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Antagonistas Adrenérgicos e Simpatolíticos

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Transcription F2 – 20/03/2017 
 
Antagonistas Adrenérgicos e Simpatolíticos 
 
A principal aplicação dos antagonistas adrenérgicos é regular a PA, ou seja, utilizados como anti-
hipertensivos. E cada um vai ter uma propriedade que vai favorecer o seu uso em detrimento 
de outros. 
Já foi estudado que existiam os receptores alfa e beta adrenérgicos e do ponto de vista 
cardiovascular/do coração qual o subtipo de receptor mais importante? Beta1. E do ponto de 
vista vascular qual o subtipo mais importante? Alfa1, que vão inibir o efeito das catecolaminas 
endógenas. 
Como já foi visto em sala, a PA = DC x RVP . O DC, depende do DSistolíco (força de contração) e 
da FC. E esses 2 parametros dependem de receptores beta1 adrenergicos e em contrapartida a 
RVP depende principalmente do receptor adrenérgico alfa1. Resgatando um conceito: o que 
seria a hipertensão arterial (H.A.)? A elevação da PA, além de parâmetros fisiológicos. Qual 
poderia ser a implicação/consequência/sequela de um paciente com hipertensão arterial? 
Rompimento de algum vaso de grande ou pequeno calibre ao nível do SNC, como um AVC. Será 
que o paciente também é mais suscetível a um infarto agudo do miocárdio? Sim. Então um outro 
acidente vascular, porém no coração, que é uma isquemia cardíaca que poderia levar ao infarto. 
A Hipertensão arterial poderia levar a uma disfunção do coração? O coração funciona como uma 
bomba, ele precisa ejetar o sangue que chega para o resto do corpo. Quando ele vai ejetar ele 
encontra a RVP, se ele tiver que ejetar esse sangue dentro de um sistema vascular de alta 
pressão ele tem uma boa eficiência? Não, ele até pode tentar ter por que ele vai tentar 
compensar mas isso pode levar a uma falência cardíaca de longo prazo. Então a H.A. é fator de 
risco para outras condições clinicas, no mundo ocidental a maior causa de óbitos é por H.A. ou 
doenças secundárias à H.A. 
Dentro do controle de pressão arterial, existem alguns hormônios importantes, adrenalina é um 
deles. Mas o sistema simpático é importante no controla da PA, pois aquele NT que está sendo 
liberado no vaso, contrai, e o que está sendo liberado no coração também contrai e aí aumenta 
a FC. 
Considera o individuo normotenso aquele que possui 120/80mmHg pressão máxima/pressão 
mínima. Houve um estudo clinico, onde mostraram que a partir do limite –um pouco abaixo do 
que consideramos - de 115/75mmHg a medida que esse valor sobe, aumenta o risco dessas 
doenças cardiovasculares. 
Fibra simpática pós ganglionar que libera 
Noradrenalina (NA) e que atuando em 
receptores alfa e beta adrenérgicos vai 
causar: vasoconstricção (aumento da 
RVP), taquicardia (aumento da FC e 
aumento da força de contração). 
 
Em aula foi visto que os receptores beta1 adrenérgicos estão presentes na célula 
justaglomerular que estimula a secreção de Renina, então se houver secreção de Renina o 
sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona é ativado. Logo, todos esses mecanismos são fatores 
pro chamado de Hipertensão Arterial Essencial. O que é isso? Níveis pressolicos acima do 
fisiológico e que não se sabe a causa. A hipertensão arterial essencial é uma mistura de vários 
fenômenos e alterações celulares. Então vamos usar um vasodilador ou um fármaco que 
diminua o DC dependendo do paciente. A hipertensão é caso para um AVC, cardiopatia e 
também para lesão renal pois se tem vasoconstricção a perfusão naquele tecido/órgão diminui 
e se isso acontece pode causar uma isquemia e o rim é muito suscetível a isso. 
Figura que ilustra uma variação cardíaca 
importante. Na ordenada temos a FC e na 
abscissa o tempo de observação de um 
paciente que tem uma isquemia cardíaca, 
ou seja, ele já tem uma 
cardiopatia/alteração da fisiologia cardíaca. 
Sua PA foi mensurada por telemetria 
durante 3 programas na TV. Um drama, 
uma comédia e um documentário. 
Em preto temos o registro desses três 
momentos na ausência e após a adm de um 
antagonista beta adrenérgico. Começando 
pelo drama (ex: partida de futebol ou uma 
outra atividade diretamente ligada ao nosso emocional). No início o individuo mostrava cerca 
de 80 batimentos/min, conforme começou o programa e durante toda a duração do drama a FC 
esteve em níveis mais elevados, chegando a valores próximos de 120 bat/min, ou seja, quase o 
dobro do que ele partiu. A cada vez que a FC dele aumentou, como ficou a PA? Em tese, também 
aumentou, pois sabemos que a FC aumenta o DC. Caso ele não tenha um sistema bem regulado 
que possa contrapor isso, ela vai subir em algum grau. Por ser um paciente cardiopata essa 
elevação não é segura. Durante a comédia, o paciente foi para um nível basal de frequência 
menor mas as vezes ainda existia algumas oscilações. O mais homogêneo foi o documentário, 
onde os níveis não variaram muito. 
Nesse experimento, deu o exemplo de uma variação de FC mas não é um problema/perigo real, 
são emoções que temos no dia a dia. Imagine esse paciente sem nenhum bloqueio adrenérgico 
mediante a noticia de que ele perdeu o emprego. Nessas situações de estresse/adversidade da 
vida, isso continuaria acontecendo, podendo ser até maior. Nas linhas em azuis, está referindo-
se ao bloqueio beta adrenérgico. Na presença do bloqueador beta, qualquer variação emocional 
que ele tenha sentido continuou acontecendo, mas a variação da FC foi muito menor. Então 
temos uma queda da FC basal mas o mais importante é que essas oscilações deixaram de 
acontecer, o objetivo do bloqueador beta adrenérgico não é diminuir a FC basal, até por que se 
diminuir muito a FC o paciente nem levanta da cama, pois vai ficar hipotenso e sem disposição 
para fazer nada. Mas é causar o mínimo de impacto na FC basal e impedir, que quando houver 
a descarga de NA no coração que ela não consiga atuar plenamente, evitando assim essas 
oscilações maior de FC. 
