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Organização e Revisão: Subten PM Rosana Alexandre de Sousa 
 
 
 
 
INSTRUÇÃO BÁSICA DE 
INTELIGÊNCIA 
 
IBIN 
 
 
 
 
Organizador: Major PM xxxxxxxxxxx 
 IBIN 2021 
2 
 
 CBIN 2021 IBIN 2021 
 
Sumário 
Sumário ........................................................................................................................................2 
APRESENTAÇÃO ...........................................................................................................................3 
1. Registros da Atividade de Inteligência ao longo da história da humanidade .......................4 
2. Fundamentos Éticos, Jurídicos e Doutrinários da Atividade de Inteligência .........................7 
3. Conceitos e Fundamentos de Inteligência e Contrainteligência .........................................13 
4. Produção de Conhecimento ...............................................................................................14 
5. Busca Eletrônica .................................................................................................................18 
6. Inteligência Policial Militar X Investigação Criminal ..........................................................26 
7. Ações e Operações de Inteligência .....................................................................................27 
8. Técnicas utilizadas na Atividade de Inteligência .................................................................30 
9. Ações de Inteligência e Movimentos Sociais ......................................................................31 
10. Documentos de Inteligência ...............................................................................................35 
11. Referências Bibliográficas ...................................................................................................39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
O ser humano, há séculos, procurou aliar a força do poderio militar, a qual 
representava a defesa e conquista, com o tratamento e valor da “Informação”, como elemento 
imprescindível à concretização de seus objetivos. 
Na era do conhecimento, quando as informações circulam numa velocidade extraordinária e o 
crime se organiza de forma cada vez mais sofisticada, dispondo de modernas tecnologias e 
operando em plano internacional, não há mais lugar para uma polícia reativa, calcada em métodos 
superados, no empirismo e na intuição, impulsionada apenas pela dedicação e força de vontade 
dos seus agentes. A atividade de Inteligência Policial passou a integrar o cotidiano das grandes 
corporações policiais, substituindo o poder da força pelas vantagens do conhecimento. Não são 
mais os fortes que abatem, mas os ágeis e informados que superam os desinformados e lentos. 
Procuraremos aqui repassar alguns ensinamentos relativos à Conceitos básicos de 
Inteligência Policial a fim de que possamos ajudar os nossos agentes a produzir conhecimento 
eficaz e adquirirem a capacitação necessária para executarem as mais variadas missões sempre 
regidos e balizados pelos preceitos doutrinários da Comunidade de Inteligência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INSTRUÇÃO BÁSICA DE INTELIGÊNCIA POLICIAL MILITAR- IBIN 
 
MÓDULO I 
 
1. Registros da Atividade de Inteligência ao longo da história 
da humanidade 
 
A necessidade de conhecimento é intrínseca ao ser humano, pois somente através 
dela é possível sobreviver. O homem primitivo deveria, obrigatoriamente, conhecer todos os 
perigos que o cercavam, como o frio, animais perigosos, a maneira como se saciar a fome e de 
se proteger. Portanto, coletar informações e analisá-las – que hoje definimos, a grosso modo, 
como inteligência – é uma atividade tão antiga quanto à própria humanidade. 
Muito embora o domínio da escrita tenha sido o grande meio catalisador das 
Atividades de Inteligência, não se pode olvidar que os chamados povos sem escrita também se 
valiam de outros recursos para a transmissão de informações, desde a oralidade, tambores, sinais 
de fumaça, sinais de reflexos utilizando a luz solar ou lunar, feitos de cerâmicas e espelhos, dentre 
outros recursos. 
No contexto histórico, a Atividade de Inteligência mostra-se como um recurso muitas 
vezes utilizado por segmentos detentores de poder, não apenas para atender os interesses da 
coletividade, mas também para resguardarem seus interesses, notadamente a manutenção e a 
ampliação de suas relações de poder e controle. Os métodos utilizados também eram muitas 
vezes contaminados por práticas ilegítimas, no sentido de que, para atingir os objetivos, não 
importava a forma adotada. (REVISTA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA, 2005, p. 89) 
São vários os registros históricos da utilização da Atividade de Inteligência para 
prover os governantes de informações que permitissem a sua sobrevivência, seja no campo 
político, econômico ou militar. 
- Nos estudos estratégicos do general chinês Sun Tzu, o livro a “Arte da Guerra” 
destaca os papéis dos diferentes tipos de profissionais que tinham o objetivo de conseguir 
conhecimento avançado sobre dificuldades do terreno, planos do inimigo, movimentações e 
estado de espírito das tropas. 
- No ano 624 de nossa era, Maomé utilizou seus agentes infiltrados em Meca (Arábia 
Saudita) numa típica ação de espionagem, e estes o avisaram de um ataque de soldados árabes 
à Medina, cidade em que estava refugiado, razão por que ele mandou que fossem preparadas 
trincheiras e barreiras ao redor da cidade, que impediram o avanço dos soldados. (Ibidem, 2005). 
- No decurso da Idade Média para a Idade Moderna, ocorreram diversas mudanças 
no mundo, o homem necessitava buscar a verdade com fundamento científico dos fenômenos da 
vida e da maneira de pensar o mundo e suas múltiplas relações. 
- Na Primeira e na Segunda Guerra Mundial, igualmente, surgiram novos métodos de 
obtenção de informações, tanto por meio do uso de novas tecnologias, quanto pela criação de 
novas táticas de ação de “espionagem” do inimigo. – Com o surgimento de novos métodos de 
obtenção de informações, como a fotografia, código Morse, telégrafo, oficinas de impressão, 
5 
 
comunicação criptográfica, aumentou-se sobremaneira o fluxo de informações que transitavam. 
Nesse sentido, os organismos de inteligência viram-se obrigados a se especializarem e 
trabalharem de forma mais racional e metodológica. 
- Estes métodos de obtenção de informações tornaram-se valiosos instrumentos para 
a expansão do conhecimento, visando à proteção do Estado soberano frente às ameaças 
originárias do exterior, momento em que surgiu, conceitualmente, a Inteligência Estratégica. 
- Somente a partir do fim da guerra fria que os países ocidentais passaram a dar 
especial atenção a necessidade de se produzir conhecimentos também no âmbito interno, haja 
vista o crescente aumento da violência, do narcotráfico, tráfico de armas, corrupção e outros 
crimes conexos. 
1.1 Histórico da Inteligência no Brasil 
 
A origem da Atividade de Inteligência no Brasil situa-se no governo do Presidente 
Washington Luiz, em 29 de novembro de 1927, quando se criou o Conselho de Defesa Nacional 
(CDN), organismo que foi encarregado de coordenar a reunião de informações relativas à defesa 
do país. Mais tarde, em 1934, foram criadas as Seções de Defesa Nacional (SDN) nos ministérios 
civis, vinculadas ao CDN. Considerado, de certa forma, o ascendente do que é atualmente o 
Sistema Brasileiro de Inteligência. 
Não obstante a sua criação sob um governo civil e democrático, a atividade de 
Inteligência nasceu nos alicerces da influência militar, já que era integrada ao processo de tomada 
de decisões e de assessoramento composto por oficiais de informação, estudo, concepção e 
planejamento para apoio à decisão de um comandante militar. Com a promulgação da Constituição 
de 1937, o Conselho Superior de Segurança Nacional ficou conhecido apenas como Conselho 
de Segurança Nacional(CSN), o qual executava o serviço de busca de informações para 
subsidiar ações do governo apenas com foco nas questões de Estado. 
No ano de 1946, o governo brasileiro, tendo como Presidente o General Eurico 
Gaspar Dutra, cria o Serviço Federal de Informações e Contrainformações (SFICI), 
oficialmente o primeiro “serviço secreto” brasileiro, com atribuições e coordenações típicas de 
“informações” e “contrainformações” institucionalizado por um diploma legal e que tinha como 
finalidade o tratamento das informações no Brasil. 
Entretanto, somente em 1956, durante o governo do Presidente Juscelino Kubitschek, o 
SFICI* passa a existir de fato, apesar de existir no papel desde o mandato de Eurico Gaspar Dutra. 
* O SFICI foi absorvido pelo Serviço Nacional de Informações (SNI), criado pela Lei nº 4.341, em 
13 de junho de 1964, com o objetivo de supervisionar e coordenar as atividades de informações e 
contrainformações no Brasil e exterior. A Referida Instituição permaneceu em funcionamento até 
meados dos anos de 1964. 
Neste período, devido ao chamado “regime militar”, o governo necessitava de um 
serviço de inteligência com prerrogativas características de polícia. Figueiredo (2006, p. 17) 
comenta que: 
[...] a partir de 1967, o SNI ganhou tentáculos. Abriu escritórios nos 
Ministérios civis – as chamadas Divisões de Segurança e Informações (DSI) – e nas 
autarquias e órgãos federais – as Assessorias de Segurança e Informações (ASI). 
Também ganhou parceiros nas Forças Armadas, com a criação ou reorganização 
dos serviços secretos militares – o Centro de Informações do Exército (CIE), o Centro 
de Informações da Marinha (Cenimar) e o Centro de Informações de Segurança da 
6 
 
Aeronáutica (CISA). Era a chamada “comunidade de informações”, em que o SNI 
entrava com a vigilância e os serviços secretos militares com a repressão e as armas. 
 
