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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO AGREGADOS UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL PROFESSOR: ITAMAR FREITAS Definição: Agregado é um material granular geralmente inerte, incoesivo, de dimensões e propriedades adequadas para o uso em obras de engenharia. Benefícios nos usos em argamassas e concretos: - Economiza concreto - Diminui a retração - Aumenta a resistência ao desgaste (*) (*) os agregados de boa qualidade têm resistência mecânica superior a da pasta de aglomerados APLICAÇÕES Nas construções servem de lastros em vias férreas, bases para calçamento; São adicionados aos solos que constituem pistas de rolamentos das estradas; Entram na composição de material para revestimentos betuminosos, e São utilizados como material granuloso e inerte na obtenção de argamassas e concretos. CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS Podem ser classificados: Quanto a origem Quanto as dimensões Quanto ao peso unitário CLASSIFICAÇÃO AGREGADOS NATURAIS: São aqueles que já se encontram na natureza na forma granular (particulada) Ex.: areia de rios, areia de mina, pedregulhos, seixos rolados. AGREGADOS ARTIFICIAIS ou INDUSTRIALIZADOS: São os que necessitam de um trabalho ( por exemplo: fragmentação ) a fim de chegar a condição necessária e apropriada para seu uso. Ex.: areia artificial, brita, etc. QUANTO A ORIGEM AGREGADOS MIÚDOS Agregados cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha 4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha 0,15 mm Ex.: areia natural, areia artificial. AGREGADOS GRAÚDOS Agregados cujos grãos passam pela peneira de 76 mm e ficam retidos na peneira de malha 4,75 mm Ex.: pedregulho natural, pedra britada. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS DIMENSÕES Segundo o peso unitário, podem ser classificados em: LEVES: peso unitário menor do que 1t/m³ Ex.: pedra pomes, argila expandida, vermiculita. NORMAIS ou MÉDIOS: peso unitário entre 1 e 2t/m³ Ex.: areias quartzosas, seixos, granitos, etc. PESADOS: peso unitário acima de 2t/m³ Ex.: barita, hematita, etc. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PESO UNITÁRIO GRANULOMETRIA: É o estudo da distribuição dos vários tamanhos dos grãos dos agregados. FORMA Feição exterior que o grão ou fragmento apresenta quanto à relação de dimensões às arestas, cantos e faces CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DOS AGREGADOS COMPRIMENTO ( c ) : distância de dois planos paralelos que possam conter o agregado em sua maior dimensão. LARGURA ( l ) : diâmetro da menor abertura circular através do qual o agregado passa. ESPESSURA ( e ) : distância mínima de dois planos paralelos que possam conter o agregado. DIMENSÕES DE AGREGADOS Quanto à relação das dimensões, são classificados conforme as seguintes tabelas: Pedregulho e Areia Alongado (a) c/l > 1,5 ; l/e < 1,5 Esférico (a) c/l < 1,5 ; l/e < 1,5 Equiaxial Lamelar c/l > 1,5 ; l/e > 1,5 Discóide c/l < 1,5 ; l/e > 1,5 Pedra britada, Pedrisco e Pó de Pedra Alongado (a) c/l > 1 ; l/e < 2 Cúbico (a) c/l < 2 ; l/e < 2 Lamelar c/l > 2 ; l/e > 2 Quadrático (a) c/l < ; l/e > 2 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS DIMENSÕES NORMAIS ⚫ Angulosos: grãos ou fragmentos que apresentem arestas vivos e cantos angulosos. ⚫ Arredondados: grãos ou fragmentos que não apresentam arestas e têm cantos arredondados. IRREGULARES ⚫ Grão conchoidal: apresenta uma ou mais faces côncavas. ⚫ Grão defeituoso: apresenta partes com seções delgadas ou enfraquecidas em relação a forma geral do agregado. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ARESTAS, CANTOS E FACES OBTENÇÃO DOS AGREGADOS Alguns agregados são obtidos por extração direta do leito dos rios, por meio de dragas e, à vezes, de minas. Devem sofrer um beneficiamento, que consiste em lavagem e classificação. A pedra britada é obtida pela redução de pedras maiores. Originalmente a fragmentação era manual, hoje é praticamente obtida por trituração em aparelhagem especial, ou britadores. Para caracterizar um agregado, é necessário, então, conhecer quais as parcelas constituídas de grãos de cada diâmetro, expressa em função da massa total do agregado. PENEIRAS SÉRIE NORMAL e SÉRIE INTERMÉDIÁRIA de peneiras: conjunto de peneiras sucessivas, que atendem à ABNT NBR NM ISO 3310-1 , com aberturas estabelecidas na tabela a seguir: Obs.: Diâmetro máximo de agregado ou Dimensão máxima característica “Grandeza associada a distribuição granulométrica do agregado, correspondente a abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa.” (ABNT NBR 7211:2019) EXIGÊNCIAS NORMATIVAS DA NBR 7211:2019 SÉRIE NORMAL (mm) SÉRIE INTERM. (mm) 75 - - 63 - 50 37,5 - - 31,5 - 25 19 - - 12,5 9,5 - - 6,3 4,75 - 2,36 - 1,18 - 0,6 - 0,3 - 0,15 - FILER FILER Os filers são agregados mais finos, constituídos por partículas minerais de dimensões inferiores a 0,075 mm. Como a análise granulométrica do material, por peneiramento, não é possível abaixo de uma peneira de 0,40 mm, os filers geralmente são estudados por processo de sedimentação. Os filers têm grãos de dimensões da ordem dos do cimento, e como este, apresentam interesse não só pelo seu grau de finura como também por sua superfície específica, expressa em m²/kg. Espessador de asfalto flúido (15 a 25% do peso do aglomerante) Fabricação de mástiques betuminosos Preparação de argamassa betuminosa (8 a 15% do peso da argamassa) Preparação do concreto hidrocarbonatado (3 a 6% do peso do concreto) Obs.: nas misturas com materiais betuminosos, o filer, além da função espessante, tem a função de dar maior durabilidade. Adição a cimento Fabricação de borracha artificial Adição a concretos com consumos baixos de cimento (para colmatar vazios) FILER UTILIZAÇÃO AGREGADO MIÚDO É a areia natural ou artificial, resultante do britamento de rochas estáveis, cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 0,150 mm. AGREGADOS MIÚDOS O agregado é formado por mistura de grãos de extensa gama de tamanhos. Se um determinado agregado é retido em peneiras de abertura “A”, e passa na peneira de abertura “B”, pode ser denominado agregado A/B. GRANULOMETRIA LIMITES GRANULOMÉTRICOS DO AGREGADO MIÚDO (NBR 7211:2019) Peneira ABNT Porcentagem, em massa, retida acumulada na peneira ABNT para a: Limites inferiores Limites superiores Zona utilizável Zona ótima Zona utilizável Zona ótima 9,5 mm 0 0 0 0 6,3 mm 0 0 0 7 4,75 mm 0 0 5 10 2,36 mm 0 10 20 25 1,18 mm 5 20 30 50 0,6 mm 15 35 55 70 0,3 mm 50 65 85 95 0,15 mm 85 90 95 100 MÓDULO DE FINURA (MF) Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100. Os módulos de finura para a areia variam entre os seguintes limites: Muito Fina: MF < 1,71 Fina: 1,72 < MF < 2,11 Média : 2,12 < MF < 2,71 Grossa: MF > 2,71 A Norma estabelece que os agregados miúdos devem se enquadrar em uma das faixas granulométricas e que a variação máxima do módulo de finura seja0,2. MÓDULO DE FINURA (MF) Exemplo Obs.: Na tabela anterior todas as peneiras são da série normal, por isso para o cálculo do módulo da finura somou-se todos os percentuais retidos acumulados. Atenção! PENEIRAS (mm) Material Retido % simples % acumulado 4,8 30 3 3 2,4 70 7 10 1,2 140 14 24 0,6 320 32 56 0,3 300 30 86 0,15 120 12 98 Fundo 20 2 100 Σ = 1000g Σ = 100% Σ = 277% ⚫ Grandeza associada à distribuição granulométrica do agregado, corresponde a abertura de malha quadrada, em mm, da peneira listada na Tabela 1 da NBR 7211:2019, a qual corresponde uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa. ⚫ Na tabela do exemplo, o diâmetro máximo do agregado é 4,8 mm, pois é nessa abertura que o percentual retido acumulado é igual ou imediatamente inferior a 5% DIMENSÃO MÁXIMA CARACTERÍSTICA (DM) EXERCÍCIO Calcule o módulo de finura e a dimensão máxima: Peneiras (mm) Material Retido (g) % simples % acumulada 25 850 8,5 8,5 19 2150 21,5 30 12,5 3300 33 63 9,5 2900 29 92 6,3 500 5 97 4,8 0 0 97 2,4 0 0 97 1,2 0 0 97 0,6 0 0 97 0,3 0 0 97 0,15 0 0 97 Fundo 300 3 100 10000 