Buscar

MONOGRAFIA - O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM - DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO FUNDAMENTAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE SUCESSO 
GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOME DO ALUNO 
 
 
 
 
 
 
 
O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: DA EDUCAÇÃO INFANTIL 
AO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIDADE - ESTADO 
ANO 
 
NOME DO ALUNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: DA EDUCAÇÃO INFANTIL 
AO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho monográfico apresentado como requisito 
final para obtenção da nota na disciplina de 
Trabalho de Conclusão de Curso II do curso de 
Licenciatura Plena em Pedagogia da Faculdade 
Sucesso. Orientador: ... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIDADE - ESTADO 
ANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome do aluno 
 
O Processo de Ensino-Aprendizagem: da Educação Infantil ao Ensino 
Fundamental / Nome do aluno, ano. 
39 f. 
 
Monografia (Licenciatura Plena em Pedagogia) – Faculdade 
Sucesso, 2021. Cidade, Estado, Ano. 
Orientador: ... 
 
1. Pedagogia. 2. Aprendizagem. 3. Educando. 4. Educação 
Infantil e Fundamental. 
Faculdade Sucesso, O Processo de Ensino-Aprendizagem: da Educação 
Infantil ao Ensino Fundamental. III. Título. 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à minha família que é 
excepcional em todas as fases de minha vida. 
Aos meus amigos e colegas de trabalho pelos 
momentos de aprendizado e partilhas frutuosas. 
Dedico em especial a Deus. Por tudo sou 
imensamente grata. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
Agradeço, 
 
 
A todas as pessoas do meu convívio que acreditaram e contribuíram, mesmo que indiretamente, 
para a conclusão deste curso, dividindo e compartilhando experiências e conhecimentos. 
A Deus, pois sem Ele não seria nada, por ter me dado força e saúde para superar todas as 
dificuldades encontradas nestes anos de curso. 
Aos meus pais, pelo amor incondicional, dedicação, apoio oferecido e pela paciência. Por terem 
feito o possível e o impossível para me oferecerem a oportunidade de estudar. 
Aos professores, coordenadores, orientador e funcionários da Faculdade Sucesso que de alguma 
forma nos ajudaram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Os homens deveriam saber que é do cérebro, 
e de nenhum outro lugar, que vêm as alegrias, 
as delícias, o riso e as diversões, e tristezas, 
desânimos e lamentações.” 
 
Hipócrates 
RESUMO 
 
 
 
O presente trabalho utilizara-se de uma breve compilação bibliográfica a respeito de estudos 
voltados à temática: Importância da pedagogia no desenvolvimento do processo de ensino- 
aprendizagem na Educação Infantil ao Ensino Fundamental, fomentando a construção e 
formação dos alunos na Educação Básica do Brasil. A indagação que pela qual irá se 
desenvolver este trabalho se baseia na relevância da pedagogia na construção e formação do 
educando brasileiro. Questão que se apresenta cada vez mais como uma necessidade de 
elucidação e consolidação de sua notoriedade, que busca seu lugar no sistema educacional, 
sendo imprescindível a realidade da comunidade escolar e aos anseios do século XXI. Trata-se 
de entender a importância de uma prática docente pautada numa pedagogia significativa. A 
pesquisa foi elaborada tendo como fontes textos de Freire (1996), Libâneo (2005), Rocha 
(1999), além de vários sites e mídias digitais. O trabalho quis enfatizar a importância de uma 
pedagogia intimamente crítica e reflexiva para o indivíduo e transformadora de sua realidade 
histórico-social e que o direcione num processo sólido de aprendizagem. 
 
 
Palavras-chave: Pedagogia; Aprendizagem; Educando; Educação Infantil e Fundamental. 
 
ABSTRACT 
 
 
The present work used a brief bibliographical compilation about studies focused on the theme: 
Importance of pedagogy in the construction and training of students in Kindergarten and 
Elementary Education in Brazil. The question that will develop this work is based on the 
relevance of pedagogy in the construction and training of the Brazilian student. This issue is 
increasingly being presented as a need for elucidation and consolidation of its notoriety, which 
seeks its place in the educational system, with the reality of the school community and the 
aspirations of the 21st century being essential. It is about understanding the importance of a 
teaching practice based on a significant pedagogy. The research was prepared using texts by 
Freire (1996), Libâneo (2005), Rocha (1999) as sources, as well as various websites and digital 
media. The work wanted to emphasize the importance of an intimately critical and reflexive 
pedagogy for the individual and transforming his/her social-historical reality and that directs 
him/her in a solid learning process. 
 
Keywords: Pedagogy; Learning; Teaching; Kindergarten and Elementary Education. 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
1. . INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 10 
1.1 Problematização .................................................................................................... 12 
1.2 Justificativa .......................................................................................................... 13 
1.3 Objetivos .............................................................................................................. 13 
1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 13 
1.3.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 13 
1.4 Hipótese ............................................................................................................... 13 
2. O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO 
ENSINO FUNDAMENTAL ............................................................................................ 15 
2.1 A importância da pedagogia na Educação Infantil e Ensino Fundamental ..................... 15 
2.2 Da Educação Infantil e Ensino Fundamental ................................................................. 20 
2.2.1 Da Educação Infantil ........................................................................................... 21 
2.2.2 Do Ensino Fundamental ...................................................................................... 23 
2.3 Alfabetização e Letramento .......................................................................................... 29 
3. METODOLOGIA ........................................................................................................ 31 
2.4 Tipo de pesquisa ....................................................................................................... 32 
2.5 Universo e Amostra ................................................................................................... 32 
2.6 Instrumentos de coletas de dados ............................................................................... 32 
2.7 Método de análise..................., .................................................................................. 32 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES DOS DADOS ......................................................... 33 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 34 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 37 
10 
 
 
 
1. . INTRODUÇÃO 
 
O referido tema foi escolhido por ser uma questão que quer ser elucidada no tocante a 
sua relevância, uma vez que a pedagogia é mais que uma ciência do conhecimento ou um 
curso para a docência, ela perpassa o convencional, e configura-se como ferramentapara 
emancipação cognitiva e humana do educando, pois o propicia por meio de suas reflexões 
condições de assumir uma postura crítica perante a sociedade, e busca consolidar o ideal de 
transformação social pautada nos postulados pedagógicos, que discutem com eximia 
habilidade temas atuais que permeiam o contexto em que este educando está inserido, trata- 
se, portanto, de tornar significativa sua aprendizagem já na Educação Infantil, que se 
consolidará no Ensino Fundamental. 
 
Percebe-se que a pedagogia permeia todos os âmbitos educacionais, é ela que norteia 
“os trabalhos”, que direciona a prática docente, bem como pedagógica, administrativa, 
orientadora, supervisora e gestora de uma instituição de ensino, por exemplo. Ou seja, todo o 
embasamento deve ter um caráter pedagógico em sua tomada de decisão, pois e organizadora 
dos processos de aprendizagem. A pedagogia, assim, coloca-se de maneira recíproca, 
proporcionando ao educando uma inter-relação entre o conhecimento e as ferramentas das 
quais se faz uso para apreender tal conhecimento, isto é, diz-se da capacidade que se cria a 
partir da abordagem pedagógica, a da adaptação, ou melhor, dizendo, capacidade de 
resiliência. 
 
Além de sua importância no âmbito escolar, a pedagogia perpassa as quatro paredes, 
e muros da Instituição de Ensino, e destaca-se como imprescindível na compreensão da 
realidade local, a saber, da sociedade na qual o educando faz parte como cidadão em potencial. 
Nesse sentido Libâneo (2005) diz que “a formação de professores perpassa, pois, o contexto 
escolar convencional, abarcando também esferas mais amplas da educação não-formal e 
formal”. Portanto, nota-se que a formação em caráter pedagógico não se restringe 
exclusivamente ao profissional pedagogo, mas pode abranger uma infinitude de possibilidades 
doravante aquilo que se almeja para a área específica em questão, sendo a docência, a área por 
excelência da aplicação desta ciência do conhecimento, em especial na educação infantil e
11 
 
fundamental brasileiras. 
 
A pedagogia torna-se intrínseca a educação infantil a partir da LDB 9394/96, que 
integrou esta última ao sistema educativo brasileiro, configurando-a como a primeira etapa da 
educação básica; e seus profissionais devem, pois, possuir formação de magistério em nível 
médio ou superior, em especial em pedagogia daí a necessidade de se fomentar cursos em 
pedagogia de maneira mais significativa aos anseios do educando do século XXI. 
 
A partir da consolidação de uma sólida base, diz-se da Educação Infantil, poderíamos 
idealizar um itinerário que percorrerá todo o ensino fundamental, que se apresenta como um 
desafio atual e pertinente, diz-se de trabalhar o educando de modo integral, pois antes de ser 
um aluno, ele é um ser cidadão em potencial, um ser aluno. 
 