 
 
 
1.2 Nos tempos do regime democrático 
Sob a escusa de sepultar eventuais violações praticadas pelo Serviço Nacional de 
Informações- SNI, o primeiro governo eleito sob o novo regime democrático encerrou suas 
atividades no dia 15 de março de 1990. Mas ainda no governo anterior, o então presidente José 
Sarney já havia procurado diminuir a atuação do Serviço. Fato este que deixou o país praticamente 
inerte no que se refere à matéria de Inteligência governamental, iniciando um período de 
paralisação e descrédito da atividade no Brasil. 
A Medida Provisória nº 150 (convertida na Lei 8.028 de abril de 1990), em seu inciso 
II do artigo 27, trazia de forma sucinta o fim das atividades do SNI, além de, no inciso VII do mesmo 
artigo, estabelecer o encerramento das “Divisões ou Assessorias de Segurança e Informações dos 
Ministérios Civis e os órgãos equivalentes das entidades da Administração Federal indireta e 
fundacional.” 
Ainda, a Lei nº 8.028/90 criava a Secretaria de Assuntos Estratégicos que visava: 
 
[...] desenvolver estudos e projetos de utilização de áreas indispensáveis à 
segurança do território e opinar sobre o seu efetivo uso, fornecer os subsídios 
7 
 
necessários às decisões do Presidente da República, cooperar no planejamento, 
na execução e no acompanhamento de ação governamental com vistas à defesa 
das instituições nacionais, coordenar a formulação da Política Nacional Nuclear e 
supervisionar sua execução, salvaguardar interesses do Estado, bem assim 
coordenar, supervisionar e controlar projetos e programas que lhe forem 
atribuídos pelo Presidente da República, tem a seguinte estrutura básica: I – 
Departamento de Inteligência [...] 
 
Entretanto, o texto legal supramencionado não expõe em nenhum momento quais 
seriam suas competências e limites, o que corrobora com a falta, à época, de uma visão mais 
apurada acerca do papel e da importância da atividade de Inteligência. 
Somente no ano de 1999, com a criação do Sistema Brasileiro de Inteligência 
(SISBIN) e da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) por meio da Lei 9.883 é que o país retoma 
de fato às atividades de inteligência governamental. 
 
 
 
2. Fundamentos Éticos, Jurídicos e Doutrinários da Atividade 
de Inteligência 
Atualmente, a atividade de Inteligência no Brasil funciona como um sistema com o 
escopo de fazer uma composição cooperativa entre as diversas estruturas que atuam nessa área. 
Tendo sido criado no ano de 1999 o Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), instituído pela Lei 
nº 9.883, de 7 de setembro de 1999. 
 
2.1 O SISBIN: objetivo e conceito 
O SISBIN tem como objetivo integrar as ações de planejamento e execução das 
atividades de Inteligência do país, com vistas a subsidiar o Presidente da República nos assuntos 
de interesse nacional. Este Sistema atua em várias áreas de interesse do Estado e da 
sociedade e é responsável pelo processo de obtenção e análise de dados e informações e 
pela produção e difusão de conhecimentos necessários ao processo decisório do Poder 
8 
 
Executivo, em especial no tocante à segurança da sociedade e do Estado, bem como pela 
salvaguarda de assuntos sigilosos de interesse nacional. 
O conceito e a dimensão da atividade de inteligência estão previstos no art. 2º do 
Decreto 4.376/2002, que dispõe sobre a organização e o funcionamento do Sistema Brasileiro de 
Inteligência: 
- Art. 2º. Para os efeitos deste Decreto, entende-se como inteligência a atividade de 
obtenção e análise de dados e informações e de produção e difusão de conhecimentos, dentro e 
fora do território nacional, relativos a fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o 
processo decisório, a ação governamental, a salvaguarda e a segurança da sociedade e do 
Estado. 
A Lei nº 9.883/1999 determina que todos os órgãos e entidades da Administração 
Pública Federal, com capacidade de produção de conhecimento de interesse das atividades de 
Inteligência, deverão constituir o SISBIN. Cria, também, a possibilidade de incorporação, mediante 
convênio, das unidades da Federação, como órgãos derivados. A referida lei criou a Agência 
Brasileira de Inteligência (ABIN), e destacou-a como órgão central do SISBIN, diretamente 
subordinado à Presidência da República, através do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). 
Com o intuito de organizar o Sistema Brasileiro de Inteligência foi publicado o 
Decreto nº 4.376, em 13 de setembro de 2002, que dispõe sobre o funcionamento e organização 
do SISBIN. A principal atribuição desse órgão é integrar as ações de planejamento e execução 
da atividade de Inteligência do país, tendo por finalidade ofertar subsídios ao Presidente da 
República. 
No ano de 2018, a composição do SISBIN fora ampliada por meio do Decreto nº 9.491, de 4 de 
setembro de 2018. Referido decreto dispõe sobre a organização e o funcionamento do Sistema 
Brasileiro de Inteligência, instituído pela Lei nº 9.883, de 7 de dezembro de 1999. 
 
ESTRUTURA DO SISBIN 
 
9 
 
 
2.2 Subsistemas de Inteligência de Segurança Pública- SISP 
Agora que já sabe o que é SISBIN, estude a respeito do Subsistema de 
Inteligência de Segurança Pública (SISP) e seus principais aspectos. 
Independente da denominação, o objetivo geral de qualquer sistema ou subsistema é o trabalho 
articulado e integrado de forma colaborativa, tendo como consequência o desenvolvimento efetivo 
de um processo de integração sistêmica. 
Dessa forma, a necessidade de uma estrutura de produção de informação e 
conhecimento que atendesse à complexidade das demandas em segurança pública motivou a 
criação do Subsistema de Inteligência de Segurança Pública, ocorrido com o Decreto 
Executivo n° 3.695/2000, conforme se observa a seguir: 
A SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA – SENASP, no uso das 
atribuições que lhe conferem o art. 3º, I, “a”, do Decreto nº 3.695, de 21 de 
dezembro de 2000, regulamenta o Subsistema de Inteligência de Segurança 
Pública – SISP, e dá outras providências, através da Resolução nº 01, de 15 de 
julho de 2009. 
A criaçãodo SISP vem ao encontro da necessidade de reformulação de um 
modelo mais voltado às novas demandas sociais e que tenha por objetivo a promoção do 
desenvolvimento social. Isso reflete diretamente na segurança, auxiliando também na produção 
de informação e conhecimento para uma atuação mais efetiva contra as questões afetas à 
segurança pública. O conceito de Atividade de Inteligência de segurança pública corrobora esse 
entendimento, conforme descrito na Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública 
(2014, p. 15): 
A atividade de Inteligência de Segurança Pública (ISP) é o exercício permanente 
e sistemático de ações especializadas para identificar, avaliar e acompanhar ameaças reais ou 
potenciais na esfera de Segurança Pública, basicamente orientadas para produção e salvaguarda 
de conhecimentos necessários para subsidiar os tomadores de decisão, para o planejamento e 
execução de uma política de Segurança Pública e das ações para prever, prevenir, neutralizar e 
reprimir atos criminosos de qualquer natureza que atentem à ordem pública, à incolumidade das 
pessoas e do patrimônio. 
 
 2.3 Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública (DNISP, 2014) 
 
A Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública, foi aprovada pelo 
Conselho Especial do Subsistema de Inteligência de Segurança Pública e normatizada pelo 
Secretário Nacional de Segurança Pública, Dr. Ricardo Balestreri, através da Portaria nº 22, de 22 
de julho de 2009 (DOU de 23/07/09), podendo, então ser definida como: um conjunto de normas, 
métodos, valores e princípios orientadores que, associados aos pressupostos éticos, 
regem as atividades de inteligência de segurança pública, voltadas para a produção e 
proteção de conhecimentos relativos à Segurança Pública, tanto do ponto de vista 
estratégico quanto tático e operacional. 
10 
 
A Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública, DNISP, regula a atividade 
de Inteligência de Segurança Pública, ISP, como sendo é o exercício permanente e sistemático 
de ações especializadas para identificar, avaliar e acompanhar ameaças reais ou potenciais na 
esfera de Segurança Pública, basicamente orientadas para produção e salvaguarda de 
conhecimentos necessários para subsidiar os tomadores de decisão, para o planejamento e 
execução de uma política de Segurança Pública e das ações para prever, prevenir, neutralizar 
e reprimir atos criminosos de qualquer natureza que atentem à ordem pública, à incolumidade 
das pessoas e do patrimônio. 
 2.4 Sistema Estadual de Inteligência de Segurança Pública do Estado de Pernambuco- SEINSP 
 
Lei Estadual nº 13.241, 29 de maio de 2007 cria o Sistema Estadual de Inteligência 
de Segurança Pública do Estado de Pernambuco – SEINSP, lei está regulamentada pelo Decreto 
Estadual nº 30.847, 1º de outubro de 2007, e dá outras providências. 
 
Art. 1º Fica criado o Sistema Estadual de Inteligência de Segurança Pública do Estado de 
Pernambuco - SEINSP, sob a chefia do Secretário de Defesa Social, tendo como órgão de 
coordenação, planejamento e execução o Centro Integrado de Inteligência de Defesa Social - 
CIIDS. 
 
Art. 4º O SEINSP será integrado pelos seguintes Subsistemas: 
 
I -Subsistema de Inteligência de Segurança Pública da Polícia Civil do Estado de Pernambuco - 
SISPPOC, tendo como Agência Central de Inteligência a Unidade de Inteligência Policial – 
UNINTELPOL, hoje DINTEL (PC/PE); 
 
II – Subsistema de Inteligência da Polícia Militar – SIPOM, cuja Agência Central é a Segunda 
Seção do Estado Maior Geral da Polícia Militar (PM2/PMPE); 
 
III - Subsistema de Inteligência do Sistema Prisional - SISPRI, cuja Agência Central é a Gerência 
de Inteligência e Segurança Orgânica – GISO (SERES/PE); 
 
IV - Subsistema de Inteligência do Corpo de Bombeiros - SICOB, cuja Agência Central é a 
Segunda Seção do Estado-Maior Geral do Corpo de Bombeiros Militar (BM2/CBMPE/SDS); 
 
V - Subsistema de Inteligência da Casa Militar - SICAMIL, cuja Agência Central é a Coordenadoria 
de Inteligência da Casa Militar (CINT/CAMIL/PE); 
 
VI – Unidade de Inteligência da Corregedoria Geral - UNICOR/SDS 
 
VII- SISSOC – FUNASE, Subsistema de Inteligência do Sistema Socioeducativo - SISSOC, 
tendo como Agência Central de Inteligência a Coordenadoria de Inteligência da Fundação de 
Atendimento Socioeducativo (acrescida através da LEI Nº 16.372, DE 28 DE MAIO DE 2018) 
 
11 
 
 
2.5 Estrutura Atual -SIPOM 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
MÓDULO II 
 
3. Conceitos e Fundamentos de Inteligência e Contrainteligência 
 
A atividade de Inteligência de Segurança Pública possui dois ramos: a Inteligência 
e a Contrainteligência. 
 
