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Resumo Anatomia Vegetal

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Camille Nogueira 
Camille Nogueira 
Introdução 
 
Conceito 
Ramo da botânica que estuda as estruturas 
internas do corpo vegetal: 
→ Citologia: parede celular, membrana 
plasmática e organelas; 
→ Tecidos; 
→ Órgãos; 
Importância 
→ Identificação e classificação; 
→ Aplicação taxonômica; 
• Reconhecer padrões de 
semelhança; 
• Algumas características só podem 
ser observadas em microscópio; 
→ Evolução; 
• Origem e desenvolvimento de 
diversos grupos vegetais; 
→ Conservação; 
• Adaptações ao meio ambiente; 
▪ Bioma Cerrado 
▪ Bioma Caatinga 
→ Plantas medicinais; 
• Folhas, casca, raízes ou rizomas; 
→ Adulterantes e contaminantes de 
alimentos; 
• Os condimentos e plantas 
medicinais devem conter no rótulo 
indicando todo o seu conteúdo; 
• Grãos de amido possuem 
características bem distintas 
facilitando a sua diferenciação 
→ Hábitos alimentares de animais; 
• Animais pragas que consumem 
plantas de lavoura são identificados 
a partir do estudo da composição 
de suas fezes; 
• Lagartas em lavouras X 
Alimentação do gado; 
→ Arqueologia; 
• Madeira ou carvão preservados 
em sítios de antiguidades; 
→ Paleobotânica; 
• Classificação de fósseis em um 
grupo taxonômico atual; 
→ Investigações forenses; 
• Fragmentos de plantas em cenas 
de crimes; 
→ Melhoramento genético; 
→ Indústria de fibras; 
• Algodão; 
• Madeira (móveis); 
Camille Nogueira 
Célula Vegetal 
Origem 
O termo célula (lat. cellula, pequena célula) surgiu 
em 1665 por Robert Hooke (inventor do 
microscópio), que a partir da análise da estrutura 
da cortiça (casca do caule de Quercus suber), 
percebeu que eram semelhantes às celas. 
Em 1671, Marcello Malpighi publicou o livro 
Malpighi’s Anatomy of Plants, sendo o primeiro a 
apresentar a descrição dos tecidos vegetais. 
Assim, ele ficou conhecido como o pai da Anatomia 
Vegetal. 
Conceito: A célula é a unidade estrutural e 
funcional que constitui os organismos vivos. 
Em 1939, Theodor Swann propôs a base da Teoria 
Celular, na qual todos os organismos vivos são 
formados por células. 
Célula vegetal X Célula animal 
Elas são muito semelhantes, mas a célula vegetal 
apresenta algumas estruturas que a diferencia. 
→ Parede celular; 
→ Vacúolos; 
→ Plastídios (cloroplastos, cromoplastos e 
leucoplastos; 
 
 
Parede Celular 
Uma das partes mais significativas da célula 
vegetal, que envolve externamente a membrana 
plasmática e todo o conteúdo celular. 
 
 Animal Vegetal 
Parede celular Presente Presente 
Membrana plasmática Presente Presente 
Citosol Presente Presente 
Citoesqueleto Presente Presente 
Núcleo Presente Ausente 
Ribossomos Presente Presente 
Mitocôndrias Presente Presente 
Plastídeos Ausente Presente 
Vacúlos Menores Maiores 
Complexo de Golgi Presente Presente 
REL Presente Presente 
RER Presente Presente 
Microcorpos Presente Presente 
Esferossomos Ausente Presente 
Camille Nogueira 
• Composição da parede celular 
A lamela mediana é uma região bem fina em que 
se situa um líquido gelatinoso, responsável por 
preencher os espaços entre as células vizinhas 
mantê-las unidas. 
A parede primária possui um arranjo frouxo de 
microfibrilas de celulose que são ligadas por 
pectinas, sensíveis à água facilitando o transporte 
de substâncias dentro da parede. 
A estrutura fundamental da parede celular é uma 
camada rígida formada por microfibrilas de 
celulose, com seu arcabouço preenchido por uma 
matriz de polissacarídeos não-celulósicos 
(hemiceluloses e pectinas) e proteínas estruturais 
(glicoproteínas) e enzimas. 
As microfibrilas de celulose são monômeros de 
glicose unidos por ligações B-1,4 que formam um 
cilindro que têm de 3 a 5nm de diâmetro e são 
compostas de aproximadamente 36 moléculas de 
celulose, que se unem paralelamente por meio de 
pontes de hidrogênio. 
 
