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1 Material_Didatico_Politicas_Agricolas

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POLÍTICA AGRÍCOLA BRASILEIRA
2
1.INTRODUÇÃO
3
A maioria das políticas agrícolas tem como objetivo 
principal assegurar a segurança alimentar
da população, promover a competitividade econômica 
e o bem-estar social.
Os objetivos das políticas agrícolas diferem de um 
país para o outro ou nas diferentes etapas do 
desenvolvimento econômico. 
Ainda assim é possível encontrar um conjunto de 
objetivos gerais comum aos países e que orienta a
formulação das políticas públicas direcionadas ao meio 
rural.
4
5
Assegurar abastecimento
Dependência da natureza
Desenvolvimento socioeconômico
6
ASSEGURAR ABASTECIMENTO
Apesar da sua grande importância e da forte 
intervenção governamental, as decisões em torno da 
produção e da comercialização de produtos agrícolas
continuam, em grande medida, sendo tomadas por 
produtores rurais, atacadistas, varejistas e 
processadores. 
Ou seja, as decisões de produzir e comercializar 
continuam sendo privadas. 
7
Não há garantias de que podem assegurar o
abastecimento adequado dos consumidores, nem de 
que podem assegurar um perfil de distribuição da 
renda social politicamente desejável. 
Afinal, a atividade agropecuária tem uma dimensão 
pública, pois é a principal fonte de alimentos,
e os preços desses produtos determinam fortemente 
as condições de vida da população mais pobre. Além 
disso, proporciona renda e ocupação para um grande
número de famílias não apenas no meio rural como 
também em atividades tipicamente urbanas.
8
Resultados negativos da produção e 
comercialização de produtos agroalimentares podem 
gerar problemas socioeconômicos e políticos que 
atingem a economia como um todo. 
Daí a necessidade de o governo fomentar a produção
agropecuária, apoiar as atividades de pesquisa, 
realizar e facilitar investimentos em infraestrutura 
de produção e de comercialização e estabelecer um 
marco legal apropriado para assegurar tanto um 
ambiente estimulante ao desenvolvimento do
mundo rural como a estabilidade dos preços e da 
renda dos produtores rurais.
9
DEPENDÊNCIA DA NATUREZA
O caráter quase público da agricultura está 
respaldado tanto em razões estratégicas como em 
razões intrínsecas ao setor. Ainda hoje, apesar de 
todo o avanço da ciência, a maioria das atividades 
agropecuárias continua sujeita a ciclos naturais que 
definem o momento para a preparação do solo, plantio, 
tratos e colheita. 
10
A dependência da natureza torna os resultados das 
atividades mais incertos, já que estão sujeitos às 
variações climáticas de difícil controle e a um 
processo de produção relativamente rígido.
Essa rigidez dificulta ajustes e respostas rápidas às 
flutuações da economia. Por si só, a dependência da 
agricultura em relação a fatores climáticos, 
ecológicos e biológicos seria suficiente
para justificar a necessidade de políticas específicas 
para o setor.
11
DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO
As razões de cunho estratégico são, todavia, as mais 
importantes para entender o papel do Estado no setor 
agrícola. 
Nos países em desenvolvimento, a intervenção estatal, 
por meio de instrumentos de política agrícola, pode 
decorrer da necessidade de reduzir a pobreza e a 
miséria que caracterizam o meio rural e se 
reproduziram nos centros urbanos. 
12
Em geral, o setor agropecuário dos países em 
desenvolvimento apresenta distorções estruturais, 
tais como a concentração da propriedade da terra, 
desníveis tecnológicos entre produtores,
produtos e regiões, assim como a pobreza de famílias 
rurais ao lado da grande riqueza de poucos. 
Superar essas distorções não é apenas uma questão 
de equidade e justiça social, mas também de 
eficiência econômica, pois a distribuição de renda 
afeta o crescimento econômico.
13
Nas últimas décadas, a modernização das estruturas 
agrárias, caracterizadas pela acentuada desigualdade 
na distribuição da propriedade da terra e pela 
presença de um setor tecnologicamente dinâmico ao 
lado de unidades produtivas em processo de 
decadência, evidenciou que, em muitos subsetores,
a grande propriedade, mesmo quando moderna 
tecnicamente, é menos eficiente do que as unidades 
de produção familiar. 
14
Além disso, a experiência dos países
europeus e de algumas áreas da Região Sul do Brasil 
demonstra que a propriedade e a produção de base 
familiar podem unir eficiência econômica e vantagens
sociais incompatíveis com a produção patronal em 
larga escala. Essa constatação reforça a necessidade 
de operar políticas agrícolas que “protejam”
a produção familiar, sem, no entanto, sufocar ou 
tutelar os agricultores.
15
Ao passar das décadas, o Estado com interesse na 
produção agropecuária e prezando pela ordem 
nacional começou minuciosamente a incentivar de 
alguma maneira a produção agrícola como forma de 
prover alimentos, seja na troca por commodities seja 
na própria produção, para que não se instalasse o caos 
no país. 
Para tanto, as atividades primárias de produção são, 
aos poucos, alvo de discussões e debates pelas 
lideranças oligárquicas da época. 
16
Em meados da década de 30, a introdução de uma 
política agrícola se faz necessário principalmente para 
se conceber uma melhor alocação dos recursos, 
reduzir as flutuações na renda e garantir a segurança 
alimentar.
Até porque a agricultura marcada pela forte 
influencia dos fatores climáticos e ambientais está 
sujeita a variações na escala de produção e desse 
modo, reduzindo a oferta de produtos agrícolas para 
a comercialização, além disso, muitas vezes, os 
produtores não conseguem pagar os custos de 
produção. 
17
Entretanto, o Estado estimula a produção de açúcar, 
álcool e café, ao qual era a base da agricultura 
patronal nesta época. 
É pertinente destacar que ao longo dos últimos 50 
anos, nosso país passou por um processo de 
transformação na base de produção agrícola, 
circunstancialmente relevante. 
Passamos de um período de carência de produção para 
uma economia muito complexa e altamente produtiva. 
18
Um conjunto de ações voltadas para o planejamento, o 
financiamento e o seguro da produção constitui a base 
da Política Agrícola do Ministério da Agricultura. 
Por meio de estudos na área de gestão de risco, linhas 
de créditos, subvenções econômicas e levantamentos 
de dados, o apoio do estado acompanha todas as fases 
do ciclo produtivo. 
Essas ações se dividem em três grandes linhas de 
atuação: gestão do risco rural, crédito e 
comercialização.
19
A gestão do risco rural realiza-se em duas frentes: 
Antes de iniciar o cultivo, o agricultor conta com 
o Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Essa 
ferramenta tecnológica indica o melhor período para 
se plantar em cada município do país, conforme a 
análise histórica do comportamento do clima e, para 
se proteger dos prejuízos causados por eventos 
climáticos adversos, o produtor pode contratar 
o Seguro Rural com parte do prêmio subsidiado pelo 
ministério.
