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A2 LITERATURA BRASILEIRA COLONIAL E ROMÂNTICA

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Local: Sala 1 - Sala de aula / Andar / Polo Bangu / POLO BANGU - RJ
Acadêmico: EAD-IL80071-20214A
Aluno: DANIELLA DE CARVALHO ALVES
Avaliação: A2-
Matrícula: 20201302322
Data: 25 de Novembro de 2021 - 08:00 Finalizado
Correto Incorreto Anulada  Discursiva  Objetiva Total: 6,50/10,00
1  Código: 33327 - Enunciado: “Por isso foi tão bem recebida aquela breve e discreta definição de quem chamou a um engenho de açúcar
doce inferno. E, verdadeiramente, quem vir na escuridade da noite aquelas fornalhas tremendas perpetuamente ardentes; as labaredas
que estão saindo a borbotões de cada uma, pelas duas bocas ou ventas por onde respiram o incêndio; os etíopes ou ciclopes banhados
em suor, tão negros como robustos, que soministram a grossa e dura matéria ao fogo, e os forcados com que o revolvem e atiçam; as
caldeiras, ou lagos ferventes, com os tachões sempre batidos e rebatidos, já vomitando escumas, já exalando nuvens de vapores mais
de calor que de fumo, e tornando-os a chover para outra vez os exalar; o ruído das rodas, das cadeias da gente toda da cor da mesma
noite, trabalhando vivamente, e gemendo tudo ao mesmo tempo, sem momento de tréguas nem de descanso; quem vir, enfim, toda a
máquina e aparato confuso e estrondoso daquela Babilônia, não poderá duvidar, ainda que tenha visto Etnas e Vesúvios, que é uma
semelhança de Inferno. Mas se entre todo esse ruído, as vozes que se ouvirem, forem as do Rosário, orando e meditando os mistérios
dolorosos, todo esse inferno se converterá em paraíso; o ruído em harmonia celestial; e os homens, postos que pretos, em anjos.”
(VIEIRA, P. A. Sermão XIV. In: PÉCORA, A. [Org.] Sermões: Padre Antônio Vieira. São Paulo: Hedra, 2001. p. 655- 656.) O Sermão XIV,
integrante do conjunto Maria Rosa Mística, de autoria do Padre Antônio Vieira, permite identificar a visão bíblica conforme a qual: 
 a) Africanos e afrodescendentes eram vistos como seres amaldiçoados, condenados à eterna servidão.
 b) A natureza opressora da exploração colonial não inclui os afrodescendentes, pois estes estavam protegidos.
 c) Africanos e afrodescendentes participavam simbolicamente de um modelo fundado na igualdade divina.
 d) Africanos e afrodescendentes eram representados de maneira equânime com relação ao branco europeu.
 e) Africanos e afrodescendentes eram biologicamente dotados para enfrentar a lavoura e a mineração.
Alternativa marcada:
a) Africanos e afrodescendentes eram vistos como seres amaldiçoados, condenados à eterna servidão.
Justificativa: Resposta correta: Africanos e afrodescendentes eram vistos como seres amaldiçoados, condenados à eterna
servidão.Segundo a visão de origem bíblica, africanos e afrodescendentes participavam da linhagem de Cam — filho de Noé —, estando
condenados a servir aos demais povos por toda a eternidade. Distratores:Africanos e afrodescendentes eram representados de maneira
equânime com relação ao branco europeu. Errada, pois africanos e afrodescendentes não eram, segundo a Bíblia, iguais ao branco
europeu. Ademais, equanimidade, justiça ou imparcialidade não são princípios característicos do mundo cristão.Africanos e
afrodescendentes eram biologicamente dotados para enfrentar a lavoura e a mineração. Errada, pois o Sermão XIV não defende a ideia
de uma superioridade biológica, mas, sim, uma inferioridade bíblica, que justificaria a exploração do elemento negro por outros povos
do planeta.Africanos e afrodescendentes participavam simbolicamente de um modelo fundado na igualdade divina. Errada, pois, do
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ponto de vista da divindade, os africanos e afrodescendentes seriam hierarquicamente inferiores, o que justificaria sua exploração pelos
brancos supostamente civilizados.A natureza opressora da exploração colonial não inclui os afrodescendentes, pois estes estavam
protegidos. Errada, pois a exploração colonial encontrou justificativa bíblica por meio da trajetória de queda de Caim, cujos
descendentes — negros ou afrodescendentes — seriam eternamente subjugados pelos brancos.
