CASO 7 - Léo Transportes

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Aluna: Priscila Naama de Oliveira
A empresa Léo Transportes nos procurou a fim de emitirmos um parecer referente a Lei Ordinária 999/2019 estabelecida pelo estado de Rochedo em 20/10/2019, que se refere a cobrança de ICMS nos serviços de transporte municipais.
Ao analisarmos a lei 999/2019, verificamos que a mesma é ilícita, visto que Conforme disposto no art. 1º, parágrafo 2º, os serviços que constam na lista anexa à Lei Complementar nº 116/03 e alterações (LC  157/2016) não ficam sujeitos ao ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias. Sendo que o item 16 dessa lista refere-se ao transporte de natureza municipal. Logo, esse tipo de prestação de serviço fica sujeita ao pagamento de ISS ao Município.
Outro ponto que observamos na lei é a obrigatoriedade de pagamento no dia seguinte de sua publicação, que fere o princípio da anterioridade, previsto no Art. 150, Inciso III, alínea ‘b’, da Constituição Federal, a qual impede que sejam cobrados tributos antes de decorridos 90 (noventa) dias da data em que tenha sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
Por fim, o proprietário da empresa Léo Transportes, nos informou que recebeu a orientação de apenas ignorar as cobranças, pois são indevidas. Ressaltamos que apesar de não serem legitimas, é importante serem tomadas algumas ações, a fim de que os valores cobrados não entre para a dívida ativa e impeça a emissão de CND (certidão negativa de débitos).
Neste caso, indicamos que seja requerida uma ação anulatória de débitos fiscais que é uma ferramenta dentro da legislação brasileira que permite a extinção do processo jurídico, tornando-o inválido dessa maneira. Assim, a empresa não precisará recolher o imposto e não será penalizada por isto.
Fontes:
· Material disponibilizado na central do aluno.
· https://simplescte.com.br/blog/icms-ou-iss-no-transporte-intermunicipal/
· https://blog.grupostudio.com.br/studio-law/saiba-o-que-e-a-acao-anulatoria-de-debito-fiscal/
 
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