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Curso de Pós-graduação a Distância Mercado Internacional e Recursos no Agronegócio Autor: José A. Moura Aranha Universidade Católica Dom Bosco Virtual www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 2 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 SUMÁRIO UNIDADE 1– CONTRATOS FUTUROS E DE OPÇÕES NO AGRONEGÓCIO ...... 04 1.1 Noções Preliminares ........................................................................................... 05 1.2 Mercado de futuros ............................................................................................. 07 1.3 Mercado de opções ............................................................................................ 17 UNIDADE 2 – FINANCIAMENTOS E RECURSOS PARA O AGRONEGÓCIO ...... 25 2.1 Crédito Rural ....................................................................................................... 26 2.2 Sistema Nacional de Crédito Rural – SNCR ....................................................... 28 2.3 Beneficiários do Crédito Rural (MCR 3.1) ........................................................... 28 2.4 Crédito de Custeio (MCR 3.2) ............................................................................. 29 2.5 Crédito de Investimento (MCR 3.3) ..................................................................... 32 2.6 Créditos de Comercialização (MCR 3.4) ............................................................. 35 2.7 Recursos financeiros do crédito rural .................................................................. 37 2.8 Fundos Constitucionais de Financiamentos ....................................................... 42 2.9 Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO ...................... 43 2.10 Recursos do BNDES ........................................................................................ 45 2.11 Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF ...... 53 UNIDADE 3 – MERCADO INTERNACIONAL ......................................................... 56 3.1 Desafios e oportunidades ................................................................................... 56 3.2 Mercado Internacional ........................................................................................ 62 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 76 3 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 APRESENTAÇÃO Prezado(a) aluno(a) da Pós-Graduação em Gestão de Agronegócios seja bem-vindo(a) à disciplina Mercado Internacional, Financiamento e Recursos para o Agronegócio. Neste módulo abordaremos inicialmente os fundamentos de contratos futuros e de opções no agronegócio. Trata-se de mecanismos utilizados para a proteção de preços onde se formaliza um negócio, compra ou venda de mercadorias, com vencimento para uma data futura, mediante um preço e data pré- fixadas sem receber nada no momento da venda e no vencimento, a mercadoria vendida ou comprada não é transferida para a outra parte. Não se preocupe, após concluir o conteúdo você estará entendendo perfeitamente esse tipo de operação. A unidade seguinte trata das fontes de financiamentos para o agronegócio, é uma unidade que oferece um panorama bastante extenso sobre as diversas linhas de financiamentos para o setor rural como custeio, investimento e comercialização. O assunto é tratado em uma perspectiva mais técnica com embasamento nas normativas oficiais que regulamentam o assunto, como o Manual de Crédito Rural – MCR editado pelo Banco Central – BACEN. Além do que trata o MCR, são abordadas também as linhas de financiamentos dos Fundos Constitucionais com ênfase no Fundo Constitucional do Centro Oeste – FCO, linhas de financiamentos e Programas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, FINAME Rural. Não poderia também faltar o crédito para a Agricultura Familiar o PRONAF. Portanto, trata-se de um assunto bastante vasto e de certa forma de uma leitura com termos técnicos pertinentes ao assunto, o que não poderia ser diferente. Na última unidade é apresentado o cenário mundial em termos da demanda futura por alimentos, bem como os desafios em produzir alimento para 10 bilhões de habitantes em 2050. Aumentar a produção de alimentos em 70% nos próximos 40 anos em um ambiente onde praticamente não existe mais disponibilidade de terras que possam ser incorporadas ao sistema produtivo, eminência de escassez de água, processo de degradação e desertificação de áreas agrícolas produtivas e perspectivas de mudanças climáticas é um cenário desafiador para o agronegócio. Por fim é feito um panorama sobre o mercado mundial do agronegócio com ênfase na participação do Brasil neste mercado. 4 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 UNIDADE 1 – CONTRATOS FUTUROS E DE OPÇÕES NO AGRONEGÓCIO O Agronegócio engloba todas as atividades da porteira para dentro da propriedade até o consumidor final, envolvendo basicamente os seguintes agentes econômicos do complexo da agroindústria: fornecedores de insumos e bens de produção (sementes, fertilizantes, defensivos, máquinas, tratores, implementos agrícolas, etc.); produção agropecuária (produção animal, lavouras temporárias, lavouras permanentes, hortifrutigranjeiros, indústrias rurais, etc.); processamento e transformação (alimentos, têxteis, vestuários, calçados, madeiras, bebidas, álcool, papel, fumo, essências, etc.); distribuição e consumo (restaurantes, hotéis, bares, padarias, feiras, supermercados, comércio atacadista e exportação); e serviços de apoio (veterinários, agrônomos, bancários, marketing, transporte, armazenagem, portuários, assistência técnica, consultorias, informação de mercado, bolsas de mercadorias, seguros e outros). Dentro dessa cadeia produtiva, a produção apresenta algumas características em que os produtos agropecuários são produzidos na forma bruta, e quando deixam a propriedade rural, precisam ser processados antes de serem vendidos aos consumidores finais; são perecíveis e o grau de perecibilidade varia entre os diferentes produtos. A sua produção depende de fatores não totalmente controláveis pelos produtores, tais como: chuvas, secas, geadas, pragas e doenças. Os produtos na sua fase primária são comercializados geralmente na forma não diferenciada, e, os produtores aceitam o preço de mercado porque não há razão para cobrarem mais se os compradores podem, genericamente, obter o mesmo produto de outro fornecedor. As evidências apontam que apesar do agronegócio ser considerado uma cadeia produtiva otimizada, os produtores rurais no momento da comercialização da produção, pelas condições de elo mais frágeis dessa cadeia, são os únicos agentes que assumem todos os riscos de preço de mercado. A forma de dotar o mercado agropecuário de mecanismos capazes de minimizar os riscos de preços é através dos mercados de futuros e de opções, que, 5 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 aliás, não se trata de algo novo, pois há indícios de que esse conceito de mercado de futuro vigorava no ano 2.000 a. C., na região que é hoje o Estado de Barein e mais tarde, na Grécia e em Roma, onde os mercadores já apresentavam certo grau de formalização (FORBES, 1994). O mercado de futuro dos produtos agropecuários foi criado com o objetivo de cobrir os riscos de preços futuros, e não deve ser entendido como um jogo inventado, mas como uma necessidade dos agentes econômicos, em decorrência do desenvolvimento do comércio e das finanças. Os agentes promotores e reguladores desse mercado são respectivamente, as bolsas de mercadorias, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os demais agentes atuantes. É nessa perspectiva que apresentamos os fundamentos de mercado futuro e de opções como parte no processo degestão do agronegócio voltado para os produtores agropecuários, a nosso ver, os maiores beneficiados dentro desse mercado. Fonte: http://migre.me/gjEUH 1.1 Noções preliminares A agropecuária apresenta algumas características econômicas diferentes comparativamente a outros setores da economia, tais como os setores comercial e industrial. A atividade agropecuária depende de fatores não totalmente controláveis pelos produtores, tais como chuvas, secas, geadas, doenças e pragas, esses são riscos inerentes à atividade, elevando o risco financeiro. Ocorre que na prática o modelo tradicional de comercialização da produção agropecuária, talvez não seja o mais adequado, principalmente por não proporcionar aos produtores, mecanismos de proteção de preços, os chamados hedges, ficando os mesmos sujeitos às variações imprevistas que ocorrem no mercado, seja por fatores internos ou externos, além dos riscos não controláveis ou risco sistemático. 6 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Entretanto, o agronegócio conta atualmente com mecanismos que podem minimizar os riscos do mercado, porém são infimamente utilizados, motivados talvez, por desconhecimento, pouca divulgação ou falta de credibilidade, dentre outros fatores. Esses mecanismos são os Contratos Futuros e de Opções, que são formas de propiciar proteção de preços, ou seja, hedge, conforme definição de Silva (1996, p. 07). Através do mercado de opções podemos usufruir um mecanismo simples, eficiente e barato de minimizar os riscos associados às flutuações de preços, transferindo-os dos produtores e consumidores, que efetivamente geram riqueza, mas para isso precisam de dispositivos defensivos, para indivíduos que podem e estão dispostos a assumirem estes riscos em troca de possibilidade de obterem grandes ganhos especulativos. Sobre mercado de futuros temos, em Forbes (1994, p.16), a seguinte definição: “O mercado de futuros existe para facilitar a transferência de risco e a apuração de preço [...]”