3.1 Inteligência 
É o exercício permanente e sistemático de ações especializadas para a 
identificação, acompanhamento e avaliação de ameaças reais ou potenciais na esfera de 
Segurança Pública, basicamente orientadas para produção e salvaguarda de conhecimentos 
necessários para subsidiar os governos federal e estaduais a tomada de decisões, para o 
planejamento e à execução de uma política de Segurança Pública e das ações para prever, 
prevenir, neutralizar e reprimir atos criminosos de qualquer natureza ou atentatórios à ordem 
pública. 
 
3.2 Contrainteligência 
Contrainteligência (CI) é o ramo da atividade de ISP que se destina a produzir 
conhecimentos para proteger a Atividade de Inteligência e a instituição a qual pertence, 
de modo a salvaguardar dados e conhecimentos sigilosos e identificar e neutralizar 
ações adversas de qualquer natureza. A CI assessora também em assuntos internos de 
desvios de conduta, relacionados a área de Segurança Pública. 
3.2.1 Segurança Orgânica 
 A SEGOR é o conjunto de medidas de caráter eminentemente defensivas, 
destinado a garantir o funcionamento da instituição, de modo a prevenir e obstruir as 
ações adversas de qualquer natureza. A SEGOR caracteriza-se pelo conjunto de medidas 
integradas e meticulosamente planejadas, destinadas a proteger o pessoal, a 
documentação, as instalações, o material, as operações de ISP, as comunicações e 
telemática, e a informática. 
14 
 
 
 
4. Produção de Conhecimento 
 
A atividade de Inteligência não se concerne a uma modalidade ou 
especialidade de investigação, mas em uma metodologia de caráter assessorial, que 
objetiva a produção de conhecimentos com conteúdo preciso, oportuno, útil e 
significativo, cuja finalidade precípua é auxiliar o processo decisório. 
Por meio de técnicas específicas e de metodologia própria, a produção de conhecimento 
transforma dados e/ou conhecimentos anteriores em conhecimentos: Ava 
ai Úteis 
Oportunos Seguro 
A Metodologia de Produção de Conhecimento, MPC, serve para organizar os 
pensamentos do profissional de Inteligência durante a execução de seus trabalhos, 
deixando-o objetivo e técnico. Assim, a MPC é definida, sinteticamente, como um 
processo formal e ordenado, no qual o conhecimento produzido é disponibilizado aos 
usuários. 
O resultado deste conjunto de ações sistemáticas é um Conhecimento de 
Inteligência, materializado em documentos de inteligência, atendidas as peculiaridades 
de sua finalidade. 
4.1. Dado e Conhecimento 
A Produção de Conhecimento compreende o tratamento, pelo profissional 
de Inteligência de Segurança Pública, ISP, de dados e conhecimentos. Desta forma, é 
importante que você entenda a diferença entre eles. 
4.1.1. Dado 
Dado é toda e qualquer representação de fato, situação, comunicação, 
notícia, documento, extrato de documento, fotografia, gravação, relato, denúncia, 
dentre outros, ainda não submetida pelo profissional de ISP à metodologia de Produção 
de Conhecimento. 
As ações e operações de Inteligência constituem-se em elementos 
essenciais para a obtenção de dados negados e/ou protegidos, conhecimentos e de 
informações que alimentarão o trabalho de análise, na Produção do Conhecimento. 
Desse modo, qualquer representação de um fato ou de uma situaçãoque 
não decorra da produção intelectual do profissional de Inteligência, mas que seja de 
interesse deste, é considerado como Dado para a Inteligência. 
4.1.2. Conhecimento 
Conhecimento, por sua vez, é o resultado final que pode ser expresso por 
escrito ou oralmente pelo profissional de ISP, quando da utilização da Metodologia 
de Produção de Conhecimento sobre dados e/ou conhecimentos anteriores. 
15 
 
Produzir conhecimento é transformar dados e/ou conhecimentos 
anteriores em conhecimentos avaliados, significativos, úteis, oportunos e seguros, de 
acordo com metodologia própria e específica. 
Para que o produto da inteligência possa assessorar adequadamente o 
processo decisório é imperativo o uso correto de metodologia, procedimentos e 
técnicas, excluindo a prática de ações meramente intuitivas, opiniões pessoais e 
procedimentos sem orientação racional. Ocorre nas seguintes situações (DNISP,2015): 
a) de acordo com um Plano de Inteligência; 
b) em atendimento à solicitação de uma agência congênere. 
c) em atendimento à determinação da autoridade competente. 
d) por iniciativa própria do analista. 
 
 
 
4.2 Verdade e os Estados da Mente 
 
A verdade, como oposto de erro, consiste na perfeita concordância do 
conteúdo do pensamento (sujeito) com o fato (objeto). 
A relação MENTE X OBJETO nem sempre ocorre de maneira perfeita, pois, 
algumas vezes, a mente encontra obstáculos que a impedem de formar uma imagem 
totalmente de acordo com o objeto. 
As vezes a mente consegue uma imagem perfeita, outras vezes parcial, em 
algumas surgem alternativas de imagens e finalmente em outras não há imagem 
alguma. Em relação à verdade, a mente humana pode encontrar-se em 
quatro diferentes estados: certeza, opinião, dúvida e 
ignorância. 
CERTEZA- Consiste no acatamento integral, pela mente, da imagem 
por ela mesmo formada, como correspondente a determinado objeto. A certeza é, dessa 
forma, o estado em que a mente adere à imagem de um objeto, por ela mesma 
formada, sem temor de enganar-se. 
OPINIÃO- É um estado no qual a mente se define por um objeto, 
considerando a possibilidade de um equívoco. Por isso, o valor do estado de opinião 
expressa-se por meio de indicadores de probabilidades. 
DÚVIDA- A dúvida é o estado em que a mente encontra, metodicamente, 
em situação de equilíbrio, razões para aceitar e negar que a imagem, por ela mesma 
formada, esteja em conformidade com determinado objeto. 
16 
 
IGNORÂNCIA- A ignorância é o estado em que a mente se encontra privada 
de qualquer imagem sobre uma realidade específica. Impossível ao profissional de 
Inteligência produzir conhecimento. 
O ser humano, para conhecer determinados fatos ou situações, pode 
realizar três tipos de trabalho intelectual: 
• Conceber ideias; 
• Formular juízos; e 
• Elaborar raciocínios. 
IDEIA- Simples concepção, na mente, da imagem de determinado objeto 
sem, contudo, qualificá-lo. 
JUÍZO- Juízo é a operação pela qual a mente estabelece uma relação entre 
ideias. 
RACIOCÍNIO- O raciocínio é a operação pela qual a mente, a partir de dois 
ou mais juízos conhecidos, alcança outro que deles decorre logicamente. 
A Doutrina de Inteligência preconiza uma diferenciação dos conhecimentos 
produzidos. Esta diferenciação resulta dos seguintes fatores: 
• Os diferentes estados em que a mente humana pode situar-se 
em relação à verdade (certeza, opinião, dúvida e ignorância); 
• Os diferentes graus de complexidade do trabalho intelectual necessário à 
produção do conhecimento (ideia, juízo e raciocínio); e 
• A necessidade de elaborar, além de trabalhos relacionados com fatos e/ou 
situações passados e presentes, outros, voltados para o futuro. 
 
4.3 Tipos de Conhecimento 
 
4.3.1 Informe 
 
É o conhecimento resultante de juízo(s) formulado(s), que expressa o estado 
de certeza, opinião ou de dúvida frente à verdade, sobre fato ou situação passado e/ou 
presente. A sua produção exige domínio de metodologia própria e tem como objetivo 
apenas fatos e situações pretéritos ou presentes 
 
4.3.2 Informação 
 
É o conhecimento resultante de raciocínio(s), que expressa o estado de 
certeza frente à verdade, sobre fato ou situação passado e/ou presente. 
A informação decorre da operação mais apurada da mente, o raciocínio. Portanto, 
extrapola os limites da simples narração dos fatos ou das situações, contemplando 
interpretação dos mesmos. 
 
4.3.3 Apreciação 
 
É o conhecimento resultante de raciocínio(s), que expressa o estado de 
opinião frente à verdade, sobre fato ou situação passado e/ou presente. Apesar de ter 
essencialmente como objeto fatos ou situações presentes ou passados, a Apreciação 
17 
 
admite a realização de projeções (“futurinho”). Porém, diferente do conhecimento 
Estimativa, as projeções da Apreciação resultam tão somente da percepção, pelo 
profissional de ISP, de desdobramentos dos fatos ou situações objeto da análise e não 
da realização de estudos especiais, necessariamente auxiliados por métodos 
prospectivos. 
 
4.3.4 Estimativa 
 
É o conhecimento resultante de raciocínio(s) elaborado(s), que expressa o 
estado de opinião sobre a evolução futura de um fato ou de uma situação. A sua 
produção requer não só o pleno domínio da metodologia própria da Atividade de 
Inteligência, mas também o domínio de métodos prospectivos complementares ao 
processo de produção. 
 
