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FUNDAMENTOS DE DIREITO 6 A LEI DE INTRODUÇÃO AS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO

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01/10/2021 22:11 Disciplina Portal
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Fundamentos de Direito
Aula 6 - A Lei de Introdução Às Normas Do
Direito Brasileiro (LINDB)
INTRODUÇÃO
Nesta aula, estudaremos os conceitos que decorrem de noções já aprendidas, como o caso da validade das Normas
(técnico-formal ou vigência, social e ética) e o início da vigência da lei.
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Também vamos ver detalhes importantes envolvendo a vacância da lei (conceito e cômputo), o princípio da
obrigatoriedade das leis, o princípio da continuidade das leis, o término da vigência das leis, revogação (ab-rogação e
derrogação), revogação expressa e tácita e, �nalmente, a questão da repristinação.
OBJETIVOS
Analisar a nova Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB);
Identi�car os diversos princípios norteadores da LINDB;
Reconhecer a relevância do Direito intertemporal no contexto do Sistema Jurídico Brasileiro.
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A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO
Você sabia que anteriormente essa lei era denominada Lei
de Introdução ao Código Civil ou LICC? E que ela foi
modi�cada pela Lei nº 12376/2010?
E hoje?
, Foi editada em 1942 e está em vigor até hoje, com as modi�cações estabelecidas em 2010. Com ele, se encerrou a vigência das
antigas ordenações portuguesas., , Seu objetivo foi orientar a aplicação do código civil, preencher lacunas e dirimir questões que
foram surgindo entre a edição do primeiro código civil (em 1916) e a edição da LICC., , Segundo Maria Helena Diniz, a LINDB
contém normas sobre normas, assinalando-lhes a maneira de aplicação e entendimento, predeterminando as fontes do direito
positivo, indicando-lhes as dimensões espaço temporais.
PONTOS FUNDAMENTAIS
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro �xa e de�ne algumas questões básicas, como:
O tempo de vigor da lei;
O momento dos efeitos da lei;
A validade da lei para todos.
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Para melhor esclarecer tal aspecto da LINDB, alguns doutrinadores formularam a expressão “lei de introdução às leis”.
A LINDB, dessa forma, atesta o fato de que, modernamente, como salientou o sociólogo Anthony Giddens, as
instituições tendem a guardar um caráter re�exivo.
Validade das normas jurídicas
VOCÊ SABIA?
A lei passa a existir como tal desde a sua promulgação, mas começa a obrigar da data de sua publicação, produzindo efeitos com
a sua entrada em vigor. Sendo assim, a pertinência de uma norma a um ordenamento é aquilo que se chama de validade.
Se uma norma jurídica é válida, signi�ca que é obrigatório conformar-se a ela. Caso não nos conformemos, o juiz será obrigado a
intervir, atribuindo esta ou aquela sanção.
Pode-se estabelecer a pertinência de uma norma a um ordenamento e, portanto, sua validade, remontando-se de grau em grau até
a norma fundamental.
Saiba mais... (galeria/aula6/docs/a06_t04.pdf)
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O início da vigência da lei
Após a sanção, a lei já existe e é válida, tendo em vista que a promulgação é ato declaratório de sua existência.
Todavia, só terá vigência a partir da data disposta nela mesma.
Pode ocorrer que a lei não mencione a data a partir da qual vigorará. Nesse caso, prevalece a regra geral do art. 1º da
LINDB: “entrará em vigor 45 dias após a data de sua publicação”.
VACATIO LEGIS: CONCEITO E CÔMPUTO
Chama-se vacatio legis (vacância da lei) o período que medeia a data de publicação da lei e a de sua entrada em vigor.
Com o período da vacância da lei, o próprio legislador procura facilitar ao cidadão o cumprimento da lei, facultando o
seu conhecimento prévio.
Nada impede, contudo, que a vigência da lei nova seja imediata, dispensando-se a vacatio legis, como se observa na
introdução ao código civil.