Assim, 
 
O desafio é educar as crianças e os jovens, propiciando-lhes um 
desenvolvimento humano, cultural, científico e tecnológico, de modo que 
adquiram condições para enfrentar as exigências do mundo contemporâneo. 
Tal objetivo exige esforço constante [...]. (GHEDIN, 2019, p.12) 
 
No tocante ao “campo de atuação, o profissional formado em Pedagogia é tão vasto 
quanto são as práticas educativas na sociedade” - o que faz do Pedagogo um profissional que 
atua em várias instâncias da prática educativa, nas suas mais variadas formas e manifestações 
(LIBÂNEO, 2005). 
 
Em relação a Educação Infantil as práticas pedagógicas são intrínsecas, uma vez que 
por meio delas direciona toda a atuação docente. Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares 
Nacionais de Educação Infantil (DCNEI, p. 25), afirmam que “as práticas pedagógicas que 
compõem a proposta da Educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e 
a brincadeiras”, assegurando momentos significativos que: 
 
Promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de 
experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem a 
movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e 
desejos da criança; Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes 
linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de 
expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical; Possibilitem às 
crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a 
linguagem oral e escrita, e o convívio com diferentes suportes e gêneros 
textuais orais e escritos; Recriem, em contextos significativos para as 
crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações 
espaciotemporais; Ampliem a confiança e a participação das crianças nas 
atividades individuais e coletivas; Possibilitem situações de aprendizagem 
12 
 
medidas pela elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado 
pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar [...] (BRASIL, 2009, p.25). 
 
Na instituição de educação infantil, pode-se oferecer as crianças condição para as 
aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de situações pedagógicas intencionais 
ou aprendizagens orientadas pelos adultos. É importante ressaltar, porém, que essas aprendizagens, de 
natureza diversa, ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil (BRASIL, 
1988, p.23). 
 
A educação infantil se constituiu historicamente como instituição educacional. Podemos 
perceber as características das instituições por meio de estudos da história e das vivências do cotidiano. 
Há muitos elementos importantes que permeiam o dia a dia na educação infantil. As ações e as 
vivências se transformaram ao longo dos anos e a instituição foi formando características diferentes. 
 
Desde o século passado tornou-se recorrente atribuir às instituições de 
educação infantil a iminência de atingir a condição de educacionais — como 
se não houvesse sido até então. Muitas vezes, como forma de justificar novas 
propostas que, por sua vez, não chegavam a alterar significativamente as 
características próprias da concepção educacional assistencialista. 
(KUHLMANN JR., 2003, p. 53) 
 
1.1 Problematização 
 
 
Sendo a Educação Infantil, a primeira etapa da educação básica é de se considerar a 
mesma como imprescindível para o desenvolvimento de todo o itinerário formativo do 
educando. Daí a importância de elaborar propostas pedagógicas alinhadas a realidade 
vivenciada pela criança, construindo assim um aprendizado signficativo. 
Consolidados os primeiros ensinamentos na Educação Infantil na criança faz-se 
necessário prepará-la para a transição ao Ensino Fundamental. Tal passagem deve-se dar de 
forma espontânea, evitando uma ruptura, que na maioria das vezes é traumatizante e 
prejudicial ao desenvolvimento educaconal dos pequenos. 
Segundo Aguiar, 
As tensões relacionadas, sobretudo ao “corte etário” – seis anos de idade, 
levou a uma profusão de documentos governamentais tanto visando definir a 
data limite de idade para ingresso no ensino fundamental (seis anos de idade 
completados até dia 31 de março de cada ano letivo), quanto também a 
organização pedagógica, especialmente no que se referia às orientações para 
uma prática educativa compatível com a idade das crianças. (AGUIAR, 
2016, p. 10). 
 
Podemos ver que a preocupação é de consenso geral. Mas como fazer uso do 
conhecimento pedagógico historicamente acumulado na atualidade de forma significativa e 
emancipatória? Afinal de contas, como evitar a ruptura da transição do Ensino Infantil ao 
13 
 
Ensino Fundamental? Mais importante do que as respotas é a natureza destas indagações, e é 
isso que este trabalho irá buscar elucidar. 
1.2 Justificativa 
 
A partir de observações realizadas no estágio supervisionado vivenciado no decorrer 
deste no curso, várias dúvidas surgiram, algumas bem pertinentes, que levaram-me a pesquisar 
mais sobre, e surgiu então essa questão. Isto é, a pedagogia da Educação Infantil e Ensino 
Fundamental. o qual despertou o interesse em atentar sobre a transiçãodos alunos da 
Educação Infantil para o Ensino Fundamental. Sendo de grande relevância entendermos os 
pormenores desta transição, como ela afeta diretamente às experiências vividas na infância. O 
tema se faz importante ainda pois nos possibilita à reflexão sobre a prática docente alinhada a 
estas experiências vividas num período da vida que demonstra um tom de mudança e desafio 
frente a algo novo que nos espera. Uma vez que cada crinça é um indivíduos singular, dotado 
de peculiaridades, que vive de diferentes maneiras aquilo que aprende em sua vida escolar. 
 
1.3.1 Objetivo Geral 
 
 
O presente trabalho tem por objetivo principal contribuir para com a edificação e 
desevolvimento do processo de ensino-aprendizagem das crianças, fomentando a prática 
docente a partir de propostas pedagógicas intrínsecas à realidade da mesma. 
 
1.3.2 Objetivos Específicos 
 
Investigar os pormenores que afetam diretamente o desenvolvimento educcional de 
crianças na transição do Ensino Infantil ao Ensino Fundamental; 
Observar o desenvolvimento do processo de aprendizagem a partir do emprego de 
propostas pedagógicas significativamente importantes e que estejam atreladas à realidade 
dos educandos; 
Contribuir para com o debate acerca da necessidade de zelarmos por uma transição 
espontânea e saudável da Educação Infantil ao Ensino Fundamental. 
 
1.1 Hipótese 
 
O ensino dissociado da realidade da criança é mera especulação. É imprescindível 
alinharmos as propostas pedagógicas ao dia-a-dia dos pequenos, criando situações problemas 
14 
 
de aprendizagem significativamente importantes, que deem sentido as experiências vividas. 
Mas para isso faz-se necessário entendermos os pormenores da problemática, e para isso, este 
trabalho têm como hipóteses: que ferramentas e mecanismos usar para fomentar as ações 
pedagógicas propostas para as crianças? 
15 
 
 
 
2. O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO 
ENSINO FUNDAMENTAL 
O processo de ensino-aprendizagem deve ser auspicioso no tocante aos anseios da 
sociedade, uma vez que busca não somente dentro da escola, mas fora dela, à margem daquela 
minimizar ou erradicar as mazelas que a permeiam. A educação é a chave para libertar das 
amarras da desigualdade social todos os sonhos de nossos educandos, e a pedagogia quer fazer 
parte disso, trazendo para o ambiente escolar possíveis soluções a serem discutidas em vista 
da erradicação da discrepância aí existente. 
 
2.1 A importância da pedagogia na Educação Infantil e Ensino Fundamental 
 
Sendo assim, o pedagogo bebe do manancial do conhecimento, da vasta vertente do 
saber. A pedagogia caracteriza-se como esse instrumento de relevância não só nos ambientes 
escolares, mas no seio da sociedade também, como ferramenta mobilizadora de competências 
e habilidades na análise crítica das situações, aliando os princípios éticos, estéticos, políticos 
e de construção da identidade individual e coletiva, bem como o elo no entrelaçar do processo 
educativo com a sociedade, diz-se do diálogo entre os atos de ensinar e aprender, ou seja, 
quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender (FREIRE, 1996). 
 
O ato pedagógico se apresenta como instigante e sensível a esta necessidade a ele 
bruscamente apresentada, e almeja ardentemente preencher este vazio com o mais notório 
saber, para tornar o educando, um ser crítico, autêntico, sabedor de suas capacidades e limites, 
que busque potencializar aquilo que superabunda em si com a perspectiva de transformação 
de sua realidade pessoal e social por meio de educação. 
 
A prática pedagógica na Educação Infantil é por excelência o ato de brincar, diz-se do 
lúdico. Os professores, em sua maioria, encontram muitos obstáculos - que lhes são naturais 
– em irradiar o que sabem aos pequenos, o que requer um esforço e um tempo maior para 
planejar uma aula que instigue a criança a querer aprender. Neste contexto emerge o lúdico 
como esse instrumento facilitador da transmissão, criação de conhecimentos à criança, e ainda 
torna atrativa e motivadora a aula para nossos pequenos. 
Assim surge a metodologia lúdica como uma ferramenta indispensável no
16 
 
aperfeiçoamento da qualidade da prática docente e, por conseguinte de nosso ensino. Com 
esta metodologia nossas crianças aprendem brincando, tornando momentos de brincadeiras 
em situações de aprendizado. Mas, para que isso aconteça de fato, é fundamental que o 
educador esteja comprometido, sensibilizado, engajado à situação, e tenha a consciência da 
importância destes tipos de atividades pautados na prática pedagógica significativa, talvez 
assim comecemos a mudar a realidade do ensino no Brasil. 
 
