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ebook Log - Movimentação e Distribuição

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Prévia do material em texto

Movimentação e Distribuição 
George Henrique Ferreira dos Anjos 
 
Curso Técnico em Logística 
Educação a Distância 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Movimentação e Distribuição 
George Henrique Ferreira dos Anjos 
Curso Técnico em Logística 
 
 
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Educação a Distância 
 
Recife 
 
1.ed. | Jun. 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de 
Educação Integral e Profissional 
 
Escola Técnica Estadual 
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Gerência de Educação a distância 
 
Junho, 2020 
Professor(es) Autor(es) 
George Henrique Ferreira dos Anjos 
 
Revisão 
George Henrique Ferreira dos Anjos 
 
Coordenação de Curso 
Eliane Barbosa dos Santos 
 
Coordenação Design Educacional 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Descrição de imagens 
Sunnye Rose Carlos Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução .............................................................................................................................................. 5 
1.Competência 01 | Conhecer e Avaliar os Procedimentos de Movimentação e Distribuição de 
Mercadorias............................................................................................................................................ 6 
1.1 Procedimentos de movimentação e distribuição de produtos .................................................................. 9 
1.1.1 Seleção de equipamentos ........................................................................................................................ 9 
1.1.2 Arranjo físico e embalagem ................................................................................................................... 22 
2.Competência 02 | Controlar o Movimento de Mercadorias Assegurando um Sistema de Distribuição 
Eficiente e Dentro dos Prazos. ............................................................................................................. 26 
2.1 Medição do nível de serviço ..................................................................................................................... 29 
2.2 Tomadas de decisão da área de movimentação e distribuição ............................................................... 33 
3.Competência 03 | Conhecer os Impactos da Movimentação de Materiais nos Custos de Produção
 .............................................................................................................................................................. 37 
3.1 Princípios para um bom planejamento de movimentação e distribuição ............................................... 40 
3.1.1 Conceito da distribuição física ............................................................................................................... 40 
Conclusão ............................................................................................................................................. 46 
Referências ........................................................................................................................................... 48 
Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Introdução 
Caro(a) estudante, 
Nesta disciplina, você perceberá que a movimentação e distribuição é como um elo de 
grande importância da cadeia de suprimentos, uma vez que esta última envolve o fluxo de 
informações e de materiais, contribuindo para o bom funcionamento do sistema logístico, que vão 
desde o processo de compra de determinado insumo, controle de movimentação, nível de serviço, 
distribuição física, até o momento da entrega do produto final ao cliente. 
O que torna tudo isso interessante, é que, da forma como o processo logístico acontece 
atualmente, praticamente, não há como circular, neste fluxo, sem haver a necessidade de 
movimentar e distribuir tantos insumos, como produtos em processamento ou produtos acabados. 
o ideal é que toda essa movimentação seja realizada de forma segura, com baixo custo, acurácia e 
sem danos ao material. E, para conseguir alcançar esse cenário, existem estratégias, técnicas e 
ferramentas específicas. Afirmo que o tema abordado nesta disciplina está inserido nos setores da 
organização, mesmo que de forma indireta, em alguns momentos. 
Em relação aos estoques, assunto abordado no decorrer dessa disciplina, você verificará 
que o custo em mantê-los envolve questões operacionais, que podem ser otimizadas com o bom 
trabalho desenvolvido por um técnico ou equipe técnica. Para isto, são necessárias informações 
quanto aos processos de armazenagem, localização, movimentação e distribuição. Pois, quanto mais 
os produtos são movimentados, mais correm o risco de gerar avarias e prejuízos aos materiais 
armazenados, acarretando custos para a empresa. 
Nesse cenário, percebe-se que a logística está cada vez mais inserida nas organizações e 
o seu bom funcionamento depende de profissionais capacitados. Desta forma, é importante que 
você, que deseja iniciar ou crescer nesse setor, utilize todo o conhecimento e técnica que forem 
adquiridas nesse curso e tenha certeza de que esse aprendizado contribuirá para o seu 
desenvolvimento profissional. 
Para obter êxito, sugiro que tenha disciplina, compromisso e dedicação. Lembre-se, você 
é o protagonista principal na construção do seu conhecimento. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
6 
1.Competência 01 | Conhecer e Avaliar os Procedimentos de 
Movimentação e Distribuição de Mercadorias. 
Nesta competência, onde será tratada a atividade de movimentar e distribuir mercadorias 
e insumos, você verá como essa operação se enquadra no conceito de logística. 
Segundo Novaes (2014), distribuição física é um termo empregado na manufatura e no 
comércio para descrever as extensas atividades relacionadas com o movimento eficiente de produtos 
acabados desde a linha de produção até o consumidor, e em alguns casos, inclui a movimentação de 
matérias-primas desde a fonte de suprimentos até o começo da linha de produção. 
De acordo com Bertaglia (2003), produtos e materiais são movimentados ao longo da 
cadeia de abastecimento. A matéria-prima é transportada para as fábricas para se transformar em 
produto final; em seguida, flui dos fornecedores para os centros de distribuição e daí para os clientes, 
dependendo do modelo estabelecido pela empresa. 
Conforme Ballou (2009, p. 17), a logística empresarial estuda como a administração pode 
prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através 
de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e 
armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. 
A distribuição física tem como objetivo geral levar os produtos certos, para os lugares 
certos, no momento certo e com o nível de serviço almejado, pelo menor custo possível. No entanto, 
existe um conflito em garantir um nível de serviço elevado, ao mesmo tempo em que se pretende 
reduzir os custos, pois ambos precisam caminhar juntos. 
De uma forma geral, as possíveis melhorias no sistema implicam em custos maiores de 
transporte, de armazenagem e de estoque. Isto está preso ao conceito de valor agregado, quando a 
formacorreta de focalizar o problema é através da cadeia de valor. 
Como os bens não costumam ser produzidos sempre próximos ao local de uso pelos 
clientes, existe a necessidade de encontrar formas de trazer para perto, ou seja, movimentar tais 
bens para perto dos consumidores. Dessa forma, buscando melhorias para aperfeiçoar o processo 
de movimentação das mercadorias, com o objetivo de reduzir custos da operação. 
Veja um exemplo de como diminuir os custos com ações de redução de movimentação e 
transporte de materiais. Imagine uma montadora de veículos, de nome Grupo GH, que recebe 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
7 
matéria-prima para montar os veículos de alguns estados do Brasil e alguns países. Essa montadora 
precisa ter ganhos na aquisição dos itens. O proprietário do Grupo, Sr. Carlos, costuma efetuar 
compras únicas, em quantidades maiores, para abastecer todo o negócio. Em suas negociações, 
acorda com os fornecedores de ser o responsável por efetuar a coleta dos produtos. No entanto, 
existe uma dificuldade. Como a quantidade comprada é alta, o Sr. Carlos não consegue efetuar os 
descarregamentos dos veículos em sua montadora, por não haver espaço físico suficiente para 
armazená-los. Sendo assim, ele aluga um armazém, que fica em outro bairro diferente de onde se 
situa a sua unidade para estocar os produtos. Depois de descarregá-los, o Sr. Carlos precisa 
providenciar carros menores que efetuem o carregamento de pequenas cargas, para trazer sua 
matéria-prima em lotes menores. 
Neste rápido exemplo, que é uma realidade para várias organizações do setor varejista, 
pode-se observar oportunidades de melhoria, que, sem dúvida, acarretariam reduções de custo para 
a empresa. Será que se o Sr. Carlos fizesse um cálculo comparativo entre o custo que ele tem com os 
veículos de menor porte para efetuar a coleta e entregar em sua montadora, com o ganho de realizar 
compras maiores, ele não perceberia que, na realidade, seria melhor ceder um espaço físico para que 
os próprios fornecedores se instalem no seu parque industrial? Isto reduziria custos com 
movimentação, distribuição e transporte. 
No caso do comércio, desde o início da sua existência, há a necessidade de movimentar 
materiais. Conforme Adam Smith, grande pensador da Economia “a propensão ao comércio, ao 
escambo e à troca ... é comum a todos os homens (...)” (GOLEMAN, 2007, p. 7). Sendo assim, desde 
que o homem decida fazer comércio e precise receber algo em troca é preciso realizar a 
movimentação de mercadorias. 
 
A tendência de observar os procedimentos atuais de movimentação e distribuição, tem 
sido reforçada pelos estudos voltados para a sustentabilidade. No evento Rio+20 que aconteceu no 
 
Nos vídeos abaixo, que trata sobre a Logística de movimentação e distribuição 
de uma montadora, você terá exemplos reais de como é realizado o fluxo 
logístico. 
https://www.youtube.com/watch?v=ecjTGflHdQQ&pbjreload=10 
https://www.youtube.com/watch?v=A29nqOF4-2o 
https://www.youtube.com/watch?v=2erzBN6adDs 
 
https://www.youtube.com/watch?v=ecjTGflHdQQ&pbjreload=10
https://www.youtube.com/watch?v=A29nqOF4-2o
https://www.youtube.com/watch?v=2erzBN6adDs
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
8 
primeiro semestre de 2012, no Rio de Janeiro, o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, 
criticou o desperdício de alimentos no mundo e afirmou que “um terço da nossa produção de comida 
se perde em algum ponto”. (ROGERO, 2012). E, grande parte desta perda, ocorre durante o processo 
de movimentação e transporte dos alimentos. Conforme discutido no Fórum Econômico Mundial de 
Davos, em janeiro de 2012, na Suíça: 
Cerca de 40% dos alimentos produzidos no mundo se perde, em 
algum elo da cadeia entre a colheita e o consumidor final, pela 
falta de infraestrutura que garanta boas condições de 
armazenamento, transporte e distribuição nos países em 
desenvolvimento. 
A relação das atividades de movimentação e distribuição com as atividades primárias e 
de apoio da logística estão na figura abaixo: 
 
 
Figura 1 - Relação entre atividades logísticas primárias e de apoio e o nível de serviço desejado. 
Fonte: Logística empresarial: Transportes, Administração de materiais, Distribuição física. 1ª edição. São Paulo: Atlas, 
1993. 
Descrição: A imagem explana que o processamento de pedidos é uma atividade logística primária, onde sua 
importância deriva do fato de ser um elemento crítico em termos do tempo necessário para levar bens e serviços aos 
clientes. É também possível averiguar na imagem que a atividade primária inicializa a movimentação de produtos e a 
entrega de serviços. Ainda em relação à imagem, é possível constatar que as atividades consideradas de apoio são 
aquelas adicionais que dão suporte ao desempenho das atividades primárias para que possamos ter sucesso na 
empreitada organizacional, que é manter e captar clientes com pleno atendimento do mercado e satisfação total do 
acionista e receber seu lucro. Sendo elas: Armazenagem, manuseio de materiais, embalagens de proteção, obtenção, 
programação de produtos e manutenção de informações. Por fim, as atividades secundárias têm fundamental 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
9 
relevância para o processo logístico pois exercem a função de suporte às atividades primárias na obtenção de níveis de 
bens e serviços requisitados pelos clientes. 
 
