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Apostila Práticas em biomedicina I_2021 1

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PRÁTICAS EM BIOMEDICINA I 
1 
 
 
Apresentação 
 
Essa disciplina fará uma exposição sobre as áreas de atuação do biomédico e 
representações do conselho. Estuda conceitos de boas práticas de laboratório clínico, 
biossegurança e programa de gerenciamento de resíduos. Introdução sobre 
instrumentação laboratorial, técnicas de pipetagem e preparo de soluções, associadas ao 
manuseio de equipamentos no laboratório. 
O seu sucesso dependerá muito da sua dedicação aos estudos. Você poderá buscar 
ajuda com os professores ou com os tutores/monitores, visando atingir a aprendizagem. 
Importante você ANALISAR os conteúdos de forma crítica, buscando relacioná-los com 
a as demais disciplinas que está cursando, teoria que o fundamenta, CONCEITUAR o 
tema que está sendo desenvolvido e EXEMPLIFICAR com fatos e coisas que possam 
mostrar sua aplicação, identificando, portanto, a importância do estudo de cada tema. 
O roteiro de cada aula prática foi elaborado de forma a apresentar os OBJETIVOS que se 
pretende alcançar em cada experimento, uma INTRODUÇÃO de forma simplificada ou 
agregada a alguma questão prática que correlacione a importância dos temas, PARTE 
EXPERIMENTAL com detalhamento das experiências a serem realizadas, com espaço 
para apresentação dos RESULTADOS, BIBLIOGRAFIA e algumas QUESTÕES 
(autoavaliação) para verificação do conhecimento adquirido. Apesar de recomendável, 
não foram descritos os materiais, reagentes e vidrarias utilizados em cada aula, mas o 
aluno deverá relacioná-los sempre após cada aula como uma forma de fixação deste 
conteúdo já abordado em outras disciplinas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Biossegurança 
 
OBJETIVOS 
▶ Explicar como se deve trabalhar no laboratório; 
▶ Apresentar os perigos e as normas de segurança em um 
laboratório; ▶ Identificar a classificação padrão dos produtos 
químicos. 
______________________________________________________________ 
 
 Para tirar o máximo de proveito de um laboratório, você deve seguir alguns princípios 
básicos, principalmente porque isso resulta em segurança para você e para as pessoas que estão 
compartilhando este ambiente de trabalho. É necessário que todos os usuários conheçam e 
pratiquem determinadas regras, desde o primeiro instante que pretenderem permanecer em um 
laboratório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para trabalhar em um 
laboratório, o 
que devo saber? 
Conhecer 
sobre descarte 
de reagente
s: resíduo e 
rejeito 
Conhecer 
a indumentári
a apropriad
a 
Identificar 
a classificação 
dos produto
s químico
s 
Conhecer 
os equipamentos 
e vidraria
s 
Usa
r
 
Jaleco 
(avental) Óculos de 
segurança 
Conhec
e
r as 
normas 
de seguranç
a 
Manuse
ar adequadamente 
os reagentes: 
sólidos, líquidos e 
gases 
 
 
 
Indumentária Apropriada 
• Avental de mangas compridas, longos até os joelhos, com fios de algodão na composição 
do tecido. 
• Calça comprida de tecido não inteiramente sintético. 
• Sapato fechado, de couro ou assemelhado. 
• Óculos de segurança. 
• Luvas 
 ☞ Equipamentos de Proteção Individual (EPI) – avental, luvas, proteção facial/ocular e 
proteção respiratória. 
Indumentária Proibida 
• Bermuda ou short. 
• Sandália, Chinelo, Sapato aberto. 
• Uso de lente de contato. 
• Uso de braceletes, correntes ou outros adereços. 
• Avental de nylon ou 100% poliéster. 
Faça no Laboratório 
• Lave as mãos antes de iniciar seu trabalho. 
• Lave as mãos entre dois procedimentos. 
• Lave as mãos antes de sair do laboratório. 
• Certifique-se da localização do chuveiro de emergência, lava-olhos, e suas 
operacionalizações. 
• Conheça a localização e os tipos de extintores de incêndio no laboratório. 
• Conheça a localização das saídas de emergências. 
Não Faça no Laboratório 
• Fumar 
• Comer 
• Correr 
• Beber 
• Sentar ou debruçar na bancada 
• Sentar no chão 
• Não use cabelo comprido solto 
• Não (ou evite) trabalhar solitário no laboratório 
• Não manuseie sólidos e líquidos desconhecidos apenas por curiosidade 
Com os Ácidos 
• Adicione sempre o ácido à água; nunca faça o inverso. 
 
 
Com Bicos de Gás 
• Feche completamente a válvula de regulagem de altura de chama. 
• Abra o registro do bloqueador da linha de alimentação. 
• Providencie uma chama piloto e aproxime do bico de gás. 
• Abra lentamente a válvula de regulagem de altura de chama até que o bico de gás 
ascenda. 
• Regule a chama. 
Com Soluções 
• Cerca de 80% das soluções químicas concentradas são nocivas aos organismos vivos, 
principalmente se ministradas por via oral. 
• Não transporte soluções em recipientes de boca larga, se tiver que efetuá-lo por certa 
distância, triplique sua atenção durante o percurso e solicite a um colega que o 
acompanhe. 
• Não leve à boca qualquer reagente químico, nem mesmo o mais diluído. 
• Certifique-se da concentração e da data de preparação de uma solução antes de usá-la. 
• Não pipete, aspirando com a boca, líquidos cáusticos, venenosos ou corantes, use pêra 
de segurança. 
• Não use o mesmo equipamento volumétrico para medir simultaneamente soluções 
diferentes. 
• Volumes de soluções padronizadas, tiradas dos recipientes de origem e não utilizadas, 
devem ser descartados e não retornados ao recipiente de origem. 
Com Sólidos e Líquidos 
• O descarte deverá ser efetuado em recipientes apropriados separando-se o descarte de 
orgânicos de inorgânicos. 
• Cuidados com Aquecimento, incluindo: Reação exotérmica, chama direta, resistência 
elétrica e banho-maria. 
• Não aqueça bruscamente qualquer substância. 
• Nunca dirija a abertura de tubos de ensaio ou frascos para si ou para outrem durante o 
aquecimento. 
• Não deixe sem o aviso "cuidado material aquecido", equipamento ou vidraria que tenha 
sido removida de sua fonte de aquecimento, ainda quente e deixado repousar em lugar 
que possa ser tocado inadvertidamente. 
• Não utilize "chama exposta" em locais onde esteja ocorrendo manuseio de solventes 
voláteis, tais como éteres, acetona, metanol, etanol, etc. 
• Não aqueça fora das capelas, substâncias que gerem vapores ou fumos tóxicos. 
 
Manuseio e Cuidados com Frasco de Reagentes 
• Leia cuidadosamente o rótulo do frasco antes de utilizá-lo, habitue-se a lê-lo, mais uma 
vez, ao pegá-lo, e novamente antes de usá-lo. 
 
 
• Ao utilizar uma substância sólida ou líquida dos frascos de reagentes, pegue-o de modo 
que sua mão proteja o rótulo e incline-o de modo que o fluxo escoe do lado oposto ao 
rótulo. 
• Muito cuidado com as tampas dos frascos, não permita que ele seja contaminada ou 
contamine-se. Se necessário use o auxílio de vidros de relógio, placas de Petri, etc. para 
evitar que isso aconteça. 
• Ao acondicionar um reagente, certifique-se antes da compatibilidade com o frasco, por 
exemplo, substâncias sensíveis à luz, não podem ser acondicionadas em embalagens 
translúcidas. 
• Não cheire diretamente frascos de nenhum produto químico, aprenda esta técnica e passe 
a utilizá-la de início, 
mesmo que o frasco contenha perfume. 
• Os cuidados com o descarte de frascos vazios de reagentes não devem ser menores que 
os cuidados com o descarte de soluções que eles dão origem. 
• Cuidados com Aparelhagem, Equipamentos e Vidrarias Laboratoriais: Antes de iniciar a 
montagem, inspecione a aparelhagem, certifique-se de que ela esteja completa, intacta e 
em condições de uso. 
• Não utilize material de vidro trincado, quebrado ou com arestas cortantes. 
• Não seque equipamentos volumétricos utilizando estufas aquecidas ou ar comprimido. 
• Não utilizes tubos de vidro, termômetros em rolha, sem antes lubrificá-los com vaselina e 
proteger as mãos com luvas apropriadas ou toalhade pano. 
FIQUE ATENTO 
• Explosivo: evitar choques, fricção, faíscas, fogo e calor. 
• Oxidantes: evitar todo contato com substâncias comburentes. 
• Inflamável: manter longe de chamas, faíscas e fontes de calor. 
• Tóxico: evitar qualquer contato com o corpo humano. Em caso de mal estar procurar 
imediatamente um médico. No caso de substâncias cancerígenas e mutagênicas, ver 
indicações especiais. 
• Corrosivo: evitar contato com os olhos, pele e roupa mediante medidas protetoras 
especiais. Não inalar os vapores. Em caso de acidente ou mal estar, procurar 
imediatamente um médico. 
• Irritante: evitar contato com os olhos e a pele. Não inalar os vapores. 
 
