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Principais filósofos iluministas, Ideias do direito e Cidadania

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Filósofos Iluministas, Estado de Direito e Cidadania Moderna
Os filósofos iluministas, sobretudo John Locke, Voltaire, Montesquieu e
Jean-Jacques Rousseau, lançaram as bases para a percepção moderna da
relação entre Estado e indivíduos ao conceber o ser humano como um
indivíduo dotado de razão e de direitos intrínsecos à sua natureza (“direitos
naturais”), como o direito à vida, à liberdade e à propriedade. Dessa forma,
abriu-se espaço para o nascimento do Estado de Direito. A contribuição de
cada um desses pensadores iluministas na constituição de novas formas de
pensar a relação entre indivíduos e Estado está pautada da seguinte maneira:
a) John Locke (1632-1704): defendia que todos os homens são iguais,
independentes e governados pela razão. No estado natural, teriam como
destino preservar a paz e a humanidade, evitando ferir os direitos dos outros,
inclusive o direito à propriedade, considerado por Locke um dos direitos
naturais do homem. Para evitar conflitos decorrentes de interesses individuais,
os homens teriam abandonado o estado natural e criado um contrato social
entre homens igualmente livres;
b) Voltaire (1694-1778): defendia a liberdade de expressão, de associação e de
opção religiosa e criticava o poder da Igreja Católica e sua interferência no
sistema político. Foi um crítico do Absolutismo e das instituições políticas da
Monarquia e defensor do livre comércio contra o controle do Estado na
economia;
c) Montesquieu (1689-1755): criticava o absolutismo e o catolicismo, defendia
a democracia, sendo sua obra mais destacada “O Espirito das Leis”, publicada
em publicação em 1748, um tratado de teoria política, no qual aponta para a
divisão dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário que
respectivamente, são destinados a: executar as resoluções públicas, produzir
as leis e julgar os cidadãos.).
d) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): defendia a liberdade como o bem
supremo, entendida por ele como um direito e um dever do homem. Renunciar
à liberdade equivaleria a renunciar, portanto, à própria humanidade. Para que o
homem possa viver em sociedade sem renunciar à liberdade, ou seja,
obedecendo apenas a si mesmo e permanecendo livre, é estabelecido um
contrato social em que a autoridade é a expressão da vontade geral, expressão
de corpo moral coletivo dos cidadãos.
Desse modo, o homem adquire liberdade obedecendo às leis que prescreve
para si mesmo. Essas ideias foram muito importantes para o desenvolvimento
do que hoje entendemos por cidadania e que a base para a concepção de
cidadania é a noção de Direito. A história do desenvolvimento da cidadania
moderna remonta ao Iluminismo e está relacionada à conquista de quatro tipos
de direitos: os direitos civis, no século XVIII; os direitos políticos e sociais, no
século XIX (cuja luta perdurou até o século XX) e os direitos humanos, no
século XX.
Direitos: Civil, Político, Social e Humano
Direito Civil
Os direitos civis referem-se às liberdades individuais, como o direito de ir e vir,
de dispor do próprio corpo, o direito à vida, à liberdade de expressão, à
propriedade, à igualdade perante a lei, a não ser julgado fora de um processo
regular, a não ter o lar violado.
Esse grupo de direitos tem por objetivo garantir que o relacionamento entre as
pessoas seja baseado na liberdade de escolha dos rumos de sua própria vida -
por exemplo, definir a profissão, o local de moradia, a religião, a escola dos
filhos, as viagens - e de ser respeitado. É preciso ressaltar que liberdade de
cada um não pode comprometer a liberdade do outro.
Ter os direitos civis garantidos, portanto, deveria significar que todos fossem
tratados em igualdade de condições perante as leis, o Estado e em qualquer
situação social, independentemente de raça, condição econômica, religião,
filiação, origem cultural, sexo, ou de opiniões e escolhas relativas à vida
privada.