As hemiceluloses estão ligadas por pontes de 
hidrogênio às microfibrilas de celulose, limitando a 
extensibilidade da parede celular a partir do 
travamento das microfibrilas ao lado, possuindo 
um papel importante na expansão celular. 
As pectinas estão presentes na parede primária 
e na lamela mediana unindo as paredes das células 
vizinhas. São polissacarídeos muito hidrofílicos, e a 
água que elas introduzem à parede lhe confere 
elasticidade e plasticidade, auxiliando em sua 
expansão. 
As glicoproteínas mais conhecidas são as 
extensinas, chamadas assim porque inicialmente 
acreditavam que participavam da extensão da 
parede celular, mas elas conferem um 
enrijecimento à parede, tornando-a menos 
extensível. 
As enzimas presentes na parede primária em 
grande quantidade são as peroxidases, 
fosfatases, celulases e pectinases. 
A lignina fornece resistência à compressão e 
rigidez à parede celular, comumente encontrada 
em células com função mecânica ou de 
sustentação. 
A cutina, a suberina e as ceras são substâncias 
graxas também encontradas na parede celular. 
→ A cutina é encontrada na parede das 
células da epiderme. 
→ A suberina é encontrada na parede das 
células do tecido protetor secundário, o 
súber. 
→ Essas duas substâncias associadas com a 
cera têm como função dimunuir a perda 
de água da planta, por meio da reflexão da 
luz solar. 
Camille Nogueira 
• Funções da parede celular 
A parede celular é muito rígida, conferindo 
sustentação à célula. 
Ela contém enzimas que desempenham papéis 
importantes na absorção, transporte e secreção 
de substâncias. Também pode servir como sítios 
de atividade digestiva. 
Atua ativamente na defesa contra bactérias e 
fungos patogênicos. 
→ Recebe e processa as informações da 
superfície do patógeno e transmite as 
informações à membrana plasmática; 
→ É resistente por conta da produção de 
fitoalexinas (antibióticos) ou pela síntese e 
deposição de substâncias como lignina, que 
atuam como barreiras.. 
Participa do processo de regulação de 
crescimento e desenvolvimento da planta por 
sinalização de oligossacarídeos. 
• Síntese da parede celular 
A parede celular resulta da atividade secretora da 
membrana plasmática e complexos enzimáticos 
celulose-sintase (com formato de roseta com seis 
subunidades). 
As unidades precursoras das microfibrilas de 
celulose são as glicose uridina-difosfato. 
A hemicelulose e as pectinas são sintetizadas no 
complexo de Golgi. 
A parede primária é primeira camada da parede 
celular, depositada antes e durante o crescimento 
da célula, mantendo sua elasticidade. Esta é a única 
camada presente em células que se dividem 
ativamente ou em células maduras envolvidas na 
fotossíntese, respiração e secreção. 
→ Estas células são capazes de perder sua 
forma celular especializada, dividir-se e 
diferenciar-se em novos tipos de células. 
→ Também estão envolvidas na cicatrização 
de ferimentos e regeneração da planta. 
→ O parênquima também é um exemplo de 
células com apenas parede primária. 
 
 
 
 
 
 
 
A parede primária geralmente não possui 
espessamento uniforme, apresentando áreas 
mais finas com menor deposição de microfibrilas 
de celulose denominadas campos/canais de 
pontoação primários. O objetivo desses espaços é 
favorecer o transporte de substâncias entre as 
células. 
→ .Para fazer a conexão com as células 
vizinhas, encontram-se atravessando a 
parede e a lamela mediana nesses canais 
os plasmodesmos. 
 
 
Camille Nogueira 
 
A parede secundária é depositada internamente 
à parede primária, após o crescimento celular ter 
cessado. Ela é importante para aumentar a 
resistência das células especializadas na condução 
de água, que logo morrem por conta da grande 
deposição de lignina (lignização) e inviabilização do 
transporte de nutrientes para a célula. 
→ Quando a célula morre com a deposição da 
parede secundária, o vacúolo se rompe e 
libera enzimas digestivas que degradam 
todo o conteúdo do citoplasma, mantendo 
apenas a parede celular. 
→ Assim, forma-se uma espécie de canudo 
com paredes grossas, com a parte interna 
oca, aderindo a função de transporte de 
água, o xilema.Na parede secundária, a celulose é mais 
abundante do que nas paredes primárias, e as 
pectinas podem estar ausentes, o que torna a 
parede rígida e desfavorece a distensão. As 
proteínas estruturais e as enzimas também estão 
ausentes. 
Existem 3 camadas distintas (S1, S2 e S3) na 
parede secundária, que se diferenciam na 
orientação das microfibrilas de celulose¸ que 
possuem um padrão mais denso do que as 
encontradas na parede primária, conferindo 
maior resistência à parede. Elas são encontradas 
comumente em células do xilema secundário ou 
lenho, sendo o último também tendo em sua 
composição a lignina. 
Quando a parede secundária é depositada, os 
campos de pontoação primários, formados na 
parede primária, não recebem mais uma camada 
sobre eles. Isso faz com que pontoações sejam 
formadas na parede secundária. Assim, se forma 
um tubo por onde os plasmodesmos passam para 
realizar as interconexões celulares. 
• Componentes por proporção 
Componente Parede 
Primária 
Parede 
Secundária 
Celulose 30% 50-80% 
Hemicelulose 30% 5-30% 
 
Pectinas 
 
30% 
Ausentes ou 
em quantidade 
reduzida 
 
Lignina 
Pode estar 
presente ou 
não 
 
15-35% 
 
Proteínas 
 
10% 
Ausentes ou 
em quantidade 
reduzida 
Água 70% 20% 
 
Camille Nogueira 
Membrana Plasmática 
A membrana plasmática é uma membrana de 
bicamada lipídida que separa o ambiente externo 
do conteúdo interno da célula, o protoplasto, 
protegendo a sua integridade. 
O protoplasto consiste no citoplasma e no núcleo. 
Diferentemente da célula animal, a membrana 
plasmática da célula vegetal produz celulose. 
Ela controla o transportes de substâncias para 
dentro e para fora do citoplasma, por meio dos 
plasmodesmos, proteínas transmembrana, 
endocitose e exocitose. E mantém as condições 
ideais para as atividades metabólicas. 
Também coordena a síntese e o agrupamento das 
microfibrilas de celulose que compõem a parede 
celular. 
A membrana plasmática detecta e transmite 
sinais hormonais e do ambiente envolvidos no 
controle do crescimento e da diferenciação 
celular. 
• Composição química 
Lipídeos: fosfolipídeos e esteróides. 
Proteínas: periféricas, integrantes e proteínas de 
canal. 
 
Plasmodesmos 
Os plasmodesmos são cordões citoplasmáticos em 
forma de pequenos poros na membrana 
plasmática e na parede celular por onde os túbulos 
de Retículo Endoplasmático modificado, conhecido 
como desmotúbulo, se conectam de uma célula à 
outra. 
Essas estruturas servem como uma via de 
transporte de certas substâncias (açúcares, 
aminoácidos, moléculas de sinalização) entre as 
células, interconectando os protoplastos 
permitindo a continuidade com o retículo 
endoplasmático das células vizinhas. 
No surgimento de uma nova célula (divisão celular), 
alguns pontos não são fechados completamente 
onde porções do retículo endoplasmático liso 
ficaram presas durante a formação da placa 
celular, formando os desmotúbulos, que facilitam 
a troca de nutrientes entre as células. 
Os plasmodesmos também servem como via de 
sinalização. 
 