20
As políticas de mobilização de recursos viabilizam os 
ciclos do plantio. 
O homem do campo tem acesso a linhas de 
crédito para custeio, investimento e comercialização. 
Vários programas financiam diversas necessidades 
dos produtores, desde a compra de insumos até a 
construção de armazéns.
21
2. OBJETIVOS DA POLITICA 
AGRICOLA
22
A maioria das políticas agrícolas tem como objetivo 
principal assegurar a segurança alimentar da 
população, promover a competitividade econômica e o 
bem-estar social.
Os objetivos das políticas agrícolas diferem de um 
país para o outro ou nas diferentes etapas do 
desenvolvimento econômico. Ainda assim é possível
encontrar um conjunto de objetivos gerais comum aos 
países e que orienta a formulação das políticas 
públicas direcionadas ao meio rural.
23
A curto prazo, os objetivos das políticas agrícolas 
são:
– Manter estáveis os preços dos principais alimentos;
– Defender e melhorar a renda da população rural.
•
A longo prazo, os objetivos das políticas agrícolas são:
– Estimularo aumento da produção e da 
produtividade;
– Manter a população suficientemente abastecida de 
produtos alimentares, ou seja, garantir a segurança 
alimentar;
– Promover o desenvolvimento e a equidade social.
 Estabilizar preços: alimentos e matérias-primas
 Defesa e melhoria da renda rural
 Racionalizar comercialização
 Proteger determinados produtos e regiões
 Estimular produção e produtividade
 Reduzir dependência externa
25
3. PRINCIPAIS POLÍTICAS QUE 
AFETAM A AGRICULTURA
26
Podemos estabelecer dois conjuntos de políticas que 
afetam, direta ou indiretamente, as decisões dos 
agentes que produzem e comercializam produtos
agrícolas. 
O primeiro conjunto é composto de políticas
macroeconômicas, as quais afetam indiretamente a 
agricultura, enquanto o segundo é composto de 
políticas agrícolas, as quais afetam diretamente o 
setor.
27
28
4. A POLITICA AGRICOLA E SEUS 
MINISTERIOS
29
A política agrícola brasileira envolve distintos 
ministérios:
 Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento (MAPA); 
 Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA);
 Ministério da Fazenda;
 Ministério do Planejamento e;
 Ministério do Meio Ambiente.
30
O Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento é, entretanto, o mais importante 
Ministério na condução da política agrícola, pois é ele 
quem define os parâmetros a serem observados na 
implementação dos instrumentos da política agrícola, 
bem como é o próprio Ministério que operacionaliza, 
por meio de suas secretarias e órgãos, as diretrizes 
do Plano Agrícola e Pecuário.
31
As questões agrárias e a política para a agricultura 
familiar estão sob o amparo do Ministério do 
Desenvolvimento Agrário – MDA. 
Enquanto que o Ministério da Fazenda administra os 
recursos orçamentários para a execução da política 
agrícola.
32
Tem ganhado importância também o inter-
relacionamento entre os Ministérios do Meio 
Ambiente – MMA e Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento – MAPA, tendo em vista que as 
propriedades rurais estão inseridas nos principais 
biomas brasileiros e a sustentabilidade ambiental é 
uma das principais preocupações da economia mundial 
e brasileira.
33
34
5. INSTRUMENTOS DE POLÍTICA 
AGRÍCOLA
5.1. ZONEAMENTO AGRÍCOLA DE 
RISCO CLIMÁTICO
O ZARC é um instrumento de política agrícola e 
gestão de riscos na agricultura. 
O estudo é elaborado com o objetivo de minimizar 
os riscos relacionados aos fenômenos climáticos e 
permite a cada município identificar a melhor época 
de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e 
ciclos de cultivares. 
A técnica é de fácil entendimento e adoção pelos 
produtores rurais, agentes financeiros e demais 
usuários.
São analisados os parâmetros de clima, solo e de 
ciclos de cultivares, a partir de uma metodologia 
validada pela Embrapa e adotada pelo Ministério da 
Agricultura. 
Desta forma são quantificados os riscos 
climáticos envolvidos na condução das lavouras que 
podem ocasionar perdas na produção. 
Esse estudo resulta na relação 
de municípios indicados ao plantio de determinadas 
culturas, com seus respectivos calendários de plantio.
O ZARC foi usado pela primeira vez na safra 1996 
para a cultura do trigo. Recebe revisão anual e é 
publicado na forma de portarias, no Diário Oficial da 
União e no site do Ministério. 
Atualmente, os estudos de ZARC já contemplam 40 
culturas, sendo 15 de ciclo anual e 24 permanentes, 
além do zoneamento para o consórcio de milho com 
braquiária, alcançando 24 Unidades da Federação.
http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola/zoneamento-agricola/portarias-segmentadas-por-uf
Para fazer jus ao Proagro, ao Proagro Mais e à 
subvenção federal ao prêmio do seguro rural, o 
produtor deve observar as recomendações desse 
pacote tecnológico. Além disso, alguns agentes 
financeiros já estão condicionando a concessão do 
crédito rural ao uso do zoneamento.
5.2. SEGURO RURAL
Proteger-se de riscos causados por adversidades 
climáticas é imprescindível para o produtor que, ao 
contratar o seguro rural, pode recuperar o capital 
investido em sua lavoura ou empreendimento. 
O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural 
(PSR) oferece ao agricultor a oportunidade de 
segurar sua produção, por meio de auxílio financeiro 
que reduz os custos de contratação do seguro.
A subvenção econômica concedida pelo Ministério da 
Agricultura pode ser pleiteada por qualquer pessoa 
física ou jurídica que cultive ou produza espécies 
contempladas pelo Programa e permite ainda, a 
complementação dos valores por subvenções 
concedidas por estados e municípios.
Para contratar o seguro rural, o produtor deve 
procurar uma seguradora habilitada pelo Ministério 
da Agricultura no Programa de Subvenção. 
A liberação de recursos não permite que o produtor 
já tenha cobertura do Proagro ou do Proagro Mais 
para a mesma lavoura e na mesma área.
5.3. CRÉDITO RURAL
O Crédito Rural abrange recursos destinados a 
custeio, investimento ou comercialização. As suas 
regras, finalidades e condições estão estabelecidas 
no Manual de Crédito Rural (MCR), elaborado pelo 
Banco Central do Brasil. 
Essas normas são seguidas por todos os agentes que 
compõem o Sistema Nacional de Crédito Rural 
(SNCR), como bancos e cooperativas de crédito.
Os créditos de custeio ficam disponíveis quando os 
recursos se destinam a cobrir despesas habituais dos 
ciclos produtivos, da compra de insumos à fase de 
colheita. 
Já os créditos de investimento são aplicados em bens 
ou serviços duráveis, cujos benefícios repercutem 
durante muitos anos. 
Os créditos de comercialização asseguram ao 
produtor rural e a suas cooperativas os recursos 
necessários à adoção de mecanismos que garantam o 
abastecimento e levem o armazenamento da colheita 
nos períodos de queda de preços.
