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AVALIAÇÃO GLOBAL 1 - Diversidade Religiosa como parte da Cultura. Estudar os fenômenos e sistemas religiosos como parte da cultura significa apreender um fator identificável da experiência humana, que se apresenta como imagens que passaram através de milhares de pessoas, ao longo de diferentes tradições, algumas modeladas nos santuários, outras nas universidades. Entretanto, muito desse universo permanece inclassificável. Essa constatação, contudo, não deve ser impedimento para pensarmos o tema. Ao contrário, o reconhecimento de que, em termos de religiões, a variedade é, acima de tudo, humana, significa compreender o nosso lugar no panorama religioso, reconhecendo os “outros” menos como competidores, mas sim, verdadeiramente, como companheiros de aventura existencial. Muitos movimentos religiosos procuram repensar os papéis de gênero, as opções sexuais, a participação política engajada, os conflitos em nome da fé, as novas práticas espirituais, dentre outros fatores. Nenhuma tradição religiosa é “total”, nem existe um status de favoritismo de religiões. Conhecer o lugar onde estamos e onde os outros estão em relação à fé e às crenças levanos a desenvolver um sentido de proporção no amplo campo das religiões, religiosidades, experiências religiosas - onde todos devem ser ouvidos e respeitados. A diversidade se faz riqueza e deve conduzir à compreensão, respeito, admiração e atitudes pacificadoras. Necessitamos saber não apenas quantos são os muçulmanos ou cristãos no mundo, mas quais as diferentes formas e maneiras possíveis de ser cristão ou muçulmano, as diferentes crenças e grupos existentes como possibilidades de experiências religiosas que conferem sentido à vida e à morte. Em quase todas as religiões as experiências religiosas transcendentais ou divinas estão relacionadas diretamente ao sentido vida-morte, e sobre isso podem ser encontradas definições, tanto nos monoteísmos quanto nos politeísmos, procurando combater a desesperança e ocupando um grande espaço na realidade cotidiana de nosso tempo. Qual é o sentido da vida? De onde viemos? Para onde vamos depois da morte? Tais questões, ao longo de nossa história, suscitaram livros, esculturas, pinturas, poesias e músicas que, nos últimos cinco mil anos, formaram um patrimônio cultural que pertence a todos e à história de cada um. Quando procuramos tratar do tema diversidade religiosa, nos deparamos com uma profusão de questões, tais como seu simbolismo, quem são seus praticantes, nosso lugar no mundo e como conviver com tal diversidade. Com base no texto, considere as afirmações a seguir: I - As religiões são experiências que se expressam em linguagem e formas simbólicas. II - Muitos movimentos religiosos procuram respeitar os papéis de gênero, as opções sexuais e mesmo os conflitos de fé. III - Impõe-se em nossa contemporaneidade ampliar os limites, desmontando preconceitos e realizando novas análises a respeito da diversidade religiosa em que vivemos. Sobre as afirmações? R = Todas estão corretas. 2 - Igualdade de direitos e inclusão de minorias Com discursos inflamados, os participantes do painel “Direito de Igualdade”, na manhã desta terça-feira (22), realizaram palestras que envolveram diversos temas sobre a necessidade de tornar a sociedade, por vias legais, mais igualitária e garantir o direito das parcelas excluídas. Um dos debates que arrancou mais aplausos e comentários da plateia foi a discussão sobre a necessidade ou não da implantação da política de cotas raciais nas universidades públicas. Defendendo que todos têm a mesma capacidade, independentemente da cor, a procuradora do Distrito Federal Roberta Fragoso Kaufmann disse que não existem raças, apenas a “raça humana”. Roberta afirma que ninguém discute a existência de racismo no Brasil, mas se discute a implantação de um estado “racializado”, com direitos baseados na raça. “É preciso desconstruir o mito da raça. As raças não existem. Somos todos da raça humana”, criticou a procuradora, que defendeu a criação de cotas sociais nas universidades, para estudantes de escolas públicas, no lugar de cotas raciais. Já o conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Luiz Viana Queiroz rebateu o posicionamento da procuradora e defendeu a constitucionalidade da implantação de cotas. Segundo Queiroz, em sua palestra sobre “Ações Afirmativas e Cotas”, é necessário analisar se é juridicamente possível tratar os negros como diferentes para a implementação de cotas raciais em universidades. Para o conselheiro federal, “deve-se fazer referência aos índices de desigualdade na sociedade, que mostram as disparidades entre brancos e negros”. Queiroz afirmou que garantir o acesso de negros às universidades é também uma forma de “tornar a sociedade mais igualitária". Os direitos da mulher A procuradora Roberta Kaufmann, em palestra com tema “Igualdade de Gênero e Proteção Jurídica da Mulher”, também falou sobre a necessidade da luta das mulheres para quebrar barreiras sociais e legislativas antigas no Brasil para alcançar a igualdade com os homens. Ao falar que os diversos preconceitos só caem com políticas de educação e civilidade, Roberta enfatizou que as mulheres no Brasil alcançaram vários objetivos sem a necessidade de grandes conflitos de gênero. Segundo ela, “direitos humanos não se constroem com revanche, se constroem com integração”. Rodrigo Batista, especial para a Gazeta do Povo. (adaptado) De acordo com as considerações do texto, pode-se afirmar: I - As minorias têm como principal queixa o fato de não existir leis adequadas aos problemas que estas minorias sofrem em seu dia-a-dia. Mesmo assim, percebe-se que os movimentos de minorias não adotam um discurso queixoso ou vitimista, mas ao contrário, existe uma vontade de assinalar aquilo que não funciona adequadamente na sociedade para transformá-la em algo que permita a diversidade integrada. II - As cotas associadas aos negros e índios podem reforçar o preconceito racial no Brasil, para tanto, estas poderiam ser dirigidas para todo aquele estudante que veio de escola pública, e não apenas aos índios e negros. III - As mulheres no Brasil precisam lutar para conquistar seu lugar na sociedade como resposta às desvantagens existentes na lei contra elas. Sobre as afirmações: R = Todas estão corretas. 3 - A ideia segundo a qual todo ser humano, sem distinção, merece tratamento digno, por exemplo, pressupõe um valor moral: os seres humanos têm o direito de ter suas opiniões, expressá-las e organize-se em torno delas. Não se deve, portanto, obrigá- los a silenciar ou esconder seus pontos de vista; vale dizer, são livres. Na sociedade brasileira, não é permitido agir de forma preconceituosa, presumindo a inferioridade de alguns (em razão de etnia, raça, sexo ou cor), sustentando e promovendo a desigualdade. Trata-se de um consenso mínimo, de um conjunto central de valores, indispensável à sociedade democrática: sem esse conjunto central, cai-se na anomia, entendida como ausência de regras ou como tal relativização delas. (BRASIL. Ética e Cidadania. Brasília: MEC/SEB, 2007 (adaptado)) Com base nesse fragmento de texto, infere-se que a sociedade moderna e democrática R = Sustenta-se em um conjunto de valores pautados pela isonomia no tratamento dos cidadãos. 4 - "Os índios resistiram às várias formas de sujeição, pela guerra, pela fuga, pela recusa ao trabalho compulsório. Em termos comparativos, as populações indígenas tinham melhores condições de resistir do que os escravos africanos. Enquanto estes se viam diante de um território desconhecido onde eram implantados à força, os índios se encontravam em sua própria casa." (FAUSTO, Boris. História do Brasil. Edusp, 2012.) De acordo com o texto, é correto afirmar que, ao longo do período colonial brasileiro, R = Tanto os índios quanto os africanosforam vítimas da escravidão portuguesa, contudo os índios conseguiram resistir melhor a tal processo; 5 - Leia o texto a seguir. De que falamos quando falamos de ética e de moral? Frequentemente, confundimos moral e ética quando nos referimos indistintamente ora ao universo das normas e dos valores sociais tout court, ora quando aludimos ao fato de que a ética e a axiologia têm o mesmo significado, não estabelecendo quaisquer fronteiras e limites entre cada uma