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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade Barreiro Curso de Ciências Contábeis Disciplina de Contabilidade Integrada Temas: Ativo não circulante – Investimentos GIULIANA MARQUES GOMES 1 - As participações societárias em outras entidades podem ser avaliadas pelo custo, a valor justo e método de equivalência patrimonial. Explique o que é e como se aplica cada um desses critérios de avaliação. Em qual(is) demonstração(ões) essas participações societárias são evidenciadas? Em qual(is) grupamento(s) de conta(s)? Participações Societárias são aproveitamentos de recursos que uma certa entidade investidora, efetua na aquisição de ações ou cotas de outra entidade, sendo a investida, com o objetivo de garantir atividade complementar, fornecimento de matéria-prima além de tecnologia, serviços, aumentar participação no mercado e manter cliente estratégico. Tais participações podem ser classificadas em Controladas, Coligadas ou Outras Participações. A classificação das mesmas depende, necessariamente, dos seguintes fatores: Quantidade e tipo de ações ou cotas que a investidora detém do capital da investida e Influência da investidora na administração da investida. Os investimentos em participações societárias podem ser avaliados pelo Método de Custo de Aquisição (MCA) ou Método da Equivalência Patrimonial (MEP). São classificados no Balanço Patrimonial, com base na sua natureza e na intenção que levou a administração a adquiri-los. Dessa forma, podem ser classificados: Ativo Circulante = investimentos sem intenção de permanência e, realizáveis (conversíveis em dinheiro ou caixa) até o final do próximo exercício. Ativo Realizável a Longo Prazo = investimentos sem caráter de permanência, realizáveis após o final do próximo exercício. Ativo não Circulante - Investimentos = investimentos com caráter de permanência. Método da Equivalência Patrimonial: CPC 18 – é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado pelo reconhecimento da participação atribuída ao investidor nas alterações dos ativos líquidos da investida. O resultado do período do investidor deve incluir a parte que lhe cabe nos resultados gerados pela investida. O CPC 18 determina que: O investimento em coligada e em controlada deve ser contabilizado pelo método de equivalência patrimonial, exceto quando classificado como mantido para venda, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada e em raríssimas outras situações. Método de Custo de Aquisição: é o valor efetivamente despendido na transação por subscrição relativa a aumento de capital, ou ainda pela compra de ações de terceiros, quando a base do custo é o preço total pago. A aquisição de menos de 20% de ações ordinárias é considerada um investimento muito pequeno para conceder ao investidor influência sobre a empresa. Como consequência, este investimento é contabilizado através do método de custos. Neste exemplo, os custos de aquisição são debitados da conta de ativo Investimentos de capital. Qualquer dividendo recebido é debitado na conta Caixa e creditado na conta Receita de dividendos. Portanto, esta renda não afeta o balanço contábil do investimento. Quando o investimento de capital é vendido, um ganho ou perda é reconhecido no valor da diferença entre o custo de aquisição e o preço de venda. As diferenças entre os métodos de custos e de equivalência patrimonial Diferentemente do método de equivalência patrimonial, o método de custos contabiliza investimentos nos quais o investidor não possui controle ou influência sobre as operações da empresa. Sob o método de equivalência patrimonial, o investimento inicial é registrado como custo e o seu valor aumenta ou reduz periodicamente com a contabilização dos dividendos e ganhos ou perdas da empresa. Em contrapartida, o método de custos contabiliza o investimento inicial como débito em uma conta de investimentos e os dividendos como crédito em uma conta de receitas. Ao contrário do método de equivalência patrimonial, as distribuições valores sob o método de custo não afetam o balanço contábil do investimento. A aplicação do MEP consiste em reconhecer no ativo da investidora (na respectiva conta referente ao investimento) toda alteração ocorrida no Patrimônio Líquido da investida. Dessa maneira, por exemplo, quando a investida tiver um lucro, a investidora registrará em sua contabilidade a parcela que lhe cabe desse aumento de riqueza ocorrido na investida. Esse fato (percentual do lucro da investida) será registrado da seguinte maneira na investidora: D – Conta do subgrupo investimentos (Ativo Não Circulante) C – Receita de Equivalência Patrimonial (Conta de Resultado, subgrupo outras receitas operacionais) Já em caso da