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FORMAÇÃO DOS OSSOS- OSTEOGÊNESE. · Embrião e feto: Células mesodérmicas dão origem ao mesênquima, que é uma rede de tecido conjuntivo embrionário responsável pela ossificação e formação de cartilagem durante a sexta semana do desenvolvimento embrionário. Há dois tipos de ossificação: 1. Ossificação intramembranosa: quando o osso é formado dentro do mesênquima; 2. Ossificação endocondral: o osso se forma dentro da cartilagem hialina que se desenvolveu a partir do mesênquima. Ossificação Intramembranosa São modelos mesenquimais que caracterizam esse tipo de ossificação forma os ossos planos do crânio, maioria dos ossos faciais, mandíbula e parte medial da clavícula. A moleira (fontículos) que ajuda o crânio fetal passar pelo vaginal, é endurecida por esse tipo de ossificação. Como ocorre essa ossificação 1. A primeira fase é o desenvolvimento do centro de ossificação: no centro de ossificação ocorrem sinalizações químicas que fazem as células do mesênquima se agruparem e diferenciarem em células osteogênicas e posteriormente em osteoblastos. Os osteoblastos secretam matriz extracelular orgânica do osso até ficar circundado por elas; 2. A segunda fase é a calcificação: quando a secreção de matriz extracelular para, há outra diferenciação de células que agora são chamadas de osteócitos, que ficam organizadas em lacunas e estendem seus processos citoplasmáticos para todas as direções, hipertrofia. Em alguns dias, cálcio e sais minerais são depositados e a matriz extracelular calcifica; 3. A terceira fase é a formação das trabéculas: a matriz óssea se forma e se desenvolve em trabéculas que se fundem para formar osso esponjoso ao redor dos vasos sanguíneos. O tecido conjuntivo se associa aos vasos sanguíneos e forma a medula óssea vermelha; 4. Desenvolvimento do periósteo: o mesênquima se condensa e se transforma em periósteo (camada de tecido conjuntivo que protege os ossos). Uma camada de osso compacto substitui o osso esponjoso, mas o osso esponjoso ainda permanece no centro. Ossificação Endocondral A ossificação endocondral acontece quando há a substituição de cartilagem hialina por ossos. A maioria dos ossos do corpo são formados dessa maneira, é bem perceptível nos ossos longos. Como ocorre essa ossificação 1. Desenvolvimento do modelo de cartilagem: sinais químicos fazem com que as células do mesênquima se aglomerem e se diferenciem em condroblastos, que irão secretar matriz extracelular cartilaginosa para formar um modelo de cartilagem hialina; 2. Crescimento do modelo de cartilagem: os condroblastos se diferenciam em condrócitos. Há a divisão continua dos condrócitos que resulta no crescimento cartilaginoso em espessura e cumprimento. Com o crescimento do modelo da cartilagem, os condrócitos da região media crescem e a matriz extracelular cartilaginosa começa a calcificar, o que gera morte dos condrócitos devido a falta de nutrientes, resultando em lacunas. 3. Desenvolvimento do centro de ossificação: a ossificação começa para dentro. Uma artéria nutrícia penetra no pericôndrio e no modelo de cartilagem por um forame nutrício na região media, estimulando as células osteoprogenitoras a se diferenciarem em osteoblastos. No meio do modelo, capilares periosteais induzem o crescimento do centro de ossificação primaria, em que o tecido ósseo vai substituir a cartilagem. Os osteoblastos começam a depositar matriz extracelular óssea na cartilagem calcificada, formando trabéculas de osso esponjoso. A ossificação começa a se espalhar do centro para as duas extremidades do modelo cartilaginoso; 4. Desenvolvimento da cavidade medular: conforme ocorre o crescimento para as extremidades, os osteoclastos degradam as trabéculas de osso esponjoso, isso faz com que crie uma cavidade