delas, dada a natureza da sua proximidade, por um lado, nem efetuando as respectivas interações de complementaridade que entre si se podem tecer, por outro. Uma das razões para tal acontecer reside no fato de existirem duas palavras para mencionar o domínio valorativo da ética e da moral através da sua origem grega e latina, de raiz etimológica distinta: assim, o termo ética deriva do grego ethos, que pode apresentar duas grafias – êthos – evocando o lugar onde se guardavam os animais, tendo evoluído para "o lugar onde brotam os atos, isto é, a interioridade dos homens" (Renaud, 1994, p. 10), tendo, mais tarde passado a significar, com Heidegger, a habitação do ser, e – éthos – que significa comportamento, costumes, hábito, caráter, modo de ser de uma pessoa, enquanto a palavra moral, que deriva do latim mos, (plural mores), se refere a costumes, normas e leis, tal como Weil (2012) e Tughendhat (1999) referem. Para além disso, os termos ética e moral aplicam-se quer a pessoas quer a sistemas ou teorias morais, o que agrava, ainda mais, o estado de confusão, pois, quando desejamos classificar a natureza da ação humana e de sistemas mais alargados em que os sujeitos se inserem, o cidadão comum oscila sempre indistintamente sobre a utilização de cada um desses termos. PEDRO, Ana Paula. Ética, moral, axiologia e valores: confusões e ambiguidades em torno de um conceito comum. Kriterion: Revista de Filosofia, vol. 55, n. 130, Belo Horizonte, dez. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/kr/v55n130/02.pdf. Acesso em: 26 mai. 2019. Considerando os conceitos de moral e ética, julgue as afirmações a seguir. I. Falar em ética é falar na distinção do que é certo ou errado, justo ou injusto; por isso, espalhar uma fakenews é algo antiética. II. É comum haver uma indistinção no emprego dos conceitos ética e moral; contudo, eles são conceitos distintos, embora mantenham entre si uma relação de complementariedade. III. Ética e moral são elementos imprescindíveis para a convivência humana, embora o primeiro esteja relacionado a princípios e a universalidade, e o segundo à conduta e a culturas específicas. IV. Atribui-se à moral o conceito de conjunto de regras de conduta sociais que são assumidas como legítimas em determinada época ou por determinado grupo de pessoas, sendo adquiridas pela educação. A moral varia, inclusive, visto a concepção assumida: religiosa, política, estética, por exemplo. É correto o que se afirma em: R = I, II, III e IV. 6 - A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948 pela Organização da Nações Unidas, afirmou a dignidade como um valor fundamental à vida humana. Nela, a exposição do indivíduo a qualquer forma de violência foi considerada como violação a esse valor fundamental. No Brasil, a Constituição de 1988 foi inspirada pela referida Declaração. No entanto, convive-se no país com a presença da violência nos noticiários e em conversas do dia a dia. Considere os seguintes itens: I. A obrigatoriedade do voto. II. O crescimento da desigualdade social. III. A dificuldade do acesso popular à justiça. IV. A sensação de que os agentes perpetradores da violência não serão punidos. Quais desses itens devem ser considerados uma violação ao valor da dignidade, isto é, quais devem ser considerados fatores que originam a violência? R = II, III e IV, apenas. 7 - Temos uma sociedade complexa. Em sua diversidade encontramos um segmento representativo que é o dos deficientes. Este segmento tem direito à cidadania. Assinale a alternativa correta: R = O direito à inclusão social é um direito à cidadania, possibilitando maior dignidade e bem-estar ao deficiente. 