. E em Batalha (1997, p.54), temos: Conciliar uma demanda relativamente estável com uma oferta agrícola que flutua sazonal e aleatoriamente é o principal desafio da comercialização de produtos agroindustriais. [...] não levando em consideração as particularidades desse mercado, a instabilidade da oferta de insumos se traduziria em instabilidade da oferta de produtos agroindustriais e de seus preços. Essa situação de incerteza seria prejudicial a toda a cadeia produtiva, de empresários a trabalhadores e consumidores. De um modo geral, os mecanismos de comercialização de produtos agroindustriais desenvolveram-se para dar conta desse problema característico aos mercados agroindustriais. Alguns, como o mercado de futuros, têm o papel de reduzir a incerteza com relação ao comportamento do preço de uma série de produtos. Os contratos de commodities sejam contratos futuros ou de opções, para serem negociados devem obedecer a determinados padrões estabelecidos pela BM&FBovespa. Os padrões se referem ao tamanho dos contratos ou quantidade padrão, conforme demonstrado no quadro a seguir: 7 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Quadro 1 - Quantidade padrão dos contratos negociados na BM&F Commoditie s Quantidade por contrato Cotação Açúcar 270 sacas de 50 kg US$/saca Etanol 30 m3 R$/m3 Algodão 27.557,50 libras-peso/ 12, 5 T US$/libra-peso Boi 330 @ / 20 bois 16,5 @ R$/arroba Café 100 sacas de 60 Kg US$/60kg Milho 450 sacas de 60 Kg R$/saca/60kg Soja 450 sacas de 60 Kg US$/saca/60kg Fonte: Elaboração própria 1.2 Mercado de Futuros O Mercado de Futuros e de Opções, evoluído a partir do mercado a termo, foi desenvolvido para minimizar os riscos causados pelas variações de preços dos principais produtos agropecuários, conforme afirma Schouchana (1997, p.18): “O mercado futuro de produtos agropecuários foi criado com o objetivo de responder a uma necessidade de cobertura de risco de preço”. No mercado de futuros de produtos agropecuários, também chamados Commodities, são negociados contratos. As Commodities agropecuárias mais comumente negociadas nas bolsas de futuros são boi, café, etanol, açúcar, soja, algodão e milho. No Brasil, esses negócios são realizados na BM&FBovespa. Fonte: http://migre.me/gjFco Os agentes, compradores e vendedores, representados por seus corretores, encontram-se para negociar posições – comprar ou vender – futuras, gerando ou sinalizando expectativas de preço. Os preços futuros são indicativos, sinalizados a partir de componentes de previsões de safras, estoques, escassez e abundância, determinados pela ocorrência de eventos climáticos e pela lei de oferta e procura. 8 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Nos pregões das bolsas são negociados contratos, que correspondem a uma determinada quantidade de mercadoria e variam conforme a commodity. Os contratos são geralmente cotados em dólares americanos, convertidos em reais pelo câmbio do dia. A liquidação dos contratos pode ser financeira ou por entrega física, entretanto, são raríssimos os casos de liquidação de contratos futuros negociados pelas bolsas de futuro no mundo por entrega do produto. A liquidação financeira é a forma mais usual, pois dispensa classificação, documentos que comprovem a propriedade e depósito da mercadoria em armazém credenciado pela BM&FBovespa. Dessa forma, os agentes que negociam em mercados futuros não estão preocupados com liquidação física dos contratos em uma data futura, estão neste caso preocupados em garantir um preço futuro para a sua mercadoria, em um dia pré-determinado. Nos mercados futuros de commodities agropecuários existem vários agentes atuantes, denominados de hedgers, que são os: compradores, vendedores, especuladores, corretores e os operadores. Os vendedores geralmente são os agentes possuidores dos produtos físicos, como por exemplo, os produtores rurais e suas cooperativas. Atuam neste caso, procurando um seguro contra eventual baixa de preços em uma data futura, vendendo no mercado contratos futuros referentes a uma determinada quantidade de produtos agropecuários, e mantêm uma posição de mercado chamada de posição vendida (Short). Os compradores que são os agentes que necessitam de um produto físico, como, por exemplo, agroindústrias e exportadores. Estão interessados numa proteção ou seguros contra uma eventual alta de preços em uma determinada data futura. Estes agentes entram no mercado comprando contratos futuros referentes a uma quantidade de produtos agropecuários, mantendo neste caso, uma posição chamada de comprada (Long). Os agentes vendedores e compradores ao assumirem suas posições (vendida e comprada) de segurança no mercado futuro estão neste caso fazendo um “seguro” contra flutuações de preços denominadas de hedging ou hedge. Para realização das operações, os agentes devem buscar uma corretora de mercadorias que seja membro da BM&FBovespa, entidade que tem por finalidade 9 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 fornecer o local onde são realizadas as ordens de compra e venda denominadas de pregão, além de operar a Câmara de Compensação ou Clearing House, exercendo regras rígidas de controle, transparência e ajustes financeiros. Os operadores são os agentes que atuam executando as ordens de compra e venda que vêm das corretoras por ordem dos clientes que elas representam. O especulador é considerado o agente de importância fundamental para a liquidez dos negócios, ele está interessado em auferir ganhos com a compra ou venda de contratos futuros, não se importando pela mercadoria física. A atuação desse agente aumenta a liquidez dos contratos porque possibilita a compra ou venda de um contrato fácil e rapidamente, pois, são atraídos pela oportunidade de realizar lucros se conseguemantecipar acertadamente a velocidade e direção das mudanças de preços. Dessa forma, o mercado de futuros com sua característica é um importante instrumento que vendedores e compradores têm para proteção de flutuações de preços, minimizando assim os riscos causados pelas suas variações ao longo do ano. Embora haja grandes flutuações de preços nos mercados agrícolas, uma operação de contrato futuro reduz o risco a que ficam expostos os agentes, ou seja, o vendedor, neste caso particular o produtor rural, e do outro lado os compradores, geralmente, a agroindústria ou exportador. Os procedimentos necessários para operar no mercado futuro são: a) Conhecer o mercado e acompanhar as cotações Mesmo que o produtor rural conheça esse mercado, ele deverá buscar uma corretora devidamente credenciada junto à BM & F, que são os agentes que podem atuar junto ao pregão da Bolsa. Também é importante que o produtor/vendedor acompanhe as oscilações e as tendências de preço do produto que pretende negociar. Para tanto, poderá se valer de informações disponíveis em jornais, revistas especializadas ou junto a empresas que disponibilizam essas informações. b) Estabelecer o número e valor dos contratos Devidamente municiado das informações, o produtor poderá estabelecer o número de contratos e o valor pretendido por eles. Uma vez que, conhece seu custo 10 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 de produção, terá então condições de estabelecer o preço justo pretendido pelo seu produto. c) Efetuar ordem de venda Neste momento, a Corretora, em nome do cliente, efetua uma ordem de venda junto ao pregão da BM&FBovespa, para que realize a operação. d) Acompanhar o mercado Esta é a etapa mais importante para o produtor, quando ele deve acompanhar diariamente as variações do preço do produto, para que possa decidir pelo melhor momento para liquidação durante a vigência do contrato, até seu vencimento, já que ele pode fazê-lo a qualquer momento. e) Fechar o contrato Reconhecido que o preço é favorável, o cliente emite, através da Corretora, uma ordem de fechamento da operação, encerrando sua posição junto à Bolsa. Esclarecidos os procedimentos, passemos então à simulação de uma operação de venda de um contrato futuro: Suponhamos que determinado produtor rural deseja em 19.03.XX, garantir o preço de US$ 206,00/tonelada de soja para 30.05.XX, valor suficiente para obter lucro na venda. Bastando, portanto, vender contratos futuros na BM&FBovespa para fixar o preço pretendido no vencimento do contrato, ou seja, 30.05.XX. Nesta mesma data, é dada ordem à Corretora, intermediária do produtor, que negociará uma posição (preço) igual ou acima do valor pretendido pelo produtor rural. Imaginemos então, que o produtor deseja vender 10 contratos de soja, o que equivale a 4.500 toneladas de soja. Quadro 2 – Simulação de uma venda de contrato futuro Data Contrat o Tonelad as Preço/to n. Ajuste Diário/to n. Saldo Ajuste/t on Débito/Créd ito Saldo da Operaçã o 19.03. xx Vendeu 10 4.500 206,00 ..... ... ...... 0,00 20.03. xx ... 4.500 203,00 + 3,00 +3,00 + 13.500 +1 3.500 21.03. xx ... 4.500 204,00 - 1,00 +2,00 - 4.500 + 9.000 [...] ... 4.500 ... ... ... ... ... 29.05. ... 4.500 205,00 - 1,00 + 1,00 - 4.500 + 4.500 11 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 xx 30.05. xx ... 