A forma de contagem do prazo da vacatio legis é a dos dias corridos, com exclusão do de começo e inclusão do de
encerramento, computados domingos e feriados (dies a quo non computatur in termino; dies termini computatur in
termino).
Não se aplica, portanto, ao cômputo da vacatio legis o princípio da prorrogação para o dia útil imediato quando o
último dia do prazo for domingo ou feriado.
Princípios
Princípio da Obrigatoriedade da Lei (art. 1º e art. 3º LINDB)
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REVOGAÇÃO: AB-ROGAÇÃO E DERROGAÇÃO
Revogação é a perda total (ab-rogação) ou parcial (derrogação) de vigência de uma lei. Tal como é de�nido no art. 2º e
§§ da LINDB, divide-se nas espécies derrogação e ab-rogação.
AB-ROGAÇÃO
Portanto, a ab-rogação é a perda total de vigência da norma, seja: 
- Por lei posterior que revoga a anterior expressamente; 
- Pela lei nova completamente incompatível com a velha; 
- Porque a lei nova regula inteiramente a matéria da lei antiga.
Um artigo pode revogar, expressamente, todas (ab-rogação) as normas anteriores relacionadas à matéria.
DERROGAÇÃO
Já a derrogação é revogação parcial de uma lei vigente, que tenha sofrido interferência de lei nova, estabelecendo disposições
gerais ou especí�cas, sem que com isso perca a sua vigência.
Uma alínea pode revogar (derrogação) somente uma outra alínea de outra norma, sem que esta última se torne inválida in totum
(totalmente).
REVOGAÇÃO: EXPRESSA E TÁCITA
A lei, a partir do momento em que entra em vigor, é obrigatória para todos os seus destinatários, não podendo o juiz negar-se a
aplicá-la ao caso sub judice. 
Entrando em vigor, a ninguém é lícito ignorar a lei. 
A doutrina, seguida pela maioria dos juristas do século passado, encontrou-o na presunção absoluta do conhecimento da lei. A
justi�cação desse princípio decorre, segundo a opinião moderna, da necessidade social de que, publicada a lei, transcorrida a
vacatio legis, deve ser a lei aplicada mesmo aos casos em que for arguida sua ignorância. 
Na verdade, a multiplicidade de leis, fenômeno característico de nossa época, di�culta o conhecimento de todas as leis pelos
próprios juristas, quanto mais pelos leigos. Assim, esse princípio só pode ser justi�cado tendo em vista razões de ordem social. 
Portanto, depois da publicação ou decorrida a vacatio legis, a lei torna-se obrigatória, não podendo ser alegada sua ignorância
(nemo jus ignorare censetur), sendo aplicada, mesmo àqueles que a desconhecem.
Saiba mais... (galeria/aula6/docs/a06_t06.pdf)
Princípio da continuidade das leis
Esse princípio está contemplado no art. 2º da LINDB, quando menciona que uma lei só deixa de vigorar quando modi�cada ou
revogada por outra posterior. 
Vigência e revogação são matérias disciplinadas pela Lei de Introdução ao Código Civil, que, em verdade, é a Lei de Introdução de
todo o Direito, pois, como estamos estudando, institui normas sobre normas. 
Isso signi�ca que são normas que informam os requisitos legais que as demais normas deverão obrigatoriamente possuir para
que penetrem no Direito, enquanto sistema normativo positivado, com os atributos de validade, vigência e e�cácia. 
A lei nova revoga a anterior quando trata sobre o mesmo assunto de forma diversa. Assim, nos fatos ocorridos após a sua
revogação, a lei antiga não produzirá qualquer efeito, cessando, desta forma, sua e�cácia. 
Mas, com relação aos fatos ocorridos anteriormente à edição da nova lei,a lei antiga poderá continuar produzindo efeitos. Tal
fenômeno é chamado de ultratividade da lei.
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Fonte da Imagem:
Se a lei posterior disser, de maneira expressa, que a lei anterior está revogada, temos a revogação expressa.