Camille Nogueira 
Transporte célula a célula 
Via apoplástica: a parede celular de uma célula 
absorve nutrientes e leva para outra célula, sem 
essas substâncias entrarem em contato com o 
protoplasto. 
Via simplástica: via onde todos os protoplastos do 
corpo vegetal estão interconectados pelos 
plasmodesmos. 
Citoplasma 
O citoplasma inclui as diferentes entidades 
envolvidas por membranas (organelas), os 
sistemas de membranas (retículo endoplasmático 
e aparelho de Golgi) e as estruturas não 
membranosas (ribossomos, filamentos de actina e 
os microtúbulos). O restante do citoplasma, no qual 
essas estruturas estão imersas, é o citosol. 
O citoplasma pode realizar diversas reações 
bioquímicas necessárias à vida da célula. 
Ele também facilita a troca de substâncias dentro 
da própria célula e entre as células vizinhas. E 
pode acumular metabólitos primários e 
secundários. 
Na célula vegetal viva, o citoplasma está sempre 
em movimento. As organelas e demais substâncias 
suspensas no citosol podem ser observadas 
deslizando de maneira ordenada no movimento em 
curso contínuo, conhecido como corrente 
citoplasmática ou ciclose. 
→ Esse movimento facilita a troca de 
substâncias dentro da célula e entre a 
célula e seu ambiente. 
 
Vacúolos 
Os vacúolos são organelas envolvidas por uma 
única membrana, chamada tonoplasto e 
preenchidas por um líquido chamado de suco 
celular. Eles ocupam um espaço muito grande na 
célula vegetal, cerca de 90% da célula. 
Estas organelas são originadas diretamente do 
Retículo Endoplasmático, mas a maioria das 
proteínas do tonoplasto e de seu conteúdo vêm 
do complexo de Golgi. 
• Componentes químicos 
O conteúdo vacuolar varia de acordo com o tipo 
de planta, órgão e célula e com seus estágios de 
desenvolvimento e fisiológicos. 
→ A água é o componente mais abundante; 
→ Íons inorgânicos: Ca2+, K+, Cl-, Na+, 
HPO42-; 
→ Açúcares; 
→ Ácidos orgânicos; 
→ Aminoácidos; 
Camille Nogueira 
 
 
 
 
 
 
A célula vegetal imatura contém vários vacúolos 
pequenos, que conforme ela aumenta de tamanho 
eles também crescem e formam único vacúolo. 
Quando o vacúolo se expande, ele força a célula a 
expandir também. Dessa forma, há um aumento 
da pressão interna, denominada pressão de 
turgor, e manutenção da rigidez do tecido. 
 
Os vacúolos são importantes compartimentos de 
armazenamento de metabólitos primários 
(açúcares, ácidos orgânicos e proteínas de 
reserva nas sementes), metabólitos secundários 
tóxicos (nicotinas e taninos) que ajudam na defesa 
da planta. Também acumulam pigmentos. 
Eles também atuam na manutenção do pH da 
célula e estão envolvidos na quebra de 
macromoléculas w reciclagem dos componentes 
de dentro da célula, sendo capazes de realizar a 
autofagia. 
Citoesqueleto 
O citoesqueleto é uma rede dinâmica tridimensional 
de filamentos proteicos que permeia todo o citosol 
e está envolvido em muitos processos celulares 
(divisão celular, crescimento e diferenciação da 
célula, movimento de organelas). 
Ele apresenta três tipos principais de filamentos 
proteicos, que podem ser polimerizados e 
despolimerizados: 
→ Microtúbulos; 
→ Filamentos de actina; 
→ Filamentos intermediários; 
Plastídios 
Os plastídios são os componentes característicos 
das células vegetais, sendo relacionados aos 
processos de fotossíntese e armazenagem. O 
protoplastídio é um plastídio indiferenciado que se 
divide nos principais tipos: cloroplastos, 
cromoplastos, leucoplastos e etioplastos (quando 
não entram em contato com a luz). 
Cada plastídio é revestido por um envoltório que 
apresenta duas membranas. Eles contêm DNA 
parecido com o bacteriano e ribossomos, e 
possuem a capacidade de se autorreplicarem. Por 
isso, sua origem evolutiva provém da 
Camille Nogueira 
endossimbiose, a fagocitose incompleta de uma 
bactéria. 
Internamente, eles estão diferenciados em um 
sistema de membranas, consistido em estruturas 
achatadas em forma de sacos, denominados 
tilacoides (variam em quantidade de acordo com o 
tipo de plastídio) e em uma matriz mais ou menos 
homogênea, conhecida como estroma. 
Os plastídios possuem capacidade de 
interconversão, quando um plastídio pigmentado 
pode se transformar em um não-pigmentado, 
dependendo da luz. Porém, se já forem 
diferenciados não podem voltar a serem 
proplastídeos (indiferenciados). 
• Cloroplastos 
Os cloroplastos são os locais da fotossíntese e 
contêm os pigmentos clorofilas (cor verde). 
Também estão envolvidos na síntese de 
aminoácidos, de ácidos graxos e de metabólicos 
secundários. Além disso, também armazenam 
temporariamente o amido. O plastoglóbulo 
armazena lipídeos. 
Geralmente apresentam uma forma discoide e 
estão em grande número nas células vegetais. 
Eles são caracterizados pela presença de grana 
(grânulos) que é o empilhamento de tilacoides 
discoides que se assemelham a uma pilha de 
moedas. Os xilacoides ligam um grânuloao outro. 
• Cromoplastos 
Os cromoplastos também são plastídios que 
contêm pigmentos, mas não possuem clorofila. 
Eles sintetizam e retêm pigmentos do grupo 
carotenoides, responsáveis pelas cores amarela, 
alaranjada ou vermelha em muitas flores, folhas 
velhas, algumas frutas e raízes (cenoura). 
Eles atuam como atrativos de insetos e outros 
animas com que coevoluíram, sendo essenciais na 
polinização. 
• Leucoplastos 
Os leucoplastos são plastídios maduros menos 
diferenciados estruturalmente por conta da 
perda de pigmentos e por não apresentarem 
um sistema de membranas elaborado. 
→ Amiloplastos: armazenam amido; 
→ Proteinoplastos: armazenam proteína; 
→ Elailoplastos: armazenam lipídeos; 
 