4.500 202,00 + 3,00 + 4,00 + 13.500 + 18.000 Fonte: Elaboração própria No final do contrato, ou seja, em 30.05.XX, a cotação da tonelada de soja no mercado físico é de US$ 202,00, neste caso o produtor, para encerrar sua posição na bolsa de mercadorias, deverá comprar a mesma quantidade de contratos. Neste caso, teria que pagar US$ 909.000,00 (4.500t x US$ 202,00) e em contrapartida receber o equivalente a US$ 927.000,00 (4.500t x US$ 206,00). Entretanto essa situação não ocorre, neste caso receberá US$ 18.000,00 correspondente à diferença entre esses valores. Por outro lado, como ficaria o fechamento dessa operação, se o preço da soja fosse superior ao pretendido pelo produtor em questão? Quadro 3 – Simulação de uma venda de contrato futuro Data Contrat o Tonelad as Preço/to n. Ajuste Diário/to n. Saldo Ajuste/t on Débito/Crédit o Saldo da Operaçã o 19.03. xx Vendeu 10 4.500 206,00 ..... ... ...... 0,00 20.03. xx ... 4.500 208,00 - 2,00 - 2,00 - 9.000 - 9.000 21.03. xx ... 4.500 204,00 + 4,00 +2,00 + 18.000 + 9.000 [...] ... 4.500 ... ... ... ... ... 29.05. xx ... 4.500 205,00 - 1,00 + 1,00 - 4.500 + 4.500 30.05. xx ... 4.500 210,00 - 5,00 - 4,00 - 22.500 - 18.000 Fonte: Elaboração própria Ao contrário do que demonstramos na situação anterior, o preço da soja para o vencimento do contrato subiu para US$ 210,00/tonelada resultando um débito para o produtor rural de US$ 4,00/tonelada, totalizando US$ 18.000,00. Da mesma forma, o nosso produtor possuindo a soja física, vende o produto no mercado ao preço de US$ 210,00/tonelada em valores brutos, já que o preço futuro e o físico se alinham na data do vencimento, obtendo assim os mesmos 12 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 US$ 206,00/toneladas pretendidos inicialmente. Assim, o que parece prejuízo, trata- se na verdade do ajuste pago pela segurança na negociação, com a fixação do preço. Em ambas as situações o produtor obtém o valor pretendido inicialmente para o seu produto, ou seja, US$ 206,00/tonelada de soja, não importando a oscilação de preço verificado no mercado ao longo de tempo. Essa situação é o que definimos de uma operação de hedge perfeita, conforme demonstrado no Quadro a seguir: Quadro 4 - Resultado da negociação na bolsa Preço por tonelada no vencimento (em US$) 210 202 Resultado por tonelada obtido na bolsa (em US$) - 4 + 4 Preço pretendido por tonelada (em US$) 206 206 Fonte: Elaboração própria Os contratos futuros apresentam a mesma mobilidade além de outro facilitador que é a liquidação financeira, já que as liquidações por entrega física das commodities é praticamente nula em relação ao volume dos contratos negociados na BM&FBovespa. Apresentamos a seguir as características de alguns contratos futuros negociados na BM&FBovespa: Quadro 5 – Contrato Soja Futuro Contrato Soja Futuro Objeto Soja em grão a granel, tipo exportação, com conteúdo de óleo base de 18,5% e com limite de umidade de 14,0% Código de Negociação SFI Unidade de Negociação 450 sacas de 60 Kg (= 27 toneladas métricas) Cotação Dólares dos Estados Unidos da América (US$) por saca de 60 kg líquidos Variação Mínima da Cotação US$ 0,01 por saca e 60 Kg Variação Máxima da Cotação 5,0% sobre o preço de ajuste do dia anterior do vencimento negociado. Lote Padrão 1 contrato Cálculo do Volume de Negociação Cotação (US$) x 450 x número de contratos negociados Limite de Posição 1.800 contratos ou 25% das posições em aberto por vencimento 13 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Horário de Negociação 09:00 - 15:00 (Negociação Normal) 15:15 - 18:00 (After Market) Último Dia de Negociação 9° dia útil anterior ao 9° dia do mês de vencimento do contrato Meses de Vencimento Março (H) Abril (J) Maio (K) Junho (M) Julho (N) Agosto (Q) Setembro (U) Novembro (X) Margem de Garantia 4,32% do volume de negociação (valor atualizado diariamente pela bolsa de valores, de acordo com critérios de apuração de margem para contratos futuros) Taxa de Corretagem 0,30% sobre o volume financeiro. Taxa de liquidação de US$ 0,35 por contrato liquidado. Taxa de Permanência de US$ 0,0028 por contrato. Taxa de emolumentos de registro Fonte: Elaboração própria Quadro 6 – Contrato Boi Gordo Futuro Contrato Boi Gordo Futuro Objeto Bovino macho, castrado, bem acabado (carcaça convexa), em pasto ou confinamento, pesando entre 450 Kg e550 Kg e com idade máxima de 42 meses. Código de Negociação BGI Unidade de Negociação 330 arrobas líquidas (1 arroba líquida = 15 kg) Cotação Reais da República Federativa do Brasil (R$) por arroba líquida Variação Mínima da Cotação R$ 0,01 por arroba líquida Variação Máxima da Cotação 3,5% sobre o preço de ajuste do dia anterior do vencimento negociado Lote Padrão 1 contrato Cálculo do Volume de Negociação Cotação (R$) x 330 x número de contratos negociados Limite de Posição 1.000 contratos ou 25% das posições em aberto por vencimento Horário de Negociação 09:00 – 16:00 (Negociação Normal) / 17:00 - 18:00 (After Market) Último Dia de Negociação Último dia útil do mês de vencimento do contrato 14 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Meses de Vencimento Janeiro (F) Fevereiro (G) Março (H) Abril (J) Maio (K) Junho (M) Julho (N) Agosto (Q) Setembro (U) Outubro (V) Novembro (X) Dezembro (Z) Margem de Garantia 3,34% do volume de negociação (valor atualizado diariamente pela bolsa de valores, de acordo com critérios de apuração de margem para contratos futuros) Taxa de Corretagem 0,30% sobre o volume financeiro. Taxa de liquidação de R$ 2,80por contrato liquidado. Taxa de Permanência de R$ 0,0303000 por contrato. Taxa de emolumentos de registro Fonte: Elaboração própria Quadro 7 – Contrato Etanol Futuro Contrato Etanol Futuro Objeto Etanol Hidratado Combustível segundo as especificações técnicas definidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) Código de Negociação ETH Unidade de Negociação 30 metros cúbicos (= 30.000 litros) Cotação Reais da República Federativa do Brasil (R$) por metro cúbico Variação Mínima da Cotação R$ 0,50 por metro cúbico Variação Máxima da Cotação 6,0% sobre o preço de ajuste do dia anterior do vencimento negociado. Lote Padrão 1 contrato Cálculo do Volume de Negociação Cotação (R$) x 30 x número de contratos negociados Limite de Posição 800 contratos ou 25% das posições em aberto por vencimento Horário de Negociação 09:00 – 15:15 (Negociação Normal) 16:05 - 18:00 (After Market) Último Dia de Negociação Último dia útil do mês de vencimento do contrato Meses de Vencimento Janeiro (F) Fevereiro (G) Março (H) Abril (J) Maio (K) Junho (M) Julho (N) Agosto (Q) Setembro (U) Outubro (V) Novembro (X) Dezembro (Z) Margem de Garantia 0,30% do volume de negociação (valor atualizado diariamente pela bolsa de valores, de acordo com 15 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 critérios de apuração de margem para contratos futuros) Taxa de Corretagem 0,30% sobre o volume financeiro. Taxa de liquidação de R$ 3,12 por contrato liquidado. Taxa de Permanência de R$ 0,0277 por contrato. Taxa de emolumentos de registro Fonte: Elaboração própria Quadro 8 – Contrato Milho Futuro Contrato Milho Futuro Objeto Milho em grão a granel, com odor e aspectos normais, duro ou semiduro, amarelo, da última safra e de produção brasileira Código de Negociação CCM Unidade de Negociação 450 sacas de 60 Kg (= 27 toneladas métricas) Cotação Reais da República Federativa do Brasil (R$) por saca de 60 Kg Variação Mínima da Cotação R$ 0,01 por saca e 60 Kg Variação Máxima da Cotação 5,0% sobre o preço de ajuste do dia anterior do vencimento negociado. Lote Padrão 1 contrato Cálculo do Volume de Negociação Cotação (R$) x 450 x número de contratos negociados Limite de Posição 1.400 contratos ou 25% das posições em aberto por vencimento Horário de Negociação 09:00 – 15:30 (Negociação Normal) 16:20 - 18:00 (After Market) Último Dia de Negociação 15° dia útil do mês de vencimento do contrato Meses de Vencimento Janeiro (F) Março (H) Maio (K) Julho (N) Agosto (Q) Setembro (U) Novembro (X) Margem de Garantia 5,49% do volume de negociação (valor atualizado diariamente pela bolsa de valores, de acordo com critérios de apuração de margem para contratos futuros) Taxa de Corretagem 0,30% sobre o volume financeiro. Taxa de liquidação de R$ 0,52 por contrato liquidado. Taxa de Permanência de R$ 0,0023 por contrato. Taxa de emolumentos de 16 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 registro Fonte: Elaboração própria Quadro 9 – Contrato Café Futuro Contrato Café Futuro Objeto Café cru, em grão, de produção brasileira, coffea arábica, tipo 4-25 (4/5) ou melhor, bebida dura ou melhor Código de Negociação ICF Unidade de Negociação 100 sacas de 60 kg líquidos Cotação Dólares dos Estados Unidos da América (US$) por saca de 60 kg líquidos Variação Mínima da Cotação US$ 0,05 por saca de 60 kg líquidos Variação Máxima da Cotação 9% sobre o preço de ajuste do dia anterior do vencimento negociado. Lote Padrão 1 contrato Cálculo do Volume de Negociação Cotação (US$) x 100 x número de contratos negociados Limite de Posição 1.100 contratos ou 25% das posições em aberto por vencimento Horário de Negociação 09:00 - 14:35 (Negociação Normal) 15:30 - 18:00 (After Market) Último Dia de Negociação 6° dia útil anterior ao último dia do mês de vencimento do contrato Meses de Vencimento Março (H) Maio (K) Julho (N) Setembro (U) Dezembro (Z) Margem de Garantia 4,88% do volume de negociação (valor atualizado diariamente pela bolsa de valores, de acordo com critérios de apuração de margem para contratos futuros) Taxa de Corretagem 0,30% sobre o volume financeiro. Taxa de liquidação de 0,45% por contrato liquidado. Taxa de Permanência de US$ 0,0055532 por contrato. Taxa de emolumentos de registro Fonte: Elaboração própria 17 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Exercício 1 1. Quais as atividades que fazem parte da cadeia do agronegócio? a) Fornecedores de insumos e bens de produção (sementes, fertilizantes, defensivos, máquinas, tratores, implementos agrícolas, etc.) e produtos farmacêuticos. b) Indústria de autopeças, produção agropecuária (produção animal, lavouras temporárias, lavouras permanentes, hortifrutigranjeiros, indústrias rurais, etc.). c) Processamento e transformação (alimentos, têxteis, vestuários, calçados, madeiras, bebidas, álcool, papel, fumo, essências, etc.) e serviços educacionais. d) Distribuição e consumo de produtos de higiene e limpeza. e) Serviços de apoio (veterinários, agrônomos, bancários, marketing, transporte, armazenagem, portuários, assistência técnica, consultorias, seguros e outros). 