investida apurar prejuízo líquido no exercício social, a investidora também deverá reconhecer sua parcela correspondente neste prejuízo, da seguinte maneira: D - Despesa de Equivalência Patrimonial (Conta de Resultado, subgrupo outras despesas operacionais) C - Conta do subgrupo investimentos (Ativo Não Circulante) 2 - Defina os seguintes termos: a - Sociedade coligada Entende-se que as sociedades coligadas são as que em suas relações de capital, possui leve participação, cujo capital outra sociedade participa com dez por cento ou mais, do capital da outra, sem controlá-la. b - Sociedade controlada Quando a sociedade possui forte vínculo através de outras controladas, tendo direitos e poder de sócios. c - Sociedade controlada em conjunto Quando há determinado compartilhamento do controle, contratualmente estabelecido, sobre uma atividade econômica que existe somente quando as decisões estratégicas, financeiras e operacionais relativas à atividade exigirem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle d - Ágio e Deságio Diga-se que é valor mencionado no estatuto social de uma empresa e atribuído a uma ação representativa de seu capital. Já valor patrimonial da ação é o resultado da divisão do patrimônio líquido pelo número de ações da empresa, ou seja, é quanto vale cada ação levando-se em conta o valor do patrimônio líquido da empresa em determinado período. Dessa forma, há ágio quando o preço de custo das ações for maior que o seu valor patrimonial, e deságio quando o valor pago pelas ações for menor que o seu valor patrimonial. 3 - Uma empresa A comprou, em 01/01/20X0, ações de outra empresa B no valor de R$1.000,00. Nessa data, o valor do Patrimônio Líquido da empresa A era de R$ 4.500,00 e da empresa B era de R$ 6.500,00. A expectativa de realização deste investimento é até o termino do exercício social seguinte. Tanto a investidora quanto a investida possuem apenas ações ordinárias. a - Esse investimento será avaliado pela investidora pelo custo, valor justo ou equivalência patrimonial? Justifique sua resposta. Tal investimento será avaliado pela investidora pelo custo-MCA. Pois a aquisição de menos de 20% de ações ordinárias é considerada um investimento muito pequeno para conceder ao investidor influência sobre a empresa. Como consequência, este investimento é contabilizado através do método de custos. b - Esse investimento será registrado pela investidora no Ativo Circulante, no Ativo não circulante - Realizável a longo prazo ou no Ativo não circulante - Investimentos? Justifique sua resposta. Os custos de aquisição são debitados da conta de ativo Investimentos de capital. Qualquer dividendo recebido é debitado na conta Caixa e creditado na conta Receita de dividendos. Portanto, esta renda não afeta o balanço contábil do investimento. Quando o investimento de capital é vendido, um ganho ou perda é reconhecido no valor da diferença entre o custo de aquisição e o preço de venda. c- Esse investimento será classificado como coligada, controlada, controlada em conjunto, outras participações societárias ou aplicação em ações? Esse investimento será classificado como participações societárias ou aplicação em ações d - Como serão registrados os dividendos advindos desse investimento, como receita ou redução das participações societárias? Através da denominação de Receita de dividendos. 4 - A empresa D, em 01/01/20X3, adquiriu participação societária da empresa E, representada por ações, no valor de R$ 600. Nesta mesma data o valor do PL da investidora era de R$ 6.000,00 e da investida era de R$ 4.000,00. Sabe-se que a empresa D pode eleger dois dos cinco diretores da empresa E. Tanto a investidora quanto a investida possuem apenas ações ordinárias. Em 31/12/20X3 foram divulgadas as seguintes informações: o valor do PL da investidora de R$ 6.700,00 e da investida de R$ 4.600,00; a investidora auferiu um prejuízo de R$ 300,00 e a investida um lucro de R$ 600,00; a investidora não distribuirá dividendos e a investida destinará 35% do seu lucro para tal fim, que deverão ser pagos em 60 dias. Em relação à investidora, pede-se que se contabilize: a - A operação em 01/01/20X3. Débito: Investimentos 600,00 Crédito: bancos 600,00 b - O reconhecimento, se necessário, do ganho ou perda com esse investimento em 31/12/20X3. 600,00/4.000,00x100,00=15% MEP. 4.600,00x15%=690,00 690,00-600,00=90,00 Débito: Investimentos 90,00 Crédito: receita Eq.p 90,00 c - O reconhecimento, se necessário, dos dividendos propostos em 31/12/20X3. 600,00x35%=210,00 210,00x15%=31,50 d - O reconhecimento, se necessário, do recebimento dos dividendos propostos em 31/12/20X3. Débito: dividendos a receber 31,50 Crédito: Investimentos 31,50
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