Em casos de competições em tiro ao alvo por exemplo, atletas podem fazer uso de bloqueador 
beta, que vai tirar o componente de ativação simpática, sem causar nenhum grau de sedação 
ou perda de memória. Esse uso de medicação durante competições é considerado doping. 
Todo antagonista beta adrenérgico vai diminuir a FC e a força de contração do coração. Então já 
supomos que o bloqueador beta irá diminuir o DC e com isso diminuir a PA, mas o objetivo maior 
é evitar as exacerbações do SNS, sem afetar muito a atividade basal. 
Estrutura do 
coração e algumas 
regiões anatomicas 
importantes. O 
nodo sino atrial (AS) 
que determina o 
ritmo cardico, o 
sistema de 
condução atrio-
ventricular (AV), o 
sistema His-
Purkinje que 
distribui esse 
impulso nervoso e a 
cavidade do 
ventriculo que 
quando contrai tem 
uma capacidade de bombear o sangue. Os antagonistas dos receptores beta adrenergicos, 
diminuem a FC, força de contração (DSistolico) e por consequencia, a diminuição do DC. No 
gráfico a direita temos o registro da oscilação do potencial de membrana em mV, o potencial 
mais negativo é a célula em repouso e quando vem a despolarização o potencial de ação 
cardiaco se eleva. O que seria normal seria um impulso, seguido pelo que está em vermelho. 
Mas na presença de um bloqueador beta, o intervalo aumenta entre cada FC. A inclinação se 
torna mais lenta, dificultando a despolarização espontanea que acontece quando o coração está 
na diastole (relaxado). Isso vai se traduzir por unidade de tempo em uma redução do número 
de batimentos cardiacos/FC, o efeito cronotrópico negativo. 
Do ponto de vista do coração: o musculo cardíaco tem os vasos sanguineos como as artérias 
coronárias e as ramificações que levam o sangue pro musculo para ele ter o substrato (O2 e 
Glicose) para trabalhar. 
Supondo a vascularização do coração: o coração está relaxado, o vaso está relaxado e o sangue 
passa pelo coração, ou seja, o coração está sendo perfundido. Aí, no momento da sistole ele 
contrai, quando ele contrai os vasos que estão dentro da massa muscular, ficamcomprimidos 
pela parede cdo miocárdio e nessa hora a perfusão no coração fica diminuida. Quando ele 
relaxa, o vaso distende e o coração é perfundido. 
Se o paciente está com taquicardia, naquele 1 minuto em que a FC está muito maior que o 
normal, o coração está mais ou menos perfundido? Menos. Se a frequencia cardíaca aumenta 
muito isso poderia ser um fator de risco para um infarto? Sim. Os antagonistas beta 
adrenergicos indiretamente melhoram a perfusão do coração. Eles não terão efeito direto no 
vaso, mas como no coração o numero de batimentos por minuto diminui então por unidade de 
tempo, naquele um minuto o coração permanece mais tempo relaxado, em diastole. E é na 
diastole que a perfusão do coração acontece. O coração precisa contrair para bombear, mas se 
ele contrai com muita força a demanda metabólica dele é maior ou menor? Maior, pois o 
musculo para contrair precisa de Oxigênio e glicose, se ele contrair com muita força e várias 
vezes naquele um minuto a demanda metabólica dele sobretudo de O2 é maior. Na hora em 
que diminuiu a FC e a força de contração, o coração vai precisar de tanto Oxigênio assim? Não, 
com isso é possível diminuir o risco de infarto. Os antagonistas beta adrenergicos além de serem 
usados como anti hipertensivos também são muito usados na prevenção de infarto. E quem teve 
infato e sobreviveu, uma estrategia de tratamento para que isso não volte a acontecer é o uso 
de antagonista beta adrenergico. Isso é a relação do consumo de oxigenio, a perfusão no tecido 
cardiaco e a FC e força de contração. Se o paciente está mais vezes em sístole a perfusão dele 
diminui, então isso é um fator de risco para o paciente infartar, por isso se quer baixar a FC para 
níveis mais controlados. Qual seria o risco caso diminuisse muito a FC? Vai diminuir a FC e a força 
de contração, a capacidade de bombeamento fica comprometida pois diminui bastante o DC 
causando uma hipotensão. Com o antagonista beta, se quer sair de um nível de ativação 
simpática alto trazendo para níveis mais fisiológicos, mas não reduzir além. E a atividade do 
coração, de contração e de FC vai estar sempre relacionada ao consumo de oxigênio e ao 
controle da PA. Então são dois parametros: a pressão e os termos de metabolismo celular, por 
que toda vez que aumenta o trabalho cardíaco (a força e a frequencia cardiaca), aumenta o 
consumo de O2 e se não houver um ajuste bom entre o aumento do consumo e a oferta isso 
aumenta o quadro de isquemia. 
Isso tudo será importante para entender a indicação clinica além da hipertensão arterial. No 
paciente que já teve o infarto ou para previnir um, se usa esse tipo de medicamento pois diminui 
a demanda metabolica (consumo de O2) e redução da PA. 
Na célula justaglomerular possui recepor beta1 e estimula a secreção de renina, naturalmente 
um antagonista beta adrenergico também vai diminuir a secreção de Renina. Agora ele é usado 
por que? Por diminuir a frequencia e força de contração ou por diminuir a secreção de renina? 
Qual o racional em usar um antagonista beta adrenergico em um paciente hipertenso? É pelo 
efeito cardíaco em diminuir a frequencia e força de contração. Quem são os fármacos? 
