Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tipos de Transportes (Modais) Daniel Leal Gomes Falcone Stamford Curso Técnico em Logística Educação a Distância 2020 Tipos de Transportes (Modais) Daniel Leal Gomes Falcone Stamford Curso Técnico em Logística Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Educação a Distância Recife 1.ed. | Mai. 2020 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB C871s CDU – 658.56 Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129 Catalogação e Normalização Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) Diagramação Jailson Miranda Coordenação Executiva George Bento Catunda Renata Marques de Otero Manoel Vanderley dos Santos Neto Coordenação Geral Maria de Araújo Medeiros Souza Maria de Lourdes Cordeiro Marques Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa Gerência de Educação a distância Maio, 2020 Professor Autor Daniel Leal Gomes Falcone Stamford Revisão Daniel Leal Gomes Falcone Stamford Coordenação de Curso Eliane Barbosa Coordenação Design Educacional Deisiane Gomes Bazante Design Educacional Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Helisangela Maria Andrade Ferreira Izabela Pereira Cavalcanti Jailson Miranda Roberto de Freitas Morais Sobrinho Descrição de imagens Sunnye Rose Carlos Gomes Sumário Introdução .............................................................................................................................................. 6 1.Competência 01 | Conhecer a Importância e as Aplicações dos Modais de Transporte ................... 7 Conceito de modais........................................................................................................................................ 10 Transportes .................................................................................................................................................... 13 Tipos de carga ................................................................................................................................................ 19 Tomada de Decisão ........................................................................................................................................ 28 2.Competência 02 | Compreender a Dinâmica e a Importância dos Modais de Transporte Rodoviário e Aéreo ................................................................................................................................................. 31 Tipos de veículos usados no transporte rodoviário ....................................................................................... 32 Operadores de cargas do modal rodoviário .................................................................................................. 35 Documentação do transporte rodoviário ...................................................................................................... 35 Modal Aéreo .................................................................................................................................................. 38 Tipos de veículos usados no transporte aeroviário ....................................................................................... 38 Operadores de cargas do modal aeroviário ................................................................................................... 40 Documentação do transporte aéreo .............................................................................................................. 41 A contratação dos fretes aéreo e rodoviário ................................................................................................. 43 3.Competência 03 | Compreender a Dinâmica e a Importância dos Modais de Transporte Ferroviário e Aquaviário. ......................................................................................................................................... 48 Tipos de veículos usados no transporte ferroviário ....................................................................................... 49 Operadores de carga do modal ferroviário.................................................................................................... 51 Documentação do transporte ferroviário ...................................................................................................... 51 Transporte Aquaviário ................................................................................................................................... 53 Tipos de veículos usados no transporte aquaviário ....................................................................................... 56 Particularidades das operações marítimas .................................................................................................... 60 Documentação do transporte marítimo ........................................................................................................ 61 A contratação dos fretes ferroviário e aquaviário ......................................................................................... 62 4.Competência 04 | Conhecer os Custos Impactantes no Transporte de Materiais ........................... 66 Aspectos de performance dos modais ........................................................................................................... 67 Integração dos transportes com outras funções logísticas............................................................................ 68 Serviços acessórios ao transporte .................................................................................................................. 70 Órgãos reguladores ........................................................................................................................................ 73 Documentos e Apolices de Seguro Internacional .......................................................................................... 74 Principais tipos de acondicionamento de carga ............................................................................................ 76 Conclusão ............................................................................................................................................. 80 Referências ........................................................................................................................................... 81 Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 83 6 Introdução Caro (a) estudante, Seja bem vindo (a) à disciplina Tipos de Transporte (Modais) do módulo de Transporte, parte fundamental da sua grade de matérias do curso técnico em Logística. De agora em diante, serão edificados os pilares de seu conhecimento através dos recursos que o Ensino a Distância nos permitem. O proposito dessa disciplina é oportunizar que você, estudante, entenda perfeitamente as definições, as acaracteristicas, vantagens e desvantagens, e saiba identificar e distiguir cada modal e sua relevânica no processo logístico. Você irá experienciar quatro grandes momentos, ao longo deste caderno. Na primeira etapa, equivalente à primeira semana de aulas, você conhecerá os aspectos básicos de cada modal para facilitar seu entendimento. Trata-se de uma parte fundamental, pois deixará você a par dos principais conceitos que envolvem o tema maior da disciplina. Na fase seguinte, você irá compreender a dinâmica e a importância dos modais de transporte rodoviário e aéreo. Em um terceiro momento, será dedicadatotal atenção a compreender a dinâmica e a importância dos modais de transporte ferroviário e aquaviário. E, encerrando o primeiro ciclo de estudos em Logística, você retornará seus esforços para conhecer os custos impactantes no transporte de materiais. Foi preparado um material funcional, atual, realista com o dia a dia do profissional logístico e, claro, para facilitar seu estudo. Logo, anseio que se empenhe na leitura e estudo para que haja um produtivo aprendizado. Sucesso e um forte abraço! Daniel Leal Gomes Falcone Stamford Competência 01 7 1.Competência 01 | Conhecer a Importância e as Aplicações dos Modais de Transporte Você tem ideia de que forma a logística faz parte de seu cotidiano e está em praticamente tudo que você consome? Já ficou curioso em saber como funciona o processo de saída e chegada de uma mercadoria, em sua residência? A disposição do produto certo, na quantidade certa, principalmente, no lugar e prazo certo, com a qualidade e as documentações certas, ao custo certo, sendo produzido ao menor custo, excelente, e veloz, obedecendo à integridade dos empregados, fornecedores e clientes com enfase na preservação ao meio ambiente é o papel impreterivel da logística. Portanto, em virtude da sua relevância na cadeia pluridisciplinar de abastecimento, a logística vem alcançando grande atenção nos últimos anos. Perceba que, se a logistica for executada perfeitamente, esse segmento pode contribuir para reduzir os custos com estocagem, valores de frete, preço final ao consumidor, etc. Já imaginou?!?! Segundo o Conselho Nacional de Administração de Distribuição Física dos Estados Unidos da América, a logística está conectada com transportes, distribuição física, suprimento, administração de materiais e operações. Devido às variadas definições apresentadas ainda na introdução, é necessário fazer uma pausa para definir o que vem a ser logística. Assim sendo, vejamos o que aponta Christopher (2000, p. 100): A logística refere-se ao processo de gerir estrategicamente a aquisição, movimentação e estocagem de materiais, parte de produtos acabados (...) através