8 - Quando se procura entender o papel da mulher na sociedade brasileira, há de se voltar o olhar para os primórdios da existência da sociedade brasileira, dando ênfase à formação do sujeito, seus grupos e classes sociais. Desde a colonização do Brasil, o papel da mulher brasileira perpassa por funções às vezes exóticas, ora degradantes e até desumanas. Elas foram admiradas, temidas como representantes de Satã e foram reduzidas a objetos de domínio e submissão por receberem um conceito de não-função, tendo sua real influência na evolução do ser humano, marginalizada e até aniquilada. Talvez, ainda hoje, o inconsciente das mulheres brasileiras esteja atrelado às ideias passadas por gerações. A revolução sexual e a emancipação feminina tiveram um papel fundamental nas mudanças que vêm ocorrendo no casamento, no amor e na sexualidade ao longo da modernidade, resultando em transformações radicais na vida e na intimidade das pessoas. Atualmente, as mulheres estão avançando nas áreas da cultura e da política. O povo brasileiro elegeu 288 mulheres para o cargo de prefeito e 5000 para o cargo de vereadoras nas eleições de 2004. Nos últimos 15 anos, entraram no mercado de trabalho brasileiro mais de 12 milhões de mulheres. Nos dias atuais, mais de 30 milhões de mulheres trabalham fora de casa. SILVA, Glauce C. C. et al. A mulher e a sua posição na sociedade: da antiguidade aos dias atuais. Revista da SBPH, v. 8, n. 2. Rio de Janeiro, dez. 2005. Por meio da análise do fragmento de texto, é possível afirmar que. I. as funções destinadas às mulheres no período da colonização do Brasil não afetam o imaginário em relação à mulher e a seus papéis sociais. II. mudanças no casamento, no amor e na sexualidade não indicam mudanças quanto aos papéis das mulheres no âmbito social. III. o fato de as mulheres terem avançado nas áreas da cultura e da política indicia a supremacia da mulher na contemporaneidade. IV. houve mudança significativa em relação à representatividade feminina na sociedade. É correto apenas o que se afirma em: R = IV. 9 - Os habitantes do Novo Mundo são humanos, e não bestas, mas não plenamente, apenas potencialmente: sua humanidade equivale à possibilidade de sua conversão religiosa. Nesse sentido, a potência de que se investe a alteridade depende, para ser reconhecida como potência do humano, de sua própria captura nos dispositivos da religião, caso contrário permanece uma potência monstruosa. (Marcelo Rodrigues Souza Ribeiro. Disponível em: <http://incinerrante.com/a-iconografia-da-nacao-o-brasil- sob-o-signo-da-antropofagia/>). Dessa forma, os europeus se sentiram na obrigação de civilizar os índios. Isso resultou em R = Aculturação. 10 - Em linhas gerais, o conceito de movimento social se refere à ação coletiva de um grupo organizado que objetiva alcançar mudanças sociais por meio do embate político, conforme seus valores e ideologias dentro de uma determinada sociedade e de um contexto específicos, permeados por tensões sociais. (SILVA, D.E.A; CORRÊA, F.M. Dos movimentos sociais, sua origem, história e desdobramentos. 2015. Disponível em: https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=14510). Com base no conceito apresentado, avalie os itens a seguir. I. Os movimentos sociais surgem a partir de demandas diversas. Podem ter como característica atuações espaciais centralizadas, como os movimentos separatistas na Europa, ou ações de cunho global, como movimentos ambientalistas como o Greenpeace. II. O papel dos movimentos sociais contemporâneos é promover a segmentação da sociedade civil, por meio de luta política e ideológica, rompendo modelos e estigmas de movimentos violentos e infundados, como o Movimento Hippiee o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST. III. Os movimentos sociais podem ser compreendidos como uma das principais formas de ação coletiva que permitem e impulsionam a articulação e a mobilização de coletividades em relação a diferentes demandas, por meio de diferentes repertórios de ação, como boicotes, manifestações públicas, passeatas nas ruas, entre outros. É CORRETO o que se afirma em: R = I e III, apenas. 11 - Não há, em suma, um direito justo no céu dos conceitos platônico, e um direito imperfeito e injusto no nosso pobre e imperfeito mundo sublunar. O problema do Direito Natural não é descobrir esse celestial livro de mármore onde, gravadas a caracteres de puro ouro, as verdadeiras leis estariam escritas, e que, ao longo dos séculos, sábios legisladores terrenos não conseguiram vislumbrar. (CUNHA, Paulo Ferreira da. O ponto de Arquimedes: natureza humana, direito natural, direitos humanos. Coimbra: Almedina, 2001. p. 94) Considerando as reflexões contidas no texto, é possível afirmar sobre os direitos humanos na atualidade: R = O problema atual dos direitos humanos é o de que, apesar de positivados e constitucionalizados, carecem de ser efetivados. 