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Ossos do Corpo Humano

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PROBLEMA 01: OSSOS
REFERÊNCIAS:
- Anatomia orientada para a clínica – Moore – 7 ed
-Histolgia básica – Junqueira – 12 ed
-Anatomia básica – Van de Graaf – 6 ed
O tecido ósseo é o componente principal do esqueleto, serve de suporte para os tecidos moles e protege órgãos vitais, como os contidos nas caixas craniana e torácica, bem como no canal raquidiano. Aloja e protege a medula óssea, formadora das células do sangue, proporciona apoio aos músculos esqueléticos, transformando suas contrações em movimentos úteis, e constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na contração muscular. Além dessas funções, os ossos funcionam como depósito de cálcio, fosfato e outros lons, armazenando-os ou liberando-os de maneira controlada, para manter constante a concentração desses importantes íons nos líquidos corporais. São capazes ainda de absorver toxinas e metais pesados, minimizando assim seus efeitos adversos em outros tecidos.
1) ANATOMIA DO SISTEMA ÓSSSEO	
O sistema esquelético pode ser dividido em duas partes funcionais:
O esqueleto axial é formado pelos ossos da cabeça (crânio), pescoço (hioide e vértebras cervicais) e tronco (costelas, esterno, vértebras e sacro).
O esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos membros, inclusive aqueles que formam os cíngulos dos membros superiores (cíngulo pélvico, fêmur, patela, tíbia, fíbula, ossos do tarso, metatarsais, falanges) e dos membros inferiores (clavícula, escápula, úmero, ulna, rádio, ossos do carpo, metacarpais, falanges).
O osso, um tecido vivo, é uma forma rígida e altamente especializada de tecido conjuntivo que compõe a maior parte do esqueleto. 
Os ossos do esqueleto adulto proporcionam:
- Sustentação para o corpo e suas cavidades vitais; é o principal tecido de sustentação do corpo
- Proteção para estruturas vitais (p. ex., o coração)
- Base mecânica do movimento (alavanca)
- Armazenamento de sais (p. ex., cálcio)
- Suprimento contínuo de novas células sanguíneas (produzidas pela medula óssea presente na cavidade medular de muitos ossos).
	Um revestimento de tecido conjuntivo fibroso circunda cada elemento do esqueleto como uma bainha, exceto nos locais de cartilagem articular; aquele que circunda os ossos é o periósteo. Ele nutre a face externa do osso e é capaz de depositar mais osso e formar a interface para a ligação de tendões e ligamentos.
	Os dois tipos de osso são o osso compacto e o osso esponjoso (trabecular) que são distinguidos pela quantidade relativa de material sólido e pelo número e tamanho dos espaços que contêm. 
Todos os ossos têm uma camada fina superficial de osso compacto ao redor de uma massa central de osso esponjoso, exceto nas partes em que o osso esponjoso é substituído por uma cavidade medular. Na cavidade medular dos ossos de adultos e entre as espículas (trabéculas) do osso esponjoso há medula óssea amarela (gordurosa) ou vermelha (que produz células do sangue e plaquetas) ou ainda uma associação de ambas. 
A arquitetura e a proporção de osso compacto e esponjoso variam de acordo com a função. O osso compacto proporciona resistência para sustentação de peso.
 Nos ossos longos, que são rígidos e locais de fixação dos músculos e ligamentos, a quantidade de osso compacto é maior próximo da parte média da diáfise, onde os ossos tendem a se curvar. Além disso, os ossos longos têm elevações (p. ex., túberes, cristas e tubérculos) que servem como contrafortes (suportes) onde se fixam os grandes músculos. Os ossos vivos têm alguma elasticidade (flexibilidade) e grande rigidez.
CLASSIFICAÇÃO: de acordo com o formato
· Ossos longos: tubulares. Ex: úmero;
· Ossos curtos: cuboides e encontrados apenas no tarso (tornozelo) e no carpo (punho);
· Ossos planos: função de proteção. Ex: ossos planos do crânio protegem o encéfalo;
· Ossos irregulares: têm vários formatos além de longos, curtos ou planos. Ex: ossos da face;
· Ossos sesamoides: se desenvolvem em alguns tendões e são encontrados nos lugares onde os tendões cruzam as extremidades dos ossos longos nos membros; eles protegem os tendões contra o desgaste excessivo e muitas vezes modificam o ângulo dos tendões em sua passagem até as inserções. Ex: patela.
