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Saúde e Bem-Estar no Trabalho Autor: Ma. Márcia Gomes E. da Luz Revisor: Ma. Maria Juliana Konigame O bom funcionamento das empresas está intimamente ligado ao bem-estar das pessoas que as compõem. Pessoas insatisfeitas, desmotivadas, estressadas dentro das organizações apresentam desempenho pouco eficiente no trabalho. Desse modo, para que as empresas tenham um bom funcionamento é essencial que seus funcionários estejam bem. Por isso, as organizações precisam estar atentas à qualidade de vida dos trabalhadores, desenvolvendo programas de saúde e bem-estar no trabalho, para que possam contar com funcionários satisfeitos, motivados e mais produtivos. VIDEO - CASE(TRANSCRITO) A case é sobre Fernando, um gestor que precisa desenvolver ações para garantir a saúde e o bem estar de seus trabalhadores. Fernando é gestor em uma empresa de grande porte, na área de construção civil. Ele percebeu que muitos funcionários estavam tão do trabalho por motivo de doenças tanto físicas quanto mentais, a partir de então, ele decidiu fazer um levantamento das principais causas desses afastamentos, uma vez que estes estavam gerando uma série de problemas para empresa, dentre os prejuízos significativos que a organização estava sofrendo, podemos citar a necessidade de contratação provisória de novos funcionários, a necessidade de promover frequentemente capacitações, e o atraso na entrega de serviços a clientes. Após realizar o levantamento Fernando fez algumas constatações: 1º ele observou que no departamento financeiro as pessoas estavam trabalhando muito estressadas, umas não tinham paciência com as outras, o que levava a frequentes discussões no departamento; outras faziam o serviço muito rápido e cometiam muitos erros; e ainda haviam aquelas que saiam mais cedo do trabalho. Tudo isso ocorria por que a sala não tinha uma boa iluminação e uma ventilação adequada, além disso o ar-condicionado não estava funcionando direito, o que deixava a sala muito quente e abafada. Essas variáveis causava uma grande irritabilidade nos funcionários. A 2ª constatação de Fernando foi que o encarregado do departamento de vendas estava agindo de maneira hostil e autoritária com os funcionários, gerando um clima organizacional negativo. Isso ocorria porque o gestor estava irritado, essa irritação tinha origem em uma preocupação específica: sua filha estava doente e hospitalizada há vários dias, e ele estava dormindo com ela no hospital. Desse modo, além de estar apreensivo com a doença da filha, o encarregado estava cansado por não gozar de boas noites de sono. A 3ª e última constatação, foi a de que os funcionários que trabalhavam com alturas nas construções civis, não haviam passado por capacitações, e nem conheciam a devida segurança dos equipamentos da empresa. Desse modo sentiam-se inseguros e temerosos ao utilizar esses equipamentos. Além disso, no ato da contratação, a empresa não havia realizado uma avaliação para averiguar as condições físicas e emocionais dos funcionários que assumiriam o cargo, contribuindo assim para a contratação de funcionários despreparados, tanto em aspectos físicos como emocionais, para exercer funções de risco. Diante de todas essas constatações, Fernando percebeu que teria que avaliar cada uma das situações, e tomar medidas para oferecer mais saúde mental e qualidade de vida a seus funcionários, diminuindo desse modo os casos de abstencionismo que estavam prejudicando o bom andamento da organização. Como Fernando pode resolver esse caso? Apresente uma solução de como ele pode resolver cada uma das situações apresentadas, justifique sua argumentação a partir de um embasamento consistente que considere a importância da saúde mental e a qualidade de vida dos funcionários. Roteiro de Estudos Autor: Ma. Márcia Gomes E. da Luz Revisor: Ma. Maria Juliana Konigame Atualmente, para que as empresas consigam sobreviver neste mercado altamente competitivo, precisam inovar em vários aspectos, não é mesmo? Para que haja inovação, é necessário haver profissionais capacitados em seus interiores. Desse modo, pensar na saúde e no bem-estar do trabalhador é prezar por esses profissionais de excelência que compartilham com metas e objetivos da empresa, contribuindo para o seu crescimento. Empresas preocupadas