12 - São consideradas causas da violência diversas e graves questões que a sociedade brasileira apresenta, dentre as quais destacam-se a desigualdade social, a má distribuição de renda, a concentração de terras e de riqueza, o desemprego, o uso e tráfico de drogas, a falta das necessidades básicas como moradia, educação, saúde, transporte coletivo e segurança, o desrespeito às leis e normas instituídas, a impunidade, o neoliberalismo, o alto índice de criminalidade, a pobreza, os sequestros, a formação de gangues, os assaltos, os ataques incendiários, os saqueamentos e tantas outras formas. Por viver em sociedade, os indivíduos têm como premissa e necessidade uma organização para se conviver com outros em comunidade ou coletividade, tanto pode ser em grupos pequenos, como comunidades rurais, quanto em grupos maiores, como grandes centros urbanos. PORTO, Maria de Fátima Silva. Cultura e sociedade. Patos de Minas: UNIPAM, 2016. 316 p. Considerando que a maioria das práticas de violência tem relação com a falta de políticas públicas adequadas e eficientes, avalie as afirmações a seguir e a relação proposta entre elas. I. Ao considerar que as causas da violência no Brasil têm origem nas diversas e graves questões que a sociedade brasileira apresenta, o texto acena para o fato de que a redução da violência depende de ações do Estado brasileiro, denominadas de políticas públicas. PORQUE II. A formulação de políticas públicas decorre das demandas da sociedade, e o Estado é o responsável por criar programas e estratégias de ação que devem produzir resultados ou mudanças que garantem o direito de cidadania, inclusive a proteção contra a violência. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. R = As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 13 - Analise as imagens reproduzidas a seguir. Disponível em: https://historiazine.com/os-hindus-8fa346eac54e. Acesso em: 25 jul. 2019. A partir da análise das imagens acima (1. mulher da tribo Mursi na Etiópia; 2. Indiana e 3. Brasileira), pode-se afirmar que: R = A cultura de um povo estampa seus costumes, suas raízes, seus arquétipos, seus valores morais e as convenções sociais da época e do local onde esse povo se encontra geograficamente localizado. 14 - "A construção ou formação de homens e mulheres é realizada por meio da educação e da socialização, e essa construção é denominada de gênero. Na sociedade brasileira, ela se caracteriza por um tratamento diferenciado entre homens e mulheres, baseado nas diferenças sexuais, provocando a desigualdade e a subordinação da mulher. Além da mulher, existem outros grupos de pessoas que são também discriminados, por não se adequarem ao modelo patriarcal construído e estabelecido como superior em nossa sociedade. Esses grupos são compostos pelos homossexuais masculino e feminino, pelos transexuais e por outros indivíduos de orientação sexual diversa [...].” (PORTO, Maria de Fátima Silva. Cultura e Sociedade. Patos de Minas: UNIPAM, 2016). A partir do texto apresentado, julgue os itens a seguir a respeito do gênero. I. A primeira forma que repassa os papéis sociais de gênero é a socialização, por meio da escola, da religião e dos meios de comunicação de massa. Depois, em um segundo momento, essa socialização se amplia, por meio dos pais, da família ou das leis. II. A desigualdade de gênero que fundamenta a sociedade brasileira contemporânea originou-se de um processo de socialização construído de acordo com um padrão machista. Por isso, a diferença da mulher foi transformada em desigualdade, inferioridade e fragilidade. III. O conceito de gênero deve contribuir para reflexões e para o entendimento de que não há somente o macho e a fêmea, pois os indivíduos podem apresentar gêneros diferentes, como os transexuais. É correto o que se afirma em: R = II e III, apenas. https://historiazine.com/os-hindus-8fa346eac54e 15 - Gráfico 1 Disponível em: < http://www.senado.gov.br/institucional/datasenado/omv/indicadores/relatorios/BR- 2018.pdf> Acesso em: 02 de março. 