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Tutoria 2 - RESUMO DE ANATOMIA E HISTOLOGIA DO CORAÇÃO

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Tutorias 
TUTORIA 2: 
OBJETIVOS/PERGUNTAS: 
m Elucidar a anato-histologia cardíaca e 
estruturas associadas 
Anatomia do coração; 
Histologia do coração; 
Funções do coração; 
Células do coração e peculiaridades; 
Subdivisões internas e componentes do coração; 
Descrever e localizar os grandes vasos e coronárias; 
Posições anatômicas do coração x Dextrocardia; 
 
m Compreender o funcionamento dessas 
estruturas 
Funções do coração, das suas células, dos grandes 
vasos. 
m Entender a doença ectopia cordis e 
suas implicações 
 
 
MATERIAIS DE ESTUDO: 
Anatomia do Coração, grandes vasos: Dangelo 
e Fantini, página 136 (Coração – forma, 
situação, morfologia interna, vasos da base, 
irrigação do coração) 
 
Video aula prática com peça anatomica 
https://www.youtube.com/watch?v=ahQ4Wnu
eGAw 
Video-aula prática com coração bovino 
https://www.youtube.com/watch?v=XDPeAtM
c5jU 
Anatomia de Gray, página 959 (Pericárdio e 
Coração) 
Tortora, página 956 (Anatomia do coração, 
pericárdio) 
Histologia do Coração: ? 
Doença ectopia cordis: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=ahQ4WnueGAw
https://www.youtube.com/watch?v=ahQ4WnueGAw
https://www.youtube.com/watch?v=XDPeAtMc5jU
https://www.youtube.com/watch?v=XDPeAtMc5jU
Tutorias 
ANATOMIA DO CORAÇÃO 
O sistema circulatório é formado pelo 
sangue, pelo coração e pelos vasos 
sanguíneos. Para que o sangue alcance as 
células do corpo e troque materiais com elas, 
deve ser bombeado continuamente por meio 
do coração ao longo dos vasos sanguíneos do 
corpo. O coração se contrai cerca de 100 mil 
vezes ao dia, o que perfaz aproximadamente 
35 milhões de contrações em 1 ano, e cerca de 
2,5 bilhões de vezes ao longo de um período 
médio de vida. O coração bombeia mais de 
cerca de 14 mil litros de sangue em 1 dia, ou 5 
milhões de litros em 1 ano. 
LOCALIZAÇÃO DO CORAÇÃO 
c O coração é um órgão oco relativamente 
pequeno e tem aproximadamente o 
tamanho de uma mão fechada. Tem 
aproximadamente 12 cm de 
comprimento, 9 cm de largura em seu 
ponto mais amplo, e 6 cm de espessura. 
Pesa em média 230-280g (média de 
250g) nas mulheres adultas e 280-
340g (média de 300g) nos homens 
adultos. O peso adulto é alcançado 
entre as idades de 17 e 20 anos. 
c Possui formato um pouco cônico ou 
piramidal, com uma base, um ápice e 
uma série de faces e “margens”. 
c O coração está posicionado 
obliquamente no tórax. A posição 
oblíqua (posição inclinada) do coração 
pode ser enfatizada por compará-lo a 
uma pirâmide um tanto deformada, com 
a base voltada posteriormente e para a 
direita, e o ápice voltado anteriormente 
e para a esquerda. 
c O coração repousa sobre o diafragma, 
próximo da linha mediana da cavidade 
torácica. Lembre-se de que a linha 
mediana é uma linha vertical imaginária 
que divide o corpo em lados esquerdo e 
direito, não simétricos. 
 
c Envolvido pelo pericárdio, ele ocupa o 
mediastino médio entre os pulmões e 
suas coberturas pleurais. Encontra-se 
colocado obliquamente por trás do 
corpo do esterno e das cartilagens 
costais e costelas adjacentes. 
 
 
c Aproximadamente dois terços da massa 
do coração encontram-se à esquerda da 
linha mediana do corpo 
c O ápice pontiagudo é formado pela 
ponta do ventrículo esquerdo (a câmara 
inferior do coração) e está situado sobre 
o diafragma. O ápice está direcionado 
para frente, para baixo e para a 
esquerda. A base do coração está do 
lado oposto ao ápice e constitui sua 
face posterior. É formada pelos átrios 
(câmaras superiores) do coração, 
principalmente o átrio esquerdo. 
 
ESTERNO 
Tutorias 
c O coração é descrito como tendo uma 
base e um ápice, sendo suas faces 
designadas como esternocostal 
(anterior), diafragmática (inferior) e 
pulmonar (direita e esquerda). Suas 
margens são denominadas superior, 
inferior (margem ou borda “aguda”), 
direita e esquerda (margem ou borda 
“obtusa”). 
c A face esternocostal é profunda ao 
esterno e às costelas. A face 
diafragmática é a parte do coração 
entre o ápice e a margem direita e se 
apoia principalmente no diafragma. A 
margem direita está voltada para o 
pulmão direito e se estende da face 
inferior à base. A margem esquerda 
está voltada para o pulmão esquerdo e 
se estende da base ao ápice. 
 
