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A NOVA TEORIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL ECONOMIAS DE ESCALA

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A NOVA TEORIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL:
ECONOMIAS DE ESCALA
1	INTRODUÇÃO
De acordo com o Dicionário Financeiro, as economias de escala são aquelas em que o aumento na produção resulta em uma queda do custo médio do produto. O conceito de economia de escala é, portanto, uma relação não proporcional entre os custos médios dos produtos e o volume de produção. Os pressupostos utilizados nessa teoria são basicamente os mesmos trabalhados no modelo neoclássico, onde há dois fatores de produção (capital e trabalho), dois países e dois produtos comercializados.
Segundo esse modelo, a diferença em relação ao modelo neoclássico reside no fato de que a estrutura de mercado é diferente. A estrutura de mercado era antes considerada como em concorrência perfeita, que trabalha com rendimentos constantes, já no modelo de economia de escala, a estrutura de mercado predominante é a concorrência imperfeita que opera com rendimentos crescentes de escala (MOREIRA, 2012).
Há dois tipos de economias de escala: a) externas – onde o custo por unidade depende do tamanho da indústria, mas não necessariamente do tamanho de uma firma qualquer e a indústria em geral consiste de muitas firmas pequenas, com uma estrutura de concorrência perfeita; b) internas - onde o custo por unidade depende do tamanho de uma firma individual, mas não necessariamente do tamanho da indústria, a estrutura de mercado é de concorrência imperfeita, com firmas grandes obtendo vantagens de custos sobre as pequenas. Os dois tipos de economias de escala são importantes causas para a formação do comércio internacional.
2	MERCADOS INTERNACIONAIS E ECONOMIAS DE ESCALA
Um dos autores mais conhecidos sobre a abordagem dos impactos das economias de escalas e da concorrência imperfeita no comércio internacional é o economista norte-americano Paul Krugman. A ideia básica do autor é a de que geralmente as indústrias são caracterizadas por operarem em economia de escala ou com rendimentos crescentes e o comércio não necessita ser resultado das diferenças das vantagens comparativas (KRUGMAN; OBSTFELD, 2001).
A consequência da economia de escala é o colapso da concorrência perfeita, de modo que o modelo mais adequado para analisar o comércio é o mercado de concorrência imperfeita (MOREIRA, 2012). Krugman e Obstfeld (2001) mostram que segundo a ideia das economias de escala, cada país deve concentrar-se na produção de um número limitado de bens, pois com os países produzindo uma quantidade reduzida de produtos, cada um poderá produzir em uma escala maior do que se tentasse produzir uma maior variedade de bens.
Na abordagem que trata do impacto das economias de escala sobre o comércio internacional, o argumento básico é bem simples: quando as funções de produção exibem retornos de escala crescentes, os padrões de comércio e o desempenho das exportações dependem do tamanho absoluto do mercado doméstico. Consequentemente, os países maiores terão vantagens comparativas em setores com economias de escala significativas (GONÇALVES, 2019).
2.1	Os efeitos sobre os custos unitários de produção e o preço de venda do produto para mercados internacionais com aumento de tamanho e com economias de escala
Um país com grande produção em alguma indústria tenderá a ter custos baixos na produção daquele bem. Os países que começam como grandes produtores em certas indústrias tendem a permanecer como grandes produtores, mesmo se algum outro país puder produzir os bens de forma mais barata. Nas economias de escala internacional o custo médio (CMe) de uma empresa depende do tamanho do mercado mundial. Ou seja, sob retornos de escala crescente, a produção cresce proporcionalmente mais que o aumento de todos os insumos e os custos declinam com o tamanho do mercado, tornando o produto final mais barato.