4.4 Metodologia de Produção do Conhecimento 
 
A Metodologia de Produção do Conhecimento (MPC) é definida 
sinteticamente, como um processo formal e regular, no qual o conhecimento produzido 
é disponibilizado aos usuários, agregando-se medidas de proteção do conhecimento. 
O resultado deste conjunto de ações sistemáticas é um Conhecimento de 
Inteligência, materializado em documentos de inteligência, atendidas as peculiaridades 
de sua finalidade. 
Trata-se de um processo contínuo e sequencial, composto por quatro fases: 
• Planejamento; 
• Reunião de Dados; 
• Processamento; e 
• Formalização e Difusão. 
Não são desenvolvidas em uma ordem necessariamente cronológica. 
Enquanto as necessidades de conhecimento já definidas estão sendo processadas, 
podem surgir novas demandas que exijam a reorientação dos trabalhos. 
 
 
18 
 
4.4.1 Fases da Metodologia da Produção do Conhecimento
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
5. Busca Eletrônica 
 
Fonte: 
Qualquer dado ou conhecimento que interessa ao profissional de 
inteligência ou de investigação para a produção de conhecimentos e/ou provas 
admitidas em juízo. Podemos classificar as fontes como fechadas (protegidas) ou 
abertas. 
 
5.1 Fontes abertas 
São aquelas de livre acesso, sem obstáculos à obtenção de dados e 
conhecimentos. São informações disponíveis ao público e que não exigem espécie de 
19 
 
restrição ao acesso, ou seja, uma forma de coletar, selecionar e adquirir informações 
que possam ser uteis a produção do conhecimento. 
FONTE ABERTA NÃO É FONTE GRATUITA, necessariamente. Nem toda fonte 
aberta é gratuita. Fonte aberta é aquela disponível para qualquer cidadão, ainda que 
mediante pagamento para aquisição e uso. 
5.1.1 OSINT 
 Open Source Intelligence ou inteligência de fontes abertas é definido pela OTAN como 
“inteligência derivada de informações publicamente disponíveis, bem como outras 
informações não classificadas”, isto é, cujo conteúdo não possui caráter sigiloso e pode 
ser conhecido por qualquer pessoa. (OTAN, 2014). 
 É um modelo de inteligência que visa coletar, processar e analisar informações 
provenientes de fontes públicas com vistas a complementar uma informação e subsidiar 
a tomada de decisão e planejamento. 
 VANTAGENS 
 Velocidade 
 Quantidade 
 Qualidade 
 Baixo custo 
 Facilidade de uso 
 DESVANTAGENS 
 Desinformação 
 Contrainformação 
 Propaganda 
 
 
Google Dorks 
 
“ ” aspas duplas Mostra resultados mais precisos 
Ex.: “crime organizado” 
 
-termo (hífen / sinal de menos) Exclui termos da pesquisa 
Ex.: inteligencia+policial –militar 
 
 * asterisco(curinga)Utilizado para buscar termo que se desconhece entre dois termos 
sabidos 
20 
 
Ex.: “Francisco * Costa” 
 
 OR ou | (caixa alta) Quando se busca por termo ou outro Ex.: “congresso de direito 
criminal” OR “seminário de direito tributário” 
 
site: Busca em sites específicos 
Ex.: site:mppa.mp.br 
 
intitle: Busca por títulos de páginas 
Ex.: intitle:inteligência policial 
 
inurl: Busca de termos presentes na URL 
Ex.: inurl:mppa 
 
intext : Busca por texto no conteúdo do site 
Ex.: intext:“zenaldo” 
 
filetype: Busca por formatos de arquivos (.jpj, .pdf, doc) 
Ex.: filetype:pdf 
 
allintitle: / allintext: / allinurl: Busca por mais de uma palavra chave no título, no 
conteúdo ou na URL 
 
Existem várias outras formas de consultas em sites 
 
Como criar ALERTAS gratuitos: 
 O Google Alerts é uma ferramenta pouco conhecida do Google, que colabora para 
que você sempre fique informado dos assuntos que mais são importantes para 
você. 
A empresa não divulga números oficiais, mas acredita-se que em 2014 o número 
de páginas indexadas pelo Google era de 30 bilhões. Por isso, mesmo da 
importância de saber de alguma técnica de refinamento de busca. No entanto, 
não há com o que se preocupar. O próprio Google já pensou em como resolver 
esse problema quando criou em 2003 o Google Alerts. O Google Alerts é um 
serviço do Google que detecta novos conteúdos indexados pelo motor de busca 
e notifica por email seus usuários cadastrados. Esses novos conteúdos podem 
incluir páginas da web, notícias, artigos, posts de blog etc, o que torna a 
abrangência do serviço extremamente ampla. 
Criar um alerta 
Você poderá receber e-mails quando novos resultados sobre um tópico aparecerem na 
Pesquisa Google. Por exemplo, você poderá receber informações sobre notícias, 
produtos ou referências ao seu nome. 
Criar um alerta 
21 
 
1. Acesse o Alertas do Google. 
2. Na caixa localizada na parte superior da tela, digite um tópico que você deseja 
acompanhar. 
3. Para alterar suas configurações, clique em Mostrar opções. É possível alterar: 
 a frequência com que você recebe notificações; 
 os tipos de sites exibidos; 
 seu idioma; 
 a parte do mundo de onde você deseja que as informações venham; 
 quantos resultados você deseja ver; 
 quais contas recebem o alerta. 
4. Clique em Criar alerta. Você receberá e-mails sempre que encontrarmos 
resultados de pesquisa correspondentes. 
Editar um alerta 
1. Acesse o Alertas do Google. 
2. Ao lado de um alerta, clique em Editar 
3. Se você não vir nenhuma opção, clique em Mostrar opções. 
4. Faça suas alterações. 
5. Clique em Atualizar alerta. 
6. Para alterar a forma como você recebe alertas, clique em 
Configurações marque as opções desejadas e clique em Salvar. 
Excluir um alerta 
1. Acesse o Alertas do Google. 
2. Ao lado do alerta que você deseja remover, clique em Excluir . 
3. Opcional: Também é possível excluir um alerta clicando em Cancelar 
inscrição na parte inferior de um e-mail de alerta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1.2 Busca de Imagens 
 
https://www.google.com/alerts
https://www.google.com/alerts
https://www.google.com/alerts
22 
 
 
 
 
 
 
 
5.1.1 Busca de Redes Sociais/ Pessoas 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
5.1.3 Links importantes para consulta: 
 
Mapas 
 https://www.google.com.br/maps 
 https://wego.here.com/?map=-1.64479,-
47.85337,9,normal&fb_locale=pt_BR&x=ep 
 https://www.bing.com/mapspreview 
 
Pessoas desaparecidas 
 http://portal.mj.gov.br/Desaparecidos/ 
 http://www.desaparecidosdobrasil.org/Home/desaparecidos---c 
 http://www.policiacivil.pe.gov.br/ 
 
 
Aplicativo (App) para uso em smartphones : 
 
 
 
O Sinesp Cidadão é um aplicativo do Sistema Nacional de Informações de Segurança 
Pública – Sinesp, que permite ao cidadão brasileiro acesso direto a serviços da 
Secretaria Nacional de Segurança Pública. O Sinesp Cidadão é composto pelos seguintes 
módulos: 
https://www.bing.com/mapspreview
http://www.desaparecidosdobrasil.org/Home/desaparecidos---c
http://www.policiacivil.pe.gov.br/
24 
 
 
- Veículos: permite ao cidadão consultar a situação de roubo ou furto de qualquer 
veículo do Brasil, e constatar, a partir dos dados apresentados, se há clonagem do 
veículo. 
 
- Mandado de Prisão: permite consultar mandados de prisão que ainda não foram 
cumpridos, com a finalidade de comunicar à polícia. As informações são consultadas 
diretamente no Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça 
– BNMP/CNJ; 
 
- Desaparecidos: disponibiliza ao cidadão pesquisar pessoas que constam como 
desaparecidas. As informações são consultadas diretamente do Sinesp Infoseg, que 
integra registros de desaparecimentos realizados pelas Polícias Civis dos Estados 
participantes. 
 
 
5.2 Busca em Fontes Fechadas 
São aquelas que necessitam de obstáculos à obtenção de dados e 
conhecimentos. São informações não disponíveis ao público e que exigem espécie de 
restrição ao acesso, ou seja, restrição na coleta, seleção e aquisição de informações que 
possam ser úteis à produção do conhecimento. 
 
5.2.1 INFOSEG (Nacional) 
 
A rede INFOSEG é uma estratégia de integração das informações de 
Segurança Pública, Justiça e Fiscalização, auxiliando também a atividade de inteligência. 
A ferramenta interliga as bases federais e estaduais, consubstanciando-se em um Banco 
Nacional de Índices, que disponibiliza dados de inquéritos, processos, armas de fogo, 
veículos, condutores, mandados de prisão, entre outros, mantidos e administrados 
pelas Unidades da Federação e Órgãos Conveniados. A rede INFOSEG consolida-se como 
o maior sistema de informações de segurança pública do país, buscando, em seu 
contínuo aperfeiçoamento, a integração e a interoperabilidade com os diversos sistemas 
e tecnologias no âmbito da segurança pública. Primeiro Acesso: O usuário deverá 
acessar o site do INFOSEG (www.infoseg.gov.br ) e solicitar cadastro- “Solicitação de 
Cadastro” e entrar em contato com o Coordenador Master do sistema na Instituição de 
serve o agente de inteligência. 
 