PERICÁRDIO 
Pericárdio é a membrana que envolve e 
protege o coração é o pericárdio. Restringe o 
coração à sua posição no mediastino, 
possibilitando liberdade de movimento 
suficiente para a contração vigorosa e rápida. 
O pericárdio consiste em duas partes 
principais: (1) o pericárdio fibroso e (2) o 
pericárdio seroso. 
O pericárdio fibroso, superficial, é 
composto por tecido conjuntivo inelástico, 
resistente, denso, irregular e rico em colágeno. 
O pericárdio fibroso é um saco constituído por 
um resistente tecido conjuntivo, que circunda 
completamente o coração sem estar aderido a 
ele. Este saco fibroso se desenvolve a partir de 
um processo sequencial de cavitação da 
parede do corpo do embrião pela expansão da 
cavidade pleural secundária. Deste modo, suas 
paredes laterais são cobertas externamente 
pela parte mediastinal da pleura parietal. 
Assemelha-se a uma bolsa que repousa sobre 
o diafragma, fixando-se nele; a extremidade 
aberta está fundida aos tecidos conjuntivos 
dos vasos sanguíneos que entram e saem do 
coração. O pericárdio fibroso impede a 
hiperdistensão do coração, fornece proteção e 
ancora o coração no mediastino. O pericárdio 
fibroso próximo ao ápice do coração está 
parcialmente fundido ao tendão central do 
diafragma; por conseguinte, o movimento do 
diafragma, como na respiração profunda, 
facilita a circulação do sangue pelo coração
 O pericárdio seroso, mais profundo, é 
uma membrana mais fina, delicada, que forma 
uma dupla camada em torno do coração. O 
pericárdio seroso consiste em duas lâminas de 
pericárdio seroso, uma dentro da outra: a 
lâmina (ou folheto) visceral se adere ao 
coração e forma sua cobertura externa 
conhecida como epicárdio, enquanto que a 
lâmina (ou folheto) parietal reveste a superfície 
interna do pericárdio fibroso. As duas 
superfícies serosas estão justapostas e 
separadas por uma camada de fluido. Esta 
secreção das células pericárdicas, conhecida 
como líquido pericárdico, reduz o atrito entre as 
camadas do pericárdio seroso conforme o 
coração se move. O espaço que contém os 
poucos mililitros de líquido pericárdico é 
chamado cavidade do pericárdio. Este líquido 
permite o movimento da membrana interna e 
do coração aderido a ela, exceto nas áreas 
arteriais e venosas do pericárdio onde as duas 
lâminas serosas se mesclam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tutorias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMADAS DA PAREDE DO CORAÇÃO 
A parede do coração é constituída por 
três camadas: o epicárdio (camada externa), o 
miocárdio (camada intermediária) e o 
endocárdio (camada interna). 
O epicárdio é composto por duas 
camadas de tecido. A mais externa, como você 
acabou de ver, é chamada lâmina visceral do 
pericárdio seroso. Esta camada exterior fina e 
transparente da parede do coração é composta 
por mesotélio. Sob o mesotélio existe uma 
camada variável de tecido fibroelástico 
delicado e tecido adiposo. O tecido adiposo 
predomina e torna-se mais espesso sobre as 
faces ventriculares, onde abriga as principais 
artérias coronárias e vasos cardíacos. A 
 
A inflamação do pericárdio é 
chamada pericardite. O tipo mais comum, a 
pericardite aguda, começa repentinamente e 
não tem causa conhecida na maior parte dos 
casos, mas às vezes está ligada a uma 
infecção viral. Como resultado da irritação ao 
pericárdio, há dor torácica que pode se 
irradiar para o ombro esquerdo e pelo braço 
esquerdo (muitas vezes confundida com um 
infartoagudo do miocárdio) e atrito 
pericárdico (um som de arranhado ou 
rangido auscultado por meio do estetoscópio 
quando a lâmina visceral do pericárdio 
seroso atrita contra a lâmina parietal do 
pericárdio seroso). A pericardite aguda 
geralmente persiste por 1 semana e é 
tratada com medicamentos que reduzem a 
inflamação e a dor, como o ibuprofeno ou o 
ácido acetilsalicílico. 
 
Tutorias 
quantidade de gordura varia de pessoa para 
pessoa, corresponde à extensão geral de 
gordura corporal em um indivíduo, e 
geralmente aumenta com a idade. O epicárdio 
confere uma textura lisa e escorregadia à face 
mais externa do coração. O epicárdio contém 
vasos sanguíneos, vasos linfáticos e vasos que 
irrigam o miocárdio. 
 
A camada média, o miocárdio, é 
responsável pela ação de bombeamento do 
coração e é composto por tecido muscular 
cardíaco. Compõe aproximadamente 95% da 
parede do coração. As fibras musculares 
(células), como as do músculo estriado 
esquelético, são envolvidas e separadas em 
feixes por bainhas de tecido conjuntivo 
compostas por endomísio e perimísio. As fibras 
musculares cardíacas são organizadas em 
feixes que circundam diagonalmente o coração 
e produzem as fortes ações de bombeamento 
do coração. Embora seja estriado como o 
músculo esquelético, é preciso lembrar que o 
músculo cardíaco é involuntário como o 
músculo liso. 
O endocárdio mais interno é uma fina 
camada de endotélio que recobre uma fina 
camada de tecido conjuntivo. Fornece um 
revestimento liso para as câmaras do coração 
e abrange as valvas cardíacas. O revestimento 
endotelial liso minimiza o atrito de superfície 
conforme o sangue passa através do coração. 
O endocárdio é contínuo ao revestimento 
endotelial dos grandes vasos sanguíneos 
ligados ao coração. 
 