A revogação tácita é a que decorre da vigência de uma nova disposição que colide com a anterior, sem que seja
mencionada a lei nova a revogação da antiga. Assim, está implícita sua revogação.
Há também revogação tácita quando a lei posterior regula inteiramente certa matéria tratada por lei anterior, sem que,
ao �nal, diga expressamente que revogou a lei antiga.
Costume não revoga lei.
A QUESTÃO DA REPRISTINAÇÃO
Fonte da Imagem:
A lei posterior revoga a anterior quando trata da mesma matéria de forma contrária. Porém, uma vez revogada a lei
nova, volta a vigorar a lei antiga?
Veja o que encontramos no art. 2º, § 3°, da LINDB: “Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por
ter a lei revogadora perdido a vigência”.
Assim, a repristinação seria o restabelecimento da lei revogada após a perda da vigência da lei revogadora. Tal fato,
como vimos, não é possível em nosso ordenamento jurídico, salvo disposição expressa em contrário.
Tal dispositivo não se aplica às leis temporárias. Como prega o art. 2°, caput: “Não se destinando à vigência
temporária, a lei terá vigor até que outra a modi�que ou revogue.”
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PAUSA PARA UMA ATIVIDADE
Faça uma pesquisa e procure saber de um país que aceite a repristinação.
Resposta Correta
CONFLITO DE LEIS NO TEMPO E NO ESPAÇO
A chamada aplicação da lei no tempo e no espaço refere-se à e�cácia do Direito segundo a extensão de sua incidência
ou em função do tempo ligado à sua vigência. Temos, assim, a e�cácia da lei no tempo e no espaço.
A e�cácia da lei no tempo diz respeito ao tempo de sua atuação até que desapareça do cenário jurídico. 
Como tal fato pode ocorrer?
Em duas hipóteses:
DIREITO INTERTEMPORAL
Toda a matéria tratada no art. 2º da lei de Introdução ao Código Civil dá margem a uma in�nidade de con�itos, que são
chamados de “con�itos das leis no tempo (glossário)”.
Há que se estudar até que ponto a lei antiga pode gerar efeitos e até que ponto a lei nova não pode impedir esses
efeitos da lei antiga. Chamaremos tal fenômeno de direito intertemporal (glossário).
As normas legislativas de direito intertemporal são chamadas disposições transitórias. A própria lei pode estabelecer
tais disposições, dispondo sobre sua vigência ou sobre a vigência de leis anteriores.
Todavia, são os princípios jurídicos que estabelecem as grandes linhas do direito intertemporal. Entre tais princípios
estão os da retroatividade e da não retroatividade da lei.
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A QUESTÃO DA RETROATIVIDADE E IRRETROATIVIDADE DAS LEIS
Uma lei nova só tem valor para o futuro ou regula situação anteriormente constituída, isto é, tem e�cácia pretérita?
A norma que atinge os efeitos de atos jurídicos praticados sob o império da lei revogada é retroativa, tem e�cácia
pretérita. Já a que não se aplica a qualquer situação jurídica constituída anteriormente é irretroativa, hipótese em que a
norma revogada permanece vinculante para os casos anteriores à sua revogação.
Em princípio, as leis não devem retroagir, pois, devido ao seu caráter prospectivo, devem disciplinar situações futuras.
O fundamento maior do princípio da irretroatividade, consagrado na doutrina, e pela generalidade das legislações, é a
proteção do indivíduo contra possível arbitrariedade do legislador. Se fosse admitida a retroatividade como princípio
absoluto, a segurança do indivíduo não �caria preservada.
PDF
, Para saber mais sobre o assunto, clique aqui (galeria/aula6/docs/a06_t13.pdf).
MAS O QUE É DIREITO ADQUIRIDO, ATO JURÍDICO PERFEITO E COISA
JULGADA?
Você já notou que para entender a irretroatividade, é importante saber o que signi�ca direito adquirido, ato jurídico
perfeito e coisa julgada, não é mesmo? Então, veja as de�nições.
