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Semiologia e Anamnese em Psicopatologia

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Psicopatologia 
Aula 1 – Anamnese e Exame físico 
• Desenvolver um relacionamento médico-paciente colaborativo; 
• Obter dados pertinentes da histórica psiquiátrica; 
• Comunicação eficiente (evitar jargões médicos); 
• Sintonia e empatia; 
• Realizar exame do estado mental; 
• Garantir confiabilidade e segurança ao paciente; 
• Rever histórico e dados importante; 
• Planos para possíveis emergências. 
Entrevista -> 
Permite diagnóstico clínico, conhecimento da dinâmica afetiva do paciente, permite saber intervir e planejamento 
terapêutico mais adequado. 
Entrevista + observação adequada = principais instrumentos da psicopatologia 
Entrevista: o profissional deve acolher aquilo que for útil e consistente, através de técnica e habilidade. 
Importante o profissional na entrevista: 
• Acolher o sofrimento e dificuldade do paciente; 
• Ausência de julgamento moral; 
• Limites aos pacientes invasivos; 
• Paciente para ouvir o paciente em livre pensar e expressar durante a entrevista; 
• Observação do paciente como um todos -> como age, como está e outros. 
Dificuldades: posturas rígidas, reações emocionais e excesso de anotações. 
Anamnese -> DOIS tipos 
Subjetiva: aquela que o paciente fala por si; 
Anamnese objetiva: aquela que um informante, que tem relação com o paciente, conta a história. 
• O diagnóstico é clínico, porém não se descartar os exames físico e complementar. 
Exame físico -> 
Os pacientes psiquiátricos têm morbidades físicas mais frequentes que a população em geral, as doenças físicas 
acabem sendo subdiagnosticadas porque os médicos acabam vulnerabilizando os exames nesses pacientes, porque o 
psiquiátrico tende a não realizar o exame, o clínico geral tende a não saber como fazer e os pacientes podem ter 
dificuldade de expressar no momento do exame. 
O exame físico é semelhante àqueles feitos em pacientes não psiquiátricos. 
Exame neurológico -> 
Pesquisa de assimetria de força músculo, alterações de reflexo e alterações de sensitivas (tátil, dolorosa, vibratória, 
térmica e outros). 
Pesquisa de sinais neurológicos -> possam indicar lesão cerebral, encefalopatias e outros sinais localizatórios como 
os reflexos de preensão, sucção, orbicular dos lábios e reflexo palmomentual. 
Teste neurológico -> teste de personalidade, rastreamento de organicidade, rorschach (teste do borrão), teste das 
relações objetais, teste das pirâmides e teste de desenho da casa-arvore-pessoa-família). 
Exames complementares-> 
Laboratoriais (glicemia, hemograma, exame de liquor, ácido vanil mandélico, exame do hormônio da tireoide), 
neurofisiológicos, neuroimagem estruturais (tomografia computadorizada e ressonância magnética) e neuroimagem 
funcionais (perfusão sanguínea cerebral por meio de SPTEC), EEG E ECG. 
Servem para acompanhar o raciocínio clínico, descartar quadro de origem etiológica orgânica, avaliar quadros de 
apresentação atípica ou com início tardio e descobrir doenças subclínicas (não psiquiátricos) que possam 
complementar e auxiliar ao exame físico e diagnóstico, caso haja alguma doença diferente. 
Exame do estado mental -> 
• Aparência geral; 
• Consciência; 
• Orientação; 
• Atenção e concentração; 
• Afeto e humor; 
• Fala e linguagem; 
• Produção de pensando (forma, curso, conteúdo); 
• Alterações do juízo de realidade; 
• Pensamento abstrato; 
• Alteração da sensopercepção; 
• Memoria; 
• Inteligência; 
• Atividade motora; 
• Ideação suicida e homicida; 
• Insight, julgamento e crítica. 
Aula 2 – Semiologia Psiquiátrica: 
É o estudo dos sinais e sintomas dos transtornos mentais. 