 
RÓTULO DE UM REAGENTE QUÍMICO 
 
 
 
 
 
 
 
Resíduos Químicos 
Caracterizar e classificar um material residual significa identificar as propriedades ou 
características daquele material que possam causar danos ao homem e ao meio ambiente. Eta 
ação subsidia diretamente a tomada de decisões técnicas e econômicas em todas as fases do 
manejo do material. Assim materiais residuais caracterizados como perigosos devem sofre 
manuseio, estocagem, segregação, rotulagem e tratamento criteriosos, ao passo que materiais 
não perigosos podem ser manejados com menor grau de complexidade. Rejeitos considerados 
perigosos devem ser necessariamente tratados antes da disposição final, enquanto que rejeitos 
considerados não perigosos podem ser descartados no ambiente após a devida consideração 
da legislação ambiental vigente. 
Definições: 
 Material residual: termo usado para abranger, genericamente, qualquer resíduo ou rejeito 
produzido por uma fonte geradora. 
 Resíduo: é um material residual remanescente de alguma apropriação, processo ou 
atividade e que, em princípio, possui um potencial de uso, para o próprio gerador ou não, 
com ou sem tratamento. 
 
N ome IUPAC 
Fórmula Molecular 
Massa Molecular 
Símbolo de periculosidade 
 
 
 Rejeito: é um material residual remanescente de alguma apropriação, processo ou 
atividade, porém, inservível, já que não apresenta possibilidade técnica ou econômica de 
uso, com ou sem tratamento, devendo ser tratado para descarte no meio ambiente. 
 Resíduo perigoso: material (substância ou mistura de substâncias) com potencial de 
causar danos a organismos vivos, materiais, estruturas ou ao meio ambiente; ou ainda, 
que pode tornar-se perigoso por interação com outros materiais 
 Danos: explosão, fogo, corrosão, toxicidade a organismos ou outros efeitos deletérios. 
 
Em laboratórios químicos os resíduos perigosos mais usuais compreendem: 
• solventes orgânicos 
• resíduos de reações 
• reagentes contaminados, degradados ou fora do prazo de validade 
• soluções-padrão 
• fases móveis de cromatografia 
 
CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL RESIDUAL 
 
No Brasil, o processo para classificar um material residual como perigoso deve seguir o 
recomendado pela ABNT NBR 10.004 e a consulta a seus oito anexos, apresentam, entre 
outros atos normativos, listagens de resíduos perigosos. 
 
Segundo a NBR 10.004:2004 os resíduos são classificados em: 
a) Classe I: Perigosos 
São aqueles que podem apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambie'l:e, em função 
de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou 
patogenicidade. 
 
b) Classe II: Não Perigosos . 
• Classe II A: Não Inertes 
São resíduos que não apresentam periculosidade, porém, não são inertes e podem ter 
propriedades como combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água . 
• Classe II B: Inertes 
São resíduos que, submetidos ao teste de solubilização, não apresentam nenhum de seus 
constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da 
água. 
 
 
 
☞ Segregação de resíduos perigosos 
 
 
Definição de grupos de resíduos: deverão ser definidos considerando-se, além das 
peculiaridades do inventário, as características fisico-químicas, periculosidade, compatibilidade 
e o destino final dos resíduos. 
 
TRATAMENTO DE MATERIAIS RESIDUAIS 
Métodos de Tratamento 
Tratamento químico • neutralização ácido-base 
• precipitação química 
• oxidação redução 
• absorção em carvão ativado 
• troca iônica 
 
Tratamento físico • remoção física: destilação, evaporação, 
extração por solvente, extração por arraste a 
vapor, troca iônica, precipitação, cristalização, 
filtração, adsorção, osmose reversa • 
microencapsulamento 
• estabilização 
Tratamento térmico • incineração 
• co-processamento 
• combustão em caldeiras e fornos 
• detonação 
• vitrificação 
Tratamento biológico • bioremediação 
Disposição no solo • aterro industrial 
 
 
Tipos de riscos ambientais 
 
 
A Portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho, aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do 
Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. 
A NR-9, atualizada pela Portaria Nº 25 de 29/12/1994, estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por 
parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção 
de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da 
antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que 
venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais 
(Anexos 04 e 05). 
De acordo essa legislação, consideram-se os seguintes tipos de riscos no ambiente de trabalho: 
 
 
 
1. Risco de Acidentes: qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade, 
bem estar físico e moral. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem proteção, 
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, pisos 
escorregadios, etc. 
2. Risco Ergonômico: qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador 
causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento e transporte 
manual de peso, o ritmo excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva, a postura 
inadequada de trabalho, o trabalho em turnos, etc. 
3. Risco Físico: diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, 
vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, 
materiais cortantes e pontiagudos, etc. 
4. Risco Químico: substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, 
nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de 
exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão. 
5. Risco Biológico: bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre outros patógenos. Esses agentes são capazes de 
provocar dano à saúde humana, podendo causar infecções, efeitos tóxicos, efeitos alergênicos, doenças auto-
imunes e a formação de neoplasias e malformações. 
Especificamente para os trabalhadores da área da saúde, a NR-32 que estabelecer as diretrizes básicas 
para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, 
identifica os riscos biológicos de acordo com: 
a) Fontes de exposição e reservatórios: as fontes de exposição incluem pessoas, animais, objetos ou substâncias 
que abrigam agentes biológicos, a partir dos quais se torna possível a transmissão a um hospedeiro ou a um 
reservatório. Reservatório é a pessoa, animal, objeto ou substância no qual um agente biológico pode persistir, 
manter sua viabilidade, crescer ou multiplicar-se, de modoa poder ser transmitido a um hospedeiro. A 
identificação da fonte de exposição e do reservatório é fundamental para se estabelecerem as medidas de 
proteção a serem adotadas. 
b) Vias de transmissão e de entrada: é o percurso feito pelo agente biológico a partir da fonte de exposição 
até o hospedeiro. A transmissão pode ocorrer das seguintes formas: 
• Direta: transmissão do agente biológico sem a intermediação de veículos ou vetores. Exemplos: 
transmissão aérea por bioaerossóis, transmissão por gotículas e contato com a mucosa dos olhos; 
• Indireta: transmissão do agente biológico por meio de veículos ou vetores. Exemplos: transmissão por meio de 
mãos, pérfuro-cortantes, luvas, roupas, instrumentos, vetores, água, alimentos e superfícies. 
c) Transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente: é a capacidade de transmissão de um agente 
a um hospedeiro. O período de transmissibilidade corresponde ao intervalo de tempo durante o qual um 
organismo pode transmitir um agente biológico; a Patogenicidade dos agentes biológicos é a sua capacidade 
de causar doença em um hospedeiro suscetível; e a Virulência é o grau de agressividade de um agente 
biológico, isto é, uma alta virulência de um agente pode levar a uma forma grave ou fatal de uma doença. A 
virulência relaciona-se à capacidade de o agente invadir, manter-se e proliferar, superar as defesas e, em alguns 
casos, produzir toxinas. 
 
 
d) Persistência do agente biológico no ambiente: é a capacidade de o agente permanecer no am- biente, 
mantendo a possibilidade de causar doença. 
 