da organização e dos seus canais de marketing, para satisfazer as ordens de forma mais efetiva em custos. Uma visão bastante parecida e comumente oferecida por Ballou (2011, p.24) é a de que a logística cuida integralmente das atividades de movimentação e armazenagem a fim de auxiliar no fluxo de informações que colocam os produtos em movimento, na intenção de ofertar niveis de serviço efetivo aos seus mais variados clientes com um custo aceitável. E então, está conseguindo acompanhar que a logistica objetiva conduzir o fluxo de bens, de onde são fabricados para um local exato de consumo, no prazo certo e com custo correto? Competência 01 8 Assim, é possível dizer que a logistica é a arte de disponibilizar bens, oportunizando o acesso aos produtos para a sociedade, sem ignorar o propósito absoluto: atender às exigências dos clientes (DAVID; STEWART, 2010). Figura 01 – Exemplos de Modais de Transporte Fonte: < https://utp.br/conexao-utp/areas-de-conhecimento-utp/voce-conhece-o-curso-de-tecnologia-em-logistica/>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, apresenta em seu interior um avião, um caminhão, uma empinhadeira, caixas e containers e um navio cargueiro demonstrando as possibilidades de tipos de transportes existentes. Antes de aprofundar no assunto, é preciso deixar claro uma informação: Um profissional bem sucedido no ramo da logística precisa possuir um perfíl flexível, disposto a realizar suas atividades em horários alternados e, principalmente, saber que a logística trabalha com um fluxo de informações de vários setores da empresa. Pense assim: “quem irá ser o responsável pela administração de materiais e recursos usados em uma empresa?”. “Quem controlará o estoque e a armazenagem?”. “Quem irá planejar a movimentação interna e a distribuição entre fábricas, centros de distribuição e varejo?”. E principalmente, “Quem irá se comunicar com fornecedores e clientes e operará sistemas eletrônicos da empresa?”. É o profissional logístico que assume essas atribuições. https://utp.br/conexao-utp/areas-de-conhecimento-utp/voce-conhece-o-curso-de-tecnologia-em-logistica/ Competência 01 9 Fundamentado nisso, você deve observar mais de perto o que fazem os profissionais de logística, com um foco internacional (DAVID; STEWART, 2010, p.1): 1. Disponibilizar o transporte das mercadorias por longas distâncias; 2. Dominar as vantagens e desvantagens das variadas modalidades de transporte disponíveis e proceder com a escolha correta; 3. Certificar que as mercadorias sejam condicionadas (embaladas) apropriadamente para o transporte; 4. Fonercer seguro oportuno das mercadorias em trânsito e estar cientes dos riscos a que estão sujeitas; 5. Minimizar os riscos associados a pagamentos internacionais selecionando a moeda correta para pagamento ou a melhor estratégia de proteção cambial (hedging); 6. Certificar que as mercadorias sejam acompanhadas dos documentos adequados, para que possam ser liberadas pela alfândega, no país destinatário; 7. Estabelecer as atribuições das partes locais e estrangeiras pelos diversos aspectos da remessa da carga e da documentação; 8. Definir qual método é o mais adequado para a operação de pagamento entre exportador e importador. Com a amplificação do comércio internacional e, principalmente, do mercado de e- commerce, o segmento de logística vem expandindo de forma exponencial, todavia ainda existe uma grande carência de profissionais qualificados no ramo, e isso inclui desde motoristas até diretores. Portanto dizemos que em logística, o transporte é a área que movimenta as mercadorias e posiciona os estoques e pode ser dividido de acordo com os seus modais. É um sistema importante para o crescimento de cidades e de indústrias como também permite a competitividade no mercado global, a exportação e a captação de investimentos extrangeiros. Assim, temos basicamente: transporte aquaviário, rodoviário, ferroviário, aéreo e dutoviário. Cada um desses modais tem suas particularidades que os tornam mais ou menos vantajosos, como as condições geográficas e de infraestrutura de cada local, o que será transportado (natureza da carga, volume, etc.), o ambiente comercial existente, entre outras variaveis que você irá estudar e conhecer ao longo dessa disciplina. Competência 01 10 Conceito de modais Em primeiro lugar, é importante esclarecer alguns pontos antes de adentrar no conteudo desse e-book, tudo bem?! Veja o raciocínio do Rodrigues (2007, p. 25) quando apresentou a definição de sistemas de transporte: Um sistema de transportes é constituído pelo modo (via de transporte), pela forma (relacionamento entre os vários modos de transporte), pelo meio (elemento transportador) e pelas instalações complementares (terminais de carga). Faz-se indispensável que você compreenda que não há como estabelecer o melhor modal de transporte. O que precisa está muito bem definido são quais os fatores críticos serão apontados como necessários para a escolha do modal e como eles se relacionam em cada caso específico. Assim sendo, serão apresentados as formas de transportes sugestionadas no artigo 14 do decreto nº 80.145/77 (o mesmo foi revogado, mas defini as formas com que os diversos modais se relacionam): Formas de Transporte Unimodal Unidade de carga é transportada diretamente, utilizando um único veículo, em uma única modalidade de transporte e com apenas um contrato de transporte. Sucessivo Unidade de carga necessita ser transportada por um ou mais veículos da mesma modalidade de transporte com mais de um contrato de transporte. Ou seja, quando a mercadoria, para alcançar o destino final, necessitar ser transportadapara prosseguimento em veículo da mesma modalidade de transporte (será regido por mais de um único contrato, Competência 01 11 impreterivelmente). Segmentado Utilizam-se veículos diferentes, de uma ou mais modalidades de transporte, em vários estágios, sendo todos os serviços contratados separadamente a diferentes transportadores. Ou seja, envolve diversos contratos para diversos modais. Multimodal Envolve mais de uma modalidade, porém regido por um único contrato, o CTMC – Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas, o qual é emitido pelo Operador de Transporte Multimodal (OTM). A prévia coleta e movimentação de mercadorias para *unitização, bem como eventuais operações depois de sua entrega final no local do destino estabelecido no contrato de transporte não caracterizam o transporte multimodal, nem dele fazem parte. Intermodal Envolve mais de uma modalidade e para cada trecho/ modal é realizado um contrato. Outro fator a ser citado é que a responsabilidade é dividida entre os transportadores participantes da operação. Podemos dizer que é uma opção extremamente versátil que poderá ser a mais adequada. * O conceito de unitização nada mais é que o ato ou efeito de unitizar. Unitizar é reunir (cargas de diversas naturezas) num só volume, para fins de transporte. Para fins econômicos, a unitização auxilia a movimentação, armazenagem e transporte de produtos, fazendo com que a transferência, do ponto de origem até o seu destino final seja com o mínimo de manuseio possível. Competência 01 12 Os tipos mais comuns de unitização de cargas são as seguintes: Cargas paletizadas; Cargas pré-lingadas; Contêineres; Tipos especiais de unitização. Você deve está se questionando, qual seria a grande diferença entre intermodal e multimodal? Simples, no Multimodal vincula toda a operação a um único documento, o Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas (CTMC). Exemplo: se começar o transporte com navio, depois transferir a carga para um caminhão e, por fim, para um avião, todo esse circuito terá um único documento emitido. E no intermodal, toda vez que houver troca de veículos, será emitido um CTMC separadamente. Assim, cada um desses documentos é entendido como um novo contrato. E agora, entendeu? Não... Vamos ver se fica mais claro! Outra forma de diferenciar a Multimodalide da Intermodalidade são os tipos de contrato. Na multimodalidade há um único contrato entre operador de transporte multimodal e o cliente. Na intermodalidade possui uma grande quantidade de contratos, pois a cada trajeto o cliente deve realizar um novo contrato com os embarcadores separadamente. E agora, ficou mais claro? Perceba que as diferenças entre as modalidades estão na parte burocrática, pois não há mudança efetiva na parte operacional e, consequentemente, no manejo das mercadorias em si. Do ponto de vista técnico, a integração entre os modais pode ocorrer através de várias combinações: ferroviário-rodoviário, aéreo-rodoviário, aquaviário-ferroviário, aquaviário-rodoviário, etc. ou, com mais de dois modais. Após a explanação das formas de transporte, ficou claro que o transporte, por tudo que se relaciona ao mesmo, representa um valor consideravel do custo logístico? Sem falar que influencia de forma extrema na competitividade dos produtos vendidos, sendo, pois, um fator a ser analisado nos planos de marketing internacional, uma vez que seus custos podem, em muitos casos, inviabilizar operações no comércio exterior? Bem, o professor Vieira (2002) entende que, em nosso País, a logística representa a maior fatia do custo total de um produto, aproximadamente 60%, sendo a distribuição física (transporte) responsável por 51%, e os 9% restantes do custo total com gestão de estoques e administração do fluxo de informações. Competência 01 13 Figura 02 – Gráfico do Custo Total de um produto no Brasil Fonte: Proprio Autor Descrição: infográfico ilustra, em quatro circulos, o valor (em percentuais) da logística, transporte e fluxo de informações em relação ao custo de um produto no Brasil. Agora, gostaria de fazer um questionamento: quanto aos meios de transporte, arriscaria dizer quais são? Se você já sabe, parabéns! Mas caso não saiba, você conhecerá no próximo tópico. Transportes Já se tornou um discurso uníssono de que, para que haja um upgrade sustentável, é indispensável ponderar os efeitos virtuosos do desenvolvimento da infraestrutura de transporte. Isso em razão de que os serviços de transporte e logística operam como veículos de coesão territorial, econômica e social, uma vez que contam com a competência de aprimorar a conectividade, diminuir custos logísticos e melhorar a mobilidade dos fatores de produção. No entanto, o transporte continua sendo lesado por uma série de ineficiências, como é o caso do setor de distribuição de combustíveis onde sua administração, geralmente, envolve decidir quanto ao método de transporte, aos roteiros e à utilização da capacidade dos veículos. Apesar do progresso na tecnologia e, consequentemente das facilidades de comunicação geradas pela internet, o transporte mantém-se com relevância inquestionável, em razão de que mais Custo do Produto Brasil Logística 60% Transporte 51% Estoque e Fluxo de Informações 9% Competência 01 14 influencia o objetivo central da logística, que é “o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível” (NAZÁRIO, 2010, p. 125). Figura 03 – Objetivo da Logística Fonte: Proprio Autor Descrição: infográfico ilustra com uma seta, o objetivo centra da logística. Como se sabe, os transportes doméstico e internacional são elementos decisivos de logística, desde o desenvolvimento do custo final da mercadoria, bem como no atendimento de prazos e condições de entrega pactuada entre vendedor e comprador. Contudo, quanto da escolha do transporte mais adequado, é necessário investigar aspectos importantes, que possam favorecer as ambições do vendedor nacional ou internacional, por exemplo: Zonas estratégicas de embarque e desembarque; Custos de movimentação de carga; Custos do frete interno e internacional; Velocidade e garantia, de acordo com a natureza da mercadoria e dos prazos a serem cumpridos; Fidedignidade no transportador, quanto ao cumprimento de prazos e não ocorrência de avarias. Produto Certo Quantidade Certa Hora Certa Lugar Certo Menor Custo LOGÍSTICA Competência 01 15 Quando você estudou as definições de logística, foi esclarecido que um sistema de transportes é formado pelo modo ou modal (via de transporte), forma (relacionamento entre os vários modos de transporte), meio (elemento transportador) e instalações complementares (terminais de carga), (RODRIGUES, 2007). Falando em modais, os transportes podem ser fracionados basicamente em: transporte aquaviário, rodoviário, ferroviário, aéreo e dutoviário. Conheça um pouco mais sobre cada um deles: Rodoviário: é o modal, por assim dizer, mais comum entre os demais, pois caso haja rodovias, avenidas e estradas, em condições ou não para tráfego, este poderá ser contratado. Um ponto positivo é a facilidade do transporte ao ser utilizado e um ponto negativo, podemos dizer que é o elevado consumo de combustível. Exemplo: transporte da carga por meio de caminhões e carretas que trafegam em rodovias. Para conhecer alguns modais rodoviários acesse: Os 6 Principais tipos de caminhões utilizados no Brasil https://www.bloglogistica.com.br/mercado/conheca-aqui-os-6-principais-tipos-de- caminhao-existentes/ Diferença entre Toco, Trucado, Traçado e Bi-truk https://www.youtube.com/watch?v=oQwtV-hvI7U Tipo de caminhão e/ou carreta (cavalo traçado, toco, trucado, e quinta roda) https://www.youtube.com/watch?v=J-Ttw8D4Iichttps://www.bloglogistica.com.br/mercado/conheca-aqui-os-6-principais-tipos-de-caminhao-existentes/ https://www.bloglogistica.com.br/mercado/conheca-aqui-os-6-principais-tipos-de-caminhao-existentes/ https://www.youtube.com/watch?v=oQwtV-hvI7U https://www.youtube.com/watch?v=J-Ttw8D4Iic Competência 01 16 Ferroviário: diferentemente do modal rodoviário, as ferrovias necessitam de altos investimento para implantação de trilho, como também não é possível atingir todos os lugares. Seu custo energético é demasiado conveniente para longas distâncias, caso haja grandes quantidades de cargas. Exemplo: vagões fechados e plataformas. Aereoviário: sem dúvida, é o modal mais veloz e eficiente, contudo, seu custo de implantação (a criação de um aeroporto para carga e descarga), manutenção preventiva de aeronave e a utilização de equipamentos modernos torna esse modal limitado e caro. Exemplo: avião de carga. Aquaviário: refere-se tanto aos modais marítimo, fluvial e lacustre. O aquaviário é um dos mais antigos modos de transporte existentes no mundo. Um ponto a ser Para conhecer alguns modais ferroviários acesse: Trem de Carga MRS - Plataforma e Vagão https://www.youtube.com/watch?v=98LFD73wxrU Dtrem de Carga MRS – “Elefante” carga geral https://www.youtube.com/watch?v=wkBvCzM-kOo Para conhecer o modal aeroviário acesse: Avião Cargueiro BOEING 737 cargo https://www.youtube.com/watch?v=ndgtnTpqmGw https://www.youtube.com/watch?v=98LFD73wxrU https://www.youtube.com/watch?v=wkBvCzM-kOo https://www.youtube.com/watch?v=ndgtnTpqmGw Competência 01 17 elencado é a vantagem desse tipo de transporte vem de sua enorme capacidade de movimentar cargas. O modal aquaviário é subdividido em marítimo, fluvial e lacustre. Esses dois últimos transportes são navegados pelos rios de interior (fluvial) e lagos (lacustre). Assim como o modal ferroviário e aeroviário, os custos são elevados de implantação, porém possuem economia de escala e eficiência energética. Dutoviário: esse modal é utilizado para distribuição de gás, petróleo, minérop e outros, através de dutos projetetados para cada finalidade. No Brasil são pouco utilizados se comparado com os demais. Os Granéis são cargas transportadas sem embalagem ou acondicionamento ou, ainda, mercadorias comercializadas fora da embalagem, em frações. Como exemplo de granéis líquidos, temos petróleo e seus derivados, produtos químicos, GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha), óleos vegetais e até sucos concentrados de frutas cítricas. Os sólidos são cargas do tipo minérios e carvão, grãos, fertilizantes, cimento, coque de carvão, etc. Para conhecer alguns modais aquaviários acesse: GIGANTES DO MAR: Petroleiros e Cargueiros https://www.youtube.com/watch?v=bgZniW8ejGc Trânsito no Navio de Carga https://www.youtube.com/watch?v=YM1TeyV_l70 Para conhecer alguns modais dutoviários acesse: Gasoduto https://www.youtube.com/watch?v=X4EpDFANEU0 Transporte Dutoviário https://www.youtube.com/watch?v=Vs-xQk7Qkxg https://www.youtube.com/watch?v=bgZniW8ejGc https://www.youtube.com/watch?v=YM1TeyV_l70 https://www.youtube.com/watch?v=X4EpDFANEU0 https://www.youtube.com/watch?v=Vs-xQk7Qkxg Competência 01 18 De forma generica, pode-se afirmar que cada um desses modais tem suas particularidades que os tornam mais ou menos vantajosos. Portanto, se faz preciso considerar na hora de selecionar o modal, por exemplo, a natureza e as características da mercadoria; o tamanho do lote; as restrições dos modais; a disponibilidade e a frequência do transporte; o tempo de trânsito; o valor do frete; o índice de faltas e/ou avarias (taxa de sinistralidade) e o nível de serviço prestado (RODRIGUES, 2007, p.29). Pense de maneira prática. Ao analisar cada um dos pontos acima, você se depara com constatações interessantes e fundamentais para o bom desempenho das atividades como profissional em logística. São elas: o tempo de trânsito está relacionado ao prazo de ressuprimento, abrangendo o tempo gasto pelo embarcador, na consolidação e no manuseio; O tempo da viagem em si; o tempo utilizado no transbordo se for preciso, e o tempo exigido para a liberação de carga. Imagine o impacto que qualquer atraso em uma dessas fases poderá trazer, ao ponto de paralisar uma linha de produção, caso o estoque de reserva já esteja baixo (RODRIGUES, 2007, p.29). Considere, também, a chance de avarias. Sem dúvida que essa é uma das grandes preocupações de todo Gestor Logístico, no que diz respeito as avarias ocasionadas no processo de movimentação dos materiais, pois essa sobe com a quantidade de movimentações e transbordos. Logo, a vulnerabilidade da mercadoria deverá ser um fator crucial, que faça com que se opte por um modal de frete mais caro. Na fase da aprendizagem em que você se encontra, é fundamental que compreenda que “qualquer estratégia comercial deve, obrigatoriamente, contemplar o fator economicidade. Comprovadamente, um dos fatores de ganhos em competitividade é selecionar o modal de transporte que agregue menos custo ao produto durante o seu percurso”. (RODRIGUES, 2007, p. 18). Mais a frente, quando for apresentado as características para a tomada de decisão, você irá clarificar essa afirmação. Você sabe o que é avaria? São estragos, dano ou prejuízo, ao material armazenado ou transportado. Competência 01 19 Tipos de carga Uma carga, ou seja, coisa ou conjunto de coisas mais ou menos volumosas e comprimidas, que se destinam ao transporte, é capaz de ser transportada de várias formas, através de equipamentos, pelos mais diferentes modais de transporte. Você já imaginou na quantidade de objetos e materiais que podem ser transportados ou que estão sendo transportados nesse instante? Sejam objetos do tipo vídro até materiais corrosivos ou radioativos, deve-se estar