A miocardite é uma inflamação do 
miocárdio que geralmente ocorre como 
complicação de uma infecção viral, febre 
reumática ou exposição à radiação ou 
determinados produtos químicos ou 
medicamentos. A miocardite muitas vezes 
não provoca sinais nem sintomas. No 
entanto, se eles ocorrerem, podem incluir 
febre, fadiga, dor torácica vaga, taquicardia, 
ritmo cardíaco irregular, artralgia e dispneia. 
A miocardite geralmente é leve e a 
recuperação ocorre em 2 semanas. Os casos 
graves podem causar insuficiência cardíaca 
e morte. O tratamento consiste em evitar 
exercício vigoroso, manter dieta hipossódica, 
realizar monitoramento eletrocardiográfico e 
tratar a insuficiência cardíaca. 
 
Endocardite refere-se à inflamação do 
endocárdio e tipicamente envolve as valvas 
cardíacas. A maior parte dos casos é 
causada por bactérias (endocardite 
bacteriana). Os sinais e sintomas da 
endocardite incluem febre, sopro cardíaco, 
taquicardia, ritmo cardíaco irregular, fadiga, 
perda de apetite, sudorese noturna e 
calafrios. O tratamento inclui antibióticos 
intravenosos. 
 
 
CÂMERAS DO CORAÇÃO 
O coração tem quatro câmaras. As duas 
câmaras de recepção superiores são os átrios, 
e as duas câmaras de bombeamento inferiores 
são os ventrículos. O par de átrios recebe 
sangue dos vasos sanguíneos que retornam o 
sangue ao coração, as chamadas veias, 
enquanto os ventrículos ejetam (lançam pra 
fora) o sangue do coração para vasos 
sanguíneos chamados artérias. 
Na face anterior de cada átrio existe 
uma estrutura saculiforme enrugada chamada 
aurícula, assim chamada por causa de sua 
semelhança com a orelha de um cão. Cada 
aurícula aumenta discretamente a capacidade 
de um átrio, de modo que ele possa conter 
maior volume de sangue. 
Também na superfície do coração 
existem vários sulcos, que contêm vasos 
sanguíneos coronarianos e uma quantidade 
variável de gordura. Cada sulco marca a 
fronteira externa entre duas câmaras do 
coração. O profundo sulco coronário circunda a 
maior parte do coração e marca a fronteira 
externa entre os átrios acima e os ventrículos 
abaixo. O sulco interventricular anterior é um 
Tutorias 
sulco raso na face esternocostal do coração 
que marca a fronteira externa entre os 
ventrículos direito e esquerdo na face 
esternocostal do coração. Este sulco continua 
em torno da face posterior do coração como o 
sulco interventricular posterior, que marca a 
fronteira externa entre os ventrículos na face 
posterior do coração. 
Os sulcos são entalhes que contêm 
vasos sanguíneos e gordura e que marcam os 
limites externos entre as diferentes câmaras. 
 
SULCOS NA SUPERFICIE DO CORAÇÃO 
 A divisão do coração em quatro câmaras 
produz limites que são visíveis externamente 
como sulcos. Alguns são profundos e óbvios e 
contêm proeminentes estruturas. Outros são 
menos distintos, até mesmo difi cilmente 
perceptíveis, e são às vezes obscurecidos, em 
parte, pelas principais estruturas que os 
cruzam. O sulco interatrial é um sulco raso que 
separa os dois átrios. Os limites laterais são 
definidos pelas margens dos átrios. 
O sulco coronário separa os átrios dos 
ventrículos. Este sulco, que contém os 
principais troncos das artérias coronárias, é 
oblíquo. Ele desce para a direita sobre a face 
esternocostal, separando o átrio direito (e sua 
aurícula) da margem direita oblíqua do 
ventrículo direito e seu cone arterial. Sua parte 
superior esquerda é obliterada onde ele é 
cruzado pelo tronco pulmonar e, atrás deste, 
pela aorta, da qual as artérias coronárias se 
originam. Continuando para a esquerda, o 
sulco se curva ao redor da margem esquerda e 
desce para a direita, separando a base dos 
átrios da face diafragmática dos ventrículos 
Internamente, os ventrículos estão 
separados pelo septo interventricular. As 
margens murais do septo interventricular 
correspondem aos sulcos interventriculares 
anterior e posterior (diafragmático). O sulco 
interventricular anterior, visto sobre a face 
esternocostal, é próximo e quase paralelo à 
margem ventricular esquerda. Sobre a face 
diafragmática, o sulco interventricular posterior 
está mais próximo ao ponto médio da massa 
ventricular. Os sulcos interventriculares se 
estendem do sulco coronário até a incisura 
apical sobre a margem inferior, a qual se 
encontra um pouco mais à direita do 
verdadeiro ápice do coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tutorias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tutorias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tutorias 
ÁPICE, BASE, FACES E MARGENS DO 
CORAÇÃO 
A base está constituída dos átrios direito 
e esquerdo. As veias cavas superior e inferior e 
as veias pulmonares penetram no coração pela 
base. É também a porção posterior do coração 
em posição anatômica. O ápice é contralateral 
a base e é frequentemente arredondado, 
formada pela parte ínfero-lateral do ventrículo 
esquerdo, e é onde ocorre o batimento apical 
(pulsação máxima do coração). 
 