com a qualidade de vida dos funcionários, portanto, conquistam cada vez mais possibilidades de prosperidade e desenvolvimento. Caro(a) estudante, ao ler este roteiro, você irá: aprender sobre os aspectos da qualidade de vida no trabalho; saber sobre a importância do “sentido” atribuído ao trabalho para as pessoas; entender o que é higiene no trabalho; conhecer os impactos e principais causas do estresse no trabalho; compreender as influências ambientais do trabalho; aprender a promover maior segurança no trabalho; refletir sobre como um gestor pode desenvolver saúde e bem-estar no trabalho. Introdução Todas as pessoas almejam trabalhar em um ambiente agradável, amigável e que proporcione maior qualidade de vida. Atividades estressantes, tediosas e cansativas favorecem para o mal-estar e adoecimento no trabalho. Vivemos em uma sociedade em que as pessoas têm buscado cada vez mais satisfação em seus respectivos empregos, priorizando, muitas vezes, esse quesito em detrimento de outros que costumavam representar prioridade máxima na vida das pessoas até pouco tempo atrás, tais como: status social, alta remuneração etc. Ou seja, as pessoas vêm buscando uma atividade laboral que lhes proporcione não apenas benefícios materiais e sociais, mas, acima de tudo, saúde, bem-estar e qualidade de vida. Assim, as empresas precisam adequar seus espaços para que possam contar com funcionários satisfeitos, motivados, felizes e, consequentemente, mais produtivos. Qualidade de Vida no Trabalho Caro(a) estudante, uma das principais funções do departamento de gestão de pessoas das organizações é cuidar da integridade física, psíquica e social de seus funcionários, além de prezar pela saúde e qualidade de vida deles. Outra função de extrema importância é o monitoramento da satisfação dos colaboradores em relação à empresa e ao trabalho. Dutra (2017, p. 330) nos informa que o termo integridade possui diversos significados; no entanto, ao se referir à integridade de funcionários no ambiente de trabalho, optou por defini-lo como “[...] a condição do que está inteiro ou que não foi diminuído ou não sofreu alteração, ou, ainda, está ileso”. Esse mesmo autor apresenta três tipos de integridade que devem ser garantidos pelas empresas: a integridade física, a integridade psicológica e a integridade social. Para ele, a “integridade física” contempla os aspectos básicos da integridade. Desse modo, os processos de trabalho, as instalações, os instrumentos para auxiliar a realização das tarefas, o direito ao descanso, entre outros, devem ser analisados pela empresa, a fim de minimizar riscos de acidentes e/ou ameaças a esse tipo de integridade do funcionário. Sobre a “integridade psicológica”, o autor destaca que ela é, na maioria das vezes, mais difícil de se identificar, porque as próprias pessoas atingidas não percebem que a perderam. O cotidiano do trabalho gera tensões e pressões nas pessoas, sendo que as relações estabelecidas com colegas, clientes e chefias também podem gerar desgastes mentais. Quanto à “integridade social”, o autor menciona que ela afeta significativamente o comportamento das pessoas e, diante desse tipo de integridade, as empresas precisam assumir dois importantes papéis: o de minimizar os efeitos externos e o de não gerar elementos internos de desconforto social. Desse modo: [...] as organizações, ao contratarem alguém para realizar trabalho ou para atuar em atividades de interesse, têm um compromisso subjacente de preservar a integridade dessas pessoas em todos os sentidos: físico, psíquico e social. Independentemente dos aspectos legais que preservam integridade do trabalhador, essa é uma obrigação moral das organizações. A organização coerente é aquelaque, ao afirmar que as pessoas são importantes, tem uma atitude de cuidado com elas, priorizando e envidando todos os esforços para preservar sua integridade (DUTRA, 2017, p. 330). Mas, afinal, como as organizações podem monitorar a integridade de seus funcionários? Para Dutra (2017), a relação entre as pessoas e a empresa deve ser mediada por um sistema íntegro de comunicação e informações. A partir desse sistema, é possível avaliar a adequação dos relacionamentos estabelecidos na organização e promover medidas preventivas, antes que os problemas se potencializem e tomem proporções maiores e mais