2  Código: 32921 - Enunciado: “Nesse sentido, o catolicismo lusitano amplifica seu caráter popularesco, imagético e distancia-se do
cristianismo puritano castelhano e, muito mais, do anglicano. A dramaturgia de Anchieta lança-se como primeiro movimento em
direção a uma pluralidade religiosa, cultural e discursiva que culminará dialogicamente no catolicismo carnavalizado que permeia o
imaginário e a prática social brasileira.” (SILVA JÚNIOR, A. R. da; MEDEIROS, A. C. M. de. Microhistória do teatro colonial brasileiro: Padre
Anchieta e a Festa de São Lourenço. Cena, UFRGS, n. 12, p. 3, 2012. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/cena/article/view/24083
/24315>. Acesso em: 10 out. 2018). No que tange a possíveis interpretações no campo da historiografia literária brasileira, conclui-se
que:
 a) O processo de tradução de culturas só seria realizado, de modo vantajoso para o colonialismo, no século XX.
 b) A dramaturgia (com destaque para a produção de Padre Anchieta) era vista como autônoma em relação à política e à economia.
 c) Foi incipiente a participação do gênero dramatúrgico no interior dos grandes movimentos literários do período colonial.
 d) O processo de aculturação ocorrido desde a colonização reverbera até a modernidade e a contemporaneidade.
 e) Conquistadores e conquistados não partilhavam espaços na performance, embora simbolicamente fossem considerados iguais.
Alternativa marcada:
d) O processo de aculturação ocorrido desde a colonização reverbera até a modernidade e a contemporaneidade.
Justificativa: Resposta correta: O processo de aculturação ocorrido desde a colonização reverbera até a modernidade e a
contemporaneidade.Segundo os autores Augusto Rodrigues da Silva Júnior e Ana Clara Magalhães de Medeiros: “[...] a performance e a
dramaturgia coloniais constituem retrato único de um processo de aculturação de mão dupla, em que as reverberações ecoam na nossa
cultura até a contemporaneidade” (SILVA JÚNIOR; MEDEIROS, 2012, p. 11). Distratores:Foi incipiente a participação do gênero
dramatúrgico no interior dos grandes movimentos literários do período colonial. Incorreta, pois o gênero dramatúrgico foi uma das
principais manifestações literárias do período, com destaque para a produção de Padre José de Anchieta.O processo de tradução de
culturas só seria realizado, de modo vantajoso para o colonialismo, no século XX. Incorreta, pois o processo de tradução de culturas
começou, segundo os autores supramencionados, desde a chegada dos portugueses na costa brasileira.Conquistadores e conquistados
não partilhavam espaços na performance, embora simbolicamente fossem considerados iguais. Incorreta, pois conquistados e
conquistadores partilhavam espaços em movimento de tradução intercultural, jamais sendo considerados iguais.A dramaturgia (com
destaque para a produção de Padre Anchieta) era vista como autônoma em relação à política e à economia. Incorreta, pois
a dramaturgia era fortemente atrelada aos desígnios religiosos, pedagógicos e políticos, não podendo separar-se destes.