DIREITO ADQUIRIDO
Direito adquirido é aquele que, na vigência de determinada lei, incorporou-se ao patrimônio de seu titular. 
Para Carlos Maximiliano , “chama-se adquirido o direito que se constituiu regular e de�nitivamente e a cujo respeito se
completaram os requisitos legais e de fato para se integrar no patrimônio do respectivo titular, quer tenha sido feito valer, quer
não, antes de advir norma posterior em contrário.” 
É indispensável é que o direito tenha se tornado parte do patrimônio individual para ser considerado adquirido. (MAXIMILIANO,
1946, p. 43).
COISA JULGADA
Depois de decidida uma questão pelo Judiciário, se já não há possibilidade de recurso, faz ela lei entre as partes, estabelecendo
obrigações e direitos entre as mesmas.
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A lei nova não atingirá tais decisões.
ATO JURÍDICO PERFEITO
É aquele que se realizou inteiramente sob a vigência de determinada lei. Assim, se alguém comprou alguma coisa, pagando na
hora o respectivo preço total, o direito daquela pessoa sobre tal coisa está consumado, não podendo ser atingido por lei nova.
PDF
, Para saber mais sobre o assunto, clique aqui (galeria/aula6/docs/a06_t14.pdf).
PRINCÍPIO DO DOMICÍLIO, DA NACIONALIDADE E DA
TERRITORIALIDADE
Fonte da Imagem:
Em virtude da soberania estatal, a norma aplica-se no espaço delimitado pelas fronteiras do Estado. Ela tem, portanto,
uma vigência espacial limitada só obrigando no espaço nacional, isto é, no seu território, nas águas e na sua
atmosfera.
Em outras palavras, toda lei, em princípio, tem seu campo de aplicação limitado no espaço pelas fronteiras do Estado
que a promulgou. Chama-se isso de territorialidade da lei. Esse espaço ou território, em sentido amplo, inclui as terras
ou territórios propriamente dito, as águas e a atmosfera “territoriais”.
Contudo, esse princípio da territorialidade não pode ser aplicado de modo absoluto, ante o fato de a comunidade
humana estender-se no espaço, relacionando-se com pessoas de outros Estados.
Atenção!
, Esse seria o caso do brasileiro que herda de um parente bens situados na Espanha, ou que se casa com uma italiana na França., ,
Logo, sem comprometer a soberania nacional e a ordem internacional, os Estados modernos têm permitido, em seu território, e
em determinadas hipóteses, à aplicação de normas estrangeiras, admitindo, então, o sistema da extraterritorialidade, para tornar
mais fáceis as relações internacionais., , Se no interior do Estado de tipo federativo ocorrer con�ito de leis federais e estaduais,
resolve-se pela preeminência da lei federal, desde que o legislador federal não tenha excedido a esfera de competência que lhe for
traçada pela Constituição Federal., , Os Estados Modernos, contudo, admitem a aplicação, em determinadas circunstâncias, de
leis estrangeiras, em seu território, no intuito de facilitar as relações internacionais. É essa uma consequência do crescente
relacionamento entre os homens dentro da comunidade internacional., , Os casos e circunstâncias em que as leis de um Estado
são aplicáveis no território de outro constituem o objeto do Direito Internacional. As normas a serem aplicadas em tais casos são
�xadas pela lei nacional ou por tratados internacionais.