Direito Politico
Os direitos políticos referem-se à participação do cidadão no governo da
sociedade, ou seja, à participação no poder. Entre eles estão a possibilidade de
fazer manifestações políticas, organizar partidos, votar e ser votado. O
exercício desse tipo de direito confere legitimidade à organização política da
sociedade. Afinal, ele relaciona o compromisso de pessoas e grupos com o
funcionamento e os destinos da vida coletiva.
Direito Social
Os direitos sociais, assim como os demais, são constituídos historicamente e,
portanto, produto das relações e conflitos de grupos sociais em determinados
momentos da história. Eles nasceram das lutas dos trabalhadores pelo direito
ao trabalho e a um salário digno, pelo direito de usufruir da riqueza e dos
recursos produzidos pelos seres humanos, como moradia, saúde, alimentação,
educação, lazer. Esses são, por exemplo, os direitos ratificados na legislação
trabalhista, como a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
O trabalho é um direito e um dever de todo cidadão. De certa forma, é pelo
trabalho que construímos grande parte dos bens coletivos, sejam eles de
origem manual ou intelectual. É um direito fundamental, pois é por meio dele
que transformamos a natureza e melhoramos nossa qualidade de vida e a de
todas as pessoas. É preciso ressaltar que a remuneração pelo trabalho deveria
proporcionar aos trabalhadores e suas famílias a satisfação de suas
necessidades fundamentais de alimentação, moradia, saúde, educação, cultura
e lazer.
Direito Humano
Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres
humanos. Normalmente o conceito de direitos humanos tem a ideia também de
liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações
Unidas afirma:
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em
direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os
outros em espírito de fraternidade.
Referencias
http://www2.fsa.br/santoandre/editor/userfiles/File/Imprensa/resumao3a1tri.pdf
http://ssasociologia.blogspot.com/2014/09/direitos-civis-politicos-sociais-humanos.html
http://www2.fsa.br/santoandre/editor/userfiles/File/Imprensa/resumao3a1tri.pdf
http://ssasociologia.blogspot.com/2014/09/direitos-civis-politicos-sociais-humanos.html
Leia os documentos abaixo e responda as questões:
1- Trecho da Declaração de Independencia dos EUA (1776)
“Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os
homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis,
que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade. Que a fim
de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens,
derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre
que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o
direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais
princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais
conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade.”
2- Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789
Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções
sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos
naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a
propriedade a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação.
Nenhuma operação, nenhum indivíduo podem exercer autoridade que dela não
emane expressamente.
Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o
próximo. Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por
limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o
gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela
lei.
Art. 5º. A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é
vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer
o que ela não ordene.
Art.6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito
de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação.
Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os
cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as
dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem
outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7º. Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos
determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que
solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem
ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve
obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.
Art. 8º. A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente
necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei
estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.
Art. 9º. Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se
julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua
pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10º. Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões
religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública
estabelecida pela lei.
1- De que maneira cada um desses documentos refletem os ideais
pensados pelos iluministas?
Refletem ao garantir direitos aos homens, principalmente liberdade (pregada
por muitos dos pensadores) e uma visão igualitária dos mesmos perante a
sociedade, sendo mostrado também a presença de uma democracia
(tripartição de poderes dentro dela) onde os mesmos tem também deveres,
como as leis a serem seguidas.
2- De acordo com o doc2 quem deve ser responsável pela formação e
organização do governo?
Em uma breve interpretação é possível visualizar que o governo é formado por
candidatos que representem a maioria e sejam escolhidos pela população
(através de votação), esses que recebem assim uma autoridade perante os
demais.
3- Que diferenças podemos observar nas concepções de cidadania
greco-romana e as que estão presentes na Declaração dos direitos do
Homem e do Cidadão de1789?
A cidadania greco-romana se fazia presente apenas nas elites, já que tinham
direitos e eram vistos como cidadãos homens com posses, sendo excluídos
mulheres, escravos e pequenos comerciantes. O que é bem diferente na
Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão de1789, já que essa prega
uma universalidade real por garantir a todos (sem exceções) a cidadania.

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