2019. Gráfico 2 Disponível em: < http://www.senado.gov.br/institucional/datasenado/omv/indicadores/relatorios/BR- 2018.pdf> Acesso em: 02 de março. 2019. Os dados apresentados representam a taxa de homicídio e relatos de violência por cem mil mulheres. A partir desses gráficos, analise as afirmações a seguir. I. No Paraná, a taxa de homicídio de mulheres pretas e pardas é inferior ao de mulheres brancas, correspondendo inversamente à estatística nacional, além de os relatos de violência serem superiores à taxa nacional. http://www.senado.gov.br/institucional/datasenado/omv/indicadores/relatorios/BR-2018.pdf http://www.senado.gov.br/institucional/datasenado/omv/indicadores/relatorios/BR-2018.pdf http://www.senado.gov.br/institucional/datasenado/omv/indicadores/relatorios/BR-2018.pdf http://www.senado.gov.br/institucional/datasenado/omv/indicadores/relatorios/BR-2018.pdf II. Analisando todos os estados da federação, é possível perceber taxas de homicídio maiores em relação a mulheres pretas e pardas do que em relação a mulheres brancas. III. Os estados com maiores relatos de violência também são os estados com maior taxa de homicídios. IV. As regiões que apresentam maiores taxas de relatos de violência são Nordeste e Sul, e as maiores taxas de homicídio estão no Sudeste e Centro-oeste. É correto, apenas, o que se afirma em: R = I e II. 16 - Verificamos que a cidadania foi construída através de muitos conflitos sociais. Historicamente, a cidadania foi sendo reivindicada, configurando-se de acordo com as necessidades e normas de cada povo. Assinale a alternativa correta: R = A cidadania garante os direitos e deveres do cidadão e do Estado. 17 - "Após a revelação do estupro coletivo cometido por 33 homens contra uma jovem de 16 anos de idade no Rio de Janeiro, o debate sobre a “cultura do estupro” ganhou as redes sociais e parte da imprensa. Nas redes, houve quem tentasse relativizar a barbaridade cometida, mas o combate à culpabilização da vítima demonstrou mais força." (Disponível em http://www.compromissoeatitude.org.br>. Acesso em: 10 junho 2016) A respeito desse tema, avalie as afirmações a seguir. I. Ainda que existam políticas públicas no Brasil voltadas para as questões de gênero, sua efetivação é ainda incipiente e pouco eficaz. II. Dados estatísticos mostram que existe um exagero sobre a incidência da violência contra as mulheres na sociedade, já que a maioria das vítimas de violência é do sexo masculino. III. A ideologia de gênero nega que existam diferenças anatômicasentre os sexos; afirma que a sexualidade é uma construção social e que a pessoa pode escolher o sexo que deseja ter. IV. A "cultura do estupro" banaliza, legitima e justifica a violência contra a mulher. Em grande medida, acontece pela disseminação da ideia de que o valor da mulher está ligado às suas condutas morais e sexuais, e o valor do homem não. É CORRETO apenas o que se afirma em: R = I e IV. 18 - Cidadania e direitos humanos na formação universitária O ensino de conteúdos de cidadania e de direitos humanos tem sido enfatizado, como parte dos temas transversais propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), principalmente no ensino básico brasileiro (nos níveis fundamental e médio). Nas diversas disciplinas, propõe-se a introdução de diferentes abordagens de temas de tratamento por vezes difíceis, como as discriminações étnicas, culturais, religiosas, sociais, sexuais e físicas, ou de outros mais abstratos, como o exercício da cidadania de uma forma ativa, em uma condição de quase marginalidade social. Embora sejam aspectos relevantes para a formação dos estudantes, cabe verificar como os professores se apropriam destes conteúdos e de que maneira os desenvolvem, por vezes em situações opostas à que se pretende promover. A cidadania, que antes de 1964 aparecia na educação de maneira quase metafísica (na forma de um civismo já afastado de seu potencial transformador das conquistas revolucionárias francesas), tornou-se um discurso ajustado a um comportamento modelado nos ideais obscurantistas convergentes da direita