 
Para Ballou (2009, p. 27), um dos problemas mais críticos a ser tratado pelo profissional 
responsável pelo manuseio dos materiais é a seleção dos equipamentos. 
E como tratar desse problema, é o tema que você verá nos próximos parágrafos. 
 
1.1 Procedimentos de movimentação e distribuição de produtos 
Como citado no tópico inicial desta competência, normalmente os produtos não são 
fabricados no mesmo local onde serão consumidos pelos clientes. Nesse cenário, é necessário o seu 
manuseio. Tal manuseio, porém, pode gerar danos e prejuízo aos produtos. Só a etapa de 
acondicionamento do produto pode representar até 12% do valor total das despesas logísticas 
(BALLOU, 2009). 
Entende-se que para muitos materiais não existe a necessidade de ter alto estoque, em 
função de que este material pode ser adquirido facilmente em vários fornecedores, ou do fornecedor 
estar perto do cliente. Além do que, o contato próximo ainda contribui para a agilidade nas entregas 
e a redução de problemas durante esse processo. Isso porque o fornecedor conhece os tipos de 
pedidos realizados pela empresa e pode oferecer um tratamento adequado e até indicar se acreditar 
que há algum erro no pedido. 
No exemplo da montadora com a redução de movimentação da matéria-prima, como já 
informado, não haverá necessidade de receber em outro local e posteriormente coletar este material 
para ser produzido. 
No subtópico a seguir, você verá alguns tipos de equipamentos e as suas principais 
características. 
 
1.1.1 Seleção de equipamentos 
Para ajudar no desenvolvimento da atividade de movimentar materiais, Ballou (2009) 
descreve dois tipos de equipamentos: 
- De movimentação; 
- Auxiliares. 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
10 
Os primeiros dividem-se em: empilhadeiras e pequenos veículos; transportadores, e 
guinchos, pontes rolantes e pórticos. 
As empilhadeiras e pequenos veículos são utilizados normalmente para cargas pesadas, 
que teriam um transporte muito lento se fosse feito de forma manual. São utilizados não só para 
transportar cargas, mas também para colocá-las na posição ideal de uso. As empilhadeiras costumam 
transportar cargas unitizadas, ou seja, consolidadas em uma única unidade com tamanho padrão. Um 
equipamento muito utilizado para unitização de cargas é o palete, que é um estrado de metal, 
madeira ou plástico, com entradas na parte inferior para permitir a sua movimentação com o encaixe 
dos garfos da empilhadeira. 
 
 
Figura 2 - Empilhadeira carregada 
Fonte: <https://br.freepik.com/vetores-premium/empilhadeira-com-homem-dirigindo_2042141.htm>Acesso em 01 
abril de 2020. 
Descrição: A imagem mostra um operador de empilhadeira, trajando boné laranja, camisa azul, colete Laranja e calça 
Azul, pilotando uma empilhadeira de cor laranja, carregada por um pallet com caixas unitizadas. 
 
 
 
 
Veja um vídeo informativo com uma prova prática para habilitação de operador 
de empilhadeira. Acesse o link abaixo: 
https://www.youtube.com/watch?v=pBR07P8k4Ek 
Acesso em 01 abr. 2020. 
https://br.freepik.com/vetores-premium/empilhadeira-com-homem-dirigindo_2042141.htm
https://www.youtube.com/watch?v=pBR07P8k4Ek
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
11 
 
Figura 3 - Paleteira manual 
Fonte: <https://www.compretec.com.br/equipamentos-hidraulicos/paleteiras/paleteira-hidraulica-manual-2-toneladas-
lynus-pm-685> Acesso em 01 abril de 2020. 
Descrição: A imagem mostra um equipamento de manuseio manual de cargas, chamado de paleteira manual, na cor 
amarela, com três rodas: uma roda no meio, logo abaixo da alavanca principal e outras duas situadas nas extremidades 
do garfo (ou forquilha), que ajudam a dar sustentação. 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Empilhadeira elétrica 
Fonte: <https://clarkempilhadeiras.com.br/produto/epx-16-18-20s-25-30/> Acesso em 01 Abril de 2020. 
 
Veja um vídeo informativo de como manusear uma paleteira manual. Acesse o 
link abaixo: 
https://www.youtube.com/watch?v=EsreaVG_Oi8 
Acesso em 01 abr. 2020. 
 
https://www.compretec.com.br/equipamentos-hidraulicos/paleteiras/paleteira-hidraulica-manual-2-toneladas-lynus-pm-685
https://www.compretec.com.br/equipamentos-hidraulicos/paleteiras/paleteira-hidraulica-manual-2-toneladas-lynus-pm-685
https://clarkempilhadeiras.com.br/produto/epx-16-18-20s-25-30/
https://www.youtube.com/watch?v=EsreaVG_Oi8
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
12 
Descrição: A imagem mostra uma empilhadeira elétrica de elevação frontal de capacidade de carga de 1,6 e 2,0 
toneladas, na cor verde com detalhes em preto em uma área de movimentação. 
 
 
 
Figura 5 -Pallete de madeira 
Fonte: <https://www.logismarket.ind.br/gvp-pallets/palete-padrao-brasileiro-100x120m/6713711555-
p.html> Acesso em 01 abril de 2020. 
Descrição: A foto mostra um estrado de madeira (plataforma utilizada para movimentação de cargas em 
supermercados, varejo, armazéns e transportadoras). 
 
Já os transportadores são utilizados para cargas a graneis. Podem ser movidos por 
gravidade ou por meios mecânicos. São utilizados em percursos fixos, que podem ser horizontais, 
verticais ou inclinados, possuindo curvas ou não. São utilizados no processo de carga e descarga para 
onde as mesmas são movimentadas através de transportadoras flexíveis com tecnologia moderna o 
que possibilitam grandes variações de aplicações, propiciam versatilidade no uso, altos ganhos de 
produtividade e economia nos processos. Seus principais tipos são correias, ou esteiras com 
superfícies de rodas ou roletes para reduzir o atrito (BALLOU, 2009). Costumam ser bastante 
utilizados na movimentação de grãos, cereais e armazéns com uma grande variação de caixas. 
 
 
Veja um vídeo informativo de como operar uma empilhadeira elétrica. Acesse o 
link abaixo: 
https://www.youtube.com/watch?v=-xNsASjpXBs 
Acesso em 01 abr. 2020. 
https://www.logismarket.ind.br/gvp-pallets/palete-padrao-brasileiro-100x120m/6713711555-p.html
https://www.logismarket.ind.br/gvp-pallets/palete-padrao-brasileiro-100x120m/6713711555-p.html
https://www.youtube.com/watch?v=-xNsASjpXBs
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
13 
 
Figura 6 - Transportador de correia côncava. 
Fonte:<https://redima.com.br/2019/10/31/esteira-transportadora-conheca-os-principais-tipos/> Acesso em 02 
abr.2020. 
Descrição: A foto mostra um transportador de correia côncava cinza, com regulador lateral azul e divisória amarela, 
normalmente utilizada para movimentar materiais a granel dos mais variados tipos, densidades e granulometrias. 
 
 
 
 
Figura 7 - Transportador modular 
Fonte: <https://www.logismarket.ind.br/redutep-solucoes-industriais/transportador-modular/1983801775-
p.html> Acesso em 02 Abr.2020. 
 
Veja, no link abaixo, um vídeo com uma pequena demonstração de uma esteira 
transportadora graneleira. 
https://www.youtube.com/watch?v=mNkQlo3TYc8 
Acesso em 01 abr. 2020. 
https://redima.com.br/2019/10/31/esteira-transportadora-conheca-os-principais-tipos/
https://www.logismarket.ind.br/redutep-solucoes-industriais/transportador-modular/1983801775-p.html
https://www.logismarket.ind.br/redutep-solucoes-industriais/transportador-modular/1983801775-p.html
https://www.youtube.com/watch?v=mNkQlo3TYc8
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
14 
Descrição: A foto mostra uma suposta área de movimentação e distribuição logística utilizando-se de transportador 
modular para executar suas atividades. 
 
 
 
 
Figura 8 - Transportador de rolete 
Fonte: <http://www.provtec.com.br/transportador-roletes-motorizados> Acesso em 02 abr. 2020. 
Descrição: A foto mostra um transportador, do tipo rolete, com base azul e estrutura cinza de metal, instalado em um 
galpão. 
 
 
Os guinchos, pontes rolantes e pórticos são equipamentos que podem ser utilizados sobre 
as áreas de armazenagem para transportar produtos pesados com maior segurança. Como exemplo 
deste grupo, estão os guindastes móveis que são muito utilizados nos portos para movimentação de 
container. Também são chamados de equipamentos de elevação e transferência. 
 
 
Veja, no link abaixo, um vídeo com uma pequena demonstração do 
funcionamento do transportador modular. 
https://www.youtube.com/watch?v=324wkeSmHZI 
Acesso em 02 abr. 2020. 
 
