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Curso: Contabilidade Geral e Avançada 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 07 
Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ 
SEFAZ GO 
Professor: Feliphe Araújo 
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Curso: Contabilidade Geral e Avançada 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 2 de 134 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 
2 – Investimentos em Participações Societárias .................................. 3 
3 – Participações Societárias Permanentes.......................................... 4 
3.1 – Coligadas .................................................................................... 5 
3.2 – Controladas ................................................................................ 7 
3.3 – Sociedades integrantes de um mesmo grupo .................................. 9 
3.4 – Sociedades sob controle comum .................................................... 9 
3.5 – Método do Custo ....................................................................... 10 
3.5.1 - Dividendos de Investimento Avaliado pelo Método do Custo ..................13 
3.6 – Método de Equivalência Patrimonial (MEP) .................................... 15 
3.6.1 - Dividendos de Investimento Avaliado pelo MEP ....................................21 
4 - Apuração e tratamento contábil da mais valia, do goodwill e do 
deságio .............................................................................................. 25 
4.1 - Ágio Mais Valia de Ativos Líquidos ................................................ 26 
4.2 - Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura (Goodwill) ................. 27 
4.3 – Ganho por Compra Vantajosa ...................................................... 30 
4.4 – Amortização dos Ágios ............................................................... 31 
4.5 – Ações ou Cotas Bonificadas ......................................................... 34 
4.6 – Passivo a Descoberto na Investida ............................................... 34 
5 – Tratamento dos Lucros não realizados ......................................... 36 
5.1 – Lucros não realizados em operações com coligadas ou com 
empreendimento controlado em conjunto ............................................. 37 
5.2 – Lucros não realizados em operações com controlada ...................... 40 
6 – Propriedade para Investimento ................................................... 43 
6.1 – Reconhecimento de uma Propriedade para Investimentos ............... 48 
6.2 – Mensuração no reconhecimento ................................................... 48 
6.3 – Mensuração após o reconhecimento ............................................. 49 
7 – Resumo da Aula ........................................................................... 51 
8 – Mapa Mental da Aula .................................................................... 59 
9 – Questões comentadas .................................................................. 60 
10 – Lista de exercícios ................................................................... 113 
11 - GABARITO ................................................................................ 134 
Aula 07 – Participações Societárias e Métodos de Investimentos. CPC 
28 - Propriedade para Investimento. 
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Curso: Contabilidade Geral e Avançada 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 07 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 3 de 134 
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12 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ................................................ 134 
 
 
 Olá queridos alunos, tudo bem? 
Sejam bem-vindos à aula 07 do curso de Contabilidade Geral e Avançada 
para os futuros Auditores Fiscais da SEFAZ GO. 
 Hoje falaremos sobre as Participações Societárias, os conceitos 
diretamente relacionados com os investimentos e os cálculos de ágios 
e deságios na aquisição dos investimentos. 
Estes assuntos são de extrema importância para o seu estudo, devido 
a regularidade na cobrança pelas bancas. Por isso, estudem com bastante 
atenção. 
 Qualquer dúvida, crítica, sugestões e/ou esclarecimentos, estou à 
disposição no Fórum. Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos 
ajudando a aprimorar o nosso curso. 
 Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para 
aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. 
Treinar é preciso. 
 Cheios de alegria e bem motivados, vamos começar a nossa aula! 
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! 
Um forte abraço, Feliphe Araújo. 
 
 
 
 
Os investimentos em participações societárias derivam de operações 
nas quais uma empresa (a investidora) adquire ações de outras sociedades, 
denominada de investida. 
As participações societárias podem ser classificadas como: 
1) Temporárias: são aquelas adquiridas para fins especulativos, ou 
seja, a empresa adquire com a intenção de vender após algum tempo. Neste 
caso, a intenção é lucrar com a valorização das ações. 
Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Senão 
puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito.
Martin Luther King Jr.
1 - INTRODUÇÃO 
2 – Investimentos em Participações Societárias 
 
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Prof. Feliphe Araújo 4 de 134 
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2) Permanentes: são adquiridas com a intenção de permanência, ou 
seja, não serão mantidas de forma temporária ou para fins especulativos. 
 
Segue uma esquematização que resume os métodos de avaliação de 
investimentos em participações societárias: 
 
 
As participações societárias temporárias já foram estudadas na aula 
03, no tópico de aplicações em instrumentos financeiros. 
Agora, vamos estudar as participações permanentes. 
 
 
Como não há intenção de venda, as participações societárias 
permanentes são classificadas no Ativo Não Circulante Investimentos, sendo 
avaliadas pelo método do custo de aquisição ou método de equivalência 
patrimonial (MEP). 
De acordo com o artigo 248 da Lei 6.404/76, serão avaliados pelo 
método da equivalência patrimonial, os investimentos permanentes em 
sociedades coligadas ou em controladas e em outras sociedades que 
façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum. 
Avaliação de Participações Societárias 
Participações 
Temporárias
Demais 
aplicações
Método do Custo, 
ajustado ao valor 
provável de 
realização, quando 
este for inferior
Classificadas no ativo circulante ou 
ativo não circulante realizável a 
longo prazo, a depender do prazo 
de realizaçao
Destinadas à 
negociação ou 
disponíveis 
para venda
Método do 
Valor justo
Participações 
Permanentes
Método do 
custo
Classificadas no 
ativo não 
circulante 
investimentos
Método de 
equivalência 
patrimonial 
(MEP)
3 – Participações Societárias Permanentes 
 
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Ao contrário, serão avaliados pelo método do custo, os investimentos 
permanentes em outras sociedades que não são coligadas, controladas, 
controladas em conjunto (sociedades que façam parte de um mesmo grupo) 
ou que estejam sob controle comum. 
Assim, antes de estudar os métodos de avaliação das participações 
societárias, precisamos esclarecer os conceitos de sociedades coligadas e 
controladas e das sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou que 
estejam sob controle comum. 
 
 
Conforme a Lei 6.404/76, artigo 243, § 1º, são coligadas as sociedades 
nas quais a investidora tenha influência significativa. 
Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém 
ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou 
operacional da investida, sem controlá-la. 
É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 
20% (vinte por cento) ou mais do capital VOTANTE da investida, sem 
controlá-la. 
Cabe aqui observar que essa presunção de influência significativa é 
relativa, pois admite prova em contrário, de acordo com o item 5 do 
Pronunciamento nº 18 (R2) - Investimento em Coligada, em Controlada e em 
Empreendimento Controlado em Conjunto – do Comitê de Pronunciamento 
Contábeis (CPC). 
Nos termos do CPC 18 (R2), temos que se o investidor mantém direta ou 
indiretamente (por exemplo, por meio de controladas), vinte por cento ou 
mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência 
significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. 
Por outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio 
de controladas, por exemplo), menos de vinte por cento do poder de voto 
da investida, presume-se que ele não tenha influência significativa, a menos 
que essa influência possa ser claramente demonstrada. 
A propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor 
não necessariamente impede que o investidor minoritário tenha influência 
significativa. 
A existência de influência significativa por investidor geralmente é 
evidenciada por um ou mais das seguintes formas: 
(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; 
(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões 
sobre dividendos e outras distribuições; 
3.1 – Coligadas 
 
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(c) operações materiais entre o investidor e a investida; 
(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou 
(e) fornecimento de informação técnica essencial. 
 