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3  Código: 33329 - Enunciado: Rubi, concha de perlas peregrina,Animado cristal, viva escarlata,Duas safiras sobre lisa prata,Ouro
encrespado sobre prata fina. Este o rostinho é de Caterina;E porque docemente obriga, e mata,Não livra o ser divina em ser ingrata,E raio
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a raio os corações fulmina. Viu Fábio uma tarde transportadoBebendo admirações, e galhardias,A quem já tanto amor levantou
aras: Disse igualmente amante, e magoado:Ah muchacha gentil, que tal serias,Se sendo tão formosa não cagaras! (Soneto de Gregório de
Matos. In: HANSEN, J. A. Autoria, obra e público na poesia colonial luso-brasileira atribuída a Gregório de Matos e Guerra. Ellipsis –
Journal of Lusophone Studies,n. 12, p. 107, 2014. Disponível em: <https://jls.apsa.us/index.php/jls/article/view/62/83>. Acesso em: 25
dez. 2018.) Diante disso, é possível afirmar que o Soneto a Caterina, de Gregório de Matos, se estrutura com base:
 a) Na idealização da mulher brasileira.
 b) Em linhas realistas e sóbrias da mulher.
 c) Em efeitos cômicos característicos da sátira.
 d) Na convenção da poesia lírico-amorosa.
 e) Na epopeia nacionalista e grandiloquente.
Alternativa marcada:
e) Na epopeia nacionalista e grandiloquente.
Justificativa: Resposta correta: Em efeitos cômicos característicos da sátira.Um movimento estrutural forte do soneto ocorre quando as
linhas líricas dos quartetos são repentinamente substituídas pela degradação da figura feminina dos tercetos. Distratores:Na convenção
da poesia lírico-amorosa. Errada, pois a convenção da poesia lírico-amorosa, de fato, apresenta-se nos quartetos, mas logo é
substituída pelo movimento satírico seguinte.Na idealização da mulher brasileira. Errada, pois não há uma idealização da mulher
dominante no poema, nem da “mulher brasileira”, o que implicaria uma visão da nacionalidade.Na epopeia nacionalista e
grandiloquente. Errada, pois o soneto é uma forma específica de poema, estruturado em dois quartetos e dois tercetos; assim sendo,
não é uma epopeia.Em linhas realistas e sóbrias da mulher. Errada, pois a sátira retoma elementos cotidianos, definindo a
verossimilhança com comicidade; mas não realismo e sobriedade em sentido pós-romântico.
4  Código: 32918 - Enunciado: “[...] A ʻalteridadeʼ pretendida pelo escritor, através da publicação de termos indígenas, da veiculação de
modos culturais atribuídos aos índios, faria o papel de alavanca do prestígio nativo até aquele momento. Para além disso, podemos
dizer que a preocupação de Alencar estaria à serviço daquela supracomissão (classes mandatárias), do estabelecimento de uma
identidade satisfatória – cores nacionais diversas – e de fixação de uma hierarquia conquistada desde os tempos da Colônia –
prosseguimento dos mesmos nomes e posses advindos da herança da coroa portuguesa.”(PINHO, A. M. Instrumento, R. Es. Pesq. Educ.,
Juiz de Fora, v. 10, p. 42, jan.- dez. 2008. Disponível em: <http://www2.uefs.br/dla/romantismoliteratura/files
/a_margem_e_o_outro_retratos_de_indio_no_romantismo.pdf>. Acesso em: 17 out. 2018). Percorrendo sentido aberto pela apreciação
crítica descrita, é possível distinguir as seguintes características presentes na obra de José Alencar:
 a) Alencar não publicou qualquer termo indígena que já não fosse conhecido nacionalmente.
 b) Alencar descreve a ausência de qualquer hierarquia entre as diferentes classes sociais no Brasil.
 c) Alencar oferece uma justificativa literária e ideológica para as diferenças sociais no Brasil da época.
 d) Encontro definitivo e harmonioso da alteridade, que perduraria inconteste até o século XXI.
 e) As classes mandatárias passaram a ter representação literária somente no Romantismo.
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Alternativa marcada:
c) Alencar oferece uma justificativa literária e ideológica para as diferenças sociais no Brasil da época.
Justificativa: Resposta correta:Alencar oferece uma justificativa literária e ideológica para as diferenças sociais no Brasil da
época.Alencar, segundo o professor universitário Adeítalo Manoel Pinto, é exemplo de como a perspectiva de construção literária do
elemento indígena ou autóctone no Romantismo reforçou os elementos da identidade nacional como uma espécie de descoberta do
“Brasil selvagem”. Distratores:Encontro definitivo e harmonioso da alteridade, que perduraria inconteste até o século XXI.