2. Em determinada data, um produtor rural vende no mercado futuro 05 contratos de boi, fixando um preço de R$ 100,00 a @. No vencimento do contrato a @ do boi está cotada no mercado físico a R$ 98,00. Sem considerar os custos da bolsa, o resultado financeiro será: a) (-) 161.700,00 b) (+) 161.700,00 c) (-) 3.300,00 d) (+) 3.300,00 e) (+)165.000,00 1.3 Mercado de Opções O mercado de opções, segundo Silva (1996, p.8), se desenvolveu a partir de 1973, com a criação da Chicago Board Options Exchange (CBOE), através da negociação de contratos de Call Options (Opções de Compra) sobre 16 ações. Em 1975 e 1976, a American Stock Exchange, a Philadelphia Stock Exchange (PHLX) e Assista ao vídeo: BM&F - Hedge, contratos futuros e opções. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ikWIKYv87E4> Acesso em: 23 ago. 2018. 18 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 a Pacific Stock Exchange começam a negociar contratos de Call Options (Opções de Compra) sobre ações. Em 1977, é a vez da negociação dos contratos de Put Options (Opções de Venda), em todas estas bolsas. Com o desenvolvimento dessa modalidade de negociação, já nos anos 80, os contratos de opções se estenderam também aos instrumentos financeiros, tais como, opções de índices de ações, divisas, obrigações, commodities, futuros de moedas, etc. No Brasil, a principal bolsa quenegocia opções é a BM&FBovespa, com opções de commodities (soja, café, boi, milho, ouro disponível, dólar disponível, etc.) e com opções de ações de ouro, de índice DI, índice do IBOVESPA, e outros. Fonte: http://migre.me/gjGdv Uma das funções principais do mercado de opções é a formação de preços, cumprindo assim um papel fundamental para a economia contribuindo para que o processo de formação de preços seja mais equilibrado entre a oferta e a procura. O mercado de opções funciona como um seguro de preços para o produtor. Nele são vendidos contratos de opções (de compra ou de venda) para um determinado produtor ou agroindústria, por exemplo, que necessitam garantir no futuro um preço para a sua safra ou para a sua matéria-prima. Da mesma forma como ocorre com os contratos futuros, nos contratos de opções são necessários também os agentes ou hedgers (vendedores, compradores, corretoras, operadores, especuladores e bolsa), porém, para um melhor entendimento, é necessário definir os termos utilizados nesta modalidade de contratos: Vendedor: é o lançador do contrato de opção; Comprador: é o titular dos direitos previstos no contrato de opção; Preço: é o valor definido no contrato; Data de vencimento: é a data limite para o comprador exercer a opção; Prêmio: é o valor que o comprador paga ao vendedor (lançador) para adquirir o contrato. Dessa forma, a negociação de um contrato de opção se dá quando o lançador (aquele que vende o contrato de opção) lança no mercado contratos (para 19 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 compra ou para venda) cobrando um prêmio, que é o valor pago pelos compradores da opção (hedgers), também chamados de titulares, pelo direito que está sendo adquirido. No mercado de bolsa, as modalidades de contratos de opções são de opção de venda (Put ou Long) e os de opção de compra (Call ou Short). 1.3.1 Contrato de Opção de Venda (PUT) É um contrato no qual o lançador (vendedor), mediante o recebimento de um prêmio, concede ao titular o direito (não a obrigação) de vender o produto a um preço previamente fixado, chamado preço de exercício, até a data de vencimento do contrato. Neste caso, estará garantindo um preço mínimo numa data futura. Ao adquirir um contrato de opção de venda, o produtor age como se estivesse fazendo um seguro para o preço do produto, sua intenção é garantir que o preço da produção não cairá abaixo do valor previsto naquele contrato. De posse da garantia dada por este contrato, o produtor ganhará fôlego para buscar, no mercado, um preço melhor para o seu produto. No mercado de opções, o comprador tem direitos e o vendedor tem obrigações. Se exercido o direito, o lançador (vendedor) tem a obrigação de pagar pelo produto no preço fixado no contrato. Um contrato de opção de venda (Buy a Put ou Long Puyt) apresenta o seguinte perfil: Figura 1 – Buy a Put Fonte: Elaboração própria 20 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 1.3.2 Contrato de Opção de Compra (CALL) É um contrato no qual o lançador, mediante o recebimento de um prêmio, concede ao titular o direito (não a obrigação) de adquirir o produto a um preço previamente fixado, até a data de vencimento do contrato. O objetivo aqui é proteger-se contra eventual elevação de preço do produto. Por isso, seu interesse maior situa-se nas agroindústrias, que temem a elevação dos custos de aquisição de suas matérias-primas. No mercado existem as seguintes opções: a) Comprar uma opção de compra (Buy a Call ou Long Call), cujo perfil é: Figura 2 – Buy a Call Fonte: Elaboração própria b) Vender uma opção de compra (Sell a Call ou Short Call), com o seguinte perfil: Figura 3 – Sell a Call Fonte: Elaboração própria 21 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 c) Comprar uma opção de venda (Buy a Put ou Long Put), que tem o seguinte perfil: Figura 4 – Buy a Put Fonte: Elaboração própria d) Vender uma opção de venda (Sell a Put ou Short Put), com o perfil: Figura 5 – Sell a Put Fonte: Elaboração própria Uma vez definidos os conceitos e características de um contrato de opções, apresentamos um exemplo de operação com opção de venda (Buy a Put) para demonstrar o funcionamento do mercado, não levando em conta os custos operacionais na Bolsa. Suponhamos que o mesmo produtor rural em março pretendendo garantir um preço mínimo para seu produto, comprou o direito de vender 1.000 toneladas de soja a US$ 206,00/tonelada, com vencimento em 30.05.XX, pagando um prêmio de US$ 10,00/tonelada. Vejamos então as hipóteses de preço na época do vencimento, em maio: Primeira hipótese: a soja está cotada a US$ 186,00/tonelada. Neste caso, como o preço está abaixo do contrato, o produtor exerce sua opção de venda, recebendo do lançador, por meio da Bolsa, a diferença de US$ 20,00 a tonelada. Sua receita líquida pela venda do produto no mercado físico 22 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 a US$ 186,00/tonelada, mais US$ 20,00 pelo exercício da opção, menos os US$ 10,00 que pagou de prêmio, realizando o total líquido de US$ 196,00/tonelada do produto. Graficamente a negociação apresenta o seguinte perfil: Figura 6 – Compra de uma opção de venda (Buy a Put) Fonte: Elaboração própria Segunda Hipótese: a soja está cotada a US$ 236,00 a tonelada. Nesta hipótese, o produtor não exerce a opção, pois o preço está acima do preço de exercício do contrato. Sua receita líquida terá sido: US$ 236,00 pela venda da tonelada de soja no mercado físico, menos os US$ 10,00 que pagou de prêmio por tonelada, o que totaliza US$ 226,00/tonelada de soja vendida. Isso demonstra que o exercício da opção mostrou-se dispensável, pois o mercado físico cobriu as expectativas do produtor e proporcionou a possibilidade de participação na alta de preços junto ao mercado. Da mesma forma, uma agroindústria em março de 2003, verifica que no futuro a tonelada de soja está cotada a US$ 220,00, para entrega em maio do mesmo ano e que atualmente no mercado físico a soja está cotada a US$ 200,00/tonelada. Neste caso, a agroindústria, na expectativa do preço da soja em março atingir um patamar superior aos US$ 220,00, adquire um opção de compra, (Buy a Call) pagando um prêmio, por exemplo, de US$ 10,00 a tonelada. Então imaginemos a ocorrência de duas hipóteses no vencimento da opção: Primeira hipótese: o preço da soja atingiu US$ 250,00 a tonelada. A agroindústria exerce o direito de comprar a US$ 220,00 a tonelada de soja, recebendo a diferença de US$ 30,00 a tonelada realizando neste caso, ganho de US$ 20,00 por tonelada, ou seja, US$ 30,00 menos US$ 10,00 de prêmio. 23 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Segunda hipótese: o preço da soja atingiu US$ 200,00 a tonelada. A agroindústria não exerce o direito de compra, uma vez que o preço de exercício da opção é superior, ou seja, US$ 220,00 a tonelada. Neste caso, perde o prêmio pago, incorrendo em um custo/tonelada de US$ 210,00, sendo US$ 200,00 pelo produto mais US$ 10,00 do prêmio pago. O que podemos verificar neste caso é que se o produto objeto da opção supera o preço de contrato, a agroindústria tem mecanismo de proteção através do exercício da opção, protegendo-se assim da elevação de preços. Graficamente a negociação apresenta o seguinte perfil: Figura 7 – Compra de uma opção de compra (Buy a Call) Fonte: Elaboração própria Observa-se que os contratos de opções dão uma grande mobilidade operacional para os diversos tipos de necessidades, isto ocorre pelo fato de não existir a obrigatoriedade para o cumprimento dos contratos, pois alcançado o objetivo, pode-se encerrar a posição, efetuando uma posição contrária ou exercendo a opção. Sem a pretensão de esgotar o assunto, verificamos que o produtor rural, elo mais frágil na cadeia do agronegócio, pode contarcom os instrumentos de opções ou contrato futuro como meios de fixar preços mínimos para a sua produção, ficando, portanto, livre dos riscos de oscilações de preços que são comuns no mercado. Para a agroindústria demonstramos que para fazer face aos mesmos fatores de preços no mercado, os instrumentos de opções e de contrato futuro são também mecanismos de proteção, portanto, constituem-se em instrumentos perfeitos de seguro de preços ou de hedge. 