O produtor pode pleitear as três modalidades de 
crédito rural como pessoa física ou jurídica. 
As cooperativas rurais são também beneficiárias 
naturais do sistema.
Quais são os objetivos do crédito rural?
 Estimular os investimentos rurais efetuados pelos 
produtores ou por suas cooperativas;
 Favorecer o oportuno e adequado custeio da 
produção e a comercialização de produtos 
agropecuários;
 Fortalecer o setor rural;
e...
 Incentivar a introdução de métodos racionais no 
sistema de produção, visando ao aumento de 
produtividade, à melhoria do padrão de vida das 
populações rurais e à adequada utilização dos 
recursos naturais;
 Propiciar, pelo crédito fundiário, a aquisição e 
regularização de terras pelos pequenos produtores, 
posseiros e arrendatários e trabalhadores rurais;
e...
 Desenvolver atividades florestais e pesqueiras;
 Estimular a geração de renda e o melhor uso da 
mão-de-obra na agricultura familiar.
Que atividades podem ser financiadas pelo crédito 
rural?
 Custeio para cobrir as despesas normais dos ciclos 
produtivos;
 Investimento em bens ou serviços, cujo desfrute 
se estenda por vários períodos de produção;
 Comercialização para cobrir despesas próprias da 
fase posterior à coleta da produção ou para 
converter em espécie os títulos oriundos de sua 
venda ou entrega pelos produtos ou suas 
cooperativas.
Como se classifica o custeio?
 custeio agrícola;
 custeio pecuário;
 custeio de beneficiamento ou industrialização.
A que pode se destinar o crédito de custeio?
A despesas normais, tais como:
 Do ciclo produtivo de lavouras periódicas, da 
entressafra de lavouras permanentes ou da 
extração de produtos vegetais espontâneos ou 
cultivados, incluindo o beneficiamento primário da 
produção obtida e seu armazenamento no imóvel 
rural ou em cooperativa;
 De exploração pecuária;
 De beneficiamento ou industrialização de 
produtos agropecuários.
Quem pode se utilizar do crédito rural?
 Produtor rural (pessoa física ou jurídica);
 Cooperativa de produtores rurais; e
pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo 
produtor rural, se dedique auma das seguintes 
atividades:
a) pesquisa ou produção de mudas ou sementes 
fiscalizadas ou certificadas;
b) pesquisa ou produção de sêmen para inseminação 
artificial e embriões;
e...
c) prestação de serviços mecanizados de natureza 
agropecuária, em imóveis rurais, inclusive para 
proteção do solo;
d) prestação de serviços de inseminação artificial, 
em imóveis rurais;
e) medição de lavouras;
f) atividades florestais.
A contratação de assistência técnica é 
obrigatória?
Cabe ao produtor decidir sobre a contratação de 
serviços de assistência técnica, salvo quando 
considerados indispensáveis pelo financiador ou 
quando exigidos em regulamento de operações com 
recursos oficiais.
Quais são as exigências essenciais para concessão 
de crédito rural?
 Idoneidade do tomador;
 Apresentação de orçamento, plano ou projeto, 
salvo em operações de desconto;
 Oportunidade, suficiência e adequação dos 
recursos;
 Observância de cronograma de utilização e de 
reembolso;
Fiscalização pelo financiador;
 Liberação do crédito diretamente aos agricultores 
ou por intermédio de suas associações formais ou 
informais, ou organizações cooperativas;
 Observância das recomendações e restrições do 
zoneamento agroecológico e do Zoneamento 
Ecológico-Econômico (ZEE).
É necessária a apresentação de garantias para 
obtenção de financiamento rural? Como é feita a 
escolha dessas garantias?
Sim. A escolha das garantias é de livre convenção 
entre o financiado e o financiador, que devem ajustá-
las de acordo com a natureza e o prazo do crédito, 
observada a legislação própria de cada tipo. Pode 
constituir-se de:
penhor agrícola, pecuário, mercantil, florestal ou 
cedular;
alienação fiduciária;
hipoteca comum ou cedular;
aval ou fiança;
seguro rural ou ao amparo do Programa de Garantia 
da Atividade Agropecuária (Proagro);
proteção de preço futuro 
da commodity agropecuária, inclusive por meio de 
penhor de direitos, contratual ou cedular;
outras que o Conselho Monetário Nacional admitir.
A que tipo de despesas está sujeito o crédito 
rural?
Remuneração financeira;
Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e 
Seguro, e sobre Operações relativas a Títulos e 
Valores Mobiliários (IOF);
Custo de prestação de serviços;
As previstas no Programa de Garantia da Atividade 
Agropecuária (Proagro);
Prêmio de seguro rural, observadas as normas 
divulgadas pelo Conselho Nacional de Seguros 
Privados;
Sanções pecuniárias;
Prêmios em contratos de opção de venda, do mesmo 
produto agropecuário objeto do financiamento de 
custeio ou comercialização, em bolsas de 
mercadorias e futuros nacionais, e taxas e 
emolumentos referentes a essas operações de 
contratos de opção.
Nenhuma outra despesa pode ser exigida 
do mutuário, salvo o exato valor de gastos 
efetuados à sua conta pela instituição 
financeira ou decorrentes de expressas 
disposições legais.
Como se classificam os recursos do crédito rural?
Controlados:
a) os recursos obrigatórios (decorrentes da 
exigibilidade de depósito à vista);
b) os das Operações Oficiais de Crédito sob 
supervisão do Ministério da Fazenda;
c) os de qualquer fonte destinados ao crédito rural 
na forma da regulação aplicável, quando sujeitos à 
subvenção da União, sob a forma de equalização de 
encargos financeiros, inclusive os recursos 
administrados pelo Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
d) os oriundos da poupança rural, quando aplicados 
segundo as condições definidas para os recursos 
obrigatórios;
e) os dos fundos constitucionais de financiamento 
regional;
f) os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira 
(Funcafé).
Não controlados: todos os demais.
Quais são os limites de financiamento?
O limite de crédito de custeio rural, por beneficiário, 
em cada safra e em todo o Sistema Nacional de 
Crédito Rural (SNCR), é de R$1.200.000,00 (um 
milhão e duzentos mil reais), devendo ser 
considerados, na apuração desse limite, os créditos 
de custeio tomados com recursos controlados, exceto 
aqueles tomados no âmbito dos fundos constitucionais 
de financiamento regional.
O limite de crédito para investimento rural com 
recursos obrigatórios, por beneficiário, por ano 
agrícola, em todo o Sistema Nacional de Crédito Rural 
(SNCR), é de R$385.000,00 (trezentos e oitenta e 
cinco mil reais) independentemente dos créditos 
obtidos para outras finalidades.
Quais são as taxas efetivas de juros segundo a 
origem dos recursos aplicados?
a) recursos controlados, exceto quanto aos dos 
Fundos Constitucionais:
I - obrigatórios: taxa efetiva de juros de 8,75% a.a. 