Essa classe tem muitos fármacos e é 
dividida em gerações. Os mais usuais 
no Brasil, que estão disponiveis na 
rede publica de saúde e prescritos na 
fármacia, serão mais pontuados. 
A primeira geração tem como um 
dos principais fármacos, o 
propranolol. 
Propranolol: fármaco bastante 
antigo, que se caracteriza por ser um 
antagonista não seletivo, ou seja, se 
considerarmos beta 1 e beta2 (beta3 
tem menor relevância na farmacologia), ele vai bloquear de forma não seletiva todos os 
receptores beta adrenergicos. O Propranolol bloqueia tanto beta1 como beta2 e por isso é 
considerado não seletivo. É um fármaco que por ser antigo e um dos primeiros, hoje se tem 
muito conhecimento sobre seus efeitos farmacológicos e adversos, a segurança. Mas não 
necessariamente é o fármaco de escolha, pois na medida em que bloqueia beta1 ele faz o efeito 
cardíaco que queremos, mas no momento que bloquear beta2 podem surgir efeitos adversos. 
Então, estão 3 exemplos que são: Propranolol, nadolol e timolol. 
O timolol é um fármaco importante pra gente, mas ele só tem uma aplicabilidade terapeutica. 
Ele existe na forma de colírio e é usado clinicamente para modular uma função oftálmica. 
Por outro lado, a limitação dessa classe é por ser NÃO-SELETIVA. Dessa forma, veio a segunda 
geração que possui mais afinidade pra beta1 em relação a beta2. 
Na 2ª geração temos os fármacos: metoprolol, usado no Brasil, mas que tem sido 
progressivamente substituido pelo ATENOLOL. Pois Atenolol possui melhor perfil 
farmacocinético. 
Fármacos de 1ª geração importante (não seletivo): Propranolol 
Fármacos de 2ª geração importante (seletivo Beta1): Atenolol 
Nestes dois casos temos fármacos que são antagonistas adrenérgicos sem atividade intrínseca, 
ou seja, quando esses fármacos se ligam ao receptor eles ocupam o receptor e impedem que o 
agonista endogeno o ativem. Atividade intrinseca deles: ZERO 
Posteriormente, para cada classe não seletiva ou seletiva para beta1 surgiram antagonistas 
adrenergicos chamados de antagonistas com atividade simpatico mimética intrinseca. O que 
esse nome sugere? Que atua sobre o receptor e também desencadeira alguma ação 
mimetizando a ação do agonista endogeno. Porém ele é um antagonista, então o que poderia 
ser? Um agonista parcial, que tem uma eficácia menor que o agonista pleno. 
O Pindolol quando se liga ao receptor beta adrenergico se torna capaz de desencadear um pouco 
da sinalização, mas essa sinalização é muito pequena se comparado ao que a NA desencadearia. 
Então na hora que ele ocupa o receptor ele causa um antagonismo por que ele impede que o 
agonista total (NA) atue. 
Em um ensaio onde foi adicionado um agonista pleno o efeito máximo consegue ser alcançado, 
ao contrário de um experimento onde foi adicionado um agonista parcial, pois o efeito máximo 
não seria atingido, agora o qual menor esse efeito seria vai depender se o agonista pleno é de 
eficácia baixa ou de eficácia intermediária. Mas no momento em que ele ocupar o receptor, o 
agonista (noradrenalina, por exemplo) não consegue mais o seu efeito máximo. Portanto, vai 
diminuir a frequencia cardiaca para aquele parametro que o agonista parcial for capaz de 
desencadear. 
Todo antagonista beta adrenergico irá diminuir a FC. Quem vai diminuir mais a FC? O antagonista 
pleno ou o parcial? O antagonista pleno. Se já tem o antagonista pleno que diminui a FC, qual 
foi a restrição desse antagonista pleno que forçou o desenvolvimento de um agonista parcial? 
Será que poderia ser por que alguns antagonistas plenos diminuem demais a frequencia 
cardiaca em determinados pacientes? Sim, muitos pacientes precisavam de uma redução mais 
tenue que mesmo as doses mais baixas do antagonista pleno não conseguiam dar então por isso 
desenvolveram um antagonista que é o agonista parcial. 
A maioria dos pacientes fazem uso do antagonista pleno ou do agonista parcial? Do antagonista 
pleno. Esses fármacos como o pindolol que é não seletivo e o acebutalol que é um agonista 
parcial beta1 seletivo, proporcionalmente em termo de pacientes eles tem um número menor 
de prescrições se comparado com a maioria das outras prescrições que será de um antagonista 
pleno, com a vantagem de poder ser não seletivo ou não aí vai depender do quadro clinico do 
paciente. 
Atividade simpático mimetica intriseca = agonista parcial dos receptores beta 
adrenergicos 
Dentro dessa classe de antagonistas beta 
adrenergicos surgiu um fármaco chamado 
Labetolol, que tem a seguinte caracteristica: ele é 
um antagonista beta não seletivo, mas associado 
a isso ele também tem uma atividade antagonista 
alfa1 adrenérgico e por isso ele é conhecido como 
um fármaco dual. Por que? O mesmo fármaco 
consegue bloquearbeta e alfa1, o Labetolol tem 
um carbono quiral que vai fazer com que ele tenha os isomeros e os isomeros distintos 
tem as propriedades farmacológicas distintas, onde um isomero bloqueia o beta e o 
outro alfa1. Por essa caracteristica dual além dele reduzir o DC, ele diminui a RVP. Então 
a consequencia dessas duas inibições/bloqueios é uma queda de pressão arterial que 
seria mais acentuada, em relação a somente o bloqueio de beta1. Foi desenvolvido para 
pacientes onde só o bloqueio de beta1 ou só o bloqueio de alfa1 não exercia um bom 
efeito anti hipertensivo. NÃO É O MAIS PRESCRITO DA CLASSE. Pois não são todos os 
pacientes que necessitam dessa abordagem, mas ao invés do paciente fazer o uso do 
bloqueador beta1 com um comprimido e um outro comprimido com o bloqueador alfa1, 
uma mesma molécula tem a capacidade de atuar em mais de um alvo farmacológico, 
sendo portanto, dual. 