Incorreta, pois, embora o Romantismo tenda ao apagamento das diferenças ao compor um retrato idílico do encontro do branco com o
indígena – embora resultado de uma violência –, essa leitura continuou a ser revisitada e questionada depois, pelo Modernismo e pelas
perspectivas críticas presentes desde fins do século XX.As classes mandatárias passaram a ter representação literária somente no
Romantismo. Incorreta, pois as classes mandatárias eram frequentemente abordadas pela literatura, mesmo antes do Romantismo.
Podemos notar essa perspectiva, por exemplo, por meio dos poemas satíricos atribuídos a Gregório de Matos de Guerra. Os poemas
atribuídos a Gregório, aliás, abordam muitos elementos locais.Alencar não publicou qualquer termo indígena que já não fosse
conhecido nacionalmente. Incorreta, pois Alencar fez um intenso trabalho de pesquisa e compilação de termos indígenas. Ao escrever
Iracema, reforçou o veio mítico da sua criação literária e sua, paradoxalmente, sua concretude, focando elementos pouco conhecidos,
presentes sobretudo em livros especializados.Alencar descreve a ausência de qualquer hierarquia entre as diferentes classes sociais no
Brasil. Incorreta, pois Alencar reconhece as diferenças entre classes sociais e, sobretudo, nos livros que abordam os movimentos da
burguesa, como Lucíola e Senhora, deixa claro que a nação brasileira se dividia entre apego a valores mundanos e ética, entre
valorização do capital e da humanidade.
5  Código: 33335 - Enunciado: “Como a grande maioria dos narradores do Romantismo, José de Alencar explorou o romance histórico e
deu a essa forma particular do gênero uma função extremamente relevante para a formação da literatura brasileira. Para dimensionar o
papel fundador de sua obra na nossa tradição literária, é preciso compreendê-la na trajetória deste intelectual cujos traços singulares
podem contribuir para esboçar um modelo de pensamento conservador tão marcante nas elites ilustradas do Brasil ao longo de toda
sua história.”(MARCO, V. de. O romance histórico de José de Alencar. Revista de Letras, n. 29, v. 1, jan.-jul. 2009. Disponível em:
<http://www.revistadeletras.ufc.br/rl29(2)art17.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2019.) A apreciação crítica acima, de autoria da estudiosa do
período romântico Valéria de Marco, pode ser conectada à seguinte obra de José de Alencar:
 a) O demônio familiar (1857).
 b) Ao correr da pena (1874).
 c) O Guarani (1857).
 d) Cinco minutos (1856).
 e) A pata da gazela (1870).
Alternativa marcada:
c) O Guarani (1857).
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Justificativa: Resposta correta: O Guarani (1857).Para Valéria de Marco, O Guarani (1857) representa a busca de Alencar por construir a
“História presente e passada do Brasil”, sendo uma “estória romanesca que caminha para o mito” (MARCO, V. de. O romance histórico de
José de Alencar. Revista de Letras, n. 29, v. 1, p.107-8, jan.-jul. 2009.) O livro é tido como um dos principais representantes do Romance
Histórico no Brasil. Distratores:Cinco minutos (1856). Errada, pois o romance de temática urbana é um dos primeiros da carreira de José
de Alencar, sendo normalmente caracterizado como expressão de um romantismo ingênuo.A pata da gazela (1870). Errada, pois o livro
assinala uma construção estética mais amadurecida; entretanto, enfoca relacionamentos burgueses e a dinâmica da vida das cidades.O
demônio familiar (1857). Errada, pois trata-se de uma peça teatral de José Alencar, um dos primeiros textos teatrais brasileiros que
conseguem projeção e reconhecimento crítico.Ao correr da pena (1874). Errada, pois a edição é composta com base em crônicas
escritas pelo autor na imprensa periódica, o que demonstra a versatilidade do autor ao praticar diferentes gêneros.