Veja, no link abaixo, como funciona um transportador de rolete. 
https://www.youtube.com/watch?v=vGwboKN7P7Y 
Acesso em 02 abr. 2020. 
http://www.provtec.com.br/transportador-roletes-motorizados
https://www.youtube.com/watch?v=324wkeSmHZI
https://www.youtube.com/watch?v=vGwboKN7P7Y
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
15 
 
Figura 9 – Guindaste móvel 
Fonte: <https://www.grupoincatep.com.br/20-guindaste-movel-portuario-
mhc?AspxAutoDetectCookieSupport=1>.Acesso em 02 abr.2020 
Descrição: A foto ilustra um guindaste móvel amarelo em atividade em área portuária, movimentando um container. 
 
 
 
 
 
Veja, no link abaixo, um vídeo com uma pequena demonstração do guindaste 
móvel em uma área portuária. 
https://www.youtube.com/watch?v=AGUO-2xJ4jY 
Acesso em 02 abr. 2020. 
https://www.grupoincatep.com.br/20-guindaste-movel-portuario-mhc?AspxAutoDetectCookieSupport=1
https://www.grupoincatep.com.br/20-guindaste-movel-portuario-mhc?AspxAutoDetectCookieSupport=1
https://www.youtube.com/watch?v=AGUO-2xJ4jY
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
16 
Figura 10 - Ponte rolante 
Fonte: <https://www.buzzero.com/administracao-e-negocios-2/iniciacao-profissional-21/curso-online-operador-de-
ponte-rolante-nr-11-com-certificado-50349 >Acesso em 02 abr.2020 
Descrição: A foto mostra uma ponte rolante com base amarela e cabedal azul, operada por trabalhador devidamente 
equipado com capacete branco, protetor auricular vermelho. O operador aciona a ponte rolante por controle na cor 
amarela, para movimentação de produto dentro de um galpão. 
 
 
 
 
 
Figura 11 - Pórtico sobre pneu 
Fonte: <https://www.logismarket.ind.br/cabezza/portico-sobre-pneu-5/2008477350-p.html>. Acesso em 02 abr. 2020. 
Descrição: a foto ilustra um pórtico (equipamento utilizado para movimentação de pás eólicas, com capacidade de 
carga de 15 toneladas, controlada por controle remoto) com estrutura amarela, duas rodas, realizando uma 
movimentação com um produto, na cor branca, em um ambiente aberto. 
 
 
 
O segundo grupo de equipamentos é o dos equipamentos auxiliares. Esses equipamentos 
tem como objetivo otimizar a utilização dos espaços dos armazéns. Entre eles estão as estantes e 
prateleiras. O uso dessas estruturas de armazenagem garante maior segurança não só ao item, mas 
 
Veja, no link abaixo, um vídeo com uma ponte rolante em atividade, realizando 
uma movimentação interna de chapasde aço. 
https://www.youtube.com/watch?v=mmb8jni8Wu8 
Acesso em 02 abr. 2020. 
 
Veja, no link abaixo, um vídeo com tipos de pórticos realizando movimentações 
de metais pesados e de grandes proporções. 
https://www.youtube.com/watch?v=ZosbcCCH1YI 
Acesso em 02 abr. 2020. 
https://www.buzzero.com/administracao-e-negocios-2/iniciacao-profissional-21/curso-online-operador-de-ponte-rolante-nr-11-com-certificado-50349
https://www.buzzero.com/administracao-e-negocios-2/iniciacao-profissional-21/curso-online-operador-de-ponte-rolante-nr-11-com-certificado-50349
https://www.logismarket.ind.br/cabezza/portico-sobre-pneu-5/2008477350-p.html
https://www.youtube.com/watch?v=mmb8jni8Wu8
https://www.youtube.com/watch?v=ZosbcCCH1YI
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
17 
também às pessoas que circulam no depósito pelo fato de os produtos estarem presos nos vãos das 
estantes protegidos por estruturas metálicas. 
As estruturas de armazenagem são elementos básicos para a paletização e o uso racional 
de espaço. Essas estruturas atendem aos mais diversos tipos de carga, colaborando para garantir a 
eficiência na organização do ambiente e bons resultados logísticos. Entre elas, podem ser destacadas 
as seguintes: 
• Porta-paletes convencional: É o tipo de estrutura mais utilizada. Nela, os produtos 
são armazenados em estantes acessadas por empilhadeiras. Essa estrutura exige 
menor espaço nos corredores e possui um bom aproveitamento de todo o ambiente. 
Utilizada quando as cargas dos paletes forem muito variadas, pois permite a escolha 
da carga em qualquer posição da estrutura sem nenhum obstáculo, ou seja, possui 
fácil movimentação dentro de armazéns. Necessita de muita área para corredores, 
mas compensa por sua seletividade e rapidez na operação. 
 
 
• Estrutura tipo Drive-in: Esse modelo permite maior número de itens armazenados, 
economizando espaço de manobra e oferecendo menor custo por metro quadrado, 
exigindo apenas um corredor frontal de acesso onde a atividade de carga e descarga 
acontece em ordem inversa, indicando a operação na modalidade LIFO (último que 
entra, primeiro que sai). Dessa forma, os itens podem ser acumulados, retirando-se 
apenas os que estejam mais acessíveis. Porém, esse processo acaba gerando 
dificuldade e demora de acesso a itens específicos, que tenham sido armazenados 
anteriormente, já que ficam isolados no fundo das prateleiras. É um sistema utilizado, 
basicamente, quando a carga não é variada e pode ser paletizada, além de não haver 
a necessidade de alta seletividade ou velocidade. 
 
 
 
Veja, no link abaixo, uma pequena demonstração da utilização do tipo de 
Estrutura Porta-paletes convencional. 
https://www.youtube.com/watch?v=K21t25NUbLM 
Acesso em 11 mai. 2020. 
https://www.youtube.com/watch?v=K21t25NUbLM
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
18 
 
• Estrutura tipo Drive-through: Este tipo de estrutura possui alta capacidade de 
armazenagem de cargas iguais, eliminando a existência de espaço entre as 
prateleiras, propiciando grande aproveitamento volumétrico para os armazéns. 
Porém, como o modelo utiliza o sistema de armazenagem FIFO (primeiro que entra, 
primeiro que sai), o que chega primeiro deve sair em primeiro lugar e, para que tenha 
um bom funcionamento, é necessário um corredor para a entrada e outro para a 
saída dos produtos. Além disso, é necessário haver corredores laterais para o tráfego 
de empilhadeiras. 
 
 
• Estrutura tipo Push-Back: É um tipo de estrutura formada por estantes de 
armazenamento de produtos paletizados semelhante ao drive-in, ordenado no 
sistema LIFO (UEPS), Last in, first out, ou seja, o último produto a ser estocado é o 
primeiro a sair. Nela, os paletes se deslocam por impulso, através da estrutura, em 
profundidade e se movem pela ação da gravidade, para a área de carga e descarga, 
por meio de carrinhos ou roletes, permitindo uma seletividade maior em função do 
acesso a qualquer nível de armazenagem. Neste sistema, a empilhadeira “empurra” 
cada palete sobre um trilho com vários níveis, permitindo a armazenagem de até 
quatro paletes na profundidade. 
 
Veja, no link abaixo, uma pequena demonstração da utilização do tipo de 
Estrutura Drive-in. 
https://www.youtube.com/watch?v=hkz7SZsIP0s 
Acesso em 11 mai. 2020. 
 
Entenda a diferença entre Drive-in e Drive-through, acessando o link abaixo. 
https://www.youtube.com/watch?v=TmK-R8RpBbY 
Acesso em 11 mai. 2020. 
https://www.youtube.com/watch?v=hkz7SZsIP0s
https://www.youtube.com/watch?v=TmK-R8RpBbY
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
19 
 
• Estrutura tipo Flow-rack: Neste sistema, o armazenamento manual é feito em caixas 
e é utilizado para mercadorias embaladas para o destino. As caixas são colocadas, em 
sequência, de um lado, por um plano inclinado com trilhos que possuem pequenos 
rodízios deslizando, por gravidade, e recebidas pela outra extremidade, onde existe 
um “stop” para a contenção das mesmas, mantendo sempre uma caixa à disposição 
do usuário. É uma estrutura indicada para pequenos volumes e grande rotatividade, 
onde se faz necessário o picking, facilitando a separação de materiais e permitindo o 
princípio FIFO (PEPS), First in, first out, ou seja, primeiro produto a ser estocado será 
o primeiro a sair. 
 
• Estrutura tipo Cantilever: É um tipo de estrutura utilizada para produtos que 
possuem mais comprimento do que largura, como: madeiras, barras, tubos, 
trefilados. Essa estrutura utiliza eixos ou braços para apoiar os produtos, e o 
abastecimento é feito pela lateral, preferencialmente por empilhadeiras, permitindo 
a movimentação de vários perfis (do material armazenado) de uma só vez. É um 
sistema com boa seletividade e velocidade de armazenagem, porém pode exigir 
maior espaço para a movimentação. 
 
 
Veja, no link abaixo, uma pequena demonstração da utilização do tipo de 
Estrutura Push-Back. 
https://www.youtube.com/watch?v=jErtXiLz2dg 
Acesso em 11 mai. 2020. 
 
Veja, no link abaixo, uma pequena demonstração da utilização do tipo de 
Estrutura Flow-rack. 
https://www.youtube.com/watch?v=FnchfTJiobI 
Acesso em 11 mai. 2020. 
 
