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Curso de Operação e Manutenção de Subestações de Parques Eólicos PROGRAMA 1. Objetivo 2. Subestação 2.1 Definição 2.2 Classificação 3. Arranjos de Barramentos 3.1 Entrada ou Saída Direta 3.2 Barramentos Simples sem by-pass 3.3 Barramentos Simples com by-pass 3.4 Barramentos Simples Seccionado 3.5 Barramento Principal e Transferência ou Auxiliar 3.6 Barramentos Duplo 4. Equipamentos Principais 4.1 Transformadores de Potência 4.2 Chaves de Manobra e Proteção 4.3 Disjuntores 4.3.1 Quanto ao Nível de Tensão de Operação 4.3.2 Quanto ao Meio de Extinção do Arco Elétrico 4.3.3 Quanto ao Mecanismo de Operação 4.3.4 Modo de Operação e Sinalização 5. Equipamentos Auxiliares 5.1 Para-raios 5.1.1 Franklin 5.1.2 Estação 5.1.3 Circuito/Alimentador 5.1.4 Cabo Guarda 5.2 Transformadores de Aterramento 5.3 Transformadores de Instrumentos - TIs 5.3.1 Transformador de Potencial – TP 5.3.2 Transformador de Corrente – TC 5.4 Transformadores de Serviços Auxiliares 5.5 Retificador 5.6 Banco de Baterias 5.7 Grupo Motor-Gerador 5.8 Quadro de Serviço Auxiliar - QSA 5.9 Quadro de Comando e Sinalização 6. Equipamentos de Regulação 6.1 Reatores em Derivação 6.2 Capacitores em Derivação 6.3 Capacitores Série 1. Objetivo Por estar voltado para um Curso de Operação e Manutenção de Subestações de Parques Eólicos, o conteúdo abordado neste módulo tem por objetivo definir e classificar a subestação e seus diversos tipos, identificar a funcionalidade dos equipamentos elétricos encontrados em instalações dessa natureza, abordando aspectos construtivos e operacionais. Basicamente, todo conteúdo apresentado nesse trabalho visa repassar informações gerais do papel de cada equipamento no contexto de Geração, Transmissão e de distribuição de energia, concentrando-se principalmente nos instalados em subestações aéreas, internas e abrigadas sem explorar os dispositivos auxiliares e complexidade funcional da Proteção de Sistemas. A abordagem dos assuntos está dividida propositadamente em o que nomeamos de equipamentos auxiliares, principais e de regulação, não no intuito de pôr em detrimento a função do equipamento de um grupo em relação ao de outro grupo, mas apenas organizar melhor a sequência de explanação contribuindo para o melhor aprendizado. 2. Subestações 2.1 Definição de Subestação Instalação elétrica de alta potência, contendo equipamentos para transmissão, distribuição, proteção, controle, supervisão e medição de energia elétrica. Funciona como ponto de controle e transferência em um sistema de geração, transmissão ou distribuição elétrica, direcionando e controlando o fluxo energético, transformando os níveis de tensão e funcionando também como pontos de entrega para consumidores industriais. 2.2 Classificações de Subestação 2.2.1 Quanto à Relação entre os Níveis de Tensão de Entrada e Saída Subestação Transformadora: Altera o nível de tensão para um nível maior ou menor, sendo designada, respectivamente, subestação transformadora elevadora e subestação transformadora abaixadora. Geralmente, encontramos subestação elevadora próxima aos centros de geração (elevam a tensão para níveis de transmissão e sub transmissão proporcionando um transporte econômico da energia). Subestações no final de um sistema de transmissão, próximas aos centros de carga, ou de suprimento a uma indústria é uma subestação abaixadora (diminuem os níveis de tensão evitando inconvenientes para a população como rádio interferência, campos magnéticos intensos, etc.). Subestação de Manobra Também denominada de seccionadora ou de chaveamento, mantêm o mesmo nível de tensão e se destina a interligar circuitos de suprimento, possibilitando a sua multiplicação. É também adotada para possibilitar o seccionamento de circuitos, permitindo sua energização em trechos sucessivos de menor comprimento. 2.2.2 Quanto à Função no Sistema Elétrico Subestação de Transmissão: São aquelas que operam em níveis de tensão superiores a 138 KV e se interligam as linhas de transmissão permitindo assim o transporte de energia elétrica a grandes distâncias. Também denominadas subestações supridoras. Subestação de Sub transmissão: Recebem a energia elétrica das subestações transmissoras através das linhas de transmissão, permitindo seu transporte a outras subestações de ramificações ou anéis pelas linhas de sub transmissão. Subestação Distribuidora: Recebem a energia elétrica das subestações sub transmissoras, permitindo a entrega dessa energia a grandes consumidores ou abaixam o nível de tensão, que no caso da COSERN e de outras distribuidoras de energia, este nível de tensão é de 13,8 KV, permitindo a distribuição através das redes distribuidoras (alimentadores). Nota: Nas grandes metrópoles ou em cidades cujos espaços de passeios são restritos e disputados, são encontradas subestações distribuidoras para atender os consumidores de baixa tensão, comerciais ou residenciais. Essas subestações normalmente são subterrâneas e abaixadoras. 2.2.3 Quanto ao Tipo de Instalação Subestação Externa: Instalada ao tempo, normalmente subestação aérea. É as mais utilizadas em virtude da melhor relação custo benefício. É de fácil montagem e manutenção tendo em vista a flexibilidade de manobras que a instalação pode oferecer em função dos diversos tipos de arranjo de barramento comportados no projeto e construção da mesma. Como desvantagem requer plano de inspeção e manutenção mais elaboradas devido à exposição dos equipamentos às intempéries, principalmente quando construídas em zonas próximas ao litoral e não são abrigadas. Subestação Interna: Construída no interior de uma edificação, normalmente são do tipo blindada ou montada em cabines metálicas (Switch-gear). Apresentam dificuldades na montagem e manutenção principalmente, pois para a liberação de um disjuntor, por exemplo, sua carga tem que ser desligada por não haver recurso de by-pass ou até mesmo ter que desligar todo um barramento devido à dificuldade e riscos de acesso com este energizado. Muito utilizada nas plantas de Parques eólicos e indústrias, pois requer menor espaço para montagem e instalação. Subestação Abrigada: Subestação montada sob um teto de proteção contra intempéries como salinidade ou umidade excessivas do ar, por exemplo. É uma instalação aérea cujas paredes de alvenaria ou concreto atuam como anteparo impedindo que ventos que trazem a salinidade ou alta umidade atinjam direta e continuamente os equipamentos de potência. Construída preferencialmente em áreas sujeitas a essas intempéries como, por exemplo, próximas ao litoral. O custo a mais durante a fase de construção é recompensado na fase de operação e manutenção da subestação, pois a proteção proporcionada pelas paredes se mostra eficiente e permite o melhor planejamento da manutenção dos equipamentos e garante maior confiabilidade e continuidade à instalação. Nota: As plantas dos Parques eólicos utilizam nas suas subestações uma montagem mista de subestação, aérea, abrigada ou não para os barramentos que se conectam ao sistema acessado, distribuidora ou Transmissora e, subestação blindada para os barramentos de conexão dos Aero geradores aos transformadores elevadores em segundo estágio, por exemplo. Isso ocorre em função dos Aero geradores estarem localizadas mais próximas ao litoral para melhor aproveitamento dos ventos e a conexão até a subestação utiliza condutores subterrâneos que se adaptam melhor aos barramentos blindados. Já a conexão com sistema elétrico, esta utiliza geralmente rede aérea. Subestação Móvel: Subestação montada sobre prancha móvel permitindo seu deslocamento e instalação durante manutenções ou obras em subestações, substituindo o transformador de potência. Sua construção segue o padrão de subestação aéreo, mas requer características especiais nos equipamentos, principalmente para o transformador de potência de modo permitir sua montagem dentro dos padrões e normas de trânsito em via pública bem como deve atender aos requisitos de segurança aos usuários (manutenção e operação). Assim, por exemplo,o arrefecimento do óleo isolante é realizado por meio de ar e óleo forçados, ou seja, o óleo circula através de dutos bombeado até os radiadores onde o ar forçado o refrigera e retorna ao tanque do transformador, dispensando o uso de radiadores acoplados diretamente ao transformador o que diminui seu espaço lateral. A subestação móvel deve dispor ainda de todo o sistema de controle, comando, supervisão, medição e proteção para garantir sua perfeita operacionalidade. Sempre que a subestação móvel for utilizada, antes da sua interligação e energização, devem ser realizados os comissionamentos eletromecânico e elétrico da mesma como se fosse à energização de uma nova subestação. Subestação Aérea Subestação em Cabine ou Cubículo Subestação Abrigada Subestação Móvel 2.2.4 Quanto ao Tipo Construtivo Subestação Convencional: Os equipamentos são construtivamente independentes e são interligados por ocasião da montagem. Subestação em Cabine Metálica: Todos os equipamentos e interligações são executados em fábrica. Subestação Blindada: Os barramentos e equipamentos principais são dotados de invólucro e isolamento específicos. Subestação Blindada Subestação Subterrânea: Subestação cujos equipamentos são instalados sob o nível do piso. São montadas frequentemente em redes de distribuição dos grandes centros comerciais das metrópoles, tendo em vista o espaço reduzido para encaminhamento e instalação de linhas e transformadores aéreos. 