Figuras: Economias de escala e curvas de produção e de custo
Fonte: Baumann, Canuto, Gonçalves (2004)
2.2	Os efeitos do tamanho do mercado sobre a eficiência produtiva das economias de escala no mercado internacional integrado
No que tange as economias de escala e o mercado internacional integrado, cada firma concentra a sua produção em um só país, em um único produto e vende em ambos os mercados. Desse modo, cada produto é produzido em um único país e exportado ao outro. Quanto aos custos, os custos de produção são os mesmos nos dois países e não há custos de transação. Como resultado disso, os consumidores têm mais opções de escolha e cada firma produz mais e vende o produto a preços mais baixos.
Figuras: Exemplos de ganho de mercado integrado (caso de automóveis)
Fonte: Krugman e Obstfeld (2001)
2.3	Os efeitos da concorrência monopolística sobre o comércio internacional no que tange à política de preços das empresas no caso de Dumping
De acordo com Moreira (2012), o modelo de concorrência monopolística deixa em evidência que as empresas, ao se inserirem no comércio internacional, ampliando o mercado mundial, proporcionarão maiores ganhos de escala e maior variedade de produtos ofertados no comércio, com um equilíbrio de preços no longo prazo mais benéfico ao consumidor. A chamada Discriminação Internacional de Preços “Dumping” decorre da possibilidade das firmas praticarem preços diferenciados para seus compradores, tanto internos quanto externos. 
O Dumping se configura quando o preço praticado na exportação é mais baixo que o do mercado interno e chega a ser considerada uma prática polêmica, pois pode estimular o comércio ao passo que é desleal e pode gerar distorções no mercado. A indústria do modelo de concorrência monopolística é estruturada em uma concorrência imperfeita e o mercado é segmentado, de modo que os compradores domésticos não tenham acesso aos bens que serão importados.
Figura: Exemplo de prática de Dumping
Fonte: Krugman e Obstfeld (2001)
2.4	A teoria das economias externas que são economias de escala  e ocorrem no setor industrial, isto é, quanto maior o tamanho da indústria, menor o custo por unidade produzida
A teoria das economias externas ocorre quando as economias de escala se aplicam ao nível de indústria ao invés de firmas individuais. De acordo com a teoria, há três razões principais para um conglomerado de firmas serem mais eficiente do que uma firma isolada: fornecedores especializados, mercado comum de trabalho e vazamentos de conhecimento. No caso internacional, o comércio baseado em economias externas possui mais efeitos ambíguos sobre o bem-estar nacional do que o comércio baseado na vantagem comparativa (ALENCAR JR, 2021).
Figuras: Exemplo de economia externa e o padrão de comércio
Fonte: Krugman e Obstfeld (2001)
De modo geral, uma das conclusões básicas destes modelos é que “em um mundo no qual os retornos crescentes existem, a vantagem comparativa resultante das diferenças entre os países não é a única razão para a existência do comércio. As economias de escala criam um incentivo adicional e gerarão comércio mesmo se os países forem idênticos em gostos, tecnologias e dotações de fatores” (GONÇALVES, 2019 apud JACQUEMIN, 1982).
REFERÊNCIAS
ALENCAR JÚNIOR. J. S. Teorias modernas do comércio internacional. UNIFOR – Centro de Ciências da Comunicação e Gestão – CCG, 2021.
BAUMANN, R; CANUTO, O; GONÇALVES, R. Economia Internacional: Teoria e Experiência Brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2004.
GONÇALVES, R. A teoria do comercio internacional: uma resenha. UNESP, 2019. Disponível em: <http://docs.fct.unesp.br/docentes/geo/magaldi/GEO_ECONOMICA_2019/GEOECON_INTERNACIONAL/A%20TEORIA%20DO%20COM%C9RCIO%20INTERNACIONAL_resenha.pdf>. Acesso em: Abr. 2021.	
KRUGMAN, P. R; OBSTFELD, M. Economia Internacional: Teoria e Política. 4ª ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
MOREIRA, U. Teorias do comércio internacional: um debate sobre a relação entre crescimento econômico e inserção externa. Revista Economia Política. vol.32, n.2, São Paulo, 2012.

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