Conservação da Biodiversidade e Educação Ambiental

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@danielleferreira._
Conservação da Biodiversidade e Educação Ambiental
Origem e Biodiversidade da Vida
Quando falamos da biodiversidade atual, temos
que lembrar que há toda uma construção
evolutiva que trouxe essa biodiversidade ao
patamar em que ela se encontra hoje.
Outra coisa importante de se lembrar é que, na diversidade
da vida, o ser humano é um deuterostomado (barrinha
laranja na figura ao lado), que é o grupo dos vertebrados.
Observando as outras barras da figura, podemos perceber
que o mundo possui uma grande quantidade de artrópodes,
que inclui majoritariamente os insetos. Além disso, há também bactérias, plantas e fungos. Todos os grupos somados,
exceto os artrópodes, representam apenas aproximadamente 45% de toda a biodiversidade.
Conceitos de Biodiversidade
A biodiversidade é o conjunto de toda a vida na Terra. Inclui toda a variabilidade genética dentro das espécies,
todos os ecossistemas presentes no planeta e todos os processos ecológicos que se processam entre as espécies. A
biodiversidade é o nosso legado para as gerações futuras.
Estimativas Globais
● 1,7 milhão de espécies identificadas (13%)
● 13 a 14 milhões de espécies no planeta
● 20 a 30% das espécies poderão se extinguir neste século
*Fonte: Segunda Conferência das Partes da CDB, Jacarta, 1997
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Biodiversidade
Genoma: fonte da diversidade genética
● uma bactéria tem cerca de 10.000 genes
● uma planta apresenta, em média, 400.000 genes
● um mamífero chega a possuir 100.000 genes
● formigas: 10.000 espécies x 1015 indivíduos em um determinado momento = 1019 tipos de genomas em um
único grupo, neste intervalo de tempo
Florestas tropicais
● são centros de diversidade no planeta. O Brasil é o país da megadiversidade
● em um único espécime de planta no Peru, foram encontradas 43 espécies de formigas
● um hectare de Mata Atlântica no sul da Bahia chega a ter 470 espécies de árvores
Outros centros de diversidade
● recifes tropicais de corais
● lagos geologicamente antigos
● terras úmidas costeiras
A conservação em países de megadiversidade enfrenta o desafio de evitar a perda de espécies que sequer conhecemos.
É urgente a injeção de recursos suplementares ou investimentos generalizados para a construção de uma base sólida de
recursos humanos e equipamentos necessários na tentativa de diminuir essa proporção, mesmo sabendo da demora
secular que isto pode levar (Sutherland, 2000; Lewinsohn e Prado, 2002).
Origem dos Vertebrados
Mais da metade dos vertebrados
são peixes.
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Perda da Diversidade - Causas e Consequências
● A causa básica da decomposição da diversidade orgânica não é a exploração ou maldade humana, mas sim a
destruição de hábitats;
● Muitos dos organismo pouco atraentes ou espetaculares que o homem está destruindo são mais importantes
para o futuro da humanidade do que a maioria das espécies sabidamente em extinção;
● A ração para se preservar a biodiversidade é o papel que os microrganismos, as plantas e os animais
desempenham no fornecimento de serviços livres ao ecossistema;
● A perda de populações geneticamente distintas dentro de espécies é hoje tão importante quanto a perda de
toda a espécie;
● A extrapolação das tendências atuais na redução da diversidade genética tem um desfecho previsto para daqui
a 80 anos. algo comparado a um inverno nuclear
● Interromper esta perda é extremamente difícil. Talvez seja necessária uma transformação quase religiosa, que
leve à apreciação da diversidade por si própria, independente de seus benefícios diretos para a humanidade.
Países com megadiversidade detém
de 50 a 80% da diversidade
biológica, além de uma porcentagem
maior ainda da diversidade mundial
em risco.
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Como “articular” o valor da biodiversidade?
Nós sabemos que existem muitos valores a ela associados:
● as florestas intactas mantém muitas nascentes
● as florestas fornecem um banco genômico para muitas culturas agrícolas
● as floresta servem como zona-tampão contra mudanças climáticas bruscas
● as florestas sustentam uma grande reserva de plantas medicinais, usada tanto na medicina popular quanto
também pesquisada para fins alotrópicos
A reversão deste quadro deve somar esforços no sentido de preconizar a valoração inerente da biodiversidade, sela
elos valores éticos, estéticos, econômicos (direto e indireto) e, principalmente, pelos serviços prestados à nossa espécie
(temperatura, água, nutrientes do solo, ciclo biogeoquímicos, polinização, etc), uma vez que não existem cifras
capazes de mensurar esse valor total.
Só como um exemplo, dados recentes sugerem que, pelo menos na região Neotropical, florestas intactas estão
funcionando como reservatórios significativos, em nível mundial, de carbono, favorecendo, em última instância, a
relação dos gases estufas na atmosfera e retardando um aquecimento global, potencialmente nocivo à vida na Terra.
Se tentarmos valorar, percebemos que o valor anual agregado dos serviços prestados pela natureza, chega à casa de 38
trilhões de dólares, similar ao Produto Global Bruto.
E como proteger a biodiversidade? Retendo o quanto for possível de ambientes naturais numa combinação crítica de
uso sustentável e conservação = Unidades de Conservação
Temos que:
● interromper os desmatamentos em florestas tropicais
● proteger mananciais de recursos hídricos
● definir zonas críticas marinhas, em especial os recifes de corais
● dar continuidade aos inventário de fauna e flora
● traçar estratégias globais de conservação dos recursos naturais
● transformar parte dos projetos de conservação em serviços lucrativos às comunidade
● discutir políticas públicas de apoio e planejamento familiar
● elaborar e implementar políticas públicas de conservação da biodiversidade, uso sustentável de seus
componentes e a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos.
Impactos sobre a biodiversidade
1. perda de habitats (ex: desmatamento)
2. introdução de espécies exóticas
3. caça e/ou matança indiscriminada
4. atropelamentos
5. redução de ecossistemas naturais
6. desertificação
7. superexploração e isolamento
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Listas Vermelhas - IUCN
As listas vermelhas são revisões feitas para
elencar o nível de ameaça de cada espécie,
através de análises dos riscos que cada
espécie corre.
São 5 os critérios para avaliação do estado
de conservação de espécies:
1. redução populacional nos últimos
10 anos ou 3 gerações
2. distribuição geográfica - extensão
de ocorrência e área de ocupação
3. população remanescente pequena e
em contínuo declínio
4. tamanho populacional
remanescente crítico
5. análises quantitativas das
probabilidades de extinção em estado
silvestre em determinado período de tempo (máximo 100 anos)
Estratégias de conservação
Manejo in situ: proteger o animal
na natureza
Manejo ex situ: é realizado fora do
habitat do animal (ex: centros de
conservação, zoológicos, etc)
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