difíceis de serem solucionadas. Chiavenato (2015, p. 344) também enfatiza sobre a importância de se prezar pela integridade dos funcionários e afirma que a “qualidade de vida implica criar, manter e melhorar um excelente ambiente de trabalho, seja em suas condições físicas - higiene e segurança -, seja em suas condições psicológicas e sociais”. Um ambiente de trabalho amigável e agradável favorece significativamente a qualidade de vida dos funcionários, tanto fora quanto dentro da empresa, e auxilia para que eles encontrem um significado para o trabalho. Encontrar um significado no trabalho é essencial para o bem-estar e qualidade de vida das pessoas. Uma pessoa desenvolve um trabalho com significado quando sente que: “[...] a) esse trabalho tem um propósito válido - sendo útil não apenas para ele próprio, mas também para um ideal, para algo que o ultrapassa [...]; b) esse trabalho é realizado em um contexto de comunidade organizacional” (CUNHA et al., 2016, p. 181). Dessa maneira: [...] a possibilidade de realizar trabalho com significado incrementa os níveis de felicidade, podendo esse significado ser promovido pelas atuações dos líderes (ser fiável e confiável; ser honesto e íntegro; apoiar os liderados). As pessoas que trabalham por vocação, com paixão e com sentido de missão experimentam significado no seu trabalho (CUNHA et al., 2016, p. 181). A maneira como os funcionários são tratados pela empresa influencia o sentido que atribuem ao trabalho; desse modo, é importante que as organizações desenvolvam estratégias para despertar em seus colaboradores condições para que estes deem um sentido positivo a ele. LIVRO Introdução à segurança e saúde no trabalho Autores: Anderson Chirmici e Eduardo Augusto Rocha de Oliveira Editora: Guanabara Koogan Ano: 2016 Comentário: O livro discute a importância da segurança, da promoção de saúde e da qualidade de vida no trabalho, que, segundo o autor, devem ser entendidos não apenas como meras obrigatoriedades legais, mas como elementos essenciais para o desenvolvimento das pessoas e das organizações. Esse título está disponível na Minha Biblioteca Laureate. Higiene no Trabalho A higiene do trabalho é um aglomerado de procedimentos e normas que visam à proteção da integridade mental e física do trabalhador. Ela busca prevenir os possíveis riscos de saúde inerentes às atribuições do cargo e ao espaço físico onde são realizadas. Assim: “A higiene do trabalho está relacionada com o diagnóstico e com a prevenção de doenças ocupacionais a partir do estudo e controle de duas variáveis: o homem e seu ambiente de trabalho” (CHIAVENATO, 2015, p. 344). Um programa de higiene do trabalho envolve os conteúdos destacados no quadro a seguir. 1.Um plano organizado: envolve a prestação não apenas de serviços de médicos, como também de enfermeiros e auxiliares, em tempo integral ou parcial, dependendo do tamanho da empresa. 2.Serviços médicos adequados: envolvendo dispensário de emergência e primeiros socorros, se for o caso. Essas facilidades devem incluir: a. exames médicos de admissão; b. cuidados quanto a injúrias pessoais, provocadas por moléstias profissionais; c. primeiros socorros; d. eliminação e controle de áreas insalubres; e. registros médicos adequados; f. supervisão quanto à higiene e à saúde; g. relações éticas e de cooperação com as famílias dos empregados doentes; h. utilização de hospitais de boa categoria; i. exames médicos periódicos de revisão e check- up; j. estatísticas e ações preventivas quanto à alimentação, fumo, hábitos sedentários etc. 3.Prevenção de riscos à saúde: envolve atividades de localização, diagnóstico e eliminação ou minimização de riscos ambientais, a saber: a. riscos químicos: como intoxicações, dermatoses industriais etc. b. riscos físicos: como ruídos, temperatura extrema, radiações ionizantes e não ionizantes etc. c. riscos biológicos: como agentes biológicos, micro-organismos patogênicos etc. 4.Serviços adicionais: como parte do investimento empresarial sobre a saúde do empregado e da comunidade, incluem-se: a. programa informativo para melhorar os hábitos de vida e esclarecer sobre assuntos de higiene e saúde. Supervisores, médicos de empresa, enfermeiros e especialistas proporcionam informações no decorrer do seu trabalho regular; b. programa formal de convênios ou