ACIDENTES E FORMAÇÕES ÓSSEAS:
Os acidentes ósseos surgem em qualquer lugar onde haja inserção de tendões, ligamentos e fáscias ou onde haja artérias que penetrem nos ossos ou situem-se adjacentes a eles. Outras formações ósseas ocorrem relacionadas com a passagem de um tendão (muitas vezes para direcionar o tendão ou melhorar sua ação de alavanca) ou para controlar o tipo de movimento em uma articulação.
São alguns: 
· Capítulo: cabeça articular pequena e redonda. Ex: capítulo do úmero;
· Côndilo: área articular arredondada, que geralmente ocorre em pares. Ex: côndilos lateral e medial do fêmur;
· Crista: crista do osso (p. ex., crista ilíaca)
· Epicôndilo: proeminência superior ou adjacente a um côndilo (p. ex., epicôndilo lateral do úmero)
· Fóvea: área plana lisa, geralmente coberta por cartilagem, onde um osso articula-se com outro (p. ex., fóvea costal superior no corpo de uma vértebra para articulação com uma costela)
· Forame: passagem através de um osso (p. ex., forame obturado)
· Fossa: área oca ou deprimida (p. ex., fossa infraespinal da escápula)
· Sulco: depressão ou escavação alongada (p. ex., sulco do nervo radial do úmero)
· Cabeça: extremidade articular grande e redonda (p. ex., cabeça do úmero)
· Linha: elevação linear (p. ex., linha para o músculo sóleo na tíbia)
· Maléolo: processo arredondado (p. ex., maléolo lateral da fíbula)
· Incisura: entalhe na margem de um osso (p. ex., incisura isquiática maior)
· Protuberância: projeção do osso (p. ex., protuberância occipital externa)
· Espinha: processo semelhante a um espinho (p. ex., espinha da escápula)
· Processo espinhoso: parte que se projeta semelhante a um espinho (p. ex., processo espinhoso de uma vértebra)
· Trocanter: elevação arredondada grande (p. ex., trocanter maior do fêmur)
· Tróclea: processo articular semelhante a uma roda ou processo que atua como roldana (p. ex., tróclea do úmero)
· Tubérculo: proeminência pequena e elevada (p. ex., tubérculo maior do úmero)
· Tuberosidade ou túber: grande elevação arredondada (p. ex., túber isquiático, tuberosidade ilíaca).
DESENVOLVIMENTO ÓSSEO:
A ossificação só se completa aos 20 anos. 
Todos os ossos derivam do mesênquima (tecido conjuntivo embrionário) por dois processos diferentes: ossificação intramembranosa (diretamente do mesênquima) e ossificação endocondral (a partir da cartilagem derivada do mesênquima):
	-Na ossificação intramembranosa (formação de osso membranoso), há formação de modelos mesenquimais dos ossos durante o período embrionário, e a ossificação direta do mesênquima começa no período fetal. Ocorre no interior de membranas de tecido conjuntivo. É o processo formador dos ossos frontal, parietal e de partes do occipital, do temporal e dos maxilares superior e inferior. Contribui também para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento em espessura dos ossos longos. O local da membrana conjuntiva onde a ossificação começa chama-se centro de ossificação primária. O processo tem início pela diferenciação de células mesenquimatosas que se transformam em grupos de osteoblastos, os quais sintetizam o osteoide (matriz ainda não mineralizada), que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que se transformam em osteócitos. Como vários desses grupos surgem quase simultaneamente no centro de ossificação, há confluência das traves ósseas formadas, conferindo ao osso um aspecto esponjoso. Entre as traves formam-se cavidades que são penetradas por vasos sanguíneos e células mesenquimatosas indiferenciadas, que darão origem à medula óssea. Os vários centros de ossificação crescem radialmente, acabando por substituir a membrana conjuntiva preexistente. A palpação do crânio dos recém-nascidos revela áreas moles - as fontanelas - onde as membranas conjuntivas ainda não foram substituídas por tecido ósseo.