 
CLASSES DE RISCO BIOLÓGICO 
 
De acordo com as Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico, elaborado 
em 2004 pela Comissão de Biossegurança em Saúde - CBS do Ministério da Saúde, os tipos de agentes podem ser 
classificados com base no seu risco biológico em 5 Classes: 
Classe de Risco I: escasso risco individual e comunitário – quando o microorganismo tem pouca 
probabilidade de provocar enfermidades humanas ou veterinárias. Ex.: Lactobacillus. 
Classe de Risco II: risco individual moderado; risco comunitário limitado – a exposição pode provocar infecções, 
porém, se dispõe de medidas profiláticas e terapêuticas eficazes, sendo o risco de propagação limitada. Ex.: 
Schistosoma mansoni (causador da esquistossomose). 
Classe de Risco III: risco individual elevado; risco comunitário limitado – pode causar infecções graves em 
humanos e animais; se propagar de uma pessoa para outra, mas existe profilaxia/tratamento eficazes. Ex.: Bacillus 
anthracis (causador de carbúnculo ou antrax). 
Classe de Risco IV: elevado risco individual e comunitário – agentes biológicos de fácil propagação e altamente 
patogênicos para o homem, animais e meio ambiente, não existindo medidas profiláticas ou terapêuticas 
eficientes. Ex.: Vírus Ebola (causa febre hemorrágica). 
Classe de Risco V: elevado risco de contaminação em animais e do meio ambiente – agentes patogênicos não 
existentes no país, podendo ou não oferecer risco direto ao homem, mas causando graves perdas econômicas 
e na produção de alimentos. Ex.: Achantina fulica (caramujo-gigante-africano trazido para o Brasil para produção 
e comercialização de escargot). 
2. NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA (NB) 
 
Ainda observando-se as diretrizes do Ministério da Saúde, foram determinados 4 níveis de biossegurança 
conforme os cuidados necessários para contenção do tipo de agente patológico: 
Nível de Biossegurança 1 - NB-1: necessário ao trabalho com os agentes biológicos da Classe de Risco I; 
recomenda-se utilização de equipamentos de proteção adequados e observação das Boas Práticas de 
Laboratório (BPLs). 
 
 
Nível de Biossegurança 2 - NB-2: exigido para o desenvolvimento de trabalhos com agentes da Classe de Risco 
II; são aplicados a laboratórios clínicos e hospitalares de níveis primário de diagnósticos, onde, além da adoção 
das BPLs, se faz necessária a contenção através de barreiras físicas primárias (EPIs e cabines de segurança 
biológica) e secundárias (projeção adequada do laboratório de acordo com a legislação vigente). 
Nível de Biossegurança 3 - NB-3: destinado ao trabalho com microorganismos da Classe de Risco III e grandes 
volumes e altas concentrações de agentes da Classe de Risco II; são exigidas medidas de contenção física 
primária e secundária, devendo o laboratório ser projetado e construído de forma especial para contenção 
de agentes de alto risco; deve ser mantido sob controle rígido de vigilância, inspeção e manutenção, e o corpo 
técnico deve receber treinamento específico sobre biossegurança e manipulação desses microorganismos. 
Nível de Biossegurança 4 - NB-4: nível de segurança máxima para desenvolvimento de trabalhos com agentes 
da Classe de Risco IV; essas unidades devem ser projetadas em áreas isoladas e funcionalmente 
independentes de outras áreas; requer todas as exigências já citadas além de procedimentos de segurança 
especiais. 
 
 Descarte 
Materiais que estiveram em contato com amostras potencialmente infectantes devem ser descontaminados 
antes de saírem da área de trabalho onde foram manipulados. 
Todo material pérfuro-cortante, mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes resistentes à 
perfuração. 
Todos os materiais e amostras contaminados precisam ser desinfetados, antes de serem descartados ou 
limpos para uso posterior. Devem ser colocados em sacos plásticos à prova de vazamento e identificados, 
antes de serem autoclavados. Esses sacos devem ser mantidos em vasilhames de paredes rígidas, 
laváveis e identificados, colocados em área restrita. 
Para se proceder adequadamente o descarte dos resíduos sólidos gerados nos serviços de saúde ou 
laboratórios da área, é importante que se conheça a classificação dos mesmos. 
De acordo com a RDC Nº 306 de 07/12/04, publicada pela ANVISA (Anexo 06), são classificados 5 grupos 
de resíduo: 
Grupo A – Potencialmente Infectantes 
 
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior 
virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. Se enquadram nesse grupo: 
- Grupo A.1 – Culturas e estoques de microrganismos resíduos de fabricação de produtos biológicos, 
exceto os hemoderivados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação 
ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. Estes resíduos não podem 
deixar a unidade geradora sem tratamento prévio. 
 
 
3. Grupo A.2 – Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a 
processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações, e os 
cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microorganismos de relevância epidemiológica e 
com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação 
diagnóstica. Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final. 
4. Grupo A.3 – Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com 
peso menor de 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 
semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus 
familiares. 
5. Grupo A.4 – Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; filtros de ar e gases aspirados de área 
contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares; 
sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de 
pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem 
apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microorganismo causador de doença 
emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja 
desconhecido ou comsuspeita de contaminação de príons; tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, 
lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo; recipientes e materiais 
resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenham sangue ou líquidos copóreos na forma 
livre; peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de 
estudos anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica; carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros 
resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de 
microorganismos, bem como suas forrações; cadáveres de animais provenientes de serviços de assistência; 
bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão. 
6. Grupo A.5 – Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais 
materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de 
contaminação com príons. 
GRUPO B – Químicos 
 
Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio 
ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. 
As características dos riscos destas substâncias são contidas na Ficha de Informações de Segurança de Produtos 
Químicos – FISQ, conforme NBR 14725 da ABNT e Decreto/PR 2657/98 (ver Rotugem e Simbologia no item IX 
desse Manual). 
Resíduos químicos que apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente, quando não forem submetidos a processo 
de reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ser submetidos a tratamento ou disposição final específicos. 
 
 
Resíduos químicos no estado sólido, quando não tratados, devem ser dispostos em aterro de resíduos perigosos 
– Classe I. 
Resíduos químicos no estado líquido devem ser submetidos a tratamento específico, sendo vedado o seu 
encaminhamento para disposição final em aterros. 
Enquadram-se nesse grupo os produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; 
imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, 
farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos 
dos Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações. Resíduos de saneantes, desinfetantes, 
desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados 
por estes. Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores); efluentes dos equipamentos 
automatizados utilizados em análises clínicas; Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da 
NBR 10.004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos). 
É importante observar que algumas substâncias químicas são incompatíveis, e a reunião dessas pode provocar 
reações perigosas e causar acidentes. Veja no Apêndice 1 desse manual a tabela de incompatibilidade entre essas 
substâncias. 
GRUPO C – Rejeitos Radioativos 
 
Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores 
aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não 
prevista. 
Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de 
laboratórios de análises clinicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a resolução CNEN-6.05. 
GRUPO D – Resíduos comuns 
 
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo 
ser equiparados aos resíduos domiciliares como: papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças 
descartáveis de vestuário, resto alimentar de paciente, material utilizado em anti-sepsia 
 
e hemostasia de venóclises, equipo de soro e outros similares não classificados como A1; sobras de alimentos 
e do preparo de alimentos; resto alimentar de refeitório; resíduos provenientes das áreas administrativas; 
resíduos de varrição, flores, podas e jardins; resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde. 
GRUPO E – Perfuro-cortantes 
 
Os materiais perfurocortantes e escarificantes como lâminas, lamínulas, vidrarias, seringas, bisturis, entre 
outros, devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade 
de descarte, em recipientes, rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente 
 
 
identificados. As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, 
sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente. 
Procedimentos gerais de descarte: 
Cada uma das categorias de resíduos orgânicos e inorgânicos deve ser separada, acondicionada, de acordo 
com os procedimentos e formas específicas e adequadas para cada categoria. Devem ser observados os 
símbolos internacionais existentes na fonte produtora do rejeito ou em sua embalagem; esses símbolos são 
estabelecidos pela Organização Internacional de Normatização (ISO) e pelo Comitê de Especialistas em 
Transportes de Produtos Perigosos, ambos da Organização das Nações Unidas, adequados a cada caso. 
Além do símbolo identificador da substância, na embalagem contendo os resíduos deve ser afixada uma 
etiqueta autoadesiva, preenchida com lápis grafite, as seguintes informações: laboratório de origem, conteúdo 
qualitativo, classificação quanto à natureza e advertências, quando houver. 
Os rejeitos orgânicos e inorgânicos sem possibilidade de descarte imediato devem ser armazenados em 
condições adequadas específicas. 
Os resíduos orgânicos ou inorgânicos deverão ser desativados com o intuito de transformar pequenas 
quantidades de produtos químicos em produtos derivados inócuos, permitindo sua eliminação sem riscos. 
Este trabalho deve ser realizado cuidadosamente e por pessoa especializada. 
Os resíduos que serão armazenados para posterior recolhimento e descarte/incineração, devem ser recolhidos 
separadamente em recipientes coletores impermeáveis a líquidos, resistentes, com tampas rosqueadas para 
evitar derramamentos e fechados para evitar evaporação de gases. 
 