c Face esternocostal (anterior): A face 
esternocostal é formada principalmente 
pelo ventrículo direito. Nela também se 
encontram o cone arterial (ou 
infundíbulo), que se tornará o tronco 
pulmonar. 
c Face pulmonar (esquerda): Formada 
principalmente pelo ventrículo 
esquerdo, mas uma pequena parte do 
átrio esquerdo e sua aurícula 
contribuem superiormente. Convexa e 
mais larga acima, onde ela é cruzada 
pelo sulco coronário, ela se estreita em 
direção ao ápice do coração. Está 
separada do nervo frênico esquerdo e 
de seus vasos acompanhantes pelo 
pericárdio, e da concavidade profunda 
do pulmão esquerdo pela pleura 
esquerda. 
c Face pulmonar (direita): Formada 
principalmente pelo átrio direito. Ela 
está separada da face mediastinal do 
pulmão direito pelo pericárdio e pelas 
coberturas pleurais. 
c Face diafragmática (inferior):É formada 
principalmente pelo ventrículo 
esquerdo e parcialmente pelo ventrículo 
direito. Repousa, principalmente, sobre 
o centro tendíneo do diafragma, mas 
também – apicalmente – em uma 
pequena área da parte muscular 
esquerda do diafragma. Ela está 
separada da base anatômica pelo sulco 
coronário e é atravessada 
obliquamente pelo sulco 
interventricular posterior. 
O coração possui ainda quatro margens: 
direita, inferior, superior e esquerda. 
c Margem direita: é uma margem 
ligeiramente convexa, formada pelo 
átrio direito, que se estende entre a veia 
cava superior e veia cava inferior. 
c Margem inferior (margem aguda do 
coração): quase horizontal, formada 
pelo ventrículo direito e parte do 
ventrículo esquerdo. 
c Margem superior: formada pelos átrios 
e aurículas direita e esquerda, 
anteriormente. Saem dessa margem a 
parte ascendente da aorta e o tronco 
pulmonar e a veia cava superior entra 
pelo seu lado direito. 
c Margem esquerda: quase vertical, é 
formada pelo ventrículo esquerdo e 
parte da aurícula esquerda. 
 
 
 
 
 
Tutorias 
 
ÁTRIO DIREITO: 
O átrio direito forma a margem direita do 
coração e recebe sangue de três veias: a veia 
cava superior, a veia cava inferior e o seio 
coronário. (As veias sempre levam o sangue 
para o coração.) 
O átrio direito tem cerca de 2 a 3 μm de 
espessura, em média. As paredes anterior e 
posterior do átrio direito são muito diferentes. 
O interior da parede posterior é liso; o interior 
da parede anterior é áspero, por causa de 
cristas musculares chamadas de músculos 
pectíneos, que também se estendem até a 
aurícula. 
Entre o átrio direito e o átrio esquerdo existe 
uma partição fina chamada septo interatrial. 
Uma característica proeminente deste septo é 
uma depressão oval chamada de fossa oval, o 
remanescente do forame oval, uma abertura 
no septo interatrial do coração fetal que 
normalmente se fecha logo após o nascimento. 
O sangue passa do átrio direito para o 
ventrículo direito através da valva 
atrioventricular direita, porque é composta por 
três válvulas. Também é denominada valva 
tricúspide. As valvas cardíacas são compostas 
por tecido conjuntivo denso recoberto por 
endocárdio. 
 
 
 
 
 
VENTRÍCULO DIREITO: 
O ventrículo direito tem cerca de 4 a 5 μm 
de espessura e forma a maior parte da face 
esternocostal do coração. O interior do 
ventrículo direito contém uma série de cristas 
formadas por feixes elevados de fibras 
musculares cardíacas chamadas trabéculas 
cárneas. Algumas das trabéculas cárneas 
transmitem parte do sistema de condução do 
coração, o que você verá mais adiante neste 
capítulo. 
As válvulas da valva atrioventricular direita 
estão conectadas às cordas tendíneas, que por 
sua vez estão ligadas a trabéculas cárneas em 
forma de cone chamadas músculos papilares. 
Internamente, o ventrículo direito é 
separado do ventrículo esquerdo por uma 
partição chamada de septo interventricular. O 
sangue passa do ventrículo direito através da 
valva do tronco pulmonar para uma grande 
artéria chamada de tronco pulmonar, que se 
divide em artérias pulmonares direita e 
esquerda e levam o sangue até os pulmões. A 
artérias sempre levam o sangue para longe do 
coração. 
Existem três músculos papilares no 
ventrículo direito: 
O músculo papilar anterior é o maior e mais 
constante músculo papilar, sendo originado na 
parede anterior do ventrículo. 
O músculo papilar posterior pode consistir 
de uma, duas ou três estruturas, com algumas 
cordas tendíneas originadas diretamente da 
parede ventricular. 
O músculo papilar septal é o mais 
inconstante, sendo menor ou inexistente, com 
cordas tendíneas originadas diretamente na 
parede septal. 
 