E a 3º geração, como exemplo do 
Carvedilol. 
Carvedilol: antagonista dual, 
bloqueia beta e alfa1. Além disso, 
bloqueia um canal ionico 
impedindo a entrada de Cálcio no 
musculo liso vascular. Então além 
de fazer o bloqueio cardiaco e o 
bloqueio alfa1 vascular, ele também 
contribui para vasodilatação. 
Os antagonistas que são bloquadores beta e que tem uma outra propriedade 
farmacológica que contribui para a vasodilatação são chamados de antagonistas de 3ª 
geração. 
Os de 3ª são fármacos que diminuem o debito cardiado e diminuem a RVP. 
1ª geração: não seletivo para beta1, com ou sem atividade simpatico mimetica 
intrinseca. 
2ª geração: seletivo para beta1, ex: atenolol 
3ª geração: bloqueia beta1, efeito vasodilatador pelo bloqueio de alfa1 (exercendo 
atividade dual), bloqueio de canais de Cálcio. 
Reforçando os fármacos mais usados na clinica, estão três exemplos não seletivos e quatro beta1 
seletivos. Em negrito estão os mais importantes. 
Na tabela estão alguns parametros 
importantes para ressaltar: 
Atividade simpaticomimetica 
intrinseca (ASI): pindolol e acebutolol 
são agonistas parciais de baixa 
eficácia. Clinicamente ASI se 
traduziria em um impacto na 
frequencia cardiaca. Então o 
Propranolol não tem ASI, nem o 
atenolol sendo portanto antagonistas 
plenos. 
A lipossolubilidade é um fator 
importante na classe de antagonistas beta adrenérgicos, pois a lipossolubilidade vai permitir 
uma maior ou menor distribuição no nosso organismo, lembrando que nosso alvo farmacológico 
são os receptores beta periféricos, então qualquer fármaco que chegue no SNC será efeito 
adverso e nesse sentido quanto mais lipofilico maior a chegada ao SNC, que seria o caso do 
propranolol. 
O metoprolol foi progressivamente substituido pelo atenolol, pois ele é mais hidrofilico portanto 
tem menor penetração na BHE. 
A biodisponibilidade por via oral da classe varia muito, então tem biodisponibilidades bem 
baixas p.ex. o propanolol (cerca de 25%) até valores mais altos como o sotalol com 
biodisponibilidade oral cerca de 90%. Então não tem como fechar uma classe. 
Mas se pegarmos os 2 fármacos mais importantes: o propanolol tem uma biodisponibilidade 
baixa, então a dose adm já prevê essa baixa biodisp. E o atenolol que tem uma biodisp. Melhor 
mas ainda sim não é completa. E o tempo de meia vida que é pequeno de forma geral quando 
olhamos a classe como um todo, mas em muitos casos tem-se uma única adm ao dia. E aí o 
propanolol tem um tempo de meia vida pequeno e o atenolol tem um tempo de meia vida um 
pouco melhor, mas nada que seja muito elevado. 
Um parametro importante da lipossolubilidade vai impactar na via de eliminação. Se tiver 
fármacos muito lipofilicos, vai precisar na via de eliminação que ele passe primeiro por um 
metabolismo hepático (sistema lipossomal hepatico) gerando metabolitos mais hidrossoluveis 
que serão elimandos na urina. Então os fármacos mais lipofilicos como o propranolol e 
metoprolol dependem bastante de metabolismo hepático antes de serem eliminados. Em 
contraparitda, os mais hidrofilicos como o atenolol dependem menos de metabolização 
hepatica, e aí eles são eliminados em grande parte em sua forma inalterada. Será que isso pode 
ter alguma relevancia se o paciente hipertenso tiver uma disfunção hepática? Sim. Com isso 
deveriamos evitar os bloqueadores beta de caracteristica mais lipossoluveis como o propranolol, 
metoprolol, ou seja, não seriam os fármacos de primeira escolha. Recairia primeiramente sobre 
os fármacos mais hidrossoluveis como o atenolol. 
Mas se o atenolol é eliminado na forma inalterada e o paciente tiver uma disfunção renal a 
concentração plasmatica dele será aumentada e aí ele já não será mais o fármaco de escolha. O 
O mais importante disso tudo é saber por que no caso dos antagonistas beta adrenergicos a 
lipossolubilidade vai ser importante. 
E também potenciais interações medicamentosas, existem alguns fármacos clinicamente que 
inibem o sistema microssomal hepático (enzimas CYP), inibindo a metabolização desses 
fármacos. Ex: propranolol associado com o omeprazol (inibidor de bomba, usado na gastrite). O 
omeprazol inibe o sistema microssomal, então o tempo de meia vida do propranolol aumentaria 
no organismo, tendo seu efeito mais pronunciado precisando de um ajuste de dose. 
Quais são os usos clinicos principais dos antagonistas beta? 
- Hipertensão arterial (se for um antagonista pleno, será pelo efeito de bloqueio de beta1. Se 
for um antagonista dual, o efeito anti-hipertensivo será tanto pelo bloqueio de beta1 quanto 
pelo bloqueio de alfa1 adrenérgico) 
Na emergência hipertensiva, os fármacos que se tem para uso seriam o LABETOLOL (disponível 
por via IV). 
O fármaco que é utilizado por via exclusivamente via IV é o ESMOLOL, pois ele não tem 
biodisponibilidade por via oral, ele é um bloqueador beta adrenérgico. 