2.2.5 Quanto à Natureza dos Parâmetros Elétricos Subestação de Corrente Alternada: Sem alteração da frequência e do número de fases. Predomina entre as subestações por ser a maioria das instalações desse tipo destinadas a transmissão e distribuição de energia em corrente alternada, onde são mantidos constantes a frequência e número de fase. Subestação Conversora: Subestação destinada a converter os parâmetros de frequência ou número de fases na distribuição ou transmissão de energia elétrica. Subestação Alternadora: Converte energia de corrente contínua em corrente alternada, sem previsão para conversão no sentido inverso. Subestação Retificadora: Converte energia em corrente alternada para corrente contínua, sem previsão para conversão no sentido inverso. Subestação Mutadora: Converte energia de corrente alternada para corrente contínua e vice-versa. 2.2.6 Quanto ao Modo de Operação Subestação Convencional: Necessita da presença humana constante para sua operação, mesmo que para o mais simples comando. Modelo em extinção tendo em vista o grande avanço da tecnologia para automação de subestações. Subestação Tele assistida: Não requer a presença constante do ser humano, pois para quaisquer anormalidades em algum equipamento é gerada uma mensagem via rádio que acionará o operador para que este se desloque a subestação. Subestação Telecomandada ou automatizada: Não requer a presença constante do ser humano, podendo dispor ou não de alarme via rádio para acionamento do operador, pois a supervisão, comando e controle da subestação são feita pelo Centro de Operação. Quando se deseja automatizar uma subestação, na realidade, o que se deseja é ter condições de dês assisti-la (efetuar o seu controle sem a presença de operadores) sem degradação da qualidade operativa. Na prática o que se observa, principalmente para as subestações de parques eólicos, é que a automação foca os equipamentos do lado de alta tensão como disjuntores, transformadores de potência e chaves motorizadas, em alguns casos não habilitando os comandos remoto e elétrico nas chaves terra, e no lado de média tensão focam principalmente os disjuntores. Portanto, a presença do operador ainda é requerida quando é necessário operar as chaves seccionadoras do lado de Média tensão e para confirmação de fechamento das chaves motorizadas do lado de alta tensão, e nas inspeções de barramentos, linhas de sub transmissão, transmissão e circuitos pós-ocorrências. O ambiente operativo de uma subestação se caracteriza pela possibilidade de intervenção do operador quando da ocorrência de condições anormais de operação. Assim, as funções automáticas de supervisão e controle local devem ser capazes de gerar ações artificiais preventivas e de controle, no mínimo com o mesmo valor agregado às operações humanas, melhorando a eficiência da operação e reduzindo os custos. Para a realização de um processo de automação em uma subestação devem-se avaliar, inicialmente, quais são as funções a serem automatizadas. Então, pode-se definir o sistema de aquisição de dados, o hardware (sistema computacional e dispositivos de instrumentação e controle) e os requisitos de comunicação necessários para a automação. Uma subestação automatizada opera com maior confiabilidade e segurança para os operadores que podem trabalhar em salas de comando localizadas na própria subestação, ou em algum centro de comando fora da subestação. É importante realizar um levantamento do custo/benefício para a implantação da automação, uma vez que os custos para tal procedimento podem ser muito elevados, não sendo viável a sua concretização. As principais vantagens da automação de subestações podem ser resumidas em: Ø Auto monitoramento através de varredura das funções internas, indicando o defeito no momento em que esse ocorre; Ø Registro gráfico de defeitos, permitindo o conhecimento preciso da falta, sua identificação, intensidade e tempo de interrupção; Ø Estatística do número de operações por comando manual e defeito para uma manutenção precisa em disjuntores; Ø Comando à distância, possibilitando que a subestação não fique desassistida, evitando o custo de operação da mesma; Ø Indicações de medições locais e à distância de, por exemplo, tensão, corrente, potência, frequência e fator de potência. Painel de Comando SE Automatizada Painel de Comando SE Não Automatizada 3. Arranjos de Barramentos Arranjo de barramento é a forma de conexão entre linhas, transformadores e cargas de uma subestação. A topologia quanto ao número e arranjo de barramentos utilizados está ligada diretamente ao porte e importância da subestação e dependendo da configuração adotada, devemos considerar os seguintes aspectos: custos de implantação, continuidade e confiabilidade operacionais, facilidade de manutenção, maior ou menor flexibilidade de manobras para possibilitar a recomposição de carga numa eventual falta. Dentre os arranjos mais utilizados destacamos: Ø Entrada ou Saída Direta Ø Barramento Simples sem by-pass Ø Barramento Simples com by-pass Ø Barramento Simples Seccionado Ø Barramento Duplo com disjuntor de Transferência Ø Barramento Principal e Transferência/Auxiliar Ø Barramento Duplo Seguindo o objetivo do curso e a proposta deste módulo aqui comentaremos de forma simples e direta das principais características de cada arranjo, focando os aspectos das vantagens e desvantagens de cada um para a manutenção e operação. 3.1 Entrada ou Saída Direta Este tipo de arranjo não dispõe de barramento de entrada ou saída e a linha de Sub Transmissão ou Transmissão é conectada diretamente ao disjuntor, podendo este último dispor ou não do recurso de by-pass, chave seccionadora de entrada da subestação. Utilizado em subestações de pequeno porte, subestações industriais e subestações receptoras ou ditas fim de linha que utilizam normalmente apenas um transformador de potência. 3.1.1 Vantagens: Ø Relação custo/benefício atraente para o tipo de subestação de pequeno porte; Ø Fácil montagem; Ø Economia de espaço o que numa planta industrial pode significar muito; 3.1.2 Desvantagens: Ø Pouco ou nenhum recurso de manobra em condições normais ou de contingência; Ø Baixíssima confiabilidade nos aspectos de proteção e continuidade da instalação; Ø Normalmente requer desligamento com interrupção durante intervenções. Arranjo de Barramento Entrada ou saída Direta 3.2 Barramentos Simples sem by-pass Este tipo de arranjo já dispõe de barramento para a entrada de linha, e difere muito pouco do arranjo anterior. Utilizado em subestações de pequenoporte, subestações industriais e subestações receptoras ou ditas fim de linha que podem utilizar mais de um transformador ou ainda nos barramentos blindados e invólucro em cabines. 3.2.1 Vantagens: Ø Apresenta mínimo investimento inicial e máximo de simplicidade; Ø Boa facilidade de identificação de defeitos; Ø Manobras simples, normalmente ligar e desligar circuitos alimentadores. 3.2.2 Desvantagens: Ø Falha no barramento ou num disjuntor resulta no desligamento da subestação; Ø A ampliação do barramento não pode ser realizado sem a completa desenergização da subestação; Ø Pode ser usado apenas quando cargas possam ser interrompidas ou tenha-se outras fontes durante uma interrupção; Ø A manutenção do disjuntor requer o desligamento do Trafo, da linha e as vezes até mesmo das cargas se a SE tiver apenas um Transformador. Arranjo de Barramento Simples sem by- pass 3.3 Barramentos Simples com by-pass Arranjo com flexibilidade superior a versão sem by-pass e utilizado em subestações de médio e grande porte com entrada e/ou saída de linhas bem como mais de um transformador. O recurso do by-pass pode ser uma chave seccionadora. 3.3.1 Vantagens: Ø Apresenta médio investimento inicial; Ø Boa facilidade de identificação de defeitos; Ø Maior flexibilidade de manobra; Ø Já permite à implementação de filosofia de proteção com chave de transferência; Ø A liberação de um disjuntor não implica em desligamento de carga. 3.3.2 Desvantagens: Ø Falha no barramento ou num disjuntor resulta no desligamento da subestação; Ø Por utilizar chave seccionadora como by-pass o desempenho da proteção fica comprometido ou mesmo perdido; Ø Ainda apresenta perda na confiabilidade da instalação. Arranjo de Barramento Simples com by- pass Chave de By-Pass 3.4 Barramentos Simples Seccionado Em relação ao arranjo de barramento simples, o seccionamento aumenta um pouco o investimento e a área necessária, mas permite manter metade da subestação em operação na ocasião de falta ou manutenção. Utilizado quando a subestação dispõe de mais de um transformador ou mais de uma entrada de linha, saída de linha e em subestações de médio e grande porte. 3.4.1 Vantagens: Ø Maior continuidade de geração e/ou fornecimento; Ø Maior facilidade de execução dos serviços de manutenção; Ø Este arranjo pode (é indicado) para funcionar com duas (ou mais) fontes de energia; Ø Em caso de falha da barra, somente são desligadas as cargas ligados à secção afetada; Ø Apresenta médio investimento inicial; Ø Boa facilidade de identificação de defeitos; Ø Maior flexibilidade de manobra; Ø Já permite a implementação de filosofia de proteção com chave de transferência. 3.4.2 Desvantagens Ø Não se pode transferir uma linha de uma barra para outra, se caso os pontos de conexões sejam de subestações distintas. Ø A manutenção em um disjuntor de entrada ou saída de linha deixa esta indisponível; Ø Esquema de proteção é mais complexo. Arranjo de Barramento Simples Seccionável 3.5 Barramento Principal e Barramento de Transferência ou Auxiliar Arranjo de barramento de confiabilidade bastante superior que as versões anteriores, utilizado nas subestações de Transmissão, Sub Transmissão e distribuição, pois permite a substituição de qualquer disjuntor ou religador sem comprometer a confiabilidade do sistema de proteção. Utilizado nas subestações de médio e grande porte. 