 
Tutorias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tutorias 
c ÁTRIO ESQUERDO: 
O átrio esquerdo tem aproximadamente 
a mesma espessura que o átrio direito e forma 
a maior parte da base do coração. Ele recebe o 
sangue dos pulmões, por meio das quatro veias 
pulmonares. Como o átrio direito, o interior do 
átrio esquerdo tem uma parede posterior lisa. 
Como os músculos pectíneos estão restritos à 
aurícula do átrio esquerdo, a parede anterior do 
átrio esquerdo também é lisa. 
O sangue passa do átrio esquerdo para 
o ventrículo esquerdo através da valva 
atrioventricular esquerda, antigamente 
chamada de valva bicúspide ou mitral, a qual 
tem duas válvulas. O antigo termo mitral se 
refere à semelhança da valva com a mitra de 
um bispo, que tem dois lados. 
c VENTRÍCULO ESQUERDO: 
O ventrículo esquerdo é a câmara mais 
espessa do coração, com uma média de 10 a 
15 mm. Forma o ápice do coração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como o ventrículo direito, o ventrículo 
esquerdo contém trabéculas cárneas e tem 
cordas tendíneas que ancoram as válvulas da 
valva atrioventricular esquerda aos músculos 
papilares. O sangue passa do ventrículo 
esquerdo através da valva da aorta na parte 
ascendente da aorta. Um pouco do sangue da 
aorta flui para as artérias coronárias, que se 
ramificam da parte ascendente da aorta e 
transportam o sangue para a parede do 
coração. A parte restante do sangue passa 
para o arco da aorta e parte descendente da 
aorta (partes torácica e abdominal da aorta). 
Ramos do arco da aorta e da parte 
descendente da aorta levam o sangue por todo 
o corpo. 
Durante a vida fetal, um vaso sanguíneo 
temporário, chamado de ducto ou canal 
arterial, desvia o sangue do tronco pulmonar 
para a aorta. Por conseguinte, apenas um 
pequeno volume de sangue entra nos pulmões 
fetais não funcionantes. O ducto ou canal 
arterial normalmente se fecha logo após o 
nascimento, deixando um remanescente 
conhecido como ligamento arterial, que liga o 
arco da aorta e o tronco pulmonar (Figura 
20.4A). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tutorias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tutorias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tutorias 
VALVAS DO CORAÇÃO: 
As valvas (válvulas) do coração são úteis 
ao sistema cardiovascular ao controlar a 
direção do fluxo sanguíneo durante a 
circulação, e determinar o momento exato no 
qual o sangue passa entre as câmaras do 
coração, bem como para dentro e fora do 
órgão. 
Existem duas valvas atrioventriculares 
que separam os átrios (aurículas) esquerdo e 
direito de seus respectivos ventrículos, e duas 
valvas semilunares que controlam a liberação 
do sangue designado para os pulmões e para a 
aorta, deixando o coração. As veias possuem 
ainda pequenas válvulas em seu interior, que 
ajudam a empurrar o sangue mais lento de 
volta ao longo dos tecidos, para os grandes 
vasos cardíacos conhecidos como veias cava 
superior e inferior. 
 
c VALVAS ATRIOVENTRICULARES 
As valvas atrioventriculares funcionam 
prevenindo o fluxo sanguíneo reverso dos 
ventrículos para os átrios (aurículas) durante a 
sístole cardíaca. cardíaca. Elas se prendem às 
paredes dos ventrículos através das cordas 
tendíneas, que por sua vez se prendem 
aos músculos papilares, de forma que as 
cúspides sejam mantidas tensas e não sofram 
inversão para o interior dos átrios (aurículas). 
Esse extenso ligamento das cordas tendíneas e 
dos músculos papilares é conhecido 
como aparato subvalvular. 
A abertura e o fechamento das valvas é 
governado pelo gradiente de pressão ao longo 
das próprias valvas, e o primeiro som cardíaco 
pode ser escutado quando as 
valvas atrioventriculares se fecham. A primeira 
das duas valvas atrioventriculares é conhecidacomo valva mitral ou valva bicúspide, devido 
ao fato de ser constituída de duas cúspides, 
que juntas assumem a forma de um chapéu de 
bispo, que é chamado de mitre. Ela está 
situada entre o átrio e o ventrículo esquerdos. 
A outra valva atrioventricular é 
a valva tricúspide, que, como sugere o nome, 
possui três cúspides distintas. Ela se encontra 
entre o átrio direito e o ventrículo direito, assim 
impedindo o fluxo reverso de sangue atrial 
quando este passa para o ventrículo. 
O óstio atrioventricular direito é fechado 
durante a contração ventricular pela valva 
tricúspide (valva atrioventricular direita), assim 
chamada porque, geralmente, é formada por 
três válvulas ou “cúspides”. 
A base da cada válvula é presa ao anel 
fibroso que circunda o óstio atrioventricular. 
Esse anel fibroso ajuda a manter a forma da 
abertura. As válvulas são contínuas entre si, 
perto de suas bases nos pontos denominados 
comissuras. 
O nome das três válvulas anterior, 
septal e posterior é baseado em suas posições 
em relação à parede do ventrículo direito. As 
margens livres das válvulas fixam-se às cordas 
tendíneas, que se originam das extremidades 
dos músculos papilares. 
Durante o enchimento do ventrículo 
direito, a valva atrioventricular direita fica 
aberta, e as três válvulas da valva projetam-se 
para o ventrículo direito. 
Sem a presença de um mecanismo 
compensatório quando a musculatura 
ventricular se contrai, as válvulas da valva 
seriam forçadas para cima com o fluxo de 
sangue, e o sangue voltaria para o átrio direito. 
No entanto, a contração dos músculos 
papilares fixados às válvulas, através das 
cordas tendíneas, impede que as válvulas 
sejam invertidas para dentro do átrio direito. 
Simplificando, os músculos papilares e 
as cordas tendíneas associadas mantêm as 
valvas fechadas durante as alterações bruscas 
Tutorias 
do tamanho ventricular que ocorrem no 
decorrer da contração. 
Além disso, cordas tendíneas de dois 
músculos papilares fixam a cada cúspide. Isso 
ajuda a prevenir a separação das válvulas 
durante a contração ventricular. O fechamento 
correto da valva atrioventricular direita causa a 
saída do sangue do ventrículo direito e sua 
movimentação para o tronco pulmonar. 
A necrose do músculo papilar, 
consequente ao infarto do miocárdio (ataque 
cardíaco), pode resultar em prolapso da valva 
associada. 
 