A entidade perde a influência significativa sobre a investida quando ela 
perde o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e 
operacionais daquela investida. A perda da influência significativa pode ocorrer 
com ou sem mudança no nível de participação acionária absoluta ou relativa. 
Isso pode ocorrer, por exemplo, quando uma coligada se torna sujeita ao 
controle de governo, tribunal, órgão administrador ou entidade reguladora. Isso 
pode ocorrer também como resultado de acordo contratual. 
Portanto, o principal conceito para definir se uma empresa é ou não 
coligada é a existência da influência significativa. 
Esquematizando: 
 
 
 É hora de praticar futuros Auditores! 
 (Professor Feliphe Araújo/Inédita/2016) Ao analisar o 
subgrupo Ativo Não Circulante Investimentos no Balanço Patrimonial da Cia. 
Aprovados Ltda., o auditor independente verificou que a participação societária 
da empresa na Cia. Sortudos Ltda., registrada na contabilidade por R$ 
100.000,00, tinha sido avaliada pelo método de equivalência patrimonial, 
porque a investidora tinha 30% do capital votante da investida. 
Constatou, ainda, que a Cia. Aprovados Ltda. não tinha o poder de participar 
nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da investida e, por 
isso, não possuía influência significativa sobre a Cia. Sortudos. 
Diante de tais fatos, o auditor concluiu que o procedimento está: 
a) correto, porque como existe presunção de influência significativa, a 
participação societária na investida é em coligada. 
b) incorreto, porque a participação societária é em coligada e o investimento é 
avaliado pelo método de equivalência patrimonial. 
Há Influência 
Significativa?
Sim
Portanto, o investimento será em 
coligada e deve ser usado o método da 
equivalência patrimonial. 
Não
Portanto, se o investimento for 
permanente, a investida não será uma 
coligada e deve ser usado o método 
do custo de aqusição.
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c) incorreto, porque a investida é equiparada a coligada da investidora. 
d) correto, porque a investida é uma controlada. 
e) incorreto, porque, como não existe influência significativa, a participação 
societária na investida não é em coligada e o investimento é avaliado pelo 
método do custo. 
Resolução: 
A Cia. Aprovados Ltda. possui influência significativa presumida sobre a 
investida, porque detém vinte por cento ou mais do poder de voto da 
investida. Porém, esta presunção é relativa, pois admite-se prova em contrário. 
Como a Cia. Aprovados Ltda. não possuía influência significativa sobre a Cia. 
Sortudos, conforme dados do enunciado, a participação societária na investida 
não é em coligada e o investimento é avaliado pelo método do custo. 
Então, concluímos que o procedimento está incorreto. 
Gabarito: Letra E. 
 
 
De acordo com a Lei 6.404/76, artigo 243, § 2º, considera-se controlada 
a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras 
controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo 
permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a 
maioria dos administradores. 
Em outras palavras, o controle ocorre quando a investidora (controladora) 
possui direta ou indiretamente mais de 50% do capital votante da investida 
(controlada). 
Quando a investidora possui a totalidade das ações da investida, ou seja, 
100% do capital votante, essa controlada é denominada por subsidiária integral, 
que é uma espécie sui genere de sociedade, pois a mesma possui um único 
acionista, conforme dispõe o art. 251 da Lei das Sociedades por Ações. 
Sabemos que o capital social de uma sociedade pode ser formado por: 
 
1. Em alguns casos, as ações preferenciais podem ter direito ao voto. 
 
Capital 
Social
Capital não votante = ações preferenciais¹
Ações que não
têm direito a 
voto
Capital votante = ações ordinárias
Ações que têm 
direito a voto
3.2 – Controladas 
 
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O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a 
restrição no exercício desse direito, não podeultrapassar 50% (cinquenta por 
cento) do total das ações emitidas. (Lei 6.404/76, artigo 15, § 2o) 
Portanto, como consequência do artigo 15, o número de ações ordinárias 
corresponde a no mínimo 50% (cinquenta por cento) do capital social. 
Exemplo: a Companhia Aprovados tem um capital social de 10.000 ações. 
Conforme o artigo 15 da Lei 6.404/76, a Companhia Aprovados pode ter no 
mínimo 5.000 ações ordinárias (50% x 10.000). Supondo que ela tenha 
somente esse mínimo, para que qualquer companhia investidora tenha o 
controle da Companhia Aprovados, é necessário adquirir 50% mais uma ação 
ordinária, ou seja, 50% x 5.000 + 1 ação = 2.501 ações ordinárias. 
 
O controle acionário pode ser direto ou indireto. 
 
 
Exemplo: observe a figura abaixo e identifique quais empresas são controladas 
e quais são controladoras, identificando se o controle é direto ou indireto. 
 
 75% 60% 
 Controle Direto Controle Direto 
 
 Controle Indireto 
 
Conclusões: 
 A Companhia Sortudos controla diretamente a Companhia Aprovados. 
 A Companhia Aprovados controla diretamente a Companhia Felicidade. 
 A Companhia Sortudos controla indiretamente a Companhia Felicidade 
por meio do controle direto que exerce sobre a Companhia Aprovados. 
 
 
Controle
Direto
ocorre quando a investidora possui mais 
de 50% do capital votante da investida; 
Indireto
ocorre quando a investidora exerce o 
controle de uma companhia por meio de 
outra companhia, que é controlada por ela 
(investidora);
Companhia 
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Grupo Econômico é o conjunto de empresas subordinadas a um centro 
único de decisões que, através de ligações financeiras, pessoais e (sobretudo) 
de propriedade acionária é capaz de exercer o poder, no mínimo, em termos 
estratégicos (investimentos, base tecnológica, estratégia financeira etc.). 
De acordo com o CPC 36 (R3) – Demonstrações Consolidadas, Grupo 
Econômico é a controladora e todas as suas controladas. 
Quando a investidora e a investida pertencem a um mesmo grupo 
econômico, ou seja, possuem um controlador comum, o investimento será 
avaliado pelo MEP, independentemente do percentual de participação da 
investidora no capital social da investida. 
Por exemplo, vamos supor que a companhia Aprovados controle um 
grupo econômico formado por várias empresas, entre elas, as companhias 
Sortudos e Felicidade, e que a companhia Sortudos possua apenas 5% do capital 
votante da companhia Felicidade. Segue figura dessa situação. 
 Controle Direto Controle Direto 
 
 
5% 
Método de Equivalência Patrimonial (MEP) 
 
Da análise da figura acima, podemos concluir que as companhias 
Sortudos e Felicidade (controladas) estão sob o controle comum da Companhia 
Aprovados (controladora). Nesse caso, mesmo a companhia Sortudos possuindo 
apenas 5% do capital votante da companhia Felicidade, o investimento da 
companhia Sortudos na Companhia Felicidade será avaliado pelo MEP. 
 
 
Controle comum (ou controle conjunto) é o compartilhamento, 
contratualmente convencionado, do controle de negócio, que existe somente 
quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento 
unânime das partes que compartilham o controle. 
Segue um exemplo de duas companhias que exercem controle comum 
sobre uma outra companhia, conforme ilustração abaixo: 
 
 
 
3.3 – Sociedades integrantes de um mesmo grupo 
 
3.4 – Sociedades sob controle comum 
 
Companhia 
Felicidade 
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Prof. Feliphe Araújo 10 de 134 
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 50% 50% 
 
 
 
 
 
Da análise da figura acima, podemos concluir que nenhuma companhia 
tem o controle da companhia Aprovados. Por causa disso, as companhias 
Sortudos e felicidade celebram um contrato aprovando o controle em comum 
(ou controle conjunto) da companhia Aprovados. 
Continuando a nossa aula, vamos estudar os dois métodos de avaliação 
das participações societárias permanentes, quais sejam: Método do Custo ou 
Método de Equivalência Patrimonial. 
 
 
Segundo o artigo 183, III, da Lei das S/A, os investimentos em 
participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto 
nos artigos 248 a 250, serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzido 
de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa 
perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado 
em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas 
bonificadas. 
As outras sociedades são aquelas que não são coligadas, 
controladas, controladas em conjunto (sociedades que façam parte de um 
mesmo grupo) ou que estejam sob controle comum. 
Os artigos 248 a 250 referem-se aos investimentos avaliados pelo 
método de equivalência patrimonial, que estudaremos no tópico seguinte. 
Os demais investimentos serão avaliados pelo custo de aquisição, 
deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do 
seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, 
quando este for inferior. (Art. 183, IV, Lei 6.404/76) 
Resumindo, os investimentos pelo método do custo são avaliados 
pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis, e 
possui o seguinte lançamento na sua aquisição: 
D - Investimentos permanentes "método do custo" (AÑC Investimentos) 
C - Caixa/Bancos 
 
3.5 – Método do Custo 
 
Companhia 
Felicidade 
Companhia 
Sortudos 
Companhia 
Aprovados 
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Exemplo: em 01/03/20X1, a sociedade Aprovados S/A adquiriu 1.000 ações da 
companhia Sortudos Ltda. ao custo de R$ 30,00 cada, com a finalidade de 
permanência. Sabendo que não há influência significativa no investimento, 
realize o lançamento de aquisição: 
O investimento é permanente e não há influência significativa, portanto, 
a participação societária é avaliada pelo método do custo. 
1. Lançamento para registro da aquisição de 1.000 ações: 
D – Investimento avaliado pelo custo – Cia. Sortudos 
C – Bancos ......................................... 30.000 (30,00 x 10.000 ações) 
 
