Inspeção Dinâmica: Tóraco-abdominal com utilização de musculatura acessória. ● Palpação: Flexibilidade torácica: reduzida, expansibilidade torácica: reduzida. Esforço respiratório: Leve ● Ausculta respiratória: Sons respiratórios diminuídos difusamente e sem ruídos adventícios. Considerando-se o que você estudou sobre as síndromes de hipoventilação e sobre a avaliação acima realizada neste paciente, é incorreto: A tosse pouco eficaz observada neste paciente pode ser consequência tanto da fraqueza dos músculos inspiratórios (provocando prejuízo na fase inspiratória), quanto dos músculos abdominais (provocando prejuízo na fase explosiva). Quando os pulmões forem lesados por infecções repetidas causadas por ineficácia da tosse e por episódios de aspiração, em virtude de incoordenação da deglutição, a hipoxemia pode ser explicada também como resultado do desequilíbrio V/Q. Atelectasias, pneumonias e insuficiência respiratória (esta última inicialmente durante o sono) e depois, mesmo na vigília, são as complicações esperadas nesta situação. A redução dos sons respiratórios observada na ausculta deste paciente pode indicar que o paciente está com o broncoespasmo característico das doenças neuromusculares. Porque não é uma característica geral A forma progressiva do acometimento da musculatura respiratória produz alterações dos gases sanguíneos, tanto hipoxemia quanto hipercapnia, ambas por hipoventilação. Pergunta 4 Caso clínico: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre/ RS. Dispneia recorrente desde a infância, chiado no peito, dor torácica em aperto. Dois despertares noturnos/semana por ASMA. Diversas internações por insuficiência respiratória Ventilação Mecânica 2 vezes. Alergia a diversos antibióticos e anti-inflamatórios Sinusites de repetição HAS, AVE prévio. Nunca fumou. Bebe socialmente. Sente dispneia aos esforços moderados. Relata que sua mãe é asmática/ diabética e que o pai é hipertenso, mas nega cirurgia prévia. Mora e cuida dos pais em uma casa de três cômodos e de chão batido. Relata estar se sentindo triste ultimamente e não estar convivendo frequentemente com seus amigos. Medicações em uso: budesonida 1200mcg dia + formoterol 24mcg/dia (inal) salbutamol+ipratrópio (inal) resgate diariamente 4X dia enalapril (VO). Realizou espirometria cujos principais resultados estão descritos logo abaixo. Exame Físico: 1. Dados Vitais: PA=110/70 mmHg / FC = 80 bpm/ FR= 30 rpm / Temperatura= 36,3 º C SpO2= 93% 1. Inspeção Clínica e estática: BEG (bom estado geral), anictérica, sem sinais de edema ou cianose. Atrofia muscular global. Via de entrada de ar = nasal/ Tórax normal/ abdômen normal 2. Inspeção dinâmica Respirando em ar ambiente, padrão respiratório tipo tóraco-abdominal com predominância torácica/ ritmo regular amplitude diminuída/ presença de tiragens intercostais e prolongamento do tempo expiratório. Apresenta tosse pouco eficaz e, no momento, deglutiu a pouca secreção que mobilizou. 1. Palpação do tórax Ausência de dor e edema à palpação/ flexibilidade preservada/ expansibilidade diminuída em lobos superiores, inferiores, médio e língula/ presença de frêmitos brônquicos. d Ausculta Pulmonar: sons respiratórios diminuídos globalmente. Sibilos inspiratórios e expiratórios difusos. E Pi e Pe max: ambas reduzidas moderadamente e Peak Flow: diminuído moderadamente F Grau de dependência: independente, mas sente dispneia ao realizar algumas AVD´s. Baseado no seu diagnóstico fisioterapêutico e no que você aprendeu, descreve quatro objetivos de tratamento para esta paciente. Sua Resposta: Promover fortalecimento da musculatura global Fazer um treinamento funcional para melhorar a insuficiência respiratória Favorecer a expectoração de secreção Pergunta 5 Caso clínico: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre/ RS. Dispneia recorrente desde a infância, chiado no peito, dor torácica em aperto. Dois despertares noturnos/semana por ASMA. Diversas internações por insuficiência respiratória Ventilação Mecânica 2 vezes. Alergia a diversos antibióticos e anti-inflamatórios Sinusites de repetição HAS, AVE prévio. Nunca fumou. Bebe socialmente. Sente dispneia aos esforços moderados. Relata que sua mãe é asmática/ diabética e que o pai é hipertenso, mas nega cirurgia prévia. Mora e cuida dos pais em uma casa de três cômodos ede