 ROTULAGEM – SIMBOLOGIA 
Devemos sempre estar atentos e observar bem os rótulos dos produtos e manuais de equipamentos contidos 
nos laboratórios. Nos rótulos das substâncias químicas constam especificações sobre a composição e os perigos 
que estas podem oferecer. Muitas vezes, essas informações se apresentam simbolizadas, seguindo um padrão 
pré-estabelecido. A seguir, apresentam-se a simbologia padrão constante nesses produtos, a que estão associados 
e algumas precauções que devem ser adotadas para utilização e armazenamento dos mesmos. 
 
Facilmente Inflamável ( F ) 
Classificação: determinados peróxidos orgânicos; líquidos com pontos de inflamação inferior a 21ºC, substâncias 
sólidas que são fáceis de inflamar, de continuar queimando por si só; liberam substâncias facilmente inflamáveis por 
ação de umidade. 
Precaução: evitar contato com o ar, a formação de misturas inflamáveis gás-ar e manter afastadas de fontes de 
ignição. 
 
 
Extremamente inflamável ( F +) 
Classificação: líquidos com ponto de inflamabilidade inferior a 0ºC e o ponto máximo de ebulição 35ºC; gases, misturas 
de gases (que estão presentes em forma líquida) que com o ar e a pressão normal podem se inflamar facilmente. 
Precauções: manter longe de chamas abertas e fontes de ignição. 
 
Tóxicos ( T ) 
Classificação: inalação, ingestão ou absorção através da pele, provoca danos à saúde na maior parte das vezes, 
muito graves ou mesmo letais. 
Precaução: evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com produtos cancerígenos, 
teratogênicos ou mutagênicos. 
Muito Tóxico ( T +) 
Classificação: inalação, ingestão ou absorção através da pele,provoca danos à saúde na maior parte das vezes, 
muito graves ou mesmo letais. 
Precaução: evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com produtos 
cancerígenos, teratogênicos ou. mutagênicos 
 
Corrosivo ( C ) 
- Classificação: por contato, estes produtos químicos destroem o tecido vivo, bem como vestuário. 
- Precaução: não inalar os vapores e evitar o contato com a pele, os olhos e vestuário. 
 
Oxidante ( O ) 
- Classificação: substâncias comburentes podem inflamar substâncias combustíveis ou acelerar a 
propagação de incêndio. 
- Precaução: evitar qualquer contato com substâncias combustíveis. Perigo de incêndio. O incêndio pode 
ser favorecido dificultando a sua extinção. 
Nocivo ( Xn ) 
- Classificação: em casos de intoxicação aguda (oral, dermal ou por inalação), pode causar danos 
irreversíveis à saúde. 
- Precaução: evitar qualquer contato com o corpo humano, e observar cuidados especiais com produtos 
cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos. 
Irritante ( Xi ) 
- Classificação: este símbolo indica substâncias que podem desenvolver uma ação irritante sobre a pele, os 
olhos e as vias respiratórias. 
- Precaução: não inalar os vapores e evitar o contato com a pele e os olhos. 
 
Explosivo ( E ) 
- Classificação: indica substâncias que podem explodir sob determinadas condições. 
 
 
- Precaução: evitar atrito, choque, fricção, formação de faísca e ação do calor. 
 
De acordo com a legislação de Biossegurança, são também utilizados símbolos, tais como: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vidrarias, equipamentos e técnicas 
básicas 
____________________________________________________________________________ 
OBJETIVOS 
▶ Identificar as principais vidrarias e equipamentos usados no laboratório; 
▶ Apresentar técnicas básicas usadas no laboratório; 
____________________________________________________________________________ 
Antes de iniciar qualquer experimento em um laboratório, é importante familiarizar-se com 
os equipamentos disponíveis, conhecer seu funcionamento, indicação de uso e a maneira correta 
de manuseá-lo. 
Grande maioria dos equipamentos utilizados nos laboratórios é de vidro, portanto é 
necessário muito cuidado ao manuseá-los. Estes podem ser de vidro comum, pirex ou de quartzo 
fundido. 
A seguir apresentaremos alguns equipamentos básicos utilizados rotineiramente em 
laboratórios e 
suas funções. 
VIDRARIAS 
 Tubo de ensaio: utilizado para realização de reações químicas em pequena escala, 
principalmente testes qualitativos. Podem ser aquecidos em movimentos circulares diretamente 
 sob a chama do Bico de Busen. 
 
Tubos de ensaio devem ser aquecidos de forma que a extremidade aberta não esteja virada para 
 uma pessoa. 
 
Béquer: utilizado para dissolver uma substância em outra, preparar soluções em geral, aquecer 
líquidos, dissolver substâncias sólidas e realizar reações. 
 
Erlenmeyer: devido ao seu gargalo estreito, é utilizado para dissolver substâncias, agitar 
soluções e aquecer líquidos sobre a tela de amianto. Integra várias montagens como filtrações, 
destilações e titulações. 
 
 Kitassato: frasco com saída lateral, utilizados em "filtrações a vácuo", ou seja, nas quais é 
provocado um vácuo parcial dentro dos recipientes para acelerar o processo de filtração. 
 
 
Funil comum: utilizado em filtrações simples, com o auxílio de um papel de filtro, e transferir 
líquidos de um recipiente para outro. 
 
 
 
 Balão de fundo chato: utilizado para aquecer brandamente líquidos ou soluções, realizar 
reações com desprendimentos de gás e armazenar líquidos ou soluções. 
 
 Balão de fundo redondo: utilizado para aquecer líquidos ou soluções e realizar reações em 
geral. É também utilizado em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado à Rotavapor. 
 
Proveta: utilizada para medir volumes de líquidos sem grande precisão. 
 
 Balão volumétrico: utilizado para preparar e diluir soluções com volumes precisos e prefixados. 
Não pode ser aquecido, pois possui grande precisão de medida. Equipamento calibrado. 
 
 Vidro de relógio: utilizado normalmente na pesagem e no transporte de substâncias químicas. 
É também utilizado para cobrir, por exemplo, cápsula de porcela de modo a proteger os sólidos 
 
e evitar perda de reagentes. 
 
Pipeta graduada: utilizada para medida de volumes variáveis de líquidos com boa precisão 
 
dentro de uma determinada escala. Não pode ser aquecida. Equipamento calibrado. 
 
Pipeta volumétrica: utilizada para medir, com grande precisão, um volume fixo de líquidos. Não 
pode ser aquecida. Equipamento calibrado. 
 
Bureta: utilizada para medida precisa de volume de líquidos. Permite o escoamento controlado 
de líquido através da torneira. Equipamento utilizado em titulações. Não pode ser aquecida. 
Equipamento calibrado. 
 
 Funil de separação/decantação: utilizado para separar líquidos imiscíveis e na extração 
líquido-líquido. Também é conhecido como funil de bromo. 
 
 Condensador: utilizado para condensar os vapores produzidos no processo de destilação ou 
aquecimento sob refluxo. Existem condensadores de Liebig ou de tubo reto, de bolas e de 
 
serpentina. 
 
Bastão de vidro/baqueta: utilizado para agitação de soluções e de líquidos, na dissolução de 
sólidos, no auxílio para transferência de líquidos de um recipiente para outro, etc. 
 
Placa de Petri: utilizada para secagem de substâncias. É um recipiente raso com tampa. Em 
Biologia são utilizadas para desenvolvimento de culturas de fungos ou bactérias. 
 
 
Tubo de Thiele
 
: utilizado na determinação do ponto de fusão das substâncias. Existem 
equipamentos eletrônicos para este fim. 
 
 
Bolinha de vidro: utilizada em montagens de refluxo e destilação para evitar a superebulição 
(fenômeno em que um líquido ferve a uma temperatura maior que seu ponto de ebuilição). Pode 
também ser de porcelana. 
 
Dessecador: utilizado para guardar substâncias em atmosfera com baixa umidade. 
Contém 
 substâncias higroscópicas, ou seja, que absorvem a umidade do meio. 
 
Dê o nome a cada uma das vidrarias abaixo: 
 
 
 
 
 
UTENSÍLOS DE PORCELANA 
Funil de Büchner: utilizado em filtrações a vácuo em conjunto com o kitassato.
 
 
 
Cadinho : utilizado para calcinações de substâncias, no aquecimento e fusão de sólidos a altas 
temperaturas. Pode também ser constituído de ferro, prata ou platina. 
 
