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Prova Bimestral de Filosofia - p. 1 PROVA BIMESTRAL DE FILOSOFIA Data: 22 de abril de 2021 Para a resolução desta avaliação, siga as orientações abaixo: 1 - Leia com atenção os enunciados das questões propostas. 2 - O entendimento das questões faz parte da avaliação. 3 - Revise as respostas antes de enviar a prova. Lembre-se de que as rasuras não contribuem para uma boa apresentação. LINK DE DÚVIDAS : https://meet.google.com/ige-knoy-okj Curso: Ensino Médio Série: 2ª Professor: Guilherme Nome: Unidade Nº.: Dissertativas (4,0) 1. Leia o texto abaixo. Para Heráclito, a realidade é uma mudança constante. "Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio". Os contrários estão em uma luta permanente, dando movimento à Natureza. Mas podemos entender o dinamismo da Natureza porque há uma harmonia na luta dos opostos. "Nada do que foi será De novo do jeito que já foi um dia Tudo passa, tudo sempre passará A vida vem em ondas Como um mar Num indo e vindo infinito Tudo que se vê não é Igual ao que a gente viu há um segundo Tudo muda o tempo todo no mundo." (Lulu Santos) a) Como Heráclito explicaria a música "Como uma onda no mar" de Lulu Santos? b) O que Parmênides pensaria a respeito da música "Como uma onda no mar" de Lulu Santos? 2. Leia o texto abaixo. “Vejo tão manifestamente que não há indício concludente algum nem marcas suficientemente certas por cujo meio se possa distinguir nitidamente a vigília do sono que me sinto inteiramente espantado; e meu espanto é tal que ele é quase capaz de me persuadir de que estou dormindo”. (DESCARTES, René. Meditações Metafísicas. In: MARÇAL, J.; CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 155.) Durante uma entrevista na Code Conference em 2016, Elon Musk disse: “Há um em bilhões de chance de estar na realidade básica.” Isso significa essencialmente que ele acredita que é mais provável do que não, o mundo que conhecemos ser apenas uma simulação computacional muito sofisticada. (www.voicers.com.br) a) Por que Descartes concorda com Elon Musk? b) O que é a dúvida metódica de Descartes e qual é a verdade que busca encontrar? Prova Bimestral de Filosofia - p. 2 Testes (2,0) 1. John Locke afirmou que a mente é como uma folha em branco na qual a cultura escreve seu texto e Descartes demonstrava desconfiança em relação aos sentidos como fonte de conhecimento. A respeito desses dois filósofos, verifica-se o seguinte: a) Locke é um representante do racionalismo e Descartes é um representante do empirismo. b) Locke é um representante do empirismo e Descartes é um representante do racionalismo. c) Descartes e Locke possuíam a mesma concepção, pois ambos eram críticos do iluminismo. d) Descartes é um representante do teologismo e Locke é um representante do culturalismo. 2. Johannes Hessen afirma, sobre o empirismo e o racionalismo na modernidade, que “quem enxerga no pensamento humano, na razão, o único fundamento do conhecimento, está convencido da independência e especificidade psicológica do processo de pensamento. Por outro lado, quem fundamenta todo conhecimento na experiência negará independência, mesmo sob o aspecto psicológico, ao pensamento”. (Hessen, J.). Relacione empirismo e racionalismo à descrição apresentada por Hessen e assinale a afirmação verdadeira. a) Racionalista é quem entende que o conhecimento depende psicologicamente de fatos extra mentais. b) Empiristas fundamentam todo seu conhecimento na capacidade da razão humana. c) Empirista baseia o conhecimento na experiência e o racionalista entende que a razão é o fundamento do conhecimento. d) Racionalista baseia o conhecimento na experiência e o empirista entende que a razão é o fundamento do conhecimento. 3. Como relata Descartes no Discurso sobre o método, depois de ter lançado tudo à dúvida, somente depois, tive de constatar que, embora eu quisesse pensar que tudo era falso, era preciso necessariamente que eu, que assim pensava, fosse alguma coisa. E, observando que essa verdade ‘ –penso, logo sou – ’era tão firme e sólida que nenhuma das mais extravagantes hipóteses dos céticos seria capaz de abalá-la.” (Reale, G.). O autor do texto retrata alguns apontamentos sobre o pensamento cartesiano. Com relação a esse assunto, assinale a alternativa CORRETA. a) As ideias de Descartes enfatizam que a dúvida tem valor secundário sobre como conduzir bem sua razão. b) O pensamento cartesiano afirma que não devemos rejeitar como falso tudo aquilo do qual não podemos duvidar. c) O cartesianismo é um empirismo, ou seja, prioriza o valor dos sentidos no âmbito do conhecimento. d) O pensamento de Descartes influenciou, efetivamente, o mundo cultural francês e retratou a significância do espírito crítico na investigação do conhecimento. 