Uma outra questão pertinente a temática é em relação as nossas salas de aulas que, já 
são por si mesmas desestimulantes, monótonas, sem cor, sem brilho, sem vida, e ainda 
agravam quando o professor resiste em usar metodologias lúdicas para lhes dá uma sobrevida 
ou até melhor transformá-las, é necessária uma ressignificação desta postura, pois, enquanto 
educadores devemos nos portar como os agentes motivadores, ou seja, o canal entre a criança 
e o conhecimento que pode ser adquirido por meio de jogos e brincadeiras. Mas devemos 
tomar cuidado em não distorcer os objetivos da ludicidade, isto é, não é brincar por brincar 
para passar o tempo, o lúdico deve estar pautado nas habilidades e competências que a criança 
deve desenvolver e/ou adquirir nesta etapa, e um ato pedagógico neste sentido tende a elevar 
os níveis de aprendizagem, pois a mesma torna-se-a imensamente prazerosa e divertida. 
 
Como diria o saudoso Paulo Freire: “educar é um gesto de amor”. E quem ama cuida, 
brincar, se importa, zela, compreende, portanto, tudo isso deve ser interposto entre o lúdico 
e os pequenos, exigindo uma postura de coragem do professor para com o processo. 
O lúdico deve ser trabalhado, em especial, já na primeira etapa da Educação Básica. 
Talvez a mais importante, pois será ela, Educação Infantil, o alicerce na edificação do 
indivíduo em desenvolvimento, por isso a importância de uma prática pedagógica entusiasta, 
estimulante, atrativa, divertida. 
A Constituição da República Federativa do Brasil imputa aos municípios, estados e 
união os deveres para com o pleno desenvolvimento da criança quanto a educação. Neste 
sentido, vejamos o que diz o Art. 21: 
A Educação Infantil está dividida entre a Creche (0 a 3 anos de idade) e a Pré- 
Escola (4 a 5 anos de idade), sendo obrigatória apenas a Pré-Escola. Pela não 
obrigatoriedade dessa fase da educação básica (0 a 3 anos) ela também não 
obriga o Estado a oferecer vaga para todos. 
 
Tal divisão fora bastante influenciada pela perspectiva de teóricos como Piaget e 
Vygotsky, estudiosos da pedagogia, que mediante sua análise psicológica da criança 
caracterizaram estes momentos nos quais está subdividida esta etapa da educação básica. 
Uma outra definição bem pertinente a temática é a dada por Barbosa, (2001), onde o 
17 
 
autor afirma que 
 
 
a Constituição Federal, de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente e 
posteriormente a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional explicitaram 
na legislação pátria a normativa que reflete a nova concepção da educação 
infantil como o 1º segmento do ensino básico. 
 
Assim, é preciso erradicar das mentes de pais, professores, gestores e agentes em 
educação que a educação infantil não se resume ao brincar por brincar, ou num espaço onde 
“colocamos as crianças para irmos trabalhar”, e “na volta as pegamos”. As instituições 
responsáveis em Ensino Infantil devem perpassar o convencional e oportunizar as crianças 
momentos de aprendizados e desenvolvimento pessoal, haja vista que a Educação Infantil 
possui uma pedagogia específica, a do lúdico. 
Fala-se numa Pedagogia da Educação Infantil que se apresenta como uma alternativa 
de trabalho educativo, distinto da escola de Ensino Fundamental.A instituição tem como 
sujeito o aluno, e como o objeto fundamental o ensino nas diversas áreas através da aula; a 
creche e a pré-escola têm como objeto, as relações educativas travadas num espaço de 
convívio coletivo que tem como sujeito a criança de zero a seis anos de idade ou até o 
momento em que entra na escola (Rocha, 1999). 
As crianças também aprendem brincando, trata-se, pois de utilizar uma pedagogia que 
faça uso do lúdico, devendo permanecer a possibilidade em disponibilizar aos pequenos a 
compreensão de tudo o que rege jogos e brincadeiras, conhecendo desde cedo limites, regras, 
normas, que se configuram como essenciais na realidade escolar e futuramente social. 
Independentemente do tempo histórico; o ato de brincar possibilita uma 
ordenação da realidade, uma oportunidade de lidar com regras e manifestações 
culturais, além de lidar com outro, seus anseios, experimentando sensações de 
perda e vitória. DALLA VALLE, 2010, p.22). 
 
O principal objetivo da prática pedagógica voltada para a questão lúdica, deveras, 
ser a fomentação da educação infantil no tocante a aprendizagem da criança, sendo notável 
sua preocupação. 
A pedagogia deve se portar de maneira sensível a realidade vigente. A infância é uma 
fase de descoberta, caracteres e identidades serão construídos e ecoaram por toda a vida, por 
isso a necessidade de uma amadurecida prática pedagógica que lide com os “problemas do 
século XXI. 
Desde muito cedo a criança já brinca, meditando sobre si e o mundo que a rodeia. É 
essencial que os professores estejam capacitados e compromissados com o trabalho que deve 
ser desenvolvido com os pequenos através destas atividades lúdicas, abertos as novas 
18 
 
experiências próprias desta etapa do ensino. Daí a necessidade de elucidação de uma 
pedagogia da infância. A esse respeito Oliveira (2000) diz que: 
Os educadores infantis precisam fomentar situações cotidianas nas quais a criança 
possa manipular construir imaginar, criar, reaproveitar materiais que 
aparentemente não tem símbolo algum, mas que podem ser transformados em 
brinquedos e jogos em momentos de experiências infantis. 
 
Desta forma, o engradado pedagógico deve ser tecido com o objetivo de propiciar um 
ensino-aprendizagem pleno ao desenvolvimento do educando, promovendo a aprendizagem e 
o desenvolvimento da criança, através de práticas sociais enriquecedoras e estimulantes. 
Trata-se de tornar o aluno proativo, independente já na infância. 
Torna-se urgente pensar numa proposta de mudança que viabilize a aprendizagem 
das qualidades humanas, como o pensamento, a linguagem, os valores, os 
sentimentos, os costumes, as habilidades e aptidões que são externas ao sujeito no 
nascimento e que precisam ser internalizadas por meio da atividade da criança nas 
relações sociais coletivas e lúdicas. 
 
Trata-se, portanto, de um ato pedagógico significativo no tocante ao educando e a 
transformação de sua realidade familiar, escolar e social respectivamente. 
A pedagogia enquanto itinerário formativo ainda é bastante marcante no Ensino 
Fundamental I. Invocando aqui a LDB em seu Art. 32 diz que o ensino fundamental 
obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) 
anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela 
Lei nº 11.274, de 2006) 
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio 
da leitura, da escrita e do cálculo; 
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes 
e dos valores em que se fundamenta a sociedade; 
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de 
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; 
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de 
tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 
[...] 
 
A pedagogia não se restringe à docência tão pouco aos anseios individuais do 
profissional, ela transcende a tudo isso para residir, por excelência, no seu lugar de direito, 
diz-se do princípio norteador que estrutura nas bases sólidas do conhecimento o alicerce que 
edificará o mais sublime saber, o “significativamente significativo”. Segundo Débora Jeffrey, 
19 
 
coordenadora do curso de pedagogia na Unicamp, muitos entram na faculdade porque ‘gostam 
de criança’, mas a profissão não se restringe a isso. “O importante é ter interesse pela área de 
humanas e ser atento a questões educacionais”. Ou seja, o profissional deve estar preocupado, 
e sensível com o contexto histórico-social e cultural da criança. 
O profissional em pedagogia tem que ter em mente que nem na Educação Infantil ou 
Ensino Fundamental sua prática de atuação se limita ao ambiente de sala de aula, mas deve 
buscar ferramentas que o impulsione ao natural e significativo, uma prática pedagógica 
inovadora, eficaz e eficiente. 
É importante ainda que se compreenda que as rápidas transformações na realidade 
abriram um leque de possibilidades à consolidação de um ato puramente pedagógico. Isto é, 
tais mudanças trouxeram consigo uma urgente necessidade de aperfeiçoamento por parte do 
profissional da área, o pedagogo, e isso tende a enriquecer e valorizar ainda mais a classe, se 
bem observada pela mesma é claro, do contrário será o seu algoz. 
O ato de brincar não se restringe unicamente a Educação Infantil. Ele transcende a 
todas as idades, sendo visivelmente marcante nos primeiros anos do Ensino Fundamental, 
proporcionando aos educandos experiências ricas e únicas. Neste sentido Vygotsky diz que: 
A criança ao brincar pode transformar qualquer objeto em um brinquedo através da 
sua imaginação, podendo ainda atribuir a si própria características diferentes das 
suas, fantasiando e imaginado ser uma pessoa adulta ou um personagem que ela 
admira. Para Vygotsky a brincadeira: Cria na criança uma nova forma de desejo. 
Ensina a desejar, relacionando os seus desejos a um „eu‟ fictício, ao seu papel na 
brincadeira e suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são 
conseguidas no brinquedo, aquisição que no futuro tornar-se-ão seu nível de ação 
real e moralidade. (VYGOTSKY, 1984) 
 