Cápsula : utilizado na evaporação de líquidos. Pode ser aquecido diretamente na chama. 
Almofariz e pistilo
 
: utilizado para trituração e pulverização de sólidos. Pode também ser 
constituído de ágata. 
Dê o nome a cada um dos utensílios abaixo: 
 
 
 
 
UTENSÍLOS GERAIS 
Tela de amianto
 
 : tela metálica (de aço), com o centro recoberto em amianto ou cerâmica, 
utilizada para distribuir uniformemente o calor recebido da chama do bico de Busen para todo o 
recipiente. 
 
Argola ou anel: utilizado para suporte de funil vidro em montagens de filtração, decantação, etc. 
 
Garra metálica : utilizada para fixar os diversos equipamentos, mantendo a montagem estável. 
 
Pinça de madeira : utilizada para segurar tubos de ensaio. 
Suporte para tubos de ensaio : utilizado para sustentação de tubos de ensaio. 
 
Tripé: utilizado para dar sustentação à tela de amianto ou ao triângulo de porcelana. 
 
Suporte universal : utilizado para dar sustentação aos materiais de laboratório. 
Pinça metálica
 
: utilizado para segurar objetos aquecidos. 
 
Piseta ou frasco lavador: utilizado para lavagem de diversos materiais. 
Normalmente contém 
 água destilada, mas outros solventes podem também ser armazenados. 
 
Espátula: utilizada para transferência de substâncias sólidas. 
 
Trompa de vácuo : utilizada para reduzir a pressão no interior de um frasco, principalmentedurante a filtração sob pressão reduzida. 
 
Pipetador de borracha ou pêra : utilizado para encher pipetas por sucção, principalmente 
no caso de líquidos voláteis, irritantes ou tóxicos. 
 
 
 
 
 
 
Agitador magnético: utilizado para agitar soluções e líquidos. Podem ser só de agitação e/ou 
com aquecimento. 
 
Manta aquecedora : utilizado para aquecimento de líquidos inflamáveis contidos em um balão de 
fundo redondo. 
 
 
 
Balança : utilizado para determinação de massa. As balanças mecânicas mais precisas têm sua 
sensibilidade restrita a uma ordem de grandeza de 0,01g. As eletrônicas podem ter precisão de 
0,0001g. Para boa utilização, devem estar niveladas e ter manutenção e calibração periódica. 
 
 
 
Centrífuga: utilizado para separação de misturas imiscíveis do tipo sólido-líquido, quando o sólido 
se encontra finamente disperso no líquido. 
 
 
 
Estufa: utilizado para secagem de materiais em geral, principalmente vidrarias. 
 
Capela : utilizada para manusear substâncias gasosas, tóxicas, irritantes, etc. 
 
Bomba de vácuo: utilizada para reduzir a pressão no interior de um recipiente. 
 
Bico de Bünsen : é utilizado como fonte de calor destinada ao aquecimento de materiais não 
inflamáveis. Possui como combustível normalmente o G.L.P (butano e propano) e como 
comburente o gás oxigênio do ar atmosférico que em proporção otimizada permite obter uma 
chama de alto poder energético. 
Dê o nome dos equipamentos abaixo: 
 
 
 
 
 
O BICO DE BUNSEN 
Possui na sua base um regulador de entrada de ar, a chama torna-se amarela e relativamente 
fria (com temperatura mais baixa). A esta temperatura a combustão é incompleta. 
 
Com o aumento da entrada de ar a chama torna-se azul, mais quente e forma um cone interior 
distinto, mais frio. 
 
 
Zona neutra: é uma zona interna próxima da boca do tubo, limitada por uma "camada" azulada 
que contém os gases que ainda não sofreram combustão. É a região de menor temperatura da 
chama (300 ºC a 530 ºC). 
Zona redutora: é uma zona intermediária, luminosa, que fica acima da zona neutra e forma um 
pequeno "cone", onde se inicia a combustão do gás. Nesta zona forma-se monóxido de carbono, 
que se decompõe por ação do calor dando origem a pequenas partículas de carbono, que, sendo 
incandescentes, dão luminosidade à chama e espalham-se sobre a tela de amianto na forma de 
"negro de fumo". Região da chama de temperatura intermediária (530 ºC a 1540 ºC). 
Zona oxidante: zona externa de cor violeta-pálido, quase invisível, que compreende toda a 
região acima e ao redor da zona redutora. Os gases que são expostos ao ar sofrem combustão 
completa, formando gás carbônico e água. Região de maior temperatura (1540 ºC). 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS BÁSICAS DE LABORATÓRIO 
 
Transferência de sólidos: não utilizar a mesma espátula para transferir amostras de substâncias 
diferentes. Este procedimento pode contaminar os reagentes. 
Transferência de líquidos: pode-se usar conta-gotas, bastão de vidro, funil de vidro e pipetas. 
Leitura do nível de um líquido - menisco: para ler corretamente o nível de um líquido, é 
importante olhar pela linha tangente ao menisco, que é côncavo, no caso de líquidos que aderem 
ao vidro, e convexo, no caso de líquidos que não aderem ao vidro (mercúrio). O menisco consiste 
na interface entre o ar e o liquido a ser medido. O seu ajuste deve ser feito de modo que o seu 
ponto inferior fique horizontalmente tangente ao plano superior da linha de referência ou traço 
de graduação, mantendo o plano de visão coincidente com esse mesmo plano. 
 
 
 
Papel de filtro dobrado liso: é utilizado quando se deseja produzir uma filtração mais lenta e o 
líquido é o que mais interessa no processo. 
Papel de filtro pregueado: é utilizado quando se deseja produzir uma filtração mais rápida e o 
sólido é o que mais interessa no processo. 
Filtração simples e a vácuo: a filtração simples é o processo usado para a separação de uma 
mistura heterogênea sólido-líquido. Na filtração à vácuo de uma mistura sólido-líquido usa-se 
um funil chamado de funil de Buchner, cujo fundo é perfurado e sobre o qual se coloca o papel 
de filtro. 
 
 
 Filtração Simples Filtração à Vácuo 
 
 
vácuo 
 
 
 
Aumenta a superfície de contato entre a mistura e o papel 
 
Decantação: o processo de decantação é utilizado na separação de dois líquidos não miscíveis. 
 
 
Centrifugação: é o processo utilizado para acelerar a sedimentação das fases. 
Destilação: é o processo utilizado para separação de misturas, podendo ser simples ou 
fracionada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.quiprocura.net/separa_mistura2.htm 
 
PARTE PRÁTICA 
 
Procedimento 1: Utilização da “pêra” para medidas de volume 
 
• Com o auxílio de uma pipeta graduada e de uma pêra, meça 10 mL de água destilada 
contida no béquer e transfira para o erlenmeyer de volume apropriado. 
• Utilizando uma garra, prenda uma bureta de 25 ou 50 mL a um suporte universal. Com o 
auxílio de um béquer, preencha uma bureta com água destilada. Tire a bolha e acerte o 
zero. Deixe escoar 12 mL de água para o erlenmeyer. 
 
Procedimento 2: Utilização da balança para pesar sólidos 
 
• Utilizando um almofariz com pistilo, triture bastões de giz até a completa pulverização do 
mesmo. 
• Utilizando uma balança e com o auxílio de um vidro de relógio e uma espátula, pese 0,3570 
g do sólido triturado. 
• Transfira o pó de giz pesado para um béquer e adicione, com o auxílio de uma proveta, 
25 mL de água destilada. Agite a mistura com um bastão de vidro. 
• Filtre a mistura, utilizando a técnica de filtração simples. Use o papel de filtro dobrado 
corretamente. 
 
 
 
Procedimento 3: Aquecimento no bico de Busen 
 
• Adicionar 4 mL de água destilada em um tubo de ensaio. 
• Segurar o tubo, próximo à boca, com pinça de madeira. 
• Aquecer a água, na chama, com pequena agitação, até a 
ebulição da água. 
 
 
Procedimento 4: Realizando uma decantação 
 
• Em um béquer com auxílio de uma proveta, prepare uma mistura contendo 10 mL de água 
e 10mL de óleo. 
• Transfira a mistura para o funil de decantação e realize a separação das fases. 
 
Procedimento 5: Realizando uma calcinação 
 
• Colocar uma pequena porção de sulfato de cobre pulverizado em um cadinho de 
porcelana, adaptado num triângulo de porcelana. 
• Aqueça com a chama forte. 
• Observar depois de alguns minutos a mudança de cor do 
composto. 
 
