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Sistemas Estruturais Básicos AGENDA: • Introdução • Vigas • Grelhas Referencias consultadas: As notas de aula aqui apresentadas foram elaboradas com base na referencia listada abaixo: • REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo: Zigurate, 2000. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento • Quando uma viga (barra horizontal), apoiada em seus extremos, é solicitada por cargas transversais ao seu eixo ela se deforma. • Ao sofrer essa deformação, as seções transversais giram em torno do seu eixo horizontal e tendem a escorregar uma em relação a outra. O eixo da viga, antes reto, deforma-se verticalmente, e aos deslocamentos verticais do eixo dá-se o nome de flecha. Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento • O giro das seções é provocado por um binário interno de forças, denominado momento fletor e quem provoca as flechas. • A tendência de escorregamento entre as seções é provocada por uma força vertical interna, denominada de força cortante. Portanto, uma viga é um sistema estrutural sujeito a dois esforços: Momento Fletor e Força Cortante. Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento - Flexão Sistemas Estruturais Básicos – Viga Módulo de flexão W • Comportamento - Flexão Entre as duas seções de mesma largura, ilustradas abaixo, a mais alta será mais resistente, pois apresenta maior módulo de resistência. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento - Flexão Fissuração típica em estruturas de concreto armado submetida à flexão. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento - Flexão • Conforme a posição e a quantidade de apoios, as vigas podem ser classificadas em vigas biapoiadas, vigas em balanço e vigas continuas. • As vigas biapoiadas têm a característica de serem solicitadas por tensões de compressão nas fibras superiores e de tração nas fibras inferiores. Enquanto nas vigas em balanço, essas tensões se invertem. Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento - Flexão • Nas vigas continuas e com mais de dois apoios, tem-se no meio dos vãos, compressão nas fibras superiores e tração nas fibras inferiores. Na região dos apoios ocorre o inverso. • Por convenção e na prática da engenharia, os momentos que provocam tração nas fibras inferiores de uma viga são chamados de positivos, e ao contrário, de negativos. Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento - Flexão • Os balanços nas vigas, por apresentarem momentos contrários aos dos vãos centrais, ocasionam alívio nos valores dos momentos dos vãos, representando um fator de economia no dimensionamento da viga. • Existem relações favoráveis entre comprimentos de balanços e vãos de vigas de forma a resultar em valores de momentos mínimos na viga. Essas relações são econômicas, pois apresentam os momentos fletores negativos iguais aos momentos fletores positivos. Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. Sistemas Estruturais Básicos – Viga A Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento – Cisalhamento (Cortante) Dependendo das forças externas, a força cortante pode variar ao longo do comprimento da barra, como ilustrado abaixo. As forças cortantes (verticais) são sempre máximas junto aos apoios. Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento – Cisalhamento (Cortante) Combate ao esforço cortante em estruturas de vigas. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento – Cisalhamento (Cortante) As forças cortantes (verticais) são sempre máximas junto aos apoios. Combate ao Momento Fletor e Esforço Cortante Reforço Estrutural - Shopping Jardim Pamplona Carrefour http://jardimpamplonashopping.com.br/o-shopping/ Solução: Escritório Pasqua e Graziano Associados Sistemas Estruturais Básicos – Viga Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento – Torção Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. Observe no exemplo ilustrado abaixo, que as deformações que sofrem as quadrículas mostram as direções das forças resultantes da torção. As forças cortantes transversais e longitudinais devidas a torção distribuem-se nas seções das barras, provocando tensões de cisalhamento transversais e longitudinais. O efeito simultâneo dessas tensões resulta em tensões normais inclinadas de tração e de compressão semelhante ao discutido nas forças cortantes. No caso do momento de torção as seções giram, com o eixo da barra mantendo-se reto, não apresentando deformações de flexão. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento – Torção Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. Os binários de forças formados pelas resultantes das tensão de cisalhamento na seção é que equilibram o momento de torção. Logo, quanto mais afastadas do centro de gravidade estiverem essas resultantes menos solicitada será a seção, daí as seções que apresentam material longe do centro de gravidade e igualmente afastado em todas as direções são as mais eficientes. As seções de tubos circulares são as mais eficientes para absorver esforços de torção, e principalmente as seções circulares vazadas. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Comportamento – Torção Fissuração típica em estruturas de viga de concreto armado submetida à torção. • Materiais O aço, a madeira e o concreto armado e protendido são materiais que respondem bem a esforços de flexão, ou seja, a solicitação concomitante de tração e de compressão. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Materiais • Vigas metálicas Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Materiais • Vigas madeira Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Materiais • Vigas concreto armado Sistemas Estruturais Básicos – Viga https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/yuri-vital_/casa-das-duas- vigas/4720?utm_source=boletim%20ga4&utm_medium=email&utm_term= &utm_content=&utm_campaign=boletim_gal_projetos Casa das Duas Vigas • Materiais • Vigas concreto protendido Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Materiais • Vigas concreto protendido Sistemas Estruturais Básicos – Viga As peças protendidas com armaduras pré-tracionadas são geralmente fabricadas em usinas, havendo grande interesse em padronizar os tipos construtivos, para economia de formas. Geralmente, as peças são fabricadas sem blocos de ancoragem, o que constitui uma simplificação muito conveniente para as formas metálicas, permitindo a produção de elementos com comprimentos variáveis sem modificar as formas laterais. • Materiais • Vigas concreto protendido Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Seções usuais Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Seções usuais • Sendo as vigas submetidas à flexão, suas seções deverão apresentar uma forma onde a concentração de material fique longe do centro de gravidade - Momento de Inércia. • Assim, a seção ideal para vigas é a . Devido à concentração de tensões nas mesas inferior e superior, parte horizontal da seção , deve ser mais espessa do que a parte vertical, a alma. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Seções usuais • Em vigas de concreto armado também são comumente usadas seções do tipo T, onde se tem a colaboração da estrutura da laje. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Seções usuais • As seções de tubos circulares são as mais eficientes para absorver esforços de torção, e principalmente as seções circulares vazadas. Sistemas Estruturais Básicos – Viga Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. • Aplicações e limitesde utilização A viga é um elemento estrutural que se caracteriza por transmitir cargas verticais ao longo de um vão através de um eixo horizontal. A viga por estar sujeita predominantemente ao esforço menos favorável, é em principio o sistema estrutural que mais consome material, sendo, portanto, a solução mais pesada. Entretanto, a viga permite soluções que tornam os espaços mais aproveitáveis, daí a sua frequente utilização, principalmente como elemento de sustentação de pisos. Os vãos vencidos pela viga são bem menores do que aqueles vencidos pelo cabo e pelo arco. Na prática, esses limites ficam em torno de 20 metros, quando considerados o aço e o concreto armado. Para vencer vãos maiores que 20 metros, a viga em concreto protendido é uma boa solução. Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Aplicações e limites de utilização – Vigas de concreto armado e protendido Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Aplicações e limites de utilização – Vigas de aço Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Aplicações e limites de utilização – Vigas de Madeira Sistemas Estruturais Básicos – Viga Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. • Pré-dimensionamento Sistemas Estruturais Básicos – Viga Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. • Pré-dimensionamento Sistemas Estruturais Básicos – Viga Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. • Pré-dimensionamento Sistemas Estruturais Básicos – Viga Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. • Pré-dimensionamento Sistemas Estruturais Básicos – Viga Fonte: REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo; Zigurate, 2000. • Pré-dimensionamento Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Vigas invertidas Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Vigas de transição Sistemas Estruturais Básicos – Viga • Vigas de transição Sistemas Estruturais Básicos – Viga Edifício Pátio Victor Malzoni supera grandes desafios técnicos para valorizar casa histórica localizada no mesmo terreno. Sistemas Estruturais Básicos – Viga Sistemas Estruturais Básicos – Viga C Sistemas Estruturais Básicos – Grelhas • Comportamento • Grelhas são constituídas por estruturas lineares (vigas), situadas em um mesmo plano, formando uma malha que recebe solicitações não coplanares. As barras se interceptam e trabalham em conjunto para resistir às ações atuantes que são predominantemente perpendiculares ao seu plano. Sistemas Estruturais Básicos – Grelhas • Comportamento • Para compreender o comportamento estrutural de uma grelha, basta fazer uma comparação entre o comportamento de vigas independentes entre si e de uma grelha simples de vigas ortogonais interligadas. • Tome inicialmente uma plataforma formada por uma série de vigas paralelas e independentes entre si, como mostra a figura abaixo e com uma carga concentrada aplicada em uma das vigas. Sistemas Estruturais Básicos – Grelhas • Comportamento • Da figura anterior é notório que cada viga trabalha independentemente das outras, de modo que, quando uma força concentrada F é aplicada no meio do vão de uma das vigas, conforme ilustrado, esta deverá ser resistente o suficiente para suportar sozinha ao carregamento nela aplicado, transmitindo-o até os apoios. • Uma maneira mais eficiente do que a construção de vigas independentes entre si, pode ser a construção de uma estrutura que distribua a carga concentrada, aplicada em uma das vigas, para todos os elementos da estrutura, de tal forma que nenhuma viga tenha que trabalhar sozinha quando solicitada. O objetivo de adotar-se uma estrutura capaz de distribuir de forma igualitária os esforços para todas as vigas da estrutura, pode ser atingido através do uso de uma grelha, como mostra a figura a seguir: Sistemas Estruturais Básicos – Grelhas • Comportamento • É necessário que todas as vigas estejam interligadas nos seus pontos de interseção para que os esforços e a transmissão dos mesmos sejam eficientemente executados para os apoios. Portanto uma grelha consiste de sistemas de vigas (paralelas ou não) que se interceptam. As direções dos sistemas de viga não necessitam ser paralelos aos apoios. Sistemas Estruturais Básicos – Grelhas • Comportamento ➢ A parcela maior da carga concentrada “P” é transmitida aos apoios pela viga de menor vão. ➢ A parcela menor é transmitida na direção do maior vão. ➢ A viga mais rígida, (a curta) será mais solicitada em comparação com a viga mais flexível (a longa). ➢ A interligação rígida, introduz um giro na seção transversal. ➢ Quando uma das vigas sofre flexão, a viga interligada sofre um efeito de torção. As barras de uma grelha estão submetidas a esforços cortantes (V), momentos fletores (M) e momentos torsores (T). Sistemas Estruturais Básicos – Grelhas • Materiais e formas usuais • As grelhas podem ser feitas em aço, madeira, concreto armado ou concreto protendido. Sistemas Estruturais Básicos – Grelhas • Materiais e formas usuais • A grelha é um sistema estrutura gerado pelo cruzamento rígido entre as vigas no plano do pavimento. Os reticulados podem ser ortogonais ou diagonais com relação às vigas periféricas e a disposição diagonal apresenta melhor comportamento, porém é de difícil execução. Sistemas Estruturais Básicos – Grelhas • Materiais e seções usuais • Para que sejam consideradas grelha, quando feita em concreto armado ou protendido, as vigas devem ter espaçamento maior que 1,10 m entre eixos. • Sobre as vigas pode ser criada uma laje de concreto armado maciça, porém lajes pré-moldadas em concreto armado e protendido também são adequadas. • A independência do piso com relação à grelha permite a criação de domos, ou então de pisos de vidro, interessantes do ponto de vista arquitetônico. Sistemas Estruturais Básicos – Grelhas • Exemplos Sistemas Estruturais Básicos – Grelhas • Exemplos – Domos de cobertura
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