(oito inteiros e setenta e cinco centésimos por cento 
ao ano) para as operações contratadas a partir de 
1º/7/2015, permitida a sua redução, a critério da 
instituição financeira, em financiamentos de custeio 
rural a produtores e suas cooperativas de produção 
agropecuária em que o tomador dispuser ...
...de mecanismo de proteção de preço ou de seguro da 
produção esperada ou ao amparo do Proagro;
II - das Operações Oficiais de Crédito: a serem 
divulgadas quando da instituição da respectiva linha 
de crédito;
III - nas operações subvencionadas pela União, sob a 
forma de equalização de encargos financeiros: de 
acordo com o que for definido pelo Conselho 
Monetário Nacional (CMN);
IV - créditos de comercialização: taxa efetiva de 
juros de 10,5% a.a. (dez inteiros e cinco décimos por 
cento ao ano) para as operações de Financiamento 
para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP), e de 
8,75% a.a. (oito inteiros e setenta e cinco centésimos 
por cento ao ano) para as demais operações de 
comercialização;
b) recursos não controlados: livremente pactuadas 
entre as partes, observando-se que no caso de 
recursos da poupança rural, deve-se tomar por base:
I - a remuneração básica aplicável aos depósitos de 
poupança com data de aniversário no dia da assinatura 
do respectivo contrato, acrescida de taxa efetiva de 
juros; ou
II - taxa efetiva de juros prefixada.
Como obter financiamentos ao amparo dos 
Programas com recursos equalizados pelo Tesouro 
Nacional junto ao Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)?
Por meio dos agentes financeiros credenciados pelo 
BNDES.
Como pode ser liberado o crédito rural?
De uma só vez ou em parcelas, por caixa ou em conta 
de depósitos, de acordo com as necessidades do 
empreendimento, devendo sua utilização obedecer a 
cronograma de aquisições e serviços.
Como deve ser pago o crédito rural?
De uma vez só ou em parcelas, segundo os ciclos das 
explorações financiadas. O prazo e o cronograma de 
reembolso devem ser estabelecidos em função da 
capacidade de pagamento, de maneira que os 
vencimentos coincidam com as épocas normais de 
obtenção dos rendimentos da atividade assistida.
A instituição financeira é obrigada a fiscalizar a 
aplicação do valor financiado?
Sim. É obrigatória a fiscalização direta de todos os 
créditos, ressalvados os casos expressamente 
previstos.
Quando deve ser realizada a fiscalização do 
crédito rural?
Deve ser efetuada nos seguintes momentos:
Crédito de custeio agrícola: antes da época prevista 
para colheita;
Empréstimo do Governo Federal (EGF): no curso da 
operação;
Crédito de custeio pecuário: pelo menos uma vez no 
curso da operação, em época que seja possível 
verificar sua correta aplicação;
e...
Crédito de investimento para construções, reformas 
ou ampliações de benfeitorias: até a conclusão do 
cronograma de execução, previsto no projeto;
demais financiamentos: até 60 (sessenta) dias após 
cada utilização, para comprovar a realização das 
obras, serviços ou aquisições.
Cabe ao fiscal verificar a correta aplicação dos 
recursos orçamentários, o desenvolvimento das 
atividades financiadas e a situação das garantias, se 
houver.
Quais são os instrumentos utilizados para a 
formalização do crédito rural?
De acordo com o Decreto-Lei nº 167, de 14.02.1967, e 
da Lei nº 10.931,de 02.08.2004, a formalização do 
crédito rural pode ser realizada por meio dos 
seguintes títulos:
Cédula Rural Pignoratícia (CRP);
Cédula Rural Hipotecária (CRH);
Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária (CRPH);
Nota de Crédito Rural (NCR).
Cédula de Crédito Rural Bancário (CCB).
Faculta-se a formalização do crédito rural por meio 
de contrato, no caso de peculiaridades insuscetíveis 
de adequação aos títulos acima mencionados.
O que são esses títulos de crédito?
São promessas de pagamento sem ou com garantia 
real cedularmente constituída, isto é, no próprio 
título, dispensando documento à parte. A garantia 
pode ser ofertada pelo próprio financiado, ou por um 
terceiro. Embora seja considerada um título civil, é 
evidente sua comercialidade, por sujeitar-se à 
disciplina do direito cambiário.
O que é Nota Promissória Rural?
Título de crédito, utilizado nas vendas a prazo de 
bens de natureza agrícola, extrativa ou pastoril, 
quando efetuadas diretamente por produtores rurais 
ou por suas cooperativas; nos recebimentos, pelas 
cooperativas, de produtos da mesma natureza 
entregues pelos seus cooperados, e nas entregas de 
bens de produção ou de consumo, feitas pelas 
cooperativas aos seus associados. O devedor é, 
geralmente, pessoa física.
O que é Duplicata Rural?
Nas vendas a prazo de quaisquer bens de natureza 
agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas 
diretamente por produtores rurais ou por suas 
cooperativas, poderá ser utilizada também, como 
título do crédito, a duplicata rural. Emitida a 
duplicata rural pelo vendedor, este ficará obrigado a 
entregá-la ou a remetê-la ao comprador, que a 
devolverá depois de assiná-la. O devedor é, 
geralmente, pessoa jurídica.
Segundo a natureza das garantias como devem ser 
utilizados os títulos de crédito rural?
Com garantia real:
penhor: Cédula Rural Pignoratícia;
hipoteca: Cédula Rural Hipotecária;
penhor e hipoteca: Cédula Rural Pignoratícia e 
Hipotecária.
Com ou sem garantia real ou fidejussória: Cédula de 
Crédito Bancário e contrato.
Sem garantia real: Nota de Crédito Rural.
Quando o título de crédito rural adquire eficácia 
contra terceiros?
Apesar de a cédula rural valer entre as partes desde 
a emissão, ela só adquire eficácia contra terceiros 
depois de registrada no Cartório de Registro de 
Imóveis competente.
Ano a ano, o governo Federal tem alocado cada vez 
mais recursos para o crédito rural. 
A maior parte do dinheiro destina-se a créditos de 
custeio para cobrir os gastos rotineiros com as 
atividades no campo.
Esse dinheiro é tomado diretamente nos bancos ou 
por meio das cooperativas de crédito.
5.4. COMERCIALIZAÇÃO E 
ABASTECIMENTO
Garantir o abastecimento nacional com alimentos de 
qualidade e assegurar ao produtor preços que 
permitam sua manutenção na atividade rural é um 
compromisso do Ministério da Agricultura.
A cada safra, as diretrizes da Política de Garantia de 
Preços Mínimos (PGPM) são coordenadas, elaboradas, 
acompanhadas e avaliadas para garantir segurança 
alimentar e a comercialização dos produtos 
agropecuários.
O financiamento da estocagem, a armazenagem, a 
venda de estoques públicos de produtos e a 
equalização de preços e custos são alguns dos 
mecanismos de que o ministério se vale para garantir 
abastecimento e comercialização.