Em sentido comum, todas as ações têm um caráter pedagógico, isto é, a capacidade de 
levar as pessoas a aprenderem, e a desenvolver compreensões, visto como sendo uma maneira 
de organizar, sistematizar e implementar o processo de ensino-aprendizagem para grupos de 
pessoas, que envolve os aspectos da gestão da comunicação e da relação interpessoal em 
grupos ( Not, 1981). Em seu sentido amplo, a pedagogia promove a aprendizagem e formação 
dos alunos, tendo por base saberes da educação. 
Apesar de que a educação seja concebida ainda relativamente como um instrumento de 
preparação para a convivência social, é ela sem dúvida que amplamente debate, discute sobre 
todos os temas pensáveis, ainda que sejam poucas as conclusões ela faz a diferença pelo ato 
pedagógico que intrinsecamente fomenta a prática docente, tornando pedagogicamente 
falando um gesto de amor. 
Na transição para o Ensino Fundamental a proposta pedagógica deve prever formas 
para garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, 
20 
 
respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no 
Ensino Fundamental. 
2.2 Da Educação Infantil e Ensino Fundamental 
 
 
Neste capítulo está descrito algumas das definições do que seja a Educação Infantil 
e o Ensino Fundamental, bem como de suas respectivas relevâncias na formação dos 
educandos. Por se tratar de um capítulo percursor, tais informações darão base ao que se segue 
no capítulo seguinte. 
Mas, antes de elucidarmos os pormenores da problemática faz necessário observar o 
amparo legal que rege a Educação Nacional. 
A Constituição Federal no Art. 205 estabeleceque “a educação, direito de todos e 
dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho”. 
 
Ainda segundo previsão constitucional dispostas nos incisos do art. 208, que 
promovem a efetivação do direito à educação mediante a garantia de: 
 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos 
de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não 
tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
 
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
 
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de 
idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, 
segundo a capacidade de cada um; 
 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
 
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio 
de programas suplementares de material didático escolar, transporte, 
alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
59, de 2009) 
 
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
21 
 
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua 
oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. 
 
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, 
fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à 
escola. 
 
Portanto, a educação infantil, é reconhecida como direito de toda criança desde o 
nascimento em instituições próprias de ensino. 
 
2.2.1 Da Educação Infantil 
 
 
Sendo a educação um direito constitucional e a criança um sujeito e desenvolvimento 
dotados de direitos cabe aos responsáveis nos âmbitos fedral, estadual e municipal 
assegurarem as condições mínimas para o desenvolvimento educacional destes. 
A LDB em seu Art. 29 diz que: 
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos 
físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e da 
comunidade. (BRASIL, 2014). 
 
E acrescenta, 
Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I – creches, ou entidades 
equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II – pré-escolas, para 
crianças de quatro a seis anos de idade. 
Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e 
registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o 
acesso ao ensino fundamental. (BRASIL, 2014). 
 
Uma vez que é definida como a primeira etapa da Educação Básica, este momento na 
vida escolar das crianças é de grande importância, pois será mediante o mesmo que serão 
alicerçadas as bases de toda uma vida estudantil, onde serão edificados os mais variados 
saberes, experiências dos mais diversos campos de sua vida. 
A Educação Infantil no Brasil é recente se compararmos a outros lugares do mundo, 
como por exemplo, a Europa, onde esta etapa dos estudos era planejada e definida como 
essencial para o desenvolvimento das crianças. Já no Brasil, ela surgiu como uma ação 
assistencialista que visava assistir as mães que trabalhavam fora de casa e às viúvas 
desamparadas segundo afirmam Paschoal e Machado (2009). 
De acordo com Souza (2007, p. 15-16) 
A educação institucionalizada de crianças pequenas surgiu no Brasil no final do 
século XIX. [...] O setor privado da educação pré-escolar, voltado para as elites 
- os jardins-de-infância de orientação fröebeliana-, já tinha seus principais 
expoentes no Colégio Menezes Vieira no Rio de Janeiro, desde 1875, e na Escola 
Americana anterior a isso. [...] No setor público, o jardim-de-infância da Escola 
22 
 
Normal Caetano de Campos, que atendia à elite paulistana, foi inaugurado 
apenas em 1896, mais de vinte anos depois das fundações da iniciativa privada. 
O jardim-deinfância da Escola Caetano de Campos, cujo trabalho pedagógico se 
baseava em Fröebel, tinha como princípios educativos os conteúdos cognitivo e 
moral. Nas duas primeiras décadas do século XX, foram implantadas em várias 
regiões do Brasil, as primeiras instituições pré-escolares assistencialistas. 
 
Além disso, com o fim da escravidão muitas das crianças ficaram relegadas a própria 
sorte, sem ter políticas públicas de assistência, nem comida, ou um lar. Daí a necessidade de 
se pensar numa ação que minimizar-se tais fatos, e com isso surgiu os primeiros jardins de 
infância, lugares criados de acordo com as necessidades básicas das crianças. Nesse sentido, 
A criação dos Jardins de infância foram alvos de grandes polêmicas da época, 
pois, devido a sua ideia inicial de caráter assistencialista, alguns setores da 
sociedade achavam que não deveriam ser custeados pelo poder público. Ainda 
assim, se configuraram como entidades privadas e na sequência surgiram as 
instituições públicas servindo apenas as classes sociais mais nobres (OLIVEIRA 
apud CARMO 2016, p. 28). 
 
Ainda de acordo com Paschoal e Machado (2009, p.84) 
Após o avanço da industrialização como a revolução industrial e o aumento do 
número de mulheres para o trabalho fez com que houvesse um numero maior de 
procura dessas instituições que cuidam de crianças, porém essa assistência era 
feita para as mães de classe média. 
 
Por se tratar de ações assistenciais à mães de classe mais elevada, as mulheres de 
classes inferiores reivindicaram também a si tal assistencialismo, o que elevou o número de 
crianças neste ambientes, e consequentemente a expansão de tais espaços. À medida que 
expandiam-se novas ações eram planejadas e executadas. E com isso a criança passou a ser 
vista como um indivíduo com necessidades próprias, que de certa forma são padronizadas e 
únicas ao mesmo tempo. O que favoreceu a conquista de seu espaço na sociedade. 
A esse respeito Campos (2010) enfatiza que: 
O que as crianças fazem, sentem e pensam sobre a sua vida e o mundo, ou seja, 
as culturas infantis não têm um sentido absoluto e autônomo ou independente 
em relação às configurações estruturais e simbólicas do mundo adulto e 
tampouco é mera reprodução. As crianças não só reproduzem, mas produzem 
significações acerca de sua própria vida e das possibilidades de construção da 
sua existência concreta (CAMPOS, 2010, p.16). 
 
A partir de debates como estes muitas conquistas foram assegurdas às crianças. Pois 
passaram a serem considerados sujeitos de direitos, diferentes dos adultos, próprios da 
infância. 
O sentimento moderno de infância corresponde a duas atitudes contraditórias 
que caracterizam o comportamento dos adultos até os dias de hoje: uma 
considera a criança ingênua, inocente e graciosa e é traduzida pela paparicação 
dos adultos; e outra surge simultaneamente à primeira, mas se contrapõem a ela, 
tomando a criança como um ser imperfeito e incompleto, que necessita de 
moralização e da educação feita pelo adulto. (KRAMER, 1984: 18) 
23 
 
Já segundo Sarmento (2005, p. 365) “A infância é historicamente construída, a partir 
de um processo de longa duração que lhe atribuiu um estatuto social e que elaborou as bases 
ideológicas, normativas e referenciais do seu lugar na sociedade”. 
Com isso muitos documentos norteadores e regulamentadores da Educação Infantil 
no Brasil foram cuidadosamente elaborados, como por exemplo, as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Infantil – DCNEIS, que enfatizama problemática ao afirmar que: 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil articulam-se às 
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e reúnem princípios, 
fundamentos e procedimentos definidos pela Câmara de Educação Básica do 
Conselho Nacional de Educação, para orientar as políticas públicas e a 
elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e 
curriculares de Educação Infantil (BRASIL, 2014). 
 
Já que estamos por dentro da história sobre o surgimento, bem como da importância 
da Educação Infantil no desenvolvimento do educando, afinal como defini-la. 
A esse respeito, ainda segundo as DCNEIS, a Educação Infantil configura-se como 
sendo a: 
Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais 
se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem 
estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de 
crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, 
regulados e supervisionados por órgão 34 competente do sistema de ensino e 
submetidos a controle social (BRASIL, 2010, p.12). 
 