2. O Balanço Patrimonial da sociedade Aprovados após aquisição das ações, 
em 01/03/20X1, tem a seguinte estrutura, considerando apenas o ativo: 
ATIVO 
Ativo Não Circulante Investimentos.......................30.000,00 
 Investimento avaliado pelo custo – Cia. Sortudos...30.000,00 
 
Após o registro inicial, analise as duas situações abaixo: 
Situação 01: digamos que, em 31/12/20X1, o valor justo das ações da Cia. 
Sortudos esteja sendo cotada ao custo deR$ 27,00 cada. Calcule o valor 
contábil do investimento em 31/12/20X1. 
Resolução: 
Como o investimento é avaliado pelo método do custo, nenhum ajuste deve ser 
feito, porque não há comprovação de que a diminuição do valor do investimento 
[de 30.000 para 27.000 (27 x 10.000)] seja uma perda permanente. Assim, o 
valor contábil do investimento no balanço patrimonial permanece o mesmo no 
montante de R$ 30.000,00, conforme registro inicial. 
 
Situação 02: digamos que, em 31/12/20X1, a entidade obtenha evidências 
suficientes de que o valor provável de realização de seus investimentos na Cia. 
Sortudos será de apenas R$ 28.000,00, tendo em vista um incêndio em suas 
instalações que ocasionou a perda de diversos produtos. Calcule o valor contábil 
do investimento em 31/12/20X1. 
Resolução: 
Segundo o artigo 183, III, da Lei das S/A, quando a perda estiver comprovada 
como permanente, deve ser constituída uma provisão para perdas 
prováveis na realização do seu valor. 
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Neste caso, a entidade obteve provas concretas de que o valor de realização 
destes investimentos irá reduzir permanentemente. Portanto, a sociedade 
Aprovados deverá constituir uma conta redutora para Ajuste para perdas 
prováveis, reduzindo o saldo da conta Investimento avaliado pelo custo – Cia. 
Sortudos, ajustando-a ao valor provável de realização. Pela constituição da 
conta redutora, deverá ser reconhecida a perda provável como despesa do 
exercício. 
1. Lançamento para registro da perda em 31/12/20X1: 
D - Despesas com Ajuste para perdas prováveis 
C - Ajustes para perdas prováveis com investimentos...2.000 (30.000 – 28.000) 
 
2. O Balanço Patrimonial da sociedade Aprovados após o registro da perda, 
em 31/12/20X1, tem a seguinte estrutura, considerando apenas o ativo: 
ATIVO 
Ativo Não Circulante Investimentos............................28.000,00 
 Investimento avaliado pelo custo – Cia. Sortudos........30.000,00 
 (-) Ajustes para perdas prováveis com investimentos...(2.000,00) 
 
Até agora, tudo bem tranquilo. Ocorre que, as entidades, ao adquirirem 
participações em outras companhias, o fazem por dois motivos primordiais: 
a) obter ganhos de capital na realização das ações no futuro; e 
b) auferir receita de dividendos. 
 
Antes de estudar como deve ser o tratamento dos dividendos no método 
do custo, vamos treinar o que já aprendemos. 
 (FCC/ICMS - SP/2013) A Cia. Futurista adquiriu 3% das 
ações da Cia. Atual, em 20/02/2013, por R$ 4.560,00. As sociedades não são 
do mesmo grupo nem estão sob controle comum. O investimento adquirido não 
caracteriza controle nem influência significativa sobre a investida, mas a Cia. 
Futurista possui a intenção de permanecer com este investimento por vários 
exercícios, ou seja, não há intenção de venda. 
Neste caso, o investimento, classificado no ativo não circulante da Cia. Futurista, 
será avaliado pelo 
a) custo corrente corrigido. 
b) método da equivalência patrimonial. 
c) método de custo. 
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d) método da conciliação. 
e) método de crédito unitário projetado. 
Resolução: 
Os investimentos permanentes devem ser avaliados pelo Método da 
Equivalência Patrimonial (se houver controle ou influência significativa) ou pelo 
método de custo. 
O investimento adquirido não caracteriza controle nem influência significativa 
sobre a investida, mas a Cia. Futurista (investidora) possui a intenção de 
permanecer com este investimento por vários exercícios, ou seja, como não há 
intenção de venda, o investimento será avaliado pelo método de custo. 
Gabarito: Letra C. 
 
 
Para contabilização dos dividendos recebidos de investimentos 
permanentes pelo método do custo, existem duas regras: 
1) De acordo com art. 380 do RIR/99, os lucros ou dividendos recebidos 
pela pessoa jurídica, em decorrência de participação societária avaliada pelo 
custo de aquisição, adquirida até seis meses antes da data da respectiva 
percepção, serão registrados pelo contribuinte como diminuição do valor do 
custo e não influenciarão as contas de resultado. 
Assim, os dividendos recebidos até 6 meses da data de aquisição dos 
investimentos são considerados como uma recuperação de parte do 
investimento. A justificativa para esse procedimento é que o valor da compra já 
incluía o lucro, que seria posteriormente recebido. Contabilização: 
D – Caixa/Bancos ou dividendos a receber (AC) 
C - Investimentos "método do custo" (AÑC Investimentos) 
 
2) Os dividendos recebidos após 6 meses da data de aquisição dos 
investimentos são registrados como receita. Tal receita é considerada como 
operacional nos termos da legislação, mas em subgrupo a parte, denominado 
de Outras Receitas Operacionais. A receita de dividendos deve ser reconhecida 
pela investidora no momento em que a investida informa a distribuição de 
dividendos, conforme lançamento: 
D - Dividendos a receber (AC) 
C - Receita de Dividendos (ou Receita Operacional) – Resultado 
 
3.5.1 - Dividendos de Investimento Avaliado pelo Método do Custo 
 
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Quando a investida distribuir os dividendos de fato, a investidora deverá 
registrar o recebimento dos recursos mediante o seguinte lançamento: 
D - Caixa ou Bancos (ou Disponível) 
C - Dividendos a receber (AC) 
 
 Se, por acaso, o montante dos dividendos for efetivamente recebido no 
momento da apuração dos dividendos a distribuir, o registro será da seguinte 
forma: 
D - Caixa ou Bancos (ou Disponível) 
C - Receita de Dividendos (ou Receita Operacional) – Resultado 
 
Regra geral, nas questões de concursos, se o examinador não 
mencionar o prazo de pagamento dos dividendos de investimentos 
avaliados pelo método de custo, considere que os dividendos foram 
recebidos após 6 meses da data de aquisição. 
É hora de praticar futuros Auditores. 
 (FCC/Analista – Contabilidade – TRT 3ª/2009) Os 
dividendos pagos por uma investida, avaliada pelo método de custo, 
a) diminuem o valor do investimento na investidora. 
b) não geram lançamento na investidora. 
c) diminuem o resultado na investidora. 
d) geram uma receita na investidora. 
e) aumentam o passivo da investidora. 
Resolução: 
Pessoal, nos investimentos avaliados pelo método de custo, os dividendos 
distribuídos podem ter a seguinte contabilização na investidora: 
1. Dividendos recebidos até 6 meses da data de aquisição dos investimentos: 
D – Caixa/Bancos ou dividendos a receber (AC) 
C - Investimentos "método do custo" (AÑC Investimentos) 
 
2. Dividendos recebidos após 6 meses da data de aquisição dos investimentos: 
D - Dividendos a receber (AC) 
C - Receita de Dividendos (Resultado) 
 
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Porém, o examinador não mencionou qual seria o prazo desse investimento. 
Neste caso, você deve considerar que os dividendos foram recebidos após 6 
meses da data de aquisição. 
Portanto, os dividendos pagos por uma investida, avaliada pelo método de custo 
geram uma receita na investidora, conforme lançamento 2. 
Gabarito: Letra D. 
 