 
 
 
 
Referência Bibliográfica: 
 
1. Trindade, D.F.; Oliveira, F.P.; Banuth, G.S.L.; Bispo, J.G. Química Básica Experimental, Editora 
Icone, São Paulo, SP, 1998. (ISBN: 85-274-0511-3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Por que a maioria dos materiais usados em laboratórios químicos são feitos de vidro? 
 
2. Cite duas substâncias higroscópicas que poderiam ser usadas em um dessecador. 
 
3. Quando deve ser usada uma pipeta volumétrica? E uma pipeta graduada? 
 
4. Qual a função da tela de amianto? 
 
5. O que é calcinação? 
 
6. Qual técnica você usaria para separar álcool da gasolina. Explique. 
 
7. Cite duas vidrarias de alta precisão volumétrica. 
 
8. Qual a precisão da pipeta graduada e da proveta usadas no laboratório? 
 
 
 
 
Preparo de soluções 
 
______________________________________________________________________________
OBJETIVOS 
▶ Preparar soluções a partir de reagentes sólidos e líquidos; 
▶ Fazer cálculos prévios da quantidade de reagentes sólidos ou líquidos necessários para o 
preparo de soluções com concentração pré-estabelecida; 
▶ Reconhecer as vidrarias volumétricas utilizadas no preparo de soluções; 
______________________________________________________________________________
No nosso cotidiano váriosdos produtos comercializados em supermercados e farmácias são 
soluções. 
 
 
 
 
 
 
Os alvejantes são soluções aquosas de 
hipoclorito de sódio (NaClO) e outras substâncias. 
As soluções de hipoclorito podem 
 
ter 
concentração variada, dependo do seu uso, e são 
encontradas comercialmente com o nome de 
água sanitária. O hipoclorito é uma espécie 
química que se decompõe com grande facilidade, 
principalmente na presença de luz, por isso essas 
soluções são comercializadas em recipientes 
opacos. Esse produto é usado no tratamento de 
água e desinfecção em geral pelo seu poder 
bactericida e por ser de baixo custo. 
O vinagre é muito usado como 
condimento que proporciona gosto e 
aroma aos alimentos. Este produto 
também é utilizado para conservar 
vegetais e outras substâncias, além de 
apresentar ação antisséptica contra a 
cólera e também em relação à 
Salmonella spp. e outros patógenos do 
intestino que causam infecções e 
epidemias. Desta forma, antes do 
consumo, é recomendável que se lave 
as frutas e hortaliças com vinagre. O 
vinagre é uma solução aquosa diluída 
onde predomina o ácido acético. 
 
 
 
 
A grande maioria dos trabalhos experimentais nos laboratórios requer o emprego de 
soluções. 
Uma solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias. Nesta o componente 
que existir em menor quantidade é chamada de soluto. Qualquer substância que forme um sistema 
homogêneo com a água, esta será sempre considerada como solvente, mesmo que esteja em 
menor quantidade. 
No preparo de soluções as vidrarias utilizadas são a pipeta volumétrica e o balão 
volumétrico, este possui um traço de aferição situado no gargalo, que determina o limite da 
capacidade do mesmo. Quando o solvente atingir o traço de aferição, observa-se a formação de 
um menisco. 
 
 
LEITURA DO MENISCO 
Para soluções translúcidas a leitura sempre se faz na parte inferior do menisco, enquanto para 
soluções não translúcidas a leitura se faz na parte superior do menisco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRAU DE PUREZA DE UM REAGENTE 
Nos rótulos dos reagentes, nem os de alto grau de pureza são 100% puros. Para cada aplicação 
específica existe 
um reagente específico. 
 
 
37% em massa 
de ácido 
clorídrico 
 
 
 
98% em massa 
de ácido sulfúrico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiramente vou precis
s 
ar calcular a 
quantidade de soluto (sólido ou líquido) que 
irei precisar para preparar uma solução de 
concentração definida. 
 
 
 UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO MAIS UTILIZADAS 
 
 
FÓRMULAS IMPORTANTES 
 FÓRMULA UNIDADE 
Concentração 
comum 
 
C = m 
 V 
g/mL 
Número de mol 
n = m 
MM 
mol 
Molaridade 
M = m 
 MM.V 
mol/L 
 
 
 
 
 
 
g/ L 
Representa a massa 
( em g) do soluto por 
litro de solução 
Mol/L 
É o número de mols 
de uma substância 
por litro de solução 
Percentual % 
Porcentagem de um 
componente (soluto). 
Usualmente expressa 
como percentrual 
peso/peso (% p/p) 
ppm ou ppb 
Gramas de 
substâncias por 
milhão ou bilhão de 
gramas de solução ou 
mistura total 
 
 
O PREPARO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM (SÓLIDOS): 
1. Pesar o soluto; 
2. Dissolver o soluto em um béquer usando uma pequena quantidade de solvente; 
3. Transferir quantitativamente para o balão volumétrico; 
4. Completar o volume com o solvente; 
5. Homogeneizar a solução; 
6. Padronizar a solução padrão, quando necessário; 
7. Guardar as soluções em recipientes adequados e rotulados. 
 
 
 
O PREPARO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM (LÍQUIDOS): 
1. Medir o volume do soluto; 
2. Transferir quantitativamente para o balão volumétrico; 
3. Completar o volume com o solvente; 
4. Homogeneizar a solução; 
5. Padronizar a solução padrão, quando necessário; 
6. Guardar as soluções em recipientes adequados e rotulados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rotule o recipiente conforme indicação abaixo: 
 
 
 
 
PARTE PRÁTICA 
Procedimento 1: soluto sólido 
▶ Preparação de 100 mL de solução de sulfato de cobre pentaidratado 0,01 mol/L 
• Calcular a massa de CuSO4. 5H2O necessária para preparação da solução. 
• Pesar a quantidade calculada em um béquer de capacidade apropriada. 
• Adicionar 20 mL de água destilada ao béquer contendo o CuSO4. 5H2O e dissolver o sólido 
com o auxílio de um bastão de vidro. 
• Transfirir esta solução para um balão volumétrico de 100 mL “quantitativamente”. 
• Efetuar pelo menos 3 lavagens do béquer e do bastão de vidro com, no máximo, 20mL de 
água destilada em cada lavagem, transferindo sempre para o balão volumétrico. 
• Completar o volume do balão volumétrico com água destilada até o traço de aferição. 
• Agitar o balão volumétrico para homogeneizar a solução. 
• Guardar a solução, já rotulada, para uso posterior. 
 
Apresente, abaixo, os cálculos necessários para determinação da massa de CUSO4. 5H2O a 
ser pesada. 
 
 
 
 
 
 ▶ Preparação de 100 mL de solução de sacarose a 1% 
• Calcular a massa de sacarose necessária para preparação da solução. 
• Pesar a quantidade calculada em um béquer de capacidade apropriada. 
• Adicionar 20 mL de água destilada ao béquer contendo a sacarose e dissolver o sólido com 
o auxílio de um bastão de vidro. 
• Transferir esta solução para um balão volumétrico de 100 mL “quantitativamente”. 
• Efetuar pelo menos 3 lavagens do béquer e do bastão de vidro com, no máximo, 20mL de 
água destilada em cada lavagem, transferindo sempre para o balão volumétrico. 
• Completar o volume do balão volumétrico com água destilada até o traço de aferição. 
• Agitar o balão volumétrico para homogeneizar a solução. 
• Guardar a solução, já rotulada, para uso posterior. 
 
Apresente, abaixo, os cálculos necessários para determinação da massa de sacarose a ser 
pesada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimento 2: soluto líquido 
▶ Preparação de 100 mL de solução de ácido clorídrico 0,1 mol/L 
• Calcular o volume de HCl concentrado necessário para preparação da solução. 
• Com o auxílio de uma pipeta de volume apropriado, medir o volume calculado e transferir 
para um balão volumétrico de 100 mL, já contendo um pouco de água. 
• Adicionar, aos poucos, água destilada até completar o volume até o traço de aferição. 
• Agitar o balão para homogeneizar a solução. 
• Guardar a solução, já rotulada, para uso posterior. 
 
 
 
Nunca ponha água sobre o ácido. Verta o ácido sobre a água lentamente e 
sob agitação constante. 
 
 
Apresente, abaixo, os cálculos necessários para determinação do volume de HCl a ser medido. 
 
 
 
 
 
 
D ensidade do 
HCl 
1,19 g/mL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
1. Matos, R.C. Práticas de Análise Quantitativa, Departamento de Química, UFJF, Juiz de 
Fora, 2012. 
2. Basset, J.; Denney, R. C.; Jeffery, G. H. e Mendham, J.; VOGEL – Análise Inorgânica 
Quantitativa, Ed. Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1981. 
 