medular na diáfise, e a parede da diáfise é substituída por osso compacto; 5. Desenvolvimento do segundo centro de ossificação: ramos da artéria epífisal entra na epífise e forma o segundo centro. O osso esponjoso permanece no interior das epífises. Essa ossificação acontece para fora, a partir da epífise para a superfície externa do osso; 6. Formação da cartilagem articular e da lâmina epífisal: a cartilagem hialina que reveste as epífises formam a cartilagem articular. Antes da fase adulta, a cartilagem hialina permanece nas epífises como lâmina epífisal que é responsável pelo crescimento dos ossos longos. Ossos TIPOS DE OSSOS O osso é um tecido vivo, que tem uma forma rígida. Tem como importância a: · Sustentação para o corpo e as cavidades vitais, além de dar pontos de fixações para tendões dos músculos; · Proteção para estruturas vitais, como coração; · Base mecânica para o movimento, alguns músculos são fixados aos ossos e quando eles são contraídos tracionam os ossos e produzem movimentos; · Armazenamento de sais, como o cálcio, conforme a necessidade sais são liberados para manter a homeostasia (equilíbrio do corpo); · Suprimento de células sanguíneas, pela medula óssea que produz hemácias (eritrócitos), leucócitos e plaquetas no processo de hematopoese. Estrutura do osso É composto por: 1. Diáfise: é o corpo do osso; 2. Epífises: são as extremidades, proximal e distal; 3. Metáfises: região entre a diáfise e as epífises. Cada metáfise possui uma lâmina epífisal, formada por cartilagem hialina permitindo que a diáfise cresça em comprimento; 4. Cartilagem articular: fina camada de cartilagem hialina que recobre a epífise da articulação entre dois ossos, reduzindo o atrito e absorvendo o choque; 5. Periósteo: bainha de tecido conjuntivo que recobre ossos que não possuem cartilagem articular. É composto por duas lâminas, fibrosa externa e osteogênica interna, que possuem células que permitem que os ossos cresçam em espessura. Além de proteger os ossos, proteger de fraturas, nutrição do tecido ósseo; 6. Cavidade medular: é um espaço oco e cilíndrico na diáfise que tem a medula óssea amarela e vasos sanguíneos. 7. Endósteo: fina membrana que reveste a cavidade medular e possui algumas células formadoras de ossos. Há dois tipos de ossos que são diferenciados pelo material solido e pelo numero e tamanho dos espaços que tem. Mas, todos os ossos possuem uma camada de osso compacto ao redor de uma massa central de osso esponjoso, exceto onde o esponjoso é substituído por uma cavidade medular (medula óssea amarela ou vermelha. 1. Osso compacto: apresenta poucos espaços e é mais resistente, é encontrado abaixo do periósteo de todos os ossos e constitui maior parte das diáfises dos ossos. Proporciona resistência para sustentação do peso. 2. Osso esponjoso: é encontrado no interior dos ossos protegido pelo osso compacto, é leve e reduz o peso geral do corpo, o que facilita a movimentação quando o musculo é tracionado. Além disso, suporta e protege a medula óssea vermelha. Os ossos podem ser classificados conforme o formato em: longo, curto, plano, irregular e sesamoide. · Ossos longos: apresentam maior comprimento do que a largura. Possuem uma diáfise, extremidades e são curvados para dar resistência. Essas curvas geram a absorção do estresse do peso corporal, já que é distribuído de maneira uniforme (se fossem retos o peso seria distribuído de maneira desigual e poderiam ser fraturadas com facilidade). Consistem em tecido ósseo compacto nas diáfises, mas possuem tecido ósseo esponjoso nas epífises. Esses ossos incluem os: fêmur (osso da coxa), a tíbia e a fíbula (ossos da perna), o úmero (osso do braço), a ulna e o radio (ossos do antebraço) e as falanges (ossos dos dedos das mãos e pés). · Ossos curtos: apresentam formato