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Resumo Amebíase

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0000000000000000Amebías�00000000000000000
Taxonomia00000000000000000000000000000000000000000000000000
-As amebas pertencem ao filo Sarcomastigophora dentro do reino
Pr�ozoa
-Enquanto dentro do filo Sarcomastigophora temos pr�ozoários que
locomovem por flagelos, também temos as amebas locomovendo-se por
pseudópodes
-Amebas: Entamoeba, Endolimax, Iodamoeba, Hartmannella,
Acanthamoeba, Naegleria (as duas últimas possuem vida livre)
Epidemiologia00000000000000000000000000000000000000000000000
-�tima-se que existam cerca de 500 milhões de pessoas infectados no
mundo por E.histolytica / E.dispar
-~50 milhões de casos/ano (10%) de amebíase invasiva
-Uma das principais causas de morte (100.000/ ano no mundo)
-As taxas de mortalidade estão relacionadas à pobreza, má nutrição e
condições inadequadas de saneamento
-Os cistos permanecem viáveis (ao abrigo da luz solar e em condições de
umidade) durante cerca de 20 dias
-No Brasil:
Amebas00000000000000000000000000000000000000000000000000000
-Pr�ozoários com inúmeros habitats visto que, possuem uma capacidade
muito grande de se adaptar. Dessa forma podem ser encontradas desde
locais com temperatura muito baixa, como geleiras, até locais com
temperaturas e�remas, como terrenos vulcânicos
Vida livre vários gêneros e espécies
Parasitos Entamoeba histolytica
Comensais Entamoeba coli, E. dispar, E.
hartmanni, E. gingivalis,
Endolimax nana, Iodamoeba
butschlii
Vida livre eventualmente
parasitas
Acanthamoeba, Naegleria
Biologia das Amebas00000000000000000000000000000000000000000
-Habitat
-Luz do intestino grosso (trofozoítas não invasivos)
-Mucosa intestinal, fígado, pulmão, rim e cérebro (trofozoítas invasivos)
-Trofozoítos não invasivos
L alimentam-se de bactérias
-Trofozoítos invasivos
L alimentam-se de células e debris celulares (podem ser
visualizadas hemácias no seu citoplasma)
-�pécies que convivem com o homem
L Gênero Entamoeba
-As espécies E. histolytica / E.dispar são morfologicamente idênticas,
tanto no tamanho, como no citoplasma e no aspecto do núcleo. Podendo
ser diferenciada por biologia molecular ou pelo comportamento da
espécie
-As amebas do gênero podem ser reconhecidas por:
L sua forma trofozoíta que não possui uma forma bem definida,
apresenta pseudópodes, ectoplasma e endoplasma (citoplasma)
L sua forma de cisto redonda possuindo 1, 4 ou 8 núcleos
E. histolytica
E. hartmanni
E. coli
E. nana
-Cisto: imóvel, não se alimenta, precisa serem “carregados” até o
homem→ estágio infectante
-Trofozoíta: móvel (pseudópodes), se reproduz (divisão binária), se
alimenta (fagocitose-partícula sólida, pinocitose-partícula líquida)
-�tágio comensal ou invasivo (forma magma - patogênica)
L Complexo “Histolytica”
L E. histolytica, E. dispar e E. hartmanni
Entamoeba histolytica: A, forma não-patogênica; B, forma patogênica
Ciclo Biológico000000000000000000000000000000000000000000000
Obs.: o único hospedeiro é o homem
cada núcleo da origem a um trofozoíto
-O homem se infecta através da ingestão de cistos, esse cisto passa pel
estômago, através do estímulo do suco gástrico ele inicia o
desencistamento no duodeno, liberando o trofozoíto, este por sua vez
migra para o intestino grosso, o coloniza e se multiplica. Depois de
alguns cistos reprodutivos eles se tornam cistos.
-O encistamento se dá primeiro pela formação de um vacúolo digestivo
que vai servir de nutriente para o cisto até ele se tornar maduro. Depois
começa a multiplicar o núcleo e essa multiplicação depende da espécie.
Transmissão000000000000000000000000000000000000000000000000
-Através da ingestão de alimentos com cistos: verduras e frutas
contaminadas, água, veiculadas nas patas de baratas e moscas. Falta de
higiene domiciliar e os portadores assintomáticos.