política, dos católicos conservadores e dos militares disseminadores da Doutrina de Segurança Nacional. O conceito clássico de cidadania remete ao muito citado capítulo "Cidadania e classe social", do livro de T. H. Marshall, Cidadania, classe social e "status", onde o autor, a partir de um referencial basicamente europeu, distingue três direitos aparecidos em tempos sucessivos: os direitos civis, do século XVIII, os direitos políticos, do século XIX, e os direitos sociais, do século XX. Tal tipologia ainda é válida para efeitos didáticos, embora com o tempo o conceito tenha se ampliado, incluindo a cultura, a economia, bem como os direitos coletivos e difusos e outros mais polêmicos, como a diversidade sexual. VAIDERGORN, J. Cidadania e direitos humanos na formação universitária. In: Cadernos CEDES. Campinas: 2010 (adaptado). O ensino tem incorporado em seu conteúdo temas como cidadania e direitos humanos. No entanto, é importante verificar como os professores têm se apropriado de tal conteúdo, pois em determinadas situações pode ocorrer de os professores reproduzirem o oposto daquilo que se pretende discutir com os alunos e assim reforçar os preconceitos já existentes em nossa sociedade. Com base no texto, considere as afirmações a seguir: I - A discussão a respeito da cidadania em 1964 tornou-se uma discussão em que se reproduziam os valores nacionalistas da ditadura militar. II - Hoje em dia, quando se trata do tema cidadania, é necessário dialogar com os direitos civis, políticos, sociais, econômicos e a diversidade sexual. III - A autora faz uma crítica ao ensino superior, cada vez mais técnico e mercantilizado, que aliena os alunos nesta fase tão importante do conhecimento. Sobre as afirmações: R = Apenas a I e II estão corretas. 19 - O feminismo é um movimento social profundamente plural e diversificado, que luta contra as desigualdades de gênero na sociedade. Desde o século XIX, quando mulheres se organizaram pelo direito ao voto no Reino Unido, foram muitas as frentes de luta abertas por esse movimento. Sobre as reivindicações do feminismo, assinale a alternativa cujos dois itens podem ser associados ao movimento feminista nos dias atuais: R = Maior presença de mulheres nas instâncias políticas de representação e igualdade salarial para homens e mulheres que ocupem o mesmo posto de trabalho. 20 - PORTADORES DE DEFICIÊNCIA - a questão da inclusão social Hoje, no Brasil, milhares de pessoas com algum tipo de deficiência estão sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho. O processo de exclusão social de pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto a socialização do homem. Nos últimos anos, ações isoladas de educadores e de pais têm promovido e implementado a inclusão, nas escolas, de pessoas com algum tipo de deficiência, visando resgatar o respeito humano e a dignidade, no sentido de possibilitar o pleno desenvolvimento e o acesso a todos os recursos da sociedade por parte desse segmento. Movimentos nacionais e internacionais têm buscado o consenso para a formatação de uma política de integração e de educação inclusiva, sendo que o seu ápice foi a Conferência Mundial de Educação Especial, que contou com a participação de 88 países e 25 organizações internacionais, em assembleia geral, na cidade de Salamanca, na Espanha, em junho de 1994. Este evento teve como culminância a "Declaração de Salamanca", a qual visa a inclusão do deficiente, a diminuição dos preconceitos sociais e ações junto à educação. Maria Regina Cazzaniga Maciel (adaptado) Com base no texto, considere seguintes afirmações: I – As ações privadas são simultâneas às do Estado, prevenindo desta forma uma situação mais frágil daqueles que estavam diretamente envolvidos com os deficientes. II – A Declaração de Salamanca tem como principais objetivos a inclusão do deficiente, a diminuição dos preconceitos sociais e ações junto à educação. III – As escolas mais preparadas para receber os deficientes são aquelas em que os profissionais estão preparados e os pais estão mais envolvidos com a causa. Sobre as afirmações: R = A II e III estão certas.
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