 
 
 
Camille Nogueira 
Organização do Corpo Vegetal 
Embriogênese 
A embriogênese é formação do embrião, a 
primeira das duas fases de desenvolvimento das 
sementes (angiospermas). Ela estabelece o plano 
do corpo da planta, por meio da sobreposição de 
dois padrões: 
→ Padrão apical-basal: ao longo do eixo 
principal, contando com parte superior 
(embrião propriamente dito) e parte 
inferior (suspensor); 
→ Padrão radial: diferença interna e externa 
dos tecidos (células de fora diferentes das 
células de dentro); 
A semente, é o embrião maduro, que armazena 
reservas. Ela aumenta a capacidade das plantas 
de sobreviverem em ambientes adversos e facilita 
a dispersão da espécie. 
Fecundação 
A fecundação ocorre no ovário da flor, mais 
especificamente nos óvulos. Após a dupla 
fecundação (metade do gameta feminino e 
metade do gameta masculino), ocorre a formação 
do zigoto e do endosperma. 
Formação do embrião 
A formação do embrião começa com a divisão do 
zigoto no interior do saco embrionário do óvulo. 
A primeira divisão é assimétrica e transversal, em 
relação ao seu eixo longitudinal. A partir dessa 
divisão, é estabelecida a polaridade apical-basal do 
embrião. 
→ Polo superior (calazal): pequena célula 
apical, que dá origem ao embrião maduro. 
→ Polo inferior (micropilar): grande célula 
basal, que produz o suspensor (pedúnculo) 
que ancora o embrião junto à micrópila. 
A polaridade é a primeira etapa essencial ao 
desenvolvimento, pois ela fixa o eixo estrutural do 
corpo vegetativo. Através de uma progressão 
ordenada de divisões celulares, o embrião forma 
uma estrutura aproximadamente esférica 
(embrião maduro) e o suspensor. 
O suspensor das angiospermas pe 
metabolicamente ativo, desempenhando a função 
de fornecer nutrientes e reguladores de 
Camille Nogueira 
crescimento ao embrião propriamente dito em 
seus estágios iniciais de desenvolvimento. Ele tem 
vida curta e possui morte celular programada. 
A protoderme, futura epiderme, forma-se por 
divisões paralelas à superfície das células do 
embrião propriamente dito. 
Posteriormente, divisões verticais no interior do 
embrião resultam na separação inicial do 
meristema fundamental e do procâmbio. O 
meristema fundamental (precursor do tecido 
fundamental) circunda o procâmbio (precursor 
dos tecidos vasculares do xilema e floema). 
Estes são os meristemas primários/apicais 
(protoderme, meristema fundamental e 
procâmbio), que se desenvolve a partir de 
intensas divisões celulares, que com a continuidade 
da embriogênse se estedem a outras regiões do 
embrião. 
Formação do corpo da planta 
O estágio globular é o estágio de desenvolvimento 
que precede a formação dos cotilédones 
(primeiras folhas da planta). Esses cotilédones não 
podem realizar fotossíntese e são mais espessos 
porque armazenam muito amido. 
O desenvolvimento dos cotilédones pode começar 
durante ou após o momento em que o procâmbio 
se torna visível. 
 
 
 
 
→ Monocotiledôneas: o embrião globular 
forma apenas um cotilédone e se torna 
cilíndrico. 
 
 
 
 
 
 
→ Dicotiledôneas: o embrião globular 
desenvolve dois cotilédones e adquire 
forma bilobada ou codiforme (estágio 
codiforme). 
 
 
 
 
 
 
 
Os meristemas apicais são tecidos de células 
indiferenciadas localizados no ápice da raiz, do 
caule e das suas ramificações. Eles possuem muita 
importância, porque são a principal fonte de todas 
as novas células e tecidos primários da planta, 
possuindo em sua constituição uma célula que se 
divide dando origem a duas células: 
→ Célula inicial: mantida no meristema. 
→ Célula derivada: célula do corpo que se 
divide várias vezes antes de se diferenciar. 
Camille Nogueira 
Curiosidade: O palmito da palmeira, é a região do 
meristema apical do caule, portanto, se retirá-lo a 
planta morre. Assim, foi proibida a extração de 
palmito de espécies nativas. 
O padrão apical-basal torna-se visível 
imediatamente antes da formação dos cotilédones. 
O eixo pode ser dividido em: 
→ Meristema apical caulinar: células que 
estão responsáveis pelo aumento do 
comprimento da parte do caule da planta. 
 
→ Hipocólito caulinar: eixo do tipo caulinar 
abaixo do(s) cotilédone(s); 
→ Raiz embrionária: possuindo pelos 
radiculares; 
→ Meristema apical radicular: células que 
estão responsáveis pelo aumento do 
comprimento da parte da raiz da planta; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando a planta começa a crescer mais, os 
meristemas apicais (tanto do caule quanto da raiz) 
vão formar os tecidos primários: 
→ MF: parênquima, colênquima e 
esclerênquima; 
→ PD: epiderme; 
→ PC: xilema primário e floema primário; 
No caule sempre vai se originar os primódios 
foliares, que ajudam a proteger o meristema 
apical do caule. 
A parte que formará o caule cresce para cima e 
a parte que formará a raiz cresce para baixo. 
Raiz 
A região da coifa protege o meristema apical da 
raiz, do atrito com o solo. Essa região se divide e 
se alonga continuamente porque as células 
morrem com esse atrito do solo. Quanto mais se 
afasta da zona meristemática, mais diferenciados 
os tecidos ficam. 
Na região de maturação é onde começa a se 
desenvolver os tecidos primários.. Também é 
nesta região que se inicia a formação dos pelos 
radiculares que têm a função de coletar água. 
 