6  Código: 33107 - Enunciado: "A mensagem cristã de base, pela qual todos os homens são chamados filhos do mesmo Deus, logo,
irmãos, contraria, em tese, as pseudo-razões do particularismo colonial: este fabrica uma linguagem utilitária, fatalista, no limite racista,
cujos argumentos interesseiros calcam o discurso do opressor. Ou seja, as razões orgânicas da conquista, que, com poucas variantes, se
reproporia em escalaaté a última fase do imperialismo colonial a partir dos fins do século XIX."(BOSI, A. Dialética da colonização. 3. ed.
São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 36.) Com base na afirmação acima sobre a sermonística do Padre Antônio Vieira, realizada
por Alfredo Bosi, pode-se generalizar como fundamento da Literatura Brasileira no século XVII:
 a) Indígenas e afrodescendentes eram representados de modo semelhante, com destaque para posição de questionamento das
estruturas coloniais.
 b) As narrativas simbólicas apresentavam autonomia completa com relação à função econômica dos nativos, visto que eles tinham
uma sociedade própria.
 c) Os escravizados eram estimulados a se rebelarem contra a estrutura colonial, a ponto de vislumbrarem a possibilidade de
abolição da escravatura nos seiscentos.
 d) Povos, línguas e culturas não são representados na literatura do período, embora houvesse um conjunto epistolar fortemente
ancorado na realidade da colônia.
 e) A existência de uma pedagogia relacionada à cristianização, orientando as práticas sociais de modo a organizar a sociabilidade
dos povos indígenas para a empresa colonial.
Alternativa marcada:
e) A existência de uma pedagogia relacionada à cristianização, orientando as práticas sociais de modo a organizar a sociabilidade dos
povos indígenas para a empresa colonial.
Justificativa: Resposta correta: A existência de uma pedagogia relacionada à cristianização, orientando as práticas sociais de modo a
organizar a sociabilidade dos povos indígenas para a empresa colonial.O termo “pedagogia religiosa” é empregado por estudiosos da
Literatura Colonial para compreender aspectos da tessitura literária do período, articulando pedagogia e conversão
religiosa. Distratores:Os escravizados eram estimulados a se rebelarem contra a estrutura colonial, a ponto de vislumbrarem a
possibilidade de abolição da escravatura nos seiscentos. Incorreta, pois a escravidão colonial, quando trabalhada literariamente, visava
sobretudo à integração do elemento autóctone ou afrodescendente aos desígnios da empresa colonial.As narrativas simbólicas
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apresentavam autonomia completa com relação à função econômica dos nativos, visto que eles tinham uma sociedade
própria. Incorreta, pois as narrativas simbólicas, como peças ou sermões, procuravam efetuar uma espécie de tradução intercultural,
com objetivo de integrar os excluídos como elemento produtivo.Indígenas e afrodescendentes eram representados de modo
semelhante, com destaque para posição de questionamento das estruturas coloniais. Incorreta, pois não havia uma similaridade, muito
menos questionamento; os indígenas eram vistos como passíveis de conversão, ao passado que africanos deveriam contribuir para o
sistema produtivo.Povos, línguas e culturas não são representados na literatura do período, embora houvesse um conjunto epistolar
fortemente ancorado na realidade da colônia. Incorreta, pois povos, línguas e culturas eram representados em peças teatrais e em
sermões, ao menos de modo indireto. Destaque para o período deve-se dar aos sermões de Padre Antônio Vieira.
7  Código: 37082 - Enunciado: “O Novo Mundo não poderá passar sem tradições respeitáveis; dentro de alguns séculos, a época presente,
na qual se fundou a sua independência, nele despertará nobres e comovedoras evocações. A sua idade das fábulas misteriosas e
poéticas serão os séculos em que viveram os povos que exterminamos e que nos surpreendem por sua coragem, e que retemperaram
talvez as nações saídas do Velho Mundo: a recordação de sua grandeza selvagem cumulará a alma de orgulho, suas crenças religiosas
animarão os desertos; os cantos poéticos, conservados por algumas nações, embelezarão as florestas. O maravilhoso, tão necessário à
poesia, encontrar-se-á nos antigos costumes desses povos, como na força incompreensível de uma natureza constantemente mutável
em seus fenômenos [...]. Seus combates, seus sacrifícios, nossas conquistas, tudo apresenta aspecto esplendoroso.”(Fonte: DENIS, F.