atento aos modais a serem contratados para realizar o transporte das cargas expecíficas. Para assegura que você compreenda a importância da escolha ideal da carga, te apresento as principais características de uma carga ou as que você deve se ater: Peso: estabelece o tipo e a capacidade dos equipamentos na movimentação; Volume: estabelece o espaço ocupado no armazém e ou pátio; Valor: estabelece o limite de responsabilidade devido a avarias; Fragilidade: estabelece cuidados especiais no manuseio, transporte e armazenagem. Assim sendo, com o proposito de esclarecer e orientar sobre as particularidades de cada tipo ou classificação de carga, são organizadas os tipos de cargas existentes. Observe! Carga Seca: Essa categoria de carga diz respeito aos produtos industrializados e não perecíveis. Por não necessitarem de refrigeração, visto que se trata de uma carga multifuncional, versátil, seu transbordo pode ser realizado indiferente dos intempéries (sol, chuva, calor, frio, dia, noite, etc). Observe alguns exemplos: Madeira; Ferragens; Móveis; Competência 01 20 Produtos alimentícios não perecíveis; Materiais de construção (exceto cimento e similares). Figura 03 – Carroceria Baú Fonte: < https://www.bsoft.com.br/blog/carga-seca-saiba-tudo-neste-post>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, apresenta em seu interior uma empinhadeira carregando uma carroceria, do tipo baú, com madeira. Vale destacar que, frequentemente, opera-se com a carroceria baú (adequada no transporte de caixas, sacas, fardos e embalagens). Contudo, o ideal é realizar o transporte dessas cargas em um Veículo Urbano de Carga – VUC – ou ainda a carreta LS ou, também conhecida Trucado. Vale ressaltar que, o pallet é o utensilio mais indicado para facilitar o manuseio dessas cargas. Cargas a Granel: É imprescindível atender que, caso não sejam ensacadas, embaladase/ou encaixotadas é que as cargas a granel são classificadas.(REVISAR ESSE TRECHO) Comuns no agronegócio, subdividem- se em: Carga Sólida e a Carga Líquida. Granel Sólida – Essa categoria de carga diz respeito, geralmente, a movimentação de insumos (materia prima): Arroz; Cereais; https://www.bsoft.com.br/blog/carga-seca-saiba-tudo-neste-post Competência 01 21 Feijão; Milho. Os tipos de caminhões que são usado para movimentação desse tipo de carga são o Truck e as Carretas Simples, LS, Bitrem e Rodotrem (se você não assistiu, assista novamente aos vídeos apresentados no modal rodoviário, em páginas anteriores). Aliás, o modelo de carroceria pode ser aberto, graneleiro ou grade alta. Figura 04 – Carroceria Aberta, Grade Alta Fonte: < https://pixabay.com/pt/photos/de-milho-agricultura-a-carregar-554521/>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, com o carregamento de milho em um caminhão do tipo carroceira aberta de grade alta. Granel Líquido (não perigoso) – Como o próprio nome preconiza, a carga deverá ser líquida e não ser de teor perigosa. São elas: Água potável; Leite; Refrigerantes; Sucos; Demais produtos líquidos; https://pixabay.com/pt/photos/de-milho-agricultura-a-carregar-554521/ Competência 01 22 Atenção a essa carga pois há uma necessidade específica de transporte. É indispensável que a carroceria seja de tanque de aço: Cisterna, Carro-Tanque ou Pipa. Figura 05 – Caminhão Pipa Fonte: < https://www.nicepng.com/ourpic/u2w7i1e6e6r5i1a9_caminho-pipa-png-cisterna-de-agua-png/>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, de um caminhão com tanque cilíndrico de aço. Cargas Frigoríficas: Conhecidas também como refrigeradas, são subdivididas em duas categorias: Perecível e Congelada. Carga Frigorífica Perecível – O grande dilema desse tipo de carga é não ser possível transportar produtos por longas distâncias, devido a possibilidade de deteriorar e/ou decompor facilmente. São elas: Frutas; Legumes; Verduras. Vale destacar que, por se tratar de produtos vulneraveis, precisa-se de uma câmara fria e equipamentos de refrigeração, além de higienização constante. A carroceria mais indicada é a baú refrigerado com ajuste entre 0 e – 10 graus celsius. https://www.nicepng.com/ourpic/u2w7i1e6e6r5i1a9_caminho-pipa-png-cisterna-de-agua-png/ Competência 01 23 Figura 06 – Caminhão de Carga Refrigerado e Congelada Fonte: < https://www.refrigeracaoreal.com.br/carroceria-refrigerada>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, de um caminhão com carroceria para carga refrigerada e congelada. Carga Frigorífica Congelada – São aquelas mercadorias que foram acometidas por um processo de abaixamento de temperatura, ocasionando formação de gelo: Carnes; Frangos; Peixes; Alimentos congelados em geral. Esse tipo de transporte, requer muito cuidado. Deve está atendo a temperatura, armazenamento e manutenção da mercadoria. O modelo de carroceria é o baú frigorífico fechado com aparelho de temperatura medindo de - 15 graus Celsius a - 20 graus Celsius. Cargas Perigosas: Aquelas que são consideradas um risco à saúde das pessoas, ao meio ambiente ou segurança pública, ainda que sejam produzidas e/ou encontrados na natureza: Explosivos; https://www.refrigeracaoreal.com.br/carroceria-refrigerada Competência 01 24 Gás natural; Gás tóxicos; Materiais corrosivos ou radioativos; Petróleo; Sólidos ou líquidos inflamáveis. Necessita-se de caminhões expecíficos para o transbordo dessa carga, com simbolos indicando o devido risco da carga. A utilização do transporte dutoviário é bastante comum, inclusive no Brasil, pois apresenta menor risco e baixo custo operacional. Figura 07 – Caminhão de Carga Perigosa Inflamável Fonte: < http://mercolineit.com.br/mg-novo-regulamento-para-acidentes-no-transporte-de-produtos-ou-residuos- perigosos/>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, de um caminhão com carga inflamável sendo feitas as averigações no posto fiscal. Cargas de Minério e Cimento: Movimentadas por meio de dutos com bombas especiais, seja para impulsionar cargas sólidas quanto em pó. A métrica dutoviária usa um fluido portador (água) para transportar minério a médias e longas distâncias, e para o cimento, a curtas distâncias, o fluido utilizado é o ar. Ainda se vê o transporte dessa carga através do modal rodoviário. http://mercolineit.com.br/mg-novo-regulamento-para-acidentes-no-transporte-de-produtos-ou-residuos-perigosos/ http://mercolineit.com.br/mg-novo-regulamento-para-acidentes-no-transporte-de-produtos-ou-residuos-perigosos/ Competência 01 25 Figura 08 – Dutos Fonte: < https://www.portosmercados.com.br/tecnologia-nacional-na-protecao-de-dutos/ >. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, de dutos de minério e cimentos de uma fábrica. Cargas de Veículo: Para a locomoção de veículos é utilizado o caminhão cegonha. A carroceria recomendada é a plataforma e ou guincho. Figura 09 – Caminhão Cegonha Fonte: < https://nacionaltransportes.com/servicos/transporte-de-veiculos/>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, de um caminhão cegonha carregado de carros para serem entregues. Cargas Frágeis: São classificadas cargas frágeis as mercadorias delicadas, sensíveis com alta facilidade de quebra. São eles; https://www.portosmercados.com.br/tecnologia-nacional-na-protecao-de-dutos/ https://nacionaltransportes.com/servicos/transporte-de-veiculos/ Competência 01 26 Cristais; Espelho; Louças; Vidros. Para transportar essa carga se faz necessário embrulhar/embalar da forma que melhor os proteja (estopas, plástico bolha, isopor). Além da escolha da embalagem, a caixa onde deve está condicionada a carga intitulada frágil deve está bem sinalizada. Figura 10 – Embalagem para carga frágil Fonte: < https://www.tecnovia.com.br/transporte-de-carga-fragil-5-cuidados-essenciais/>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, de embalagens de papelão com simbolos de carga frágil. Cargas Vivas: O transbordo, nesse caso, exige muito atenção do motorista pois trata-se de espécies vivas: animais. Bois; Porcos; Vacas. https://www.tecnovia.com.br/transporte-de-carga-fragil-5-cuidados-essenciais/ Competência 01 27 Deve ser utilizado a carroceria fechada, do tipo boiadeira (várias entradas de ar, garantido excelente circulação de vento). Figura 11 – Caminhão Boiadeiro Fonte: < https://www.comprerural.com/nova-altura-para-caminhoes-de-carga-viva/>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, de um caminhão boiadeiro para transporte de carga viva. Cargas de Medicamentos: Uma das movimentações logística mais complexas e burocráticas pois além da necessidade de documentos específicos e a contratação de um farmaceutico terceiro, essa modalidade é pouco concorrida. No transbordo de medicamento utiliza-se tanto os pallets para facilitar a movimentação quanto os refrigerados. https://www.comprerural.com/nova-altura-para-caminhoes-de-carga-viva/ Competência 01 28 Figura 12 – Carga refrigerada de medicamentos Fonte: < https://blog.frigoking.com.br/saiba-a-importancia-de-um-bom-isolamento-termico-para-o-transporte-de- pereciveis/>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, de uma carroceria refrigerada com operadores descarregando medicamentos. Você fazia ideia que havia tantas variedades de cargas? Cada qual tem sua especificidade requerindo atenção, cuidados importantes e um impecável agenciamento para que chegue ao destino seguramente. Agora que você entendeu como funciona todos os tipos de carga, que tal aprender sobre como tomar a decisão certa na horade pormenorizar todos esses itens? Tomada de Decisão Caro (a) estudante, está percebendo quantas variáveis são levadas em consideração, antes