Veja, no link abaixo, uma pequena demonstração da utilização do tipo de 
Estrutura Cantilever. 
https://www.youtube.com/watch?v=DkDJon8Rlno 
Acesso em 11 mai. 2020. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=jErtXiLz2dg
https://www.youtube.com/watch?v=FnchfTJiobI
https://www.youtube.com/watch?v=DkDJon8Rlno
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
20 
• Estrutura tipo Dinâmica: É um tipo de estrutura que possui como característica 
principal, a rotação automática de estoques, permitindo o uso do sistema FIFO 
(PEPS), First in, first out (primeiro produto que entra, é o primeiro a sair) a um custo 
mais elevado. O produto é movido pela ação da gravidade, podendo ter um auxílio 
de controlador de velocidade e separador. A empilhadeira leva o palete para uma das 
extremidades, que desliza até a outra por uma esteira ou por planos inclinados e 
pistas de roletes, com redutores de velocidade. Para o seu funcionamento são 
necessários dois corredores, um para abastecimento e outro para retirada, e tem a 
vantagem de gerar grande concentração de carga. Essa estrutura permite melhor 
aproveitamento do espaço de armazenagem; redução do caminho de transporte 
interno das mercadorias; menor tempo de separação da carga e descarga; 
monitoramento dos lotes e séries de produção por datas de validade. 
 
 
• Estrutura tipo Transelevadores: É um tipo de estrutura na qual são utilizados 
sistemas de armazenagem vertical em que veículos guiados automaticamente com 
um ou dois mastros realizam o transporte e a armazenagem de um ou dois paletes 
simultaneamente. Esse tipo de sistema é amplamente utilizado na Indústria, em 
Centros de Distribuição, Operadores Logísticos e nos demais segmentos de mercado, 
inclusive em ambientes resfriados ou congelados, podendo atingir até 43 metros de 
altura, otimizando a utilização do espaço disponívele armazenagem dos paletes. 
Como se trabalha com alturas superiores, é possível também elevar a densidade de 
carga, permitindo movimentação mais rápida. 
 
 
Veja, no link abaixo, uma pequena demonstração da utilização do tipo de 
Estrutura Dinâmica. 
https://www.youtube.com/watch?v=y1xPQQE7JRM 
Acesso em 11 mai. 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
21 
 
• Estrutura tipo Autoportante: É um tipo de estrutura onde o espaço vertical pode ser 
melhor aproveitado, além disso, pode ser construído em menor tempo, com redução 
no valor do investimento, uma vez que a estrutura é usada como suporte de 
fechamento lateral e de cobertura, permitindo melhor distribuição da carga no piso. 
Elimina a necessidade de construção prévia de um edifício. Permite o aproveitamento 
do espaço vertical (em média, utiliza-se em torno de 30 m). 
 
 
• Estrutura tipo Deslizante: Tipo de estrutura que apresenta pequena área destinada 
à circulação, mantendo os paletes protegidos, apresentando um aspecto de bloco. É 
uma estrutura bastante utilizada em espaços limitados, para mercadorias de baixo 
giro e maior valor agregado. 
 
• Estrutura tipo Corredores estreitos: Neste tipo de estrutura é possível otimizar o 
espaço do armazém, aumentando o espaço disponível. É uma estrutura que exige 
maior valor de investimento, principalmente em decorrência da necessidade de 
trilhos ou fios indutivos para a movimentação de empilhadeiras. Deve ser levado em 
 
Veja, no link abaixo, uma pequena demonstração da utilização da estrutura tipo 
Transelevadores no Armazém automatizado da FAB. 
https://www.youtube.com/watch?v=bjbsafjdXBU 
Acesso em 11 mai. 2020. 
 
Veja, no link abaixo, uma pequena demonstração da utilização da estrutura tipo 
Autoportante. 
https://www.youtube.com/watch?v=9DcqicDx1k4 
Acesso em 11 mai. 2020. 
 
Veja, no link abaixo, uma pequena demonstração da utilização da estrutura tipo 
Deslizante. 
https://www.youtube.com/watch?v=7i6f8ywYpqo 
Acesso em 11 mai. 2020. 
https://www.youtube.com/watch?v=bjbsafjdXBU
https://www.youtube.com/watch?v=9DcqicDx1k4
https://www.youtube.com/watch?v=7i6f8ywYpqo
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
22 
conta que em caso de pane da empilhadeira, outra máquina convencional não tem 
acesso aos paletes. 
 
1.1.2 Arranjo físico e embalagem 
Outros dois fatores que também influenciam na movimentação dos materiais são o 
arranjo físico do depósito, assim como, as embalagens dos produtos. 
Fazer o arranjo físico (layout) de uma área qualquer é planejar e integrar os caminhos dos 
componentes de um produto ou serviço, a fim de obter o relacionamento mais eficiente e econômico 
entre o pessoal, equipamentos e materiais que se movimentam. Dito de uma forma simples, definir 
o arranjo físico é decidir onde colocar todas as instalações, máquinas, equipamentos e pessoal da 
produção. 
O arranjo físico procura uma combinação ótima das instalações industriais e de tudo que 
concorre para a produção, dentro de um espaço disponível. Visa harmonizar e integrar equipamento, 
mão de obra, material, áreas de movimentação, estocagem, administração, mão de obra indireta, 
enfim todos os itens que possibilitam uma atividade industrial. 
Ao se elaborar, portanto, o arranjo físico, deve-se procurar a disposição que melhor 
conjugue os equipamentos com os homens e com as fases do processo ou serviços, de forma a 
permitir o máximo rendimento dos fatores de produção, através da menor distância e no menor 
tempo possível. 
Para atingir os objetivos, o arranjo físico se utiliza dos seguintes princípios gerais, que 
devem ser obedecidos por todos os estudos, conforme abaixo: 
• Integração – Fatores diretos e indiretos ligados à produção, por exemplo local do 
banheiro e do relógio de ponto; 
• Mínima Distância – Deve-se procurar uma maneira de reduzir ao mínimo as distâncias 
entre as operações para evitar esforços inúteis, confusões e custos; 
 
Veja, no link abaixo, uma pequena demonstração da utilização da empilhadeira 
trilateral em corredor estreito. 
https://www.youtube.com/watch?v=ESSpLbkFLlI 
Acesso em 11 mai. 2020. 
https://www.youtube.com/watch?v=ESSpLbkFLlI
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
23 
• Racionalização de espaço – Utilizar da melhor maneira o espaço e, se possível, as 3 
dimensões; 
• Satisfação e segurança – A satisfação e a segurança humana são muito importantes. 
 
O Arranjo físico, em grande parte, é determinado pelo tipo de produto, tipo de processo 
de produção e volume de produção. Diante disto temos quatro tipos básicos: 
• Arranjo posicional ou por posição fixa; 
• Arranjo funcional ou por processo; 
• Arranjo linear ou por produto; 
• Arranjo de grupo ou celular. 
 
Figura 12 – Layout de uma loja de conveniência 
Fonte: https://www.brasilpostos.com.br/noticias/loja-de-conveniencia/a-importancia-do-layout-da-loja/ Acesso em 06 
abril de 2020 
Descrição: A imagem mostra a representação layout de uma loja de conveniência, bem distribuído, espaços 
relativamente pequenos, setores bem definidos. 
 
 
Já a escolha da embalagem dos produtos é uma decisão que, de costume, não cabe à área 
de Logística, e sim, ao Marketing. No entanto, a alteração delas deve envolver a área de Operações, 
uma vez que as embalagens dos produtos afetam a forma como eles serão manuseados, 
 
Veja, no link abaixo, um vídeo com exemplos de layouts referentes às lojas de 
celular e cosméticos. 
https://www.youtube.com/watch?v=HrAY6vIUJQY 
Acesso em 06 abr. 2020. 
 
https://www.brasilpostos.com.br/noticias/loja-de-conveniencia/a-importancia-do-layout-da-loja/
https://www.youtube.com/watch?v=HrAY6vIUJQY
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
24 
armazenados e transportados. Um exemplo de mudança de embalagem que deu certo foi a alteração 
da embalagem do sabão em pó OMO, marca da multinacional Unilever. A caixa anterior era fina e 
vertical e foi substituída por uma caixa com a mesma quantidade do produto (1kg), porém mais larga 
e com os dizeres na linha horizontal. Com esta mudança, a empresa obteve um melhor 
aproveitamento do espaço dos caminhões, que transportam o produto. (GUIA EXAME DE 
SUSTENTABILIDADE, 2007). Observar a diferença das embalagens, nas imagens abaixo. 
 
Figura 13 - Embalagem OMO antes 
Fonte: <https://www.insoonia.com/marcas-famosas-e-suas-origens/> Acesso em 23 abr.2020. 
Descrição: A foto mostra a embalagem do sabão em pó OMO, cor azul com detalhes em amarelo, vermelho e fundo 
branco. 
 
 
 
Figura 14 - Embalagem OMO atual 
Fonte: <https://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=35745> Acesso em 23 abr.2020. 
Descrição: A foto mostra a embalagem do sabão em pó OMO, cor azul com detalhes em vermelho e com um casal de 
crianças segurando uma corda. 
 
https://www.insoonia.com/marcas-famosas-e-suas-origens/
https://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=35745
 
 
 
 
 
 
Competência 01 
25 
 
Na próxima competência, será apresentada a eficiência no processo de movimentação de 
distribuição de materiais, com introdução a importância da análise do custo, como prioridade 
competitiva, assim formando um elo para a competência seguinte, na qual serão tratados os custos 
logísticos. 
 Não deixe de assistir a videoaula da Competência 1. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
26 
2.Competência 02 | Controlar o Movimento de Mercadorias Assegurando 
um Sistema de Distribuição Eficiente e Dentro dos Prazos. 
Nesta competência, antes de ser tratado o assunto sobre eficiência no processo de 
movimentação de materiais, para que haja uma melhor compreensão, será abordado o termo nível 
de serviço logístico. 
De acordo com Ballou (2009, p. 73), o nível de serviço pode contemplar vários conceitos: 
É a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado. É 
o resultado líquido de todos os esforços logísticos da firma. É o 
desempenho oferecido pelos fornecedores aos seus clientes no 
atendimento dos pedidos. 
O conceito de nível de serviço, de forma geral, é aeficiência dos serviços e/ou produtos 
fornecidos. A sua utilização pelas organizações pode mudar de acordo com a exigência das empresas 
e dos seus consumidores. Para um supermercado, por exemplo, ofertar boas mercadorias com uma 
boa apreciação, prezando pelo asseio e limpeza, pode ser o fator principal para se atingir o grau de 
valor desejado. Já para outro, o asseio e a limpeza, a variedade de produtos a serem oferecidos 
podem ser os critérios preferenciais. Por outro lado, o distribuidor de alimentos, que faz envio de 
mercadorias para os supermercados, deve escolher como critério primordial para o bom nível de 
serviço, a velocidade na entrega e o menor nível de troca e falhas nos produtos (será apresentado 
mais a frente os conceitos de inversão e avarias). 
Conforme Ballou (2009) o nível de serviço é formado por três tipos de elementos: 
elementos de pré-transação, elementos de transação e elementos de pós-transação. 
A tabela, abaixo, mostra quais são os componentes de cada grupo de elementos: 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
27 
 
 
Figura 15 - Elementos do nível de serviço 
Fonte: Adaptação do livro Logística empresarial: Transportes, Administração de materiais, Distribuição física. 1ª edição. 
São Paulo: Atlas, 1993. 
Descrição: a imagem mostra informações quanto ao tempo de atendimento do pedido, por exemplo, e os 
procedimentos padrão de como a operação deve funcionar. Para que o pedido seja atendido deve constar deste grupo 
de itens. 
 