3.5.1 Vantagens: Ø Maior continuidade de fornecimento; Ø Maior facilidade de execução dos serviços de manutenção; Ø Qualquer disjuntor pode ser retirado de serviço para manutenção; Ø Em caso de falha no barramento principal o barramento de Transferência pode suprir momentaneamente as cargas, mesmo que precariamente; Ø Boa facilidade de identificação de defeitos; Ø Maior flexibilidade de manobra; Ø Permite a implementação de filosofia de proteção com chave de transferência dentre outras lógicas e automatismos. 3.5.2 Desvantagens: Ø Requer um disjuntor extra para interligar os barramentos principal e Transferência; Ø As manobras são mais complexas e requerem mais atenção e conhecimento por parte dos operadores; Ø Esquema de proteção é mais complexo; Ø Por utilizar barramento não seccionado pode haver perda temporária de carga. Arranjo de Barramento Principal e Barramento Transferência Barramento Principal Barramento de Transferência 3.6 Barramentos Duplos Arranjo de barramento de alta confiabilidade, mas justificável sua aplicação para subestações transmissoras e sub transmissoras pela importância sistêmica que estas representam compensando a relação custo benefício. Nesse arranjo o barramento é literalmente duplicado e podem operar independentes sem perda alguma. Apresenta as configurações com um disjuntor, com dois disjuntores e com disjuntor e meio. 3.6.1 Vantagens: Ø Maior confiabilidade e continuidade no fornecimento; Ø Maior facilidade de execução dos serviços de manutenção; Ø Qualquer disjuntor pode ser retirado de serviço para manutenção; Ø Em caso de falha em um dos barramentos o outro assumirá sem maiores perdas; Ø Maior flexibilidade de manobra; Ø Rápida recomposição; Ø Permite a implementação de filosofia de proteção mais sofisticadas. 3.6.2 Desvantagens: Ø Alto custo de construção; Ø As manobras são mais complexas e requerem mais atenção e conhecimento por parte dos operadores; Ø Esquema de proteção é mais complexo; Ø Uso de um disjuntor e meio por circuito. Arranjo de Barramento Duplo Configuração Disjuntor e Meio 4. Equipamentos Principais Equipamentos principais da subestação são os equipamentos de potência destinados a manter a continuidade no fornecimento de energia em condições normais ou interrompê-lo nas condições de contingência ou ainda de manutenção quando não houver recurso operacional. Nesse grupo temos o transformador de potência (Trafo), disjuntores, religadores, chaves de manobras e proteção. 4.1 Transformadores de Potência Também denominado de Trafo. É o principal elemento da subestação, onde todas as atenções estão voltadas, no sentido de garantir a continuidade na transmissão ou distribuição de energia elétrica. Tem como função alterar o nível de tensão de entrada adequando-o ao nível requerido para transmissão (transformador elevador) ou distribuição (transformador abaixador) de energia elétrica. 4.1.1 Elementos de um Transformador: Ø Enrolamento de entrada ou primário. Recebe a energia elétrica do sistema e que pode ser tanto em alta como em baixa tensão. Ø Enrolamento de saída ou secundário. Entrega a energia elétrica recebida à carga podendo ser também em alta ou baixa tensão. É possível ainda a existência de mais um enrolamento secundário (ou terciário) conectado à outras cargas. Ø Núcleo magnético composto por material ferromagnético preferencialmente com alta permeabilidade magnética e baixa perda ôhmica, no qual se estabelece o circuito ou fluxo magnético que garante o acoplamento entre os enrolamentos primário e secundário. Transformador de Potência 4.1.2 Principais componentes do Transformador de Potência: Ø Radiadores Compõem o sistema de refrigeração do transformador juntamente com os moto ventiladores e moto bombas, estas quando o transformador tem sistema com óleo forçado. São peças metálicas retangulares ou no formato de colmeia acoplado ao tanque principal do transformador onde o óleo isolante passa a circular pelos mesmos, quando as válvulas estão abertas o que deve ocorrer sempre, exceto quando uma aleta apresentar vazamento no que deve ser isolada até a retirada para correção. Os radiadores devem ser inspecionados quanto a limpeza e umidade internas. Caso necessário, devem ser lavados com óleo limpo e, preferencialmente, aquecido (Máximo 50°C). Conjunto de Radiadores Ø Moto ventiladores Estes acessórios são essenciais para a refrigeração do transformador, utilizados para dissipar o calor do transformador ao forçar a passagem de ar pelos radiadores, onde estão instalados, equalizando o ambiente com o equilíbrio da temperatura. Uma resposta imediata ao se ligar os moto ventiladoresé a liberação de potência ativa do transformador. Dependendo dos aspectos construtivos os transformadores podem vir com um ou dois estágios de moto ventiladores. Estes podem operar em regime manual ou automático, sendo este último através dos termômetros do transformador de acordo com valores de temperatura pré-ajustados. Moto ventilador Instalado nos radiadores do Transformador Ø Buchas e Isoladores Cerâmicos São dispositivos que permitem a passagem dos condutores constituintes dos enrolamentos para o meio externo (redes elétricas). As buchas são empregadas para a passagem de um condutor de alta tensão através de uma superfície aterrada, como o tanque do transformador. As buchas devem ser capazes de transportar as correntes dos equipamentos em regime normal de operação e de sobrecarga, de manter o isolamento, tanto para a tensão nominal quanto para as sobre tensões, e de resistir a esforços mecânicos. Buchas de Alta Tensão (Capacitivas) e Média Tensão (Porcelana) Ø Termômetro do Óleo Isolante Responsável pela indicação da temperatura do óleo isolante no tanque principal do transformador, o termômetro de óleo pode acionar através de contatos auxiliares, a entrada ou saída da ventilação forçada, a sonorização de alarme ou mesmo promover o trip (abertura) dos disjuntores que protegem o transformador quando a temperatura do óleo ultrapassar os limites pré-estabelecidos. Ø Termômetro do Enrolamento Indica a temperatura do enrolamento do transformador. Ela é denominada imagem térmica por reproduzir indiretamente a temperatura do enrolamento. A temperatura do enrolamento, que é a parte mais quente do transformador. O sistema é composto de uma resistência de aquecimento e de um sensor de temperatura simples ou duplo, ambos encapsulados e montados em um poço protetor imerso em uma câmara de óleo. Termômetro Analógico Termômetro Digital Ø Dispositivo de Alívio de Pressão Dispositivos utilizados em transformador de força ou comutadores de tape imersos em líquido isolante, para proporcionar o alívio de pressão interna, com a finalidade de protegê-los contra possível deformação ou ruptura do tanque em casos de defeitos internos que provoquem o surgimento de pressões elevadas e perigosas. Tipos encontrados: • Dispositivo de alívio de pressão do tipo membrana. • Dispositivo de alívio de pressão do tipo válvula. Para evitar danos aos demais equipamentos ou acidentes com pessoal que trabalha no ambiente da subestação, nos Trafos mais modernos são instalados capas de proteção, com ou sem tubulação, nas válvulas de alívio direcionando o fluxo de óleo para o solo de maneira segura. Funcionamento: Quando ocorrer uma sobre pressão interna no tanque, que ultrapasse a pressão de calibração da válvula, esta irá atuar imediatamente aliviando a sobre pressão interna excedente, preservando assim a integridade física do tanque e dos equipamentos a ele ligados. Após o alívio da pressão, a válvula retorna à posição original automaticamente. Válvulas equipadas com ou sem contatos elétricos, podem possuir um pino sinalizador, que ficará exposto após sua atuação, acionando os contatos de sinalização (se houver), permanecendo assim até o seu rearme manual. As válvulas instaladas submersas em líquido, antes de colocadas em operação, deverão ser purgadas (se aplicável) até que os gases existentes internamente a mesma sejam eliminados. Um exemplo desta utilização ocorre em transformadores dotados de tanque de expansão de óleo. Dispositivo de alívio de pressão – vista em corte Dispositivo de alivio de pressão Tipo Válvula Ø Relé de Pressão Súbita É um acessório utilizado na proteção de transformador do tipo selado ou com tanque de expansão. É projetado para atuar quando ocorrem defeitos no transformador que produzem pressão interna anormal, sendo sua operação ocasionada somente pelas mudanças rápidas de pressão interna, independente da pressão de operação do transformador. Funcionamento: O relé atua quando ocorrer uma súbita pressão interna, independentemente da pressão de trabalho do transformador. Não opera por mudanças lentas de pressão, decorrentes de raios, sobre tensões de manobra e curtos circuitos, desde que não ocasionem falhas no transformador. Quando a mudança de pressão no interior do transformador ocorrer lentamente em funcionamento normal, ocorre a equalização interna do relé necessária para igualar a pressão do interior do relé com a pressão do interior do tanque do transformador fazendo com que o relé não atue. Quando a mudança de pressão no interior do transformador ocorrer subitamente, a equalização interna do relé, como ocorre lentamente, não será igual à interna do transformador permitindo com isto que a pressão no transformador seja maior que a do relé fazendo com que o mesmo atue. Relés de Pressão Súbita Ø Dispositivo de Pressão do Comutador de Tape - DPC Dispositivo utilizado na proteção do comutador automático de tape do transformador de potência contra variações bruscas de pressão. Sua atuação implica na desenergização do transformador. Funcionamento: Funciona em condições semelhantes as do relé de pressão súbita. Dispositivo de Pressão do Comutador de Tape - DPC Ø