 
 
25 
 
5.2.2 PORTAL WEB DA SDS (Estadual- PE) 
 
Sistemas informatizados implantados no âmbito Estadual da Secretaria e 
que são gerenciados pela Unidade de Sistemas Aplicativos da Gerência de Tecnologia da 
Informação da SDS com o apoio do Núcleos de Informática dos órgãos operativos (DTEC 
(PMPE), DTI (PCPE) e CTIC (CBMPE)), integrando Informações Carcerárias (GISO/SERES), 
Cadastro Civil (IITB), Antecedentes Criminais (IITB), Delegacia de Capturas (Polícia Civil), 
Delegacia de Roubos/Furtos de Veículos (Polícia Civil). 
O usuário deverá acessar o site da Secretaria de Defesa Social (link: 
www.sds.pe.gov.br ), clicar em Intranet, Formulários de Cadastramento, Sistemas 
Corporativos da SDS, e realizar o download do referido formulário para impressão; Após 
a impressão do Formulário de Cadastramento, o usuário deverá preencher, datar e 
assinar no Ciente, inclusive solicitar para o Chefe Imediato assinar também; Formulário 
preenchido e assinado, deverá ser encaminhado para o Administrador de Sistemas da 
OME, caso não tenha, o referido documento deverá encaminhado oficialmente para o 
Órgão de Informática da PMPE, ou seja, Diretoria de Tecnologia - DTEC; Assim que o 
usuário for cadastrado, receberá um e-mail enviado pelo administrador informando da 
habilitação; Diante da informação de habilitação, o usuário deverá acessar o Portal Web 
SDS (link: https://servicos.sds.pe.gov.br/portalsds/ ), inserindo o número de CPF e no 
campo SENHA, deverá digitar a palavra maiúscula NOVA, e em seguida clicar em Alterar. 
Após a alteração da senha inicial, o usuário deverá acessar o Portal Web SDS novamente, 
onde irá inserir seu número de CPF novamente e sua nova senha, tendo acesso aos 
Módulos de Consulta, conforme figura a seguir; 
 
 
 
Lembrando que o Sistema Portal Web SDS poderá ser acessado, 
preferencialmente, através os navegadores Web Google Chromeou Mozila Firefox, 
inclusive via smartphone e tablets com acesso a internet, através do mesmo link: 
https://servicos.sds.pe.gov.br/portalsds/, seja na rede de internet da PE Digital do 
Estado de Pernambuco, seja em redes abertas de internet. 
 
5.2.3 INFOPOL (Estadual- PE) 
 
Sistema informatizado de Monitoramento e Análise Criminal, também 
implantado no âmbito Estadual da Secretaria de Defesa Social e que é gerenciado pela 
Unidade de Sistemas Aplicativos da Gerência de Tecnologia da Informação da SDS com 
https://servicos.sds.pe.gov.br/portalsds/
26 
 
o apoio dos Núcleos de Informática dos órgãos operativos (DTEC (PMPE), DTI (PCPE) e 
CTIC (CBMPE)). Contudo, tem a finalidade de monitorar as ocorrências através dos 
registros de boletins de ocorrências, emite relatórios criminais, permite a criação e 
publicação de análises matriciais, além do acesso ao Livro de Procurados. Assim que o 
usuário for cadastrado no Sistema Portal Web SDS, a mesma senha servirá para acessar 
o Sistema INFOPOL (Monitoramento e Análise Criminal), conforme tela inicial abaixo: 
 
 
O INFOPOL poderá ser acessado, preferencialmente, através dos 
navegadores Web Google Chrome ou Mozila Firefox. Contudo, o acesso através da rede 
de internet PE Digital do Estado de Pernambuco será através do link: 
https://security.sds.pe.gov.br/pernambuco/, enquanto nas redes abertas de internet, 
inclusive via smartphone e tablets que tenham acesso à internet, será através do link: 
http://200.238.83.36/pernambuco/. 
 
MÓDULO IV 
 
6. Inteligência Policial Militar X Investigação Criminal 
 
Existem significativas diferenças entre a atividade de inteligência e a 
investigação criminal. Ocorre, no entanto, que, muitas, também, são as semelhanças 
existentes entre ambos os institutos. 
 
Semelhanças: 
1.Tanto uma quanto a outra se valem de informações que servirão de arrimo para 
processos decisórios; 
2. O sigilo é intrínseco a ambas; 
3. Valem-se de raciocínios lógicos com vistas ao alcance da verdade; 
4. Utilização de metodologia científica por parte de ambos; 
5. As atividades desenvolvidas pela inteligência e pela investigação projetam luz sobre 
fatos do cotidiano; 
6. lida com informações. 
 
 
 
https://security.sds.pe.gov.br/pernambuco/
http://200.238.83.36/pernambuco/
27 
 
Diferenças: 
1. A atividade de inteligência se diferencia da investigação criminal quanto aos 
objetivos; 
2. A atividade de inteligência é de caráter proativo e a investigação é de caráter reativo; 
3. A investigação criminal produz provas buscando a verdade real, com respeito aos 
direitos individuais da pessoa humana; 
4. Com a atividade de inteligência é diferente! Outros podem ser os pressupostos a 
limitar a atividade. Pois, nenhum direito é absoluto; 
5. A atividade de inteligência deve produzir evidências sobre os fatos, com metodologia 
específica de produção de conhecimento, enquanto a investigação visa a prova material. 
A diferenciação entre a atividade de Inteligência Policial e a Investigação 
Policial é, em regra, mais teórica do que prática, uma vez que ambas lidam, 
invariavelmente, com os mesmos objetos: crime, criminosos, criminalidade e questões 
conexas. Aspecto diferenciador relevante é que enquanto a Investigação Policial está 
orientada pelo modelo de persecução penal, previsto e regulamentado na norma 
processual própria, tendo como objetivo a produção de provas, a Inteligência Policial 
visa a produção de conhecimentos e, apenas eventualmente, subsidia na produção de 
provas. 
 
7. AÇÕES E OPERAÇÕES DE INTELIGÊNCIA 
 
7.1 AÇÕES DE INTELIGÊNCIA 
 
São todos os procedimentos e medidas realizadas por uma Agência de 
Inteligência (AI) para dispor dos dados necessários e suficientes para a produção do 
conhecimento, na fase de “Reunião de Dados e/ou Conhecimentos” da Metodologia da 
Produção de Conhecimento (MPC), centrados, de um modo geral, em dois tipos de ações 
de Inteligência: Ações de Coleta e Ações de Busca. 
 
7.1.1 Ações de Coleta 
 São todos os procedimentos realizados por uma AI (Agência de Inteligência), 
ostensiva ou sigilosamente, a fim de obter dados depositados em fontes disponíveis, 
sejam elas oriundas de indivíduos, órgãos públicos ou privados. As ações de coletas se 
subdividem em: 
a. Coleta Primária: envolve o desenvolvimento de ações de Inteligência de Segurança 
Pública (ISP) para obtenção de dados e/ou conhecimentos disponíveis em fontes 
abertas. 
b. Coleta Secundária: envolve o desenvolvimento de ações de ISP, por meio de acesso 
autorizado, por se tratar de consulta a bancos de dados protegidos. 
 
7.1.2 Ações de Busca 
Ações de Busca, ou simplesmente Busca, são todos os procedimentos 
realizados pelo conjunto ou parte dos agentes do Elemento de Operações (ELO) de uma 
28 
 
AI, a fim de reunir dados protegidos e/ou negados, num universo antagônico. A fim de 
preservar a AI, essas ações deverão ser, normalmente, sigilosas, independentemente 
dos dados buscados estarem protegidos ou não por medidas de segurança. 
 
7.2 Operações de Inteligência 
 
Operações de Inteligência de Segurança Pública é o conjunto de ações de Coleta e 
de Busca de dados de interesse da AI, executada quando os dados a serem obtidos estão 
protegidos por rígidas medidas de segurança e as dificuldades e/ou riscos são grandes para as 
Agências de Inteligência, exigindo um planejamento minucioso, um esforço concentrado e o 
emprego de técnica, material e pessoal especializados. A Operação de ISP difere da Ação de 
Busca pela sua complexidade, amplitude de objetivos, normalmente, por sua maior duração e 
por ser possível a utilização de mais de uma Ação de Busca. O resultado de uma Operação de 
Inteligência é a obtenção de dados não disponíveis à AI, para subsidiar o processo de produção 
do conhecimento em seus ramos de atividade. Segundo a Doutrina Nacional de Inteligência de 
Segurança Pública (DNISP), Operação de Inteligência: 
[...] é o exercício de uma ou mais Ações e Técnicas 
Operacionais, executadas para obtenção 
de dados negados de difícil acesso e/ou para neutralizar ações 
adversas que exigem, pelas 
dificuldades e/ou riscos iminentes, um planejamento minucioso, um 
esforço concentrado, e o emprego de pessoal, técnicas e material 
especializados. 
 
As ações de Coleta e Busca podem, mesmo que isoladamente, serem 
capazes de buscar todos os dados e/ou conhecimentos para a produção de um 
conhecimento. Porém, elas podem ser também ações preparatórias ou fazer parte de 
uma Operação de Inteligência. No caso específico da ação de coleta, deve-se citar que 
as mesmas são ações preparatórias para o desencadeamento de qualquer ação de 
busca ou operação de inteligência. Visando a segurança destas ações e operações, antes 
de ir ao campo, o AI (Agente de Inteligência) busca com todas suas ferramentas de 
coletas conhecer melhor o alvo e o ambiente operacional onde será desencadeada a 
ação de Busca ou a Operação de Inteligência. 
Grande parte de dados e/ou conhecimentos necessários ao exercício da 
atividade de ISP está disponível em fontes abertas. Porém, é necessário confirma-los em 
relação a outras fontes para sua autenticidade. Tido como “negados”, os dados 
protegidos revestem-se de especial importância e um fator diferenciador na produção 
de conhecimentos. São também os dados que exigem ações especializadas para a sua 
obtenção. Além de ações de busca, os mesmos podem ser obtidos por dois tipos básicos 
de Operações de Inteligência: as exploratórias e as sistemáticas. 
 
7.2.1 Exploratórias: São Operações de Inteligência que visam atender às 
necessidades imediatas de obtenção de dados específicos a respeito de determinado 
alvo e momento. São Operações que buscam dados específicos em um curto espaço de 
tempo, visando atender à necessidade imediata de um conhecimento específico a 
respeito de determinado assunto. Pode-se citar o reconhecimento operacional de uma 
determinada área, a cobertura de um determinado evento, entre outros. 
 