chão batido. Relata estar se sentindo triste ultimamente e não estar convivendo frequentemente com seus amigos. Medicações em uso: budesonida 1200mcg dia + formoterol 24mcg/dia (inal) salbutamol+ipratrópio (inal) resgate diariamente 4X dia enalapril (VO). Realizou espirometria cujos principais resultados estão descritos logo abaixo. Exame Físico: 1. Dados Vitais:PA=110/70 mmHg / FC = 80 bpm / FR= 30 rpm / Temperatura= 36,3 º C SpO2= 93% 1. Inspeção Clínica e estática: BEG (bom estado geral), anictérica, sem sinais de edema ou cianose. Atrofia muscular global. Via de entrada de ar = nasal/ Tórax normal/ abdômen normal 2. Inspeção dinâmica Respirando em ar ambiente, padrão respiratório tipo tóraco-abdominal com predominância torácica/ ritmo regular amplitude diminuída/ presença de tiragens intercostais e prolongamento do tempo expiratório. Apresenta tosse pouco eficaz e, no momento, deglutiu a pouca secreção que a mobilizou. 1. Palpação do tórax Ausência de dor e edema à palpação/ flexibilidade preservada/ expansibilidade diminuída em lobos superiores, inferiores, médio e língula/ presença de frêmitos brônquicos. d Ausculta Pulmonar: sons respiratórios diminuídos globalmente. Sibilos inspiratórios e expiratórios difusos. E Pi e Pe max: ambas reduzidas moderadamente e Peak Flow: diminuído moderadamente F Grau de dependência: independente, mas sente dispneia ao realizar algumas AVD´s. Realize a avaliação funcional desta paciente baseada no modelo biopsicossocial. 1. Estrutura e função corporal 2. Atividade e participação 3. Fatores ambientais 4. Fatores pessoais Sua Resposta: Estrutura e função corporal - Dispnéia recorrente, chiado no peito, dor torácica em aperto, não consegue dormir por conta da asma, anictérica, sem sinais de edema ou cianose, atrofia muscular global, tórax e abdômen normal, presença de secreção e broncoespasmo, redução do fluxo aéreo, força da musculatura respiratória reduzida, redução das trocas gasosas. Atividade e participação- Não consegue sair com os amigos e dispneia ao realizar algumas avds Fatores ambientais- Mora em uma casa de três cômodos e de chão batido Fatores pessoais- Mora com a mãe que é asmática e diabética o pai que é hipertenso,bebe socialmente,insuficiência respiratória, alergia a diversos antibióticos e anti-inflamatórios, sinusite repetidas, AVE prévio, ventilação mecânica 2 vezes, nunca fumou Pergunta 6 Caso clínico: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre/ RS. Dispneia recorrente desde a infância, chiado no peito, dor torácica em aperto. Dois despertares noturnos/semana por ASMA. Diversas internações por insuficiência respiratória Ventilação Mecânica 2 vezes. Alergia a diversos antibióticos e anti-inflamatórios Sinusites de repetição HAS, AVE prévio. Nunca fumou. Bebe socialmente. Sente dispneia aos esforços moderados. Relata que sua mãe é asmática/ diabética e que o pai é hipertenso, mas nega cirurgia prévia. Mora e cuida dos pais em uma casa de três cômodos e de chão batido. Relata estar se sentindo triste ultimamente e não estar convivendo frequentemente com seus amigos. Medicações em uso: budesonida 1200mcg dia + formoterol 24mcg/dia (inal) salbutamol+ipratrópio (inal) resgate diariamente 4X dia enalapril (VO). Realizou espirometria cujos principais resultados estão descritos logo abaixo. Exame Físico: 1. Dados Vitais: PA=110/70 mmHg / FC = 80 bpm/ FR= 30 rpm / Temperatura= 36,3 º C SpO2= 93% 1. Inspeção Clínica e estática: BEG (bom estado geral), anictérica, sem sinais de edema ou cianose. Atrofia muscular global. Via de entrada de ar = nasal/ Tórax normal/ abdômen normal 2. Inspeção dinâmica Respirando em ar ambiente, padrão respiratório tipo tóraco-abdominal com predominância torácica/ ritmo regular amplitude diminuída/ presença de tiragens intercostais e prolongamento do tempo expiratório. Apresenta tosse pouco eficaz e, no momento, deglutiu a pouca secreção que mobilizou. 