2.2.2 Do Ensino Fundamental 
 
 
Com a ampliação para nove anos de duração do Ensino Fundamental obrigatório com 
início aos seis anos de idade, determinado pelo Plano Nacional de Educação (PNE) Lei Nº 
172/2001, meta 2 do Ensino Fundamental, traz em seu bojo uma das necessidades primordiais 
ao que se refere aos processos de alfabetização e em promover com urgência a construção de 
uma escola inclusiva. Inclusiva no sentido de melhorar as condições de equidade e de 
qualidade da educação básica; estruturar um novo ensino fundamental para que as crianças 
prossigam nos estudos, alcançando maior nível de escolaridade; assegurar que, ingressando 
mais cedo no sistema de ensino, as crianças tenham um tempo mais longo para as 
aprendizagens da alfabetização e letramento. Nos referenciais desta nova política, há a 
argumentação de que, promover a todas as crianças um período mais longo de convívio 
escolar, bem como maiores e melhores oportunidades de aprendizagens, atenderá ao princípio 
da universalidade e democratização da educação. 
O MEC, no documento "Ensino Fundamental de nove anos: passo a passo do processo 
24 
 
de implantação (2009), orienta como deve ocorrer o processo de ampliação do ensino 
fundamental: 
 
a) Melhorar as condições de equidade e de qualidade da Educação Básica; 
b) Estruturar um novo ensino fundamental para que as crianças prossigam nos 
estudos alcançando maior nível de escolaridade; 
c) Assegurar que ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianças 
tenham um tempo mais longo para aprendizagem da alfabetização e do 
letramento (MEC, 2009, p. 5). 
 
A partir da Constituição Federal de 1988, em 1996 foram implementadas algumas 
mudanças no Sistema de Ensino no Brasil como consta no art. 4º da Lei nº 9.394/96: 
O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a 
garantia de: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que 
a ele não tiveram acesso na idade própria; I - educação básica obrigatória e 
gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte 
forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) a) pré-escola; (Incluído pela 
Lei nº 12.796, de 2013) b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 
2013) c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013). (LDB, 1996, Lei 
nº 9.394, art. 4º, inciso I). 
 
Mas antes de trazer o conceito de Ensino Fundamental, é imprescindível levarmos em 
consideração o marco legal que rege esta etapa da educação básica. Tal amparo constitui-se 
dos seguintes dispositivos legais : 
- Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – artigo 208. 
- Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – admite a matrícula no Ensino 
Fundamental de nove anos, a iniciar-se aos seis anos de idade. 
- Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001 – estabelece o ensino fundamental de 
nove anos como meta da educação nacional. 
- Lei nº 11.114, de 16 de maio de 2005 – altera a LDB e torna obrigatória a 
matrícula das crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental. 
- Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006 – altera a LDB e amplia o Ensino 
Fundamental para nove anos de duração, com a matrícula de crianças de seis 
anos de idade e estabelece prazo de implantação, pelos sistemas, até 2010. 
(BRASIL, 2010, p.5). 
 
A mudança, principalmente na idade de ingresso da criança no ensino fundamental, 
com base nessas últimas leis, trouxe grandes desafios às escolas e aos educadores, como 
escreve Barreto (2004, p. 15): 
Dimensionar a complexidade e sua implantação, apontando aspectos da estrutura 
e funcionamento das escolas, do currículo, da formação e envolvimento dos 
professores nas mudanças pretendidas, da participação dos pais e de outros 
atores, enfim, da cultura da escola, que são profundamente afetadas [...] um 
confronto que tradicionalmente tem faltado de modo dominante a organização 
escolar. (BARRETO, 2004, p.15). 
 
Uma vez que nos foi possível observarmos a leis que garantem a execução do ensino 
fundamental faz-se necessário entendermos melhor o seu conceito. Nesse sentido, a LDB em 
seu Art. 32 diz “o ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na 
25 
 
escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do 
cidadão, mediante[...]”: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) (BRASIL, 1996, p. 15) 
 
E acrescenta ainda em nos incisos do mesmo Art. 32 que: 
 
[...] I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos 
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da 
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; 
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a 
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; 
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana 
e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 
§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em 
ciclos. 
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar 
no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da 
avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do 
respectivo sistema de ensino. 
§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, 
assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas 
e processos próprios de aprendizagem. 
§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado 
como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais. 
§ 5º O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que 
trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei 
no 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do 
Adolescente, observada a produção e distribuição de material didático 
adequado. (Incluído pela Lei nº 11.525, de 2007). 
§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema transversal 
nos currículos do ensino fundamental. (Incluído pela Lei nº 12.472, de 
2011). 
 
Por fim, em seu Art. 34 a LDB afirma que: 
 
A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de 
trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de 
permanência na escola. 
§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de 
organização autorizadas nesta Lei. 
§ 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, 
a critério dos sistemas de ensino. 
 
O Ensino Fundamental caracteriza-sepor ser um espaço mais formal do que o da 
Educação Infantil, preocupando-se em preencher a maior parte do tempo das crianças, com 
atividades dirigidas, de caráter pedagógico. As dinâmicas são individualizadas, centralizadas 
no professor, que muitas vezes, foca a escrita através de exercícios mecânicos e cópias. 
Momento que expressa uma determinada pressa pela alfabetização, não considerando que 
algumas crianças, precisam de um tempo maior para corresponder esse processo de 
alfabetização. Nesse sentido, Barbosa, 2005 afirma que: 
Colocar uma criança de seis anos sem experiência escolar numa escola 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11274.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11525.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12472.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12472.htm#art1
26 
 
tradicional como a nossa é uma violência. Sem uma proposta pedagógica clara, 
as crianças vão acabar sentadas na carteira copiando leitura da lousa... Não é só 
problema da alfabetização na primeira série. É uma questão de disciplina, de 
regras, de horários. (BARBOSA, 2005, p. 43) 
 
O obstáculo de acordo com estudiosos e entusiasta em educação, que a determinação 
da inclusão aos seis anos no ensino fundamental, vem acompanhada com poucas instruções 
de como seria essa inserção nem traz propostas de formação inicial e continuada para 
professores, deixando claro que não é a mesma coisa ensinar uma criança de sete anos e uma 
de seis. 
Só tem sentido uma criança no ensino fundamental se estiver preocupado com a 
totalidade do seu desenvolvimento. Não é para diminuir a repetência e aumentar 
a escolarização pura e simplesmente. É por respeito ao tempo da infância... Se 
for para manter a escola tradicional, conteudista, como é a nossa, eu não 
ampliaria em mais um ano. Não adianta colocar a criança que tem seis anos só 
para ela precocemente aprender a ler e escrever. Isso é escolarizar 
prematuramente uma criança a um sistema falho. (ARROYO, 2005, p. 35) 
 
Mas como promover uma transição entre estas duas etapas sem que haja uma ruptura 
do processo de ensino-aprendizagem, de maneira a prejudicar o desenvolvimento educacional 
do educando? 
A criança ao passar para o ensino fundamental não pode perder a magia que embasa a educação 
infantil, portanto faz-se necessário que os professores estejam sempre fazendo uma reflexão de sua 
prática no cotidiano da sala de aula, almejando que o ensino fundamental deixe um pouco de sua 
complexidade no que diz respeito aos aspectos formais da aprendizagem e passem a dar espaço para 
as crianças que estão chegando, continuem sendo crianças, ou seja, não deixem de brincar livremente 
com autonomia e espontaneidade, mas também que o professor ao proporcionar-lhes o espaço para 
brincar possa ter um olhar minucioso recheado de observações ricas para serem aproveitadas em prol 
da aprendizagem de seu aluno. 
Tanto as políticas públicas quanto os educadores devem considerar: 
A singularidade das ações infantis e o direito à brincadeira, à produção cultural, 
na educação infantil e no ensino fundamental. Isso significa que as crianças 
devem ser atendidas nas suas necessidades (a de aprender e a de brincar) e que 
tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental sejamos capazes de ver, 
entender e lidar com as crianças como crianças e não só alunos. (Kramer: 2006). 
 