-Na ossificação endocondral (formação de osso cartilaginoso),há formação de modelos cartilaginosos dos ossos a partir do mesênquima durante o período fetal, e depois a maior parte da cartilagem é substituída por osso. A ossificação endocondral tem início sobre uma peça de cartilagem hialina, de forma parecida à do osso que se vai formar, porém de tamanho menor. Esse tipo de ossificação é o principal responsável pela formação dos ossos curtos e longos. A ossificação endocondral consiste essencialmente em dois processos. Primeiro, a cartilagem hialina sofre modificações, havendo hipertrofia dos condrócitos, redução da matriz cartilaginosa a finos tabiques, sua mineralização e a morte dos condrócitos por apoptose. Segundo, as cavidades previamente ocupadas pelos condrócitos são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas vindas do conjuntivo adjacente. Essas células diferenciam-se em osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada. Desse modo, aparece tecido ósseo onde antes havia tecido cartilaginoso, sem que ocorra a transformação deste tecido naquele; os tabiques de matriz calcificada da cartilagem servem apenas de ponto de apoio à ossificação.
CRESCIMENTO DOS OSSOS LONGOS: As células mesenquimais se condensam e diferenciam em condroblastos, células que se multiplicam no tecido cartilaginoso em crescimento e formam um modelo cartilaginoso do osso. Na região intermediária do modelo, a cartilagem calcifica (é impregnada com sais de cálcio) e há crescimento de capilares periosteais (capilares da bainha fibrosa que circunda o modelo) para o interior da cartilagem calcificada do modelo ósseo, que irrigam seu interior. Esses vasos sanguíneos, junto com células osteogênicas (formadoras de osso) associadas, formam um broto periosteal. Os capilares iniciam o centro de ossificação primário, assim denominado porque o tecido ósseo formado substitui a maior parte da cartilagem no corpo principal do modelo ósseo. O corpo de um osso ossificado a partir do centro de ossificação primário é a diáfise, que cresce enquanto o osso se desenvolve.
nascimento; as partes de um osso ossificadas a partir desses centros são as epífises. Os condrócitos situados no meio da epífise sofrem hipertrofia, e a matriz óssea (substância extracelular) entre eles se calcifica. As artérias epifisiais crescem para o interior das cavidades em desenvolvimento com células osteogênicas associadas. A parte alargada da diáfise mais próxima da epífise é a metáfise. Para que o crescimento continue, o osso formado a partir do centro primário na diáfise não se funde àquele formado a partir dos centros secundários nas epífises até o osso atingir seu tamanho adulto. Assim, durante o
crescimento de um osso longo, lâminas epifisiais interpõem-se entre a diáfise e as epífises. Essas lâminas de crescimento acabam sendo substituídas por osso nos dois lados, diafisário e epifisário. Quando isso acontece, o crescimento ósseo cessa e a diáfise funde-se com as epífises. A bainha formada durante esse processo de fusão (sinostose) é bastante densa e pode ser reconhecida no osso seccionado ou em radiografias como uma linha epifisial. A fusão epifisial dos ossos ocorre progressivamente entre a puberdade e a maturidade. A ossificação dos ossos curtos é semelhante àquela do centro de ossificação primário dos ossos longos, e apenas um osso curto, o calcâneo, desenvolve um centro de ossificação secundário.