24 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Exercício 2 1. A operação de vender uma opção de venda é denominada de: a) Sell a Call b) Sell a Put c) Buy a Call d) Buy a Put e) Long Put 2. Em um contrato de opção o lançador é aquele que: a) É o titular dos direitos previstos no contrato. b) Aquele que vende o contrato de opção. c) É o adquirente que assume as obrigações previstas no contrato de opção. d) É aquele responsável pelo pagamento do prêmio. e) É aquele que na data limite tem o direito do exercício da opção. Assista ao vídeo: BM&F - Hedge, contratos futuros e opções. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=x9JNACebGVg> Acesso em: 23 ago. 2018. 25 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 UNIDADE 2 – FINANCIAMENTOS E RECURSOS PARA O AGRONEGÓCIO O agronegócio conta com fontes de financiamentos oficiais e não oficiais para o desenvolvimento das suas atividades. As fontes oficiais compreendem os financiamentos por parte de órgãos oficiais como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, Banco do Brasil, Banco da Amazônia – BASA e Banco do Nordeste do Brasil- BNB, e de fontes não oficiais como as Cooperativas de Créditos e Bancos Privados, além da troca de insumos, máquinas e implementos por produtos. Essa é a regra geral, entretanto, tanto bancos públicos como privados operam com linhas de créditos oficiais e não oficiais. Como exemplo, bancos privados são agentes repassadores de recursos da FINAME, que são fontes oficiais do BNDES; e o Banco do Brasil – BB financia com recursos livres contratados a taxas livremente pactuadas, não amparadas por subvenção econômica da União, como por exemplo, os recursos não obrigatórios da poupança-ouro ou de depósitos livres. Os recursos oficiais e os obrigatórios, que iremos explicar mais adiante, são regulamentados por atos do Conselho Monetário Nacional – CMN, que é o Órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional – SFN, pois é a entidade que disciplina todo o sistema, desde os bancos, caixas econômicas, cooperativas de créditos, sistemas de seguros, previdência privada, bolsas de valores, bolsas de mercadorias, sistemas de capitalização, dentre outros. A legislação pertinente ao agronegócio, no que diz respeito aos recursos para financiamentos das necessidades de custeio, investimentos e comercialização, é de competência do CMN e executadas pelo Banco Central da República – BACEN. Cabe ao BACEN a função executiva, ou seja, aplicar os normativos, fiscalizar e aplicar penalidades, ou se for o caso, fazer denúncia ao Ministério Público Federal, nos casos de crimes contra o SFN. Portanto, o Crédito Rural abrange recursos destinados a custeio, investimento ou comercialização. As suas regras, finalidades e condições estão estabelecidas no Manual de Crédito Rural (MCR), elaborado pelo BACEN a partir dos normativos do CMN. Essas normas são seguidas por todos os agentes que 26 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 compõem o Sistema Nacional de Crédito Rural - SNCR, como bancos e cooperativas de crédito. 2.1 Crédito Rural Para o BACEN, considera-se crédito rural o suprimento de recursos financeiros, por instituições do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), para aplicação exclusiva nas finalidades e condições estabelecidas no Manual de Crédito Rural – MCR (BACEN, 2013). De acordo com a Lei nº 8.171 e Circular BACEN nº 2.268, são objetivos do crédito rural: estimular os investimentos rurais para produção, extrativismo não predatório, armazenamento, beneficiamento e industrialização dos produtos agropecuários, quando efetuado pelo produtor na sua propriedade rural, por suas cooperativas ou por pessoa física ou jurídica equiparada aos produtores; favorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a comercialização de produtos agropecuários; fortalecer o setor rural; incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de produção, visando ao aumento da produtividade, à melhoria do padrão de vida das populações rurais e à adequada defesa do solo; propiciar, através de crédito fundiário, a aquisição e regularização de terras pelos pequenos produtores, posseiros e arrendatários e trabalhadores rurais; Fonte: http://migre.me/gjGga desenvolver atividades florestais e pesqueiras; quando destinado a agricultor familiar ou empreendedor familiar rural, nos termos da Lei nº 11.326, de 24/7/2006, estimular a geração de renda e o melhor uso da mão de obra familiar, por meio do financiamento de atividades e serviços rurais agropecuários e não agropecuários, desde que desenvolvidos em estabelecimento rural 27 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 ou áreas comunitárias próximas, inclusive o turismo rural, a produção de artesanato e assemelhados. De acordo com o disposto no MCR 1.1.3, não constitui função do crédito rural: financiar atividades deficitárias ou antieconômicas; financiar o pagamento de dívidas; possibilitar a recuperação de capital investido; favorecer a retenção especulativa de bens; antecipar a realização de lucros presumíveis; amparar atividades sem caráter produtivo ou aplicações desnecessárias ou de mero lazer. Os financiamentos com recursos do crédito rural podem ter as seguintes finalidades: Custeio: cujos recursos são destinados a cobrir despesas normais dos ciclos produtivos, como o plantio de culturas temporárias, manutenção de culturas permanentes e manutenção de rebanhos, ou seja, são recursos que se destinam a cobrir os custos habituais dos ciclos produtivos, como a compra de insumos (fertilizantes, defensivos e sementes) e serviços (aração, gradagem, aplicação de defensivos, colheita e secagem); Investimento: destina-se a aplicações em bens e serviços cujo desfrute se estenda por vários períodos de produção, como por exemplo: construções, maquinários, implementos, formação de culturas permanentes, correção da fertilidade dos solos, aquisições de animais para reprodução ou produção de leite, lã e outros produtos; Comercialização: destina-se a cobrir despesas próprias da fase posterior à colheita (coleta da produção) ou converter em espécies os títulos oriundos de sua venda ou entrega pelos produtores ou suas cooperativas, como por exemplo, as operações de descontos de Notas Promissórias Rurais – NPR, Duplicatas Rurais – DR e outros títulos de créditos. 28 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 2.2 Sistema Nacional de Crédito Rural – SNCR Conforme o BACEN (2013), o Sistema Nacional de Crédito Rural – SNCR é constituído de órgãos básicos, vinculados e articulados, cabendo ao SNCR conduzir os financiamentos, sob as diretrizes da política creditícia formulada pelo Conselho Monetário Nacional, em consonância com a política de desenvolvimento agropecuário. São órgãos básicos o Banco Central do Brasil, o Banco do Brasil S.A., o Banco da Amazônia S.A. e o Banco do Nordeste do Brasil S.A (BACEN, 2013). Os órgãos vinculados são, conforme dispõe o MCR 1.2.4: para os fins da Lei nº 4.504, de 30/11/1964 (a Lei 4.504, dispõe sobre o Estatuto da Terra): Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); auxiliares: agências de fomento, bancos estaduais, inclusive de desenvolvimento, bancos privados, Caixa Econômica Federal (CEF), cooperativas autorizadasa operar em crédito rural e sociedades de crédito, financiamento e investimento; e incorporados: instituições integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). São articulados os órgãos oficiais de valorização regional e entidades de prestação de assistência técnica, cujos serviços as instituições financeiras venham a utilizar em conjugação com o crédito, mediante convênio. Por fim, compete ao BACEN o controle do SNCR, sob todas as formas. 2.3 Beneficiários do Crédito Rural (MCR 3.1) Todo produtor rural (pessoa física ou jurídica) e as cooperativas de produtores rurais são beneficiários do crédito rural. De acordo com o MCR 1.4.2, pode ainda ser beneficiária do crédito rural pessoa física ou jurídica que, embora sem conceituar-se como produtor rural, se dedique às seguintes atividades vinculadas ao setor: pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas ou certificadas; 29 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões; prestação de serviços mecanizados, de natureza agropecuária, em imóveis rurais, inclusive para proteção do solo; prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais; medição de lavouras; e atividades florestais. Ainda, podem ser beneficiários de crédito rural de comercialização, quando necessário ao escoamento da produção agropecuária: beneficiadores e agroindústrias que beneficiem ou industrializem o produto, desde que comprovada a aquisição da matéria-prima diretamente de produtores ou de suas cooperativas, por preço não inferior ao mínimo fixado ou ao adotado como base de cálculo do financiamento, e mediante deliberação e disciplinamento do Conselho Monetário Nacional; e cerealistas que exerçam, cumulativamente, as atividades de limpeza, padronização, armazenamento e comercialização de produtos agrícolas. 