Segundo o filósofo grego Heráclito “Nada é permanente, exceto a mudança”. Nos 
últimos anos se intensificaram as reflexões acerca do processo de transição da criança na 
Educação Infantil para anos iniciais do Ensino Fundamental. 
Sabemos que ambas as etapas compreendem-se dentro da infância, onde as propostas 
pedagógicas devem ser alinhadas a ludicidade, de modo que fomente ações estratégicas que 
contribuam para a consolidação do aprendizado. 
27 
 
A vida é naturalmente repleta de mudanças, mas é no processo de inserção e 
adaptação do ser humano que acontece a aprendizagem, transformação e 
evolução pessoal do indivíduo, no contexto social. Para que o desenvolvimento 
de cada situação aconteça de maneira saudável e produtiva, é imprescindível que 
o processo de transição, de um campo para o outro, seja organizado de maneira 
a atender as necessidades e fornecer segurança física e psicossocial à pessoa que 
está vivendo essa transição. (DRC p.24, 2019) 
 
Ainda a esse resspeito Kramer, Nunes e Corsino (2011) enfatizam que: 
[...] é prioridade que instituições de educação infantil e ensino fundamental 
incluam no currículo estratégias de transição entre as duas etapas da educação 
básica que contribuam para assegurar que na educação infantil se produzam nas 
crianças o desejo de aprender, a confiança nas próprias possibilidades de se 
desenvolver de modo saudável, prazeroso, competente e que, no ensino 
fundamental, crianças e adultos (professores e gestores) leiam e escrevam. 
Ambas as etapas e estratégias de transição devem favorecer a 
aquisição/construção de conhecimento e a criação e imaginação de crianças e 
adultos. (KRAMER, NUNES E CORSINO, 2011, p. 80) 
 
Neste contexto, os professores da Educação Infantil em conjunto com os professores 
do primeiro ano passam a constituir-se os principais mediadores deste processo de transição, 
são eles que irão facilitar, ou não, esta mudança para a criança, elaborando um planejamento 
no coletivo que intencione o aprender de forma intencional e organizada privilegiando 
situações de aprendizagem pautadas no lúdico, no jogo, na pesquisa. 
Para Kramer (2007. p. 20) a inserção da criança no Ensino Fundamental exige diálogo 
entre Educação Infantil e Ensino Fundamental, diálogo esse institucional e pedagógico, dentro 
da escola, entre as escolas e na sala de aula, e com objetivos claros. 
Educação infantil e ensino fundamental são indissociáveis: ambos envolvem 
conhecimentos e afetos; saberes e valores; cuidados e atenção; seriedade e riso. 
O cuidado, a atenção, o acolhimento estão presentes na educação infantil; a 
alegria e a brincadeira também. E, com as práticas realizadas, as crianças 
aprendem. Elas gostam de aprender. Na educação infantil e no ensino 
fundamental, o objetivo é atuar com liberdade para assegurar a apropriação e a 
construção do conhecimento por todos. Na educação infantil, o objetivo é 
garantir o acesso, de todos que assim o desejarem, a vagas em creches e 
préescolas, assegurando o direito da criança de brincar, criar, aprender. Nos dois, 
temos grandes desafios: o de pensar a creche, a pré-escola e a escola como 
instâncias de formação cultural; o de ver as crianças como sujeitos de cultura e 
história, sujeitos sociais (KRAMER, 2007, p. 20). 
 
Neste sentido o professor proporcionará o processo de transição, no qual o lúdico é 
visto como parte central deste processo (e não como uma perda de tempo), como parte 
integrante do processo ensino-aprendizagem, principalmente no que se refere à mediação do 
conhecimento. Cabe a todos os envolvidos com a escola fazer com que se cumpra à função 
pedagógica, na perspectiva de melhorar a qualidade do ensino, tendo a criança como ser único 
e capaz de aprender, fazendo-se necessário, para isto, a disposição de cumprir o papel de 
interlocutores de aprendizagens e conhecimentos. 
28 
 
Para Kramer (2007. p. 20) a inserção da criança no Ensino Fundamental exige diálogo 
entre Educação Infantil e Ensino Fundamental, diálogo esse institucional e pedagógico, dentro 
da escola, entre as escolas e na sala de aula, e com objetivos claros. 
 
Educação infantil e ensino fundamental são indissociáveis: ambos envolvem 
conhecimentos e afetos; saberes e valores; cuidados e atenção; seriedade e riso. 
O cuidado, a atenção, o acolhimento estão presentes na educação infantil; a 
alegriae a brincadeira também. E, com as práticas realizadas, as crianças 
aprendem. Elas gostam de aprender. Na educação infantil e no ensino 
fundamental, o objetivo é atuar com liberdade para assegurar a apropriação e a 
construção do conhecimento por todos. Na educação infantil, o objetivo é 
garantir o acesso, de todos que assim o desejarem, a vagas em creches e 
préescolas, assegurando o direito da criança de brincar, criar, aprender. Nos dois, 
temos grandes desafios: o de pensar a creche, a pré-escola e a escola como 
instâncias de formação cultural; o de ver as crianças como sujeitos de cultura e 
história, sujeitos sociais (KRAMER, 2007, p. 20). 
 
A BNCC pontua que, no momento da transição da Educação Infantil para o Ensino 
Fundamental, deve ocorrer uma preocupação por parte de gestores e professores, 
principalmente no que tange ao equilíbrio entre os aspectos didático-pedagógicos e a atenção 
afetiva. Isto devido à complexidade dos diferentes fatores que interferem no desenvolvimento 
sócio-cognitivo, intelectivo e afetivo da criança, principalmente os relacionados ao processo 
de alfabetização e desenvolvimento da linguagem. 
Logo, o documento descreve sobre a importância existente em criar meios a serem 
utilizados durante este processo, com a intencionalidade de favorecer não somente a criança 
durante este período, mas também o docente que se favorecerá dos resultados obtidos, para a 
continuação do processo pedagógico sem bloqueios maiores, pois, poderá estabelecer um 
princípio baseado no que a criança já traz consigo e assim dar continuidade ao processo do 
desenvolvimento global da criança. 
A transição entre essas duas etapas da Educação Básica requer muita atenção, 
para que haja equilíbrio entre as mudanças introduzidas, garantindo integração e 
continuidade dos processos de aprendizagens das crianças, respeitando suas 
singularidades e as diferentes relações que elas estabelecem com os 
conhecimentos, assim como a natureza das mediações de cada etapa. Torna-se 
necessário estabelecer estratégias de acolhimento e adaptação tanto para as 
crianças quanto para os docentes, de modo que a nova etapa se construa com 
base no que a criança sabe e é capaz de fazer, em uma perspectiva de 
continuidade de seu percurso educativo. (BNCC, p.53) 
 
Também se identificou como preocupação da BNCC a diminuição das barreiras que 
historicamente foram construídas entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, pensadas 
como fases distintas e ou subsidiárias. Aspecto que merece um olhar aguçado pois não se 
resolve constando na BNCC ou por decreto, mas por meio de ações concretas e práticas que 
29 
 
permitam espaço para o diálogo e definição de metas de como dizimar a lacuna que separa os 
dois níveis de ensino. 
 
2.3 Alfabetização e Letramento 
 
Quando a criança deixa o ambiente da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, 
em muitos casos, há uma ruptura no processo ensino aprendizagem, pois se tem mais que a 
troca de ambiente. A maneira como este processo é trabalhado influência diretamente na 
apropriação do conhecimento. Entende-se que é preciso olhar detalhadamente o espaço 
educativo, isto é, a sala de aula, considerando que educando possui sua história, seus saberes, 
sua bagagem de conhecimento e vivências nas quais devem ser valorizadas. 
É importante frisar que os conceitos não são sinônimos, ainda que estejam 
intrinsecamente ligados. Nesse sentido, Soares citada por Morais e Albuquerque (2007, p. 47) 
afirma que: 
Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas inseparáveis do contrario: o 
ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e escrever no contexto das 
práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o individuo se tornasse ao 
mesmo tempo alfabetizado e letrado. 
 
O processo de ensino-aprendizagem da alfabetização deve ser organizado de modo 
que a leitura e a escrita sejam desenvolvidas em uma linguagem real, natural, significativa e 
de acordo com o cotidiano da criança. A alfabetização tem como 6 objetivo criar situações 
para que a criança perceba o seu desenvolvimento e consequentemente adquira a sua 
autonomia, tornando-se fase adulta um ser crítico e conhecedor de seus direitos. 
Uma pessoa alfabetizada conhece o código alfabético, domina as relações 
grafônicas, em outras palavras, sabe que sons as letras representam, é capaz de 
ler palavras e textos simples, mas não necessariamente é usuário da leitura e da 
escrita na vida social (CARVALHO, 2010, p.66). 
 