	Quando o tecido ósseo formado nos centros secundários ocupa as epífises, o tecido cartilaginoso torna-se reduzido a dois locais: a cartilagem articular, que persistirá por
toda a vida e não contribui para a formação de tecido ósseo, e a cartilagem de conjugação ou disco epifisário. Esta é constituída por um disco cartilaginoso que não foi penetrado pelo osso em expansão e que será responsável, de agora em diante, pelo crescimento longitudinal do osso. A cartilagem de conjugação fica entre o tecido ósseo das epífises e o da diáfise. Seu desaparecimento por ossificação, aproximadamente aos 20 anos de idade, determina a parada do crescimento longitudinal dos ossos. Na cartilagem de conjugação, começando ao lado da epífise, distinguem-se as cinco zonas:
• Zona de repouso: na qual existe cartilagem hialina sem qualquer alteração morfológica
• Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: na qual os condrócitos dividem-se rapidamente e formam fileiras ou colunas paralelas de células achatadas e empilhadas no sentido longitudinal do osso
• Zona de cartilagem hipertrófica: zona que apresenta condrócitos muito volumosos, com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. A matriz fica reduzida a tabiques delgados, entre as células hipertróficas. Os condrócitos entram em apoptose
• Zona de cartilagem calcificada: zona em que ocorre a mineralização dos delgados tabiques de matriz cartilaginosa e termina a apoptose dos condrócitos
• Zona de ossificação: zona em que aparece tecido ósseo. Capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se diferenciam em osteoblastos, que formam uma camada contínua sobre os restos da matriz cartilaginosa calcificada sobre esses restos de matriz cartilaginosa, os osteoblastos depositam a matriz óssea.
VASCULATURA E INERVAÇÃO ÓSSEA:
	As mais visíveis são as artérias nutrícias (uma ou mais por
osso) que surgem como ramos independentes de artérias adjacentes fora do periósteo e seguem obliquamente através do osso compacto da diáfise de um osso longo através dos forames nutrícios.
	Muitos pequenos ramos das artérias periosteais são responsáveis pela nutrição da maior parte do osso compacto. Consequentemente, um osso cujo periósteo é removido morre.
	O sangue chega aos osteócitos (células ósseas) no osso compacto por meio de sistemas haversianos ou ósteons (sistemas de canais microscópicos) que abrigam pequenos vasos sanguíneos. As extremidades dos ossos são irrigadas por artérias metafisiais e epifisiais que se originam principalmente das artérias que suprem as articulações. Nos membros, essas artérias costumam fazer parte de um plexo arterial periarticular que circunda a articulação e assegura o fluxo sanguíneo distal a ela,
seja qual for a posição assumida. As veias acompanham as artérias através dos forames nutrícios. Muitas grandes veias também saem através de forames situados próximo das extremidades articulares dos ossos. Os ossos que contêm medula óssea vermelha têm muitas veias calibrosas. Os vasos linfáticos também são abundantes no periósteo. 
Os nervos acompanham os vasos sanguíneos que irrigam os ossos. O periósteo tem rica inervação sensitiva — nervos periosteais — que conduz fibras de dor. O periósteo é muito sensível a ruptura ou tensão, o que explica a dor aguda nas fraturas ósseas. O osso propriamente dito tem relativamente poucas terminações sensitivas. Dentro dos ossos, os nervos vasomotores causam constrição ou dilatação dos vasos sanguíneos, controlando o fluxo sanguíneo através da medula óssea.
FRATURAS ÓSSEAS:
	São rachaduras ou quebras dos ossos.
	Podem ser patológicas ou traumáticas
	Classificadas em :
		-SIMPLES/FECHADA: sem rompimento da pele;
		-COMPOSTA/ABERTA: há rompimento da pele e o osso fica exposto externamente;
		-PARCIAL/FISSURADA: osso não está completamente quebrado;
		-COMPLETA: fratura se divide em dois pedaços;
		-COMINUTIVA: o osso é quebrado em vários pedacinhos;
		-ESPIRAL: a linha de fratura é torcida quando o osso quebra;
		-GALHO VERDE: um lado está quebrado e o outro encurvado. É uma fratura incompleta.
		-IMPACTADA: a extremidade de um osso projeta-se no interior de outro;
		-TRANSVERSAL: a fratutra ocorro ao longo do osso, perpendicularmente ao seu maior eixo;
		-OBLÍQUA: a fratura ocorre ao longo do osso, formando ângulo oblíquo com o maior eixo;
		-COLLES: uma fratura da porção distal do rádio;
		-POTT: fratura de qualquer um ou de ambos os ossos na extremidade distal da tíbia e fíbia no nível dos maléolos;
		-AVULSÃO: uma porção de um osso é arrancada;
		-DEPRIMIDA: a porção quebradaé dirigida para dentro;
		-DESLOCADA: os fragmentos ósseos não estão em alinhamento anatômico;
REPARAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA:
	Quando um osso é fraturado, geralmente o periósteo circunvizinho é rompido e vasos sanguíneos em ambos os tecidos são rompidos. Um coágulo se forma ao longo da área danificada e é denominado hematoma de fratura. A interrupção do fluxo sanguíneo para a área, provoca a morte das células e gera edema e inflamação.