Toneladas de produtos excedentes podem ser 
comercializadas, por meio de leilões eletrônicos 
monitorados pelo governo, de forma a abastecer 
regiões deficitárias e, ao mesmo tempo, garantir aos 
produtores um preço que lhes permita manter-se na 
atividade rural.
5.5. CONSIDERAÇÕES GERAIS 
SOBRE SUBSIDIOS
Subsídios são instrumentos para controle da inflação 
e para viabilizar exportações...
O subsídio, ou subvenção, é um dos principais 
instrumentos de política pública utilizados pelos 
países com o objetivo de promover crescimento 
econômico e/ou bem- estar social. 
Trata-se de intervenção do governo para apoiar 
setores da sociedade por meio de transferência de 
dinheiro público aos agentes envolvidos, sem a 
contrapartida de restituição. O benefício pode ser 
percebido de modo individual ou coletivo (segmentos 
produtivos, instituições, empresas etc.).
Uma justificativa para subsidiar os agentes 
econômicos está no estímulo à adoção de novas 
tecnologias (investimentos), com vistas a ganhos na 
produtividade e em maior competitividade, 
notadamente, em mercados globalizados. 
No setor agrícola, o grau de incerteza quanto à 
obtenção de renda é importante na determinação do 
nível de investimento, porque durante o processo de 
produção podem ocorrer eventos que afetarão a 
quantidade física planejada, sobre os quais o produtor 
tem apenas algum (pragas e doenças) ou nenhum 
controle (clima). 
Essa característica peculiar, associada às funções 
socioeconômicas e ambientais da agricultura, é um dos 
argumentos para justificar o subsídio dirigido para 
esse setor.
Outra motivação para utilizar o subsídio é o controle 
inflacionário.
Os produtos agrícolas, principalmente os gêneros 
alimentícios, historicamente, têm sido alvos 
frequentes de ações governamentais com vistas ao 
controle de preços, dada a sua importância na cesta 
básica do trabalhador.
Outra forma de intervenção sobre o preço na 
comercialização pode ocorrer com o objetivo de 
viabilizar as exportações.
5.6. POLÍTICA DE GARANTIA DE 
PREÇOS MÍNIMOS 95
O preço mínimo é um valor monetário definido pelo 
Governo, por meio de Portaria do Mapa, após 
aprovação de voto pelo Conselho Monetário Nacional, 
para cada produto objeto da política, em geral, com 
vigência de um ano-safra. 
96
A Política de Garantia de Preços Mínimos constitui 
uma intervenção do Governo no mercado com a 
finalidade de garantir aos produtores o recebimento 
desse valor quando os preços de mercado se situarem 
em níveis inferiores aos mínimos.
97
A Política de Garantia de Preços Mínimos – PGPM 
surgiu no Brasil em 1943, com a Comissão de 
Financiamento da Produção – CFP, instituição 
responsável pela execução direta de toda a política 
de preços mínimos até o final da década de 1980, 
quando foi substituída pela Companhia Nacional de 
Abastecimento – CONAB.
98
O objetivo da PGPM caracterizava-se essencialmente 
por estabilizar preços e garantir renda ao agricultor.
Trata-se de um mecanismo que busca garantir ao 
produtor rural uma receita mínima por unidade de
produto e, com isso, assegurar o abastecimento 
interno de alimentos. 
99
Nesse contexto, a PGPM buscava antecipar e garantir 
o preço de equilíbrio das estruturas de oferta e 
demanda para o período da colheita, sem ônus ao 
produtor, o que equivaleria a um seguro de preços. 
Para atingir os objetivos da PGPM, até o final da 
década de 1980, a CFP utilizava essencialmente dois 
instrumentos: Aquisição do Governo Federal – AGF 
e Empréstimo do Governo Federal – EGF. 
100
101
Após quatro décadas a PGPM, seguiu apresentando 
sinais de fragilidades de operacionalização.
Essa dificuldade na operacionalização da PGPM, se 
acentua na década de 1990, com a intensificação da 
necessidade de austeridade fiscal e, em especial, com 
o aprofundamento da abertura comercial, que torna 
ainda mais difícil o objetivo de estabilização de 
preços e garantia de renda ao agricultor com os 
instrumentos até então executados pela CFP. 
102
6. CRIAÇÃO DA CONAB
103
No início dos anos 1990, diante de um cenário de 
enfraquecimento da política agrícola, motivado, 
parcialmente, pela escassez de recursos públicos e 
pela modificação na política de comércio exterior, 
como já visto, o governo altera a instituição 
responsável pela execução da PGPM, alicerçada no 
chamado Plano Brasil Novo, da gestão Fernando Collor 
de Mello. 
104
Esse plano adotou um elenco de medidas, objetivando, 
entre outros aspectos, estruturar e ordenar a 
produção agrícola e garantir o abastecimento da 
nação. 
Diante desse contexto e amparado na Lei nº 8.029, 
de 12 de abril de 1990,o poder executivo cria a 
CONAB. 
105
Derivada da fusão da COBAL, da CIBRAZEM e da 
CFP, a nova instituição centralizou e racionalizou a 
utilização dos instrumentos econômicos da Política 
Nacional de Abastecimento, de forma a permitir 
maior agilidade e independência operacional na 
execução de suas atividades principais. Entre elas, a 
formulação e a execução da PGPM, estoques 
reguladores e estratégicos, coordenação e serviços 
de armazenagem, e de programas de caráter social de 
atendimento às populações carentes. 
106
De acordo com a Lei 8.029/1990, os objetivos 
específicos da CONAB seriam: 
a) garantir ao pequeno e médio produtor os preços 
mínimos e a armazenagem para guarda e conservação 
de seus produtos; 
b) suprir carências alimentares em áreas 
desassistidas ou não suficientemente atendidas pela 
iniciativa privada; 
c) fomentar o consumo dos produtos básicos e 
necessários à dieta alimentar das populações 
carentes; 
107
d) formar estoques reguladores e estratégicos, 
objetivando absorver excedentes e corrigir 
desequilíbrios decorrentes de manobras 
especulativas; 
e) participar da formulação de políticas agrícolas; 
f) fomentar – através de intercâmbio com 
universidades, centros de pesquisa e organismos 
internacionais – a formação e o aperfeiçoamento de 
pessoal especializado em atividades relativas ao setor 
de abastecimento. 
108
Um aspecto que se destaca entre os objetivos da 
CONAB, que até então as companhias fusionadas não 
apresentavam explicitamente, é a finalidade de 
atender as necessidades nutricionais básicas da 
população. 
109
Para que as necessidades nutricionais básicas da 
população fossem supridas, três fatores essenciais 
deveriam ser satisfeitos:
 a oferta de alimentos em volume suficiente; 
 a fluência na circulação de produtos e;
 a disponibilidade de renda para a aquisição desses 
produtos. 
110
111
112
Com o objetivo de promover a segurança alimentar e 
nutricional, a Conab executa ações e programas de 
Abastecimento Social como: 
Atendimento Emergencial, 
Ajuda Humanitária Internacional,
Doação de Cestas, 
Distribuição de Cestas e Vendas em Balcão.