Os elementos de pré-transação são as declarações de políticas de serviço feitas pela 
empresa antes da venda do produto ou serviço, apresentam as características que serão oferecidas 
aos clientes, através de políticas por escrito. São elaborados acordos de nível de serviço com os 
clientes (SLAs –Service Level Agreement), e o tipo de serviço a ser ofertado, assim como o TMA 
(tempo médio de atendimento) é registrado com o intuito de possibilitar a relação entre fornecedor 
e cliente, também visando encontrar melhorias contínuas no processo. Definições de bônus para os 
clientes, caso eles atendam à critérios que facilitem a operação para o fornecedor, também devem 
estar descritos no SLA. 
Imagine uma empresa de atacado na parte de medicamentos, chamada Drogacenter, em 
seus relatórios verificou que a maioria de seus compradores sempre deixava para colocar as 
requisições de compra nos últimos dias do mês. Isso impactava negativamente a operação da 
empresa, porque nas primeiras duas semanas do mês, as equipes operacionais ficavam ociosas e, no 
momento de alta demanda, eram obrigados a fazerem horas extras para conseguir atender ao grande 
volume de pedidos. Foi desenvolvido, então, um acordo de nível de serviço com os principais clientes, 
os quais representavam 50% do volume total faturado. Neste cenário, os clientes foram orientados a 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
28 
colocar pedidos de forma espaçada no mês, ou seja, quanto mais cedo fizessem os pedidos, 
receberiam um desconto maior no valor do pagamento. Veja a tabela abaixo com o sistema de 
bonificação acordado: 
 
DATA DE COLOCAÇÃO DO PEDIDO DESCONTO 
Até 05/mês 5% 
Entre 06 e 10/mês 3% 
Entre 11 e 15/mês 1,5% 
Após 15/mês 0% 
 
Tabela 1 – Sistema de bonificação 
Fonte: O Autor (2020) 
 
 
 
Com esta ação, a empresa conseguiu que os grandes clientes colocassem os pedidos com 
mais antecedência e, consequentemente, reduziu o custo com hora extra, mesmo quando 
comparado às despesas com os descontos. 
Com relação aos elementos de transação, são diretamente relacionados à distribuição 
física ou ao fornecimento do serviço ao cliente, ou seja, estão relacionados à entrega do produto ao 
cliente. Como mostrado na figura 15, informações quanto ao tempo de atendimento do pedido, por 
exemplo, e os procedimentos padrão de como deve funcionar a operação para que ele seja atendido, 
deve constar deste grupo de itens. 
Com o crescimento das compras realizadas pela internet, as empresas de e-commerce 
estão sendo monitoradas e avaliadas através de indicadores de quantidade disponível no estoque, 
feedback positivo referente ao atraso na entrega realizado direto com o cliente de forma ativa e 
cumprimento de entregas no prazo, estão sendo atribuídos aos mesmos notas e comentários que vão 
 
Visite o site abaixo e leia as orientações de como criar um SLA. 
https://gaea.com.br/saiba-como-estabelecer-um-modelo-sla-eficiente-em-sua-
empresa/ 
https://gaea.com.br/saiba-como-estabelecer-um-modelo-sla-eficiente-em-sua-empresa/
https://gaea.com.br/saiba-como-estabelecer-um-modelo-sla-eficiente-em-sua-empresa/
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
29 
sendo vistos e monitorados por todos, tudo isto para facilitar a compra mais assertiva ao produto, 
empresa e marca correta. 
 
Elementos de pós-transação, são os que ocorrem após a entrega e que apoiam o produto 
no mercado, eles se referem aos indicadores de atendimento relacionados à pós-compra, no instante 
que o produto está no ambiente externo, fora da empresa, e já chegou ao cliente final. Por exemplo, 
casos em que o material é defeituoso e deve ser devolvido ao fabricante para conserto ou troca; 
embalagens, cada vez mais reaproveitáveis, que retornam do ponto de consumo do produto e são 
levadas até os fabricantes para serem utilizadas novamente; grandes concessionarias automotivas, 
que em sua pós-venda disponibiliza serviço de taxi gratuito para maior comodidade de seus clientes. 
 
2.1 Medição do nível de serviço 
As instituições podem descobrir muitas maneiras de medir o nível de desempenho. Em se 
tratando da operação de movimentação e distribuição das mercadorias, pode-se definir, como 
exemplo, disponibilidade do estoque no momento do faturamento para efetuar uma venda, 
percentual de entregas no padrão diante de entregas totais, percentuais de avarias e extravio, 
percentual de clientes satisfeitos, percentual de colaboradores satisfeitos. 
A definição desses parâmetros irá depender de quais são as prioridades competitivas para 
a companhia. 
Conforme Reid e Sanders (2005) há quatro prioridades competitivas que devem ser 
consideradas pelas empresas. São elas: custo, qualidade, tempo e flexibilidade. 
 Visite o site abaixo e veja nos anúncios as notas e comentários dos produtos. 
https://www.mercadolivre.com.br/ 
 
Visite o site abaixo e veja as melhores estratégias de pós-venda. 
https://digitalks.com.br/noticias/5-melhores-estrategias-de-pos-venda-para-
reter-mais-clientes/ 
https://www.mercadolivre.com.br/
https://digitalks.com.br/noticias/5-melhores-estrategias-de-pos-venda-para-reter-mais-clientes/
https://digitalks.com.br/noticias/5-melhores-estrategias-de-pos-venda-para-reter-mais-clientes/
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
30 
Nas grandes organizações o Custo é a principal prioridade competitiva, e a busca em 
reduzi-lo é fundamental. Elas desejam ter o menor preço em relação à concorrência e, para isso, 
buscam reduzir, ao máximo, os desperdícios operacionais, gastos desnecessários, custos extras. As 
instituições que priorizam a qualidade focalizam, segundo Reid e Sanders (2005), “as dimensões da 
qualidade que são consideradas importantes para os seus clientes”. Reid e Sanders (2005) ressaltam 
ainda, a importância de as empresas entregarem seus produtos e/ou serviços com alto padrão de 
qualidade e desempenho, padronização nos prazos e entregas e tenham consistência nos seus 
produtos e serviços ofertados. Neste cenário, imagine uma empresa fabricante de veículos. Para um 
determinado grupo de clientes desta organização, um produto com qualidade é um veículo com um 
motor mais possante possível e um câmbio automático, que garantam alta velocidade na estrada, 
resistência e comodidade, não tendo a necessidade de passar marcha. Já para outros clientes, um 
veículo com qualidade é aquele com o motor mais econômico possível (1.0) e que seja câmbio 
manual, pois sua prioridade é a economia de combustível. 
Quando se fala em tempo,pensa-se em organizações que competem para entregar os 
seus produtos e/ou serviços aos clientes, tão rápido quanto possível, como por exemplo as empresas 
de telefonia que ofertam a todo o mercado, serviços de tecnologias e inovações atrelados a sua 
essência que é a comunicação, tudo isto de forma proativa contatando seus clientes e os da 
concorrência. 
Ainda relacionado ao quesito tempo, para as atividades de movimentação e distribuição, 
este é um ponto praticamente certo. Pois, no momento em que são definidos os indicadores de 
logística, este é um critério que jamais poderá ser esquecido. Neste caso, tais empresas precisam 
eliminar etapas desnecessárias do processo, para otimizarem o tempo gasto na operação. Além disso, 
precisam estar aptas a se adaptarem às variações de demanda. Nos picos de entrada de volume de 
pedidos, por exemplo, necessitam ter capacidade de contratar mão de obra extra, no intuito de 
garantir o prazo prometido. Um outro bom exemplo é a redução de movimentações internas, ou seja, 
se eu recebo materiais em um armazém e necessito de uma empilhadeira para descarregar; um 
colaborador para conferir no piso e, após a conferência, utilizo uma outra máquina para alocar esses 
produtos na posição correta de armazenagem, será preciso reduzir o mais rápido possível esta perda, 
neste sentido, com a mesma máquina utilizada no recebimento, o colaborador irá conferir a 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
31 
mercadoria e realizar o armazenamento, diretamente, na posição correta, otimizando desta forma o 
tempo. 
 