Alfabetizar é muito mais do que codificar e decodificar o código alfabético, por isso 
letramento se soma com a alfabetização e, o educador precisa saber o momento certo para 
articular leitura e produção de texto, fazer as intervenções adequadas para o aluno progredir, 
pois é uma fase de libertação, aquisição da escrita e não pode ser entendida como um recurso 
memorativo, alfabetizar é oferecer ao aluno a oportunidade de se expressar dando a 
oportunidade do mesmo construir o seu próprio conhecimento. 
Hoje, os grandes objetivos da Educação são: ensinar a aprender, ensinar a fazer, 
ensinar a ser, ensinar a conviver em paz, desenvolver a inteligência e ensinar a 
transformar informações em conhecimento. Para atingir esses objetivos, o 
trabalho de alfabetização precisa desenvolver o letramento. O letramento é 
entendido como produto da participação em práticas sociais que usam a escrita 
como sistema simbólico e tecnologia (FERNANDES, 2010, p.19). 
30 
 
 
Alfabetização e letramento apresentam uma relação muito forte, pois uma depende 
exclusivamente da outra, as duas ações são distintas, mas inseparáveis, não se pode alfabetizar 
sem letrar, o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e escrever de modo que a 
criança se torne ao mesmo tempo, alfabetizada e letrada, saber interpretar o que lê. De acordo 
com Rios e Libânio (2009, p. 33) “a alfabetização e o letramento são processos que se mesclam 
e coexistem na experiência de leitura e escrita nas práticas sociais, apesar de serem conceitos 
distintos”. 
Segundo Morais (2007) 
Alfabetização – processo de aquisição da “tecnologia da escrita”, isto é do 
conjunto de técnicas – procedimentos habilidades - necessárias para a prática de 
leitura e da escrita: as habilidades de codificação de fonemas em grafemas e de 
decodificação de grafemas em fonemas, isto é, o domínio do sistema de escrita 
(alfabético ortográfico) (MORAIS; ALBUQUERQUE, 2007, p. 15). 
 
Enquanto a alfabetização desenvolve a aquisição da leitura e da escrita, o letramento 
se ocupa da função social de ler e escrever. O letramento é o estado que um indivíduo ou 
grupo social alcança depois de se familiarizar com a escrita e a leitura, possuindo uma maior 
experiência para desenvolver as práticas do seu uso nos mais diversos contextos sociais. De 
acordo com Santos (2007, p. 29), “O letramento como prática social de leitura do cotidiano 
passa a ser substituído por um letramento escolar” 
 
O fenômeno do letramento, então, extrapola o mundo da escrita tal qual é concebido 
pelas instituições que se encarregam de introduzir formalmente os sujeitos do mundo da 
escrita. Pode-se afirmar que a escola, a mais importante das agências de letramento, preocupa- 
se, não com o letramento, prática social, mas com apenas um tipo de prática de letramento, a 
alfabetização, o processo de aquisição de códigos, (alfabeto, numérico) processo geralmente 
concebido em termos de uma competência individual necessária para o sucesso e promoção 
na escola (KLEIMAN, 2003, p.20). 
31 
 
3. METODOLOGIA 
 
3.1 Tipo de pesquisa 
 
A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se ocupa, nas 
Ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ou não deveria ser quantificado. Ou 
seja, ela trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, 
dos valores e das atitudes. Esse conjunto de fenômenos humanos é entendidoaqui como parte 
da realidade social, pois o ser humano se distingue não só por agir, mas por pensar sobre o 
que faz e por interpretar suas ações dentro e a partir da realidade vivida e partilhada com seus 
semelhantes. (MINAYO, 2007, p. 21). 
Pesquisa é um conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um 
problema, que têm por base procedimentos racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada 
quando se tem um problema e não se tem informações para solucioná-lo. (MENEZES, 2001, 
p.20. 
Diante dos objetivos que o estudo se propôs a alcançar e desvendar tais 
problemáticas, optou-se em realizar uma pesquisa descritiva, bibliográfica e de abordagem 
qualitativa. A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se ocupa, nas 
Ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ou não deveria ser quantificado. Ou 
seja, ela trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, 
dos valores e das atitudes. Esse conjunto de fenômenos humanos é entendido aqui como parte 
da realidade social, pois o ser humano se distingue não só por agir, mas por pensar sobre o 
que faz e por interpretar suas ações dentro e a partir da realidade vivida e partilhada com seus 
semelhantes. (MINAYO, 2007, p. 21). 
A pesquisa qualitativa também tem como principal característica trabalhar com 
questões básicas relacionada a realidade humana, que permite através de interação com 
sujeitos, estudar os valores, concepções, atitudes. Características que irão ajudar a analisar os 
registros do diário de campo juntamente com os referenciais teóricos. Ressalta-se, a pesquisa 
está inserida no diário de campo, através dos registros feitos durante o estágio supervisionado, 
numa escola pública do município de Rio Branco - AC. A escola está situada na região central 
da cidade, numa parte antiga e tradicional do bairro, de classe média. Em seu entorno há 
diversos estabelecimentos comerciais como lojas de roupa, salões de beleza, padarias, lojas 
agropecuárias e outros tipos. Em relação ao seu funcionamento, ela atende em dois turnos, 
matutino e vespertino, contemplando a Educação Infantil (4 e 5 anos) ao 5º ano do Ensino 
Fundamental. Possui 12 salas de aula por turno e cada sala tem de 25 a 29 alunos. A escola 
32 
 
possui um alunado superior a 500 alunos que estudam nessa instituição. 
Por fim, a pesquisa elaborada trata-se de uma breve compilação bibliográfica, que 
não tem por objetivo estabelecer um juízo de valor, mas apresenta-se como sempre sendo 
resiliente, abertaa possível aperfeiçoamento. Ou seja, o tipo de pesquisa escolhida fora a 
qualitativa, com uma abordagem exploratória a respeito das informações e fatos. 
 
3.2 Universo e Amostra 
 
O universo, ou população, é o conjunto de elementos que possuem as características 
que serão objeto do estudo, e a amostra, ou população amostral, é uma parte do universo 
escolhido selecionada a partir de um critério de representatividade (VERGARA, 1997). 
 
UNIVERSO: Alunos do 4ºAno do Ensino Fundamental I. 
 
AMOSTRA: 4º ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Escola Estadual de 
Ensino Fundamental Boa União. A amostra está composta por 24 alunos (11 meninos e 13 
meninas). Todas eles frequentam o 4º ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental e a 
maioria são alunos da escola desde o 1º ano. A idade mínima é de 9 anos e a máxima de 10 
anos. 
 
3.3 Instrumentos de coletas de dados 
 
 
O trabalho fora elaborado através de pesquisas bibliográficas de caráter documental 
sobre o tema (pesquisa livros, revistas, sites, mídias sociais) que abordassem a temática. E, 
por conseguinte a síntese dos fatos, com ênfase nos objetivos alcançados: o entendimento da 
relevância do ato lúdico atrelado a prática pedagógica do professor, como parte integrante 
de sua proposta pedagógica. 
 
3.4 Método de análise 
 
Analisados descritiva e qualitativamente (reflexão e discussão das leituras 
realizadas)a respeito do lúdico e dos conceitos decorrentes, de forma a constituir-se em um 
referencial norteador a estudos posteriores, tendo como principal público-alvo professores 
que atuam na Educação Infantil. Porquanto, foram procedidas, análises e sistematização dos 
pressupostos teóricos analisados e que passaram a ser descritos qualitativamente. 
33 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES DOS DADOS 
 
Os dados foram coletados mediante pesquisa em livros, sites, entrevistas, vídeos estão 
atrelados ao aporte teórico de estudiosos como Piaget (1975), Vygotsky (1984) e Fantin 
(2000) que mediante compilação bibliográfica da seleção de informações analisadas nos foi 
possível concluir que os fatos, aqui apresentados, são imprescindíveis quando entrelaçados 
numa proposta pedagógica que preze pelo propício ambiente de sala de aula, buscando o 
pleno desenvolvimento da criança. Podemos dizer que o ato lúdico corrobora de forma 
eficaze eficiente para com a prática docente. 
Estando a referida análise subdividida em três momentos específicos, mas 
comumente interligados num mesmo sentido. Tais subdivisões são: observação diagnóstica 
dos fatos coletados realizada mediante a escolha das ferramentas mais precisas para abstrair 
maisfielmente as informações relevantes sobre a problemática, por exemplo, por meio da 
leitura, diz-se de um primeiro contato com os escritos. Em seguida é realizada uma nova 
etapa, da seleção de informações, organizando-a por meio de classificações e\ou categorias. 
E por fim, faz-se uma breve compilação dos dados, isto é, diz-se dos resultados da análise 
de dados, onde o observador\pesquisador realiza a inferência dos dados em observação, 
dando-lhes finalmente um norte, uma direção para a conclusão do trabalho final. 
34 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
A pedagogia nos remete aquilo que somos, o ideal transformador e ressignificador que 
nos faz querermos nos aventurar nas estradas da docência, que nos apresenta aos desafios e 
chama pra si a responsabilidade por construir as bases daqueles que são os futuros cidadãos 
daquela realidade. Como vimos à prática em pedagogia perpassa o espaço físico, sendo assim, 
onde houver uma prática educativa, que se instala, propiciando uma ação pedagógica 
transformadora. 
Constitui-se uma intenção onde todas as demais convertem, fazendo de formas 
sistêmicas e intencionais a promoção e a formação do educando, portando a pedagogia é 
subsidiada por todas as demais áreas da educação, que atuam de maneira recíproca e 
sustentadora do ato pedagógico, propiciando condições para o desenvolvimento das 
competências sociais e individuais do educando, e assim, sua inserção proveitosa na 
sociedade. 
A Educação Infantil bem como o Ensino Fundamental dispõem de atos pedagógicos 
distintos, mas que se entrelaçam, construindo assim o elo que sustenta o saber. Trata-se de 
valorizarmos a importância da pedagogia para as demais áreas do conhecimento, e assim 
potencializar cada vez mais suas possibilidades. 
Todo processo visa à confecção de um produto, de um bem de consumo, e não é 
diferente na educação, ou seja, o processo de ensino-aprendizagem ao qual o educando está 
sujeito deve ser produtivo, instigante, motivador, entusiasta, criador, daí produziremos um 
produto de alta qualidade, que estará pronto para ir às prateleiras do mundo a acrescentar. 
O conhecimento é a edificação dos diversos saberes, e não a recapitulação de 
enfadonhos e monótonos conteúdos, o ensino híbrido surge como um norteador metodológico, 
buscando parâmetros para se alcançar uma significativa aprendizagem e transformadora de 
realidades. 
A transição entre essas duas etapas da Educação Básica requer muita atenção, para que 
haja equilíbrio entre as mudanças introduzidas, garantindo integração e continuidade dos 
processos de aprendizagens das crianças, respeitando suas singularidades e as diferentes 
relações que elas estabelecem com os conhecimentos, assim como a natureza das mediações 
de cadaetapa. Torna-se necessário estabelecer estratégias de acolhimento e adaptação tanto 
para as crianças quanto para os docentes, de modo que a nova etapa se construa com base no 
que a criança sabe e é capaz de fazer, em uma perspectiva de continuidade de seu percurso 
educativo. 
35 
 