113
A Segurança Alimentar e Nutricional, enquanto 
estratégia ou conjunto de ações, deve ser 
intersetorial e participativa. Com foco na realização 
do direito de todos ao acesso regular e permanente a 
alimentos de qualidade, deve ocorrer em quantidade 
suficiente e sem comprometer o acesso a outras 
necessidades essenciais. É ainda essencial que tenha 
como base práticas alimentares promotoras da saúde, 
que respeitem a diversidade cultural e que sejam 
ambiental, cultural, econômica e socialmente 
sustentáveis.
114
A Conab, no escopo de sua missão institucional, 
exerce um contínuo trabalho para o fortalecimento 
das políticas públicas voltadas à Agricultura Familiar.
Atualmente, no Brasil, a maioria dos estabelecimentos 
agropecuários são da agricultura familiar (mais de 
80%). Esta atividade contribui para a redução do 
êxodo rural e para a geração de capital no setor 
agropecuário, ao promover o desenvolvimento rural 
com a geração de renda e emprego, bem como se 
mostra uma importante fonte de alimentos de 
qualidade para o mercado interno, solidificando as 
estratégias de segurança alimentar do país.
115
Esta atividade contribui para a redução do êxodo 
rural e para a geração de capital no setor 
agropecuário, ao promover o desenvolvimento rural 
com a geração de renda e emprego, bem como se 
mostra uma importante fonte de alimentos de 
qualidade para o mercado interno, solidificando as 
estratégias de segurança alimentar do país.
116
Na Conab, destacam-se ações voltadas aos 
agricultores familiares, como o Programa de Aquisição 
de Alimentos (PAA); compras institucionais, por meio 
de chamadas públicas, para distribuição de alimentos 
a grupos específicos; apoio a projetos que contribuam 
para o fortalecimento social e econômico de 
organizações produtivas rurais de base familiar; e o 
Programa de Garantia de Preços para a Agricultura 
Familiar (PGPAF).
117
Objetivando promover cada vez mais a transparência 
dos gastos públicos, a Conab tem atuado no sentido de 
incentivar o controle social, pautada pela legalidade e 
ética. Na página da Conab vocês poderão consultar, 
on-line, as informações referentes aos projetos 
aprovados de Compra com Doação Simultânea (CPR 
Doação) ou Apoio à Formação de Estoque pela 
Agricultura Familiar (CPR Estoque), do PAA, pelo link 
Transparência Pública do PAA. 
118
O sistema de armazenagem é um dos componentes 
da Política Agrícola e Pecuária instituída pelo 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
(Mapa), cuja finalidade principal é garantir o fluxo de 
abastecimento constante, proporcionando maior 
estabilidade de preços e de mercado.
Os programas institucionais da Conab, realizados por 
meio da formação de estoques de produtos agrícolas, 
necessitam de suporte logístico fornecido pela rede 
armazenadora do país, sendo que os estoques 
públicos, atualmente, podem ser armazenados tanto 
em armazéns próprios, quanto em armazéns de 
terceiros.
http://www.agricultura.gov.br/assuntos/politica-agricola/infraestrutura-e-logistica
119
A armazenagem é uma área estratégica na logística 
do abastecimento e, no âmbito da Conab, a atividade 
vai além da guarda e conservação de produtos 
agrícolas estocados. São ações e articulações que 
envolvem estudo, planejamento e administração, 
incluindo, por exemplo, a gestão do Cadastro Nacional 
de Unidades Armazenadoras, que mostra a localização 
geográfica dos armazéns brasileiros, informando a 
razão social, o tipo da estrutura, endereço, 
quantidade e sua capacidade estática de estocagem.
120
Na página da Conab você encontrará informações 
relativas às operações de comercialização realizadas 
pela Conab, nas operações de Subvenção da Cana-de-
Açúcar, assim como as operações dos Leilões 
Agropecuários com ou sem subvenção, sejam aquelas 
voltadas para as atividades finalísticas e/ou as 
realizadas a título de prestação de serviços a 
terceiros.
https://www.conab.gov.br/comercializacao/subvencao-da-cana-de-acucar
https://www.conab.gov.br/comercializacao/leiloes-agropecuarios
121
A formação de estoques públicos tem como objetivo 
executar a política governamental de intervenção no 
mercado para garantir o preço e a renda do produtor, 
bem como sua administração e manutenção a fim de 
regular o abastecimento interno, comercializando os 
estoques na entressafra para atenuar as oscilações 
de preço.
122
Na página da Conab você poderá 
consultar a posição dos estoques 
governamentais, das séries históricas 
e outras informações sobre remoção 
de estoques, além de informações 
consolidadas acerca de estoques 
privados. As informações divulgadas 
incluem o volume, o tipo e a 
distribuição espacial, por segmento, 
dos armazenadores dos estoques 
privados e as características das 
unidades armazenadoras onde é feita 
a conservação do produto.
https://www.conab.gov.br/estoques/gestao-dos-estoques-publicos
https://www.conab.gov.br/estoques/estoques-privados
https://www.conab.gov.br/estoques/remocao-de-estoques
https://www.conab.gov.br/estoques/aquisicoes
123
O desenvolvimento da agropecuária, da segurança 
alimentar e nutricional e do abastecimento estão 
diretamente relacionados à qualidade de informação 
agropecuária e conhecimento disponíveis. O acesso a 
esses elementos é condição essencial para a criação 
de oportunidades de investimentos produtivos e para 
tomada de decisão pelos agentes estatais e não 
estatais.
124
A Conab tem como um de seus objetivos munir os 
diversos agentes envolvidos no desenvolvimento da 
agropecuária brasileira de dados e informações, de 
modo a embasar políticas públicas e decisões tanto do 
governo, quanto da iniciativa privada, e até mesmo do 
cidadão. 
125
Na página, você 
encontrará informações 
de levantamentos e 
estudos da Companhia 
acerca de custosde 
produção, preços 
agropecuários, mercado 
hortigranjeiro, 
conjunturas de mercados 
dos diversos produtos 
agropecuários e 
acompanhamento da safra 
brasileira.
https://www.conab.gov.br/info-agro/analises-do-mercado-agropecuario-e-extrativista
https://www.conab.gov.br/info-agro/custos-de-producao
https://www.conab.gov.br/info-agro/hortigranjeiros-prohort
https://www.conab.gov.br/info-agro/precos
https://www.conab.gov.br/info-agro/safras
http://portaldeinformacoes.conab.gov.br/
7. POLÍTICA DE GARANTIA DE 
PREÇOS MÍNIMOS PARA PRODUTOS 
DA SOCIOBIODIVERSIDADE
126
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CONAB HOJE!!
138
 Lida com abastecimento desde sua criação;
 Tem expertise em logística;
 Responsável pela fiscalização dos armazéns e 
produtos armazenados (que era feita pelo Banco do 
Brasil e passou, a partir de 1994, a ser feita 
somente pela Conab);
 Fiscalização gerando segurança alimentar;
 Opera o Programa de Aquisição de Alimentos 
(PAA), desde julho de 2003;
 Opera a PGPM;
 Opera a PGPM-Bio, desde 2009;
139
 Produz informações relativas a levantamento de 
safras e custo de produção desde sua criação, em 
1990.