2.4 Crédito de custeio (MCR 3.2) O crédito para o custeio rural classifica-se como: custeio agrícola; custeio pecuário; e crédito de beneficiamento ou industrialização. O crédito de custeio pode se destinar ao atendimento das despesas normais: do ciclo produtivo de lavouras periódicas, da entressafra de lavouras permanentes ou da extração de produtos vegetais espontâneos ou cultivados, incluindo o beneficiamento primário da produção obtida e seu armazenamento no imóvel rural ou em cooperativa; de exploração pecuária; e de beneficiamento ou industrialização de produtos agropecuários. Admite-se financiar como itens de custeio: a) agrícola: 30 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 I - despesas de soca e ressoca de cana-de-açúcar, abrangendo os tratos culturais, a colheita e os replantios parciais; II - aquisição de insumos, antecipadamente em relação ao ciclo produtivo a que se destinam, observadas as condições estabelecidas no item 15 para as operações denominadas de pré-custeio; III - aquisição se silos (bags), limitada a 5% (cinco por cento) do valor do custeio. b) pecuário: I - aquisição de leitões, quando se tratar de empreendimento conduzido por suinocultor independente; II - aquisição de insumos, em qualquer época do ano. Para efeito de crédito de custeio, a apicultura, a avicultura, a piscicultura, a sericicultura, a aquicultura e a pesca artesanal são consideradas exploração pecuária. O limite de crédito de custeio rural, por beneficiário, em cada safra e em todo o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), é de R$1.000.000,00 (um milhão de reais), devendo ser considerados, na apuração desse limite, os créditos de custeio tomados com recursos controlados, exceto aqueles tomados no âmbito dos fundos constitucionais de financiamento regional. Cabe observar que o teto mencionado é válido para o ano de 2013, portanto em anos futuros o valor deve ser consultado. O referido limite estabelecido pode ser elevado: a) em até 15% (quinze por cento) para os créditos de custeio, quando ocorrer uma das seguintes situações: I - comprovação da existência física das reservas legais e áreas de preservação permanente previstas na legislação ou apresentação de plano de recuperação com anuência da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou do Ministério Público Estadual; II - adoção do sistema de identificação de origem (rastreabilidade) de acordo com a Instrução Normativa nº 17, de 13/9/2006, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ou a que vier sucedê-la; 31 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 III - conjugação do crédito com a contratação de seguro agrícola ou com mecanismo de proteção de preço baseado em contratos futuros, a termo, ou de opções agropecuários, observado o disposto no item 7; IV - participação no Sistema Agropecuário de Produção Integrada (Sapi) e certificação da sua produção concedida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); V - comprovação da aquisição de sementes das categorias genética, básica, certificada de primeira geração, certificada de segunda geração, semente S1 ou semente S2, produzidas de acordo com a Lei nº 10.711, de 5/8/2003, e o Decreto nº 5.153, de 23/7/2004 (a Lei 10.711 e Decreto 5.153, tratam do Sistema Nacional de Sementes e Mudas – SNSM); VI - contratação de operação destinada a sistema orgânico de produção; VII - inscrição dos produtores rurais no Cadastro Ambiental Rural b) em até 30% (trinta por cento) quando ocorrer, simultaneamente, 2 (duas) ou mais das situações previstas no item “a”; c) em até 15% (quinze por cento), independentemente dos limites dos itens “a” e “b”, para o valor do crédito de custeio equivalente ao financiamento da área em que os produtores rurais adotem o sistema de plantio direto na palha. 2.4.1 Prazos Os prazos máximos para o reembolso dos créditos de custeio são os seguintes: agrícola: 2 (dois) anos, observado que, quando se tratar de cultivo de mandioca de 2 (dois) ciclos, destinada à industrialização, esse prazo poderá ser estendido por até 6 (seis) meses; pecuário: 1 (um) ano; de beneficiamento ou industrialização: 2 (dois) anos para a uva e de 1 (um) ano para os demais produtos. O prazo de reembolso do crédito de custeio de beneficiamento ou industrialização não pode ultrapassar 180 (cento e oitenta) dias do término do período de utilização nem o início da safra seguinte, salvo em casos especiais, sob expressa justificativa. O vencimento do crédito de custeio agrícola deve ser fixado por prazo não superior a 60 (sessenta) dias após o término da colheita, admitindo-se o 32 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 alongamento e a reprogramação do reembolso mediante solicitação do mutuário até a data fixada para o vencimento, observado que: podem ser objeto do alongamento os financiamentos destinados a algodão, arroz, aveia, café, canola, cevada, milho, soja, sorgo, trigo e triticale; o reembolso deve ser pactuado em até 4 (quatro) parcelas mensais, iguais e sucessivas, vencendo a primeira até 60 (sessenta) dias após a data prevista para a colheita; o produtor deve comprovar que o produto está armazenado, mantendo-o como garantia do financiamento. As operações destinadas ao financiamento de custeio de leite, formalizadas ao amparo de recursos controlados, podem ser pactuadas com previsão de reembolso em parcelas mensais, iguais e sucessivas, vencendo a primeira até 90 (noventa) dias após a liberação do financiamento. Admite-se a contratação de financiamento de custeio, ao amparo dos recursos controlados, com previsão de renovação simplificada, porém a cada renovação, a instituição financeira fica obrigada a exigir do mutuário, no mínimo, orçamento simplificado contendo a atividade para o novo ciclo, o valorfinanciado e o cronograma de desembolso, efetuando o devido registro no Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor). 2.5 Crédito de Investimento (MCR 3.3) Classifica-se como crédito de investimento rural o financiamento com predominância de verbas para inversões fixas e semifixas em bens e serviços relacionados com a atividade agropecuária, ainda que o orçamento consigne recursos para custeio. São financiáveis os seguintes investimentos fixos: construção, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações permanentes; aquisição de máquinas e equipamentos de provável duração útil superior a 5 (cinco) anos; obras de irrigação, açudagem, drenagem; florestamento, reflorestamento, desmatamento e destoca; 33 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 formação de lavouras permanentes; formação ou recuperação de pastagens; eletrificação e telefonia rural; proteção, correção e recuperação do solo, inclusive a aquisição, transporte e aplicação dos insumos para estas finalidades. Ainda são financiáveis os seguintes investimentos semifixos: aquisição de animais para criação, recriação, engorda ou serviço; instalações, máquinas e equipamentos de provável duração útil não superior a 5 (cinco) anos; aquisição de veículos, tratores, colheitadeiras, implementos, embarcações e aeronaves; aquisição de equipamentos empregados na medição de lavouras. O orçamento ou plano de investimento pode prever verbas para: despesas com projeto ou plano de custeio e de administração; recuperação ou reforma de máquinas, tratores, embarcações, veículos e equipamentos, bem como aquisição de acessórios ou peças de reposição, salvo se decorrente de sinistro coberto por seguro; o processo de georreferenciamento de propriedades rurais. As máquinas, tratores, veículos, embarcações, aeronaves, equipamentos e implementos financiados devem destinar-se especificamente à atividade agropecuária, observado que o crédito de investimento para aquisição de máquinas e equipamentos, isolada ou não, somente pode ser concedido para itens novos produzidos no Brasil, que constem da relação de Credenciamento de Fabricantes Informatizado (CFI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e atendam aos parâmetros relativos aos índices mínimos de nacionalização definidos nos normativos do BNDES aplicáveis ao Finame Agrícola, exceto quando inexistir similar de fabricação nacional. São financiáveis os seguintes tipos de veículos: caminhões, inclusive frigoríficos, isotérmicos ou graneleiros; caminhonetes de carga, exceto veículos de cabine dupla; motocicletas adequadas às condições rurais, quando técnica e economicamente recomendável para o desenvolvimento da atividade rural. 