Buscar

Meios Processuais e Princípios do Registo Predial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1.Os meios processuais privativos de actos de registos civis são: processos comuns e especiais art221. São processos comuns os processos de justificação judicial: é regulada nos 233 e 240 que e o meio próprio para proceder a rectificação de registo irregular, no caso em que a irregularidade resulte de suscitarem duvidas sobre a identidade das pessoas a quem ele respeita, e as formalidades necessárias nas situações de óbito. Justificação administrativa é regulada nos art241 e 24, destina-se a suprir a omissão de registo, a declarar a sua inexistência jurídica ou a sua nulidade, bem como a corrigir alguma das irregularidades previstas no nº2 do art93 registo inquinado de vício que o torne inexistente ou nulo ou ferido de erro que não importe duvida sobre a identidade das pessoas e quem respeita. São processos especiais os processos de: impedimento de casamento- o processo de impedimento de casamento é regulado nos art245 a 252 na declaração deve constar documentos autentico ou autenticado, ou, quando feita verbalmente na conservatória ser reduzida a auto, e deve conter especificamente a identificação do declarante, a natureza do impedimento, espécie e o numero do documentos juntos e a identidade das testemunhas.
Acções do estado são aquelas em que se pretende alterar o estado tal como consta no registo civil, o que quer dizer que é o próprio facto de registado que se contesta. Ex: acções de investigações ou impugnação de paternidade ou de anulação de casamento. Acção de registo são aquelas que tem por objecto o registo em si mesmo: a sua inexistência ou omissão, a sua nulidade ou certas das irregularidades ou deficiência. 
2. O objecto do registo predial é o que decorre a situação jurídica desses mesmos prédios, o acto de inscrição registal e tem como sustento factos jurídicos.
	Os princípios do registo predial: princípio da instância- o registo se efectua a pedido dos interessados e não por iniciativa de qualquer outra entidade art4 e 87. Princípio da tipicidade também conhecido por princípio do numerus clausus analisa-se que só podem ser levados ao registo os factos que a lei indica como a ele sujeitos e consequentemente nenhuns outros art2,3. Princípio da presunção da verdade registal ou da exactidão do registo também chamado da fé pública registal significa que o consta do registo é juridicamente existente e consequentemente que aparece no registo como titular de direito real sobre um bem imóvel é o seu verdadeiro titular e pode portanto dispor dum direito. Princípio da publicidade significa que qualquer pessoa tem o direito de pedir informações sobre a titularidade dos direitos inscritos no registo e sobre o conteúdo dos registos. Principio da especialidade art.º 176 nº1=149 corresponde a necessidade de tanto o prédio como os direitos que sobre ele possam existir, sejam definidos no registo por forma clara e especifica de maneira a afastar quaisquer duvida, quer sobre a sua identificação precisa, quer sobe a sua extensão. Princípio da legalidade art5tambem chamado de qualificação, compete ao conservador apreciar a viabilidade do pedido de registo, em face das disposições legais aplicáveis dos documentos apresentados e dos registos anteriores, verificando especialmente a identidade do prédio, a legitimidade dos interessados, a regularidade formal dos títulos e validade dos actos dispositivos neles contido. Princípio da legitimação de direitos significa que só pode exercer direitos quem estiver legitimado para o fazer, ou, por outras palavras só tem legitimidade para exercer direitos sobre imóveis quem estiver munido de título suficiente para prova do seu direito. Princípio do trato sucessivo é corolário do princípio da legitimação de direitos exige que no registo estejam reflectidas todas as vicissitudes da vida de um direito real significa que o actual titular do direito o adquiriu do titular imediatamente antes inscrito no registo.
1. Prédios urbanos- qualquer edifício incorporado no solo com os terrenos que sirvam de logradouro, bem como uma parcela ou talhão delimitado e integrado numa área urbanizada.
1. Prédios rústicos - é uma parte determinada do solo e as construções neles existentes que não tenham autonomia económica, em que a fonte de rendimento depende principalmente da terra em si enquanto que as construções tem como função uma actividade de apoio a exploração da terra.
3. A noção de notário é actualmente um funcionário público a quem o Estado confere pois fé publica extrajudicial de modo que os documentos por ele lavrados no exercício das suas funções são documentos autênticos gozando de forca probatória plena. 
As espécies de documentos lavrados pelo notário são: São autênticos os documentos exarados pelo notário nos respectivos livros, ou em instrumentos avulsos, e os certificados, certidões e outros documentos análogos por ele expedidos. São autenticados os documentos particulares confirmados pelas partes perante notário. Reconhecimento notarial os documentos particulares cuja letra e assinatura, ou só assinatura se mostrem reconhecidas por notário. 
Os requisitos gerais e especiais dos instrumentos notariais
4. A finalidade do registo de automóvel é individualizar os respectivos proprietários e em geral, dar publicidade aos direitos inerentes aos veículos automóvel. 
Os factos sujeitos a registo de automóveis - Estão sujeitos a registo (nº 1 artigo 5º):O direito de propriedade e de usufruto; A reserva de propriedade, bem como os direitos de uso estipulados em contratos de alienação de veículos automóveis; A hipoteca, a modificação e cessão dela, bem como a cessão do grau de prioridade do respectivo registo; A transmissão de direitos ou créditos registados e o penhor, o arresto e a penhora desses créditos.