 Georeferenciamento: foi feito um projeto piloto 
em 1998, junto com a Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul. Desde 2004, tornou-se prática na 
empresa, que cada vez mais alia pesquisa de campo 
à tecnologia.
 Observatório Agrícola: o projeto vem sendo 
construído desde 2012, e transformará o futuro da 
Conab.
...
140
8. PRONAF
141
O PRONAF, instituído em 1996 por meio do Decreto 
nº 1.946, foi planejado e implementado com base em 
uma discussão na qual se inseriu uma ampla rede de
organizações, envolvendo diversas escalas 
governamentais, organizações não governamentais
(ONGs), movimentos sociais, dentre outros atores. 
142
Em seu desenho institucional inicial, o PRONAF foi 
organizado em três linhas distintas: 
i) Crédito, linha esta que, desde o
início do programa, foi a principal em termos de 
volume de recursos (mais de 90% do total); 
ii) Infraestrutura e Serviços Municipais, que a partir 
de 2003 passou a ser deliberada em âmbito 
territorial; e 
iii) Capacitação, que perdeu sua importância 
atualmente.
143
As fontes de recursos para o PRONAF apontadas pelo 
Governo Federal são: 
O Orçamento Geral da União (OGU), Fundo de 
Amparo ao Trabalhador (FAT), bancos
cooperativos e os fundos constitucionais e 
exigibilidade bancária. 
Os recursos são alocados pelo Tesouro Nacional tanto 
para o financiamento direto aos beneficiários
como para a equalização dos juros nos financiamentos 
do FAT.
144
O Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar (Pronaf) financia projetos 
individuais ou coletivos, que gerem renda aos 
agricultores familiares e assentados da reforma 
agrária. O programa possui as mais baixas taxas de 
juros dos financiamentos rurais, além das menores 
taxas de inadimplência entre os sistemas de crédito 
do País.
145
O PRONAF precisou passar por diversas alterações e 
aperfeiçoamentos para alcançar uma maior capacidade 
de operacionalização. 
As principais alterações ocorreram a partir de 1999, 
quando optou-se por segmentar os agricultores
beneficiários em grupos distintos, com base 
principalmente na renda bruta anual. 
146
Esta adequação propiciou que as regras de 
financiamento atendessem melhor à realidade de
cada grupo, sendo que os encargos financeiros e os 
descontos passaram a auxiliar mais os agricultores 
com menores faixas de renda e em maiores 
dificuldades produtivas.
Foram surgindo também algumas linhas de crédito 
para atividades especiais, como a agroecologia, e para 
grupos específicos (mulheres, jovens e pescadores). 
147
Outro conjunto de mudanças foi em relação aos juros, 
com o Banco Central definindo uma taxa
fixa – antiga reivindicação dos agricultores – que 
permitiu uma redução progressiva dos encargos 
financeiros por operação de crédito, bem como a 
dilatação de prazos e carências para os agricultores 
saldarem suas dívidas. 
A inserção destes novos componentes
institucionais permitiu a ampliação do número total de 
agricultores familiares no programa, até então 
excluídos do sistema financeiro.
148
149
O fator mais importante do PRONAF foi a 
institucionalização de uma nova relação entre o 
sistema bancário e a agricultura familiar, acarretando 
em uma “dimensão pública” inédita no país. 
Com isto, a institucionalização do PRONAF e sua 
propagação em todo o território nacional trouxeram 
um novo cenário para a disseminação do microcrédito 
no Brasil, em especial para atividades produtivas 
rurais. 
O microcrédito é uma modalidade de financiamento 
que tem como objetivo oferecer acesso, em condições 
especiais, a linhas de crédito para pequenos 
investidores. 
150
O acesso ao Pronaf inicia-se na discussão da família 
sobre a necessidade do crédito, seja ele para o 
custeio da safra ou atividade agroindustrial, seja para 
o investimento em máquinas, equipamentos ou 
infraestrutura de produção e serviços agropecuários 
ou não agropecuários.
151
Após a decisão do que financiar, a família deve 
procurar o sindicato rural ou a empresa de 
Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), como a 
Emater, para obtenção da Declaração de Aptidão ao 
Pronaf (DAP), que será emitida segundo a renda anual 
e as atividades exploradas, direcionando o agricultor 
para as linhas específicas de crédito a que tem 
direito. Para os beneficiários da reforma agrária e do 
crédito fundiário, o agricultor deve procurar o 
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 
(Incra) ou a Unidade Técnica Estadual (UTE).
152
O agricultor deve estar com o CPF regularizado e 
livre de dívidas. As condições de acesso ao Crédito 
Pronaf, formas de pagamento e taxas de juros 
correspondentes a cada linha são definidas, 
anualmente, a cada Plano Safra da Agricultura 
Familiar, divulgado entre os meses de junho e julho.
153
Linhas de crédito do Pronaf
• Pronaf Custeio
Destina-se ao financiamento das atividades 
agropecuárias e de beneficiamento ou industrialização 
e comercialização de produção própria ou de terceiros 
enquadrados no Pronaf.
• Pronaf Mais Alimentos - Investimento
Destinado ao financiamento da implantação, ampliação 
ou modernização da infraestrutura de produção e 
serviços, agropecuários ou não agropecuários, no 
estabelecimento rural ou em áreas comunitárias 
rurais próximas.
154
• Pronaf Agroindústria
Linha para o financiamento de investimentos, inclusive 
em infraestrutura, que visam o beneficiamento, o 
processamento e a comercialização da produção 
agropecuária e não agropecuária, de produtos 
florestais e do extrativismo, ou de produtos 
artesanais e a exploração de turismo rural.
• Pronaf Agroecologia
Linha para o financiamento de investimentos dos 
sistemas de produção agroecológicos ou orgânicos, 
incluindo-se os custos relativos à implantação e 
manutenção do empreendimento.
155
• Pronaf Eco
Linha para o financiamento de investimentos em 
técnicas que minimizam o impacto da atividade rural 
ao meio ambiente, bem como permitam ao agricultor 
melhor convívio com o bioma em que sua propriedade 
está inserida.
• Pronaf Floresta
Financiamento de investimentos em projetos para 
sistemas agroflorestais; exploração extrativista 
ecologicamente sustentável, plano de manejo 
florestal, recomposição e manutenção de áreas de 
preservação permanente e reserva legal e 
recuperação de áreas degradadas.
156
• Pronaf Semiárido
Linha para o financiamento de investimentos em 
projetos de convivência com o semi-árido, focados na 
sustentabilidade dos agroecossistemas, priorizando 
infraestrutura hídrica e implantação, ampliação, 
recuperação ou modernização das demais 
infraestruturas, inclusive aquelas relacionadas com 
projetos de produção e serviços agropecuários e não 
agropecuários, de acordo com a realidade das famílias 
agricultoras da região Semiárida.• Pronaf Mulher
Linha para o financiamento de investimentos de 
propostas de crédito da mulher agricultora.