Desumidificador ou Secador de Ar A fim de que sejam mantidos elevados índices dielétricos do liquido isolante dos transformadores, estes são equipados com secadores de ar, os quais, devido a capacidade de absorção de umidade, secam o ar aspirado que flui ao transformador. O secador de ar é composto de um recipiente metálico, no qual está contido o agente secador e uma câmara para óleo, colocada diante do recipiente (que contem o agente) isolando-o na atmosfera. Possui visores de inspeção para monitoramento do estado da sílica-gel e reservatório de óleo para formação do selo hidráulico a não permitir a entrada de ar ou poeira no interior do mesmo. Funcionamento: O Desumidificador de Ar é instalado no respiro do tanque de expansão do transformador ou no tanque do comutador de tape, quando existir. Durante o funcionamento normal do transformador, o óleo aquece e dilata, expulsando o ar do conservador através do secador. Havendo diminuição da carga do transformador ou da temperatura ambiente, também haverá abaixamento da temperatura do óleo, acompanhada da respectiva redução do volume. Forma-se, então, uma depressão de ar no conservador e o ar ambiente e aspirado através da câmara e do agente secador, o qual absorve a umidade contida no ar, que entrará em contato com o óleo. O agente secador, denominado sílica gel, é vítreo e duro, quimicamente quase neutro e altamente higroscópico. É um silício (95% SiO2), impregnado com um indicador laranja ou azul, quando em estado ativo. Devido à absorção de água, tem sua cor alterada conforme tabela abaixo devendo então ser substituído, tem a vida prolongada através de processo de secagem, que pode ser aplicado algumas vezes, podendo ser reutilizado. Coloração Laranja Sílica gel seca Coloração Amarela Sílica gel com aproximadamente 20% de umidade absorvida Coloração Amarelo- clara Sílica gel com 100% de umidade absorvida (saturada) Coloração Azul Sílica gel seca Coloração Azul-clara Sílica gel com aproximadamente 20 % de umidade absorvida Coloração Branca Sílica gel com 100% de umidade absorvida (saturada) Desumidificar de ar à sílica gel do Tanque do comutador e Tanque principal do Transformador Desumidificador de ar à sílica gel Ø Relé de Gás Tipo Bulcholz O Relé de gás tem por finalidade proteger equipamentos imersos em líquido, através da supervisão do fluxo anormal ou sua ausência, e a formação anormal de gases pelo equipamento. Normalmente são utilizados em transformadores que possuem tanque de expansão. Este tipo de relé detecta de forma precisa, por exemplo, os seguintes problemas: vazamentos, curto-circuito interno no equipamento que ocasione grande deslocamento de líquido, formação de gases internos por falhas intermitentes ou contínuas que estejam ocorrendo no interior do equipamento. Funcionamento: O relé detectorde gás é normalmente instalado entre o tanque principal e o tanque de expansão do óleo de transformadores. Possui dois contatos independentes acoplados às boias existentes internamente no relé. Um dos contatos, opera pelo acúmulo de gás e outro pela variação súbita do fluxo do líquido isolante. Possui dois visores opostos com escalas (graduadas em cm³) indicativas do volume de gás acumulado. Quando houver um acúmulo de gás no interior do relé igual ou superior aos limites especificado, haverá a atuação do contato de alarme. A área de manutenção deve tomar conhecimento para adotar as devidas providências. Quando houver um deslocamento súbito do óleo passando pelo relé em sentido ao tanque de expansão do transformador a uma velocidade em m/s igual ou superior aos limites especificados, haverá a atuação do contato de desligamento dos disjuntores do transformador. Tanto o contato de alarme quanto o contato de desligamento atuarão quando houver nível baixo de óleo. Relé de Gás Tipo Buchholz Detalhe da instalação do Relé de Gás Tipo Buchholz Ø Tanque de Expansão ou Conservador de Óleo É um reservatório auxiliar acessório do transformador, ele possui formato cilíndrico e é construído com chapas de aço, e parcialmente cheio de liquido isolante, ligado ao tanque do transformador e tanque do comutador de tape, quando existir, de modo a mantê-lo completamente cheio possui espaço para permitir a livre expansão e contração que o liquido isolante tem devido a oscilações de temperatura e de pressão e o conservador também é responsável por minimizar a contaminação do liquido isolante. Pode dispor ou não de bolsa de borracha. A bolsa de borracha utilizada nos conservadores de óleo dos transformadores é um acessório opcional. Tem como objetivo evitar o contato do liquido isolante com a atmosfera, preservando-o da umidade e oxidação. A ligação da bolsa com a atmosfera é feita através do secador de ar com sílica gel, que mantém o ar seco em seu interior, permitindo que a bolsa se encha e esvazie com as variações de volume do liquido isolante. Conservador de Óleo ou Tanque de expansão Ø Dispositivo Coletor de Gás O Dispositivo Coletor de Gás, DCG, objetiva facilitar a coleta de gases formados no decorrer do funcionamento do transformador. Permite a coleta em nível do solo sem desenergizar o transformador e sem a manipulação do Relé Buchholz, a ele conectado. O DCG é normalmente fixado ao tanque do transformador através de um flange, a uma altura que permita ao operador manejar o dispositivo. Funcionamento: Havendo acúmulo de gases no Relé, o procedimento (ver figura 4.1.2.15 abaixo) para sua coleta passa a ser o seguinte: a) Verificar se o registro de desaeração (1) está fechado b) Abrir o registro de dreno (2) permitindo a saída do óleo. O óleo escoará até que o gás contido no relé Buchholz seja totalmente transferido para o DCG cessando o escoamento do óleo. c) Fechar o registro de dreno (2). d) Verificar através da escala graduada, o volume de gás acumulado. Coletá-lo e) Liberar o gás do dispositivo e completá-lo novamente com óleo. Nota: Como plano de manutenção, este procedimento poderá ser realizado sistematicamente, mesmo que o relé Buchholz não tenha atuado seu alarme. Detalhes dos componentes do Dispositivo Coletor de Gás – Fig. 4.1.2.15 Dispositivo Coletor de Gás - DCG Ø Dispositivo Indicador Magnético de Nível de Óleo É um equipamento utilizado para indicação de nível de líquidos diversos. Pode ser fornecido com ou sem contatos elétricos e escalas variáveis de 40° a 120°. São amplamente empregados em transformadores selados ou com tanque de expansão (com ou sem bexiga de borracha), reatores, geradores, sistema de refrigeração, tanque alimentador, bombas hidráulicas, injetoras, retificadores e outros. Os indicadores magnéticos de nível têm por finalidade indicar com precisão o nível do liquido isolante e, ainda, quando providos de contatos para alarme ou desligamento servirem como aparelhos de proteção do transformador. Os indicadores magnéticos de nível possuem a sua carcaça em alumínio fundido, sendo que a indicação de nível é feita por ponteiro acoplado a um ima permanente, de grande sensibilidade, fato este que o torna bastante preciso. O mostrador dos indicadores magnéticos de nível possui três indicações, ou seja: MIN, que corresponde ao nível mínimo, 25oC, que corresponde a temperatura ambiente assinalada, e MAX, que corresponde ao nível máximo. Funcionamento: O ponteiro do Indicador Magnético de Nível é movimentado por meio de dois magnéticos (imãs permanentes), que são acoplados a um flutuador (boia). O movimento do ponteiro é efetuado pela boia, de acordo com o nível de líquido, que transmite indicações precisas ao mesmo, devido a grande sensibilidade dos magnéticos. Indicador Magnético de nível de óleo Boia do indicador magnético de nível de óleo Ø Comutador de Tape É um dispositivo mecânico que permite variar o número de espiras dos enrolamentos de alta tensão. Sua finalidade é corrigir o desnível de tensão existente no lado de menor tensão, dos barramentos, e linhas a ele conectado, devido à queda de tensão ocorrida ao longo das mesmas. Esta solicitação pode ser elétrica através de um ponto remoto, elétrica através de um comando local ou manual através de uma manivela. Os transformadores podem apresentar dois tipos de comutadores de tape: Comutador de tape fixo cuja mudança de tape ocorre com o transformador desenergizado e comutador de tape automático em carga. O comutador em carga deve realizar a comutação da tensão sem interromper o circuito, por dois motivos: a) evitar a interrupção do fornecimento de energia ao ajustar a tensão de saída; b) manter a tensão do lado de geração, transmissão ou no consumidor o mais constante possível. Esta solicitação pode ser elétrica através de um ponto remoto, elétrica através de um comando local. Vista geral do Comutador de Tape em Carga – LTC Fabricante ABB Comandos e Sinalização do Comutador de Tape em Carga - ABB 4.2 Chaves de Manobra e Proteção Equipamentos ou dispositivo de seccionamento e/ou proteção retardada (fusíveis) aplicado no sistema elétrico que permite isolar visivelmente circuitos com falhas ou para fins de manutenção. Suas principais aplicações são: Aplicações comuns: Ø Manobrar circuitos, permitindo a transferência de cargas entre barramentos da subestação; Ø Isolar um equipamento de potência da subestação, tais como transformadores ou disjuntores, para execução de serviços de manutenção ou outra utilidade; Ø Propiciar o by-pass de equipamentos; Ø Quando seccionadores fusíveis, executam a proteção direta de sistemas; Ø Abertura e interligação de barramentos. Nota: Quando a chave seccionadora não apresentar sistema de extinção sob carga, jamais pode operar neste regime. Partes Componentes: Ø Circuito Principal; Ø Circuitos auxiliares e de comando; Ø Polos e Contatos; Ø Terminais; Ø Dispositivos de Operação e Bloqueio. Principais