- Anti-arritimico (antagonistas beta adrenérgicos diminuem a FC e normalizar o ritmo cardiaco) 
- Angina (doença isquêmica, onde os vasos sanguíneos do coração, em maior ou menor grau, 
tem uma obstrução devido a placa de ateroma e a qualquer esforço físico ou emocional o 
paciente tem uma dor no tórax muito intensa. Essa obstrução se evoluir de forma muito 
acentuada ela pode levar a um infarto) Sendo importante diminuir o consumo de O2 e evitar 
que esse coração bata um numero de vezes por minuto muito elevado e que a força de 
contração seja muito grande. Então o objetivo é diminuir a FC e o consumo de O2. 
- Infarto agudo do miocárdio ou tem risco elevado 
- Glaucoma: o fármaco timolol na forma de colírio oftálmico, com bloqueio dos receptores beta 
adrenérgicos no corpo ciliar que vai diminuir a formação do humor aquoso. Não há interferência 
na drenagem, somente inibe a produção. Pode ser usado sozinho ou associado. 
Porém, a classe como um todo tem uma desvantagem: 
Aumenta o colesterol de baixa densidade (LDL) e também causa resistência à Insulina. Na 
vigência de um bloqueador beta adrenérgico se vê o aumento da Glicemia. 
Essas desvantagens já nos remete a duas contra-indicações: 
Paciente diabético 
Paciente com colesterol elevado 
CONTRA-INDICAÇÕES: 
GRAVIDEZ (Diminui a perfusão placentária) 
BRADICARDIA 
ASMA 
Qual característica hemodinâmica deles que poderia justificar a contra-indicação na gravidez? 
Perfusão placentária. Se diminui o DC a perfusão placentária reduz, então a chegada de sangue 
ao feto diminui. Todos os antagonistas beta são contra indicados na gravidez. 
Se o paciente já tem FC baixa, usar um antagonista beta vai diminuir mais ainda. O paciente 
pode ser hipertenso, mas ter uma FC baixa. A hipertensão dele é mais provável que seja de 
origem vascular do que cardíaca, então não adianta diminuir o DC. 
O que o receptor beta adrenérgico tem a ver com a asma? O receptor beta2 está expresso na 
musculatura lisa bronquiolar e fisiologicamente é ativado pelas concentrações circulantes da 
adrenalina, que mantém a musculatura relaxada de forma a ter a passagem doar. Se bloqueia 
o receptor se perde o mecanismo de bronquiodilatação e isso pode precipitar uma crise 
asmática no paciente. Se bloqueia o Simpático, predomina o Parassimpático e a ação da Ach que 
é broncoconstrictora. 
De cara, que tipo de antagonista beta não pode? Não seletivo. 
E o beta1 seletivo é 100% seguro? Não, pois a seletividade depende da dose que tá sendo adm. 
Se precisar de uma dose maior ele sempre será mais afim por beta1, mas pode ser que comece 
a bloquear um pouco de beta2 e esse pouco que é bloqueado já desencadeia uma crise asmática. 
Então a segurança do beta1 seletivo é relativo e nunca absoluta. 
Mas se precisasse diminuir a FC com um bloqueador beta adrenérgico o mais seguro seria o 
beta1 seletivo. 
CONTRA-INDICAÇÕES: 
DOENÇA VASC. PERIFÉRICA 
DIABETES 
DEPRESSÃO (fármacos mais 
lipossolúveis p. ex. propranolol. O 
bloqueio de receptores 
adrenérgicos no SNC diminui o 
humor) 
HIPERLIPIDEMIA (nessa situação, 
associa uma estatina para controlar 
o colesterol) 
Quando estudamos a ação da 
adrenalina, vimos que esse agonista tem uma propriedade interessante que é a maior afinidade 
por beta2 do que para receptor alfa1 adrenergico. Portanto, doses baixas de adrenalina 
promovem vasodilatação e apenas quando aumentamos a dose, que ativa alfa1 conseguimos 
ver a vasoconstricção. 
O será que aconteceria do ponto de vista vascular se tivesse um antagonista beta não seletivo? 
Vai bloquear o beta1 no coração, mas vai bloquear beta2. Será que isso pode ter algum impacto 
sobre o vaso sanguíneo e a contratilidade vascular? Sim. Na extremidade das mãos, dos pés, 
mucosas, os vasos sanguíneos que irrigam vísceras... O que eles tem? Tem predomínio de alfa1 
em detrimento de beta2, diferente dos vasos sanguíneos da musculatura esquelética. Então o 
bloqueio de beta2 potencialmente pode causar alterações no grau de contração do vaso. Nesses 
vasos sanguíneos onde o beta2 já tem pouca participação, quando bloqueamos esses receptores 
vai predominar 100% o alfa1 que é vaso constrictor. Então é muito comum o paciente que faz 
uso do propranolol ter a mão gelada, pois está com a perfusão das extremidades diminuída. 
Existe o paciente que tem a doença vascular periférica, isso significa que os vasos sanguíneos 
dele são mais contraídos do que o fisiológico. Então fisiologicamente ele já está com a mão 
sempre gelada, pois os vasos já são muito contraídos em relação ao que deveria ser. Portanto 
nessa situação se bloquear beta2, vai diminuir mais ainda a perfusão dessa extremidade. Se essa 
perfusão estiver extremamente comprometida pode induzir no paciente isquemia e necrose do 
tecido naquele região. Isso é o que está representado na figura acima. 
Essa é uma contra indicação para os bloqueadores beta adrenérgicos não seletivos e beta1 
seletivos que apresentam segurança relativa. 
Todos os vasos sanguíneos expressam beta2 e alfa1 mas em proporções muito diferentes. 