c VALVAS SEMILUNARES 
 
As valvas semilunares podem ser vistas 
na base de ambas as saídas arteriais 
principais, que são a artéria pulmonar, levando 
aos pulmões e a aorta, que se ramifica para os 
tecidos periféricos. Essas valvas permitem que 
o sangue dos ventrículos passe para os vasos 
e se fecham imediatamente em seguida, para 
prevenir qualquer fluxo reverso, o que causa a 
primeira parte do segundo som cardíaco. 
Existem duas valvas semilunares: a 
valva do tronco pulmonar e a valva da aorta. 
 
c VALVA DO TRONCO PULMONAR 
 
No ápice do cone arterial, o trato de 
saída do ventrículo direito, a abertura para o 
tronco pulmonar, é fechado pela valva do 
tronco pulmonar, que consiste em três válvulas 
semilunares com margens livres se projetando 
superiormente em direção à luz do tronco 
pulmonar. A margem superior livre de cada 
válvula tem uma porção média espessada, o 
nódulo da valva semilunar, e uma porção 
lateral fina, a lúnula da válvula semilunar. 
 
As válvulas recebem os nomes de 
válvulas semilunares esquerda, direita e 
anterior em relação a suas posições fetais 
antes que a rotação dos tratos de saída dos 
ventrículos esteja completa. Cada válvula 
constitui um seio em forma de bolso — uma 
dilatação na parede da parte inicial do tronco 
pulmonar. Depois da contração ventricular, o 
retorno do sangue enche esses seios 
pulmonares e força as válvulas a se fecharem. 
Isso impede que o sangue do tronco pulmonar 
retorne para o ventrículo direito 
c VALVA DA AORTA 
O vestíbulo da aorta, ou via de saída do 
ventrículo esquerdo, é contínuo superiormente 
com a parte ascendente da aorta. A abertura do 
ventrículo esquerdo para a aorta é fechada 
pela valva da aorta. Essa valva tem estrutura 
semelhante à da valva do tronco pulmonar. 
Consiste em três válvulas semilunares, com 
margem livre de cada uma se projetando 
superiormente para a luz da parte ascendente 
da aorta. 
Tutorias 
 
