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Regulamentação Referências legais para o exercício atual: 1) CONSTITUIÇÃO FEDERAL Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais Capítulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; Atualmente, não existe nenhuma lei que regulamente o exercício da profissão de Acupunturista no Brasil. Isto significa que a prática da profissão é livre. Por isso mesmo é fundamental que os profissionais idôneos filiem-se ao Conselho de Autorregulamentação mais próximo, oferecendo a seu cliente maior segurança e garantia da qualidade do serviço que irá prestar. Os Conselhos de Autorregulamentação não são autarquias – ou seja, não foram criados por leis federais e portanto, não é obrigatória a filiação dos profissionais aos mesmos. Contudo, tais instituições dedicam-se a estabelecer critérios para norteiam a boa prática da profissão em um Código de Ética e a definir os quesitos básicos da formação adequada do profissional, através dos critérios de filiação. Assim, ao procurar um acupunturista associado, o paciente tem mais segurança quanto à qualidade do serviço que irá receber. V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; Se você Acupunturista sofrer qualquer constrangimento público quanto ao seu exercício profissional, busque documentá-lo e angariar testemunhas. É seu direito processar o agressor. XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; Apenas lei federal poderá definir os critérios para o exercício da profissão. Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I – emendas à Constituição; II – leis complementares; III – leis ordinárias; IV – leis delegadas; V – medidas provisórias; VI – decretos legislativos; VII – resoluções. Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. Título III – Da Organização do Estado Capítulo II – Da União Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: Inciso XII – previdência social, proteção e defesa da saúde; Não cabe a nenhuma categoria profissional impor-se sobre as demais com o argumento de defensa da saúde da população, pois esta tarefa é exclusiva da União. Os Conselhos de Autorregulamentação visam oferecer maior proteção à população, através da certificação e acreditação social de seus afiliados – profissionais que comprovaram as devidas qualificações. Contudo, não pode impedir que não-associados exerçam a profissão. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: Inciso XVI – organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; Decisões municipais, ou estaduais que restrinjam o exercício de profissões são inconstitucionais. Já as decisões dos Conselhos Federais só são válidas para seus membros, e portanto não podem interferir na prática profissional de outras pessoas. Se você é um profissional filiado a algum Conselho Federal deve seguir as determinações do mesmo enquanto estiver no exercício de sua profissão. Contudo, enquanto cidadão, você tem a liberdade de exercer quantas profissões lhe convier. 2) PORTARIA 971 DE 3 DE MAIO DE 2006 – A ACUPUNTURA NO SUS Define as ações e responsabilidades dos gestores federais, estaduais e municipais na implementação de novos serviços na rede pública de saúde: fitoterapia, homeopatia, medicina tradicional chinesa/acupuntura e termalismo social. Para toda inserção de profissionais que exerçam a acupuntura no SUS será necessário o título de especialista. Objetivos da Portaria: 1) Harmonizar os critérios e procedimentos para a prestação de serviços no SUS de forma a garantir segurança, eficácia e qualidade aos usuários desses tipos de terapias. 2) Adequação de iniciativas que já vinham sendo desenvolvidos em algumas regiões do país. Texto da portaria na íntegra: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/PNPIC.pdf 4. IMPLEMENTAÇÃO DAS DIRETRIZES 4.1. NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA-ACUPUNTURA Premissa: desenvolvimento da Medicina Tradicional Chinesa-acupuntura em caráter multiprofissional, para as categorias profissionais presentes no SUS, e em consonância com o nível de atenção. DIRETRIZ MTCA 1 1 – NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Profissionais de saúde acupunturistas inseridos nos serviços ambulatoriais especializados de média e alta complexidade deverão participar do sistema referência/contra-referência, atuando de forma resolutiva no processo de educação permanente. Profissionais de saúde acupunturistas inseridos na rede hospitalar do SUS. Para toda inserção de profissionais que exerçam a acupuntura no SUS será necessário o título de especialista. Deverão ser elaboradas normas técnicas e operacionais compatíveis com a implantação e o desenvolvimento dessas práticas no SUS. 3) CBO (CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES) DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Descreve a ocupação de Acupunturista desde 1977 sob o número 3221-05. • “Descrição sumária: “O profissional acupunturista realiza prognósticos energéticos por meio de métodos da medicina tradicional chinesa para harmonização energética, fisiológica e psico-orgânica; aplicam estímulos físico- químicos e técnicas corporais para tratamento de moléstias psico-neuro- funcionais e energéticas (acupunturista).” • Condições gerais de exercício: Atuam na área da saúde e serviços sociais. São autônomos, trabalhando por conta própria, de forma individual, sem supervisão. Executam suas funções em ambiente fechado e em horário diurno. • Formação e experiência: O exercício dessas ocupações requer curso técnico de nível médio na área de atuação. 4) COMPROMISSOS INTERNACIONAIS DO ESTADO BRASILEIRO Fomentam o exercício da Acupuntura por Acupunturistas: 1. a) o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos de 1966; 2. b) o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1966; 3. c) a Declaração da Conferência Mundial sobre os Direitos Humanos, de 1993; 4. d) a Resolução da Organização Mundial de Saúde WHA 23.41, de 1970; 5. e) a Declaração de Alma-Ata, de 1978; 6. f) o General Comment nº 14, de 2000, do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais; 7. g) o Plano Estratégico de Medicina Tradicional 2002/2005 da OMS/WHO; 8. h) a Resolução sobre Medicina Tradicional WHA nº 56.31, de 2003; e 9. h) a Declaração de Beijing, de 8 de novembro de 2008. 5) PROJETO DE LEI N 1549/03 Disciplina o exercício profissional da Acupuntura e determina outras providências. O CRAENE apóia a aprovação do projeto, que considera a multidisciplinaridade da Acupuntura, respeitando a autonomia dos saberes em saúde dos quais a técnica se origina. Para conhecer a situação atual e acompanhar a tramitação do projeto, visite o site do CRAERJ: http://craerj.org.br/Direitos/SituacaoAtual/SituacaoAtual02.html
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