Camille Nogueira 
O floema é o primeiro tecido primário a surgir (fica 
localizado logo após o meristema apical radicular), 
porque é ele quem leva os produtos da 
fotossíntese (glicose) para a região do 
promeristema da raiz. Como essa região se divide 
continuamente, ela necessita de muita energia. O 
caule não necessita da formação do floema já de 
forma inicial, pois eles já estão ao lado da folha. 
A região do alongamento celular não inclui os pelos 
radiculares, porque se eles se 
afundarem/alongarem mais no solo eles iriam se 
partir. 
Assim se forma o corpo primário da planta. 
Entretanto, algumas plantas, geralmente árvores 
muito grandes, também apresenta o crescimento 
secundário. Além do corpo primário, em 
determinada fase elas vão produzir meristemas 
secundários e crescerem em espessura. 
Curiosidades: As palmeiras são uma excessão, pois 
elas tem um crescimento primário anômalo 
(mesmo que tenham espessura, não apresentam 
meristemas secundários). 
 
 
 
Organização interna da planta 
 
Nas plantas de corpo primário, os tecidos são 
agrupados em sistemas de tecido, dividindo-se em 
três tipos 
→ Sistema dérmico; 
→ Sistema fundamental; 
→ Sistema vascular; 
 
 
 
 
 
Camille Nogueira 
Tecidos Meristemáticos 
(embrionários) 
Os meristemas são responsáveis pelo 
crescimento do vegetal e de suas partes, além da 
cicatrização. 
As células meristemáticas são pequenas e 
isodiamétricas, paredes delgadas, sem espaços 
intercelulares, sem vacúolos, plastídios não 
diferenciados e núcleo grande. 
→ Já no primórdio foliar os plastídios já 
começam a se diferenciar. 
→ As células meristemáticas sofrem 
diversas divisões sucessivas. 
Os meristemas são divididos em meristemas 
primários (apicais) e meristemas secundários 
(laterais). 
→ Meristemas primários: protoderme, 
procâmbio e meristema fundamental. 
→ Meristemas secundários: câmbio e 
felogênio. 
Os promeristemas (meristemas primários ou 
apicais) derivamdiretamente do embrião e são 
responsáveis pelo crescimento longitudinal nas 
pontas dos caules e raízes. Eles se subdividem em: 
→ Protoderme: origina o sistema dérmico. 
→ Procâmbio: origina o sistema vascular 
primário. 
→ Meristema fundamental: precursor dos 
tecidos fundametais. 
Na região pró-meristemática há um grupo de 
células que se dividem frenquentemente. Após a 
divisão, uma célula permanece como 
meristemática e divide-se lentamente (células 
iniciais) e a outra que migram dessa região e se 
diferenciam dividindo-se ativamente (células 
derivadas), passando a integrar o corpo da planta. 
 
 
 
 
 
 
A maioria das células após atingirem o processo 
final de diferenciação, perdem sua capacidade de 
sofrer divisão. 
Os meristemas secundários (meristemas laterais) 
são produtos da desdiferenciação nos tecidos 
adultos, promovendo o crescimento secundário 
(em espessura) dos caules e das raízes. 
→ Câmbio: origina o sistema vascular 
secundário. 
→ Felogênio: origina a periderme. 
 
Camille Nogueira 
Os meristemas intercalares são zonas de tecido 
primário em crescimento ativo, ocorrendo na base 
dos entrenós dos caules das monocotiledôneas, 
relacionados ao crescimento longitudinal da planta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os meristemóides são pequenos, compostos de 
poucas células, produzindo algumas diferenciações 
secundárias como estômatos e pelos na epiderme 
ou até meristema apical. A suas células são 
totipotentes e apresentam composição 
semelhantes às do embrião ou meristema apical. 
→ Ficam espalhados pelas plantas, produzindo 
várias estruturas, como primórdios 
foliares, gemas e protuberâncias. 
→ Localizados próximo à epiderme. 
 
 
 
 
Tecidos Vegetais 
Os tecidos vegetais podem ser definidos como 
conjuntos de células que formam unidades 
estruturais e funcionais. Os tecidos simples são 
formados por apenas um tipo de célula, e os 
tecidos complexos são formados por dois ou mais 
tipos de células. 
→ Tecidos simples: parênquima, colênquima e 
esclerênquima. 
→ Tecidos complexos: epiderme, xilema e 
floema. 
 
 
 
 
 
 
Tecido Fundamental 
O sistema fundamental está relacionado às 
funções de reserva, sustentação e realização de 
fotossíntese. Esse sistema é formado pelos 
tecidos fundamentais: parênquima, colênquima e 
esclerênquima. 
 
 
Camille Nogueira 
• Parênquima 
 
 
 
 
 
É o tecido mais abundante e representa o 
primeiro grau de diferenciação estrutural e 
funcional dos tecidos a partir do meristema. 
Apresenta as funções de: 
→ Fotossíntese; 
→ Respiração; 
→ Armazenamento de reservas; 
→ Secreção; 
→ Cicatrização; 
→ Regeneração; 
Ele apresenta células vivas, poliédricas, 
ocasionalmente alongadas, com paredes muito 
finas, vacúolos grandes e ricos. Elas apresentam 
grande capacidade de crescimento e divisão. 
É um tecido com espaços intercelulares, em 
virtude da dissolução da lamela média, como: 
→ Meatos: têm origem esquisogênica e 
consiste no espaço formado pelo 
afastamento das células sem morte 
celular; 
→ Lacunas: têm origem lisogênica e consiste 
no espaço formado pelo afastamento das 
células com morte celular programada; 
→ Câmaras: têm origem esquisolisogênica e 
consiste no espaço muito maior formado 
pelo afastamento das células com morte 
celular programada. 
No parênquima com paredes primárias ocorre a 
presença de campos primários de pontoação. 
Entretanto, algumas vezes, as paredes podem se 
lignificar. 
Ele é encontrado em todos os órgãos da planta: 
na raiz e no caule forma o córtex e a medula; nas 
folhas forma o mesófilo. Também pode estar 
associado com os tecidos vasculares. 
O tecido parenquimático pode ser divido em três 
tipos: 
→ Parênquima de preenchimento: 
É formado por células de tamanhos e formas 
variados, origina o córtex e a medula de caules e 
raízes, polpa de frutos e mesófilo das folhas. 
 