Considerações sobre o caráter que a poesia deve assumir no novo mundo. In: DENIS, F. Resumo da história literária do Brasil. Tradução e
notas de Guilhermino César. Porto Alegre: Lima, 1968. p. 29-39. Disponível em: http://www.ufrgs.br/cdrom/denis/denis.pdf. Acesso em: 2
dez. 2018.) Com base no excerto apresentado, de Ferdinand Denis, seria possível concluir que a literatura brasileira do Romantismo
modernizou-se compartilhando exclusivamente valores europeus vigentes à época, sem considerar as formas e os sentidos presentes
nos trópicos? Justifique sua resposta.
Resposta:
Justificativa: Expectativa de resposta:Não. O livro de Ferdinand Denis (1798-1890), publicado em 1826 sob o título O Resumo da
História Literária do Brasil, é considerado um dos principais textos do século XIX que procuram defender a importância de se constituir
ou fundar uma literatura nacional brasileira. Embora em diálogo com os valores e as formas europeias, Denis defendia a necessidade de
se encontrar uma “voz própria”, que traduzisse o esplendor da nova nação. Segundo Maria Helena Rouanet: “Ora, através da associação
com a proposta programática de Victor Hugo (1827) ou da simples menção à palavra 'manifesto', esta obra de Ferdinand Denis fica
devidamente instalada na linha de frente daqueles que teriam trabalhado no sentido de construir uma realidade que, daí por diante,
passou a ser designada como a Literatura Brasileira.”(Fonte: Cf. Comentários de Maria Helena Rouanet à edição: DENIS, F. Considerações
sobre o caráter que a poesia deve assumir no novo mundo. In: DENIS, F. Resumo da história literária do Brasil. Tradução e notas de
Guilhermino César. Porto Alegre: Lima, 1968. p. 29-39. Comentários disponíveis em: http://www.ufrgs.br/cdrom/denis/comentarios.htm.
Acesso em: 2 dez. 2018.)
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8  Código: 33152 - Enunciado: Canção do exílio(Gonçalves Dias) Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;As aves que aqui
gorjeiam,Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida
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mais amores. Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá. (DIAS, G. Canção do
exílio. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000100.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2018.) Com base na
leitura de um excerto do poema Canção do exílio (1843), cite os elementos que permitem afirmar que a representação da nação e de seu
território, realizada por Gonçalves Dias, tende a reforçar a identificação positiva com o Novo Mundo em contraposição aos valores da
metrópole, de modo a fortalecer um projeto de nacionalidade em construção.
Resposta:
A escrita nacionalista tem como base a exaltação ao que é natural da terra como se em nenhum outro lugar haveria tal coisa ou que
mesmo que tivesse não seria o mesmo como Gonçalves Dias escreve "As aves que aqui gorjeiam," "Não gorjeiam como lá.". Além dessa
exaltação também há a demonstração de imenso desejo pela terra natal e que nunca haverá felicidade em uma terra que não a terra
que antes era sua casa e Dias deixa isso bem explícito em "Mais prazer encontro eu lá;"
Justificativa: Expectativa de resposta:A Canção do exílio, de Gonçalves Dias, é um dos poemas mais conhecidos e parodiados da
literatura brasileira. Reforça o sentimento da pátria, da natureza, da nação, exaltado por justamente reconhecê-lo a partir do impacto
dele na subjetividade lírica dividida entre dois mundos, nostálgica com relação à nação presentificada na memória formativa, que
permanece distante fisicamente. Desse modo, o poema divide-se entre o lá e o cá, entre Brasil e Portugal, entre presença e ausência,
com forte dualidade, que ressalta, por fim, os valores criados e construídos nanova nação brasileira.
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