 (ESAF/AFC - STN/2013) A Cia. Iluminada participa com 4% 
do capital ordinário da Cia. Hércules. Nessa participação societária permanente, 
a investidora não possuía influência significativa. Na ocasião da aprovação das 
contas e distribuição do resultado da Cia. Hércules, também foi aprovada a 
distribuição de R$ 500.000 a título de dividendos aos seus acionistas. A empresa 
investidora, ante esse fato, deve registrar um débito: 
a) em Resultado com Investimentos a crédito de Ganhos com Participações 
Societárias Permanentes. 
b) em Participações Societárias Permanentes a crédito de Receitas não 
Correntes - Investimentos. 
c) de Dividendos a Receber a crédito de Outras Receitas Operacionais - 
Dividendos e Rendimentos de Outros Investimentos. 
d) de Disponibilidades a crédito de Ganhos e Perdas com Participações 
Permanentes em Outras Sociedades. 
e) de Conta de Resultado a crédito de Resultados com Investimentos 
Permanentes em outras Sociedades Coligadas. 
Resolução: 
Como não existe influência significativa, o investimento é avaliado pelo método 
de custo. Nesse caso, o recebimento de dividendos será reconhecido pela 
empresa investidora como uma receita, na Demonstração do Resultado: 
D - Caixa ou Dividendos a Receber (AC) 
C - Receita de Dividendos (resultado - outras receitas operacionais) 
Gabarito: Letra C. 
 
 
Segundo o artigo 248 da Lei 6.404/76, os investimentos permanentes em 
sociedades coligadas ou em controladas e em outras sociedades que 
façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão 
avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP). 
3.6 – Método de Equivalência Patrimonial (MEP) 
 
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O valor do investimento pelo Método de Equivalência Patrimonial 
(MEP) é determinado mediante a aplicação da percentagem de participação 
no capital social sobre o patrimônio líquido de cada coligada, controlada, 
controlada em conjunto ou sobre controle comum. 
 
Investimento avaliado pelo MEP = % de participação no capital da investida x PL da investida 
 
ATENÇÃO: os investimentos avaliados pelo MEP estão relacionados com o 
percentual de participação no Capital Social da investida. Para determinar se 
uma empresa é coligada ou controlada, identificamos a participação no 
Capital Votante da investida. Capital Social e Capital Votante são coisas 
distintas. Muito cuidado na hora da prova, porque as bancas tentam confundir 
os candidatos. 
 
Método de equivalência patrimonial é o método de contabilização por 
meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e 
posteriormente ajustado pela aplicação do percentual de participação no 
capital social da investida nos lucros ou prejuízos do exercício da investida. 
Quando a investida apura um lucro líquido, a investidora reconhecerá 
no resultado do exercício uma receita de equivalência patrimonial (REP). 
Se a investida apura um prejuízo líquido, a investidora contabilizará uma 
perda de equivalência patrimonial (PEP). 
 
REP = % de participação no capital da investida x Lucro Líquido da investida 
PEP = % de participação no capital da investida x Prejuízo Líquido da investida 
 
Portanto, concluímos que os investimentos avaliados pelo MEP possuem 
duas datas em que são analisados, o primeiro, na data da aquisição, e o 
segundo, quando encerrado o exercício social e divulgado o resultado. 
Ainda, ao término do exercício, as demais variações ocorridas no 
patrimônio líquido da investida, como os outros resultados abrangentes (por 
exemplo, ajustes de avaliação patrimonial e as diferenças de conversão em 
moeda estrangeira, quando aplicável) devem ser reconhecidos pelo investidor 
de forma reflexa, ou seja, em outros resultados abrangentes diretamente 
no patrimônio líquido do investidor, e não no seu resultado. 
Portanto, qualquer variação que ocorra no PL da investida gera reflexo 
nos investimentos contabilizados no ativo da investidora. 
A melhor forma de explicar tudo que vimos até agora é por meio de um 
caso prático. Vamos lá! 
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Exemplo: em 01/05/2015, a Cia. Aprovados S/A adquiriu 40% do capital 
social da Cia. Dedicados S/A por R$ 20.000,00. As empresas são coligadas. 
Segue o balanço patrimonial da investida na data da aquisição da participação. 
BALANÇO PATRIMONIAL DA CIA. DEDICADOS EM 01/05/2015 
ATIVO PASSIVO 
Investimento disponível para venda 
futura ................................ 10.000 
Bancos .............................. 20.000 
Móveis e Utensílios .............. 26.000 
Passivo Exigível .................... 6.000 
Duplicatas a Pagar ................ 6.000 
Patrimônio Líquido .............. 50.000 
Capital Social ..................... 50.000 
Ativo Total = 56.000,00 Passivo Total = 56.000,00 
 
 1. Com base nos dados, efetue o registro de aquisição do investimento: 
Como as empresas são coligadas, esse investimento é avaliado pelo MEP. 
Cálculo da participação no investimento pela Cia. Aprovados S/A: 
PL da Cia. Dedicados S/A .............................................. 50.000,00 
x % de participação no capital social da Cia Dedicados ........... x 40% 
= Investimento pelo MEP .............................................. 20.000,00 
 
Reconhecimento na Cia. Aprovados S/A da aquisição de investimentos da 
Cia. Dedicados S/A, em 01/05/2015: 
D - Investimentos na Cia Dedicados "MEP" (AÑC Investimentos) 
C - Caixa/Bancos .................................................................. 20.000,00 
 
2. A Cia. Dedicados, em 31/12/2015, apurou um prejuízo líquido de R$ 
10.000,00. Balanço Patrimonial após o resultado de 2015: 
BALANÇO PATRIMONIAL DA CIA. DEDICADOS EM 31/12/2015 
ATIVO PASSIVO 
Investimento disponível para venda 
futura 10.000 
Bancos 10.000 
Móveis e Utensílios 26.000 
Passivo Exigível 6.000 
Duplicatas a Pagar 6.000 
Patrimônio Líquido 40.000 
Capital Social 50.000 
(-) Prejuízo Acumulados (10.000) 
Ativo Total = 46.000,00 Passivo Total = 46.000,00 
 
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Resolução: 
A Cia. Aprovados (investidora) deve ajustar seu investimento de acordo 
com o resultado dainvestida. Podemos fazer de duas maneiras: 
a) Valor da participação da Cia. Aprovados S/A em 31/12/2015: 
PL da Cia. Dedicados S/A em 31/12/2015 ....................... 40.000,00 
x % de participação no capital social da Cia Dedicados ........... x 40% 
= Investimento pelo MEP .............................................. 16.000,00 
 
Comparando o valor do investimento registrado inicialmente com o valor 
ajustado, temos que: 
Valor do investimento em 01/05/2015: R$ 20.000,00 
Valor do investimento em 31/12/2015: R$ 16.000,00 
Resultado do MEP: 20.000 – 16.000 = Perda de R$ 4.000,00 
 
Outra forma de cálculo do MEP: como o resultado da Cia. Dedicados S/A 
foi um prejuízo de R$ 10.000, o resultado do MEP para a Cia. Aprovados S/A 
poderia ser calculado diretamente sobre este resultado: 
PEP = % de participação no capital da investida x Prejuízo Líquido da investida 
Perda de Equivalência Patrimonial = 40% x 10.000 = R$ 4.000,00 
 
Reconhecimento da perda da Cia. Aprovados S/A nos prejuízos da Cia. 
Dedicados S/A em 31/12/2015: 
D - Perda de equivalência patrimonial (resultado) 
C - Investimentos na Cia Dedicados "MEP" (AÑC Investimentos) ....... 4.000,00 
3. A Cia. Dedicados apresentou os seguintes resultados em 31/12/2016: 
- Lucro líquido de R$ 25.000,00, sem a distribuição de dividendos. Esse 
valor foi usado para abater os prejuízos e o restante para constituição de reserva 
de lucros. 
- Apurou R$ 8.000,00 de Ajuste de Avaliação Patrimonial. 
 