tipos de chaves seccionadoras e fusíveis encontrados em subestações até 72,5 KV: Ø Chave seccionadora tripolar, montagem alta, articulação lateral, comando simultâneo e acionamento manual ou motorizado, com ou sem recurso de lâminas de terra. Quando há lâminas de terra o comando destas é Inter travada mecanicamente com o comando da chave principal, fim evitar operações de aterramento com a instalação energizada. Ø Chave seccionadora tripolar em 72,5 kV, montagem horizontal baixa, articulação lateral, comando simultâneo e acionamento manual sem lâmina de terra. Ø Chave seccionadora tripolar em 72,5 kV, montagem alta, articulação lateral, comando simultâneo e acionamento manual com ou sem lâmina de terra; Ø Chave seccionadora unipolar em 15 kV, montagem vertical; Ø Chave tetra polar de acionamento manual e simultâneo para aterramento de bancos de capacitores; Ø Chave seccionadora tipo tandem faca-faca ou faca-fusível. Utilizadas em vão de disjuntor geral de barramento ou vão de religadores. Permite colocar em by-pass (liberação sem interromper)o equipamento. São compactas facilitando a montagem e instalação. Nota: A operação desse tipo de chave requer bastante atenção, principalmente para o tipo faca-faca, para evitar a abertura indevida de uma lâmina em carga. Ø Chave indicadora fusível monopolar em 72,5 KV para proteção de transformador de potência e, em 15 kV, para proteção de transformador de serviço auxiliar e by-pass de religadores. Chave Tripolar Horizontal Alta com Lâmina de Terra Inter travada Chave Tripolar em 72,5 KV Horizontal baixa Chave Tandem Faca-Faca Chave Tandem Faca-Fusível Seccionadora Tripolar de dupla abertura lateral de 230 KV Motorizada Armário de comando da Seccionadora Motorizada Seccionadora Abertura vertical Motorizada 230 KV Seccionadora Semi-Pantográfica Motorizada 230 KV 4.3 Disjuntor Dispositivo eletromecânico de manobra e proteção destinado a interromper ou estabelecer circuitos em condições normais de carga, assim como em condições anormais de operação ou defeito. Podem ser manobrados por comando manual local ou à distância, ou automaticamente através de relés associados. Aplicações Comuns: Ø Disjuntor de entrada e saída de linha de transmissão, sub transmissão ou distribuição. Ø Disjuntor de vão de transformador de potência, lado primário e secundário. Ø Disjuntor geral ou de interligação de barras. Ø Disjuntor de Reatores Ø Disjuntor de banco de capacitores. Ø Disjuntor de transferência. São classificados quanto ao nível de tensão de operação, meio de extinção do arco elétrico, meio de acionamento do mecanismo, entre outros aspectos: 4.3.1 Quanto ao Nível de Tensão de Operação Ø Disjuntor de Baixa Tensão São dispositivos termomagnéticos, acionados pela corrente primária sobre certas condições de sobrecarga ou curto-circuito. Instalados nos quadros de serviços auxiliares e nos cubículos de equipamentos das subestações esses dispositivos atuam como proteção dos circuitos de comando e sinalização de equipamentos e circuitos de iluminação e tomada. O disjuntor de baixa tensão apesar de estar sendo citado e descrito nesse tópico, não pode ser considerado como equipamento principal na subestação. Principais características: Ø Corrente nominal Ø Faixa de ajuste de atuação Ø Número de fases Ø Tempo de disparo Ø Tipo de atuação Disjuntores Termomagnéticos Ø Disjuntor de Alta Tensão Equipamento eletromecânico, trifásico ou monofásico, que permite proteger uma determinada instalação elétrica contra sobre intensidades (curto-circuito ou sobrecargas). Sua principal característica é a capacidade de poder ser rearmado manualmente quando estes tipos de defeitos ocorrem, diferindo da chave fusível, que tem a mesma função, mas que fica inutilizado depois de proteger a instalação com o rompimento do elo-fusível. Assim, o disjuntor interrompe a corrente em uma instalação elétrica antes que os efeitos térmicos e mecânicos desta corrente possam se tornar perigosos às próprias instalações. Por esse motivo, ele serve tanto como dispositivo de manobra como de proteção de circuitos elétricos (transformador de potência, linha de transmissão, barramento, etc.). Principais características: Ø Tensão nominal de operação Ø Corrente nominal de operação Ø Nível de isolamento Ø Corrente de interrupção 4.3.2 Quanto ao Meio de Extinção do Arco Elétrico A abertura em carga ou curto-circuito de um disjuntor só é possível porque internamente aos polos deste equipamento existe um meio extintor de arco elétrico gerado durante o tempo de interrupção da corrente elétrica. Portanto, os disjuntores costumam ser classificados também quanto ao meio de extinção de arco elétrico. Abaixo estão relacionados os meios usuais de extinção de arco elétrico: Ø Por alongamento e resfriamento do arco; Ø Por fracionamento do arco; Ø Por sopro magnético; Ø Interrupção em grande ou pequeno volume de óleo: GVO ou PVO. O óleo mineral com suas destacadas características de isolante e extintor foi usado desde os primeiros tempos na fabricação de disjuntores. Os disjuntores a grande volume de óleo (GVO) possuem câmaras de extinção onde se força o fluxo de óleo sobre o arco e são usados em média e alta tensão até 230 KV. A característica principal dos disjuntores GVO é a sua grande capacidade de ruptura em curto – circuito. Os disjuntores a pequeno volume de óleo (PVO) cobrem em média tensão, praticamente, toda a gama de capacidades de ruptura de 63 KA. Nas Concessionárias ainda há em operação alguns disjuntores a grande volume de óleo e numa escala maior outra quantidade a pequeno volume de óleo, mas atualmente os disjuntores adquiridos para uso em 15 KV são do tipo a vácuo e para uso em 72,5 kV são do tipo a gás SF6. Ø Interrupção no gás SF6 O SF6 é um gás incombustível, não venenoso, incolor, inodoro e devido à sua estrutura molecular simétrica é extremamente estável e inerte até cerca de 5000ºC, comportando-se, portanto, como um gás nobre. O SF6 encontra-se num sistema fechado e praticamente isento de umidade por toda a vida útil do equipamento. O gás SF6 opera sobre pressão nas câmaras de extinção e os fabricantes informam na placa de identificação dos equipamentos os valores normais ou nominais de operação bem como os valores de alerta e mínimo de pressão para condições anormais. Há também um medidor de pressão manômetro dotado de contatos para alarme por baixa pressão do gás e abertura ou bloqueio do comando elétrico do disjuntor, dependendo do fabricante. Apesar do auto monitoramento, é importante que o operador ou pessoal de manutenção acompanhem os valores de pressão registrados para a tomada de ações preventivas evitando principalmente o desarme ou bloqueio do disjuntor. Valores de pressão de enchimento do Gás SF6 Disjuntor Schneider Manômetro para supervisão da pressão do Gás SF6 – Disjuntor Schneider Ø Interrupção no vácuo Também considerados disjuntores a seco, utilizam o vácuo como meio de extinção de arco elétrico em suas câmaras ou polos. Fabricados normalmente para operar em níveis de tensão de até 36 KV. Grande segurança de operação, pois não necessitam de suprimento de gases ou líquidos e não emite chamas ou gases. Praticamente não requerem manutenção, possuindo uma vida extremamente longa em termos de números de operações a plena carga e em curto-circuito. A relação capacidade de ruptura/volume é bastante grande, tornando estes disjuntores bem apropriados para o uso em cubículos. Devido à ausência de meio extintor gasoso ou líquido, podem fazer religamentos automáticos múltiplos. Disjuntor de 15 KV – Meio de extinção no vácuo Disjuntor de 15 KV – Meio de extinção Pequeno volume de óleo - PVO Disjuntor de 72,5 KV – Meio de extinção no Gás SF6 4.3.3 Quanto ao Mecanismo de Operação Os disjuntores de alta tensão independentemente do nível de tensão de operação ou do meio de extinção de arco elétrico utilizado, têm seus mecanismos de operação basicamente acionados por ar comprimido, óleo ou por mola. Atualmente os disjuntores que utilizam mecanismos de acionamento por mola são os mais utilizados por tornar o equipamento mais compacto, é de fácil manutenção e operação além de não ter o inconveniente de apresentar vazamento de fluido, característico nos disjuntores com mecanismos a ar e óleo. Outra grande vantagem dos disjuntores acionados por mola é permitir a recarga manual da mola de fechamento, muito útil na falta de tensão alternada na subestação, quando a alimentação do motor de carregamento da mola for CA, enquanto que mecanismos a ar ou óleo podem não oferecer a opção de recarga manual da pressão do fluido no reservatório. Detalhe da Recarga Manual da Mola de Fechamento do Disjuntor Schneider e Sprecher Shun 4.3.4 Modo de Operação e Sinalização Os equipamentos de disjunção dispõem quase sempre de comandos e sinalização disponíveis nos próprios cubículos, mas na sua instalação e dependendo do porte e importância da subestação, também são disponibilizados remotamente o comando e sinalização instalados no quadro de comando e sinalização da sala de comandoou ainda para as subestações automatizadas estes recursos são disponibilizados para os Centros de Operações. Comando elétrico e sinalização elétrica local O comando elétrico normalmente é realizado através de chaves de punho ou botoeiras devidamente identificadas enquanto que as sinalizações de equipamento aberto, fechado e/ou do estado da mola de fechamento são feitas por lâmpadas incandescentes ou conjunto de leds. Antes da operação elétrica local a chave seletora de comando local-remoto deve ser posta em local. Detalhe do Comando e Sinalização Elétrica Disjuntor ABB Comando mecânico e sinalização mecânica Como forma de garantir maior confiabilidade bem como uma segunda opção para operação e