colaboração com entidades locais para prestação de serviços de radiografia, recreativos, de ofertas de leituras, filmes etc.; c. verificações interdepartamentais - entre supervisores, médicos e executivos - sobre sinais de desajustamento que implicam mudanças de tipo de trabalho, de departamento ou de horário; d. previsões de cobertura financeira para casos esporádicos de prolongado afastamento do trabalho por doença ou acidente, por meio de planos de seguro de vida em grupo, ou planos de seguro médico em grupo. Dessa maneira, mesmo afastado do serviço, o empregado percebe o seu salário normal, que é completado por esse plano; e. extensão de benefícios médicos a empregados aposentados, incluindo planos de pensão ou de aposentadoria. Quadro 1 - Plano de higiene do trabalho Fonte: Chiavenato (2015, p. 344-345). A higiene do trabalho tem caráter preventivo e busca gerar saúde e bem-estar no trabalhador, impedindo que ele adoeça e/ou se ausente do trabalho. Seus principais objetivos são: eliminação das causas das doenças profissionais; redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou portadoras de defeitos físicos; prevenção de agravamento de doenças e de lesões; manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio do controle do ambiente de trabalho (CHIAVENATO, 2015). Esses objetivos podem ser obtidos por meio de: educação dos gestores, colaboradores e líderes para mostrar os riscos existentes na empresa, ensinando a como evitá-los ou neutralizá-los; frequente estado de alerta acerca dos riscos da empresa e observações e estudos sobre os novos procedimentos ou materiais a serem usados (BAPTISTA, 1975 apud CHIAVENATO, 2015). LIVRO Higiene e segurança do trabalho Autores: Paulo Roberto Barsano e Rildo Pereira Barbosa Editora: Érica Ano: 2018 Comentário: O livro tematiza sobre a higiene do trabalho, a avaliação do ambiente e riscos, os instrumentos de medição e as principais doenças do trabalho, bem como sobre os principais agentes causadores e as possibilidades estratégicas de prevenção. Esse título está disponível na Minha Biblioteca Laureate. Estresse e Trabalho Caro(a) estudante, o Guia do Estresse Ocupacional da Comissão Europeia define estresse como “[...] um padrão de reações emocionais, cognitivas, comportamentais e psicológicas a aspectos adversos e nocivos relacionados com o conteúdo, a organização e o ambiente de trabalho” (CUNHA et al., 2016, p. 166). Desse modo, o estresse está intimamente ligado ao trabalho. Ele pode ser desencadeado a partir do desajuste entre a pessoa e seu trabalho; dos conflitos entre os papéis que desempenha na vida e no trabalho e da ausência de controle sobre a vida e o emprego. Acerca do assunto, Cunha et al. (2016) afirmam: O estresse é o processo transacional de desajustamento entre a pessoa e a sua envolvente, o qual produz respostas físicas, psicológicas e comportamentais - com consequências negativas para o indivíduo e para a organização. Note-se que essa definição colide com a noção mais comum: aquela que confunde estresse com as consequênciasdele mesmo. Os stressors são acontecimentos ou propriedades dos acontecimentos (estímulos) que induzem o estresse nas pessoas que os enfrentam (conflitos entre as exigências familiares e as do trabalho; sobrecarga de trabalho). O strain é constituído pelas respostas psicológicas, físicas ou comportamentais dos indivíduos aos stressors. Enunciado de outro modo, ele se refere aos efeitos do estresse, principalmente aos desvios dos estados normais de desempenho, resultantes da exposição a eventos estressantes. Os resultados são as consequências do strain, a nível individual e organizacional. Como exemplos, podem ser citados: a insatisfação, o absentismo, os problemas de saúde física e psicológica (CUNHA et al., 2016). Embora a palavra estresse geralmente carregue uma conotação negativa, ela nem sempre pode ser considerada nociva. Em algumas situações (e em menores graus), ela é altamente necessária, como: para a motivação, o desenvolvimento e o crescimento pessoal. Caro(a) estudante, considere, por exemplo, o melhor desempenho apresentado por um ator ou um atleta que se depara com uma situação-limite. Geralmente, nessas situações, essas pessoas se aproveitam do estresse para darem o melhor de si. Da mesma maneira, muitos funcionários podem vivenciar as