 
 
 
 
 
Camille Nogueira 
→ Parênquima clorofiliano: 
Relacionado à capacidade de fotossíntese da 
planta, possuindo uma grande quantidade de 
cloroplastos. Encontrado principalmente em 
folhas, sendo capazes de responder a variações 
do meio. Pode ser classificado em paliçádico 
(células altas e pouco espaço intercelular), 
lacunoso (células com formato irregular e 
presença de espaços intercelulares), regular 
(células de formato arredondado), plicado (células 
com reentrâncias) e braciforme (células com 
projeções que delimitam lacunas). 
 
→ Parênquima de reserva: 
Tem como função principal armazenar 
substâncias. Pode ser classificado a partir do tipo 
de substância que armazena: amilífero (grãos de 
amido nos espaços intercelulares->batata, 
mandioca), aerífero (ar nos espaços 
intercelulares->vitória-régia) e aquífero (água nos 
espaços intercelulares->cactos, babosa). 
 
 
 
• Colênquima 
 
 
 
 
 
É um tecido que apresenta células vivas, com 
espessamento irregular de celulose, branco e 
brilhante na parede celular quando visto através 
de um microscópio óptico. 
Ele tem origem no meristema fundamental e 
algumas vezes no procâmbio. Este tecido está 
localizado na periferia dos órgãos, logo abaixo da 
epiderme ou separado por uma ou duas camadas 
de células 
As células do colênquima apresentam parede 
celular muito espessa sempre primária não 
liginificada, compostas de celulose, substâncias 
pécticas, hemicelulose e água. Elas apresentam 
formato variado, que vai desde isométricas até 
alongadas. 
Suas células apresentam a capacidade de 
retornar à atividade meristemática, sendo 
importantes na regeneração de algumas partes 
da planta. 
Como é mais flexível que o esclerênquima, o tecido 
de colênquima é encontrado em plantas ainda em 
processo de crescimento primário e constante 
movimentação, assumindo a função de 
sustentação do vegetal. 
 
 
Camille Nogueira 
Por apresentar células com espessamento 
irregular, essa é a característica que permite 
classificá-lo em tipos: 
• Colênquima angular: o espessamento 
ocorre nos pontos de encontro entre três 
células ou mais. 
 
 
 
 
• Colênquima lamelar: o espessamento se 
deposita nas paredes paralelas à 
superfície do órgão (tangencial), formando 
placas/barras que atravessam todo o 
tecido. 
 
 
 
• Colênquima lacunar: o espessamento 
ocorre nas paredes que estão delimitando 
os espaços intercelulares. 
 
 
 
 
• Colênquima anelar: o espessamento ocorre 
de maneira uniforme por toda a célula. 
 
 
 
 
→ Esclerênquima 
 
É um tecido já bem diferenciado composto por 
células mortas na maturidade com paredes 
secundárias espessas de forma regular e 
lignificadas. Suas células apresentam parede 
celular composta de celulose, hemicelulose e até 
30% de lignina. 
Seu nome é uma referência à suas células serem 
muito resistentes a estiramentos, torções, pesos 
e pressões. Ele é um tecido elástico que recobra 
seu formato original quando a tensão desaparece. 
Pode ocorrer em qualquer parte do vegetal, sendo 
mais comum em áreas que não estão mais em 
fase de alongamento. Juntamente com o 
colênquima, confere sustentação à planta. 
Este tecido é composto por dois tipos celulares 
principais: esclereides e fibras. 
→ Esclereides: 
Apresentam formatos e tamanhos variados, 
possuem tamanho reduzido em relação às fibras, 
podem se encontrar isoladas ou agrupadas, mas 
nunca formam cordões. 
São extremamente rígidas e acumulam tanta 
lignina que o lúmen celular se reduz a delgados 
canais. Suas paredes muito espessadas são 
dotadas de pontuações simples. 
 
Camille Nogueira 
Variam de forma e tamanho, sendo classificadas 
como: 
Braquiesclereídes (células-pétreas): possuem 
forma mais curta e isodiamétrica, responsáveis 
pela textura da pera com aspecto 
paraquimentoso. 
 
Macroesclereídes (células de Malpighi): possuem 
forma mais alongada, formam a epiderme das 
sementes de leguminosas. 
 
Osteoesclereídes: apresentam formato de osso 
(colunar com as extremidades dilatadas), sendo 
encontradas recobrindo sementes de leguminosas 
e no mesófilo de plantasxerófitas. 
 
 
 
 
Astroesclereídes: apresentam formato estrelado, 
são ramificadas e encontradas nas folhas. 
 
 
 
 
 
Tricoesclereídes: apresentam paredes delgadas, 
semelhantes a tricomas e com ramificações que 
se estendem aos espaços intercelulares, sendo 
comuns nas folhas de oliveira. 
 
 
 
 
→ Fibras esclerenquimáticas: 
Apresentam células com formato alongado e não 
são ramificadas. As células têm paredes 
secundárias espessas, que são muito lignificadas e 
tornam o lúmen muito reduzido, com as 
extremidades afiladas. 
É um tecido de sustentação das partes vegetais 
que encerraram o processo de crescimento, mais 
precisamente localizado no xilema e floema de 
caules e raízes. Aparecendo dispersas ou 
associadas, formando bainhas cilíndricas. 
De acordo com a sua localização, podem ser 
classificadas como xilemáticas ou extraxilemáticas. 
Xilemáticas: ocorrem dentro do xilema secundário. 
 
Extraxilemáticas: ocorrem fora do xilema. 
 