157
• Pronaf Jovem
Financiamento de investimentos de propostas de 
crédito de jovens agricultores e agricultoras.
• Pronaf Custeio e Comercialização de 
Agroindústrias Familiares
Destinada aos agricultores e suas cooperativas ou 
associações para que financiem as necessidades de 
custeio do beneficiamento e industrialização da 
produção própria e/ou de terceiros.
158
• Pronaf Cota-Parte
Financiamento de investimentos para a integralização 
de cotas-partes dos agricultores familiares filiados a 
cooperativas de produção ou para aplicação em capital 
de giro, custeio ou investimento.
• Microcrédito Rural
Destinado aos agricultores de mais baixa renda, 
permite o financiamento das atividades agropecuárias 
e não agropecuárias, podendo os créditos cobrirem 
qualquer demanda que possa gerar renda para a 
família atendida. Créditos para agricultores 
familiares enquadrados no Grupo B e agricultoras 
integrantes das unidades familiares de produção 
enquadradas nos Grupos A ou A/C.
159
Microcrédito Rural (Pronaf Grupo B)
Criado em 2000 no âmbito do Pronaf para combater 
a pobreza rural, o Microcrédito Rural (também 
conhecido como Grupo B do Pronaf) é estratégico 
para os agricultores familiares pobres, pois valoriza 
o potencial produtivo deste público e permite 
estruturar e diversificar a unidade produtiva. Pode 
financiar atividades agrícolas e não agrícolas 
geradoras de renda.
160
São atendidas famílias agricultoras, pescadoras, 
extrativistas, ribeirinhas, quilombolas e indígenas que 
desenvolvam atividades produtivas no meio rural. Elas 
devem ter renda bruta anual familiar de até R$ 20 
mil, sendo que no mínimo 50% da renda devem ser 
provenientes de atividades desenvolvidas no 
estabelecimento rural.
161
A operacionalização do Microcrédito Rural é feita 
com recursos do Tesouro Nacional e dos Fundos 
Constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 
Oferece bônus de adimplência sobre cada parcela da 
dívida paga até a data de seu vencimento. Além de ser 
ofertado com taxa de juros de 0,5% ao ano e ter 
prazo de reembolso de até dois anos para cada 
financiamento.
162
9. OS NOVOS INSTRUMENTOS DA 
POLÍTICA AGRÍCOLA BRASILEIRA
163
9.1. CÉDULA DO PRODUTO RURAL (CPR)
A Cédula do Produto Rural é um título de promessa de 
entrega futura de produtos rurais emitido pelo 
produtor, associação ou cooperativa de produtores,
podendo ser negociado em mercados de bolsas ou fora 
deles. 
Trata-se da regulamentação e padronização de 
operações de venda antecipada, conhecidas
no Centro-Oeste como “venda de soja verde” e no 
Nordeste como “venda na folha”. Vendendo 
antecipadamente, o produtor elimina o risco de preço 
e obtém recursos para financiar o custeio de sua 
produção.
164
A operação de venda antecipada por meio da CPR é 
praticada diretamente entre produtores e 
agroindústria e/ou comerciantes. 
Isso requer não apenas a regulamentação como 
também a intervenção de uma instituição financeira 
que opera como avalista do título, para o qual cobra 
uma comissão. 
O título avalizado por um banco pode ser facilmente 
vendido. No final, o produtor recebe o preço esperado
para a data de entrega do produto, em geral o preço 
futuro do produto negociado em bolsa, descontado de 
um deságio e da comissão paga ao avalista.
165
9.2. CONTRATO DE OPÇÃO DE VENDA (COV)
O Contrato de Opção de Venda Público é uma 
modalidade de seguro de preços que dá ao produtor 
rural e/ou sua cooperativa o direito – mas não a 
obrigação – de vender seu produto para o governo, 
numa data futura, a um preço previamente fixado e 
faz parte da Política de Garantia de Preços Mínimos 
do Governo Federal (PGPM). 
166
Essa modalidade é lançada quando o mercado está 
abaixo ou com tendência a alcançar valor menor que o 
preço mínimo e o governo tem interesse de sinalizar 
preço futuro para o mercado.
O leilão é realizado por meio do Sistema Eletrônico 
de Comercialização da Conab (SEC), sendo que o aviso 
específico é divulgado com antecedência mínima de 
cinco dias no portal da Conab contendo todas as 
condições da operação.
167
9.3. PRÊMIO PARA ESCOAMENTO DE PRODUTO 
(PEP)
O objetivo prioritário do PEP é garantir um preço de 
referência ao produtor e às cooperativas e, ao mesmo 
tempo, contribuir para a estabilidade do 
abastecimento interno. 
O preço de referência é definido pelo governo 
federal, com base no nível do preço mínimo de 
garantia.
168
O governo, por intermédio da Conab, oferece um 
bônus ou prêmio, em leilões públicos, aos interessados 
(intermediários e agroindústrias) em adquirir
o produto diretamente do produtor ou da cooperativa 
pelo preço de referência. 
O valor desse prêmio é, em média, equivalente à 
diferença entre o preço de referência
e o de mercado. Todos os produtos da Política de 
Garantia de Preços Mínimos podem participar do PEP. 
A escolha do produto e do momento de
implementar os leilões depende das condições de 
comercialização de cada produto e da necessidade de 
garantir o preço de referência.
169
9.4. NOVOS TÍTULOS FINANCEIROS PARA O 
AGRONEGÓCIO
O crédito destinado à comercialização de produtos 
agropecuários sempre esteve fortemente vinculado às 
operações de EGF (Empréstimo do Governo Federal) 
patrocinadas pelo governo federal. 
Com o objetivo de diversificar as fontes de recursos, 
atraindo capitais privados para o financiamento da 
comercialização, novos títulos foram criados
pelo governo.
170
Cooperativas, prestadores de serviços, supridores e 
compradores da produção agropecuária, instituições 
financeiras e empresas de securitização realizam
operações de crédito para os produtores rurais. 
Essas organizações ficam de posse de títulos emitidos 
pelos produtores rurais, tais como, duplicata, nota 
promissória, contratos etc. 
Esses títulos ficam em carteira e comprometem o 
capital de giro do fornecedor de insumos, da 
agroindústria, do distribuidor, da cooperativa etc.
171
9.5. LINHA ESPECIAL DE COMERCIALIZAÇÃO 
(LEC)
A LEC foi lançada em 2003 com o objetivo de 
aumentar a liquidez na comercialização.
É um instrumento complementar ao tradicional EGF, 
mas traz as vantagens da maior flexibilidade 
operacional e do financiamento a preços acima
do mínimo de garantia, que é base do EGF. 
Dessa forma, o tomador pode levantar
um volume maior de recursos para a compra e 
estocagem do produto. É um instrumento que o 
governo tem à mão para dar liquidez adicional aos 
mercados agropecuários, sempre que necessário.
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