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Primeiros anos de Juscelino Kubitschek A carreira política de Juscelino Kubitschek se iniciou em 1933, quando Benedito Valadares tornou-se interventor de Minas Gerais e o convidou-o para se tornar chefe do Gabinete Civil de Minas Gerais. Depois que Getúlio Vargas foi destituído e a democratização do país se estruturou, Juscelino atuou na formação do Partido Social Democrático (PSD), o maior partido da República de 1946. Além disso, Juscelino Kubitschek concorreu ao cargo de deputado federal, sendo novamente eleito. Permaneceu na função até 1950, consolidando-se como uma figura política das mais importantes no interior dos quadros do PSD e da política mineira a nível nacional. Em julho o seu partido escolheu Juscelino para que ele fosse o nome do partido na disputa do governo de Minas Gerais. Juscelino Kubitschek disputou o governo contra o candidato da União Democrática Nacional (UDN), Gabriel Passos (o político udenista era concunhado de JK). JK percorreu todo o estado de Minas em campanha pela sua eleição e saiu vencedor. Em 31 de janeiro de 1951, Juscelino Kubitschek assumiu como governador de Minas Gerais. Já no governo de Minas Gerais, Juscelino manifestou uma característica de desenvolvimentismo. Juscelino desejava transformar Minas Gerais, um estado baseado na pecuária e agricultura, em um estado industrializado. Eleição presidencial de 1955 A possibilidade da candidatura presidencial de Juscelino Kubitschek alarmava a UDN e seu grande expoente, o jornalista Carlos Lacerda. Esse partido, de matiz liberal e conservadora, entendia que Juscelino representava uma continuidade do legado político de Getúlio Vargas e procurava impedir uma eventual vitória do mineiro. Diariamente, Carlos Lacerda defendia a imposição de um “regime de emergência” para impedir o retorno do PTB ao poder. A eleição presidencial de 1955 foi realizada nesse clima político conturbado. O resultado dessa eleição foi apertado e Juscelino. E a vitória de JK fez com que o foco de Carlos Lacerda fosse outro: ele trabalhou para impedir a posse de Juscelino, marcada para acontecer em 31 de janeiro de 1956. O golpe não prosperou graças a uma figura central na política brasileira: o ministro da Guerra Henrique Teixeira Lott. Ele era um militar legalista que defendia o respeito à Constituição. Ele aglomerou apoiadores nas Forças Armadas e realizou um contragolpe para impedir que Carlos Lacerda e outros militares tomassem o poder e impedissem a posse de Juscelino. Esse acontecimento ficou conhecido como Movimento de 11 de novembro ou Golpe Preventivo de 11 de novembro. Governo JK ficou marcado pela sua política desenvolvimentista, isto é, que incentivava o desenvolvimento econômico do país via industrialização. Para sustentar sua proposta desenvolvimentista, o governo JK organizou o Plano de Metas, um programa econômico que estipulava 31 metas para garantir o desenvolvimento econômico do Brasil. As áreas consideradas cruciais dentro desse plano eram energia, transportes, indústria de base, alimentação e educação. Entre as prioridades, as áreas de alimentação e educação foram as que receberam a menor fatia dos recursos alocados para o Plano de Metas. A indústria de base, energia e de transporte receberam somas altíssimas de investimentos do governo, que construiu estradas pelo país, incentivou o desenvolvimento da indústria e ampliou o fornecimento de energia elétrica. • Construção de Brasília Brasília foi construída durante o governo de Juscelino Juscelino Kubitschek https://brasilescola.uol.com.br/historiab/republica-populista-1945-1964.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/republica-populista-1945-1964.htm https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-desenvolvimentismo-foi-suficiente-para-brasil.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/carlos-lacerda.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/constituicao-de-1946.htm O grande projeto do governo JK foi a construção de Brasília e a transferência da capital para o Planalto Central. A construção de Brasília se estendeu por todo o seu mandato e foi um projeto grandioso, movimentando uma enorme soma de dinheiro Últimos anos de Juscelino Kubitschek Depois que seu mandato como presidente se encerrou, Juscelino prosseguiu na política, elegendo-se senador por Goiás. Ele continuava filiado ao PSD.. Uma vez estabelecida a ditadura no país, a repressão se voltou contra o próprio Juscelino Kubitschek. O governo militar ordenou a cassação dos direitos políticos de Juscelino por 10 anos. O seu partido tentou reverter a situação, mas a repressão tinha vindo para ficar. Ainda em 1964, Juscelino Kubitschek decidiu mudar-se para a Europa. Em 1966, ele aderiu à Frente Ampla, movimento encabeçado por Carlos Lacerda pela redemocratização do país. O movimento também contou com o apoio do ex-presidente João Goulart, derrubado pelo golpe em 1964. Em 1967, Juscelino retornou ao Brasil para atuar pela Frente Ampla, mas foi intensamente monitorado pelo governo militar. Em 1968, a Frente Ampla teve sua atuação proibida pelo governo e Juscelino afastou-se definitivamente da política brasileira. Passou a atuar no ramo empresarial privado e teve uma morte polêmica em 22 de agosto de 1976, quando sofreu um acidente de carro na Via Dutra. Investigações posteriores foram realizadas sobre a morte do ex-presidente. A Comissão Nacional da Verdade concluiu, em 2014, que a morte de JK foi acidental, mas membros da Comissão Municipal da Verdade de São Paulo concluíram o oposto e afirmaram que Juscelino Kubitschek foi morto pela ditadura. Já a Comissão da Verdade em Minas Gerais concluiu que é bastante provável que JK tenha sido assassinado pela ditadura. Como pode ser percebido, a morte de Juscelino Kubitschek é ainda marcada por um grande suspense, uma vez que não existe uma resposta conclusiva que explique o acidente de carro que ocasionou a sua morte. https://brasilescola.uol.com.br/historiab/construcao-de-brasilia.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/frente-ampla.htm
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