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CRITÉRIOS QUE DETERMINAM A VIGÊNCIA TERRITORIAL OU
EXTRATERRITORIAL
Conforme Francisco Amaral , os critérios que determinam a vigência territorial ou extraterritorial de certa norma são os
seguintes:
Aplica-se a lei do domicílio da pessoa nas questões sobre o começo e o �m da personalidade, o nome, a capacidade e
os direitos de família (art. 7º LINDB);
Aplica-se a lei do lugar da situação dos imóveis para quali�cá-los e reger as relações que lhe forem pertinentes (art. 8º
LINDB);
Aplica-se a lei do lugar de constituição à quali�cação e disciplina das obrigações, sendo que a obrigação resultante de
contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente (art. 9º LINDB);
Aplica-se a lei do domicílio do defunto ou desaparecido à sucessão por morte ou ausência;
Quanto à capacidade para suceder, aplica-se a lei do domicílio do herdeiro ou legatário. Todavia, no caso de a sucessão
incidir sobre bens de estrangeiros situado no Brasil, aplicar-se-á a lei brasileira em favor do cônjuge brasileiro e dos
�lhos do casal, sempre que não lhes for mais favorável à lei do domicílio do falecido (art. 10 da LINDB).
EXERCÍCIO
Haroldo Bernardes celebrou em 10 outubro de 1986 contrato de assistência médico-hospitalar para si e sua família
com a empresa de assistência médico-hospitalar S.O.S. HELP S.A. 
Em novembro de 1987, foi acometido por uma doença cardiovascular que o levou à colocação em seu corpo de um
marca-passo, cujo custo foi pago pelo próprio Haroldo Bernardes, uma vez que em seu contrato de assistência médico-
hospitalar não havia previsão de tal cobertura. 
Em 1995, Haroldo Bernardes ingressa com ação judicial pretendendo a restituição dos valores gastos com os exames
e o marca-passo não cobertos por seu plano de assistência, mais danos morais, em razão da recusa ao fornecimento
do material, que ele reputa injusta. 
Em sua contestação, a empresa de assistência médico-hospitalar S.O.S. HELP S.A. alega que o contrato é anterior à
Constituição da República de 1988 e ao Código de Proteção e Defesa do Consumidor, Lei n° 8078/90, que preveem,
respectivamente, a proteção à dignidade humana e a proteção ao consumidor. (Apelação Cível: 2006.001.58180:
TJ/RJ). 
Você é o juiz que decidirá a questão e estudou na Estácio.
a) Dê a sentença amparado em uma pesquisa a respeito dos limites à retroatividade das normas jurídicas, que consta
em seu livro Didático de Introdução ao Estudo do Direito.
Resposta Correta
b) Aproveite e responda: Quais os limites para que a norma jurídica tenha efeitos retroativos? Explique-os.
Resposta Correta
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Atividade 1:
No que concerne à vigência e aplicação das leis, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é
correto a�rmar que:
Salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modi�que ou revogue.
A lei nova, que estabelece disposições gerais ou especiais a par das já existentes, modi�ca a lei anterior.
A obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida nos Estados estrangeiros, se inicia dois meses depois de o�cialmente
publicada.
As correções no texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova.
Justi�cativa
Atividade 2:
A propósito da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, salvo disposição em contrário, a lei, depois de
o�cialmente publicada, começa a vigorar em todo o país em:
30 dias
40 dias
45 dias
60 dias
90 dias
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Justi�cativa
Atividade 3:
No que se refere à revogação da Norma Jurídica, analise as seguintes possibilidades:
I. Total, também chamada de ab-rogação e tácita, também chamada de aberratio. 
II. Total, também chamada de ab-rogação e parcial, chamada de derrogação. 
III. Expressa ou tácita. 
IV. Expressa, chamada de ab-rogação e tácita, chamada de derrogação.
Marque a alternativa com as opções corretas:
Apenas as opções I e II estão corretas.
Apenas as opções II e IV estão corretas.
Apenas as opções II e III estão corretas.
Apenas as opções I e IV estão corretas.
Nenhuma das opções está correta.
Justi�cativa
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Glossário
CONFLITOS DAS LEIS NO TEMPO
O con�ito das leis no tempo nasce justamente da colisão da lei nova com a anterior. Muitas vezes, permanecem consequências
da lei antiga, sob a vigência da lei nova. E, outras vezes, situações que foram criadas pela lei antiga já não encontrarão apoio na lei
nova.
DIREITO INTERTEMPORAL
Normas e sua validade no tempo e no espaço.

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