 
Agora, você verá a última prioridade competitiva - flexibilidade. As empresas que atuam 
neste critério adequam-se às necessidades dos clientes à medida que elas surgem. São aquelas 
empresas que entregam produtos personalizados. Flexibilidade é uma prioridade que não deve ser 
usada em conjunto com a prioridade tempo porque as empresas flexíveis, muitas vezes, demandam 
um prazo maior para entregar os produtos e serviços de acordo com as exigências mais altas dos 
clientes. Não raro, também, apresentam um custo maior em seus produtos devido à maior frequência 
de customização e da necessidade de adequação dos seus processos e equipamentos, dependendo 
da entrega que foi prometida. Um exemplo dessa prioridade são as empresas de energia Eólicas que 
para serem montadas, as hélices precisam ser transportadas em carretas específicas, com restrições 
de horário, e velocidade máxima limitada e com apoio de duas escoltas, conhecidas como batedores 
frontais e traseiros. 
 
Com base nas preferências competitivas acima, podem ser trabalhados vários tipos de 
indicadores de performance e formas de aferir o comportamento das entidades. Há vários tipos de 
parâmetros logísticos sendo utilizados pelas companhias, atualmente. 
 Visite o site abaixo e veja a otimização do tempo. 
https://www.youtube.com/watch?v=jlLTYGaPz_E 
 
Visite o site abaixo e veja como são transportadas as cargas indivisíveis de 
energia Eólica. 
https://www.youtube.com/watch?v=n4EYYnHD13c 
https://www.youtube.com/watch?v=jlLTYGaPz_E
https://www.youtube.com/watch?v=n4EYYnHD13c
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
32 
 
No endereço, acima, você verá, indicadores referentes às dúvidas muito comuns no meio 
da movimentação e distribuição, relacionados às avarias no transporte e a inversão de cargas. As 
avarias são danos ou prejuízos, ocorridos aos produtos durante o manuseio das cargas. Esses danos, 
constantemente, provocam muitos contratempos e aborrecimentos às empresas, porque no 
momento que os clientes recebem as cargas não têm obrigação de ficarem com os produtos 
avariados e é comum eles devolverem aos fornecedores, causando custos de devolução. Este mesmo 
fato ocorre com a inversão de itens, ou seja, à troca dos produtos no momento do manuseio deles. 
Veja o seguinte exemplo: um comprador chamado Felipe, é proprietário da papelaria Magazine 
Ilustrado. Ele solicitou um pedido de cadernos ao fornecedor, de acordo com o seu sistema interno 
que gerência suas informações. Os itens solicitados tem previsão de vendas conforme abaixo: 
 
 
Assim que a mercadoria solicitada chegou ao estabelecimento, o colaborador da 
papelaria foi realizar a conferência dos produtos e notou a seguinte situação: 
PRODUTO ENTREGA REAL PREVISÃO VENDAS 
Caderno 20 matérias 170 unidades 140 unidades 
Caderno 15 matérias 110 unidades 110 unidades 
Caderno 10 matérias 80 unidades 70 unidades 
Caderno 5 matérias 40 unidades 30 unidades 
PRODUTO PEDIDO PREVISÃO VENDAS 
Caderno 20 matérias 150 unidades 140 unidades 
Caderno 15 matérias 130 unidades 110 unidades 
Caderno 10 matérias 80 unidades 70 unidades 
Caderno 5 matérias 40 unidades 30 unidades 
 Visite o site abaixo e leia sobre indicadores de desempenho. 
http://www.guiadotrc.com.br/logistica/indicadores_desempenho_logistica.asp 
http://www.guiadotrc.com.br/logistica/indicadores_desempenho_logistica.asp
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
33 
Percebe-se que aconteceu uma inversão no ato da entrega. O comprador tinha 
requisitado 150 unidades do caderno de 20 matérias e recebeu 170. Seguramente, a definição de 
solicitar esta quantidade tem ligação com a previsão de vendas do produto. O Sr. Felipe estimava uma 
venda de 140 unidades das 150 que seriam recebidas, para ficar com uma margem de segurança de 
10 unidades, iniciando as vendas do mês seguinte, até realizar novos pedidos. Exatamente como 
havia solicitado 130 unidades do caderno de 15 matérias e só recebeu 110. Como a sua estimativa de 
vendas é de 110 unidades, acatando o recebimento da mercadoria com os cadernos invertidos de 
acordo com as quantidades solicitadas, o Sr. Felipe assumirá o risco de não atender as prováveis 
oscilações de venda, tendo em vista que a previsão citada no seu sistema gerencial informa 110 
unidades a serem vendidas do Caderno com 15 matérias. Aparentemente um contratempo simples – 
inversão de mercadorias, porém isso pode gerar grandes contrariedades entre comprador e 
fornecedor, evidenciando ainda mais a importância da padronização dos processos nas atividades de 
movimentação e distribuição de materiais, focado em bom atendimento aos clientes e a criação e 
acompanhamento de indicadores de desempenho que apoiem na identificação e possibilidades de 
melhoria no negócio e proporcionem um processo eficiente nas operações. 
No próximo tópico você verá algumas decisões que precisam ser tomadas pelos 
profissionais de logística e como isso afeta o processo na movimentação de produtos. 
 
2.2 Tomadas de decisão da área de movimentação e distribuição 
Ballou (2009) menciona ações que necessitam ser aplicadas pelo profissional da área de 
movimentação e distribuição. Dentre elas, pode ser citada a decisão sobre a localização dos pontos 
de armazenagem. Como informado no começo da competência 1, a necessidade de movimentar os 
materiais existe porque os clientes e seus locais de consumo estão em lugares diferentes dos pontos 
onde os produtos são fabricados. Definir estrategicamente onde serão estes pontos de fabricação e 
também de distribuição, afetará no nível de serviço que será prestado aos consumidores, clientes, 
compradores assim como na contração, diminuição ou acréscimo, incremento dos gastos 
operacionais. 
Como citado por Ballou (2009, p. 305), existe uma série de perguntas que precisam ser 
realizadas antes de tomar uma decisão referente ao planejamento estratégico logístico. Dentre elas, 
estão as questões abaixo: 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
34 
• Quais produtos devem ser entregues a quais clientes diretamente a partir de 
determinado ponto de suprimento, e quais devem ser entregues através do sistema 
de depósitos? 
• Que tipo de transporte deve ser empregado? 
• Quais meios de transmissão e processamento de pedidos devem ser utilizados? 
Para essas decisões serem tomadas, necessitam estar baseadas em fatos e dados. É 
preciso que o responsável pela decisão possuainformações sobre clientes, produtos, previsões de 
crescimento do negócio no mercado, ou seja, é necessário que seja realizado um estudo de mercado. 
As resoluções aos questionamentos acima irão ajudar a organização a determinar, por exemplo, quais 
serão os clientes atendidos em um momento de dificuldade, circunstâncias adversas, contingência 
no mercado; quais os clientes mais próximos; quais os clientes que o representam, formam sua 
carteira; o setor de menor custo em seu atendimento. Como exemplo de tomada de decisão em 
momento de contingência, pode-se citar os impactos da nova Lei dos caminhoneiros que vigora no 
Brasil. 
Para Ballou (2009, p. 330): “O fator-chave no planejamento contra contingências é a 
capacidade de identificar situações potenciais de risco, determinar a probabilidade da sua ocorrência 
e avaliar seu impacto no sistema”. 
Este fator tem sido amplamente utilizado pelas empresas do Brasil que atuam no setor 
de transporte de cargas. A Nova Lei dos Caminhoneiros (lei 13.103/2015), que modificou a lei 
12.619/2012, regulamentou a jornada de trabalho da categoria no país, impactando diretamente na 
gestão dos prazos de atendimento, ciclo produtivo, tempo de trânsito e consequentemente o tempo 
de reabastecimento das empresas, indústrias e todo mercado. A nova lei trouxe algumas novidades. 
Uma delas foi a aumento da jornada máxima de trabalho diário, contabilizando as horas extras, que 
passou de 10 horas para 12 horas diárias. Outra inovação a ser mencionada é o aumento do período 
de condução contínuo de veículos, aplicável aos motoristas profissionais de transporte rodoviário de 
cargas, para 5 horas e meia. Houve um acréscimo de 1 hora ao período que anteriormente era 
vigente. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
35 
 
Analisando estas novidades, percebe-se que elas proporcionam a diminuição no tempo 
de entrega de cargas, na medida em que permitem o aumento do tempo de condução, ou seja, com 
mais tempo na estrada o tempo de percurso realizado será menor. No entanto, existem a criação de 
custos adicionais para as empresas. Como exemplo, pode-se citar a obrigação os caminheiros terem 
que realizar os exames toxicológicos periódicos, homologada pelo DETRAN, onde existe o dever de 
arcar com o valor das tarifas bancárias necessárias para a efetivação do pagamento do frete, ou seja, 
um acréscimo compensatório no pagamento do frete visando gerar recurso para que caminheiro 
realize o pagamento. Estas alterações, e as demais novidades com a entrada em vigor da Lei 
13.103/2015, impactam o modo como as empresas, industrias e mercado negociam com seus 
clientes. Apesar disso, por representarem um requisito legal, precisam ser cumpridas por 
empregados e empregadores, quaisquer que se sejam seus efeitos. 
 
É preciso, portanto, que o profissional de logística esteja atento, também, a mudanças na 
legislação – que, neste caso, representam um momento de contingência –, pois podem afetar o 
processo operacional, inclusive gerando impactos sobre os custos da organização. 
 
 
 Leia na íntegra a lei 13.103/2015 no site abaixo. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13103.htm 
 
Leia no site abaixo notícia sobre a lei 13.103/2015. 
http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/04/governo-publica-decreto-que-
regulamenta-lei-dos-caminhoneiros.html 
 Assista a videoaula da Competência 2. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13103.htm
http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/04/governo-publica-decreto-que-regulamenta-lei-dos-caminhoneiros.html
http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/04/governo-publica-decreto-que-regulamenta-lei-dos-caminhoneiros.html
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
36 
Na próxima competência será tratada a relação da movimentação e distribuição de 
materiais com os custos de produção e com os custos logísticos. 
 