Pensando em contexto de PA: tem o efeito beta2 que se opõe ao efeito de beta1 nos vasos, se 
fizer o antagonista beta1 seletivo em tese está se favorecendo o bloqueio de beta1 sem 
influenciar beta2. Mas se quiser o não seletivo, vai bloquear beta1 cardiaco e beta2 vascular. E 
agora o que acontece com a PA? Continua diminuindo o DC? Sim. Agora o antagonista beta 
“normal” (sem ser o dual), o alvo é coração beta1, não é mexer na RVP. Se fizer o uso de um 
beta seletivo será que a RVP poderia sofrer alguma modificação? NãO adianta diminuir o DC e 
aumentar a resistência. Clinicamente, se observa o uso do bloqueador beta não seletivo diminui 
a força de contração e com isso o DC e a PA. E o que acontece em função do receptor beta2? O 
bloqueio de receptor beta2 mexendo na RVP, poderia afetar a PAMinima diastólica. Então, a 
priori, quando o paciente fazo uso de antagonista beta adrenérgico poderíamos ver uma 
pequena elevação da PA diastólica, mas não observamos nenhuma alteração clinicamente. 
Vemos a queda da sistólica, a queda da PAM mas a diastólica não é afetada. O que se sugere é 
que apesar de ter o beta2, tem também o alfa1 que é modulado principalmente pela NA que 
está sendo liberada e o bloqueio de beta1, na célula justaglomerular diminui renina que por sua 
vez diminui a conversão de Ang I em Ang II. Ang II é vasoconstrictora, então no balanço dos 
efeitos, o bloqueio de beta2 é “compensado “pela redução do sistema renina-ang-aldosterona 
e se mantém o efeito beta1 que é mais importante. A priori, não é necessário se preocupar com 
a PA diastólica, pois a RVP não será afetada por que tirou o beta2 que é vasodilatador e 
predominaria o alfa1. Mas na verdade também está tirando Angiotensina de cena, então o que 
se perde de beta2 e o que se perde de AngII acabam se equilibrando e fica o efeito alfa1 residual. 
E se diminuir a RVP, ai precisa bloquear alfa1. Então o bloqueador beta é o efeito mais 
cardiosseletivo. 
- DIABETES : no fígado tem o rec. Beta 2 adrenergico, e temos um estoque de glicogênio 
hepático. O estimulo beta2, vai quebrar o glicogênio e liberar glicose na corrente sanguínea. 
Então toda vez que a glicemia cai, a adrenalina começa a ser liberada e vai atuar no fígado para 
quebrar esse glicogênio e manter a glicemia em níveis mais próximos do normal possível. Se 
bloqueia beta2, essa capacidade de recuperação da hipoglicemia fica comprometida e 
diminuída. Se o paciente é hipertenso, sem problemas de diabetes usando um antagonista beta 
não seletivo (ex. propranolol), ele é sempre mais predisposto a um evento hipoglicemico. 
Se o paciente é diabético e usa insulina, que já é um hormônio de ação hipoglicemiante. O risco 
de hipoglicemia é maior ou menor se faz o uso de propranolol e insulina em relação a mesma 
dose de insulina sozinha? É maior. O antagonista beta não seletivo é contra indicado para 
pacientes diabéticos, pois ele sempre faz uso de um fármaco para diminuir a hipoglicemia e um 
efeito adverso desse tratamento é que a glicemia vá além do fisiológico e cai a níveis de 
hipoglicemia e aí, no caso do bloqueador beta o mecanismo de glicogenolise hepática vai estar 
bloqueado, então o individuo entra em hipoglicemia e o organismo não tem uma forma imediata 
para mobilizar o glicogênio armazenado, justamente para essa situação de emergência. 
Além disso quando temos a hipoglicemia temos a taquicardia e o tremor. Mas nessa situação, o 
individuo não sente esses sinais que sinalizam que ele tem que comer algo, pois o beta1 no 
coração e o beta no musculo esquelético estão bloqueados. 
Interações medicamentosas: 
Indutores metabolismo hepático (↓ t1/2vida) 
Inibidores metabolismo hepático (↑ t1/2vida) 
Do ponto de vista de interações medicamentosas é importante saber que qualquer fármaco que 
iniba o sistema microssomal hepático vai aumentar o tempo de meia vida do propranolol e 
metoprolol p.ex. que são fármacos mais lipofílicos. Em contrapartida, existem alguns 
antibióticos p.ex. como a Rifampicina ou o anticonvulsivante como o Fenobarbital são fármacos 
clássicos que tem a capacidade de induzir/aumentar o metabolismo hepático. Então, nessa 
situação o tempo de meia vida do Propranolol e do metoprolol diminuíriam. 
Se o fármaco depende do metabolismo hepático em grande proporção, a interferência do 
metabolismo hepático contribui para alteração no tempo de meia vida e logo na eficácia do 
tratamento ou ocorrência de efeitos adversos. 
RECEPTORES ALFA (A) ADRENERGICOS: 
Tanto alfa1 como alfa2 tem subtipos, então alfa1 e dividido nesses subtipos: 
Α1: A1a, A1b e A1d 
Do ponto de vista clinico, é sempre falado dos receptores alfa1 adrenergicos , haverá uma única 
condição onde teremos que especificar um subtipo em particular. 
Começando com o principio de antagonistas alfa: se tem alfa 1 e alfa2 poderiam ter fármacos 
antagonistas alfa não seletivos, seletivo para alfa1 e seletivo para alfa2. Se queremos um 
fármaco que vai modular RVP, qual o subtipo de receptor alfa mais importante?Alfa1. 
Então, se queremos um antagonista alfa1 o que aconteceria caso fosse usado um antagonista 
não seletivo? Será que teria uma grande repercussão negativa no organismo? É isso que 
veremos... 
Essa figura representa a fibra pós glanglionar parassimpática que libera NA (representada pelas 
vesículas). Fisiologicamente, a NA é 
liberada e atua no tecido alvo (se for 
no coração é beta1, se for nos vasos 
sanguíneos é alfa1) e ela também 
pode atuar no auto receptor que é 
responsável pela retroalimentação 
negativa/feedback negativo, que faz 
um pequeno freio sob essa liberação. 