Sinais -> analisada através da observação direta do paciente; 
Sintomas -> vivencias subjetivas realizadas pelos pacientes (queixas, narrativas); 
Podem realizar entrevistas com familiares e demais do convívio do paciente para buscar sinais e sintomas. 
Habilidade sutil nas entrevistas e observação atenta e perspicaz 
• Modo de falar, mímica, vestimentas, forma como reage, postura e outros. 
Não há sintomas específicos dos transtornos -> não há sintomas patognomônico. 
Diagnósticos é clínico (histórica + exame psíquico), com o auxílio de exames complementares, observação minuciosa 
dos pacientes e do curso da doença. 
Critérios de normalidade -> Análise conjunta. 
• Ausência de doença: precária – normalidade é definida como a falta de doença; 
• Ideal: utópico, sadio e mais evoluído. Baseado em critérios socioculturais ideológicos (adequação de normas 
morais e políticas; 
• Subjetiva: percepção subjetiva dos indivíduos. PONTO FALHO: estado maníacos; 
• Como processo: aspectos dinâmicos psicossocial; 
• Estatística: observado com mais frequência, porém nem tudo que é frequente é normal (falho); 
• Como bem-estar: definição da OMS – VASTO e UTOPICO. Pela definição, tem que estar nos três sentidos 
físico, mental e social; 
• Funcional: sofrimento para o próprio indivíduo e grupo social; 
• Operacional: trabalha em cima do conceito de normal e patológicos; 
• Como liberdade: impossibilidade de dispor o senso de realidade, perda da liberdade a existência e o 
constrangimento do ser – LIBERDADE RESTRITA. 
REGRAS DE OURO PARA AS ENTREVISTAS: 
1) Pacientes organizados, com inteligência normal – com bom estudo e fora do estado psicótico -> ENTREVISTA 
mais aberta, paciente se expressa mais, é algo mais fluente e o profissional apenas realiza pontuações. 
 
2) Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo em estado psicótico, paranoide e ou ‘’travado’’ -> 
ENTREVISTA mais estruturada, profissional dala mais, perguntas mais dirigidas e fáceis. 
 
3) Pacientes muito tímidos, ansiosos ou paranoides -> PERGUNTAS nutras que gradativamente começa a 
formular perguntas mais dirigidas. 
Aula 3 – Consciência, atenção e orientação 
Delirium -> Quadro psicorganico, início agudo, horas a dias: 
Ocorre perturbação da atenção, redução no nível de consciência, desorientação temporo-espacial, déficit de 
memória, perturbação adicional na cognição e tem capacidade reduzida de focalizar, direcionar, manter e mudar 
atenção. 
Causa orgânica: intoxicação ou abstinência de substâncias e por outras condições clínicas como infecções, distúrbios 
eletrolíticos. 
• O delirium está associada a alterações de sensopercepção, juízo de realidade e agitação e/ou lentificação 
psicomotora. 
Consciência -> diversas definições 
Definições neuropsicológica: estado vígil, lucidez, estar desperto (acordado). 
Definição psicológica: capacidade dos indivíduos entrar em contado com a realidade perceber e conhecer seus 
objetivos. 
Alterações quantitativas fisiológicas: 
SONO -> estado de inconsciência que pode ser despertado por estímulos. 
SONHO -> associados ao sono, ocorre da fase REM (sono profundo) e são vivencias visuais. 
Alterações quantitativas patológicas: 
• Obnubilação: rebaixamento a moderado. Diminui o grau de clareza do sensório, lentidão da compreensão e 
dificuldade de concentração. 
• Sopor: paciente só é despertado com estímulo enérgico (doloroso principalmente), incapaz de qualquer 
ação espontânea. 
• Coma: grau mais profundo do rebaixamento – ausência de qualquer indício de consciência. 
Avaliação objetiva da consciência -> escala de Glasgow 
Quadros associados ao rebaixamento do nível de consciência: 
Delirum; 
Estado Onírico -> a turvação da consciência entra em estado semelhante a sonho vivido – atividade alucinatória 
visual intensa de caráter cênico e fantástico. Pode ter agitação psicomotora, estar associada a psicose toxica, 
síndromes de abstinência de substâncias e quadro de febre e infecção. 