	O local é limpo por células fagocíticas e pelos osteoclastos, que reabsorvem fragmentos ósseos. Quando os resíduos são removidos, a fibrocartilagem preenche o espaço dentro do osso fragmentado, e uma massa cartilagínea denominada calo ósseo é formada, o qual torna-se precursor da formação óssea.
	A remodelação é o passo final. O calo é destruído e é formado um novo suprimento vascular ósseo, e o osso compacto se desenvolve em torno da periferia da fratura.
	As trações e pressões exercidas sobre o osso durante a reparação da fratura, e após o retorno do paciente a suas atividades normais, causam a remodelação do calo ósseo e sua completa substituição por tecido ósseo secundário ou lamelar. Se essas trações e pressões forem idênticas às exercidas sobre o osso antes da fratura, a estrutura do osso voltará a ser a mesma que existia anteriormente. Ao contrário dos outros tecidos conjuntivos, o tecido ósseo, apesar de ser rígido, consolida-se sem a formação de cicatriz.
	
2) HISTOLOGIA DO SISTEMA ÓSSEO
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e material extracelular calcificado, a matriz óssea. As células são: os osteócitos, que se situam em cavidades ou lacunas no interior da matriz; os osteoblastos, que sintetizam a parte orgânica da matriz e localizam-se na sua periferia; e os osteoclastos, células gigantes, móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, participando dos processos de remodelação dos ossos.
A nutrição dos osteócitos é feita pelos canalículos na matriz, que possibilitam a troca entre os capilares e as células ósseas.
Todos os ossos são revestidos em suas superficies externas e internas por membranas
conjuntivas que contêm células osteogênicas, o periósteo e o endósteo, respectivamente.
CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO:
	OSTEÓCITOS: Os osteócitos são as células encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas das quais partem canalículos. Cada lacuna contém apenas um osteócito. Dentro dos canalículos os prolongamentos dos osteócitos estabelecem contatos por meio de junções comunicantes, por onde podem passar pequenas moléculas e íons de um osteócito para o outro. Possuem pequena atividade sintética mas os osteócitos são essenciais para a manutenção da matriz óssea. Sua morte é seguida por reabsorção da matriz.
	OSTEOBLASTOS: Os osteoblastos são as células que sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo 1, proteoglicanos e glicoproteínas) da matriz óssea. Sintetizam também osteonectina
e osteocalcina. Osteonectina facilita a deposição de cálcio e osteocalcina estimula a atividade dos osteoblastos. Como parte da osteocalcina produzida é transportada pelo sangue, atua tanto nos osteoblastos locais como nos localizados à distância. Os osteoblastos são capazes de concentrar fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, em um arranjo que lembra um epitélio simples. Quando em intensa atividade sintética, são cuboides, com citoplasma muito basófilo. A matriz óssea recém-formada, adjacente aos osteoblastos ativos e que não está ainda calcificada, recebe o nome de osteoide.
	OSTEOCLASTOS: Os osteoclastos são células moveis, gigantes, muitinucleadas e extensamente ramificadas. As ramificações são muito irregulares, com forma e espessura variáveis. Frequentemente, nas áreas de reabsorção de tecido ósseo encontram-se porções dilatadas dos osteoclastos, colocadas em depressões da matriz escavadas pela atividade dos osteoclastos e conhecidas como lacunas de Howship. 
Essas células se originam de precursores mononucleados provenientes da medula óssea que, ao contato com o tecido ósseo, unem -se para formar os osteoclastos multinucleados.