 
 
 
 
 
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Balanço Patrimonial após o resultado de 2016: 
BALANÇO PATRIMONIAL DA CIA. DEDICADOS EM 31/12/2016 
ATIVO PASSIVO 
Investimento disponível para venda 
futura 18.000 
Bancos 35.000 
Móveis e Utensílios 26.000 
Passivo Exigível 6.000 
Duplicatas a Pagar 6.000 
Patrimônio Líquido 73.000 
Capital Social 50.000 
Reserva de lucros 15.000 
Ajuste de Av. Patrimonial 8.000 
Ativo Total = 79.000,00 Passivo Total = 79.000,00 
 
Resolução: 
Vamos fazer pelo método mais rápido. Primeiro, precisamos ajustar seu 
investimento de acordo com o resultado da investida. 
REP = % de participação no capital da investida x Lucro Líquido da investida 
Receita de Equivalência Patrimonial = 40% x 25.000 = R$ 10.000,00 
 
3.1. Reconhecimento da participação da Cia. Aprovados S/A nos lucros 
da Cia. Dedicados S/A em 31/12/2016: 
D - Investimentos na Cia Dedicados "MEP" (AÑC Investimentos) 
C - Receita de equivalência patrimonial (resultado) ............ 10.000,00 
 
3.2. Vimos que os outros resultados abrangentes da investida (como o 
Ajuste de Avaliação Patrimonial) também devem ser reconhecidos pelo 
investidor de forma reflexa, ou seja, em outros resultados abrangentes 
diretamente no patrimônio líquido do investidor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O valor do Ajuste de Avaliação Patrimonial da Cia. Dedicados S/A gera o 
seguinte lançamento na Investidora Cia. Aprovados S/A: 
D - Investimentos na Cia Dedicados "MEP" (AÑC Investimentos) 
C - Ajuste de Avaliação Patrimonial em coligada (PL)...3.200,00 (8.000 x 40%) 
 
Resumo dos registros na conta “Investimentos na Cia Dedicados MEP”: 
Investimentos na Cia 
Dedicados MEP 
(1) 20.000 
(3.1) 10.000 
4.000 (2) 
(3.2) 3.200 
 33.200 4.000 
 29.200 
 
3.3. Valor da participação da Cia. Aprovados S/A em 31/12/2016: 
PL da Cia. Dedicados S/A em 31/12/2016 ....................... 73.000,00 
x % de participação no capital social da Cia Dedicados ........... x 40% 
= Investimento pelo MEP .............................................. 29.200,00 
 
3.4. Balanço Patrimonial da Investidora Cia. Aprovados S/A, em 
31/12/2016, sendo que as demais contas foram desconsideradas: 
ATIVO PASSIVO 
AÑC Investimentos 
Investimentos na Cia Dedicados.29.200* 
Patrimônio Líquido 
Capital Social 
AAP em empresa coligada.............3.200 
* Valor Contábil do Investimento = Valor Patrimonial do Investimento 
 
Esquematizando os investimentos avaliados pelo MEP: 
 
 
Aumento do PL da 
investida 
Aumento do 
Investimento na 
investidora 
Diminuição do PL 
da investida 
Diminuição do 
Investimento na 
investidora 
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ATENÇÃO: nos investimentos avaliados pelo método do custo, o resultado do 
exercício apurado na investida não gera nenhum reflexo na contabilidade da 
investidora. 
 
Vamos praticar futuros Auditores! 
 (VUNESP/Auditor – ISS São José dos Campos/2015) A 
Cia. Alvorada possui 60% das ações da Cia. Gardênia. 
O investimento está registrado na contabilidade da investidora, avaliado pela 
equivalência patrimonial, pelo valor de R$ 1.200.000,00 em 31.12.2013. No 
exercício findo em 31.12.2014, a investida apresentou um lucro líquido do 
exercício correspondente a R$ 780.000,00. A investidora deverá, em 
consequência, registrar um resultado positivo da equivalência patrimonial (em 
R$) de 
a) 720.000,00. 
b) 780.000,00. 
c) 468.000,00. 
d) 432.000,00. 
e) 525.000,00. 
Resolução: 
Método de equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio 
do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e 
posteriormente ajustado pela aplicação do percentual de participação no 
capital social da investida nos lucros ou prejuízos do exercício da investida. 
Quando a investida apura um Lucro Líquido (LL), a investidora reconhecerá 
no resultado do exercício uma receita de equivalência patrimonial (REP). 
Lucro Líquido da investida 780.000,00 
x % de participação no capital da investida X 60% 
= Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial 468.000,00 
Gabarito: Letra C. 
 
 
De acordo com o CPC 18 (R2), as distribuições recebidas da investida de 
investimentos avaliados pelo MEP reduzem o valor contábil do investimento 
na investidora. 
3.6.1 - Dividendos de Investimento Avaliado pelo MEP 
 
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Quando houver a distribuição dos dividendos pela investida, o PL desta 
sofrerá uma redução no valor dos dividendos distribuídos. Em consequência, os 
dividendos recebidos pela investidora causam uma redução dos investimentos 
contabilizados na investidora proporcional ao percentual de 
participação que a investidora tem no capital social da investida. 
Dividendos a pagar pela investida 
x %de participação no capital da investida 
= Dividendos a Receber pela investidora 
 
A implicação disso é que, no método de equivalência patrimonial, o 
recebimento de dividendos é mera “entrada de caixa”, já que a repercussão 
econômica do lucro, que deu origem aos dividendos, já foi realizada quando da 
avaliação do investimento pelo MEP. 
Em outras palavras, o recebimento de dividendos significa uma realização 
parcial dos investimentos na investida e, portanto, não deverá ser apropriado 
como receita. 
O dividendo distribuído é mais uma variação que ocorre no PL da investida 
e que gera reflexo nos investimentos contabilizados no ativo da investidora. 
Assim, nos investimentos avaliado pelo MEP, a investidora efetuará 
um débito em caixa/bancos ou dividendos a receber em contrapartida a 
um crédito em investimentos. 
Esquematizando: 
 
Investidora
% de participação no 
capital social
Investida
Distribuição de 
dividendos
Impacto na investidoraDividendos a Receber
Redução de 
Investimentos
Impacto na investidora Redução do PL
Lucros Acumulados 
a Dividendos a Pagar
Impacto na investidora
Dividendos a Receber
a Investimentos MEP
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Tabela dos lançamentos dos dividendos pelos dois métodos de avaliação: 
Investimentos avaliados pelo Lançamento Dividendos a Receber 
Custo até 6 meses da data da 
aquisição 
D – Dividendos a Receber 
C – Investimento pelo custo 
Redução do Investimento 
Custo após 6 meses da data da 
aquisição 
D – Dividendos a Receber 
C – Receita de Dividendos 
Receita Operacional 
Método de Equivalência 
Patrimonial 
D – Dividendos a Receber 
C – Investimento pelo MEP Redução do Investimento 
 
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 (FCC/Analista - Ciências Contábeis – Bahia Gás/2010) 
Recebimentos de dividendos de investimentos avaliados pela equivalência 
patrimonial devem ser contabilizados como 
a) Crédito da Conta Investimentos. 
b) Receitas Eventuais. 
c) Débito da Conta Investimentos. 
d) Recuperação de Custos. 
e) Receitas não operacionais. 
Resolução: 
Nos investimentos avaliados pela MEP, a investida, ao propor ou pagar 
dividendos, estará reduzindo o seu patrimônio líquido. 
Para manter a equivalência do investimento com o patrimônio líquido da 
sociedade investida, a investidora deverá creditar a conta representativa da 
participação societária, independentemente do tempo transcorrido entre a 
aquisição da participação societária e a distribuição de dividendos pela investida. 
Lançamento Contábil: 
D – Caixa/Bancos ou Dividendos a Receber 
C – Participações Societárias (Investimentos) 
Gabarito: Letra A. 
 