Ciclo Patogênico Entamoeba Histolytica000000000000000000000000
-Patogenia
-Formas assintomáticas
-Formas sintomáticas
L conjunto de pelo menos 18 variedades ou zimodemos
diferentes (7 patogênicas)
amebíase intestinal
geralmente não patogênica
⬇
forma invasiva
facilitada por lesões
invade mucosas íntegras
-Principais fatores que determinam a virulência da espécie E.
histolytica
-Interação molecular da superfície do trofozoíto e células do epitélio
intestinal
-�pécies de bactérias que coabitam a luz do intestino (in vitro):
L Linhagens não-invasivas podem se tornar invasivas quando
cultivadas juntamente com bactérias
L Entamoeba dispar podem se tornar patogênicas quando um
cultivo polixênico
-Interação ameba e célula do hospedeiro:
L Amebaporos: pr�eínas formadoras de poros (ligadas a
fosfolipídios carregados negativamente)
L lectina Gal/GalNAc (molécula reconhecida pela Entamoeba e
presente em toda a mucosa intestinal)
Célula hospedeira - lectina Gal/GalNAc
Caspase 3 ➡APOPTOSE
Aderência amebiana a células epiteliais do intestino
obs.: alguns indivíduos não possuem sintomas uma vez que cada ameba
interage de uma maneira com a microbi�a intestinal
-O pr�ozoário vai fagocitando pedaços da célula, esse processo é
conhecido como trigocitose
-A fagocitose de células mortas é rápida e necessária para processo de
invasão
-A fagocitose de células depende do reconhecimento das mudanças
morfológicas da superfície destas células
-Invasão da mucosa intestinal
microscopia 3D: pr�ozoários-azul, mucosa intestinal-amarelo
-Mecanismo de Invasão
1. Adesão: ocorre através de receptores específicos de células do
epitélio intestinal (lectinas Gal/GalNAc)
2. Processo de destruição tecidual (E. histolytica): ação de
enzimas (hialuronidase, pr�eases e mucopolissacaridases) e
citopatogenicidade - formação de úlcera
3. Dispersão: o trofozoíta cai na circulação e atinge o fígado via
sistema porta (filopódios, fagocitose)
Adesão
Úlcera
Abscesso no fígado
-Amebíase intestinal
L Em sua fase aguda, a forma de amebíase invasiva é
denominada disenteria amebiana
L Na colite crônica as lesões são de idades muito diferentes
L Se restringe a mucosa intestinal
-Complicações
-Colite amebiana �lminante
-Per�ração do intestino com peritonite e hemorragias
-Apêndice e tiflite
-Ameboma
-Formas e�ra intestinais
-Amebíase hepática
L Lesões di�sas ou abscessos afastados da superfície hepática
evoluem em silêncio por muito tempo
-Amebíase pleuro-pulmonar
L Nas infecções dos pulmões e pleuras há febre, dor torácica no
lado direito, tosse e expectoração que ora lembra suco de
tomate, ora chocolate ou gelatina
-Abscesso cerebral amebiano
L As localizações cerebrais podem simular abscessos piogênicos
ou serem completamente inespecíficos
Imunidade contra E. histolytica000000000000000000000000000000
-Humoral: IgG específico
-Celular
L Interação amebas e neutrófilos: vão produzir óxido nítrico para
destruir o pr�ozoitos
L Interação amebas e macrófagos: vão fagocitar as amebas
L Interação amebas e linfócitos T: vão gerar radicais livres de
oxigênio
-”Caping” e “shading” de pr�eínas (importantes na evasão), as amebas
se encapsulam de pr�eínas do próprio hospedeiro dificultando o
reconhecimento delas pelo sistema imune, “turnover” contínuo de
membrana plasmática
Imunidade Protetora0000000000000000000000000000000000000000
-A resistência à reinfecção em crianças está associada a presença de IgA
intestinal contra a lectina Gal/GalNAc
-A imunização de camundongos com a lectina Gal/GalNAc purificada ou
recombinante é capaz de prevenir a infecção intestinal
Profilaxia000000000000000000000000000000000000000000000000000
1. Saneamento básico
2. Educação sanitária
3. Tratamento de água
4. Controle de alimentos (lavar frutas e verduras)
5. Tratamento das fontes de infecção
6. Cuidado com a higiene pessoal (lavar as mãos)
7. Vacinas
-Trofozoítas (via oral)
-Cistos (impedir encistamento)
Amebas de vida livre00000000000000000000000000000000000000000
-Acanthamoeba spp.
-Naegleria fowleri
-Balamuthia mandrillaris
-Amebas Oportunistas
L Amebas encontradas no solo e na água
L Bacteriófagos

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