 Entre as válvulas semilunares e a 
parede da parte ascendente da aorta existem 
seios em forma de bolso — os seios direito, 
esquerdo e posterior da aorta. As artérias 
coronárias direita e esquerda originam-se dos 
seios da aorta direito e esquerdo, 
respectivamente. Em função disso, o seio 
posterior da aorta e a válvula são algumas 
vezes chamados de seio e válvula não 
coronarianos. 
 O funcionamento da válvula da aorta é 
similar ao da válvula pulmonar com um 
importante processo adicional: à medida que o 
sangue retrai-se após a contração ventricular e 
preenche os seios da aorta, ele é 
automaticamente forçado em direção as 
artérias coronárias, pois esses vasos 
originam-se dos seios direito e esquerdo da 
aorta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tutorias 
ESPESSURA E FUNÇÕES DO MIOCÁRDIO 
A espessura do miocárdio das quatro 
câmaras varia de acordo com a função de cada 
uma das câmaras. Os átrios de paredes finas 
entregam o sangue sob menos pressão aos 
ventrículos adjacentes. Como os ventrículos 
bombeiam o sangue sob maior pressão por 
distâncias maiores, suas paredes são mais 
espessas. Embora os ventrículos direito e 
esquerdo ajam como duas bombas separadas 
que ejetam simultaneamente volumes iguais 
de sangue, o lado direito tem uma carga de 
trabalho muito menor. Ele bombeia o sangue a 
uma curta distância para os pulmões a uma 
pressão inferior, e a resistência ao fluxo 
sanguíneo é pequena. O ventrículo esquerdo 
bombeia sangue por grandes distâncias a 
todas as outras partes do corpo com uma 
pressão maior, e a resistência ao fluxo 
sanguíneo é maior. Portanto, o ventrículo 
esquerdo trabalha muito mais arduamente do 
que o ventrículo direito para manter a mesma 
taxa de fluxo sanguíneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A anatomia dos dois ventrículos 
confirma esta diferença funcional – a parede 
muscular do ventrículo esquerdo é 
consideravelmente mais espessa do que a 
parede do ventrículo direito. Observe também 
que o lúmen do ventrículo esquerdo é mais ou 
menos circular, em contraste com o do 
ventrículo direito, cujo formato é discretamente 
semilunar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tutorias 
ESQUELETO FIBROSO DO CORAÇÃO 
Além do tecido muscular cardíaco, a 
parede do coração também contém tecido 
conjuntivo denso que forma o esqueleto fibroso 
do coração. Essencialmente, o esqueleto 
fibroso é constituído por quatro anéis de tecido 
conjuntivo denso que circundam as valvas 
cardíacas, unidos um ao outro, e que se 
fundem ao septo interventricular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além de formar uma base estrutural 
para as valvas cardíacas, o esqueleto fibroso 
evita o estiramento excessivo das valvas 
enquanto o sangue passa por elas. Também 
serve como um ponto de inserção para os 
feixes de fibras musculares cardíacas e atua 
como um isolante elétrico entre os átrios e 
ventrículos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tutorias 
HISTOLOGIA DO CORAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tutorias 
O coração é um órgão muscular que tem 
como principal função bombear o sangue para 
o organismo fazendo isso através de 
contrações rítmicas, ou seja, nada mais é que 
um par de bombas musculares dotadas de 
valvas combinadas. Além disso, é o órgão 
responsável pela produção do hormônio 
conhecidocomo fator natriurético atrial. 
Assim como os vasos sanguíneos, o 
coração possui algumas peculiaridades, como 
as 3 túnicas, que são: endocárdio (interna), 
miocárdio (média) e pericárdio (externa), sendo 
essa semelhança originada da gênese 
embriológica do coração, um 
“superespecializado” vaso sanguíneo. 
Sabe-se que o coração é constituído por 
algumas túnicas, também conhecidas como 
pares do coração. São elas: endocárdio, 
miocárdio e pericárdio, com seu folheto 
visceral epicárdio. 
ENDOCÁRDIO 
O endocárdio é uma estrutura 
semelhante a camada íntima dos vasos 
sanguíneos, sendo constituído por endotélio 
(epitélio pavimentoso simples) que repousa 
sobre uma camada subendotelial delgada de 
tecido conjuntivo frouxo, contendo fibras 
elásticas e colágenas, além de algumas células 
musculares lisas. 
Vale lembrar que essa camada 
subendotelial está conectada com o miocárdio, 
através de uma camada de tecido conjuntivo, 
comumente chamada de camada 
subendocardial, que contém veias, nervos e 
ramos do sistema de condução elétrico do 
coração, as células de Purkinje. 
MIOCÁRDIO 
Dentre as túnicas (paredes) do coração 
essa é a mais espessa, consistindo em células 
musculares cardíacas organizadas em 
camadas, envolvendo as câmaras do coração 
como uma espiral. Neste âmbito, percebe-se a 
importância do esqueleto cardíaco fibroso, 
pois é justamente nele que grande parte 
dessas camadas se inserem. 
 
SE LIGA! É justamente no miocárdio que está 
localizado o sistema de condução elétrico do 
coração. 
EPICÁRDIO 
 O epicárdio (fina camada de tecido 
conjuntivo) é o folheto visceral do pericárdio e 
serve de apoio para uma camada de epitélio 
pavimentoso simples (mesotélio) que cobre 
externamente o coração. O tecido adiposo que 
envolve o coração se acumula nessa camada. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
Tutorias 
O coração contém os seguintes 
elementos: 
Uma musculatura provida do músculo 
cardíaco, que propele o sangue; 
Um esqueleto fibroso que consiste em 
quatro anéis fibrosos que circundam os óstios 
das valvas, dois trígonos fibrosos que 
conectam os anéis e a parte membranácea dos 
septos interventricular e interatrial. Os anéis 
fibrosos são compostos de tecido conjuntivo 
denso não modelado. Envolvem a base das 
duas artérias, deixando o coração (aorta e 
artéria pulmonar) e as aberturas entre os átrios 
e os ventrículos (óstios atrioventriculares [AV] 
direito e esquerdo). Esses anéis proporcionam 
o local de fixação para os folhetos de todas as 
quatro valvas do coração, que possibilitam o 
fluxo de sangue apenas em uma direção 
através dos óstios. A parte membranácea do 
septo interventricular é desprovida de músculo 
cardíaco; consiste em tecido conjuntivo denso 
que contém um curto segmento do feixe 
atrioventricular do sistema de condução do 
coração. O esqueleto fibroso proporciona locais 
de fixações independentes para o miocárdio 
atrial e ventricular. Além disso, atua como 
isolante elétrico, impedindo o fluxo livre de 
impulsos elétricos entre os átrios e os 
ventrículos 
Um sistema de condução para o início e 
a propagação das despolarizações rítmicas, 
que resulta em contrações rítmicas do músculo 
cardíaco (Figura 13.5). Esse sistema é formado 
por células musculares cardíacas modificadas 
(fibras de Purkinje), que geram e conduzem 
impulsos elétricos rapidamente através do 
coração. Na cessação súbita do ritmo cardíaco 
normal que leva à interrupção abrupta da 
circulação sanguínea, denominada parada 
cardíaca, o sistema de condução do coração 
não consegue produzir nem conduzir os 
impulsos elétricos que causam a contração do 
coração e possibilitam o suprimento sanguíneo 
para o corpo. A parada cardíaca súbita é uma 
emergência médica; o tratamento de primeiros 
socorros – como a reanimação cardiopulmonar 
(RCP) e a desfibrilação (administração de uma 
dose terapêutica de energia elétrica ao 
coração) – pode melhorar as chances de 
sobrevida. Sem tratamento, a parada cardíaca 
resulta em morte cardíaca súbita. As patologias 
do ritmo cardíaco associadas à parada 
cardíaca incluem taquicardia (ritmo cardíaco 
acelerado), fibrilação (contrações rápidas, 
irregulares e inefetivas), bradicardia (ritmo 
cardíaco desacelerado) e assistolia (ausência 
total de ritmo cardíaco) 
 