 (FCC/ISS - SP/2012) A empresa Alfa, sociedade anônima 
de capital aberto, possui 30% de participação no capital social de uma empresa 
coligada (empresa Gama). Durante o exercício financeiro de X1, a investida 
obteve Lucro Líquido de R$ 100.000,00, distribuiu Dividendos no valor de R$ 
20.000,00 e teve o saldo da conta Ajuste de Avaliação Patrimonial aumentado 
em R$ 10.000,00. Em decorrência deste investimento, a empresa Alfa, em X1, 
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a) reconheceu receita de equivalência patrimonial no valor de R$ 30.000,00. 
b) manteve o valor do investimento avaliado pelo custo de aquisição. 
c) teve uma variação no saldo da conta Investimento em Coligadas referente à 
empresa Gama de R$ 24.000,00. 
d) reconheceu receita de dividendos no valor de R$ 6.000,00. 
e) teve seu patrimônio líquido aumentado em R$ 30.000,00. 
Resolução: 
1. Investidora: Empresa Alfa 
Participação de 30% no capital social da empresa Gama 
2. Investida: Empresa Gama 
Lucro líquido de R$ 100.000,00 
Dividendos distribuídos = R$ 20.000,00 
Ajuste de Avaliação Patrimonial = R$ 10.000,00 
3. Quando a investida apura um lucro líquido, a investidora reconhecerá no 
resultado do exercício uma receita de equivalência patrimonial (REP). 
REP = % de participação no capital da investida x Lucro Líquido da investida 
Receita de Equivalência Patrimonial = 30% x 100.000 = R$ 30.000,00 
Lançamento contábil: 
D - Investimentos em coligadas (AÑC Investimentos) 
C - Receita de equivalência patrimonial (resultado) ............ 30.000,00 
 
4. Quando da distribuição de dividendos, que é o valor que a empresa paga aos 
seus sócios, 30% deles serão devidos à companhia Alfa. Logo, os dividendos da 
investidora serão de 20.000 x 30% = R$ 6.000,00, contabilizados da seguinte 
maneira: 
D – Dividendos a receber (Ativo circulante) 
C – Investimentos em coligadas (ANC Investimentos) ............. 6.000,00 
 
5. Para concluir, tivemos um aumento na conta ajuste de avaliação patrimonial 
na investida. Essa conta aumentou o patrimônio líquido da coligada. Tal fato 
aumenta o investimento no método da equivalência patrimonial. 
Portanto, o lançamento será: 
D - Investimentos em coligadas (AÑC Investimentos) 
C - Ajuste de Avaliação Patrimonial em coligada (PL) 3.000,00 (10.000 x 30%) 
 
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Analisemos, agora, as alternativas. 
Em decorrência deste investimento, a empresa Alfa, em X1: 
a) correto. Conforme vimos no item 3, a investidora reconheceu receita de 
equivalência patrimonial no valor de R$ 30.000,00. 
b) incorreto. Os investimentos em coligadas são avaliados pelo método da 
equivalência patrimonial. 
c) incorreto. A variação no investimento foi de R$ 30.000,00 – R$ 6.000,00 + 
R$ 3.000,00 = R$ 27.000,00, conforme razão da conta abaixo: 
Investimentos em coligadas 
 Saldo Inicial 
 (3) 30.000 
6.000 (4) 
 (5) 3.000 
 SI + 33.000 6.000 
 SI + 27.000 
 
d) incorreto. No método da equivalência patrimonial não reconhecemos receita 
de dividendos. 
e) incorreto. O patrimônio líquido da investidora foi aumentado em R$ 
33.000,00, sendo R$ 30.000 pela Receita de Equivalência Patrimonial e R$ 
3.000,00 pelo crédito em outros resultados abrangentes, diretamente no 
Patrimônio Líquido. 
Gabarito: Letra A. 
 
 
Já vimos que a investidora realiza, na data de aquisição, a primeira 
avaliação dos investimentos pelo MEP. Até aqui, para simplificar, só 
consideramos o valor pago pelos investimentos, sem identificar os ágios e 
deságios decorrentes da diferença entre o valor pago, o valor justo e o valor 
contábil dos investimentos. 
Quando da aquisição do investimento, três dados são indispensáveis ao 
registro do fato contábil, quais sejam: 
1) o valor contábil do investimento: também chamado de valor 
contábil dos ativos líquidos ou valor patrimonial do investimento. 
PL da investida a valor contábil 
x % de participação no capital da investida 
= Valor Contábil do Investimento 
4 - Apuração e tratamento contábil da mais valia, do goodwill 
e do deságio 
 
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2) o valor justo do investimento: também chamado de valor justo dos 
ativos líquidos. 
De acordo com os Pronunciamentos do CPC, valor justo é o valor pelo 
qual um ativo pode ser negociado entre partes interessadas, conhecedores do 
negócio e independentes entre si, com ausência de compulsoriedade na 
transação. 
PL da investida a valor justo 
x % de participação no capital da investida 
= Valor Justo do Investimento 
 
3) o valor pago pela investidora na aquisição: corresponde ao custo 
de aquisição do investimento. 
 
ATENÇÃO: ativos líquidos correspondem a diferença entre o ativo e o 
passivo exigível, ou seja, é sinônimo de patrimônio líquido e significa o valor 
dos ativos líquidos dos passivos. 
 
O ágio na aquisição de investimentos pelo MEP deve ser classificado 
em duas parcelas: 
1) Ágio por mais valia de ativos líquidos; e 
2) Goodwill. 
 
 
A mais valia é identificada quando o valor justo dos ativos líquidos é maior 
que o valor contábil dos ativos líquidos da investida. 
Ou seja, o ágio por mais valia é a diferença entre valor justo do 
investimento e o valor contábil do investimento na investida. 
Mais valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento 
 
Valor Justo do investimento 
(-) Valor Contábil do Investimento 
= Ágio por mais valia (ou menos valia, se negativo) 
 
A menos valia (deságio) é identificada quando ocorre o contrário, ou seja, 
quando o valor justo dos ativos líquidos é inferior ao seu valor contábil. 
4.1 - Ágio Mais Valia de Ativos Líquidos 
 
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Quando o valor pago pelo investimento for igual ao seu valor patrimonial, 
não ocorre o ágio nem o deságio. Vamos ver como isso ocorre na prática. 
Exemplo: A Cia. Aprovados Ltda. adquiriu 70% das ações da empresa 
Sortudos, pagando à vista o valor justo de 250.000,00. O patrimônio líquido da 
investida era de R$ 300.000,00 no momento da negociação. Sabendo que o 
investimento foi avaliado pela equivalência patrimonial, realize o lançamento 
desse fato na investidora. 
Resolução: 
O reconhecimento do valor contábil dos ativos líquidos da empresa 
coligada/controlada e da mais-valia identificada (ou menos-valia, caso o valor 
justo seja inferior ao valor contábil dos ativos líquidos) devem ser feitas em 
contas específicas do subgrupo investimentos do Ativo. 
Como não temos o valor do PL da investida a valor justo, vamos utilizar 
o valor justo do investimento no montante de R$ 250.000,00. 
PL da investida a valor contábil 300.000 
x % de participação no capital da investida x 70% 
= Valor Contábil do Investimento 210.000 
 
Mais valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento 
Mais valia = 250.000 – 210.000 = R$ 40.000,00. 
Contabilização da aquisição de ações pela Cia. Aprovados Ltda.: 
D – Investimentos permanentes – Sortudos (AÑC Investimentos) ...... 210.000 
D – Ágio por mais valia de investimentos (AÑC Investimentos) ............ 40.000 
C – Caixa/Bancos ......................................................................... 250.000 
 
 Esquematizando:
 
 
 
O ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é a 
diferença positiva entre preço pago na compra do investimento e o valor 
justo (valor de mercado) de seus ativos líquidos. 
Mais Valia Valor Justo > Valor Contábil
Menos Valia Valor Justo < Valor Contábil
4.2 - Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura (Goodwill) 
 
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Valor pago (ou custo de aquisição) do investimento 
(-) Valor Justo do Investimento 
= Goodwill 
 
A justificativa para a compra de investimentos com ágio pela investidora 
é a expectativa de que a investida apure lucros em exercícios futuros. 
Exemplo: A Cia. ALFA adquiriu 60% da Empresa BETA pelo valor de R$ 
80.000. O valor justo do ativo líquido da BETA é de R$ 120.000. Na data da 
operação, o patrimônio líquido da investida era de R$ 100.000,00. Efetue o 
lançamento dessa aquisição realizada pela investidora: 
1. Investidora = Cia. ALFA 
a) Valor pago na aquisição do investimento = R$ 80.000,00 
b) Valor justo do investimento: 
PL (ativo líquido) da investida a valor justo 120.000 
x % de participação no capital da investida X 60% 
= Valor Justo do Investimento 72.000 
 
c) Valor patrimonial do investimento: 
PL da investida a valor contábil 100.000 
x % de participação no capital da investida x 60% 
= Valor Contábil do Investimento 60.000 
 
2. Cálculo da Mais Valia e do Goodwill: 
2.1. Mais Valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento 
Mais Valia = R$ 72.000 – R$ 60.000 = R$ 12.000,00. 
2.2. Cálculo do Goodwill: 
Goodwill = valor pago – valor justo 
Goodwill = 80.000 – 72.000 = R$ 8.000,00. 
 