pressões do excesso de trabalho e as exigências de cumprimento de prazos como um desafio e, assim, melhorarem a qualidade do trabalho e a satisfação pessoal. Robbins et al. (2010) apresentam três categorias de estresse potencial, a saber: ambiental, organizacional e individual. Sobre os “fatores ambientais”, eles enfatizam que, da mesma maneira que as incertezas do ambiente interferem no modelo da estrutura empresarial, também interferem no índice de estresse dos funcionários. A incerteza é o maior motivo pelo qual as pessoas apresentam resistência às mudanças. Há três tipos de incertezas: econômica, política e tecnológica. Por exemplo: quando a economia é abalada, as pessoas ficam mais ansiosas; quando há mudanças na política, isso também ocorre. Por fim, quando a tecnologia começa a se tornar obsoleta às habilidades dos funcionários, estes tendem a se sentir mais estressados. Já os fatores organizacionais geradores de estresse podem estar relacionados a: pressões para se evitar falhas ou cumprir prazos; colegas desagradáveis; chefes exigentes; carga excessiva de trabalho; exigências interpessoais etc. Por exemplo, as linhas de montagem podem ser estressantes quando passam muito rápidas, assim como trabalhar em ambientes lotados ou em lugares públicos (onde os funcionários costumam ser constantemente interrompidos). Além disso, experimentar elevados limites situacionais, como assumir responsabilidades altamente exigentes, cumprir horários rígidos e não poder contar com o apoio dos colegas da empresa, pode ser fator desencadeante de estresse. Os “fatores individuais” do estresse são aqueles relacionados aos demais aspectos da vida da pessoa, como: questões familiares, características de personalidade, fatores econômicos etc. Pesquisas indicam que as pessoas costumam valorizar seus relacionamentos pessoais e familiares. Desse modo, fatores como: rompimento de uma relação, divórcio, dificuldades no casamento, problemas disciplinares com os filhos, entre outros, podem ser fatores altamente geradores de estresse. Os problemas econômicos também são muito comuns. Além de gerarem estresse, desviam a atenção do funcionário do trabalho (ROBBINS et al., 2010). Caro(a) estudante, veja, no quadro a seguir, uma pesquisa interessante sobre o estresse no trabalho apresentada por Robbins et al. (2010). O estresse profissional pode matar Essa afirmação parece ser verdadeira. Os relatos individuais sobre o estresse profissional estão correlacionados de maneira negativa a toda sorte de indicadores de saúde física e mental. Um problema com muitos desses estudos, no entanto, é que é um pouco difícil estabelecer uma relação de causalidade. O estresse profissional causa problemas de saúde ou os problemas de saúde aumentam o estresse profissional? Também é possível que uma terceira variável seja a causa de ambos: os indivíduos neuróticos relatam tanto um nível maior de estresse quanto de problemas de saúde, o que pode questionar a ligação causal entre estresse profissional e saúde. No entanto, um estudo recente sugere que o estresse profissional pode, de fato, levar a uma piora na saúde. Nesse estudo, 972 participantes com idades entre 35 a 59 anos voltaram ao trabalho após sofrerem um ataque cardíaco. Os pesquisadores acompanharam-nos por seis anos. Aqueles que retornaram para trabalhos muito estressantes apresentaram uma tendência 2,2 vezes maior de sofrer outro ataque cardíaco (ou de ser hospitalizado por causa de problemas do coração) do que os indivíduos em trabalhos pouco estressantes. Um dos pesquisadores considerou esse efeito “muito importante” e concluiu que o fator de risco era mais ou menos equivalente ao fumo e à pressão alta. Outro estudo recente, realizado ao longo de oito anos com 7.810 trabalhadores finlandeses da área florestal, descobriu que aqueles que sofreram forte estresse profissional, na forma de elevado burnout psicológico, possuíam uma tendência 3,8 vezes maior de apresentar alguma incapacitação permanente posteriormente. Outro estudo de longo prazo, ainda, feito com 3.190 homens japoneses, revelou que trabalhar em um ambiente muito estressante praticamente dobrava suas chances de sofrer um AVC. Portanto, parece que as implicações de se trabalhar em um emprego altamente estressante podem ser severas - e ameaçar a própria vida. Quadro 2 - Estresse profissional Fonte: Robbins et al. (2010, p. 584). De acordo com Diniz (2013): A incidência do estresse não é limitada por idade, raça, sexo e/ou situação socioeconômica. Estudos apontam que, nos Estados Unidos, grande parte das doenças que levam à morte é originada no estresse. Outros estudos concluem que 75% dos trabalhadores apresentam condições físicas ou mentais relacionadas ao estresse. Esses números exorbitam no Japão, onde se estima que cerca de 30 mil trabalhadores morrem anualmente por excesso de trabalho. O Brasil, por ser um país em desenvolvimento, propicia à sua população inúmeras mudanças no contexto sociocultural, nas áreas econômica, tecnológica e relacional a serem enfrentadas, alertando que o nível de estresse do brasileiro, que já é significativo, pode se tornar mais elevado. Foi constatado que esse processo está associado a um número significativo de portadores de doenças agudas e crônicas, com destaque para os profissionais de áreas distintas. Percebendo-se a influência desse processo na saúde e na produtividade dos seres humanos, foram aprofundados estudos e práticas clínicas e organizacionais, com clientes e trabalhadores, visando ao gerenciamento do estresse (DINIZ, 2013, p. 238). Conforme vimos, o estresse é algo muito sério e prejudicial às pessoas. É importante, portanto, que as organizações estejam atentas ao nível de estresse de seus funcionários, pois ele pode interferir de maneira significativa em seus desempenhos. LIVROGuia de Qualidade de Vida: saúde e trabalho Autora: Denise Pará Diniz Editora: Manole Ano: 2013 Comentário: A obra integra os conceitos de saúde, bem-estar, motivação, desempenho e produtividade, além de atualizar capítulos da primeira edição, introduz novos conteúdos tanto relacionados à qualidade de vida e saúde quanto à qualidade de vida no trabalho. Esse título está disponível na Minha Biblioteca Laureate. Condições Ambientais de Trabalho As condições ambientais de trabalho são as circunstâncias físicas que o funcionário ocupa dentro da empresa. É o espaço que ele utiliza para desenvolver as atribuições de sua função. Os principais elementos das condições físicas do ambiente de trabalho são: iluminação, ruído e condições atmosféricas. A iluminação não está relacionada, apenas, à quantidade de luz geral do ambiente de trabalho, mas, sim, ao ponto focal do trabalho. Desse modo, a iluminação deve ser estabelecida com baseno tipo de atividade visual que o funcionário deve executar: quanto maior for a necessidade de concentração visual do colaborador em minúcias e detalhes, maior será a demanda de luminosidade no ponto de trabalho. A má iluminação prejudica o sistema nervoso, causa fadiga à vista, aumenta o índice de acidentes e favorece para a má qualidade do trabalho. Chiavenato (2015) enfatiza que um sistema de iluminação deve considerar os seguintes requisitos: 1. ser suficiente: cada foco de luminosidade deve ser suficiente para cada tipo de atividade que o funcionário executa; 2. ser uniformemente distribuída e constante: deve-se evitar os contrastes agressivos de sombra e luz e as oposições de escuro e claro. Impede-se, desse modo, a fadiga dos olhos provenientes das frequentes acomodações necessárias às variações da luminosidade. A distribuição da luminosidade pode ser dividida em: iluminação direta, iluminação indireta, iluminação semi- indireta e iluminação semidireta. A iluminação direta é aquela que incide diretamente sobre o foco iluminado. É mais econômica e costuma ser mais usada em espaços maiores. A iluminação indireta é aquela em que incide sobre o foco a ser iluminado a partir da reflexão de tetos e paredes, ou seja, a luz fica oculta por alguns anteparos ou dispositivos. A iluminação semi-indireta combina os dois tipos já mencionados. Nela, a luminosidade é refletida por meio de globos translúcidos, os quais refletem a luz nas paredes superiores e teto, que a transmitem para o foco desejado (iluminação indireta); assim, a luminosidade é difundida pelo globo (iluminação direta), ocorrendo dois efeitos de iluminação. Na iluminação semidireta, a maior parte da luz é encaminhada diretamente ao foco a ser iluminado (iluminação direta), ocorrendo alguma luz refletida através do teto e das paredes (CHIAVENATO, 2015). Veja, na figura a seguir, a representação desses quatro