supervisão do disjuntor, os fabricantes disponibilizam sinalizações e comandos mecânicos devidamente identificados incluindo aí a possibilidade de recarga da mola (sempre) ou da pressão do compressor (nos sistemas hidráulicos). Os comandos mecânicos independem de Inter travamentos elétricos, ou seja, quando acionados responderão normalmente mesmo que haja um relé de bloqueio atuado, por exemplo. Por isso mesmo, nos casos de subestações em cabine ou switch-gear alguns fabricantes restringe o acesso aos comandos mecânicos quando os equipamentos estão inseridos. Detalhe da sinalização mecânica e comando – Disjuntor Siemens Detalhe do comando mecânico – Disjuntor Sprecher Shun Comando elétrico e sinalização elétrica remoto Para garantir maior agilidade e segurança durante a operação as empresas costumam incluir nos projetos de subestações a opção do comando e sinalização elétrica dos equipamentos dentre os quais o disjuntor. Conforme já mencionamos estes recursos podem estar disponíveis tanto na sala de comando quanto nos Centros de Operação ou em cabines ao tempo, esta última em desuso. Assim, durante manobras nas subestações que disponham de comando remoto o operador deve adotá-los preferencialmente. Chave de punho para comando elétrico Remoto – Disjuntor 15 KV Comando elétrico remoto e sinalização elétrica e remota através do IED Digital – RED670 ABB 5. Equipamentos Auxiliares Chamamos equipamentos auxiliares àqueles destinados a garantir a perfeita operação dos equipamentos de potência da subestação. Estes equipamentos não contribuem diretamente na função principal de uma subestação qual seja a transmissão ou distribuição de energia elétrica, mas sem eles ou o mau funcionamento dos mesmos, há todo um comprometimento na operação das subestações com reflexos nas demais instalações do sistema elétrico. 5.1 Para-raios Equipamento destinado a descarregar para a terra as sobre tensões de origem externa ao sistema, provocadas por descargas atmosféricas, e as de origem interna aquelas provocadas por manobras ou faltas no sistema elétrico. 5.1.1 Franklin Também utilizado em edificações e torres de uma maneira geral, os para-raios tipo Franklin é basicamente constituído de haste metálica, comumente de cobre ou alumínio, destinado atrair as descargas elétricas atmosféricas tipo nuvem-terra (raios), para as suas pontas descarregando-as ao solo através de cabos de pequena resistência elétrica (cabo de aterramento). Como as descargas atmosféricas dessa natureza tendem a atingir o ponto mais alto de uma área, os para-raios ou hastes para-raios são instalados nos topos dos postes ou estruturas de concretos dos barramentos de SEs ou nas torres de antenas de telecomunicação. Seu princípio de funcionamento é baseado no fenômeno da física chamado “poder das pontas”, o qual afirma que as descargas elétricas procuram preferencialmente se estabelecerem-se através das extremidades de objetos ou estruturas pontiagudas. A área de proteção dos para-raios tipo Franklin é delimitada por um cone imaginário que tem como vértice seu ponto mais alto e cuja sua geratriz forma um ângulo de 60° com este vértice. Para-raios Tipo Franklin Haste Para-raios Representação Gráfica da área de atuação dos para- raios tipo Franklin 5.1.2 Estação Especificamente para a proteção contra sobre tensões da subestação transmissoras, sub transmissoras e distribuidora (proteção dos barramentos e equipamentos, como transformadores, capacitores, disjuntores, religadores, e outros). Para-raios tipo estação – classe 15 KV Para-raios tipo estação – classe 245 KV 5.1.3 Circuito/Alimentador Utilizados ao longo dos circuitos Aéreos de Média tensão que fazem conexão com os Aero Geradores, saídas dos alimentadores das Subestações distribuidoras, em estruturas de equipamentos ao longo dos alimentadores e na entrada de subestações industriais de 15 KV. Detalhes construtivo do para-raios tipo circuito/alimentador Para-raios Poliméricos para circuito/alimentador 5.1.5 Cabo Guarda Corresponde ao condutor solidamente aterrado, utilizado normalmente em linhas de transmissão e sub transmissão com tensão nominal maior ou igual a 69 KV e são instalados em paralelo e acima dos condutores fase, na parte superior das torres. Cabo Para-raios 5.2 Transformadores de Aterramento O transformador de aterramento ou Trafo terra é o equipamento que tem como função fornecer a referência terra nos sistemas trifásicos sem esta referência, no caso dos transformadores de Potência das plantas dos Parques e/ou Complexo Eólico, por exemplo, que são ligados em estrela aterrado no lado de 230Kv, e delta no lado de 34,5Kv. Somente será necessário o acoplamento do transformador de aterramento para as plantas que tiverem em seu lado do transformador de potência sua ligação em delta. O Transformador de aterramento (Trafo terra) mais utilizado é o que tem sua ligação em Zig-Zag podendo dispor ou não de resistência instalada entre a bucha de neutro e a terra. Apesar de não ser um Trafo de potência para suprimento à carga tem em seu projeto os mesmos cuidados no que diz respeito às proteções intrínsecas, ou seja, dispõe de monitores de temperatura de óleo e enrolamento, dispositivo indicador de nível de óleo, relé de gás, válvula de alívio de pressão além do sistema de proteção contra sobrecargas e curtos-circuitos feitos por relés de sobrecorrente. É ligado ao barramento ou imediatamente na saída das buchas de 34,5 Kv, através de chave seccionadora ou disjuntor e, portanto quando há uma atuação do relé de sobrecorrente ou de uma proteção intrínseca provoca o desligamento geral do barramento com perda da carga. O ideal é dispormos de pelo menos dois trafos de terra interligados ao barramento para permitir a manutenção desse equipamento sem perda de confiabilidade visto que com sua desconexão perdemos a referência para terra ativando o esquema back-up de proteção por tensão residual, proteção 59N (esquema 3V0). Vista do Trafo Terra Ligação do Trafo Terra 5.3 Transformadores de Instrumentos - TIs São equipamentos projetados e construídos especificamente para alimentarem instrumentos elétricos de medição, controle e proteção. A função dos TIs é reduzir a magnitude dos valores de tensão ou corrente elétrica a uma proporção definida e padronizada mantendo suas características como frequência e posição vetorial. Como tem o enrolamento primário conectado normalmente às instalações de alta tensão este enrolamento é isolado galvanicamente do enrolamento secundário permitido o manuseio e operação, com segurança, dos instrumentos ligados aos TIs. São construídos em dois tipos: 5.3.1 Transformador de Potencial - TP Transformador destinado a reproduzir proporcionalmente em seu circuito secundário o sinal de tensão injetado em seu circuito primário e com o menor erro possível. Neles são ligados instrumentos para medição de tensão, potência ou energia, além de dispositivos de controle e proteção (relés). Principais características: Ø Apresentam-se em dois tipos construtivos conforme o nível de tensão de entrada: TP eletromagnético ou indutivo utilizado nas instalações com níveis de tensão até 138 KV e TP capacitivo, também denominado TPC, para instalações acima de 138 KV. Ø Enrolamento primário isolado galvanicamente do enrolamento secundário permitindoo manuseio e operação de forma segura dos dispositivos a ele conectados. Ø Apresenta alta impedância no enrolamento primário e baixa impedância no enrolamento secundário, ou seja, número de espiras do enrolamento primário bem maior que no enrolamento secundário. Ø Ligado em paralelo ou derivação ao circuito principal, sendo os enrolamentos primários e secundários das unidades ligados normalmente em estrela-estrela aterrada (3 unidades) ou vê-vê aterrado. (2unidades). Ø Relação de transformação (RTP) com tensão primária adequada ao nível de onde se pretende ligá-lo e tensão secundária padrão (115 V / 115/√3). Ø Quanto aos enrolamentos podemos encontrar TP com relação única, relação dupla com o primário em duas seções ou várias relações no secundário; Ø Classe de exatidão entre 0,3 e 0,6% para medição de faturamento e entre 0,6 e 1,2% para medição operacional e proteção. Ø Potência nominal com valores usuais variando entre 12,5 e 400 VA; Ø Com relação ao isolamento interno dos enrolamentos encontramos atualmente TPs a seco em resina de epóxi, para tensões até 36 kV. Acima desse valor de tensão os TPs são a óleo. Nas concessionárias podemos encontrar ainda TP a óleo nos barramentos de 13,8 kV. Ø NÃO DEVE jamais ser energizado com o enrolamento secundário fechado (curto circuitado). Abaixo segue algumas figuras de TP e dos tipos de ligação. TPC – 245 KV TP de 15 KV à Óleo Ligação Estrela-Estrela Aterrada para TP Representação Fasorial Ligação Vê-Vê Aterrado para TP Representação Fasorial 5.3.2 Transformador de Corrente - TC É um transformador destinado a reproduzir proporcionalmente em seu circuito secundário a corrente que circula no seu circuito primário, mantendo sua posição fasorial. Neles são ligados instrumentos para medição corrente, potência ou energia, além dos dispositivos de proteção (relés). Principais características: Ø Enrolamento primário isolado galvanicamente do enrolamento secundário permitindo o manuseio e operação de forma segura dos dispositivos a ele conectados. Ø Apresenta baixa impedância no enrolamento primário e alta impedância no enrolamento secundário, ou seja, número de espiras do enrolamento primário infinitamente menor que no enrolamento secundário, algumas vezes o enrolamento primário é o próprio condutor onde circula a corrente elétrica Ø Ligado em série com circuito principal (condutor) Ø Relação de transformação (RTC) padrão X/5 (mais usual) ou X/1. Na prática isto quer