Lançamento de aquisição do investimento pela Cia. ALFA: 
D – Investimento controlada BETA (Valor patrimonial) ............. 60.000,00 
D – Investimento controlada BETA (Mais Valia) ....................... 12.000,00 
D – Investimento controlada BETA (Goodwill) ........................... 8.000,00 
C – Caixa/bancos ................................................................ 80.000,00 
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 Esquematizando: 
Valor pago na 
aquisição do 
investimento 
Valor Contábil 
Mais Valia 
Goodwill 
 
 Vamos praticar! 
 (FCC/Analista – TRT 6ª/2012) A Cia. Investidora adquiriu 
90% das ações da Cia. Gama por R$ 5.000.000,00. Na data da aquisição, o 
patrimônio líquido da Cia. Gama era de R$ 3.500.000,00 e o valor justo líquido 
dos ativos e passivos identificáveis da Cia. era de R$ 4.500.000,00. Com base 
nessas informações e sabendo que a participação dos não controladores é 
avaliada pela parte que lhes cabe no valor justo líquido dos ativos e passivos 
identificáveis da adquirida, o valor do ágio pago pela Cia. Investidora em função 
de rentabilidade futura foi, em reais, 
a) 1.850.000. 
b) 1.500.000. 
c) 1.000.000. 
d) 950.000. 
e) 500.000. 
Resolução: 
1. Investidora = Cia. Investidora 
a) Participação no capital da investida = 90% 
b) Valor pago na aquisição do investimento = R$ 5.000.000,00 
c) Valor justo do investimento = 90% x 4.500.000 = R$ 4.050.000,00 
d) Valor patrimonial do investimento = 90% x 3.500.000 = R$ 3.150.000,00 
 
2. Mais Valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento 
Mais Valia = 4.050.000 – 3.150.000 = R$ 900.000,00 
3. Goodwill = valor pago – valor justo 
Goodwill = 5.000.000 – 4.050.000 = R$ 950.000,00 
 
Portanto, o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é igual a R$ 
950.000,00. Gabarito: Letra D. 
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Lançamento de aquisição do investimento pela Cia. Investidora: 
D – Investimento controlada Cia. Gama (Valor patrimonial) ....... 3.150.000,00 
D – Investimento controlada Cia. Gama (Mais Valia) .................... 900.000,00 
D – Investimento controlada Cia. Gama (Goodwill) ...................... 950.000,00 
C – Bancos .......................................................................... 5.000.000,00 
 
Método para resolução no dia da prova: 
Goodwill = valor pago – valor justo 
Goodwill = 5.000.000 – (4.500.000 x 90%) = 950.000. Gabarito: Letra D. 
 
 
Se o valor pago pela participação societária for menor que o valor 
justo, surge o ganho por compra vantajosa (Goodwill negativo), que era 
chamada de “Deságio a Amortizar” antes da Lei 11.941/09. 
Valor Justo do Investimento 
(-) Valor pago (ou custo de aquisição) do investimento 
= Ganho por compra vantajosa 
O ganho por Compra Vantajosa deve ser reconhecido (contabilizado) 
no Resultado do Período como receita operacional. 
Exemplo: A Cia. ALFA adquiriu 100% da Empresa BETA por R$ 30.000. 
O valor justo do ativo líquido da BETA é de R$ 40.000 e o valor contábil é de R$ 
25.000. 
1) Mais Valia = Valor Justo - Valor Contábil do investimento 
Mais Valia = R$ 40.000 – R$ 25.000 = R$ 15.000 
2) Cálculo da Compra Vantajosa: 
Valor Justo do Investimento 40.000,00 
(-) Valor pago (ou custo de aquisição) do investimento 30.000,00 
= Ganho por compra vantajosa 10.000,00 
 
3) Lançamento na Controladora Cia. ALFA: 
D – Investimento controlada BETA (Valor patrimonial) ............ 25.000,00 
D – Investimento controlada BETA (Mais Valia) ...................... 15.000,00 
C – Ganhos por compra vantajosa (resultado) ........................ 10.000,00 
C – Caixa/bancos ............................................................... 30.000,00 
4.3 – Ganho por Compra Vantajosa 
 
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Balanço Patrimonial da Cia. ALFA após o lançamento de aquisição: 
ATIVO 
Ativo Não Circulante Investimentos 
 Ações da empresa Y...........25.000 
 Ágio mais valia..................15.000 
Total...................................40.000 
 
O ganho por Compra Vantajosa é reconhecido imediatamente no 
resultado do exercício da investidora ALFA como receita operacional. 
Esquematizando: 
 
 
 
Já vimos que o ágio mais valia de ativos líquidos e o ágio por rentabilidade 
de expectativa futura (goodwill) integram o saldo contábil do investimento 
avaliado pelo MEP. 
O goodwill, uma vez computado, não fica sujeito a amortizações (não terá 
seu valor reduzido ao longo do tempo, como ocorre, por exemplo, com imóveis 
sujeitos à depreciação), devendo permanecer no balanço da investidora até a 
baixa por investimento ou por teste de recuperabilidade. 
Portanto, o Goodwill não está sujeito à amortização, mas está sujeito 
ao teste de recuperabilidade. 
O Goodwill no Balanço Patrimonial da investidora é classificado no AÑC 
Investimentos. No entanto, quando a investidora for apresentar o balanço 
consolidado, o goodwill será transferido para o Intangível, em conta específica. 
Esquematizando:
 
 
Goodwill Valor Pago > Valor Justo dos ativos líquidos
Ganho por compra 
vantajosa (deságio)
Valor Pago < Valor Justo dos ativos líquidos
Goodwill (Ágio Pago por 
Expectativa de Futura)
Balanço 
Individual
Classificado no Ativo Não 
Circulante - Investimento;
Balanço 
Consolidado*
Classificado no Ativo Não 
Circulante - Intangível;
4.4 – Amortização dos Ágios 
 
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*De acordo com o CPC 18 (R2), demonstrações consolidadas são as 
demonstrações contábeis de um grupo econômico, em que ativos, passivos, 
patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de 
suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade 
econômica. 
 
O ágio mais valia, por outro lado, será amortizado na proporção em que 
os ativos e o passivos que lhe deram origem forem realizados, por exemplo: 
a) no caso de estoques, quando ocorrer a sua venda; 
b) no caso de ativos imobilizados, proporcionalmente à sua depreciação, 
baixa por alienação ou teste de recuperabilidade. 
c) no caso de ativos intangíveis com vida útil definida, proporcionalmente 
à sua amortização, baixa por alienação ou teste de recuperabilidade. 
 
O ágio mais valia referente a ativos não sujeitos a depreciação, 
amortização ou exaustão, como terrenos e obras de artes, ou aos ativos 
intangíveis com vida útil indefinida, só deve ser amortizado quando da baixa 
dos respectivos ativos. 
A amortização do ágio mais valia tem como contrapartida a conta 
resultado de equivalência patrimonial. 
D – Resultado de Equivalência Patrimonial (despesa) 
C – Investimento em coligadas e controladas – mais-valia 
 
No balanço patrimonial individual, o ágio mais valia é classificado no AÑC 
Investimentos. No balanço consolidado, o ágio mais valia será reclassificado 
para os ativos e passivos que lhe deram origem. 
Esquematizando:
 