Se usar um antagonista não seletivo, 
que está representado pela gota em laranja, 
significa que vai liberar tanto alfa1 pro vaso (fazendo vasodilatação), mas o bloqueio de alfa2 
Ex: fenoxibenzamina – irreversível 
pré sinpático interfere no freio, que é perdido. Então a seta mais larga significa que a liberação 
de NA na fenda sinpática agora é muito maior. Do ponto de vista vascular, o receptor estava 
bloqueado, então a RVP cai e tende a se manter. Mas o que irá acontecer com beta1 no coração? 
Vai aumentar a FC e a Força de contração. Então a eficácia anti hipertensiva dessa classe 
farmacológica não se sustenta a longo prazo, pois o efeito beta1 cardiaco vai aumentar o DC e 
fazer com que a pressão acabe 
voltando a níveis pré 
tratamento. Além disso, tem 
beta1 na célula justaglomerular 
que secreta renina e que por sua 
vez, facilita a produção de AngII 
e que forma Aldosterona, e aí vai 
reter sódio e agua. 
Então os antagonistas beta não seletivos, como p.ex. a Fenoxibenzamina não são mais fármacos 
usados clinicamente, pois a sua eficácia terapêutica era muito limitada. Pra piorar, seu efeito é 
irreversível, ou seja, quando ela se liga aos receptores essa ligação é muito estável e promove 
uma alquilação desse receptor e ele alquilado ele morre e precisa ser ressintetizado. 
Limitação dos antagonistas não seletivos: haveria uma atividade simpática muito grande, o 
paciente sofreria uma taquicardia muito severa e o aumento do Dsistolico, fazendo com que o 
DC aumente e com isso a eficácia não é das melhores. Por isso foi desenvolvido a classe dos 
receptores alfa1 seletivos, representada pelo circulo em rosa. Onde bloqueia alfa1 no tecido 
alvo, ex: o vaso sanguíneo, faz vasodilatação, diminui a RVP e a PA. Não interfere no alfa2, então 
aquele freio é preservado e portanto não tem um estimulo para liberar mais NA. 
Do ponto de vista de antagonista alfa, os alfa1 seletivos tem eficácia maior com menos ativação 
do sistema simpático e renina-ang. 
Quem são os fármacos? 
Um dos prinicipais é a 
PRAZOCINA que é da 
família das quinazolinas 
e tem um fármaco que é 
da mesma familia que é a 
TERAZOSINA. 
Utilizaremos a 
PRAZOCINA que é 
exemplo de fármaco 
alfa1 seletivo. A 
prazocina é seletiva para alfa1, ou seja, ela é afim por alfa1 mas não por beta e muito menos 
por alfa2. No tecido alvo, pode existir alfa1a, alfa1b e alfa1d, a depender do tecido. Ela vai 
bloquear esses 3 tipos de alfa1 com a mesma afinidade/potencia, então ela é alfa1 seletiva. Mas 
ela não descrimina dentro os 3 subtipos de alfa1. 
E se tiver uma condição clinica, cuja a fisiopatologia esteja relacionada ao subtipo ALFA1a. Será 
que poderia ter um fármaco mais seletivo e com mais afinidade em detrimento de alfa1b e 
alfa1d? Sim. 
Estão 3 exemplos de 
fármacos, cujo mais 
importante é a 
TAMSULOSINA. Todos 
disponiveis no Brasil. 
Ela é considerada um 
antagonista alfa1, com mais 
afinidade para alfa1A, entao 
seria “Alfa1a-seletivo”. 
Se precisa de um antagonista 
alfa1 seletivo, talvez a 
aplicação terapeutica não 
seja a mesma da PRAZOCINA 
que não descrimina entre os 
3 subtipos. 
Quais são as propriedades farmacológicas? 
Se pegar a PRAZOCINA e a TERAZOCINA que são antagonistas alfa1 sem descriminar os 3 
subtipos, o que acontece? O receptor alfa1 adrenergico está presente tanto no lado arterial, 
como no venoso. E quando estimulados promovem contração arteriolar e venosa. Quando 
bloqueia esse receptor, então tem vasodilatação, que acontece tanto no leito arterial quanto no 
venoso. 
Então agora, diminuiu a RVP e essa redução, devido ao bloqueio alfa1 se relaciona a 
vasodilatação arterial ou venosa? Arterial. 
E a vasodilatação venosa, poderia ser benéfica de alguma forma? Diminuiria o DC pois diminui 
o retorno venoso. Então a prazocina e terazoocina tem como caracteristica o bloqueio de alfa1 
vascular e onde os alfa1 estão presentes? Tanto no lado arterial quanto no lado venoso, então 
quando elas bloqueiam essses receptores ocorre uma vasodilatação arterial que diminui a RVP 
e ocorrre uma vasodilatação do lado venoso, as veias relaxam com isso por unid/tempo diminui 
o volume de sangue que está retornando ao coração. A vasodilatação arterial que diminui a 
RVP podemos dizer que diminui a PÓS-CARGA. E a vasodiltação venosa, que diminui o retorno 
venoso diminui a chamada PRÉ-CARGA. São termos hemodinamicos utilizados para explicar o 
efeito farmacologico observado. Então sempre que lermos no livro, diminuiu a RVP é por que 
houve um relaxamento vascular ao nível arterial. Diminuiu o retorno venoso, então uma das 
possibilidades é que tenha havido vasodilatação venosa. 
Como que havendo a dilatação pode contribuir para a queda da PA? Pois o retorno venoso 
regulao DC, então se o volume de sangue que volta ao coração está diminuido a força de 
contração que o coração tem que fazer para ejetar aquele volume de sangue é menor. 
“O retorno regula o débito” – toda vez que o retorno venoso diminui, o DC diminui. 
O debito sistolico depende do retorno venoso, se faz veno-dilatação diminui o retorno venoso e 
pode ter um debito sistolico menor e com isso acaba tendo a redução do DC. 