dizer que para um TC de relação 100/5, ao passar 100A em seu primário ser refletido e medido 5A no secundário, valendo a proporcionalidade. Exemplos de RTC comumente utilizadas: 5 - 7,5 - 100 -150 - 200 - 300 - 400 - 600 - 800 - 1000 - 1200 - 2000/5. Ø Quanto aos enrolamento podemos encontrar TCs com relação única, relação dupla com primário em duas seções ou várias relações no secundário. Ø Classe de exatidão entre 0,3 e 0,6% para medição de faturamento e entre 0,6 e 1,2% para medição operacional e proteção. Ø Fator térmico nominal (FTN) com valores usuais de 1,0; 1,2; 1,3; 1,5 e 2,0. Este fator define a máxima corrente que pode circular no enrolamento secundário do TC em relação a corrente que circula no enrolamento primário, sem exceder os limites de elevação de temperatura especificados e sem prejuízos para a classe de exatidão do TC especificado pelo fabricante. Ø Potência nominal com valores usuais variando entre 2,5 e 200 VA; Ø Isolamento interno em resina de epóxi (TC a seco) ou à óleo conforme o nível de tensão. Ø NÃO DEVE jamais ser energizado com o enrolamento secundário aberto, pois funcionará como transformador elevador de tensão, tendendo a valores compatíveis aos do circuito primário o que provocará a danificação ou explosão do TC, fato este de alto risco para os usuários. Quanto aos aspectos construtivos os TC se classificam em: Ø TC Tipo Barra: utilizado em cubículos. Ø TC Tipo Enrolado: utilizado ao tempo e também denominado TC tipo pedestal. Ø TC Tipo Janela: também utilizado em cubículos ou instalações abrigadas. Ø TC Tipo Bucha: de característica semelhante ao o TC tipo janela, pois o enrolamento primário é o próprio condutor onde circula a corrente a ser medida, mas como o próprio nome sugere, o TC tipo bucha é construído para ser instalado nas buchas dos equipamentos, como trafos, disjuntores, religadores. Ø TC Tipo Núcleo Dividido: utilizado nos alicates volt-amperímetros, por exemplo. TC de 72,5 KV a Óleo Tipo Enrolado ou Pedestal TC de 15 KV a seco Tipo Toroidal Ligação Secundária em estrela para TC Representação Fasorial para sistema equilibrado e Desequilibrado 5.4 Transformadores de Serviço Auxiliar - TSA Equipamento responsável pelo suprimento a todo o sistema elétrico auxiliar em corrente alternada da subestação. O TSA nada mais é que um transformador trifásico de baixa ou média potência semelhante aos utilizados nos alimentadores para suprir os clientes de baixa tensão. É considerada uma fonte dependente do sistema, pois na falta de tensão geral na subestação, este deixa de operar, ou seja, ficará desenergizado. Podemos encontrar redundância desse equipamento nas subestações de grande porte. Nos Parques Eólicos normalmente utilizam 02 TSAs, um da barra de 34,5 KV e outro da Concessionária. Cargas atendidas pelo TSA: Ø Circuitos de iluminação, tomadas da casa de comando e pátios, também denominados de circuitos não preferenciais. Ø Circuitos de iluminação, aquecimento dos cubículos ou painéis de comando, dos disjuntores, etc. Ø Circuito motor do comutador de tape de transformadores de potência, motor do mecanismo de fechamento de chaves seccionadoras motorizadas, motores de recarga da mola de fechamento dos disjuntores. Ø Circuito de comando de fechamento de disjuntores e religadores no caso de equipamentos antigos ou ainda os que não tiveram estes circuitos adequados para corrente continua. Ø Retificador e inversores CA-CC, este último utilizado para suprir IHM ou equipamentos de telecomunicação, por exemplo. Principais características: Ø Equipamento trifásico com potência variando entre 30 e 300 KVA as subestações. O padrão atual determina a potência nominal em 75 KVA. Ø Tensão nominal de entrada em 34,5KV e 13,8 KV com possibilidade de alternância de tape, tensão nominal de saída em 380/220 VCA. Ø Proteção primária através de chave fusível e proteção secundária feita por disjuntor termomagnético, padrão atual, ou ainda feita por fusíveis de baixa tensão tipo Diazed. Ø Instalado no barramento de 34,5 KV e Trafo da concessionária. Nesse caso, é considerado como TSA local. Para as subestações de grande porte como as supridoras que não disponham de tensão em 13,8 KV, o suprimento dos circuitos auxiliares é feito através de transformador de distribuição dedicado, podendo ter redundância, instalado no alimentador mais próximo da subestação. Essa configuração é denominada TSA remoto. Nota: Por se tratar de uma fonte dependente e, por tanto vulnerável, é padrão nos projetos e construção das subestações suprir os circuitos de comando, controle, proteção e sinalização dos equipamentos em corrente contínua, visto que há o banco de baterias como fonte independente para este fim. TSA Local instalado no barramento de 13,8 KV TSA a Seco instalado em subestações com barramentos em Cubículos 5.5 Retificador Equipamento que recebe do TSA ou grupo Motor-Gerador a corrente e tensão alternada no nível de 380/220 Vca e a converte em corrente e tensão contínua entregando em sua saída no valor padronizado de 125 Vcc para atender as cargas críticas da subestação. Tecnicamente falando o retificador é um conversor CA-CC composto de unidade retificadora que utiliza díodos de potência ou tiristores, filtro contra ripple, unidade estabilizadora e unidade de controle. Na verdade a tensão logo após a unidade retificadora e o filtro tem seu valor em 132 Vcc. Este valor é reduzido internamente pela unidade de queda (UDQ) ao nível de 125 Vcc, tensão de consumo. Por suprir os sistemas de proteção, comando, controlee sinalização das subestações, os circuitos em corrente contínua fornecida pelo retificador e banco de baterias devem ser isolados da malha de terra, pois se houver fuga a terra (positivo ou negativo a terra) todos esses sistemas ficam suscetíveis a fortes danos caso ocorra a elevação do potencial da malha provocada por correntes de curto- circuito durante faltas na própria subestação, linhas de transmissão ou circuitos/alimentadores. Cargas atendidas pelo Retificador: Ø Circuitos de comando, controle, proteção e sinalização de transformadores de potência, disjuntores, chaves motorizadas, etc. Ø Motores de recarga de mola de fechamento de disjuntores. Ø Painéis ou quadros anunciadores. Ø Banco de baterias em regime de carga ou flutuação. Ø IHM (Interface Homem Máquina) e UTR (Unidade Terminal Remota) nas subestações automatizadas e digitalizadas. Ø Equipamentos de telecomunicações da subestação. Em algumas subestações podemos encontra retificador monofásico para esta finalidade. Nos próximos slides temos algumas imagens representando alguns desses equipamentos: Retificador Trifásico Convencional Retificador Trifásico Duplo e Microprocessado Principais características: Ø Tensão de saída em 125 Vcc retificada, filtrada e estabilizada. Ø Correntes de fornecimento de 15, 25, 35, 50, 75, 100, 150, 200, 250 e 300 A. Ø Em condições normais opera como fonte de tensão estabilizada; Ø Opera em paralelo com o Banco de Baterias. Ø Em contingência, falha no banco de baterias, por exemplo, opera como fonte de corrente com perda na estabilidade da tensão fornecida. Ø Dispõe de proteção na entrada e saída através de disjuntores termomagnéticos ou fusíveis do tipo Diazed ou NH. Ø Dotado de supervisão interna registrando para o usuário falhas como fuga a terra, falha ou falta na tensão Vca de entrada, falha ou falta na tensão Vcc de consumo, falha no banco de baterias, entre outras. No caso dos retificadores mais modernos tanto a supervisão quanto o controle e comando do retificador são disponibilizados em unidades digitais de processamentos. Ø Dispõe de barramento de consumo com disjuntores termomagnéticos para a individualização dos circuitos. 5.6 Banco de Baterias Fonte de alimentação independente composta por um conjunto de baterias automotivas ou estacionárias, ligadas em série, que operando em paralelo com o retificador supre os circuitos 125 Vcc dos equipamentos instalados na subestação. Normalmente alguns equipamentos de telecomunicação são supridos por um conversor CA-CC especifico e na falta de tensão Alternada esses equipamentos são atendidos por uma bateria automotiva. Por exemplo o rack de comunicação. Cargas atendidas pelo Banco de Baterias: Ø Todas as cargas supridas pelo retificador. Ø Iluminação de emergência da casa de comando e pátios dos barramentos da subestação. Banco de baterias estacionária Principais características: Ø Constituído de grupo com dez baterias automotivas de 12 Vcc cada uma ou de sessenta baterias estacionárias de 2,2 Vcc cada elemento; Ø Em condições normais opera no regime de flutuação em paralelo com o retificador; Ø Nas grandes solicitações de corrente pode sofrer descarga significativa quando deve entrar em regime de carga; Ø Exige uma tensão mínima de operação em virtude da faixa de segurança estabelecida pelos fabricantes de equipamentos (disjuntores e religadores) para os níveis de operação dos dispositivos supridos em 125 Vcc. Portanto, a atenção e manutenção do banco de baterias não podem ser negligenciadas sob pena de perdermos o sistema de PCCS da subestação numa eventual falta do TSA. Ø Dispõe de proteção na saída através de disjuntores termomagnéticos ou fusíveis do tipo Diazed ou NH. 5.7 Grupo Motor-Gerador Constituído de um motor a explosão (diesel ou gasolina) com seu eixo acoplado ao gerador este conjunto opera como fonte alternativa e independente em substituição ao TSA quando em contingência ou em manutenções programadas. Como apresenta custo e manutenção consideráveis sua instalação nas subestações leva em conta o fator custo benefício justificando dispô-lo somente em subestações de grande porte e de extrema importância para o sistema. A grande maioria das Subestações dos parques