de um gestor logístico optar pela contratação de um serviço de transporte logístico? Pois é, existem algumas alternativas de modais a serem definidas. Qual seria, então, a melhor opção? O raciocínio, para a tomada dessa decisão, se dá em um processo para proporcionar a seleção, podendo ser características físicas, econômicas, do consumidor, da empresa, infraestrutura, legislação e tecnologia. No momento presente, a opção do modal progrediu ao mesmo tempo em que a logística. Na origem, a perspectiva era exclusivamente o frete, percorrendo para o custo total e recentemente com visão no empreendimento, que não determina unicamente reduzir custos, mas associar variáveis para a escolha. Então, você sabe quais são as variáveis que se destacam no transporte de cargas? Veja: Valor da operação: o componente indispensável aqui é o custo de transporte, que é apontado como 60% do custo logístico, como citamos nos início do e-book. Lembra?!?! Duração de trânsito entre origem-destino: diz respeito à velocidade decorrida nas movimentações; Regularidade do serviço: diz respeito ao contínuo, assíduo serviço; Ofícios logísticos adicionais ao transporte, como carga, descarga e movimentação; Acessibilidade: é o modal que atende diretamente a origem e o destino; https://blog.frigoking.com.br/saiba-a-importancia-de-um-bom-isolamento-termico-para-o-transporte-de-pereciveis/ https://blog.frigoking.com.br/saiba-a-importancia-de-um-bom-isolamento-termico-para-o-transporte-de-pereciveis/ Competência 01 29 Confiabilidade: diz respeito à garantia de execução para atender os requisitos da programação de entregar, de forma adequada, como previsto; Potencial de área: é a característica de um modal poder trabalhar com diferentes tipos de tamanho e tipos de carga; Disponibilidade e flexibilidade de integração intermodal: uso de equipamentos e locais adequados a este fim; Segurança e perdas e danos: os contratos a médio e longo prazo; Convido você a raciocinar comigo, a respeito de uma pequena mas contundente comparação entre caracteristicas operacionais dos modais que foi introduzido nessa competência. Pense assim: Para optar pelo modal mais adequado para a locomoção da mercadoria que deseja entregar, obrigatoriamente, deve os atributos operacionais relacionado por cada modal de transporte. Por tanto, relativo aos modais estudados, considere cinco pontos: velocidade, disponibilidade, confiabilidade, capacidade e freqüência. Vamos dinamizar essa informação e atribuir valores através de uma tabela. De 1 à 5, a menor pontuação indica uma melhor classificação: Características Operacionais Rodoviário Ferroviário Aeroviário Aquaviário Dutoviário Velocidade 2 3 1 4 5 Disponibilidade 1 2 3 4 5 Confiabilidade 2 3 5 4 1 Potencial de área 3 2 4 1 5 Regularidade 2 4 3 5 1 Somatório 10 14 16 18 17 Tabela 01 – Características operacionais relativas para modal de transporte Fonte: Próprio autor Descrição: Tabela descreve as características operacionais relativas para o modal de transporte. Competência 01 30 Começando pela velocidade, aqui explico sobre o tempo de percurso em determinada rota e que o modal aéroviário é o mais rápido. Consegue notar isso?! Já no item disponibilidade, que é a eficiência que cada modal atende nas entregas, o rodoviário é o destaque pois permite o serviço porta a porta, na integra. Representando a agilidadede em entregar regularmente, no tempo acordado e em situação aceitável está o item confiabilidade, ocupado pelo dutoviário. O potencial de área que significa, a grosso modo, é a viabilidade de um determinado transporte lidar com qualquer requisito - tamanho ou tipo de carga, é melhor representado na tabela pelo aquaviário. Por fim, a regularidade sendo a competência que condiz com a quantidade de movimentações planejadas, é liderada pelo modal dutoviário. E agora, ficou claro que é necessário analisar várias características antes de contratar um transporte? Assim sendo, é interessante esclarecer que a opção do modal deve ser explorada para responder aos objetivos, ponderando o nível de serviço, no atendimento ao cliente e no seu custo. De acordo com a tabela acima, quem (em SUA OPINIÃO) obtêm maior destaque? E por quê? Retorne ao fórum 1 a apresente sua resposta Não se esqueça de assistir a vídeo aula da competência 01 Competência 02 31 2.Competência 02 | Compreender a Dinâmica e a Importância dos Modais de Transporte Rodoviário e Aéreo Neste capítulo, solicito que preste bastante atenção aos ensinamentos dos atributos e formas de aplicabilidade dos modais rodoviário e aéreoviário. O transporte rodoviário é executado em estradas de rodagem, asfaltadas ou não, com utilização de veículos, como caminhões e carretas, sobre pneus de borracha. Este pode ser praticado em território nacional ou internacional, até mesmo fazendo uso de estradas de vários países em uma mesma viagem. O Transporte Rodoviário de Carga (TRC) no Brasil é fundamental para a realização da multimodalidade e a intermodalidade. Apenas ele dispõe da competência para interligar os diversos modais, abrangendo todo o percurso da mercadoria. Por via de regra, exibe preços de frete mais elevados do que os modais ferroviário e aquaviário, por exemplo. Portanto sendo recomendado para mercadorias de alto valor ou perecíveis. Assim sendo, deveria funcionar como auxiliar aos demais modais, entretanto não é o que acontence na prática. Figura 13 – Carretas em Rodovia Fonte: < https://www.todamateria.com.br/transporte-rodoviario/> Acesso em: 09.03.2020 Descrição: A imagem descreve varios caminhões, do tipo carreta, em travessia por Rodovia. https://www.todamateria.com.br/transporte-rodoviario/ Competência 02 32 Tipos de veículos usados no transporte rodoviário O orgão responsável por nortear as diretrizes nacionais de transito que você conhece, DETRAN, através da Portaria nº 63/2009, determina o peso máximo aconselhavel por eixo, ou conjunto de eixos, e as margens de comprimentos e quilagem total dos mais variados tipos de veículos de transporte rodoviário de carga. Existe ainda, outras regulamentações e leis que estabelecem suas classificações, baseados na quantidade e tipos de eixos e na capacidade de carga. Conheça o panorama dos transportes rodoviários brasileiros, habitualmente utilizados: Tipos de Veículos Características Caminhão De 3,5 a 29 Toneladas são veículos fixos nos quais a cabine, o motor e a carroceria são peça única e somam pouco mais de 1/3 da frota nacional. Caminhão Trator Conhecido como carreta ou cavalo mecânico dispõe da versatilidade de ser desengatado e deixado no terminal de carga, liberando o cavalo mecânico para novos serviços. Truck Possui um eixo dianteiro simples e um conjunto de dois eixos traseiros. Peso máximo: 23 Toneladas e habilitação: C e E. Toco Básico, possui um eixo dianteiro simples e um traseiro podendo ser simples. Peso máximo: 16 Toneladas e habilitação: B (quando não ultrapassar 3.5 toneladas ) e C. Refrigerado carrega perecíveis de forma refrigerada, mantendo a temperatura no compartimento de cargas Tanque Reservatório composto por tanques, nos quais são transportados derivados de petróleo e outros líquidos a granel. No Brasil, a malha federal é formada pelas “BRs”. As radiais começam em Brasília e são numeradas de 1 a 100; as longitudinais (sentido Norte-Sul) têm numeração de 101 a 200; as transversais (sentido leste-oeste) vão de 201 a 300; as diagonais são aquelas entre 301 a 400 e as de ligação variam de 401 a 500. A conhecida BR- 101, por exemplo, é uma longitudinal, pois cobre o litoral brasileiro desdeo município de Osório, no Rio Grande do Sul, até Natal (RN), passando por várias capitais litorâneas, como o Recife. Competência 02 33 Graneleiro ou Silo Transporta granéis sólidos, que são descarregados por meio da gravidade, através de portinholas que se abrem. Combinações de Veículos de Carga/CVC (Bitrem, Rodotrem e Treminhão) Veículo constituído de um cavalo mecânico com dois semi- reboques. No caso do treminhão, que é composto por três partes, há limitação de trânsito, dado o seu peso bruto total de cerca de 70 toneladas. Sider Carroceria carregada pelas laterais do baú, vedada com lona plástica. Essa lona serve como cortinas, que se deslocam no sentido horizontal Cegonheira Modelos articulados usados especialmente no transporte de veículos automotores. Plataformas (Boogies, Trailers ou Chassis) veículos articulados, assim como as carretas, apropriados para o transporte de contêineres (de 20 a 40 pés) ou de cargas de grande volume. Com tanta variedade de veículos e categorias, é importante conhecer as especificações e indicações de cada um antes de colocá-los na estrada, não é mesmo? Competência 02 34 Figura 10 – Tipos de Veículo Rodoviário Fonte: < http://bvtcargo.com.br/site/tipos-de-veiculos-2/ >. Acesso em 09.03.2020. Descrição: imagem que apresenta os principais tipos distintos de veículos rodoviários, a saber: Fiorino, Iveco, 3’4 ou VUC, Toco, Truck, Cavalo Mecânico Simples, Cavalo Mecânico Trucado, Conjunto Carreta 2 eixos mais Cavalo Mecânico Simples, Conjunto Carreta 3 eixos mais Cavalo Mecânico Simples, Bitrem e Rodottem. Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC) A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) especifica que todos os veículos destinados a transporte de carga rodoviária remunerado, com capacidade de carga igual ou superior a 500 kg, devem estar registrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC). http://bvtcargo.com.br/site/tipos-de-veiculos-2/ Competência 02 35 Operadores de cargas do modal rodoviário Existe uma breve divisão ou categorias de empresas de carga que prestam serviços através do modal rodoviário. Elas organizam-se basicamente a partir das seguintes características: Empresas de Transporte de Carga (ETC): pessoas jurídicas que exercem a atividade de transportar cargas para terceiros. Carreteiros (TCA): pessoa física proprietária ou co-proprietária de um ou mais veículos, conduzidos pelo próprio ou por motorista, sem vínculo empregatício. Empresas de Carga Própria (ECP): empresas industriais, comerciais, agrícolas, etc. que utilizam veículos de sua propria frota ou fretados para a movimentação das cargas que comercializam ou produzem. Às vezes, também realizam transporte remunerado de cargas para terceiros Transportadores Individuais: assemelham-se à ECP, mas são pessoas físicas (ex: fazendeiros). Documentação do transporte rodoviário Você irá perceber a dimensão e grau de importância do transporte rodiviário nesse item pois existem documentos que são a todo momento requisitados para o transporte de qualquer tipo de mercadoria no país. Todavia, é necessário enautecer as cargas cujo volume exceda o tamanho de um veículo. Nesse caso, podem requerer uma documentação extra para que o transporte seja realizado. Caso seja realizado a contratação do transporte de cargas rodoviário é obrigatório operar com: Embora o frete cobrado pelo carreteiro, em regra geral, seja cerca de 50% menor do que o estipulado pelas empresas de transporte de carga, ele deve ser pago antecipadamente, parte à vista e o restante quando for entregue a carga. As empresas de transporte concedem um prazo para pagamento do frete. Competência 02 36 Nota Fiscal Eletrônica (NF-e): é um documento obrigatório. O que significa ser emitida na compra e venda de qualquer produto ou serviço. Este registra detalhes sobre a transação e impostos que foram e/ou serão recolhidos. Hoje, é capaz de ser emitido pela internet, oportunizando os trâmites entre os emissores da nota e os órgãos públicos. Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE): A nota fiscal virtual possui um documento auxiliar conhecida como DANFE. Sua função é facilitar o acesso às informações existentes na NF-e; contudo, ele não a substitui, servindo apenas para o trânsito da mercadoria. Outra utilidade é coletar a assinatura do responsável que recebe a mercadoria no ato da entrega ou do serviço prestado, servindo como comprovante. Conhecimento Rodoviário de Transporte (CRT), também conhecido como Carta de Porte Rodoviário. Funciona como um recibo de entrega de mercadoria onde prova que foi feito um contrato de transporte terrestre entre os usuário e o transportador. (VIEIRA, 2002, p. 106). Documento de Trânsito Aduaneiro (DTA): Possue a função de agilizar a tramitação aduaneira da mercadoria, “evitando que o veículo fique retido na fronteira, esperando vistoria” (VIEIRA, 2002, p. 107). Nesse caso, é um documento específico da movimentação rodoviário internacional. A carga recebe um lacre depois de ser carregada pelo exportador e conferida pela Receita Federal. A vistoria e o pagamento dos tributos só acontecem no destino final. Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e): semelhante a uma nota fiscal, contudo refere-se à prestação de serviço de transporte de carga feito por qualquer modal — rodoviário, ferroviário, hidroviário, dutoviário e aéreo. Uma curiosidade do CT-e é que necessita ser registrado/autorizado, virtualmente, no site das Secretarias das Fazendas Estaduais (Sefaz) e está sujeito a checagens em postos de fiscalização. A legislação vigente determina que ele seja válido em todos os estados do país. Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e): Tem por finalidade agilizar/centralizar o registro dos documentos fiscais, compilando Competência 02 37 diversas informações em um só documento. Também é emitido e armazenado digitalmente e é válido em todo o território nacional. Com ele, é possível identificar detalhes sobre a carga e outras características do transporte. Para ficar bem informado, é necessário consultar a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e demais autoridades de trânsito locais para conferir a documentação necessária. Por fim, você deve saber que todos os modais apresentam pontos forte e fracos. São eles: Rodoviário Pontos Fortes Pontos Fracos Versatilidade os caminhões podem ser transportados em barcos, em serviço de auto transbordo ou em vagões com plataforma para serviços ferrorodoviários Capacidade menor e, além disso, em alguns países, a legislação limita o tamanho e o peso dos caminhões Acessibilidade grande capacidade distributiva. Longas distâncias inviável Prontidão Rapidez na entrege em curta distância. Rodovias Má qualidade das estradas. Embalagem possibilidade de utilização de embalagens mais simples e de menor custo Utilização intensiva de combustíveis gastos com combustível, reparos, pneus. Fonte: Próprio autor. Competência 02 38 Modal Aéreo O modal aéreo é o transporte executado mediante aviões, os quais precisam de aeroportos para pouso, decolagem, carregamento e descarga de produtos e é regido pelas normas da IATA (Internacional Air Transport Association). O transporte aéreo é definido por sua ligeireza no deslocamento da carga. Pense assim: contratar um modal aéreo é saber que está apropriado para o transporte com alta velocidade em grandes e médias distâncias de produtos acabados de alto valor agregado. Porém, ostenta elevados custos. Se o maior avião de carga doplaneta é o Antonov AN-225 Mriya com 84 metros de comprimento e 88 metros de envergadura, essa potência é equipada com seis motores e 32 rodas, pode imaginar os custos no entorno de uma aeronave como essa? Figura 14 – Maior avião de carga do planeta Fonte: < https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2016/11/maior-aviao-do-mundo-vai-pousar-em-guarulhos- 8281141.html>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, da frente do Antonov An-225 Mriya, o maior avião do mundo. Tipos de veículos usados no transporte aeroviário O transporte aéreo atinge com facilidade vários países, devido à velocidade do meio utilizado mas necessita de elevados investimentos em aeronaves, infra-estrutura aeroportuária e sistemas de informação e controle. Por tanto, ao estudar sobre os tipos de aeronaves você deve saber https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2016/11/maior-aviao-do-mundo-vai-pousar-em-guarulhos-8281141.html https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2016/11/maior-aviao-do-mundo-vai-pousar-em-guarulhos-8281141.html Competência 02 39 que uma companhia aérea determina sua aquisição ou arrendamento de frota por critérios de afinidade de seus pilotos em pilotar determidas aeronaves e por destinos, distâncias de cada trecho, alcance, consumo de combustível, custos de manutenção, TBO (Time Between Overhaul, ou tempo entre manutenções), capacidade de passageiros e de carga, emissão de poluentes, entre outros. Conheça o panorama das principais aeronaves habitualmente utilizados: Tipo de Aeronaves Passageiros Carga (Kg) Cessna 172 Monomotor 3 55 ATR 72 Turboélice 68 – 78 1.672 Embraer 190 94 – 122 3.050 Boeing 737 160 – 189 5.700 Airbus A320 150 – 186 9.400 Airbus A330 246 – 300 18.700 Boeing 777 305 – 368 23.000 Boeing 747 410 20.000 Airbus A380 544 – 853 19.000 Fonte: Próprio autor. Figura 15 – Tipos de aeronaves mais utilizadas Competência 02 40 Fonte: < http://aviationforall.com/qual-o-peso-de-um-aviao/>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem apresentando todas as habituais aeronaves utilizadas para o transporte de carga e/ou passageiros. Desde da Cessna 72, pequena aeronaves apenas de passageiros até a gigante aeronave Airbus 380 de transporte misto. Os principais tipos de aeronaves cargueiras são: All Cargo ou Full Cargo: exclusivamente destinadas ao transporte de cargas; Combi: usada tanto para transportar cargas (no convés inferior da aeronave e no fundo do deck superior) quanto passageiros; Full Pax: aeronaves nos quais o espaço destinado às cargas é unicamente no último convés inferior. Operadores de cargas do modal aeroviário As firmas aéreas são empresas de transporte aéreo habilitadas pelas autoridades de seu país de origem a trabalhar o transporte de cargas e passageiros, dentro das normas internacionais, com aeronaves conforme listadas e capacitadas para o tráfego. É comum que companhias aéreas sejam proprietárias das aeronaves com que operam, mas podem ser adquiridas pelo sistema de leasing ou através de financiamneto direto dos fabricantes. Assim como no modal rodoviário, existe uma divisão ou categorias de empresas de carga. Elas organizam-se basicamente a partir das seguintes características: Mista: as empresas transportam a carga nos porões, proporcionando um complemento de receita às provenientes pela operação do transporte de passageiros. Operações Cargueiras: são operações inteiramente dedicadas a transporte de carga. Dentro das operações cargueiras existe a condição das empresas serem integradoras (quando o transporte da carga pode ser efetuado por mais de um modal, de tal modo que a empresa se responsabiliza por todas as etapas da logística porta a porta). As companhias integradoras ou companhias de entrega expressa são assim conhecidas devido à indispensabilidade na rapidez na entrega da mercadoria. http://aviationforall.com/qual-o-peso-de-um-aviao/ Competência 02 41 Figura 16 – AirBus A380 (operação mista) Fonte: < http://aviationforall.com/qual-o-peso-de-um-aviao/>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, da