MATRIZ ÓSSEA:
	Os íons mais encontrados são o fosfato e o cálcio. Há também bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato em pequenas quantidades. Estudos de difração de raios X mostraram que os cristais que se formam pelo cálcio e o fósforo têm a estrutura da hidroxiapatita, com a seguinte composição: Caio(P04) 6(0H)z. Os íons da superfície do cristal de hidroxiapatita são hidratados, existindo,
portanto, uma camada de água e íons em volta do cristal. Essa camada é denominada capa de hidratação, e facilita a troca de íons entre o cristal e o líquido intersticial.
	A parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas (95%) constituídas de colágeno do tipo I e por pequena quantidade de proteoglicanos e glicoproteínas.
	A associação de hidroxiapatita a fibras colágenas é responsável pela rigidez e resistência do tecido ósseo. Após a remoção do cálcio, os ossos mantêm sua forma intacta, porém tornam-se tão flexíveis quanto os tendões.
PERIÓSTEO E ENDÓSTEO:
	As superficies internas e externas dos ossos são recobertas por células osteogênicas e tecido conjuntivo, que constituem o endósteo e o periósteo, respectivamente. A camada mais superficial do periósteo contém principalmente fibras colágenas e fibroblastos. As fibras de Sharpey são feixes de fibras colágenas do periósteo que penetram o tecido ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso.
TIPOS DE TECIDO ÓSSEO:
	Observando-se a olho nu a superfície de um osso serrado, verifica-se que ele é formado por partes sem cavidades visíveis, o osso compacto, e por partes com muitas cavidades intercomunicantes, o osso esponjoso.
	Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são formadas por osso esponjoso com uma delgada camada superficial compacta. A diáfise (parte cilíndrica) é quase totalmente compacta, com pequena quantidade de osso esponjoso na sua parte profunda, delimitando o canal medular. Principalmente nos ossos longos, o osso compacto é chamado também de osso cortical.
Os ossos curtos têm o centro esponjoso, sendo recobertos em toda a sua periferia por uma camada compacta.
Nos ossos chatos, que constituem a abóbada craniana, existem duas camadas de osso compacto, as tábuas interna e externa, separadas por osso esponjoso que, nesta localização,
recebe o nome de díploe.
As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula óssea.
1) TIPO PRIMÁRIO OU IMATURO: 
Em cada osso o primeiro tecido ósseo que aparece é do tipo primário (não lamelar ), sendo substituído gradativamente por tecido ósseo lamelar ou sec undário. No adulto é muito pouco frequente, persistindo apenas próximo às suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em
alguns pontos de inserção de tendões.
O tecido ósseo primário apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização definida, tem menor quantidade de minerais (mais facilmente penetrado pelos raios X) e maior proporção de osteócitos do que o tecido ósseo secundário.
2) TIPO SECUNDÁRIO OU MADURO:
Sua principal característica é conter fibras colágenas organizadas em lamelas de 3 a 7 μm de espessura, que ficam paralelas umas às outras ou se dispõem em camadas concêntricas em torno de canais com vasos, formando os sistemas de Havers ou ósteons. As lacunas que contêm osteócitos estão em geral situadas entre as lamelas ósseas, porém algumas vezes estão dentro delas. Em cada lamela, as fibras colágenas são paralelas umas às outras. Separando grupos de lamelas, ocorre frequentemente o acúmulo de uma substância cimentante que consiste em matriz mineralizada, porém, com pouquíssimo colágeno.
Na diáfise dos ossos, as lamelas ósseas se organizam em arranjo típico, constituindo os sistemas de Havers, os circunferenciais interno e externo e os intermediários.
Cada sistema de Havers ou ósteon é um cilindro longo, às vezes bifurcado, paralelo à diáfise e formado por 4a 20 lamelas ósseas concêntricas. No centro desse cilindro ósseo existe um canal revestido de endósteo, o canal de Havers, que contém vasos e nervos. Os canais de Havers
comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa de osso por meio de canais transversais ou oblíquos, os canais de Volkmann. Estes se distinguem dos de Havers por não apresentarem lamelas ósseas concêntricas. Os canais de Volkmann atravessam as lamelas ósseas.

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