5. CASO PRATICO: Primeiro há aspectos a considerar: 1- Eficácia real dos contratos;2. Venda por non dominus;3. Obrigatoriedade ou não do registo;4. conceito de terceiros para efeitos de registo e 5 efeitos da falta de registo. 
a) O contrato entre A e B é valido e efeitos no acto da sua celebração, pelo que a propriedade se transmitiu do primeiro para o segundo nesse momento art408/1. O contrato entre A e C é nulo, porque faltou de legitimidade do alienante, uma vez que já não era proprietário do prédio a data da alienação, tratou-se de uma venda de bens alheios art892.
b) Embora a aquisição do direito de propriedade seja um dos factos sujeitos a registo art2/1 do CRP, este registo não é obrigatório pelo que o direito de B não é afectado pela sua falta. Outrossim, fala-se de uma obrigatoriedade indirecta, uma vez que o titular do direito não pode dele dispor sem o registo prévio. O art.º 9CRP dirige-se ao notário, este não pode titular um acto de disposição de um direito sujeito a registo sem que tenha sido definitivamente inscrito. Ou seja, só pode dispor de um direito só quem tem legitimidade para tal aquele que beneficiário de um registo. 
c) A declaração de nulidade: No caso em apreço F não e terceiro, pois nada adquiriu de A; e C é terceiro, pois adquiriu de um direito de propriedade incompatível com o direito que B adquiriu do mesmo alienante. Logo, na realidade C nada adquiriu, uma vez que A já não dispunha do direito para o alienar, mas ele não sabia nem tinha obrigação de o saber, dada a presunção do art.º 7 CRP. Ou seja, B e C adquiriram de A-autor comum- direitos incompatíveis, pelo que C é terceiro em relação a B, substantivo do direito.
d) O F não será protegido pelas regras do registo relativamente a penhora que F registado sobre o prédio de B, pode este em qualquer momento esse registo uma vez que aquele não pode onerar bem que não pertence ao património do seu devedor A, art8 e 13 CRP. Pela divida de A responde o património desde e o prédio X já não faz parte do património. Logo, não sendo F abrangindo pelo conceito de terceiros do art5/2 não pode ele ser beneficiário da protecção do nº1 deste art.º
2.a.Aspectos a considerar:1. Da omissão de registo do prédio2. Da validade dos títulos de aquisição e dos registos3. Da protecção de terceiro de boa-fé regimeaplicável:1. Da omissão de registo do prédio A primeira questão que se levanta é a de saber como é possível a existência de prédios omissos no registo. A resposta a esta questão prende-se com a não obrigatoriedade de registo que vigora em Moçambique. O art. 2º do CRP enuncia quais os factos jurídicos sujeitos a registo, mas o art. 41 sujeita esse registo ao princípio da instância, o que significa que o impulso inicial cabe aos interessados; só a pedido destes serão os factos registados. 2. Da validade dos títulos de aquisição e dos registos O enunciado fala-nos de uma escritura de justificação notarial.
b.A acção de reivindicação não poderia proceder, sendo B o legítimo proprietário actual do prédio por aquisição tabular (efeito atributivo do registo), nos termos do citado art. 17/2 do CRP.
6.O objecto do registo de Entidades Legais compreende (Artigo 2º):As empresas comerciais; As sociedades civis sob a forma comercial; As associações, fundações, consórcios e cooperativas; As representações de entidades estrangeiras e nacionais; Outras entidades a ele sujeitas por lei; Os factos a ele sujeitos, referentes às entidades mencionadas nas alíneas anteriores.
Factos sujeitos a registo relativos às empresas comerciais- estão sujeito a registo (Artigo 3º):O acto constitutivo, incluindo os estatutos, e respectivas alterações; A firma e a sede social; A deliberação de aquisição e alienação de bens a sócios ou associados e o relatório de avaliação que lhe serviu de base; A unificação, divisão e transmissão de quotas de sociedades por quotas, bem como de partes sociais de sócios capitalistas de sociedades de capital e trabalho.
A finalidade da matrícula comercial é especialmente destinada à identificação das entidades legais sujeitas a registo.
7.Princípios orientadores da disciplina do registo civil: Princ. da legalidade – o registo è submetido ao controlo da sua legalidade por jurista qualificado; Princ. da Tipicidade ou de numerus clausus – só podem ser registados os factos que a lei determina que o sejam (art. 1.° CRCiv); Princ. da Presunção da verdade registal – a situação jurídica resultante do registo existe nos precisos termos nele constante (art. 350.°/1 CC); Princ. da Especialidade - as pessoas e as coisas objecto de registo são claramente especificadas e individualizadas; Princ. do trato sucessivo ou da conexão (continuidade do registo) - conexão entre registos sucessivos relativos a mesma pessoa ou coisa è controlada; Princ. da Prioridade – o direito inscrito em primeiro lugar prevalece sobre os que se lhe seguem; Princ. da Instancia – os registos são efectuados a pedido dos interessados; Princ. da Publicidade – qualquer pessoa pode tomar conhecimento do conteúdo dos registos.
Modalidades do Registo Civil (art. 61 do C.R.C):Forma de lavrar o Registo Em princípio, segundo prevê o n˚1 do art. 61 da lei n˚12/ 2004 de 8 Dezembro (código de registo civil), o registo dos factos a ele sujeito é ou são lavrados por meio de assento ou de averbamentos. Mais, os averbamentos são havidos como parte integrante do assento. Os assentos (art. 62 e seguintes do C.R.C) Os assentos são lavrados por: Inscrição (art. 63 e seguintes do C.R.C); e Transcrição (art. 65 e seguintes do C.
5

Continue navegando