aerovane airbus A380, predominante no espaço aéreo do todo o mundo pois opera de forma mista, ou seja, ao mesmo tempo que transporta passageiros tem espaço e realiza transporte de carga. Documentação do transporte aéreo Em território nacional, como foi apresentado no modal redoviário, segue a mesma regra para transbordo de carga: O CT-e (Conhecimento de Tranporte Eletrônico) e o MDF-e (Manifesto eletrônico de Documentos Fiscais) são os principais documentos eletrônicos exigidos. O transporte terrestre, aéreo, ferroviário e hidroviário de cargas determina a emissão de documentos que devem acompanhar as mercadorias desde a saída do fornecedor até a chegada ao consumidor final. Por esse motivo, é importante apresentar o documento internacional no modal aeroviário: O Conhecimento de Embarque Aéreo. O Conhecimento de Embarque Aéreo pode pertencer à companhia ou ao próprio agente, onde atesta que a mercadoria foi posicionada a bordo do meio de transporte. Esse documento é As rotas de navegação aérea são identificadas por um designador que consiste das letras A, B, G, L, R, W ou Z, seguido de um número. As letras W e Z são usadas na identificação de rotas domésticas e as demais, nas rotas internacionais. As letras M, N, L e Z são usadas em particular nos designadores de Rotas de Navegação de Área (RNAV). Um designador de rota poderá ser acompanhado das letras U, S e K, com os seguintes significados: U (UPPER): indicando rota pertencente ao espaço aéreo superior; S (SUPERSONIC): indicando rota específica para voos supersônicos; e K (KOPTER): indicando rota específica para voo de helicóptero. http://aviationforall.com/qual-o-peso-de-um-aviao/ Competência 02 42 admitido pelos bancos como garantia de que a mercadoria foi despachada para o exterior. O conhecimento de embarque deve está composto dos seguintes elementos: Nome e endereço do exportador e do importador; Local de embarque e de desembarque; Quantidade de volumes; Tipo de embalagem; Descrição da mercadoria e códigos (SH/NCM/NALADI); Peso bruto e líquido; Dimensão e cubagem dos volumes; Valor do frete. Ou seja, o Conhecimento de Embarque Aéreo funciona de comprovante que de a carga foi entregue pelo embarcador ou seu representante, ao transportador e, também, é a prova de que existe um contrato de transporte. Outra serventia desse documento é que funciona como fatura de frete, contendo dados da mercadoria, descrição do voo, tipos de tarifa e cálculo de seu valor e, como certificado de seguro, caso a mercadoria esteja segurada pela companhia aérea. Desse modo, trabalha-se com três tipos de conhecimento: AWB (Air Waybill): conhecimento da companhia aérea emitido por ela ou por seu agente ao exportador, em caso de cargas não consolidadas. Ao contrário dos outros modais, o AWB não é um documento negociável; MAWB (Master air waybill): documento emitido para a companhia aérea em caso de cargas consolidadas pelo agente. Representa a totalidade da carga entregue por diversos embarcadores e consolidadas através de um único embarque. O MAWB não é entregue ao embarcador, visto que este recebe um HAWB emitido pelo agente para suas cargas individuais. HAWB (House air waybill): é emitido pelo agente de cargas e entregue a cada embarcador, correspondente a uma parte ou fração da carga total consolidada no MAWB. Competência 02 43 O AWB é composto de três originais, sendo que o primeiro fica com o transportador, o segundo segue com a mercadoria durante o transporte, sendo entregue ao destinatário no ponto final, e o terceiro é dado ao expedidor, comprovando o embarque da mercadoria (VIEIRA, 2002, 0. 119). Aereoviário Vantagens DesvantagensVelocidade é o mais veloz de todos Capacidade restrições de peso e volume Competitividade alta rotatividade, o equivalente à redução de custo com estoque Carga a granel não leva petróleo, por exemplo Embalagem manuseio é mais cuidadoso, logo não há tanta necessidade de reforço Produtos de baixo custo unitário não compensa pelo alto valor da tarifa aérea Seguro risco reduzido Artigos perigosos severas restrições Cobertura de Mercado maior, pois não se prende à costa marítima Fonte: Próprio autor. A contratação dos fretes aéreo e rodoviário A contratação de frete é o pagamento pelo serviço contratado de transporte de uma mercadoria. Em via de regra, o pagamento do frete referente aos modais aéreo e rodoviário acontece de duas formas: frete pré-pago (freight prepaid): deve ser pago para retirar o conhecimento de embarque que, habitualmente, é realizado no país de embarque; frete a pagar (freight collect): deve ser pago em qualquer lugar, porém é mais comum ser pago no país de destino. Competência 02 44 Voce recorda que os custos do transporte são induzidos por algums características, tais como: tipo da carga, peso e volume; fragilidade; embalagem; valor e distância e localização dos pontos de embarque e desembarque. Da mesma forma, a tarifa de frete depende do modal operado. De acordo com o Aprendendo a Exportar, veja algumas situações quanto aos modais aeroviário e rodoviária: Frete Aéreo: Por ser mais rápido e seguro, o transporte aéreo sai na frente quando o assunto é vantagens, pois são menores os custos com seguro, estocagem e embalagem, como também mais viável para remessa de amostras, brindes, bagagem desacompanhada, partes e peças de reposição, mercadoria perecível, animais, etc. Em termo de explicação, a base de cálculo do frete aéreo é adquirida através do peso ou do volume da mercadoria, sendo estimado aquele que proporcionar o maior valor. Para saber se devemos considerar o peso ou o volume, a IATA (In- ternational Air Transport Association) estabeleceu a seguinte relação: 1 kg = 6000 cm³ ou 1 ton = 6 m³. Por exemplo: no caso de um peso de 1 kg acondicionado em um volume maior que 6000 cm³, considera-se o volume como base de cálculo do frete, caso contrário, considera-se o peso. Provavelmente, você ficou curioso para saber o que é a IATA e qual seu objetivo, correto? Pois bem, a IATA é uma sigla para a expressão em inglês “International Air Transport Association” que traduzida para o português significa “Associação Internacional de Transportes Aéreos”. É uma instituição que foi criada no ano de 1945 na cidade de Havana em Cuba para representar os interesses das diversas companhias aéreas. Seu principal foco é a assistência aérea, segurança e economia para os seus clientes. Atualmente sua sede fica na cidade de Montreal no Canadá. Não é permitida essa modalidade de pagamento para os seguintes casos: restos humanos, amostras, mercadorias perecíveis, animais vivos, bem como mercadoria que tenha frete maior que seu valor e quando o destinatário é o próprio embarcador da mercadoria. Acesso em: < https://portogente.com.br/portopedia/73376-transporte-aereo> https://portogente.com.br/portopedia/73376-transporte-aereo Competência 02 45 O objetivo dessa instituição é liderar, servir e representar a aviação industrial e auxiliar as companhias aéreas, facilitando a comunicação e o processo entre elas e o governo, além da preocupação com o meio ambiente. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) determina tarifas a serem aplicadas por todas as empresas aéreas como limite para o frete aéreo. Essas tarifas são fundamentadas na rota, no trafego e custos, que uma viagem pode ter. São elas: Tarifa mínima: valor mínimo cobrado pela carga cujo valor de frete, após ser calculado pelas demais tabelas, não alcancem o frete mínimo estabelecido. A empresa aérea estipula essa, não a IATA. Tarifa Geral: sobreposta na maioria das cargas, possui uma divisão em cinco faixas de peso, onde quanto maior for o peso menor será o frete: em até 45kg, 100 kg, 300 kg, 500 kg e acima de 500 kg. Algumas empresas possuem a faixa até 1.000 quilos. Tarifa para mercadoria especifica (specific commodity rates): quando o embarque é contínuo e combinado, cada empresa dispõe de sua tabela com valor reduzido de tarifa, diferentemente da tarifa geral. Tarifa Classificada (class rates): é a tarifa sobreposta que deposita um aumento ou uma redução percentual na tarifa geral. O acréscimo pode variar entre 10% a 200% para, por exemplo, produtos de alto valor agregado, animais vivos, ou cargas perigosas. A redução pode ser aplicada para produtos de relevante interesse social, como jornais e periódicos, quadros, etc. Tarifa ULD (Unit Load Device): aplicada em cargas unitizadas, onde o carregamento e o descarregamento serão realizados pelo remetente e destinatário da carga. Competência 02 46 Agora, a natureza do transporte rodoviário internacional é marcada por sua simplicidade de funcionamento. Oferta serviço porta a porta (a mercadoria sofre apenas uma operação de carga (ponto de origem) e outra de descarga (local de destino)); maior regularidade e disponibilidade de vias de acesso; maior rapidez e plasticidade na manipulação das cargas; maiores recursos na substituição de veículos, no caso de acidente ou quebra, sendo ideal para viagens de curta e média distâncias. Vale ressaltar que, em épocas de grandes congestionamentos nas estradas, o modal rodoviário diminui sua eficiência caracterizando uma menor capacidade de carga e o custo operacional se elevam, comparado com o ferroviário ou ao aquaviário pois ambos não passam por esses intempéries. Em confirmidade a Ferreira (2019), o Decreto nº 99.704, de 20/11/90, alinha a execução no Brasil do Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre, entre Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai favorecendo a regulamentação conjunta do transporte internacional terrestre no Cone Sul da América. Isso permite a garantia de regularidade de atendimento, bem como definições pertinentes a direitos e obrigações de usuários e transportadores. O que precisa ficar claro para você é que, no caso do modal rodoviário, as tarifas de frete são ordenadas individualmente, por cada empresa de transporte e, o frete pode ser calculado por peso, volume ou por lotação do veículo. Veja agora como é constituido o frete rodoviário: Frete Básico: tarifa x peso da mercadoria. Se a carga for “volumosa”, pode-se considerar o volume no lugar do peso; Taxa Advalorem: percentual cobrado sobre o valor da mercadoria; No Brasil, a aviação é regulada pelo Governo Federal, através do Ministério da Aeronáutica (órgão máximo que determina as regras); o Departamento de Aviação Civil, o DAC, ligado ao Ministério tem a função de controlar a aviação nacional e internacional no Brasil, por meio do estabelecimento de regulamentos e normas referentes aos acordos de aviação civil internacional dos quais o país faça parte; já a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, a Infraero, cuida da construção e da administração dos terminais de carga e de passageiros. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D99704.htm Competência 02 47 Seguro Rodoviário Obrigatório: os percentuais são aplicados sobre o preço FOB (preço de exportação) da mercadoria. O usuário deve consultar a transportadora para conhecer quais cláusulas da apólice de seguro dão cobertura e quais ele deve complementar com sua seguradora. Não se esqueça de assistir a vídeo aula da competência 02 Competência 03 48 3.Competência 03 | Compreender a Dinâmica e a Importância dos Modais de Transporte Ferroviário e Aquaviário. Em nosso penúltimoencontro, vamos apresentar e discutir as particularidades dos modais ferroviário e aquaviário, dando atenção especial ao marítimo, que é sua subdivisão mais importante, sem sombra de dúvidas. Da mesma forma, como iniciamos os estudos do bloco anterior, comecemos tratando das vantagens e das desvantagens desses dois modais. Vamos lá! O transporte ferroviário é aquele praticado por veículo onde movimenta-se em linhas de ferro, constituída por carris. Sua característica principal se dá por sua capacidade de transportar grandes volumes, alto redimento energético, sobretudo em situações de locomoção de médias e grandes distâncias (Por não ser tão ágil e não possui tantas vias de acesso (trilhos e estações) quanto o rodoviário, torna-se mais barato, viabilizando assim menor frete). Além de todos benefícios, ostenta maior segurança, se comparado com o modal rodoviário, com baixo indicador de acidentes (não está sujeito a riscos de congestionamentos), como também, baixa ocorrência de furtos e avarias. Figura 17 – Trem em operação de transporte de Celulose Fonte: < https://www.celuloseonline.com.br/transporte-ferroviario-de-celulose-cresce-mais-de-50-em-ms/>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, do trêm vermelho transportanto celulose. https://www.celuloseonline.com.br/transporte-ferroviario-de-celulose-cresce-mais-de-50-em-ms/ Competência 03 49 Diga-se de passagem, é um modal pouco utilizado pelos exportadores brasileiros, especialmente, pela particularidade do transporte: diferença de bitola dos trilhos - larga (1,60m), métrica (1,00m) e a mista, além da baixa quantidade de vias férreas. A atuação do transporte ferroviário no Brasil com os países latino-americanos é acanhada se comparada com outras países e seus parceiros comerciais. Tipos de veículos usados no transporte ferroviário Segundo Vieira (2002, p. 111), o trem é um meio apropriado para viagens de média e longa distâncias, bem como para o transporte de mercadorias a granel, desde o petróleo até o açúcar. Ou seja, ele é ideal para o transporte de grandes volumes e baixos valores agregados, sendo que, “por outro lado, observa-se uma tendência de crescimento da conteinerização, através da utilização do transporte combinado, o que geraria também um aumento no transporte de mercadorias de maior valor”. No Brasil, o veículo que movimenta-se por trilhos ou carris, que transportam pessoas ou cargas é chamado de trem. Nos paises da europa como um todo, é chamado de comboi. Ainda que sejam intitulados por nomes diferentes, realizam o mesmo propósito: transportar, de uma lado para o outro, seguindo uma rota previamente planejada, cargas (No Brasil e restante do mundo) e pessoas (exceto, Brasil). Nesse sentido, a variação entre tipos de trens, no Brasil, se dará por duas categoria e tipos de tilhos ou linha, utilizadas. Categorias: Trem de Mercadoria ou Carga: composto por um ou mais vagões e, ocasionalmente, por furgões vazios; O sistema ferroviário nacional é o maior da América Latina, em termos de carga transportada, atingindo 162,2 bilhões de tku (tonelada quilômetro útil), em 2001. Os dados operacionais e econômico-financeiros encontram-se disponíveis no SIADE - Sistema de Acompanhamento do Desempenho das Concessionárias de Serviços Públicos de Transporte Ferroviário. https://dados.antt.gov.br/dataset/sistema-de-acompanhamento-do-desempenho-operacional-das-concessionarias-siade Competência 03 50 Trem de Passageiros: a malha ferroviária é basicamente utilizada para transporte de carga contudo ainda existem duas linhas que operam com transporte de pessoas - Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e Estrada de Ferro Carajás (EFC) com cerca de 1.500 quilometros de trilhos. Tipos de trilho ou bitola: Bitola é a largura determinada pela distância medida entre as faces interiores das cabeças de dois trilhos em uma via férrea. Por nunca terem oficializado uma política governamental de unificação de bitolas a pluralidade foi algo que claramente prejudicou o desenvolvimento do transporte ferroviário no Brasil desde a inauguração da primeira ferrovia, em meado do século XVIII. Atualmente, espanhadas pelo Brasil opera-se com dois tipos de bitolas: Bitola Irlandesa ou 1,6m ou Larga; Bitola Métrica ou 1m ou Estreita. Em diversos trechos ferroviários no Brasil há a existência de três ou mais trilhos correndo em paralelo em uma única linha, a chamada Bitola Mista, a fim de permitir que trens de diferentes bitolas possam operar no mesmo trecho. A privatização foi uma das alternativas para retomar os investimentos no setor ferroviário. O governo na época concedeu linhas públicas para que a iniciativa privada pudesse explorar o transporte de cargas. No entanto, as concessionárias não se interessaram pelo transporte de passageiros, essencial num país de dimensões continentais e que foi quase totalmente extinto no Brasil. Competência 03 51 Figura 18 – Tipos de Bitola Fonte: < http://planetaferrovia.blogspot.com/2014/01/bitolas-ferroviarias.html>. Acesso em 09.03.2020. Descrição: a imagem, colorida, dos tipos de bitola utilizadas no Brasil. A mais larga é conhecido também pelo nome de Irlandesa ou de 1,6m. A Bitola estreita tem esse nome porque possui 1m de distância e é chamada também de métrica. Operadores de carga do modal ferroviário Existem duas formas de serviço no modal ferroviário. A primeira delas é feita pelo transportador regular e a segunda pelo privado. No caso do regular, a empresa vende seus serviços para qualquer usuário, sofrendo regulação em termos econômicos e de segurança pelo governo. O privado, por sua vez, pertence a algum usuário particular, que o usa de forma exclusiva. Por isso, esse último não passa por regulação econômica. De acordo com Ballou (2011, p. 127), o transporte pode ser feito com carga cheia (refere- se a um carregamento com tamanho predeterminado, geralmente igual ou maior que a capacidade média de um vagão para o qual se aplica uma taxa particular) ou parcial. Documentação do transporte ferroviário No transporte ferroviário, o despacho aduaneiro referente aos países membros do Mercosul requer a apresentação da Carta de Porte Internacional e Declaração de Trânsito Aduaneiro (TIF/TDA). De modo geral, a Declaração de Trânsito Aduaneiro (TDA) funciona da mesma forma que os conhecimentos de embarque marítimo e rodoviário. No Nordeste, as ferrovias, todas em bitola de 1,0 m partem das capitais em direção ao interior dos estados, porém não se integram, é como uma teia de aranha não fechada no centro. A Transnordestina, idealizada para suprir essa deficiência "fechando" essas pontas, teve cogitada sua construção em bitola de 1,6 m. E isso parece mesmo ser verdadeiro, haja vista que a diretriz da ANTT diz que todos os novos projetos ferroviários terão essa bitola. Só fará sentido se esta nova ferrovia se integrar à EF Carajás, (da CVRD) e com a ferrovia Norte-Sul. E que o terceiro trilho, para a bitola mista, seja considerado desde já no projeto para que as ferrovias do Nordeste sejam verdadeiramente integradas. http://planetaferrovia.blogspot.com/2014/01/bitolas-ferroviarias.html Competência 03 52 É importante que conste neste documento: Descrição e o endereço do embarcador e do consignatário; Origem e o destino da mercadoria; Ponto de fronteira; Data da entrega da mercadoria ao transportador; Embalagens; Pesos e quantidades; Valor do frete; Local de pagamento; etc. O Conhecimento deve ser datado e assinado pelo transportador e pelo embarcador. A mercadoria deve ser vistoriada antes do embarque. Ferroviário Vantagens Desvantagens Capacidade grande capacidade no transporte de cargas e passageiros Baixa flexibilidade restrições da rede e das diferenças de bitola Competitividade
Compartilhar