1. Palpação do tórax Ausência de dor e edema à palpação/ flexibilidade preservada/ expansibilidade diminuída em lobos superiores, inferiores, médio e língula/ presença de frêmitos brônquicos. d Ausculta Pulmonar: sons respiratórios diminuídos globalmente. Sibilos inspiratórios e expiratórios difusos. E Pi e Pe max: ambas reduzidas moderadamente e Peak Flow: diminuído moderadamente F Grau de dependência: independente, mas sente dispneia ao realizar algumas AVD´s. Com base na avaliação da paciente e no que você organizou de informações no quadro biopsicosocial, trace o diagnóstico fisioterapêutico (funcional) desta paciente. Sua Resposta: Deficiência ventilatória obstrutiva consequente ao quadro de asma desde a infância gerando redução da capacidade inspiratória, redução das trocas gasosas, redução da eficiência da tosse tanto na fase inspiratória, quanto na fase expiratória, acúmulo de secreção e dispneia. Consequentemente, tem limitação a realização de AVD´s, promovendo mais sedentarismo e redução global da força muscular. Restrição à participação social mais efetiva por conta dos fatores acima descritos. Pergunta 7 1 / 2,25 pts Caso clínico: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre/ RS. Dispneia recorrente desde a infância, chiado no peito, dor torácica em aperto. Dois despertares noturnos/semana por ASMA. Diversas internações por insuficiência respiratória Ventilação Mecânica 2 vezes. Alergia a diversos antibióticos e anti-inflamatórios Sinusites de repetição HAS, AVE prévio. Nunca fumou. Bebe socialmente. Sente dispneia aos esforços moderados. Relata que sua mãe é asmática/ diabética e que o pai é hipertenso, mas nega cirurgia prévia. Mora e cuida dos pais em uma casa de três cômodos e de chão batido. Relata estar se sentindo triste ultimamente e não estar convivendo frequentemente com seus amigos. Medicações em uso: budesonida 1200mcg dia + formoterol 24mcg/dia (inal) salbutamol+ipratrópio (inal) resgate diariamente 4X dia enalapril (VO). Realizou espirometria cujos principais resultados estão descritos logo abaixo. Exame Físico: 1. Dados Vitais: PA=110/70 mmHg / FC = 80 bpm/ FR= 30 rpm / Temperatura= 36,3 º C SpO2= 93% 1. Inspeção Clínica e estática: BEG (bom estado geral), anictérica, sem sinais de edema ou cianose. Atrofia muscular global. Via de entrada de ar = nasal/ Tórax normal/ abdômen normal 2. Inspeção dinâmica Respirando em ar ambiente, padrão respiratório tipo tóraco-abdominal com predominância torácica/ ritmo regular amplitude diminuída/ presença de tiragens intercostais e prolongamento do tempo expiratório. Apresenta tosse pouco eficaz e, no momento, deglutiu a pouca secreção que mobilizou. 1. Palpação do tórax Ausência de dor e edema à palpação/ flexibilidade preservada/ expansibilidade diminuída em lobos superiores, inferiores, médio e língula/ presença de frêmitos brônquicos. d Ausculta Pulmonar: sons respiratórios diminuídos globalmente. Sibilos inspiratórios e expiratórios difusos. E Pi e Pe max: ambas reduzidas moderadamente e Peak Flow: diminuído moderadamente F Grau de dependência: independente, mas sente dispneia ao realizar algumas AVD´s. Como provavelmente estará a biomecânica respiratória desta paciente durante uma crise asmática grave? Explique. Sua Resposta: A biomecânica dos músculos respiratórios fica comprometida: uso importante de musculatura acessória, com elevação da caixa torácica, bloqueio inspiratório, expiração forçada. Outras questões da prova 2 Pergunta 1 A fisiopatologia da COVID-19 ainda não é totalmente compreendida; no entanto, detalhes estão surgindo. Estudos de autópsia têm demonstrado que alguns pacientes com doença grave podem desenvolver doença pulmonar fibrótica. https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/374 De acordo com os conhecimentos adquiridos sobre este tipo de fibrose pulmonar, é incorreto dizer que Alguns dos fatores de risco durante a infecção que facilitam o aparecimento de fibrose pulmonar são o uso de oxigênio suplementar, uso de ventilação mecânica e a ocorrência de superinfecção bacteriana. ta certa Naespirometria observa-se redução importante da CVF (capacidade vital forçada) e da DCO (difusão de monóxido de carbono). ta certa São sinais e sintomas comuns dispneia (pp no esforço), tosse seca ta certa A cascata inflamatória que ocorre principalmente nas vias aéreas leva ao surgimento de membrana hialina, lesões microvasculares e disfunção endotelial, o que vai progressivamente modificando o epitélio alveolar, favorecendo a deposição de matriz extracelular e de colágeno. A cascata inflamatória não acontece só nas vias aéreas o que leva o surgimento de membrana hialina, lesões microvasculares e disfunção endotelial e a cascata inflamatória que acontece no