semelhante a um cubo, com comprimento e largura quase iguais. Consistem em tecido esponjoso, exceto na superfície, formado por uma fina camada de tecido ósseo compacto. Esses ossos incluem os: ossos do carpo (punho) e do tarso (tornozelo); · Ossos planos: são finos e compostos por duas lâminas de tecido ósseo compacto que se encerram em uma camada de tecido ósseo esponjoso. Os ossos planos fornecem proteção e áreas para fixação muscular. Esses ossos incluem: ossos do crânio (protegem o encéfalo),esterno e costela (protegem os órgãos torácicos) e as escapulas. · Ossos irregulares: apresentam formatos complexos, que podem ser variados. Esses ossos incluem os: ossos do quadril, vertebras, ossos da face e o calcâneo. · Ossos sesamoides: se desenvolvem em alguns tendões que sofrem ficção, estresse físico e tensão, como palmas das mãos e plantas dos pés. Variam conforme as pessoas e são pequenos, exceto as patelas que são grandes ossos sesamoides encontradas no tendão do quadríceps femoral que todas as pessoas possuem. Os ossos sesamoides protegem os tendões do desgaste excessivo e podem mudar a direção da tração do tendão, o que aumenta a vantagem mecânica na articulação. Um osso é classificado pela localização, que são os ossos saturais, são pequenos e estão localizados nas articulações entre os ossos cranianos. Acidentes ósseos Os ossos apresentam acidentes característicos que são aspectos estruturais adaptados para funções especificas. Esses acidentes se desenvolvem em resposta a algumas forças, por isso é mais perceptível em adultos. Podem ser em resposta a: tensão por tendões, ligamentos, aponeuroses e fáscias na superfície óssea, gerando a deposição de tecido novo e produz elevações e rugosidades. Como também depressão por compressão da superfície óssea. Há dois tipos: 1. Depressões e aberturas: permite passagem de tecidos moles, como vasos sanguíneos, nervos, ligamentos e tendões, ou formam articulações; 2. Processos, projeções ou protuberâncias: ajudam a formar articulações ou servem como pontos de fixações para ligamentos e tendões. · Capítulo: cabeça articular pequena e redonda (p. ex., capítulo do úmero) · Côndilo: área articular arredondada, que geralmente ocorre em pares (p. ex., côndilos lateral e medial do fêmur) · Crista: crista do osso (p. ex., crista ilíaca) · Epicôndilo: proeminência superior ou adjacente a um côndilo (p. ex., epicôndilo lateral do úmero) · Fóvea: área plana lisa, geralmente coberta por cartilagem, onde um osso articula-se com outro (p. ex., fóvea costal superior no corpo de uma vértebra para articulação com uma costela) · Forame: passagem através de um osso (p. ex., forame obturado) · Fossa: área oca ou deprimida (p. ex., fossa infraespinal da escápula) · Sulco: depressão ou escavação alongada (p. ex., sulco do nervo radial do úmero) · Cabeça: extremidade articular grande e redonda (p. ex., cabeça do úmero) · Linha: elevação linear (p. ex., linha para o músculo sóleo na tíbia) · Maléolo: processo arredondado (p. ex., maléolo lateral da fíbula) · Incisura: entalhe na margem de um osso (p. ex., incisura isquiática maior) · Protuberância: projeção do osso (p. ex., protuberância occipital externa) · Espinha: processo semelhante a um espinho (p. ex., espinha da escápula) · Processo espinhoso: parte que se projeta semelhante a um espinho (p. ex., processo espinhoso de uma vértebra) · Trocanter: elevação arredondada grande (p. ex., trocanter maior do fêmur) · Tróclea: processo articular semelhante a uma roda ou processo que atua como roldana (p. ex., tróclea do úmero) · Tubérculo: proeminência pequena e elevada (p. ex., tubérculo maior do úmero) · Tuberosidade ou túber: grande elevação arredondada (p. ex., túber isquiático, tuberosidade ilíaca).
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