Também chamada massa específica absoluta, é a massa da unidade de volume, excluindo deste os vazios permeáveis e os vazios entre os grãos. Sua determinação é feita através do picnômetro, da balança hidrostática ou pelo frasco de Chapman. Excetuando-se os agregados leves, a massa específica dos agregados miúdos é em torno de 2,65 kg/dm³ Regido pela ABNT NBR NM 52 MASSA ESPECÍFICA É também chamada massa unitária, é a massa por unidade de volume, incluindo no volume os vazios entre os grãos, sua determinação tem grande importância, pois é por seu meio que se podem converter as composições das argamassas e concretos dados em massa para volume e vice versa. Seu valor é influenciado pelos seguintes fatores: • Modo de enchimento do recipiente (solto ou compactado) • Forma e volume do recipiente (cilíndrico ou quadrado) • Umidade e agregado (areia fina, média ou grossa) Regido pela ABNT NBR 7251 MASSA ESPECÍFICA APARENTE O teor de umidade conduzido pelos agregados é de grande importância, pois a quantidade de água que é conduzida ao concreto afetará consideravelmente o fator água/cimento (fa/c). Além disso, é preciso fazer a correção da quantidade dos agregados colocados na mistura, principalmente quando se trabalha com dosagens em volume, a influência é muito maior devido ao fenômeno de inchamento das areias. UMIDADE E ABSORÇÃO De acordo com o teor de umidade, podemos considerar o agregado nos seguintes estados: ⚫ Seco em estufa: toda a umidade foi eliminada por secagem em estufa (100ºC a 110ºC), até que duas pesagens, espaçadas por não menos de 2 horas, não difiram mais de 0,1% entre si. ⚫ Seco ao ar: quando não apresenta umidade superficial, tendo, porém, umidade interna. ⚫ Saturado superfície seca: quando a superfície não apresenta água livre, porém os vazios permeáveis das partículas dos agregados estão cheios dela ⚫ Saturado: quando apresenta água livre na superfície O teor de umidade no estado saturado superfície seca é o que se denomina absorção. Sendo esta muito baixa, podendo atingir o máximo de 1% TEOR DE UMIDADE Fator de correção ou coeficiente de umidade é o número que multiplicado pelo peso úmido, dá o peso seco. Chamando Ps de peso seco, Ph de peso úmido e h de teor de umidade, temos: De onde Logo, o fatos de correção “K” é: FATOR DE CORREÇÃO Considerando a dosagem: Brita 2 = 770 kg/m³, Brita 1 = 415 kg/m³ Areia = 631 kg/m³ , Cimento = 390 kg/m³ Água = 172 kg/m³ , fa/c = 0,44, para o concreto em questão σc = 400 kg/cm² Se em determinado momento a umidade da areia for de 3%, teremos: Ps = 0,97 . 631 = 612 Ph – Ps = 631 – 612 = 19 kg (água) Portanto a areia está conduzindo 19 litros de água. O novo fa/c será: Com este fa/c, o concreto em questão terá σc = 350 kg/cm² EXEMPLO: Nos agregados miúdos, os tamanhos dos vazios podem ser da ordem, ou menores, que a espessura da película de água que adere às superfícies dos grãos (absorção). Por isso, o agregado pode ter seus grãos afastados uns dos outros pela película de água. Chama-se este fenômeno de “inchamento”, que é definido pelo aumento de volume que sofre a areia seca ao absorver a água INCHAMENTO É o quociente entre os volumes úmido (Vh) e seco (Vs) de uma mesma massa de agregado. Onde: Vh = Volume do agregado com h% de umidade, dm³ Vs = Volume do agregado seco em estufa, dm³ Vh/Vs = Coeficiente de inchamento γs = massa unitária do agregado em estufa (kg/dm³) γh = massa unitária do agregado com h% de umidade (kg/dm³) h = teor de umidade, em % INCHAMENTO COEFICIENTE DE INCHAMENTO (NBR 6467:2009) É o teor de umidade acima do qual o inchamento permanece praticamente constante. A umidade crítica é obtida da curva de inchamento de agregado da seguinte forma: a) Traça-se a tangente à curva, paralela ao eixo das umidades. b) Traça-se nova tangente à curva, paralela à corda que une a origem ao ponto de tangência da reta anterior. c) A umidade correspondente ao ponto de encontro das duas tangentes é a crítica. A média dos coeficientes de inchamento nos pontos “umidade crítica” e “umidade máxima” é definida como coeficiente de inchamento médio. Veja o gráfico a seguir: INCHAMENTO UMIDADE CRÍTICA – COEFICIENTE DE INCHAMENTO MÉDIO INCHAMENTO CURVA DE INCHAMENTO DA AREIA As principais impurezas dos agregados miúdos limitados por norma (ABNT NBR 7211:2019) são: Torrões de argila e materiais friáveis Materiais carbonosos Materiais finos que passam na peneira 0,075 mm por lavagem (material pulverulento) Impurezas orgânicas IMPUREZAS Os torrões de argila e materiais friáveis sãos considerados inclusões de baixa resistência, prejudicando a resistência e a durabilidade das argamassas e concreto. A NBR 7211:2019 limita a quantidade relativa à massa do agregado miúdo a um valor máximo de 3%. IMPUREZAS TORRÕES DE ARGILA E MATERIAIS FRIÁVEIS As partículas de baixa densidade são inconvenientes, pois além de serem inclusões de baixa resistência, as partículas de carvão e linhito podem intumescer e desagregar o concreto, bem como perturbar o endurecimento do cimento. Seu teor é limitado pela NBR 7211:2019. Para concreto aparente em 0,5% (máximo em relação a massa do agregado miúdo) e para concreto não aparente em 1%. IMPUREZAS MATERIAIS CARBONOSOS É constituído de partículas de argila (< 2 μm) e silte (2 a 60 μm), principalmente de argila. Os finos, quando presentes, aumentam a necessidade de água dos concretos para uma mesma consistência. Além disso, podem formar uma película envolvendo os grãos, não se separando durante a mistura. Sua ação é altamente prejudicial, e devido a necessidade do aumento do fatora/c , proporcionam maiores alterações volumétricas, intensificando sua retração e reduzindo sua resistência. Valores máximos percentuais relativos a massa de agregado miúdo (ABNT NBR 7211:2019) ⚫ Para concreto submetido a desgaste superficial: 3% ⚫ Para concreto protegido do desgaste superficial: 5% IMPUREZAS MATERIAL PULVERULENTO São normalmente formados por partículas de húmus. Exercem uma ação prejudicial sobre a pega e o endurecimento das argamassas e concretos. Uma parte de húmus, que é ácida, neutraliza a água alcalina da argamassa e a parte restante envolve os grãos de areia, impedindo uma perfeita aderência entre o cimento e as partículas de agregado. Por estas razões, tem influência deletérias sobre a resistência das argamassas e concretos. IMPUREZAS IMPUREZAS ORGÂNICAS Prepara-se uma solução padrão formada por 97 ml de solução de hidróxido de sódio (30 g de hidróxido de sódio diluídos em 970 g de água destilada), com 3 ml de solução de ácido tânico (2 g de ácido tânico, 10 ml de álcool a95% e 90 ml de água destilada). Da amostra seca, representativa da areia em estudo, pesam-se 200 g, que são colocados num frasco de Erlenmeyer, junto com 100 cm³ da solução de hidróxido de sódio. Agita-se vigorosamente e deixa-se em repouso por 24 horas, ao abrigo de luz. Faz-se este mesmo procedimento com a solução padrão Análise do ensaio: a solução obtida no ensaio deve ser mais clara do que a solução padrão. Se apresentar coloração mais escura deverá ser submetido a ensaio de compressão, conforme NBR 7221:2012 IMPUREZAS ENSAIO COLORIMÉTRICO O resultado de qualidade é expresso pelas resistências médias à compressão aos 3, 7 e 28 dias dos corpos de prova, confeccionados com a amostra da areia, comparativamente aos confeccionados com areia normal (NBR 7214:2015) A diferença máxima aceitável entre os resultados de resistência a compressão comparativos é de 10,0% IMPUREZAS ENSAIO DE COMPRESSÃO No caso da existência de cloretos, haverá o inconveniente que os revestimentos feitos com esse material tornam-se higroscópicos, podendo ocorrer o aparecimento de eflorescências e manchas de umidade. Os sulfatos podem acelerar, e em certos casos, retardar a pega. Dão origem a inchamento pela formação de sal de Candlot. IMPUREZAS CLORETOS E SULFATOS As areias artificiais são obtidas por moagem de fragmentos de rochas. A forma e a qualidade são funções das rochas que deram origem às areias artificiais. As melhores provêm de granitos e pedras com