Alterações qualitativas patológicas: 
• Estado crepuscular: obnubilação da consciência, atividade motora coordenados preservado. Desaparece de 
forma abrupta e com duração variável. Ocorre amnésia lacunar, está associada a epilepsia, intoxicação por 
álcool e outras substâncias TCE e quadros dissociativos. 
• Dissociação da consciência: fragmentação ou divisão do campo da consciência,ocorre perda psíquica 
comum do ser humano, pode cobrir também memoria, percepção, identidade e controle motor. 
Classicamente em quadros de histeria que eleva a estado semelhante a um sonho (estado onírico) 
• Transe: ‘’sonhar acordado’’ com presença de atividade motora automática e estereotipada, acompanhada 
pela suspenção parcial dos movimentos voluntários. 
Geralmente em contexto religiosos e cultural -> rituais. 
• Estado hipnótico: estado de consciência reduzida e restrita com atenção concentrada, pode ser induzido 
(anestesias, paralisias, rigidez muscular, alterações vasomotoras). Podem ser lembradas cenas e fatos 
esquecidos. 
Atenção -> é a direção da consciência, estado de concentração da atividade mental sobre determinada coisa. 
Conjunto de processos psicológicos que torna o humano capaz de selecionar, filtrar e organizar informações. 
• DETERMINAR A CONSCIENCIA É ESSECIAL PARA AVALIAR A ATENÇÃO. 
Psicopatologias da Atenção 
• Tenacidade: capacidade do indivíduo fixar e mandar sua atenção em um determinado estímulo. 
NORMO, HIPO OU HIPER. 
• Vigilância/mobilidade: capacidade de a qualquer momento desviar sua atenção de um objeto para outro. 
NORMO, HIPO OU HIPER. 
• Prosexia: ato de prestar atenção 
Hiprosexia = perda da capacidade de concentrar com fatigabilidade aumentada. 
Hipotenacidade + hipovigilância 
Fisiologicamente ocorre nos estados de fadiga, tédio e sonolência 
• Se há preservação da tenacidade e da vigilância a pessoa está NORMOTENAZ e consegue utilizar todas as 
funções da atenção plenamente. 
• Se há redução da tenacidade e da vigilância a pessoa está HIPOPROSÉXICA e não consegue utilizar quase 
nenhuma das funções da atenção. 
• Hiperprosexia na prática não é possível, mas seria um estado de obstinação intensa em relação a todas as 
funções da atenção. 
Distração: ocorre uma rigidez da atenção: hipertenacidade com hipovigilância. Superconcentração ativa da atenção 
sobre determinados conteúdo ou objetos, com inibição de tudo mais. 
Distrabilidade: é um estado patológico em que há uma dificuldade ou incapacidade de fixar em qualquer coisa que 
implique esforço produtivo. 
Testes de atenção: 
• Triagem simples: testes de repetição (seque. de números), soletrar o mundo ao contrário e outros. 
• Testes neuropsicológica: teste de stroop, teste de trilhas, teste n-back 
Orientação -> capacidade de situar-se a si quanto a ambiente. 
É uma maneira de avaliar o nível de consciência, atenção, percepção, de memória e toda cognição. 
• Desorientação é sintoma mais frequente e sinais de doenças cerebrais. Cursa com perplexidade. 
Classificação: 
Autopsíquica: em relação a si mesmo – 
• Dados autobiográficos; 
• Dados pessoais – idade, nome, profissão, com quem mora, estado civil e outros. 
Alopsíquica: 
Espacial -> onde está? Onde se encontra, andar do prédio, bairro, cidade, estado, país, distâncias. 
Localização topográfica. 
Reconhecimento de objetos e cenas. 
Temporal -> quanto esta? Que dia é hoje, mês, ano, hora aproximada e outros. 
Situações clínicas com alteração da orientação:

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