297.2.2 Sistemáticas: São Operações de Inteligência que buscam a obtenção 
constante de dados a respeito de um fato ou situação que deva ser acompanhado. São 
utilizadas, normalmente, para acompanhar metodicamente as atividades de pessoas, 
organizações, entidades e localidades. Pode-se citar o acompanhamento de facções 
criminosas, a neutralização de suas ações e a identificação de seus integrantes, modus 
operandi e trajetória de futuras ações. Visam a atualizar e a aprofundar conhecimentos 
sobre suas estruturas, atividades e ligações, por meio da produção de um fluxo contínuo 
de dados. 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 
 
Nas Operações de Inteligência, algumas expressões e termos que 
caracterizam a linguagem técnica dos profissionais desta área são empregados. Dentre 
eles, pode-se identificar alguns conceitos básicos, saiba mais sobre cada um: 
 
Ambiente Operacional: É a área na qual se desenvolvem as Operações de Inteligência. 
Podem ser instalações residenciais, comerciais, industriais, ruas, praças, prédios 
públicos, zonas rurais, favelas, cidades, estados ou países. 
 
Alvo: É o objetivo das Ações e Operações de Inteligência. Pode ser um assunto, uma 
pessoa, uma organização, um local ou um objeto. 
 
Elemento de Operações (ELO): É o setor de uma AI que, acionado pelo analista, planeja 
e executa as Ações de Busca e Operações de Inteligência para a obtenção do dado 
negado. É no ELO que são reunidos os equipamentos e agentes especializados, estes 
dotados das Técnicas Operacionais de Inteligência (TOI). O ELO tem que ser organizado 
de modo sistêmico, guiando suas ações por meio de um Planejamento, no qual serão 
aplicadas as medidas indispensáveis à eficaz condução das Ações e Operações de 
Inteligência. 
 
Pessoal 
• Agente: Profissional treinado e especializado em TOI e em Ações e Operações de 
Inteligência. É um profissional orgânico da AI. 
• Colaborador: É uma pessoa não orgânica, recrutada operacionalmente ou não, que, 
por suas ligações e conhecimentos, franquia o acesso à AI para a busca do dado negado. 
• Informante: É uma pessoa não orgânica da AI recrutada operacionalmente para 
fornecer dados negados a que tenha acesso e que tenha interesse da ISP, podendo 
receber treinamento para desenvolver habilidades visando facilitar a obtenção de 
dados. 
• Rede: É a designação dada ao conjunto de pessoas não orgânicas, colaboradores e 
informantes, controladas pela AI. 
• Controlador: É o agente responsável pelo controle dos componentes da rede. 
 
 
30 
 
8. Técnicas utilizadas na Atividade de Inteligência 
 
8.1 Observação, Memorização e Descrição (OMD) 
8.1.1 Observação: é a capacidade que o agente tem de examinar e analisar tudo que 
está à sua vista e ao alcance dos seus sentidos. Técnica que pode ser inata no 
agente, assim como pode ser desenvolvida e treinada para utilização nas ações 
policiais. Normalmente o Policial Militar começa a desenvolver a técnica durante 
o curso de formação. Tal recurso tem grande importância e é de muita utilidade 
para a atividade policial militar. 
8.1.2 Memorização: é o ato de fixar na mente fatos e objetos observados. Muitos policiais 
acreditam apenas na memorização visual e descartam a memorização auditiva, 
enquanto a grande queixa da população é justamente o fato de o policial não 
escutar as vítimas. Em muitos casos, a maior assimilação e memorização ocorre a 
partir de informações repassadas de forma oral. Informações que podem ser 
expostas através da fala por vítimas, testemunhas, suspeitos, curiosos, outros, que 
poderão ser de suma importância posteriormente. 
8.1.3 Descrição: é a capacidade de enumerar partes essenciais de caracteres, de fatos ou 
de imagens com máximo de precisão possível. A descrição precisa ser simples, 
clara, imparcial, ampla e objetiva. Alguns aspectos que podem ser observados: 
 ASPECTOS FÍSICOS GERAIS: cor, altura, sexo, peso, idade, etc. 
 ASPECTOS FÍSICOS ESPECÍFICOS: tatuagens, sinais, cabelos, olhos, voz, etc. 
 CARACTERES DISTINTIVOS: algo incomum que seja de fácil percepção. 
 DADOS QUALIFICATIVOS: são dados que não são visíveis, necessitando uma 
coleta aprofundada para serem conhecidos (ex.: dados individuais). 
 INDUMENTÁRIAS: tipo de vestimentas. 
8.2 Recrutamento 
Ação desenvolvida com objetivo de persuadir uma pessoa, através de 
argumentos, a fim de que aquela execute alguma ação, de forma 
consciente ou inconsciente. 
8.3 Entrevista 
 
Técnica através da qual o policial mantém uma conversa com o entrevistado, 
buscando informações. Bastante utilizada pelo Policial Militar, visando detectar 
mentiras e a correta aferição da verdade. Ferramenta que pode ser utilizada 
tanto com testemunhas, quanto com suspeitos. 
8.4 Estória de Cobertura 
É a técnica de dissimular, a fim de ocultar o objetivo que se desejar alcançar. 
Visa cuidar, de forma a impedir o conhecimento operacional da atividade 
policial, do policial e até mesmo da instituição. 
 
8.5 Fotografia 
Processo de obtenção de imagens, no qual se registra posição do objeto e o 
retrato de pessoas, de modo que no futuro, seja possível a identificação do alvo. 
31 
 
Técnica e meio bastante desenvolvido na última década, principalmente em 
virtude da universalização dos smartphones. 
 
8.6 Vigilância 
É um conjunto de métodos empregados na observação de todos os 
movimentos praticados pelo o alvo, que devem ser devidamente registrados, 
sem que o agente seja percebido. 
 
9. Ações de Inteligência e Movimentos Sociais 
São todos os procedimentos e medidas realizadas por uma Agência de 
Inteligência (AI) para dispor dos dados necessários e suficientes para a produção do 
conhecimento relacionados aos diversos Movimentos Sociais vigentes e suas formas de 
atuação. 
 
9.1 Conceitos de Movimentos Sociais 
Primeiramente é necessário frisar que o direito de manifestação é 
assegurado pelo artigo 5º, XVI, da Constituição Federal de 1988. 
 
Mas o que são movimentos sociais? 
Os movimentos sociais são formados por grupos de indivíduos que 
defendem, demandam e/ou lutam por uma causa social e política, geralmente. É uma 
forma da população se organizar, expressar os seus desejos e exigir direitos. São 
fenômenos históricos, que resultam de lutas sociais, que vão transformando e 
introduzindo mudanças estruturais nas sociedades. 
Ações coletivas, tais quais passeatas, greves, marchas, entre outras, são 
usadas como forma de manifestação. 
Os movimentos sociais podem ser divididos em dois tipos: 
1. Conjuntural: movimento que surge devido uma demanda específica e tem curto 
prazo (por exemplo as manifestações sobre o preço da passagem); 
2. Estrutural: movimento que quer conquistar coisas a longo prazo (por exemplo 
os movimentos que lutam pelo fim do racismo ou por Reforma Agrária). 
Outro fato importante é que movimentos sociais podem ser contrários ou 
favoráveis ao governo vigente, basta discordarem ou apoiarem as mesmas lutas com as 
quais o governo se identifica. 
E atenção: movimento social é diferente de manifestação espontânea! Manifestações 
espontâneas acontecem, por exemplo, em estádios de futebol. Quando um grupo 
grande de pessoas está reunido por um objetivo comum, mas não se conhecem e não 
defendem os mesmos ideais. 
9.2 Principais Movimentos Sociais no Brasil 
 
No Brasil, os movimentos sociais ganharam força na década de 70, por serem 
fortes opositores ao Regime Militar. O movimento estudantil pode ser destacado, pois 
nessa época grandes manifestações foram organizadas pelos estudantes, como a 
https://www.politize.com.br/artigo-5/
https://www.politize.com.br/constituicao-de-1988/
https://www.politize.com.br/ditadura-militar-no-brasil/
32 
 
Passeata dos Cem Mil, 1968, assim como no período das Diretas Já e do impeachment 
do ex-presidente Fernando Collor, nas décadas de 80 e 90, respectivamente. 
Além disso, movimentos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais 
Sem Terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que lutam pelo direito 
à terra e moradia, também surgiramna década de 70 e na de 90, respectivamente. 
Ambos são considerados grandes movimentos sociais brasileiros. 
Outro movimento, que ficou conhecido em junho de 2013, foi o MPL 
(Movimento Passe Livre): grupo responsável pelos protestos contra o aumento das 
tarifas dos transportes públicos. Essas manifestações ficaram conhecidas como 
“Jornadas de Junho” e iniciaram uma nova onda de movimentos 
sociais, levantando pautas como os movimentos sociais contemporâneos e o 
movimento social em rede. 
 
Movimentos sociais contemporâneos 
 
 
Os chamados novos movimentos sociais, ou movimentos sociais 
contemporâneos, surgiram através de uma série de lutas por reconhecimento e direitos 
civis. Por isso, eles tratam mais de assuntos voltados a questões éticas e de valores 
humanos, muito discutidos na sociedade e nas grandes mídias. 
 
Movimento Negro 
Apesar de já ser um movimento presente desde a época da escravidão, os 
negros ainda precisam lutar contra a discriminação étnica e racial. Atualmente, acesso 
a espaços e oportunidades comuns que deveriam estar disponíveis a todos os 
brasileiros, o fim da criminalização pela raça e, especialmente, o fim do Racismo 
Estrutural são bandeiras muito presentes nesses movimentos. 
Movimento Estudantil 
 
Responsáveis por organizar a Passeata dos Cem Mil na década de 60, os 
estudantes dispunham de várias organizações representativas, como por exemplo a 
UNE (União Nacional dos Estudantes) e a UEE (Uniões Estaduais dos Estudantes). 
Também estiveram presentes nas manifestações em oposição ao governo Collor e mais 
recentemente na Mobilização estudantil de 2016. 
A luta dos estudantes se concentra, geralmente, em garantir um ensino 
público de qualidade e não permitir cortes de verbas destinadas à educação. 
 