grande proporção de sílica. As areias provenientes de basalto apresentam, em geral, grãos em forma de placas ou agulhas, produzindo argamassas ásperas e menos trabalháveis. Um grande inconveniente é a existência de elevados teores de material pulverulento, aumentando a exigência por água, além deste material impalpável diminuir a aderência à pasta de cimento. AREIAS ARTIFICIAIS AGREGADO GRAÚDO É o pedregulho natural ou pedra britada proveniente do britamento de rochas estáveis, cujos grãos passam pela peneira de 75mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75mm (ABNT NBR 7211:2005) AGREGADOS GRAÚDOS O estudo da granulometria para os agregados graúdos, considerados isoladamente, não tem a mesma importância que para os agregados miúdos. A NBR 7225:1993 (Cancelada) dá para as pedras britadas numeradas os seguintes valores, que diferem dos da prática comercial: Pedra 1 ---------- 4,8/12,5 Pedra 2 ---------- 12,5/15 Pedra 3 ---------- 15/50 Pedra 4 ---------- 50/76 Pedra 5 ---------- 76/100 GRANULOMETRIA Peneiras Porcentagens retidas acumuladas por graduação 4,75/12,5 9,5/25 19/31,5 25/50 37,5/75 75 - - - - 0 – 5 63 - - - - 5 – 30 50 - - - 0 – 5 75 – 100 37,5 - - - 5 – 30 90 – 100 31,5 - - 0 – 5 75 – 100 95 – 100 25 - 0 – 5 5 – 25 87 – 100 - 19 - 2 – 15 65 – 95 95 – 100 - 12,5 0 – 5 40 – 65 92 – 100 - - 9,5 2 – 15 80 – 100 95 - 100 - - 6,3 40 – 65 92 – 100 - - - 4,75 80 – 100 95 – 100 - - - 2,36 95 – 100 - - - - LIMITES GRANULOMÉTRICOS DO AGREGADO GRAÚDO (NBR 7211:2019) Por razões comerciais, as britas classificam-se em: BRITA DIÂMETRO (mm) Brita 0 4,75 – 9,5 Brita 1 9,5 – 19 Brita 2 19 – 37,5 Brita 3 37,5 – 75 Pedra de Mão Acima de 75 CLASSIFICAÇÃO COMERCIAL (RJ) Também chamada massa específica absoluta. É a massa da unidade de volume do material que constitui os grãos do agregado. É, portanto, afetada pelas características das partículas, quer sejam densas e impermeáveis, quer sejam porosas. O concreto comum, executado com granito britado, tem massa específica da ordem de 2400 kg/m³, valor que pode chegar a 10000 kg/m³, quando se usam agregados pesados. MASSA ESPECÍFICA É a massa da unidade de volume aparente do agregado, isto é, incluindo no volume os vazios entre os grãos. É utilizada nas transformações de traço em massa para volume, e vice-versa, bem como para consumo de materiais empregados por metro cúbico de concreto. A forma do recipiente e a quantidade de material são importantes fatores de variação de resultados na verificação da massa unitária. O recipiente deve ser paralelepipédico com volume superior a 15L. MASSA UNITÁRIA No agregado graúdo, a umidade não provoca o fenômeno de inchamento. Haverá apenas um aumento de peso, permanecendo o volume constante. A absorção é pequena, em forma de 0,1 a 0,2%. A secagem, consequentemente, é mais rápida. UMIDADE Os agregados devem provir de rochas inertes, isto é, sem ação química sobre os aglomerantes e inalteráveis ao ar, à água ou às variações de temperatura. Os seixos rolados, em geral, satisfazem a estes requisitos, não acontecendo o mesmo com certos feldspatos e xistos, que se decompõem lentamente ao ar ou em contato com água RESISTÊNCIA E DURABILIDADE Os agregados não devem conter impurezas, substâncias nocivas que prejudiquem as reações e o endurecimento do aglomerante nos concretos. Conforme a tabela 7 da NBR 7211:2019, seus teores são limitados pelos seguintes valores máximos relativos a massa do agregado graúdo: Torrões de Argila e materiais friáveis Concreto aparente – 1% Concreto sujeito a desgaste superficial – 2% Outros concretos – 3% Materiais Carbonosos Concreto aparente – 0,5% Concreto não aparente – 1% Material fino (< 0,075mm) 1% SUBSTÂNCIAS NOCIVAS Em determinadas regiões ou para concretos com determinados requisitos específicos, pode ser necessária a exigência, por parte do consumidor, de prescrições especiais adicionais, ficando a seu critério os limites e métodos de ensaio. ENSAIOS ESPECIAIS *FIM*
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