Para isso, as informações contidas em relatórios, portfólios ou outros registros que 
evidenciem os processos vivenciados pelas crianças ao longo de sua trajetória na Educação 
Infantil podem contribuir para a compreensão da história de vida escolar de cada aluno do 
Ensino Fundamental. Conversas ou visitas e troca de materiais entre os professores das escolas 
de Educação Infantil e de Ensino Fundamental – Anos Iniciais também são importantes para 
facilitar a inserção das crianças nessa nova etapa da vida escolar. 
Além disso, para que as crianças superem com sucesso os desafios da transição, é 
indispensável um equilíbrio entre as mudanças introduzidas, a continuidade das aprendizagens 
e o acolhimento afetivo, de modo que a nova etapa se construa com base no que os educandos 
sabem e são capazes de fazer, evitando a fragmentação e a descontinuidade do trabalho 
pedagógico. Nessa direção, considerando os direitos e os objetivos de aprendizagem e 
desenvolvimento, apresenta-se a síntese das aprendizagens esperadas em cada campo de 
experiências. Essa síntese deve ser compreendida como elemento balizador e indicativo de 
objetivos a ser explorados em todo o segmento da Educação Infantil, e que serão ampliados e 
aprofundados no Ensino Fundamental, e não como condição ou pré-requisito para o acesso ao 
Ensino Fundamental. 
A pedagogia é uma das mais precisas ferramentas para a apreensão do conhecimento 
seja em qual for à etapa da educação, uma vez que ela propiciar situações em que o indivíduo 
seja o protagonista no processo de ensino-aprendizagem. Situações estas formadas entorno do 
lúdico, neste sentido emerge o ato pedagógico, como potencializador de uma aprendizagem 
significativa nos âmbitos da Educação Infantil e Ensino Fundamental. 
A educação não se limita a uma mera recapitulação e/ou transmissão de 
conhecimentos, ela transcende o convencional mediante o ato pedagógico da ludicidade, 
marcante na pedagogia infantil e dos anos iniciais, e por fim consolida-se. É importante ainda 
ter em mente que essa divisão que há na Educação Básica é meramente burocrática, pois o 
itinerário formativo é único e contínuo, e assim o é, pois a pedagogia o possibilita. 
Além de sua importância no âmbito escolar, a pedagogia perpassa as quatro paredes, 
e muros da Instituição de Ensino, e destaca-se como imprescindível na compreensão da 
realidade local, a saber, da sociedade na qual o educando faz parte como cidadão empotencial. 
Em relação à prática pedagógica na Educação Infantil ela é por excelência o ato de 
brincar, bastante marcante no Ensino Fundamental I. Mas o brincar não se limita ao brincar 
por brincar, este ato é intrínseco a criança, ou seja, natural, e se bem direcionado e 
potencializado pode-se alcançar resultados expressivos, como da fomentação da qualidade do 
36 
 
processo de ensino-aprendizagem. 
É comum ouvirmos que as crianças aprendem brincando, e sem dúvida há aí certa 
verdadeira, pois o ato de brincar é demasiadamente marcado por uma ludicidade rica e 
estimulante à experiência “de saber”. Como diria o saudoso Paulo Freire - ensinar não é 
transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou sua 
construção-, neste sentido emerge o lúdico como este elo que se cria no entrelaçar da 
abordagem pedagógica. 
Em suma, a pedagogia é o espírito de todo processo de aprendizado, seja ele na sala 
de aula, no ambiente escolar ou fora dele. Sendo consenso que a pedagogia é mais do que um 
curso com vista à formação de profissionais para exercer a docência, ela é por excelência a 
ferramenta imprescindível ao educador. 
37 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
AGUIAR, Lucas K. Da Educação Infantil para o Ensino Fundamental: uma análise de 
documentos oficiais sobre a transição das crianças entre estas duas etapas da Educação 
Básica. 2016. 
 
ARROYO, Miguel G. Imagens quebradas. Trajetórias e tempos de mestres. Petrópolis, 
RJ: Vozes, 2005. 2ª edição. 
 
BARBOSA, Maria Carmem S, DELGADO, Cristina Coll. A Infância no Ensino 
Fundamental de Nove Anos, Editora Penso, ARTMED, 2005. 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 
DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 
 
BRASIL. Congresso Nacional. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: 
Imprensa Oficial, dez. 2001. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. 
Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao_Compilado.htm>. Acesso 
em 22 de setembro de 2021. 
 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20 de 
dezembro de 1996. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes 
curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – 
Brasília : MEC, SEB, 2010. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional Comum Curricular- BNCC. 
Brasília,DF, 2017. 
 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394/96. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao_Compilado.htm
38 
 
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf. Acesso em: 25 de setembro de 
2021. 
 
CAMPOS, Maria Malta. Critérios para um atendimento em creches que respeite os 
direitos fundamentais das crianças. In: CAMPOS, Maria Malta; ROSEMBERG, Fúlvia 
(orgs). Brasília : MEC, SEB, 2009. 
 
CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. 7. ed. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. 
 
DOCUMENTO DE REFERÊNCIA CURRICULAR: Concepções, Educação Infantil, Ensino 
Fundamental Anos iniciais e finais- Prefeitura de Lucas do Rio Verde, Secretaria Municipal 
de educação. Mato Grosso, 2019. 
 
FERNANDES, Maria. Os segredos da alfabetização. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2010. 
 
 
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. Rio de 
Janeiro: Paz e Terra, 1996. 
 
GHEDIN, E. Ensino de Filosofia no Ensino Médio. 2. ed. São Paulo/SP: Cortez, 2009. 
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2005. 
 
KLEIMAN, Angela B. (org.). Os Significados do letramento. Uma nova perspectiva sobre 
a prática social da escrita. 6.ed. Campinas, São Paulo: Mercado de letras, 2003. 
 
KRAMER, S.; NUNES, M. F. R.; CORSINO, P. Infância e crianças de 6 anos: desafios das 
transições na educação infantil e no ensino fundamental. Educação e Pesquisa, São Paulo, 
v.37, n.1, 220, 2011. 
 
KRAMER, Sonia. A Infância e sua Singularidade. Ensino Fundamental de Nove Anos. 
Orientações para a Inclusão da Criança de seis anos de idade. Brasília 2006. 
 
KRAMER, S. A infância e sua singularidade. In: BRASILl/MEC. Ensino Fundamental 
de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. 2ª Ed. Brasília 
(DF): FNDE, Estação Gráfica, 2007. 
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf
39 
 
KUHLMANN Jr., Moysés Educação Infantil e Currículo. IN: FARIA, Ana Lúcia e 
PALHARES, Marina (orgs). Educação Infantil pós-LDB. 4. ed. Campinas: Autores 
Associados, 2003. 
 
MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 3 ed. 
Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de 
Produção. Laboratório de Ensino a Distância. 2001. 
 
OLIVEIRA, Vera Barros de. O Brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Rio de 
Janeiro: Vozes, 2000. (p. 76) 
 
ROCHA, Eloisa A. C. A pesquisa em educação infantil no Brasil- trajetória recente e 
perspectiva de consolidação de uma Pedagogia da Educação Infantil. UFSC, Centro de 
Ciências da Educação: Núcleo de Publicações

Continue navegando

Outros materiais