 
 
 
 
Competência 03 
37 
3.Competência 03 | Conhecer os Impactos da Movimentação de Materiais 
nos Custos de Produção 
 
Prezado (a) estudante, nessa última etapa da disciplina Movimentação e Distribuição, 
você conhecerá algo de grande interesse às organizações, o custo! Lembra que na segunda 
competência foi trabalhado sobre o nível de serviço? Pois, bem! Aqui, será tratado sobre como a 
definição do nível de serviço a ser oferecido para os clientes interfere nos custos da companhia. 
Manter um nível de serviço satisfatório aos seus clientes é o fator de sucesso das 
organizações. Porém, à medida que o nível de serviço se eleva, o custo para mantê-lo o acompanha. 
Da mesma forma que atender a vários clientes a um nível de serviço mais alto é mais caro do que 
atender a apenas um grupo-chave de clientes neste mesmo nível. 
De acordo com Ballou (2009 p.263): 
“Processamento de pedidos é a análise dos fluxos de 
informações e de produtos, composto por algumas atividades 
como: entrada, preparação, transmissão do pedido, 
programação do transporte, efetivação do transporte, execução 
do serviço e pagamento da fatura pelo cliente.” […] “estabelecer 
regras de priorização para rotinas de processamento de pedidos 
significa reconhecer que alguns pedidos são mais importantes 
que outros para a empresa”. 
Um centro de distribuição tem como principais objetivos melhorar o seu fluxo de 
produtos, otimizar o atendimento aos seus clientes e tornar sua organização mais competitiva no 
mercado. Para isso, é necessária uma gestão que proponha soluções para os gargalos que surgirem 
nos processos, e investimentos em tecnologia que tornem os processos mais eficientes otimizando 
processos e reduzindo custos. 
Com base nesse cenário, imagine o seguinte caso: uma distribuidora de alimentos, 
chamada Motivos Distribuidora, que atende toda a região Norte e Nordeste, deseja melhorar o seu 
nível de serviço acerca dos elementos do tempo de ciclo do pedido. O gerente, Sr. Fonseca, decide 
acompanhar de perto todas as etapas em seu processo de distribuição. 
 
 
 
 
 
Competência 03 
38 
Nesse intuito, o primeiro ponto que o gerente observou foi o atual processo de 
transmissão de pedidos dos clientes para a central de distribuição da Motivos, que segue as seguintes 
etapas: 
1. O vendedor realiza uma visita ao cliente e registra em seu computador o pedido 
solicitado por ele. 
2. Ao final do dia, o vendedor envia uma planilha com a solicitação de todos os pedidos 
dos clientes para a central de vendas que, por sua vez, registra os pedidos no sistema 
ERP (Enterprise Resource Planning) – Sistema Integrado de Gestão Empresarial. 
3. O setor responsável pela digitação dos pedidos só o faz no dia seguinte, pois 
normalmente as planilhas são encaminhadas pelo vendedor após o horário de 
expediente. 
Com essas observações, o Sr. Fonseca decidiu que, a partir daquele momento, todos os 
vendedores teriam palmtops (são computadores de dimensões reduzidas) nos quais eles digitarão 
seus pedidos e automaticamente os mesmos chegarão à central de distribuição. 
Sem dúvida alguma, a decisão do gerente da Motivos é bastante interessante para reduzir 
o tempo da etapa do pedido, que vai desde a coleta do pedido no cliente até a chegada dele na 
central, o que ocorrerá de forma on-line. Porém, deve-se levar em conta que uma ação como esta 
exige um investimento inicial e custos com manutenção. Por outro lado, trarão benefícios para a 
operação de movimentação das mercadorias, uma vez que o pedido chegará com mais rapidez ao 
centro de distribuição, permitindo que os processos de separação e carregamento sejam iniciados 
com mais antecedência. 
O segundo ponto observado por Sr. Fonseca foi quanto ao nível de estoque mantido na 
companhia. Atualmente os estoques são avaliados de maneira que as características dos itens não 
são levadas em consideração. A definição dos estoques de segurança ainda está em andamento pela 
equipe da área de Sistemas Logísticos da Motivos. Ultimamente, tem havido muitos casos em que 
não há estoque paraatender aos pedidos de todos os clientes. Sendo assim, o gerente decidiu elevar 
o estoque de todos os itens de atendimento de todos os clientes. 
Gianesi e Biazzi (2011) alertam que em muitas empresas, a gestão de estoques é tratada 
de maneira informal e técnicas não são utilizadas para a definição da política de estoques da 
companhia e, muitas vezes, devido ao não uso das ferramentas tecnológicas, a gestão dos estoques 
 
 
 
 
 
Competência 03 
39 
é feita de maneira uniforme para vários itens, mesmo que tenham características de uso bastante 
diferentes e com data de validade. 
Agora, reflita! Será que a decisão tomada pelo gerente da Motivos Distribuidora é a 
melhor neste momento? Imagine a elevação do custo com os estoques e não só isso, a elevação com 
o custo de manusear um volume muito maior de estoques! 
Na intenção de melhorar o terceiro elemento do tempo do ciclo de pedido, o gerente da 
Motivos decidiu padronizar todos os procedimentos de separação e carregamento de cargas 
independentemente dos clientes que seriam atendidos. Foi definido um alto padrão de serviço para 
todos os clientes da empresa. 
Será que seria necessário elevar o padrão de atendimento para todos os clientes? E se 
fossem escolhidos clientes-chave que receberiam os produtos conforme os mais altos padrões e 
outros clientes fossem atendidos no formato anterior? Talvez os custos com o atendimento se 
elevassem, mas não tanto quanto se a ação for estendida a toda a clientela da Motivos. 
Por último, o Sr. Fonseca no intuito de gerar alguma ação de melhoria quanto ao modo 
de entregar as mercadorias, decidiu agir como fez no tópico anterior. Das três transportadoras que 
trabalhavam para a companhia, conforme a avaliação de transportadoras, ele percebeu que duas 
delas tinham o melhor atendimento, apesar de não ter capacidade de entregar todas as cargas 
sozinhas. Por este motivo, havia uma terceira transportadora cadastrada. Mas como o gerente da 
Motivos gostaria de dar o melhor tratamento a todos os seus clientes rescindiu o contrato com a 
terceira transportadora e contratou outra do nível das duas primeiras. 
Agora, imagine que para uma transportadora ter um nível melhor de atendimento, o seu 
custo de contratação é mais alto do que as demais. Será que havia mesmo a necessidade de o Sr. 
Fonseca deixar de trabalhar com a transportadora anterior que apresentava um custo mais baixo? E 
se ele tivesse direcionado as duas transportadoras com melhor avaliação para os maiores clientes – 
e que, consequentemente, trazem maior rentabilidade para a empresa – e mantivesse a terceira 
transportadora para atender os menores clientes? 
Com base neste exemplo e nas reflexões sobre a decisão da gerência da empresa Motivos, 
percebe-se a importância da operação de movimentação e distribuição para os custos da companhia. 
Além disso, as ações do Sr. Fonseca remetem a um conceito muito importante que relaciona custos 
e clientes: o conceito de Costto serve (ou Custo para servir). 
 
 
 
 
 
Competência 03 
40 
Este conceito será tratado no próximo tópico. 
 
3.1 Princípios para um bom planejamento de movimentação e distribuição 
Muitas organizações, por desconhecerem a real necessidade dos seus clientes, os nivelam 
com a mesma escala e os colocam no mesmo patamar de atendimento. É lógico que não deve existir 
um padrão de nível de serviço para cada cliente, mas separá-los em grupos é uma ação coerente e 
eficaz. Manter um nível elevado de atendimento para todos, eleva os custos de distribuição e, 
consequentemente, gera impactos no preço que é cobrado a tais clientes. Pode ser citada como 
exemplo as empresas do setor de bebidas que, para clientes de difícil acesso, roteirizam suas cargas 
em veículos não padronizados (terceiros) e os atendem, porém com um custo reduzido. 
Para não gerar custos desnecessários pelo fornecimento de produtos ou serviços, a um 
nível maior do que o esperado pelos clientes, uma boa ação é a definição dos padrões de nível de 
serviço. Como exemplo, pode ser citada a ação de firmar uma meta de disponibilizar os produtos 
faturados para os clientes em até 24 horas após a entrada do pedido no sistema, ou garantir entregas 
em um prazo de 48 horas a quaisquer clientes que estejam a até 200 km de distância do centro de 
distribuição. Definir padrões que sejam iguais para todos os clientes não é coerente. 
Ballou (2009, p. 87), afirma que: 
“É muito fácil e, frequentemente, pouco prudente especificar 
padrões únicos para todos os clientes. Nem todos os produtos 
ou clientes requerem o mesmo nível de serviço. Por outro lado, 
raramente um sistema de distribuição alcança desempenho 
uniforme.” 
Como já citado na competência 1, esses padrões de atendimento podem ser expressos 
por escrito e acordados com os clientes através de uma SLA – Service Level Agreement, ou Acordo de 
Nível de Serviço. 
 
3.1.1 Conceito da distribuição física 
Para Ballou (2010), distribuição física é o ramo da logística empresarial que trata da 
movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da empresa. Cabe 
 
 
 
 
 
Competência 03 
41 
salientar que é a atividade mais importante em termos de custo para a maioria das organizações, pois 
absorve cerca de dois terços dos custos logísticos. Resultado das atividades executadas na 
distribuição, de forma geral, sua principal função é garantir a disponibilidade dos produtos finais aos 
clientes. 
De acordo com o autor supracitado, a identificação dos custos da operação de distribuição 
varia conforme o tipo de cliente. Os clientes costumam ser divididos entre dois grupos: os 
consumidores finais que podem ser tanto indústrias que beneficiarão o produto comprado, como 
também, os consumidores do produto no estado da compra e os compradores intermediários, que 
são aqueles clientes que não consomem o produto, eles os põem para revenda, como é o caso dos 
varejistas e distribuidores. As empresas costumam ter na sua carteira, parte de clientes do primeiro 
grupo e parte, do segundo grupo. Normalmente, os clientes do grupo de varejistas e distribuidores 
são minorias, porém costumam representar grande fatia do volume faturado pelas empresas, como 
exemplo pode-se citar padarias, mercadinhos, restaurantes e lanchonetes. 
Cada um dos grupos de clientes exige uma estratégia diferente de distribuição física. 
Ballou (2009, p.41) afirma que há três formas básicas: 
 
• Entrega direta a partir de estoques de fábrica; 
• Entrega direta a partir de vendedores ou da linha de produção; 
• Entrega feita utilizando um sistema de depósitos.” 
 