Ou seja, todo fármaco veno-dilatador diminui o DC mesmo sem mexer no beta1. Então quando 
quiser mexer no DC, tem duas estratégias: ou bloqueia direto beta1 ou age de uma forma 
indireta diminuindo o retorno venoso. Cada mecanismo vai ter uma vantagem e uma 
desvantagem. 
 
A pós carga é a RVP, ela que vai 
dar a pressão que o coração terá 
que fazer para ejetar. Se a 
resistência diminui, então o 
coração bombeia com mais 
facilidade e diminui o esforço 
cardíaco. Então, prazocina e 
terazocina tem essas 
propriedades de vasodilatação 
arterial e venosa. 
Por um mecanismo que ainda 
não é muito conhecido, também 
diminui LDL e Triglicerideos. 
Alfa1 seletivos: prazosina, terazosina 
Efeitos farmacológicos: 
vasodilatação arterial e venosa (redução da pós-carga e pré-carga, respectivamente) 
redução do LDL e triglicerídeos; 
aumento HDL 
Vantagem: redução da RVP, sem alteração glicemia (ñ causa resistência insulínica) 
Desvantagem: tolerância (retenção hídrica) → mecanismo compensatório que o organismo 
pode exercer em algum grau, depende do paciente. 
 
Farmacocinética: efeito de 1ª passagem (ex: prazosina - ↓50%) 
PA = DC x RVP 
Está usando um fármaco cujo objetivo é reduzir a PA, quando promoveu a vasodilatação arterial 
diminuiu a RVP e a PAminima diastólica. A diminuição do retorno venoso, diminuiu o DC logo 
também vai diminuir a PA sistólica, pois diminuiu o DC. Diminuiu a min e a máx, a PAM então 
diminui. O organismo pode querer reagir a isso através dos barorreceptores, se eles detectarem 
a queda de PAM considerando o SNA, o que eles podem fazer? Diminui a atividade 
parassimpática e a simpática aumentaria. Os alfas estão bloqueados, mas o beta1 no coração 
está livre, podendo induzir a taquicardia reflexa. E se ativar beta1 na célula justaglomerular 
começa a secretar renina, que termina em Aldosterona, que fará retenção de sódio e água. 
O paciente que faz o uso dessevasodilatador poderia desenvolver edema e a perna ficar 
inchada? Sim, se isso acontecer é por que o volume extracelular está aumentando pela ação da 
aldosterona. Sendo assim, das duas uma: mantém o vasodilatadore mobiliza o edema com os 
diuréticos ou além do bloqueio alfa1 tem que fazer o bloqueio do beta1, por isso o surgimento 
dos duais, para evitar a necessidade de associar dois medicamentos. Isso pode acontecer, mas 
não quer dizer que todos evoluam para esse quadro. 
Então a desvantagem dos antagonistas alfa1 seletivos seria a possível retenção hídrica e uma 
possível taquicardia reflexa. 
Uso clinico dos antagonistas alfa1 adrenérgicos: 
Hipertensão arterial 
Com relação aos antagonistas com mais afinidade para o receptor alfa1 adrenérgico, eles não 
são autorizados para uso clinico como anti-hipertensivos, pois os receptores alfa1 adrenergicos 
não estão exclusivamente dentro da fisiopatologia da hipertensão arterial essencial, então o 
bloqueio deles num paciente hipertenso não vai causar maiores alterações de RVP a ponto de 
ser considerado como um anti-hipertensivo. 
Entretanto, existe uma doença chamada hiperplasia prostática benigna, que é mediada por 
receptores ou tem a contribuição de receptores alfa1 adrenergicos. Qual a base fisiopatológica 
dessa doença? 
Representação dabexiga, a 
prostata (que fica bem debaixo 
da bexiga) e a uretra. 
Fisiologicamente, temos 
receptores alfa1 adrenergicos na 
uretra que quando estimulados, 
contraem. Então o estimulo 
simpático contrai a uretra, o 
esfincter e o individuo não tem 
capacidade de esvaziar a bexiga. 
E a prostata por si só, exerce um 
grau de compressão que 
fisiologicamente no homem, ajuda na sensação de continência. A partir dos 45 anos há o 
aumento fisiologico da prostata, em idosos esse aumento é mais pronunciado e aí temos a 
caracterização da hiperplasia prostatica e que pode ter ou não sintomas. Nos pacientes que 
possuem sintomas o que se observa: 
A prostata aumentada comprime a luz da uretra e há o aumento da expressão dos receptores 
alfa1 adrenérgicos, fazendo com que essa musculatura da uretra fique mais contraida. E essa 
prostata possui em sua estrutura cels musc lisas que expressam em grande quantidade recpts 
alfa1 adrenergicos. 
Então, esse paciente tem: o aumento da expressão de alfa1 na prostata, na uretra. Essa prostata 
contrai e obstrui a uretra e a propria uretra contrai por si só obstruindo o fluxo urinário da 
bexiga. 
O tratamento da sintomatologia é bloquear o receptor alfa1, que vai relaxar a prostata e a uretra 
e assim o paciente vai conseguir esvaziar a bexiga com mais facilidade, sem causar maiores 
alterações na PA. NÃO É CURATIVO E NEM PREVINE O AGRAVAMENTO DA DOENÇA. 
 
Quais são os efeitos adversos dos antagonistas alfa1 adrenergicos? 
Hipotensão postural, é uma queda da PA quando ele sai da posição deitada para posição em pé. 
Isso é causado pela redução do retorno venoso dado pela veno-dilatação. Isso pode ser resolvido 
com orientação médica para que o paciente se levante devagar. 
Taquicardia reflexa 
Edema Periférico, relacionado a ativação simpática reflexa 
Cefaleia se houver vasodilatação dos vasos cerebrais (exemplo da prazocina) 
Sedação chegada da prazocina no SNC 
Esses efeitos estão relacionados ao bloqueio dos receptores alfa1 adrenergicos, aqueles 
seletivos para alfa1A, tem menos propriedades hipotensoras então as chances de causar alguma 
alteração vascular é menor.

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