 
 
 AUTO-AVALIÇÃO 
 
1. O que se entende por “concentração de uma solução”? 
2. O que é uma substância higroscópica? 
3. Por que não se deve completar o volume de solução, em um balão volumétrico, 
antes da solução ser resfriada? 
4. Quais devem ser as massas de hidróxido de potássio, a serem pesadas, para 
preparar as seguintes soluções: a) 250 mL de solução 0,1 mol/L e b) 2 L de 
solução 0,25 mol/L. 
5. Calcule o volume de uma solução de ácido sulfúrico 6 mol/L necessário para 
preparar 500 mL de uma solução 0,5 mol/L. 
6. Que volume de ácido nítrico concentrado deve ser utilizado para preparar 250 
mL de uma solução 0,1 mol/L. 
Dados: HNO3 conc. = 65% p/p; d = 1,5 g/mL 
7. Quais os cuidados que devem sertomados na pipetagem de HCl concentrado? 
8. Por que saem vapores do frasco de ácido clorídrico concentrado quando este é 
aberto? 
9. Por que não é conveniente pesar o HCl conc.? 
10. Qual a molaridade de uma solução de HCl a 37,0% (p/p), sabendo-se que a 
densidade do HCl é 1,19 g/mL? 
11. A água do mar contém 2,7 g de sal (cloreto de sódio) por 100 mL. Qual a 
molaridade de NaCl no oceano? 
 
 
 
 
 Diluição de soluções e pH 
 
______________________________________________________________________________
OBJETIVOS 
▶Preparar e fazer cálculos prévios para o preparo de soluções diluídas a partir de 
soluções estoque; 
▶Verificar o pH de soluções ácidas e básicas, concentradas e diluídas; 
▶Entender os efeitos da diluição na concentração dos componentes. 
_____________________________________________________________________________
Com frequência é necessário preparar uma solução diluída a partir de uma solução mais 
concentrada. 
Por exemplo, o rótulo da água sanitária abaixo, informa na composição (componente ativo: 
hipoclorito de sódio – 2,0 a 2,5% de cloro ativo) e no modo de usar (lavagem de roupas brancas 
e remoção de manchas – coloque 1 copo (200 mL) de água sanitária em 20 L de água). Neste caso 
estamos fazendo uma diluição da solução estoque. 
 
 
 Soluções diluídas devem ser preparadas a partir de soluções concentradas. 
Diluir uma solução significa adicionar a ela mais solvente, não alterando a massa do soluto. O 
princípio básico 
 da diluição é que o número de mol do soluto é o mesmo na alíquota da solução concentrada e 
na diluída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Solução Concentrada 
 Massa do soluto = ms 
 Concentração inicial = Ci 
 Volume inicial = Vi 
 Ci = ms / vi 
 
 ms = Ci . Vi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Solução Diluída 
Massa do soluto = ms 
Concentração final = Cf 
Volume final = Vf 
Cf = ms / vf ms = Cf. Vf 
 
 
 
 
 
 
 
 
A DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM: 
1. Medir o volume da solução concentrada a ser diluída; 
2. Transferir quantitativamente para o balão volumétrico; 
3. Completar o volume com o solvente; 
4. Homogeneizar a solução; 
5. Guardar as soluções em recipientes adequados e rotulados. 
 
Diluição de soluções, concentração hidrogeniônica e indicadores de pH 
 
Conforme mencionado acima, a diluição de uma solução consiste em aumentar a quantidade 
do solvente, não alterando a massa do soluto. Em outras palavras, a diluição de uma solução leva 
à diminuição da concentração do soluto. 
 
 
 
PARTE PRÁTICA 
 
Procedimento 1: Diluição da solução de HCl 0,1 mol/L 
 
• Medir, com o auxílio de uma pipeta volumétrica, 1,00 mL da solução de HCl 0,1 mol/L, 
preparada na aula anterior. 
• Transferir para um balão volumétrico de 100 mL. 
• Completar com água até o traço de aferição. 
• Agitar o balão para homogeneizar a solução. 
 
Apresente, abaixo, os cálculos para determinação da concentração da solução de HCl recém 
preparada. 
 
 
 
 
 
Procedimento 2: Diluição da solução de NaOH 0,1 mol/L 
 
• Medir, com o auxílio de uma pipeta volumétrica, 1,00 mL da solução de NaOH 0,1 mol/L. 
• Transferir para um balão volumétrico de 100 mL. 
• Completar com água até o traço de aferição. 
• Agitar o balão para homogeneizar a solução. 
 
 
 
Apresente, abaixo, os cálculos para determinação da concentração da solução de NaOH recém 
preparada. 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
1. Lima, V.A.; Battaggia, M.; Guaracho, A.; Química Nova na Escola, 1995,V.1,33. 
2. Ebbing, D.D.; Química Geral, vol. 1, LTC– Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, Rio de 
Janeiro, RJ, 1998, p.90. 
3. Brady, James E., Senese, F.; Química, a matéria e suas transformações, 5ª Ed. 2009, LTC. 4. 
http://www.ufpa.br/quimicanalitica/sindicador.htm 
 
 
 
AUTO-AVALIAÇÃO 
1. Relacione todas as vidrarias e utensílios utilizados na prática. 
 
2. Certa substância presente no repolho roxo é responsável pela cor lilás de seu extrato, que 
pode ser utilizado como indicador de pH. Pesquise e descubra qual substância presente no 
repolho é responsável pela cor lilás e quais cores ela apresenta em função do pH. 
 
3. O ácido muriático que é vendido no comércio para remoção de manchas resultantes da 
umidade em pisos, paredes de pedra, azulejos, tijolos possui qual valor aproximado de pH? 
Procure informações sobre a fórmula química deste ácido. 
 
4. O vinagre é uma solução aquosa de ácido acético. Usando os conhecimentos adquiridos na 
disciplina Química Fundamental, qual teoria ácido-base pode ser usada para definir a acidez 
deste composto. Represente a reação química de ionização do ácido acético. 
 
5. Calcule o volume de uma solução de NaOH 0,1 mol/L a ser usado para o preparo de 50 mL 
de uma nova solução de concentração 0,02 mol/L. 
 
 
 
 
Titulação ácido-base 
 
______________________________________________________________________________ 
OBJETIVOS 
▶ Familiarizar com a técnica de titulação e sua funcionalidade; 
▶ Escolher adequadamente as vidrarias volumétricas a serem utilizadas na titulação; 
▶ Determinar quantitativamente a concentração de ácido acético e ácido clorídrico em amostras; 
▶ Identificar o titulante e indicador adequados; 
▶ Expressar corretamente a concentração de ácido 
acético no vinagre. 
______________________________________________________________________________
_________________ 
 Corriqueiramente nos deparamos com informações tais 
como: 
• O vinagre possui uma acidez de no mínimo 4% m/v de ácido acético e, no máximo 
1% v/v de álcool (Fonte: Ministério da Agricultura – Portaria nº 745 de 24 de outubro 
de 1977). 
• O soro fisiológico contém 0,9% m/v de cloreto de sódio. 
• No Brasil, a portaria Ministério da Saúde N.º 2.914 de 14 de dezembro de 2011, 
estabelece o limite máximo de 500mg de CaCO3 por litro para que a água seja 
admitida como potável. 
Como podemos verificar se estas concentrações estão sendo rigorosamente 
cumpridas? 
 
 
 Veja os respectivos rótulos abaixo, na qual consta, dentre outras informações, a 
concentração exigida pela legislação. 
 
 
 
 
 O soro fisiológico possui os seguintes usos: 
• Higienização nasal: o soro fisiológico ajuda não só na 
limpeza e hidratação do nariz, mas também na prevenção 
de resfriados, gripes e nos sintomas alérgicos. A solução 
pode ser feita de forma caseira, com meio copo de água e 
uma colher de sal aplicados em um conta-gotas no nariz. 
• Desidratação: para reposição de íons de sódio e cloro. 
• Limpeza de ferimentos. 
• Enxágue de lentes de contato. 
• Em preparados para microscopia. 
• Para nebulização para asma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A determinação quantitativa de substâncias químicas em uma amostra pode ser feita através 
de várias técnicas analíticas, uma delas é a chamada titulação. 
Titulação é uma técnica comum de laboratório em análise química quantitativa, usado para 
determinar a concentração de um reagente conhecido. 
Existem vários tipos de titulação: a volumétrica, a gravimétrica e a colorimétrica. 
A titulação volumétrica, que será abordada na aula de hoje, consiste em reagir 
completamente um volume conhecido de uma amostra (analito) com um volume determinado de 
um reagente de natureza e concentração conhecida (solução padrão). A técnica é baseada em 
uma reação entre o analito (titulado ou solução problema) e a solução padrão (titulante). Através 
da quantidade de titulante usada podemos calcular a quantidade de analito que estará presente 
numa amostra. 
Na titulação volumétrica destaca-se a titulação ácido-base, titulação de oxidação-redução, 
titulação de precipitação e titulação de complexação. 
 