 
 
 
https://www.politize.com.br/mst-voce-entende-o-que-e-esse-movimento/
https://www.politize.com.br/mtst-conheca-o-movimento-dos-trabalhadores-sem-teto/
33 
 
Movimento Feminista 
O movimento feminista (também conhecido 
como movimento das mulheres , ou simplesmente feminismo ) refere-se a uma série 
de campanhas políticas para reformas em questões como direitos 
reprodutivos , violência doméstica , licença de maternidade , remuneração 
igual , sufrágio feminino , assédio sexual e violência sexual , tudo isso cai sob o rótulo 
de feminismo e movimento feminista. As prioridades do movimento variam entre 
nações e comunidades. 
O feminismo em partes do mundo ocidental passou por três ondas. O 
feminismo de primeira onda foi orientado em torno da posição das mulheres brancas 
de classe média ou alta e envolveu sufrágio e igualdade política. O feminismo da 
segunda onda tentou combater ainda mais as desigualdades sociais e culturais. Embora 
a primeira onda de feminismo envolvesse principalmente mulheres brancas de classe 
média, a segunda onda trouxe mulheres de cor e mulheres de outros países em 
desenvolvimento que buscavam solidariedade. [1] Feminismo da terceira onda continua 
a abordar as desigualdades financeiras, sociais e culturais e inclui campanhas renovadas 
para maior influência das mulheres na política e na mídia. Em reação ao ativismo 
político, as feministas também tiveram que manter o foco nos direitos reprodutivos das 
mulheres, como o direito ao aborto. O feminismo de quarta onda examina os sistemas 
interligados de poder que contribuem para a estratificação de grupos tradicionalmente 
marginalizados . 
 
Movimento LGBTQIA+ 
O movimento LGBTQIA+ (sigla que significa: Lésbicas, Gays, Bissexuais, 
Travestis, Transexuais, Transgêneros, Queer, Intersexo e Assexual e mais), mais 
conhecido pela sociedade como Movimento LGBT, age em busca da igualdade social e 
de direitos e contra o preconceito. 
Uma das ações mais conhecidas do movimento é a Parada do orgulho LGBT 
de São Paulo, que acontece anualmente na Avenida Paulista e atrai turistas de todo o 
mundo. O objetivo principal da Parada é a luta contra a LGBTfobia. Nos moldes dessa 
parada, outras mais ocorrem em diversas cidades, especialmente nas capitais dos 
Estados. 
 
Movimento Ecológico 
Concentram-se nos projetos voltados a estudar o impacto dos avanços 
neoliberais como detratores do meio ambiente, reivindicando medidas de proteção 
ambiental. Visa a conscientização da população e a fiscalização dos órgãos 
governamentais responsáveis por tratar dos assuntos ligados ao meio ambiente. 
Movimento Black Bloc 
Surgido na década de 1980, na Alemanha Ocidental, o black bloc despontou 
no cenário brasileiro após as manifestações de junho de 2013. 
As manifestações que ocorreram no Brasil a partir de maio/junho de 2013, 
que ganharam repercussão nacional e espalharam-se pelo país após tomarem as ruas 
da cidade de São Paulo com as ações contra o aumento da tarifa do transporte 
https://en.wikipedia.org/wiki/Political_campaign
https://en.wikipedia.org/wiki/Reproductive_rights
https://en.wikipedia.org/wiki/Reproductive_rights
https://en.wikipedia.org/wiki/Domestic_violence
https://en.wikipedia.org/wiki/Parental_leave
https://en.wikipedia.org/wiki/Equal_pay_for_women
https://en.wikipedia.org/wiki/Equal_pay_for_women
https://en.wikipedia.org/wiki/Women's_suffrage
https://en.wikipedia.org/wiki/Sexual_harassment
https://en.wikipedia.org/wiki/Sexual_harassment
https://en.wikipedia.org/wiki/Sexual_violence
https://en.wikipedia.org/wiki/Feminism
https://en.wikipedia.org/wiki/Western_world
https://en.wikipedia.org/wiki/First-wave_feminism
https://en.wikipedia.org/wiki/First-wave_feminism
https://en.wikipedia.org/wiki/Second-wave_feminism
https://en.wikipedia.org/wiki/Second-wave_feminism
https://en.wikipedia.org/wiki/Feminist_movement#cite_note-1
https://en.wikipedia.org/wiki/Third-wave_feminism
https://en.wikipedia.org/wiki/Fourth-wave_feminism
https://en.wikipedia.org/wiki/Social_stratification
https://en.wikipedia.org/wiki/Marginalization
https://en.wikipedia.org/wiki/Marginalization
34 
 
organizadas pelo Movimento Passe Livre (MPL), trouxeram um debate novo na imprensa 
brasileira: o black bloc. 
O termo black bloc (bloco negro, em inglês) refere-se a uma tática de 
manifestações de rua, desenvolvida desde a década de 1980, para garantir a autodefesa 
dos manifestantes diante de possíveis ações repressivas das forças policiais e, 
posteriormente, para atacar edificações de empresas e instituições de Estado 
consideradas símbolos do capitalismo. Ele constitui-se na formação de um bloco de 
pessoas vestidas de negro que participam em grupo nas manifestações, tapando seus 
rostos com máscaras, capacetes ou panos para evitar o reconhecimento e a perseguição 
policial. 
No Brasil, o black bloc ganhou notoriedade a partir das manifestações de 
junho de 2013 e vem sendo alvo de inúmeras críticas. 
 
Coletivos Sociais 
 
Coletivos sociais são pessoas que se unem em torno de pautas específicas, 
como feminismo, contra o racismo, contra preconceitos de gênero, por exemplo. 
Possuem estrutura horizontalizada e flexível, portanto não há liderança única e todos os 
integrantes possuem voz dentro dos movimentos, podendo opinar sobre quaisquer 
assuntos em pauta. As decisões são colegiadas. Os coletivos podem existir dentro dos 
movimentos sociais. 
 
Tecnologia como aliada: os movimentos sociais em rede 
A internet surgiu como uma construção de um novo espaço para debate e 
por isso as manifestações de 2013 foram um marco dos movimentos sociais em rede. 
Através de redes sociais como Facebook, Twitter e Whatsapp, as 
informações sobre as manifestações – pontos de encontro, horários, vestimenta, entre 
outros – eram passadas de forma instantânea e atingiam um grande número de pessoas. 
Assim, foi construída a cultura do debate em rede. 
Compartilhando conteúdo, informação e conhecimento, a internet tornou-
se um espaço social, onde ideias e pontos de vista podem ser disseminados a todo 
instante. Um terreno fértil para os movimentos sociais se organizarem e atingirem mais 
militantes. 
Apesar dos movimentos sociais parecerem muito ligados a nação na qual 
pertencem, você sabiaque existem movimentos sociais que são transnacionais? É o caso 
do Fórum Social Mundial, um evento que é organizado por diferentes movimentos 
sociais pelo mundo e tem o objetivo de apresentar soluções para problemas 
contemporâneos de transformação social global, formando uma rede de globalização. 
 
9.3 Ações de Inteligência voltadas para acompanhamento de Movimentos Sociais 
Os agentes de Inteligência envolvidos em Movimentos sociais devem 
identificar as tendências, motivações, e analisar o modus operandi de cada grupo com 
intuito de minimizar possíveis tensões e conflitos que possam afetar a ordem pública. 
Os agentes de Inteligência devem reunir informações que possam auxiliar 
os tomadores de decisão (Comandantes diretos, Comando Geral, Secretaria de Defesa 
Social, representantes do Executivo, etc.) cuja intenção é, especialmente, a manutenção 
da Ordem Pública através de informações que auxiliem no dimensionamento do 
35 
 
lançamento do efetivo policial nas manifestações, orientação quanto melhor tipo de 
policiamento a ser empregado, avaliação dos danos e riscos físicos aos participantes, 
aparato de segurança envolvido e sociedade em geral, preservação do cumprimento do 
ordenamento jurídico, entre outros, realizando diagnósticos e prognósticos de 
inteligência. 
 Para que sejam produzidos conhecimentos quantitativos e qualitativos, 
referentes a movimentos sociais, os agentes de inteligência precisam usar de 
metodologia de Produção de Conhecimento e, se preciso, Técnicas utilizadas na 
Atividade de Inteligência, tais quais: Técnicas de OMD, Estória Cobertura, 
Recrutamento, Entrevista e Fotografia. 
 