 
É hora de praticar futuros Auditores! 
 (FCC/Analista do Tesouro Estadual – SEFAZ – PI/2015) 
O valor do Patrimônio Líquido da Cia. Bons Negócios, em determinada data, era 
R$ 36.000.000,00 e o valor justo líquido dos seus ativos e passivos identificáveis 
Ágio Mais Valia
Balanço 
Individual
Classificado no Ativo Não 
Circulante - Investimento;
Balanço 
Consolidado
Reclassificado para os ativos e 
passivos que lhe deram origem;
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era, na mesma data, R$ 45.000.000,00. A Cia. Investidora adquiriu, nesta data, 
60% das ações da Cia. Bons Negócios por R$ 33.000.000,00. 
Sabendo que a Cia. Investidora passou a deter o controle da Cia. Bons Negócios 
e que a participação dos não controladores é mensurada pela parte que lhes 
cabe no valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Cia. Bons 
Negócios, os valores reconhecidos no grupo Investimentos (no balanço 
individual da Cia. Investidora) e no grupo Intangíveis (no balanço consolidado) 
foram, respectivamente, em reais: 
(A) 21.600.000,00 e 11.400.000,00 
(B) 33.000.000,00 e 6.000.000,00 
(C) 33.000.000,00 e 11.400.000,00 
(D) 27.000.000,00 e 0,00 (zero) 
(E) 27.000.000,00 e 18.000.000,00 
Resolução: 
Pessoal, essa é fácil. Quando o examinador perguntar o valor que a Cia. 
Investidora reconhece em seu Balanço Patrimonial individual como 
Investimentos em investida na data da aquisição, este montante é igual ao valor 
pago pelo investimento, desde que o valor pago (33.000.000,00) seja maior 
que o valor justo do investimento(27.000.000,00 = 45.000.000 x 60%). 
Assim, o valor que a Cia. Investidora deve reconhecer em seu Balanço 
Patrimonial individual como Investimentos em Controladas na data da aquisição 
da Cia. Bons Negócios foi, em reais, de R$ 33.000.000,00. Já podemos eliminar 
as letras A, D e E. Parte deste preço de aquisição é composto pelo ágio mais-
valia e parte pelo goodwill (também chamado de ágio pago por expectativa 
de rentabilidade futura). 
1. MAIS VALIA dos ativos líquidos: A diferença entre o valor justo e o valor 
contábil dos ativos líquidos. 
2. GOODWILL: É a diferença entre o valor pago e o valor justo. 
a) Valor Contábil do Investimento= PL x % participação da investidora 
Valor Contábil = 36.000.000 x 60% = R$ 21.600.000,00 
b) Valor Justo do investimento = Valor justo dos ativos líquidos x % participação 
Valor Justo do investimento = 45.000.000 x 60% = R$ 27.000.000,00 
 
3. Cálculo da Mais Valia = Valor justo (-) valor contábil do investimento 
Mais Valia = 27.000.000 – 21.600.000 = R$ 5.400.000,00 
4. Cálculo do Goodwill = valor pago pelo investimento - valor justo 
Goodwill = 33.000.000 – 27.000.000 = R$ 6.000.000,00 
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No balanço individual, o valor do investimento será registrado pelo valor total 
pago na aquisição, conforme lançamento abaixo: 
D – Investimento Cia. Bons Negócios.......................... 21.600.000,00 
D – Investimento Cia. Bons Negócios – Mais Valia ......... 5.400.000,00 
D – Investimento Cia. Bons Negócios – Goodwill ........... 6.000.000,00 
C – Caixa/bancos .................................................... 33.000.000,00 
 
É importante relembrar que o Goodwill é classificado no balanço individual 
da Cia. Investidora no grupo Investimentos. No balanço consolidado, o 
Goodwill é reclassificado para o grupo Intangível. Tratamento do Goodwill: 
 
Portanto, os valores reconhecidos no grupo Investimentos (no balanço 
individual da Cia. Investidora) e no grupo Intangíveis (no balanço consolidado) 
foram, respectivamente, em reais, 33.000.000,00 e 6.000.000,00. 
Gabarito: Letra B. 
 
 
As ações ou cotas bonificadas recebidas sem custo pela investidora, no 
caso de investimentos avaliados pelo MEP, não devem ser objeto de registro. 
As bonificações decorrentes de emissão de novas ações ou de aumento do valor 
nominal das ações podem ocorrer, por exemplo, pelo uso de reservas e lucros 
acumulados para o aumento do capital. 
Observem que tal fato não implica em aumento do PL, porque ocorre 
apenas permutas entre contas do PL. 
 
 
Já sabemos que o saldo do valor patrimonial dos investimentos na 
investidora irá variar conforme a dinâmica do patrimônio líquido de suas 
investidas, sejam elas coligadas, controladas ou empreendimentos em 
conjunto. 
Assim, quando o PL da investida aumenta de um exercício para o outro, 
a investidora reconhece o resultado positivo de equivalência patrimonial (ou 
Goodwill (Ágio Pago por 
Expectativa de Futura)
Balanço 
Individual
Classificado no Ativo Não 
Circulante - Investimento;
Balanço 
Consolidado
Classificado no Ativo Não 
Circulante - Intangível;
4.5 – Ações ou Cotas Bonificadas 
 
4.6 – Passivo a Descoberto na Investida 
 
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outros resultados abrangentes, a depender da origem da variação patrimonial 
na investida). Se o PL da investida diminui (por exemplo, na apuração de 
prejuízos), por outro lado, a investidora deverá reconhecer o resultado negativo 
de equivalência patrimonial, reduzindo o saldo de seus investimentos. 
Ocorre que, num determinado momento, pode acontecer de a investida 
apresentar situação líquida nula ou, ainda, passivo a descoberto (situação 
líquida negativa). 
Nestas situações, como o método da equivalência patrimonial leva em 
consideração o percentual de participação da investidora sobre o PL da 
investida, a regra geral é que, em caso de passivo a descoberto, o saldo do 
investimento da investidora seja nulo. 
Nos termos do CPC 18 (R2), item 39, após reduzir, até zero, o saldo 
contábil da participação do investidor, perdas adicionais devem ser 
consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, somente na extensão em que 
o investidor tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas (não 
formalizadas) ou tiver feito pagamentos em nome da investida. 
Portanto, se a investida possui um passivo a descoberto, a princípio, o 
saldo do investimento na investidora deverá ser nulo. Contudo, se o investidor 
houver incorrido em obrigações legais ou construtivas (não formalizadas), ou 
tiver feito pagamentos em nome da investida, ele deverá reconhecer um 
passivo proporcionalmente às obrigações incorridas. 
O item 39A do CPC 18 (R2) orienta que a regra anterior (de 
reconhecimento de passivo ou de manutenção de saldo nulo do investimento) 
não é aplicável para investimento em controlada, no balanço individual da 
controladora, devendo ser observada a prática contábil que produzir o mesmo 
resultado líquido e o mesmo PL para a controladora, que são obtidos a partir 
das demonstrações consolidadas do grupo econômico, para atendimento ao 
requerido quanto aos atributos de relevância e de representação fidedigna. 
Porém, de acordo com o Instrução CVM nº 247/96, artigo 12, inciso I, 
alínea a, o prejuízo das controladas continua sendo reconhecido pela 
equivalência patrimonial, mesmo depois de zerar o valor do investimento. 
Ou seja, posição contrária ao disposto no item 39A do CPC 18 (R2). 
 
 
 
 
 
 
 
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Artigo 12 da Instrução CVM nº 247/96: 
DAS PERDAS PERMANENTES EM INVESTIMENTOS AVALIADOS PELO MÉTODO DA 
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 
Art. 12 - A investidora deverá constituir provisão para cobertura de: 
I - perdas efetivas, em virtude de: 
a) - eventos que resultarem em perdas não provisionadas pelas coligadas e 
controladas em suas demonstrações contábeis; ou 
b) responsabilidade formal ou operacional para cobertura de passivo a 
descoberto. 
II - perdas potenciais, estimadas em virtude de: 
a) tendência de perecimento do investimento; 
b) elevado risco de paralisação de operações de coligadas e controladas; 
c) eventos que possam prever perda parcial ou total do valor contábil do 
investimento ou do montante de créditos contra as coligadas e controladas; ou 
d) cobertura de garantias, avais, fianças, hipotecas ou penhor concedidos, em 
favor de coligadas e controladas, referentes a obrigações vencidas ou vincendas 
quando caracterizada a incapacidade de pagamentos pela controlada ou 
coligada. 
Parágrafo 1º Independentemente do disposto na letra “b” do inciso I, deve ser 
constituída ainda provisão para perdas, quando existir passivo a descoberto e 
houver intenção manifesta da investidora em manter o seu apoio financeiro à 
investida. 
Parágrafo 2º A provisão para perdas deverá ser apresentada

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