34 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 O crédito para aquisição de caminhões fica condicionado à comprovação da possibilidade de seu pleno emprego nas atividades agropecuárias do comprador durante, no mínimo, 120 (cento e vinte) dias por ano. É vedado o financiamento de veículo que se classifique como de passeio, pelo tipo ou acabamento. Conceitua-se como de investimento o crédito destinado a: fundação ou ampliação de lavouras de cana, compreendendo os trabalhos preliminares, o plantio e os tratos subsequentes até a primeira safra (cana-planta); renovação de lavouras de cana em áreas antes ocupadas por canaviais com ciclo produtivo esgotado (cana-planta, soca e ressoca), compreendendo todos os gastos necessários até a primeira safra. O beneficiário de crédito para investimento relativo à pecuária deve: adotar medidas profiláticas e sanitárias em defesa dos rebanhos; efetuar a marcação dos animais, com rigorosa observância das normas legais. O financiamento está sujeito aos seguintes prazos máximos, que incluem a carência: investimento fixo: 12 (doze) anos; investimento semifixo: 6 (seis) anos. Admite-se que os recursos obrigatórios (MCR 6-2) sejam aplicados em operações de investimento, observadas as seguintes condições: beneficiários: produtores rurais, diretamente ou por intermédio de operações de repasse de suas cooperativas; limite de crédito: R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais), por beneficiário/ano safra, em todo o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), independentemente dos créditos obtidos para outras finalidades. Cabe observar que o limite referido pode ser alterado, portanto devem se fazer consultas periódicas ao MCR 3.3, para se certificar do valor em vigência. Admite-se que as instituições financeiras autorizadas a captar poupança rural utilizem os recursos de que trata o MCR 6-4 para aplicação em operações de crédito rural de investimento nas condições vigentes para os programas de que 35 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 trata o MCR 13, cabendo ao Ministério da Fazenda definir os limites e a metodologia de equalização desses recursos, com base nos limites propostos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por programa, observado o disposto no art. 4º da Lei nº 8.427, de 27/5/1992. O limite referido (R$ 350.000,00) pode ser elevado para até R$1.000.000,00 (um milhão de reais) por beneficiário, por ano safra, nas safras 2011/2012 a 2014/2015, desde que, no mínimo, os recursos adicionais sejam direcionados exclusivamente para as finalidades de fundação ou ampliação de lavouras de cana, compreendendo os trabalhos preliminares, o plantio e os tratos subsequentes até a primeira safra (cana-planta) ou na renovação de lavouras de cana em áreas antes ocupadas por canaviais com ciclo produtivo esgotado (cana-planta, soca e ressoca), compreendendo todos os gastos necessários até a primeira safra: prazo de reembolso: até 5 (cinco) anos, incluídos até 18 meses de carência; quando se tratar de operação de investimento para a finalidade de renovação de lavouras de cana em áreas antes ocupadas por canaviais com ciclo produtivo esgotado (cana-planta, soca e ressoca), o valor do crédito previsto de até R$ 1.000.000,00 fica limitado ao montante correspondente à renovação de, no máximo, 20% (vinte por cento) da área total cultivada, por beneficiário, por ano safra. 2.6 Créditos de Comercialização (MCR 3.4) O crédito de comercialização tem o objetivo de viabilizar ao produtor rural ou às suas cooperativas agropecuárias os recursos necessários à comercialização de seus produtos no mercado. O crédito de comercialização compreende: pré-comercialização; desconto de Duplicata Rural (DR) e de Nota Promissória Rural (NPR); empréstimos a cooperativas para adiantamentos a associados, por conta de produtos entregues para venda, observados os preços de comercialização; financiamento para estocagem de produtos agropecuários; 36 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 financiamento de proteção de preços e/ou prêmios de risco de equalização de preços, conforme previsto no MCR 7-1; financiamento para garantia de preços ao produtor (FGPP), de que trata o MCR 4-1. O crédito de pré-comercialização: consiste no suprimento de recursos a produtores rurais ou a suas cooperativas para atender as despesas inerentes à fase imediata à colheita da produção própria ou de cooperados; visa a permitir a venda da produção sem precipitações nocivas aos interesses do produtor, nos melhores mercados, mas não pode ser utilizado para favorecer a retenção especulativa de bens, notadamente em caso de escassez de produtos alimentícios para o abastecimento interno; pode ser concedido isoladamente ou como extensão do custeio; tem prazo máximo de 240 (duzentos e quarenta) dias. As operações de desconto de DR e de NPR, representativas da comercialização de leite, e a concessão de créditos a cooperativas para adiantamento a associados por contade leite entregue para venda, ao amparo da exigibilidade de Recursos Obrigatórios (MCR 6-2), ficam restritas ao financiamento da comercialização de leite in natura, em volume correspondente a até 20% (vinte por cento) da capacidade de recepção das unidades industriais, e podem ser formalizadas com prazo de vencimento de até 240 (duzentos e quarenta) dias. Podem ser objeto de desconto DR e NPR oriundas da venda ou entrega de produção comprovadamente própria, inclusive quando beneficiada ou industrializada pelo produtor rural ou por sua cooperativa. O endossatário ou portador de DR ou NPR não tem direito de regresso contra o primeiro endossante e seus avalistas. São nulas as garantias dadas no desconto de DR ou NPR, salvo quando prestadas pelas pessoas físicas participantes da empresa emitente, por esta ou por outras pessoas jurídicas. Este dispositivo existe para evitar que o agente financeiro obrigue o produtor rural a dar o seu aval quando efetuar a operação de desconto do título cambial, entretanto não é aplicável nas transações realizadas entre produtores rurais ou entre estes e suas cooperativas. Relativamente ao desconto de títulos: 37 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 é vedado o desconto de título originário de contrato de compra e venda antecipada, com promessa de futura entrega dos bens; devem ser observados os seguintes prazos máximos, contados da emissão ao vencimento: - até 90 (noventa) dias, quando referentes a algodão em caroço, feijão e feijão macacar; - até 180 (cento e oitenta) dias, quando referentes a açaí, alho, amendoim, arroz, borracha natural, café, castanha-do-pará, casulo de seda, farinha de mandioca, fécula de mandioca, goma e polvilho, girassol, guaraná, juta ou malva embonecada, mamona em baga, milho, milho pipoca, sisal, soja, sorgo e sementes; - até 240 (duzentos e quarenta) dias, quando referentes a algodão em pluma, caroço de algodão, castanha-de-caju, cera de carnaúba e pó cerífero e leite; - até 120 (cento e vinte) dias, quando referentes aos demais produtos agropecuários. O financiamento para estocagem de produtos agropecuários visa proporcionar recursos financeiros aos beneficiários, de modo a permitir o armazenamento e a conservação de seus produtos, para venda futura em melhores condições de mercado. 2.7 Recursos financeiros do crédito rural O crédito rural pode ser concedido com recursos controlados e não controlados. São considerados recursos controlados: os obrigatórios; os das Operações Oficiais de Crédito sob supervisão do Ministério da Fazenda; os de qualquer fonte destinados ao crédito rural na forma da regulação aplicável, quando sujeitos à subvenção da União, sob a forma de equalização de encargos financeiros, inclusive os recursos administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); 38 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 os da poupança rural, quando aplicados segundo as condições definidas para os recursos obrigatórios, de que trata o MCR 6-2; os dos fundos constitucionais de financiamento regional; e os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). São considerados recursos não controlados aqueles não enquadrados no item anteriormente mencionado. Os créditos formalizados ao amparo de recursos obrigatórios não estão sujeitos à subvenção de encargos financeiros. Os financiamentos ao amparo de recursos do crédito rural destinam-se a produtores rurais e a cooperativas de produção agropecuária, sem prejuízo dos casos específicos previstos no Manual de Crédito Rural (MCR) editado pelo BACEN. 2.7.1 Recursos Controlados (MCR 6.2) Os recursos obrigatórios são aqueles destinados a operações de crédito rural, provenientes do Valor Sujeito a Recolhimento (VSR) relativo aos recursos à vista, apurado na forma da regulamentação aplicável (Art. 21 da Lei nº 4.829, de 5/11/1965). Os recursos à vista são provenientes basicamente de parte dos depósitos à vista dos bancos, ou seja, parte dos depósitos em conta corrente das pessoas físicas e jurídicas. Exigibilidade dos Recursos Obrigatórios é o dever que tem a instituição financeira de manter aplicado em operações de crédito rural valor correspondente a 34% (trinta e quatro por cento) da média aritmética do VSR apurado no período de cálculo, conforme critérios definidos pelo BACEN, sujeitando-se às penalidades previstas a instituição financeira que deixar de cumprir com os parâmetros e critérios fixados pelo BACEN. Estão sujeitos ao cumprimento da exigibilidade de aplicação em crédito rural: os bancos comerciais, os bancos múltiplos com carteira comercial e a CEF; os bancos de investimento, os bancos múltiplos sem carteira comercial e as cooperativas de crédito, quando captarem recursos na forma de Depósito Interfinanceiro Vinculado ao Crédito Rural (DIR) disciplinado no MCR 6-6. 