 
 
 
Camille Nogueira 
Curiosidades: as fibras possuem importância 
econômica na indústria de papel (celulose para a 
produção de papel moeda), têxtil (5x mais 
resistentes que o algodão, produção de cordas, 
fios, tapetes, barbantes) e de cosméticos (óleo). O 
cânhamo, o linho, o rami e o sisal são fibras 
retiradas do caules e das folhas. A Cannabis sativa 
também é utilizada para fabricar roupas. 
 
Tecidos de Revestimento 
Os vegetais apresentam os tecidos de 
revestimento para a proteção mecânica de 
folhas, raízes e caules. 
Esses tecidos também apresentam as funções 
de: regulação de substâncias, reserva de água e 
produtos metabólicos, secreção e excreção, 
percepção de estímulos, fotossíntese e redução 
da transpiração. 
Se originam a partir da protoderme. A epiderme 
da raiz se diferencia a partir do dermatógeno, que 
pode se originar de um grupo de células iniciais 
independente do meristema ou conjuntamente 
com outras células. 
 
 
 
 
Tecidos primários 
Estes são derivados dos meristemas primários, 
sendo classificados como: epiderme e periderme. 
 
 
 
Epiderme: composta por uma camada de células 
vivas de forma tubular e largas, sem cloroplastos 
(exceto ombrófilas). Originada da protoderme. 
Apresenta secreção de cutina, com depósitos de 
ceras, resinas, cristais e outros materiais, que 
impedem a perda de água por transpiração. 
 
 
 
 
Endoderme: presente na camada mais interna do 
córtex das raízes, apresentando células vivas. Na 
fase primária, apresenta paredes celulósicas, que 
podem ser arranjadas em Estrias de Caspary, um 
reforço de lignino-suberosa impermeável que 
dificulta as trocas metabólicas entre o córtex e o 
cilindro central (transporte simplasto). 
Hipoderme: camadas de células abaixo da epiderme 
que se assemelham a uma epiderme múltipla, mas 
que apresentam origem parenquimentosa. 
Apresenta porosidade na periferia das raízes 
para facilitar a absorção por capilaridade das 
precipitações. 
 
 
 
 
 
 
Camille Nogueira 
Epiderme 
É um tecido encontrado externamente revestindo 
folhas, caules e raízes em crescimento primário. 
Desempenha as funções de proteção mecânica, 
trocas gasosas e redução da perda de água por 
evaporação. 
A epiderme é formada por uma ou mais camadas 
de células vivas achatadas, com vacúolos grandes 
e bem aderidas umas às outras. Estas células não 
possuem cloroplastos, mas apresentam a 
secreção de uma cera denominada cutina, que se 
deposita na superfície externa formando uma 
camada impermeável à água, chamada cutícula. 
→ Células fundamentais ou epidérmicas 
propriamente ditas: formato tubular. 
→ Células estomáticas: grupo de duas ou mais 
células epidérmicas especializadas com 
estômatos e com função de regulação 
gasosa e transpiração. Estão localizadas 
nas partes aéreas verdes, como nas 
folhas, frequentemente na epiderme 
inferior. 
 
 
 
 
→ Estômatos 
Estrutura formada por 2 células especializadas 
denominadas células-guarda ou oclusivas que 
delimitam uma abertura entre si denominada 
ostíolo ou poro. 
→ Estas células se tornam dilatadas (túrgidas) 
ou perdem água (plasmolisadas), para abrir 
e fechar o ostíolo, respectivamente. 
 
 
 
 
→ As células-guarda têm formatos variados 
e superficialmente podem apresentar uma 
borda cuticular externa, que forma o 
vestíbulo estomático. 
 
 
 
 
→ O ostíolo conduz a um amplo espaço 
intercelular, denominado câmara 
subestomática. Quando os estômatos 
estão enfileirados, essas câmaras se 
conectam. 
 
 
 
 
 
Camille Nogueira 
Em algumas plantas, essa estrutura apresenta 
mais duas células adjacentes e associadas 
funcionalmente, que são chamadas de células 
subsidiárias, anexas ou adjuntas. 
→ Possuem a mesma origem, mas se 
posicionam ao lado das células oclusivas. 
→ Tem um tamanho maior, posição e 
quantidade variadas. 
→ Nem todos os estômatos as possuem. 
 
 
 
 
 
 
Os estômatos podem se encontrar em filas 
longitudinais, dispersos ou em sulcos. 
Essas estruturas são relacionadas às trocas 
gasosas, sendo diretamente ligadas ao processo 
de fotossíntese. 
→ Tricomas 
Essas estruturas são apêndices epidérmicos com 
diversas formas, estruturas e funções. Essa 
variação é utilizada como uma característica 
taxonômica. 
Tem origem nos meristemóides epidérmicos que 
se iniciam como uma protuberância que aumenta 
e pode ou não se dividir. Podem estar localizados 
em qualquer órgão e suas células podem 
permanecer vivas ou perder o protoplasto. 
Em sua estrutura, apresentam paredes primárias 
celulósicas, recobertas por uma cutícula (lisa ou 
não) ou paredes secundárias lignificadas, que 
podem conter sílica ou carbonato de cálcio. 
Possuem uma grande quantidade de vacúolos, 
podendo conter cristais ou cistólitos, em seu 
conteúdo citoplasmático. 
Os tricomas podem conter duas ou mais células 
em sua composição e são responsáveis pela 
produção (tricomas glandulares) ou não (tricomas 
tectores) de substâncias. 
→ Glandulares: produzem substâncias que 
inibem a herbivoria e ajudam na captura de 
presas (plantas carnívoras). 
→ Tectores: não produzem substâncias, mas 
também atuam contra herbivoria e ajudam 
a reter água 
Tipos de tricomas: 
→ Papilas: pouco pronunciados e sensíveis. 
Liberam substâncias que podem ser 
pegajosas. 
 
 
 
 
→ Pelos tectores: podem ser simples (uni ou 
pluricelulares) ou ramificados (unicelulares). 
Eles estão mais presentes na face 
superior da folha, para impedir a 
herbivoria e refletir a luz solar. 
 