paraqueima O transplante de pulmão pode ser a única opção de tratamento para determinados pacientes. OBS: AS FIBROSES PULMONARES EXCETO A FIBROSE CÍSTICA QUE É UMA DOENÇA OBSTRUTIVA ELAS NÃO TEM CARACTERÍSTICA DE SECREÇÃO ELAS TÊM TOSSE SECA Pergunta 2 Uma doença ou condição obstrutiva tem como uma das principais características mecânicas a alta resistência pulmonar. A espirometria destes pacientes frequentemente apresenta queda do VEF1 e do índice de Tiffeneau (relação VEF1/CVF), podendo a CVF ser normal (padrão obstrutivo) ou reduzida (padrão obstrutivo com CVF reduzida). Na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) a obstrução ao fluxo aéreo geralmente não tem efeitos na função cardíaca, apenas nas trocas gasosas. Entretanto, consequências sistêmicas sobre a musculatura periférica e os ossos podem ocorrer. Tem efeitos sim na função cardíaca, a DPOC é uma doença sistêmica. A dilatação e o espessamento dos brônquios observados na bronquiectasia se devem ao espessamento do muco que é característico dessa doença com consequentemente colonização dos microorganismos nas vias aéreas. Espessamento do muco é característica de fibrose cística. A dilatação e o espessamento dos brônquios não são consequência A asma apresenta-se como uma das doenças crônicas mais comuns, com alta morbidade e sobrecarga pessoal e social. Duas vias distintas, alérgicas e não alérgicas resultam em asma eosinofílica. Há também a asma neutrofílica, que é menos sensível ao tratamento com corticosteróides e mais associada a piora da função pulmonar (remodelamento). Ela está certa É correto o que se afirma em II e III, apenas. III, apenas. I e III, apenas. I e II, apenas. I, II e III. Pergunta 3 A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neuromuscular. Trata-se de uma degeneração progressiva dos neurônios motores no cérebro e na medula espinhal o que leva à diminuição da força muscular. ● Paciente J.A.L., sexo masculino, 56 anos, casado, aposentado, reside em Betim. Tem diagnóstico clínico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) classe 8 e apneia do sono. ● Queixa principal: Falta de ar ao esforço (dificuldade em se movimentar na cadeira de rodas). ● História da doença atual: os sintomas iniciaram há 13 anos, inicialmente com dor no peito, e após 1 ano, começou a sentir "fisgadas" na perna esquerda e eventualmente, na direita também. No dia da avaliação disse que estava se sentido "bem, mas levemente cansado". ● História social: Tabagismo: Começou a fumar aos 10 anos de idade e parou de fumar há 18 anos (com 38 anos); Alcoolismo: Parou de beber há 18 anos; ● Hábitos de vida: Sedentário ● Medicamentos em uso: Marevan, furosemida, losartana, atenolol, sinvastatina, riluzol, insulina. ● Manifestações pulmonares primárias: Tosse pouco produtiva e pouco eficaz (devido a fraqueza muscular) Dispneia ocasionada por esforço (crônica) ● Inspeção estática: Sem sinais de edema, cicatriz e manchas no tórax. ● Inspeção Dinâmica: Tóraco-abdominal com utilização de musculatura acessória. ● Palpação: Flexibilidade torácica: reduzida, expansibilidade torácica: reduzida. Esforço respiratório: Leve ● Ausculta respiratória: Sons respiratórios diminuídos difusamente e sem ruídos adventícios. Considerando-se o que você estudou sobre as síndromes de hipoventilação e sobre a avaliação acima realizada neste paciente, é incorreto: A tosse pouco eficaz observada neste paciente é consequência apenas de fraqueza dos músculos abdominais, uma vez que estes músculos que fazem a expiração ativa Quando os pulmões forem lesados por infecções repetidas causadas por ineficácia da tosse e por episódios de aspiração, em virtude de incoordenação da deglutição, a hipoxemia pode ser explicada também como resultado do desequilíbrio V/Q. Atelectasias, pneumonias e insuficiência respiratória (esta última inicialmente durante o sono) e depois, mesmo na vigília, são as complicações esperadas nesta situação. A redução dos sons respiratórios observada na ausculta deste paciente pode indicar que o paciente está com o hiperventilação característico das doenças neuromusculares. A forma progressiva do acometimento da musculatura respiratória produz alterações dos gases sanguíneos, tanto hipoxemia quanto hipercapnia, ambas por hipoventilação.
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