39 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 2.7.2 Recursos Livres (MCR 6.3) As instituições financeiras integrantes do SNCR podem contratar operações de crédito rural com a utilização de recursos livres com taxas de juros livremente pactuadas, não amparadas por subvenção econômica da União na forma de equalização de taxas de juros e outros encargos financeiros estabelecidos pela Lei nº 8.427 de 27/5/1992. Podem ser aplicados em operações de crédito rural os recursos próprios ou captados pela instituição financeira, inclusive no exterior ao amparo da Resolução nº 3.844, de 23/3/2010, não enquadrados entre os recursos controlados mencionados no item 2.6. Os créditos concedidos com recursos livres podem ter por objeto operações de custeio, de investimento ou de comercialização, envolvendo quaisquer produtos de origem vegetal ou animal, inclusive os obtidos em atividades extrativistas. Os créditos concedidos com recursos livres podem ser destinados também ao financiamento de: construção e reforma de imóveis destinados a moradia e alojamento do produtor e dos trabalhadores empregados nas propriedades rurais; atividades produtivas diversas no imóvel rural, classificadas como de custeio, de investimento ou de comercialização segundo a predominância de sua destinação. Para a realização de operação de crédito rural com recursos livres, a instituição financeira deve observar as seguintes condições e procedimentos: possuir autorização para operar em crédito rural; observar a legislação e a regulamentação relativa ao cumprimento de exigências socioambientais e de regularidade cadastral incidentes sobre o beneficiário ou o imóvel de localização do empreendimento; ater-se aos princípios da economicidade, caráter produtivo da aplicação e demais critérios de seleção de projetos estabelecidos no MCR 1-1; e emitir os instrumentos financeiros previstos pela regulamentação para a formalização de operações de crédito rural, admitida a inclusão, no 40 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 mesmo instrumento ou separadamente, de créditos para finalidades diversas. As operações de crédito rural com recursos livres não estão sujeitas às exigências de vistoria prévia, medição e fiscalização, salvo quando houver enquadramento no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). 2.7.3 Recursos da Poupança Rural (MCR 6.4) Os recursos da poupança rural são aqueles captados segundo as normas aplicáveis aos depósitos de poupança do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), na forma de depósitos da poupança rural para aplicação nas condições previstas no MCR 6.4, que ora passamos a ver. (Arts. 15, inciso I, alínea "l", da Lei nº 4.829, de 5/11/1965, e 81, inciso III, da Lei nº 8.171, de 17/1/1991). Figura 8 – Recursos aplicados no Crédito Rural – safra 2012-2013 Fonte: http://migre.me/gjP4N Exigibilidade dos recursos da poupança rural é a obrigação que tema instituição financeira de manter aplicado em operações de crédito rural valor correspondente a 65% (sessenta e cinco por cento) da média aritmética do Valor Sujeito a Recolhimento (VSR) relativo aos depósitos da poupança rural apurados no período de cálculo, considerando para cumprimento dessa exigência as determinações pertinentes baixadas pelo BACEN. Estão sujeitos ao cumprimento da exigibilidade da poupança rural as seguintes instituições financeiras: a) o Banco da Amazônia S.A.; 41 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 b) o Banco do Brasil S.A.; c) o Banco do Nordeste do Brasil S.A.; d) os bancos cooperativos; e) instituições integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), quando operarem em crédito rural, na forma do MCR 1-3-4 a 1-3-8. Em eventual inobservância do que preceitua a exigibilidade prevista para os recursos da poupança rural, a instituição financeira fica sujeita a multa e outras sanções pecuniárias impostas pelo BACEN. Exercício 3 1. Com relação às funções do Crédito Rural, analise os enunciados a seguir: I. Desenvolver atividades florestais e pesqueiras. II. Fortalecer o setor rural. III. Financiar o pagamento de dívidas. IV. Possibilitar a recuperação de capital investido. V. Propiciar aquisição e regularização de terras pelos pequenos, médios e grandes produtores, posseiros, arrendatários e trabalhadores rurais. a) Apenas os enunciados I, II e III estão corretos. b) Apenas os enunciados II e IV estão corretos. c) Apenas os enunciados I e V estão corretos. d) Apenas os enunciados I e II estão corretos. 2. Com relação aos beneficiários do Crédito Rural, assinale a alternativa INCORRETA: a) Pessoa física ou jurídica que se dedica à pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões pode ser beneficiária do Crédito Rural. b) Créditos para custeio, investimento e comercialização são finalidades do Crédito Rural. c) Banco Central do Brasil, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal, são órgãos básicos do Sistema Nacional de Crédito Rural. d) Produtor rural (pessoa física ou jurídica) e as cooperativas de produtores rurais são beneficiários do Crédito Rural. 42 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 2.8 Fundos Constitucionais de Financiamentos Com a reforma constitucional de 1988 foi garantido mecanismo que destina 3% do produto da arrecadação federal dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) e sobre Produtos Industrializados (IPI) para aplicação em programas de financiamento aos setores produtivos das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (art. 158, inciso I, letra c da Constituição Federal). O artigo 161 da Constituição Federal prevê que os critérios de destinação dos recursos assegurados seriam regulamentados por lei específica, dessa forma a Lei nº 7.827, de 27.09.1989, criou os Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO), com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento econômico e social das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e, ao regulamentar sua aplicação, distribuiu os recursos, sendo 0,6% para o FNO, 1,8% para o FNE e 0,6% para o FCO. Fonte: http://migre.me/gjPff Os programas de financiamento são elaborados pelos Bancos administradores do FNO (Banco da Amazônia S.A.), FNE (Banco do Nordeste do Brasil S.A.) e FCO (Banco do Brasil S.A.), e aprovados pelos Conselhos Deliberativos das Superintendências de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), do Nordeste (SUDENE) e do Centro-Oeste (SUDECO), em consonância com as diretrizes, orientações gerais e prioridades, estabelecidas no art. 3º da Lei nº 7.827, de 1989, pelo Ministério da Integração Nacional e pelos respectivos Conselhos Deliberativos. As condições dos financiamentos que integram os programas são discutidas em cada Estado com os representantes das classes produtoras e outras representações. Os recursos estão disponíveis nos Bancos administradores que financiam, com taxas atrativas e diferenciadas, variando de acordo com o porte do empreendedor, os produtores rurais, as firmas individuais, as pessoas jurídicas, as associações e cooperativas de produção, que desenvolvam atividades nos setores 43 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 agropecuário, mineral, industrial, agroindustrial, turístico, infraestrutura, comercial e de serviços. Os financiamentos concedidos com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento vêm possibilitando a melhoria na qualidade de vida dos habitantes daquelas regiões e contribuindo para a geração de novos postos de trabalho, para o incremento das produções regionais, da arrecadação de tributos e para a redução do êxodo rural. A instituição da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), pelo Decreto nº 6.047, de 22.02.2007, no que tange à redução das desigualdades intra e inter-regionais, permitiu melhor direcionamento dos recursos dos Fundos Constitucionais para ativar as potencialidades de desenvolvimento em espaços considerados prioritários pela PNDR nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 2.9 Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO Neste material faremos uma abordagem do FCO, em razão da inserção da Instituição UCDB na Região Centro-Oeste, e também que os demais Fundos Constitucionais são em termos normativos muito semelhantes, e as diferenciações são pertinentes às peculiaridades de cada região e aos interesses dos gestores, tendo em vista as políticas de desenvolvimento regional priorizadas. 2.9.1 FCO Rural Investimento O FCO Rural é um conjunto de programas de financiamento voltado para o atendimento do setor produtivo agropecuário, visando contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região Centro-Oeste. Os programas ou linhas de financiamentos disponíveis de acordo com a atividade a ser apoiada são: Programa FCO RURAL – Linha de Financiamento de Desenvolvimento Rural; Programa FCO RURAL – Linha de Financiamento de Retenção de Fêmeas Bovinas na Planície Pantaneira; Programa FCO RURAL – Linha de Financiamento Especial para Adequação do Sistema de Produção Pecuário na Região de Fronteira; 44 www.virtual.ucdb.br | 0800 647 3335 Programa FCO RURAL – Linha de Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Aquicultura – PROAQUA; Programa FCO RURAL – Linha de Apoio ao Desenvolvimento da Pesca – PESCART; Programa FCO RURAL – Linha de Financiamento de Desenvolvimento do Sistema de Integração Rural – FCO-Covir; Programa FCO RURAL – Linha de Financiamento à Agropecuária Irrigada; Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF-FCO; Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar- Reforma Agrária – Planta Brasil – Pronaf-FCO-Reforma Agrária; e Programa FCO RURAL – FCO-ABC (Agricultura de Baixo Carbono). São beneficiários os produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas, suas cooperativas e associações. O valor financiável é de até R$ 20 milhões, por cliente, grupo empresarial ou grupo agropecuário. Nas operações contratadas no período de 01 de julho de 2013 até 31 de dezembro de 2013, os encargos financeiros são de taxa efetiva de juros de 4,12% ao ano. Cabe lembrar que para os pagamentos efetuados integrais das parcelas ou da operação nos prazos de vencimentos, será concedido desconto adicional de 15% sobre os percentuais de juros, ou seja, é concedido um bônus de adimplência substancial. O prazo pode ser de até 20 anos, incluída a carência de até 12 anos, dependendo da atividade. As garantias são as usuais para o crédito rural, como aval, penhor, hipoteca, alienação fiduciária. As garantias a serem constituídas dependerão do volume de crédito tomado, tradição do cliente, da natureza do
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