eólicos adotam em seus projetos um grupo motor- gerador. Cargas atendidas pelo grupo Motor-Gerador: Ø Praticamente todas as cargas supridas pelo TSA, exceto um bloco de cargas consideradas como não preferenciais que, na perda do TSA, automaticamente são desconectadas do barramento de distribuição do quadro de serviço auxiliar 380/220 Vca. Grupo Motor Gerador Principais características: Ø Fonte independente de tensão alternada. Ø Especificado para valores nominais de tensão e carga compatíveis com os valores do TSA. Ø Opera como reserva frio, mas deve receber manutenção preventiva regularmente onde são feitos testes de funcionamento a vazio ou em carga; Ø Interligado ao quadro de serviço auxiliar mediante Inter travamento mecânico e/ou elétrico para não operar em paralelo com a rede. 5.8 Quadro de Serviço Auxiliar - QSA O quadro de serviço auxiliar tem como função receber a rede principal de todo o consumo interno da subestação, tanto em tensão alternada quanto em tensão contínua e efetuar a distribuição deste consumo. Conforme mencionamos, atualmente com a modernização dos retificadores trifásicos vamos encontrar nas subestações da Coelce apenas o quadro de serviço auxiliar para tensão alternada, visto que os circuitos em tensão contínua estarão atendidos pelo barramento de distribuição do próprio retificador. Para subestações de pequeno e médio porte, isto representa economia. Principais características: Ø Possui barramento de distribuição protegido por disjuntor termomagnético ou fusível. Ø Identificação dos circuitos facilitando a manutenção. Ø Dispõe de medição de tensão, corrente, potência, energia, fator de potência. Nas versões atuais utiliza medidor digital multifunção. Ø Pode ser adquirido na versão individual, conforme a natureza da tensão (alternada ou contínua), ou conjugado (barramento de tensão alternada e contínua no mesmo quadro). Ø Nos modelos que recebem tensão alternada do TSA e do grupo Motor-Gerador o barramento de tensão alternada apresenta duas seções interligadas por um contactor que, na falta de tensão, desconecta automaticamente a seção de cargas não preferenciais mantendo disponível somente a seção atendida pelo grupo Motor-Gerador (cargas preferenciais). Ao retornar o fornecimento normal da tensão, a seção de cargas não preferenciais deve ser reconectado pressionando-se a botoeira de reset para este fim. Ø Ainda para os modelos acima, há uma chave reversora (automática ou não) e Inter travada mecanicamente, que comuta o fornecimento do TSA para o grupo Motor-Gerador e vice-versa. Ø De uso ao tempo ou abrigado. QSA 380/220 VCA com chave reversora TSA-GERADOR e QSA e 125 Vcc QSA Versão Conjugada 5.9 Quadro de Comando e Sinalização Também denominado de painel de comando e sinalização este equipamento centraliza os comandos e sinalizações dos diversos equipamentos encontrados nas subestações contribuindo para a melhor prática da operação e manutenção, inclusive dando maior segurança aos operadores visto que permite comandar um equipamento remotamente. Nele estão instaladas e identificadas lâmpadas de sinalização, chaves de comando remoto dos disjuntores, religadores, os controles automáticos de bancos de capacitores (CAC), comando de ventilação forçada de transformadores, painel anunciador, chaves de transferência de proteção para disjuntores, relé de bloqueio de transformadores e bancos de capacitores, medidores de tensão, corrente, potência, energia, etc. Com a automação e digitalização das subestações os quadros de comando e sinalização convencionais estão sendo substituídos por armários modernos e compactos onde não encontraremos mais as chaves acima citadas nem os CAC e painéis anunciadores, por exemplo, visto que há um computador (IHM) substituindo todos esses comandos e supervisõese até mesmo nos próprios relés estão disponibilizados estes mesmos recursos. No próximo slide representamos a versão do quadro de comando e sinalização convencional e o utilizado numa subestação digital: Quadro de comando e sinalização Versão Convencional Quadro de comando e sinalização Digital 6. Equipamentos de Regulação 6.1 Reatores em Derivação: Em sistemas de potência, os reatores em derivação são empregados para controlar as tensões nos barramentos, em regime permanente compensando a capacitância das linhas de transmissão no período de carga leve, e para a redução das sobrecorrentes, nos surtos de manobra. Para atender estas funções, a característica “tensão x corrente” deve ser linear até um determinado valor de tensão. Isto é conseguido com reatores com núcleo de ar ou reatores com núcleo de ferro e entreferros, sendo estes últimos os de maior utilização em sistemas de potência. Os reatores em derivação podem ser de ligação permanente ou manobráveis, através de disjuntores, e eles podem ser classificados de acordo com a sua localização, quanto ao número de fases e segundo o tipo de núcleo. Quanto à sua localização, temos: Ø Reatores de linha: instalados diretamente nas linhas de transmissão; Ø Reatores de barra: instalados na barra da subestação; Ø Reatores de terciário: instalados no terciário de transformadores. Quanto ao número de fases, podem ser classificados em: Ø Monofásicos; Ø Trifásicos. A escolha entre reatores trifásicos e bancos trifásicos depende de estudos técnico- econômicos que devem considerar os seguintes fatores: Ø Custo de investimento; Ø Confiabilidade (necessidade de unidade reserva); Ø Limitações de transporte (peso e altura máxima); Ø Limitações de capacidade de fabricação. Em geral, nos sistemas brasileiros, os reatores de alta tensão são formados por bancos trifásicos em estrela aterrada. Os reatores de terciário são trifásicos, em estrela não aterrada. No setor de energia eólica normalmente quando da existência de reatores nas Subestações, são reatores Trifásico nas tensões de 230 KV ou 34,5 KV, em estrela aterrado, e ambos com controle do reativo pelo o ONS (Operador Nacional do sistema elétrico). Com relação ao tipo de núcleo, estes podem ser: Ø Núcleo de ar; Ø Núcleo de ferro. Banco de Reatores de 500 KV Reator Trifásico 20 Mvar (230 KV) 6.2 Capacitores em Derivação: O Planejamento do sistema elétrico brasileiro tem optado pela instalação de grandes blocos de compensação reativa capacitiva, com o objetivo de se diminuir os custos e otimizar o desempenho do sistema. O objetivo básico de uma compensação reativa capacitiva é de compensar o fator de potência das cargas, refletindo-se, principalmente nos seguintes pontos: Ø Aumenta a tensão nos terminais de carga; Ø Melhora a regulação de tensão; Ø Reduz as perdas na transmissão; Ø Reduz o custo do sistema. Uma unidade capacitiva, demonstrada na figura 6.2.1, é o conjunto formado por associação série/paralelo de capacitores individuais, figura 6.2.2. Estas unidades possuem um resistor interno de descarga que tem por objetivo reduzir a tensão nominal do sistema até 50V ou menos, num determinado tempo (normalmente 5 minutos), após o capacitor ter sido desligado da fonte de tensão. Outro ponto de relevante importância é quanto a localização dos fusíveis, internos (figura 6.2.2A) ou externos (figura 6.2.2B), nas unidades. Existe hoje em dia uma forte tendência para a utilização de unidades capacitivas com fusíveis internos em decorrência dos seguintes argumentos: Ø Com o uso de fusíveis internos cada capacitor individual que forma a unidade capacitiva possui seu próprio fusível, dessa forma quando um capacitor individual se danifica, o seu respectivo fusível queima, e a unidade ainda pode continuar operando, sem grande desequilíbrio de fase. Ø Para que uma unidade não exploda, considera-se como limitação a utilização de no máximo 3100 Kvar em paralelo. Este tipo de problema pode ser contornado usando-se fusíveis limitadores de corrente (custo elevado) ou fusíveis internos. Ø Um banco econômico para uma classe de tensão deve ao número mínimo de unidades que se pode colocar em paralelo. Este número é dado pela limitação, que na saída de uma unidade não poderá causar uma sobre elevação de tensão superior a 10%. Desta forma para se obter um banco com Mvar baixo, teriam que se usarem latas com um valor menor de Kvar, ficando assim a instalação mais cara. Este problema também é atenuado utilizando-se fusíveis internos. A principal vantagem do fusível externo é a facilidade visual de localização do elemento defeituoso, sendo a sua troca feita com relativa simplicidade. A figura 6.2.3 mostra um banco de capacitores em derivação. Unidade Capacitiva – Fig. 6.2.1 Esquemático de uma unidade capacitiva com fusível externo (A) e com fusível interno (B) – Fig. 6.2.2 Banco de Capacitores – Fig. 6.2.3 6.3 Capacitores Série: Os Capacitores série são utilizados em sistemas de transmissão para diminuir a reatância série das linhas e, por consequente, a distância elétrica entre as barras terminais. A utilização de capacitores série apresenta as seguintes vantagens: Ø Aumento da capacidade de transmissão de potência da linha; Ø Aumento da estabilidade do sistema; Ø Diminuição das necessidades de controle da tensão, pois propicia menor queda de tensão ao longo da linha; Ø Melhor divisão de potência entre linhas, reduzindo as perdas globais do sistema; Ø Economia nos custos, quando comprados com alternativas tecnicamente possíveis. Como equipamento elétrico, o capacitor série apresenta a peculiaridade de ser, na realidade, um sistema composto por diversos outros equipamentos que têm a função exclusiva de proteger as unidades capacitivas contra sobre tensões. Na figura 6.3.1 temos uma foto de um banco de capacitores série. Banco de Capacitores Série da SE São João do Piauí – Fig. 6.3.1 Obrigado a todos! Reginaldo Barros
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