Para atender os diversos tipos de consumidores é necessário flexibilidade na entrega 
tendo em vista que o mercado é volátil (pode mudar rapidamente) e os clientes que compram em 
grandes volumes, torna-se mais fácil para as empresas a entrega direta das cargas fechadas, 
ocupando toda a cubagem do veículo, ou seja, entregando uma quantidade maior de produtos. Desta 
forma, o custo com o frete fica mais baixo, impactando na redução do custo total de transportes. 
Nestes casos, as cargas costumam ser entregues partindo dos estoques da fábrica, dos vendedores 
ou da linha de produção. Quando a compra for realizada por clientes que adquirem menor volume, 
não raro, é mais vantajoso para as organizações efetuarem as entregas saindo de depósitos que 
estejam mais próximos aos clientes. Essas entregas podem ser realizadas em depósitos com carga 
completa em pontos estratégicos, facilitando a distribuição com menor tempo e diminuindo custos. 
 
 
 
 
 
Competência 03 
42 
Exemplo disto são as indústrias de bebidas que entregam quantidades expressivas em depósitos e os 
mesmos fazem a distribuição. 
Quando os clientes compram em pequenas quantidades, da mesma forma, um cliente 
que realiza pequenas compras em vários fornecedores, pode contratar um serviço com uma 
transportadora, de forma que ela colete assuas pequenas cargas nos fornecedores, junte as 
encomendas e efetue as entregas de uma só vez, com a soma das várias cargas fracionadas. Há, ainda, 
uma estratégia que tem sido utilizada por muitas empresas: criar acordos com grandes clientes que 
são distribuidores do seu produto e fazer deles, um elo com os clientes mais distantes. Essa ação 
reduz bastante os custos globais de transporte. Pode-se citar como exemplo, as empresas que 
atendem através de aplicativos de celular, realizando as entregas de pequenos pedidos. 
Nesse cenário, veja o exemplo a seguir: imagine uma empresa fabricante de móveis, 
chamada Arcanjo Móveis. Situada em Pernambuco, ela distribui móveis para todo o território 
nacional. Em sua carteira de clientes, existem consumidores finais e distribuidores. Apesar dos 
clientes distribuidores serem minoria, estes representam 70% do faturamento da organização. A 
empresa Arcanjo Móveis tem a intenção de expandir a distribuição dos seus produtos para cidades 
da Região Sul, onde a sua participação no mercado ainda é baixa. Como a fábrica estava tentando 
penetrar neste mercado, ainda não tinha certeza se valeria a pena investir em um centro de 
distribuição na região. Então, entrou em negociação com um dos seus grandes clientes do grupo de 
distribuidores. Este cliente, tem um centro de distribuição na Região Sudeste do país, muito próximo 
à São Paulo e que já realiza distribuição para a Região Centro-Oeste. Logo, a Arcanjo Móveis sugeriu 
que ele ficasse responsável em distribuir os seus produtos, também, para a Região Sul e, para isso, 
ele teria grandes descontos nos pedidos. Desta forma, a fabricante de móveis conseguiu expandir os 
negócios a um baixo custo total de transportes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 03 
43 
 
 
Figura 16 - Cenário Arcanjo Móveis 
Fonte: Professor autor / adaptação do site <http://www.dnit.gov.br/rodovias/operacoes-rodoviarias/controle-de-
velocidade/MapaBrasil.gif/view> Acesso em 18 mai. 2020. 
Descrição: A imagem mostra o mapa do Brasil, subdivido por cores: Verde(várias tonalidades, por Estado) – Região 
Norte; Marrom (várias tonalidades, por Estado) – Região Nordeste; Amarelo (várias tonalidades, por Estado) – Região 
Centro-oeste; Azul (várias tonalidades, por Estado) – Região Sul e Vermelho (várias tonalidades, por Estado) – Região 
Sudeste. Ilustrando, com o círculo azul na Região Nordeste, a origem da fábrica Arcanjo Móveis e o processo de 
distribuição (seta azul) para Minas Gerais (segundo círculo azul) e demais cidades (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande 
do Sul) com setas amarelas. 
 
 
Ballou (2009, p.41), cita três conceitos que precisam ser abordados aqui, ao se falar de 
custos logísticos. São eles: 
• Conceito de compensação de custos; 
• Conceito de custo total; e 
• Conceito de sistema total. 
Para Ballou (2009, p.44), "trade-off ou compensação de custos é o reconhecimento de 
que os padrões de custos das várias atividades da empresa, frequentemente, revelam características 
que as colocam em conflito mútuo". Isso, significa dizer que a busca pela otimização e redução, em 
DISTRIBUIÇÃO DA ARCANJO MÓVEIS APÓS ACORDO COM O CLIENTE 
http://www.dnit.gov.br/rodovias/operacoes-rodoviarias/controle-de-velocidade/MapaBrasil.gif/view
http://www.dnit.gov.br/rodovias/operacoes-rodoviarias/controle-de-velocidade/MapaBrasil.gif/view
 
 
 
 
 
Competência 03 
44 
um determinado custo, pode apresentar melhoria em determinado processo, porém, essa otimização 
em um elo da cadeia, será compensada pela elevação do custo em outro elo da mesma cadeia. 
Como exemplo de trade-off, pode-se citar a manutenção de estoques em vários pontos 
próximos aos clientes, que favorece o nível de serviço (maior disponibilidade e menor tempo de 
resposta), porém implica na guarda de elevada quantidade de inventários (estoques replicados nos 
vários pontos) (Lekashman; Stolle, 1965, p.34). Em contradição, a manutenção de pouco estoque 
induz a baixos custos de manutenção de inventários, mas conduz à perda de vendas, à perda de 
clientes e ao atraso do fluxo de caixa (Dubelaar et al, 2001, p.97). 
Ballou (1995) afirma que o custo total é a soma do custo de transporte, de estoques e de 
processamento de pedido. A história da logística vem mostrando que efetuar análises de custos 
individuais não traz os melhores resultados. Os maiores benefícios aparecem quando tais análises são 
feitas em conjunto com todos os custos envolvidos na operação. 
De acordo com Ballou (2009, p.47) o conceito do sistema total é uma “extensão do 
conceito de custo total”. Esse sistema engloba todos os fatores afetados pela decisão tomada, 
envolvendo-se com muitas outras áreas funcionais dentro e fora dos limites legais da empresa, como, 
por exemplo, considerar o impacto nos estoques do comprador, o que o conceito de custo total não 
abrangeria. Ao utilizar esse sistema, acredita-se que quaisquer tomadas de decisões devem 
considerar todos os elos da cadeia que podem sofrer com os efeitos dela, incluindo os clientes. 
Como exemplo de sistema total, imagine uma empresa fabricante de materiais de 
construção, chamada Construelo. As metas de venda da empresa são definidas por trimestre. Isso 
significa que se nos dois primeiros meses do trimestre a meta não for atingida, os vendedores fazem 
o máximo para realizá-la no último mês do período, para não perderem as suas bonificações. No 
momento da venda, nesses casos, eles podem dar descontos muito altos aos clientes para atingirem 
as metas. Inicialmente isso pode parecer vantajoso para a organização, porém, em médio prazo, 
percebe-se que, como os clientes efetuam compras em grandes quantidades no final dos trimestres, 
os primeiros meses dos trimestres seguintes são muito prejudicados, pois os clientes não querem 
efetuar compras por estarem com seus estoques abastecidos. O que parecia um bom negócio se 
transforma em uma bola de neve e gera muitos problemas operacionais para a distribuição, pois nos 
dois primeiros meses a capacidade fica ociosa e no último mês há uma sobrecarga no sistema. Uma 
boa decisão que considerasse o conceito de sistema total, abrangeria todos os elos da cadeia, desde 
 
 
 
 
 
Competência 03 
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as metas de vendas, os custos com a operação ociosa na distribuição e os custos dos clientes com os 
altos estoques, ou seja, refletiria em todos os elementos da empresa. 
 
 
 
 
 Assista a videoaula da Competência 3. 
 
 
 
 
 
46 
Conclusão 
Prezado (a) Estudante, 
Chegamos ao final da disciplina Movimentação e Distribuição. Espero que estas semanas 
tenham proporcionado novas aprendizagens e que tenha aguçado a vontade de conhecer melhor os 
assuntos relacionados à logística. 
Conhecemos bem a importância e como é realizada a movimentação e distribuição de 
materiais dentro dos CD’s – Centros de Distribuição, de forma segura, com baixo custo, acurácia e 
sem danos ao material. E que, para conseguir alcançar esse patamar, são necessárias estratégias, 
técnicas e ferramentas específicas. Pois, num cenário globalizado em que se vive atualmente, é 
indispensável que as organizações reduzam ao máximo os custos para se manterem competitivas, 
sendo necessário que cada empresa tome as medidas cabíveis que venham contribuir para o alcance 
de seus objetivos. 
Vimos, também, que manter uma boa gestão de estoque é fundamental para o bom 
funcionamento e sobrevivência da organização, pois os estoques são parte do ativo de uma empresa 
e se mal administrados podem leva-la a falência. 
Além disso, a movimentação e distribuição de materiais é uma das ferramentas que 
disponibiliza os produtos onde e quando são necessários, coordenando fluxos de mercadorias e 
informações dos pontos de vendas dos mais variados bens e serviços. 
A utilização dos equipamentos de movimentação no Centro de Distribuição contribui para 
um melhor gerenciamento dos estoques. Pois, para o uso dessa ferramenta, o CD é o

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