4. No nascimento da razão moderna com a metafísica cartesiana e a revolução científica do séc. XVII, a questão ontológica grega que perguntava pelo ser das coisas é substituída pela questão gnosiológica que pergunta pelos limites e possibilidades da razão. Nesse contexto surgem duas tendências fundamentais que pretendem explicar a fonte e a natureza do processo de conhecimento. A esse respeito tem-se o seguinte: a) tanto o racionalismo quanto o empirismo negam que a fonte do conhecimento seja a experiência sensível, pois o ser humano traz consigo ideias inatas, que são as fontes do conhecimento. b) o empirismo coloca como critério da verdade a evidência clara e distinta das ideias inatas, ao passo que o racionalismo aposta na verificação/observação dos fatos pelos sentidos. Prova Bimestral de Filosofia - p. 3 c) tanto o racionalismo quanto o empirismo consideram que a maior parte de nosso conhecimento advém de verdades reveladas por crenças que dispensam o critério da evidência ou da verificação. d) uma dessas tendências é o racionalismo, que, sem apoio da experiência sensível, coloca a razão como fonte do conhecimento e a evidência como critério da verdade, além de propor o inatismo das ideias. 5.“ A concepção da infinitude do universo é, naturalmente, uma doutrina puramente metafísica; pode, certamente, como fez de fato, servir de base à ciência empírica; não pode jamais basear-se no empirismo.”. (Koyré, A. Do Mundo Fechado ao Universo Infinito. Rio de Janeiro: Ed. Forense Universitária, São Paulo: Edusp, 1979, p.63). Para o empirismo: a) a ciência empírica busca verdades absolutas e metafísicas. b) o conhecimento verdadeiro não se baseia em ideias metafísicas. c) a metafísica antecede e fundamenta metodologicamente a ciência empírica. d) a filosofia metafísica e a filosofia empírica se completam. 6. Não posso dizer o que a alma é algo material. Se lhe parece que a alma poderia ser um nada, porque não apresenta dimensões do corpo, entenderá que justamente por isso ela deve ser tida em maior consideração, pois é superior às coisas materiais exatamente por isso, porque não é matéria. É certo que uma árvore é menos significativa que a noção de justiça. Diria que a justiça não é coisa real, mas um nada? Por conseguinte, se a justiça não tem dimensões materiais, nem por isso dizemos que é nada. E a alma ainda parece ser nada por não ter extensão material? (Santo Agostinho. Sobre a potencialidade da alma, 2015. Adaptado.). No texto de Santo Agostinho, a prova da existência da alma a) desempenha um papel primordialmente retórico, desprovido de pretensões objetivas. b) antecipa o empirismo moderno ao valorizar a experiência como origem das ideias. c) serviu como argumento antiteológico mobilizado contra o pensamento escolástico. d) é fundamentada no argumento metafísico da primazia da substância imaterial. 7. Após ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpreenfim concluir e ter por constante que esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a concebo em meu espírito. (DESCARTES). A proposição “eu sou, eu existo” quer a) estabelecer o ceticismo como opção legítima. b) utilizar silogismos linguísticos como prova ontológica. c) inaugurar a posição teórica conhecida como empirismo. d) estabelecer um princípio indubitável para o conhecimento. 8. A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato. (LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.). O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte, a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência. b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos. c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas. d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.
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