MÓDULO V 
10. Documentos de Inteligência 
Documentos de Inteligência são os documentos padronizados, redigidos em 
texto claro, ordenado e objetivo, que circulam internamente ou entre as AIs, a fim de 
transmitir ou solicitar conhecimentos. Em regra, os documentos de inteligência serão 
classificados, podendo, excepcionalmente, ser elaborado Relatório Técnico (RT), 
passível de classificação. 
10.1 Documentos externos 
São documentos de Inteligência destinados a usuário externo à Agência de 
Inteligência 
10.1.1 Relatório de Inteligência (Relint) 
É o documento externo, padronizado, no qual o profissional de Inteligência 
transmite conhecimentos para usuários ou outras AI, dentro ou fora do sistema de ISP. 
O tipo de conhecimento transmitido deverá estar explícito na forma da redação - 
Informes, Informações, Apreciações e Estimativas. 
10.1.2 Pedido de Busca (PB) 
É o documento externo, padronizado, utilizado para solicitação de dados 
e/ou conhecimentos entre as AIs, dentro ou fora do sistema de ISP. 
10.1.3 Relatório Técnico (RT) 
Relatório técnico é o documento externo padronizado, passível de 
classificação, que transmite, de forma excepcional, análises técnicas e de dados, 
destinados a subsidiar seu destinatário, inclusive, na produção de provas. 
10.1.4 Comunicado 
Utilizado para difundir, excepcionalmente, frações significativas não 
completamente processadas (dados), quando assim o exigir o princípio da 
oportunidade. Deve ser elaborado quando um dado, submetido ao julgamento, não 
puder ter sua credibilidade aferida em grau de certeza ou opinião em tempo hábil. Pode 
também ser utilizado para a comunicação de assuntos de interesse das AIs. 
36 
 
10.1.5 Sumário 
É o documento externo, padronizado, que apresenta uma coletânea 
rotineira e periódica de fatos e situações ocorridas de interesse da Segurança Pública. 
10.2 Documentos internos 
São documentos de circulação interna, relacionados à atuação, solicitação 
de dados, resposta ou transmissão interna de dados ou conhecimentos no âmbito de 
cada AI, de acordo com seu objetivo, finalidade e estrutura. 
10.2.1 Relatório Interno (RI) 
É o documento interno, padronizado, produzido pelo profissional de 
Inteligência, por iniciativa própria, utilizado para comunicar, no âmbito da AI, dados 
sobre determinado fato ou situação, que podem servir de insumos para a produção de 
conhecimento. 
10.2.2 Ordem de Busca (OB) 
É o documento interno, padronizado, utilizado para solicitação de dados no 
âmbito da AI. 
10.2.3 Relatório de Busca (RB) 
É o documento interno, padronizado, utilizado para responder uma Ordem 
de Busca. 
Outros tipos poderão ser criados, a fim de atender as necessidades 
específicas de cada AI. 
10.3 Requisitos dos Documentos de Inteligência 
A padronização dos documentos é extremamente necessária para se obter 
unidade de entendimento e uniformidade de procedimentos entre os órgãos que 
integram o Sistema de Inteligência de Segurança Pública - SISP. Os documentos conterão 
obrigatoriamente os seguintes itens mínimos de identificação e controle: 
- Brasão da União ou do Ente Federado; 
- Designação e timbre da AI produtora e sua subordinação; 
- Grau de sigilo; 
- Designação do tipo do documento; 
- Numeração sequencial por ano e data de expedição do documento; 
- Cabeçalho contendo: 
- Data (de produção); 
- Assunto; 
- Origem (órgão que originalmente produziu o documento); 
- Difusão (destinatários do documento); 
- Difusão Anterior (destinatários anteriores); 
- Referência (documentos pertinentes difundidos anteriormente entre as AIs); 
- Anexo (documentos que contribuem para o entendimento do assunto); 
37 
 
- Texto; 
- Numeração das páginas (no canto superior à direita, número sequencial seguido do 
total de páginas do documento, separado por barra); 
- Autenticação (no canto superior à direita, abaixo da numeração e em todas as páginas 
do documento, inclusive nos anexos); 
-Recomendação legal sobre preservação do sigilo. 
 
10.4 Classificação e Restrição ao uso dos documentos de ISP 
 
Os documentos de ISP receberão classificação (Ultrasecreto, Secreto e 
Reservado) de acordo com a sensibilidade do assunto abordado, nos termos da 
legislação apropriada e não poderão ser inseridos em procedimentos e/ou processos de 
qualquer natureza, salvo o Relatório Técnico. 
Observar Lei de Acesso à Informação nº 12.527 de 18 de novembro de 2011 
 
10.5 Retransmissão 
 
Consiste em uma AI transmitir a outra(s) AI(s) e/ou usuário(s) um 
documento de Inteligência, cujo conteúdo expressa um conhecimento constante em 
documento originado em uma terceira agência, salvo restrição expressa da agência 
originária. Como regra geral, a retransmissão deverá: 
- Manter a classificação sigilosa e anexos que possam existir; 
- Indicar a AI que produziu o conhecimento; 
- Indicar data em que foi produzido o texto que está sendo retransmitido, além do 
próprio conhecimento, mantendo a numeração do documento elaborado no processo 
de difusão original; 
- Reproduzir o conteúdo integral que está sendo retransmitido, de forma a não ser 
confundido com eventual novo conhecimento que possa ser agregado pela AI 
retransmissora, indicando a difusão anterior. 
 
10.6 Heptâmetro de Quintiliano 
O Heptâmetro de Quintiliano é uma ferramenta aplicada para apurar um 
fato. Propõe sete perguntas que, uma vez respondidas, evidenciam algo com factual. 
38 
 
 
 
QUAIS INFORMACÕES SÃO IMPORTANTES? 
• DATA; 
• HORA DE INÍCIO; 
• LOCAL; 
• INFORMAR A CATEGORIA ORGANIZADORA DO ATO; 
• INFORMAR SE OUTRAS CATEGORIAS PARTICIPAM DO ATO, ESPECIFICANDO-AS; 
• RELACIONAR A(S) LIDERANÇA(S) (se tiver); 
• INFORMAR AS AUTORIDADES E/OU PERSONALIDADES PRESENTES; 
• INFORMAR A PRESENÇA DE IMPRENSA NO LOCAL; 
• INFORMAR SE O ATO TEM VINCULAÇÃO POLÍTICA; 
• SE HÁ UMA PAUTA PRÉVIA A SER DISCUTIDA; 
• QUAIS AS REIVINDICAÇÕES DOS MANIFESTANTES; 
• SE HÁ INTERRUPÇÃO DE TRÁFEGO E VIAS PÚBLICAS (informando a forma utilizada 
pelos manifestantes); 
• SE HAVERÁ DESLOCAMENTO E O ITINERÁRIO A SER SEGUIDO; 
• SE HÁ PRESENÇA POLICIAMENTO OSTENSIVO E OUTRAS FORÇAS AMIGAS (CTTU, PF, 
PRF, GM E ETC); 
• ATUALIZAÇÃO CONSTANTE E APROXIMADA DA QUANTIDADE DE PARTICIPANTES DO 
ATO; 
• INFORMAR A OCORRÊNCIA DE ALGUM ATO ILÍCITO (Depredações, interrupção de 
tráfego e vias públicas, agressões, invasão/ocupação de repartiçõespúblicas, dentre 
outros); 
• INFORMAR SE ESTÁ OCORRENDO PANFLETAGEM (repassando seu conteúdo), 
PIQUETES, DENTRE OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES; 
• AO TÉRMINO DO ATO, REPASSAR O HORÁRIO FINAL DO MOVIMENTO E O QUE FICOU 
ACORDADO, COMO DATAS, HORÁRIOS E LOCAIS DE NOVOS EVENTOS, BEM COMO A 
PROBABILIDADE DE PARALISAÇÃO DE CATEGORIAS. 
39 
 
10.7 Anexos Modelos de Documentos de Inteligência 
 
10.7.1 Ordem de Busca 
10.7.2 Pedido de Busca 
10.7.3 Relatório de Busca 
10.7.4 Relatório de Inteligência 
10.7.5 Relatório Interno 
10.7.6 Relatório Técnico 
 
11. Referências Bibliográficas 
 
ALMEIDA, Alaciel Franklin. Manual do tutor. 2000 (mimeo) 
ANDRADE, Felipe Scarpelli. Inteligência policial: efeitos das distorções no entendimento 
e na aplicação. v. 3, n. 2 (2012). 
Disponível em:https://periodicos.dpf.gov.br/index.php/RBCP/article/view/57>. Acesso 
em: 30 março 2015. 
BALESTRERI, Ricardo Brisolla. Direitos humanos: coisa de polícia. Passo Fundo: CAPEC, 
1998. 
BARROSO, Mônica Maria Ferreira Lacerda. Processo cíclico e análise de inteligência 
policial. Apostila. 2006. CEISO. UFMT. 
BRASIL. Lei 9.883, de 07 de dezembro de 1999. Institui o Sistema Brasileiro de 
Inteligência, cria 
a Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, e dá outras providências. 
______. Decreto nº 9.662, de 1º de janeiro de 2019. Aprova a Estrutura Regimental e o 
Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do 
Ministério da Justiça e Segurança Pública, remaneja cargos em comissão e funções de 
confiança e transforma cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento 
Superiores - DAS. 
______. Ministério da Justiça. Secretaria Nacional de Segurança Pública. Doutrina 
Nacional de Inteligência de Segurança Pública. Brasília, 2014. 
______. Doutrina nacional de inteligência de segurança pública – DNISP / Ministério da 
Justiça, Secretaria Nacional de Segurança Pública. 4. ed., rev. e atual. - Brasília : 
Ministério da Justiça, 2015. 
______. Lei nº 12.850, de 02 de agosto de 2013. Presidência da República. Casa Civil. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 
2014/2013/lei/l12850.htm>. Acesso em: 20 março 2015. 
______. Lei nº 10.217, de 11 de abril de 2001. Presidência da República. Casa Civil. 
Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/leis_2001/l10217.htm>. Acesso em: 
20 março 2015. 
______. Lei nº 9.034, de 03 de maio de 1995. Presidência da República. Casa Civil. 
CBIN 2021 
40 
 
Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/l9034.htm>. Acesso 
em: 20 março 2015. 
______. Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996. Presidência da República. Casa Civil. 
Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/l9296.htm>. Acesso em: 10 
março 2015. 
______. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Presidência da República. Casa 
Civil. Disponível em: < http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/_ato2011- 
2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em: 01 março 2015. 
______. Decreto 4.376, de 13 de setembro de 2002. Presidência da República. Casa Civil. 
Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4376compilado.htm>. Acesso 
em: 01 março 2015. 
______. Decreto Lei nº 12.527, de 16 de maio de 2012. Presidência da República. Casa 
Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 
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NOME DA DISCIPLINA: IBIN 2020 CBIN 2021 
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Revisado em 21/07/2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 COIPM 
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