Camille Nogueira 
→ Pelos ramificados pluricelulares: 
 
→ Pelos peltados (escamas): são achatados, 
apresentando um sulco no centro. Quando 
cai o orvalho ou a chuva, a água migra para 
essas regiões e ocorre a absorção de 
água. Presentes nas plantas epífitas. 
 
→ Pelos glandulares: uni pluricelulares. Eles 
são responsáveis pela defesa da planta, 
alguns são pontiagudos e possuem um 
líquido dentro. Presentes na urtiga e na 
cansanção, quando perfuram a pele sua 
ponta se quebra e o líquido é liberado 
dentro do corpo do organismo. Também 
presentes nas plantas carnívoras. 
→ Pelos secretores: uni ou pluricelulares. 
Liberam substâncias pegajosas para 
capturar presas (insetos). 
 
 
 
→ Emergências: o tecido parenquimático 
recoberto por epiderme é denominado 
acúleo. 
 
 
 
 
Curiosidades: A diferença de acúleo e espinho se 
dá pela sua localização e rigidez. O espinho surge 
próximo ao floema, como está localizado mais 
internamente na planta ele é mais difícil de ser 
arrancado. Já o acúleo está localizado mais 
superficialmente, sendo mais fácil de ser 
arrancado. 
→ Pelos hidrofóbicos: possuem a função de 
repelir a água. 
 
→ Coléteres: secretam substâncias 
pegajosas (terpenos ou mucilagens) que 
são excretados com a ruptura da cutícula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Camille Nogueira 
Tecidos Condutores 
Os tecidos de condução são responsáveis pelo 
transporte e distribuição de água e substâncias 
através do corpo da planta. Eles são classificados 
em: xilemae floema, podendo ser primários ou 
secundários. Eles formam um sistema contínuo, na 
raiz de forma alternada e no caule o floema está 
mais externo ao xilema. 
→ Os primários são originados do procâmbio. 
→ Os secundários se originam no câmbio 
vascular. 
→ Xilema 
O xilema é um tecido complexo constituído de 
vários tipos de células vivas e outras que morrem 
na maturidade. Ele é responsável pelo transporte 
de água e substâncias inorgânicas e também 
auxilia na sustentação. 
O xilema primário se origina no procâmbio se 
organizando verticalmente e pode ser classificado 
como: 
→ Protoxilema: xilema imaturo presente nas 
regiões sujeitas a tensões e destruições 
por conta do alongamento celular. 
→ Metaxilema: xilema maduro, presente nas 
regiões em que o processo de crescimento 
já cessou. 
 
 
 
 
 
 
 
O xilema secundário se origina no câmbio vascular 
se organizando horizontalmente e ocorre quando 
uma planta tem crescimento secundário (em 
espessura), substituindo o xilema primário. 
 
 
 
 
Os elementos traqueais são um dos tipos celulares 
que compõem o xilema. Em sua composição 
apresentam paredes secundárias lignificadas e 
sem conteúdo protoplasmático quando maduros 
(células mortas). Eles são subdivididos em: 
→ Traqueídes: foram as primeiras a surgir na 
evolução e são encontradas em todos os 
grupos de plantas vasculares, 
principalmente em pteridófitas e 
gminospermas. Essas células possuem 
pontoações e são menos especializadas, 
assemelhando-se às fibras do 
esclerênquima, mas possuem uma largura 
maior. 
→ Elementos de vaso: encontrado 
principalmente em angiospermas, 
ocorrendo em poucos grupos de 
gminospermas. Mais especializados, por 
apresentarem perfurações (áreas sem 
paredes primária e secundária), e um 
calibre maior. 
 
 
 
 
 
Camille Nogueira 
No xilema também há células do parênquima 
inseridas dentro dele, que possuem a função de 
reserva e apresentam espessamento secundário. 
 
Também há a presença de fibras 
esclerenquimáticas. 
 
→ Floema 
O floema ou líber possui a função de condução da 
seiva elaborada (compostos orgânicos produzidos 
na fotossíntese) e é um tecido que apresenta 
células variadas. Essas células apresentam 
protoplasto vivo na maturidade (células vivas). 
O floema primário se origina no procâmbio se 
encontrando em plantas em crescimento 
primário, podendo ser classificado em: 
→ Protofloema: floema imaturo com ausência 
de células companheiras, próximo ao 
meristema apical crescendo em direção à 
raiz. 
→ Metafloema: floema maduro com 
presença de células companheiras. 
 
Assim como no xilema secundário, o floema 
secundário se diferencia do primário pela sua 
organização nos sistemas axial e radial (horizontal), 
substituindo-o quando a planta apresenta 
crescimento secundário. 
 
 
 
 
 
Os elementos crivados são um dos tipos celulares 
mais importantes que compõem o floema. Eles são 
caracterizados pela formação de áreas crivadas 
em suas extremidades (conjunto de crivos/poros 
que permitem a conexão dos protoplastos), 
possuindo núcleo degenerado e sem tonoplasto. 
Sendo subdivididos em: 
→ Células crivadas: presentes nas 
gminospermas, compostas de poros de 
pequena dimensão e não aglomerada, 
localizados na extremidade das células de e 
menos especializados. 
→ Elementos de tubo crivado: poros maiores 
e aglomerados, denominados de placa 
crivada, ocorrendo na extremidade dos 
tubos e mais especializados. Eles podem 
estar acompanhados de células 
companheiras (angiospermas) ou células 
albuminosas (gimnospermas). 
 
 
 
 
 
Camille Nogueira 
As células companheiras são originadas da mesma 
célula meristemática que o elemento de tubo 
crivado, possuindo uma continuidade 
citoplasmática com ele. 
Curiosidade: Os elementos de tubo crivado 
apresentam células consideradas “zumbis”, pois 
elas apresentam todos os componentes de uma 
célula vegetal normal, exceto o núcleo. Dessa 
forma, as células companheiras atuam 
coordenando as suas atividades e conduzindo 
energia. As células albuminosas, aparentemente 
desempenham as mesmas funções que as células 
companheiras. 
 
 
 
 
 
 
 
Como no xilema, o floema também apresenta 
células de parênquima e fibras esclerenquimáticas.

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