Nesta aula vamos trabalhar apenas com a titulaçãovolumétrica 
ácido-base 
 
 A titulação ácido-base baseia-se na reação de um ácido com uma base. O fator de controle da 
realização e finalização da reação é o pH, que representa a quantidade de íons hidrogênio [H+] 
ainda presente no meio reacional. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: KOTZ, V.1, 2009. 
Escala de pH: 
Na escala de pH, as substâncias cujo pH é menor que 7 são classificadas como ácidas, 
aquelas que apresentam pH maior que 7 são classificadas como básicas, e aquelas que 
apresentam pH 7 são consideradas neutras. 
 
 
Titulação volumétrica ácido-base: 
A reação entre um ácido e uma base leva a formação de um sal e água. Porém dependo da 
força do ácido e da base o pH final desta reação poderá ser ácido, neutro ou básico. A reação que 
se verifica é denominada de neutralização. 
Segundo Arrhenius esta neutralização pode ser representada como: 
 
 
 H3O+ + OH- ⇆ 2 H2O 
Nesse processo de titulação faz-se reagir um ácido com uma base até que se atinja o ponto 
de equivalência. O ponto de equivalência, em geral, ocorre sem nenhuma mudança visual no 
sistema. Por isso, para se verificar o ponto de equivalência, adiciona-se ao sistema um reagente 
auxiliar denominado indicador. 
À medida que é adicionado o titulante ao titulado, o pH da solução (titulante+titulado) vai 
variar, sendo possível construir um gráfico desta variação, ao qual se dá o nome de curva de 
titulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Titulante 
Titul ado 
 
 
A cu 
pH em função do
 vol 
que irão reagir. 
construir Porque a 
curva de titulação? 
A curva de titula 
determinar o pH no 
para poder escolher 
é um gráfico de 
ume do titulante 
da curva varia em 
ácidos e bases 
ção é usada p ara 
ponto de equivalência 
o indicador adequado. 
rva de titulação 
adicionado. A forma 
função da força dos 
 
 
Exemplos de Curva de titulação 
 
• Ácido forte x Base forte: 100 mL de HCl 0,1 mol/L com NaOH 0,1 mol/L 
 
 
• Ácido fraco x Base forte: 100 mL de CH3COOH 0,1 mol/L com NaOH 0,1 mol/L 
 
 
 
 
 
Ponto de equivalência 
 
Ponto de equivalência 
 
 
 Indicadores ácido-base: 
Os indicadores ácido-base são substâncias de caráter fracamente ácido ou básico que 
sofrem mudanças visíveis (mudança de cor) devido às variações de [H+] nas proximidades do 
ponto de equivalência. O ponto em que ocorre esta mudança de cor denomina-se ponto final da 
titulação. Assim podemos dizer que um indicador ácido-base é uma substância que apresenta 
uma variação de cor dentro de uma região determinada de pH, conhecida como zona de viragem 
ou zona de transição. O ponto final não coincide necessariamente com o ponto de equivalência. A 
diferença entre estes dois pontos constitue o erro da titulação. Esse erro é tanto menor quanto mais 
o ponto final se aproxima do ponto de equivalência. A proximidade entre o ponto final e o ponto de 
equivalência depende do indicador utilizado. Por esta razão é de grande importância para precisão 
do método titulométrico a escolha conveniente do indicador. A escolha adequada do indicador é 
feita através das curvas de titulação. 
 
Abaixo estão representados vários indicadores ácido-base e as respectivas faixas de pH em que 
ocorre a 
mudança de cor. 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema usado em uma titulação: 
 
 
 
 
PARTE PRÁTICA 
 
Procedimento 1: Determinação da concentração exata da solução de HCl 0,1 mol/L 
preparada na aula 5 
 
• Lavar uma bureta de 25 mL com água destilada e, em seguida, duas vezes com pequenas 
porções de aproximadamente 3 mL de uma solução padrão de NaOH 0,1 mol/L 
(concentração conhecida – solução padrão). Desprezar as lavagens. Prender a bureta a 
um suporte apropriado. 
• Com o auxílio de um funil, encher a bureta com a solução de NaOH 0,1 mol/L até um pouco 
acima do traço que indica zero mL. Retirar as bolhas de ar que possam ter ficado no bico 
da bureta ou aderidas às suas paredes internas. Abrindo a torneira da bureta, deixe escoar 
a solução até que a parte inferior do menisco coincida com a referência do zero mL. 
• Colocar em um erlenmeyer de 125 mL, 10 mL de uma solução de HCl 0,1 mol/L preparada 
em aula anterior (concentração aproximada). 
• Adicionar à solução do erlenmeyer 3 gotas de solução alcoólica a 1% de fenolftaleína e 
agitar em seguida. 
• Deixar escoar, lentamente, a solução da bureta sobre a solução do erlenmeyer, agitando-
o sempre, até que persista uma coloração levemente rósea. Anotar o volume de NaOH 
0,1 mol/L adicionado e calcular a concentração exata da solução de HCl utilizada. 
 
OBS: normalmente este procedimento é feito em triplicata e a média dos volumes do titulante, 
nas 3 titulações, é a que é usada nos cálculos da concentração exata. 
 
Apresente, abaixo, o cálculo da concentração exata da solução de HCl 0,1 mol/L preparada na 
aula 5. 
 
 
Procedimento 2: Determinação da concentração de ácido acético em uma amostra de 
vinagre 
 
• Utilizar a bureta de 25 mL usada no experimento anterior. 
 
 
• Lavar a bureta com água destilada e, em seguida, duas vezes com pequenas porções de 
aproximadamente 3 mL de uma solução padrão de NaOH 1 mol/L (concentração 
conhecida – solução padrão). Desprezar as lavagens. Prender a bureta a um suporte 
apropriado. 
• Com o auxílio de um funil, encher a bureta com a solução de NaOH 1 mol/L. 
• Transferir uma alíquota de 10 mL da amostra de vinagre para um erlenmeyer de 125 mL, 
com o auxílio de uma pipeta volumétrica de 10 mL. 
• Adicionar à solução do erlenmeyer 3 gotas de solução alcoólica a 1% de fenolftaleína e 
agitar em seguida. 
• Titular com solução padrão de NaOH 1 mol/L até o aparecimento de uma leve coloração 
rósea, que persista por 30 segundos. Anotar o volume. 
• Fazer a determinação em duplicata. 
 
CH3COOH (aq) + NaOH (aq) ⇆ CH3COONa (aq) + H2O (l) 
 
Apresente, abaixo, o cálculo da concentração de ácido acético na uma amostra de vinagre. 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
1. Kotz, J.C.; Treichel, P.Jr.; Química e Reações Químicas, 3ª Edição, LTC Editora, Rio de 
Janeiro - RJ, V.2, 1998. 
2. Kotz, J.C.; Treichel, P.M.; Química Geral e Reações Químicas, Tradução da 6ª edição norte-
americana, Cengage Learning, V.1, 2009, 
3. http://www.ufjf.br/nupis/files/2011/04/aula-4-Volumetria-de-Neutraliza%C3%A7%C3%A3o-
alunos-2011.12.pdf 
(acessado em 20/05/2014) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Relacione as vidrarias utilizadas na técnica de titulação volumétrica. 
2. Qual outro indicador poderia se usar na determinação de ácido acético em vinagre? 
3. A figura abaixo representa o esquema de uma titulação ácido-base. 
 
 
 
 
 De acordo com as informações apresentadas, calcule: 
a. A concentração do ácido presente no erlenmeyer. 
b. O pH da solução contida na bureta. 
4. Cerca de 10 mL de ácido clorídrico concentrado foram transferidos para um recipiente com 
capacidade de 1,0 L. Completou-se o volume do recipiente com água destilada. Quando 
essa solução foi utilizada para titular uma amostra de carbonato de sódio puro de massa 
0 ,3054 g, gastou-se 35,09 mL para a sua completa neutralização.Tendo em vista o que foi 
informado acima, pede-se: 
a) escreva a equação química balanceada representativa da reação; 
b) calcule a molaridade da solução do HCl. 
 
AUTO-AVALI AÇÃO

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