 
 A imagem mostra uma área 
de miocárdio e de epicárdio. 
O epicárdio é revestido externamente pelo 
folheto visceral do pericárdio, membrana que 
Tutorias 
envolve o coração. 
O epicárdio é formado de uma lâmina de tecido 
conjuntivo denso revestido externamente (isto 
é, na face voltada para a cavidade pericárdica) 
por um epitélio pavimentoso simples – 
um mesotélio. 
Se não se lembrar do 
termo mesotélio faça uma busca ou consulte o 
Glossário. A camada subepicárdica apresenta 
tecido adiposo e vasos sanguíneos e linfáticos. 
 
A figura evidencia detalhes do epicárdio. 
Esta camada é constituída de tecido 
conjuntivo denso apoiado sobre a camada 
subepicárdica, constituída de tecido adiposo 
unilocular. 
A superfície do epicárdio é revestida por 
um mesotélio, cujos núcleos estão apontados 
por setas. Este epitélio reveste a cavidade 
pericárdica e se continua com o revestimento 
do folheto parietal desta cavidade. Nestas 
figuras, o espaço acima do epicárdio 
representa, portanto, a cavidade pericárdica. 
 
 
 O endocárdio reveste as cavidades do 
coração. É constituído de tecido conjuntivo 
revestido por uma camada de endotélio. É 
equivalente à túnica íntima dos vasos 
sanguíneos. 
Abaixo do endocárdio há uma camada 
subendocárdica. É de espessura variável e às 
vezes seus limites com o endocárdio não são 
muito perceptíveis, sendo difícil delimitar uma 
camada da outra. 
A camada subendocárdica é constituída 
de tecido conjuntivo contendo vasos 
sanguíneos, nervos e componentes do sistema 
de condução de impulsos do coração. 
O sistema de condução de impulsos do 
coração é formado por fibras musculares 
cardíacas modificadas, denominadas fibras de 
Purkinje (não confundir com as células de 
Purkinje, neurônios do cerebelo). 
As fibras de Purkinje são células musculares de 
Tutorias 
diâmetro bastante aumentado e com conteúdo 
reduzido de miofibrilas e, portanto, com menos 
estriações transversais. As miofibrilas 
frequentemente aparecem deslocadas para a 
periferia da célula, deixando um espaço 
central. 
Na imagem há um pequeno feixe 
formado por várias fibras de Purkinje. 
 
 Aumento maior do pequeno conjunto 
de fibras de Purkinje, do sistema condutor de 
impulsos do coração, presentes na camada 
subendocárdica. 
As fibras estão seccionadas 
obliquamente e seu diâmetro é bastante maior 
que o das fibras musculares cardíacas comuns 
(contráteis). 
Ao passar o cursor ou clicar sobre a 
imagem ficam destacados os limites 
aproximados de cada fibra de Purkinje e alguns 
de seus núcleos (em vermelho). 
Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/11-
25-sistema-circulatorio/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://mol.icb.usp.br/index.php/11-25-sistema-circulatorio/
https://mol.icb.usp.br/index.php/11-25-sistema-circulatorio/
Tutorias 
FUNÇÕES DO CORAÇÃO 
 A principal função do coração é Entrega 
de sangue para os tecidos, fornecendo 
nutrientes essenciais às células e removendo 
dejetos metabólicos. 
 
 Todas as células de nosso corpo 
necessitam de oxigênio para viver. O papel do 
coração é enviar sangue rico em oxigênio a 
todas as células que compõe o nosso 
organismo. As artérias são as vias por onde o 
sangue oxigenado é enviado. A aorta é a maior 
de todas as artérias, e se origina no ventrículo 
esquerdo. As artérias se dividem em ramos 
cada vez menores, até os capilares sistêmicos, 
que são vasos extremamente finos através dos 
quais o oxigênio sai para os tecidos. Após a 
retirada do oxigênio e o recebimentodo gás 
carbônico que se encontrava nos tecidos, os 
capilares levam o sangue até as veias. As veias 
transportam sangue com baixa quantidade de 
oxigênio e alto teor de gás carbônico, desde os 
tecidos de volta ao coração e daí aos pulmões, 
chegando aos capilares pulmonares, onde o 
sangue volta a receber oxigênio e a ter o gás 
carbônico removido, sendo o processo 
reiniciado. O sangue flui continuamente pelo 
sistema circulatório, e o coração é a "bomba" 
que torna isso possível. 
 O coração, como qualquer outro 
músculo do corpo, necessita de receber 
oxigênio para que funcione adequadamente. A 
musculatura do coração é nutrida através de 
um sistema de artérias, as artérias coronárias, 
que se originam da aorta. As duas artérias 
coronárias mais importantes são a coronária 
direita e a coronária esquerda - esta última se 
divide (mais freqüentemente) em artéria 
coronária descendente anterior e artéria 
circunflexa.

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