tipos de iluminação. Ruídos são barulhos ou sons indesejáveis. Eles costumam estar presentes de forma excessiva em diversos locais de trabalho, principalmente onde se utilizam equipamentos pesados e/ou maquinaria. Construções, aeroportos, minas e fábricas, geralmente, são lugares com muito barulho, que expõem os funcionários a condições que podem afetar sua saúde e prejudicar seu desempenho (SPECTOR, 2002). A intensidade dos ruídos é mensurada em decibéis (dB) por meio de uma escala logarítmica. Desse modo, a relação entre dB e intensidade do som não é a mesma, por exemplo: “aumentar o nível do som em 10 dB representa um aumento de 10 vezes na intensidade do som e um aumento de 20 dB representa uma intensidade de som de 100 vezes maior” (SPECTOR, 2002, p. 282). Veja, na figura a seguir, a representação de alguns níveis de sons, comuns a alguns ambientes de trabalho. Figura 2 - Níveis de intensidade dos sons (em dB) Fonte: Spector (2002, p. 283). Pessoas que são expostas a ruídos muito altos, como o de explosões, podem ter sua audição severamente danificada. Em algumas situações, pode até ser irreversível. A exposição contínua (que ultrapasse meses ou anos) de sons superiores a 85 dB pode acarretar perda auditiva permanente. Como esses sons não costumam ser dolorosos (por exemplo, os de uma explosão), muitos funcionários não os evitam. Por isso, é comum que colaboradores que trabalham em ambientes altamente barulhentos percam a audição. Devido aos graves prejuízos a funcionários, provenientes de sons muito altos, alguns países possuem leis que determinam os níveis permitidos a que funcionários podem ser expostos. Nesses países, os colaboradores que trabalham em ambientes com índice maior que o permitido de ruídos recebem fones de ouvido para a prevenção de danos à audição. É muito comum, também, encontrarmos pessoas que trabalham em companhias aéreas fazendo uso desse tipo de proteção quando estão perto de aeronaves com motores ligados. As implicações para as pessoas submetidas a sons muito altos podem ir além das auditivas. Spector (2002) destaca que evidências apontam para uma ligação entre o nível de exposição ao som no trabalho e algumas doenças; dentre elas as cardiovasculares. Nesse sentido, Chiavenato (2015) nos apresenta cinco estratégias para que as empresas que possuem alto índice de ruídos possam utilizar: 1. supressão do ruído: por meio de reparação ou mudança no desempenho da máquinas, polias, engrenagens, correias etc.; 2. repartição na fonte do ruído: através de anteparos ou, ainda, através de montagem das máquinas e outros equipamentos sobre feltros, molas ou amortecedores de sons; 3. envolver a fonte de ruído: por meio de paredes à prova de som; 4. tratamento de paredes, tetos e solos: por meio de acústica para a “abafar” o som; 5. uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI): como capacetes, protetor auricular, óculos de segurança etc. Essas iniciativas podem minimizar as consequências negativas causadas em pessoas expostas a ruídos muito altos no ambiente de trabalho e, desse modo, promover maior saúde e qualidade de vida a essas pessoas. A condição atmosférica é outro fator ambiental que interfere na qualidade de vida e no desempenho das pessoas nas organizações. Existem certos cargos que são executados em ambientes com elevadas temperaturas, por exemplo: perto de fornos de cerâmica e de siderúrgicas, em que os funcionários costumam usar roupas diferenciadas para se proteger. Em contrapartida, outros cargos exigem um trabalho em ambientes com baixíssimas temperaturas, como: frigoríficos, onde os funcionários também necessitam usar roupas específicas para manter a saúde. Nesses casos mais intensos, a característica principal desses ambientes é a insalubridade (CHIAVENATO, 2015). Pessoas que trabalham em ambientes externos, ou seja, ao ar livre, também estão vulneráveis às condições do clima de extremo frio ou calor, dependendo da região em que vivem. Essas condições podem se tornar uma grande ameaça à saúde. Nesse sentido, Spector (2002) nos informa que “doenças e morte podem ocorrer se a temperatura interna do corpo desviar muito dos 37º Celsius. Temperaturas corporais acima de 45ºC ou abaixo dos 25ºC levam rapidamente à morte, em geral por parada cardíaca” (BELL, 1981 apud SPECTOR, 2002, p. 285). A temperatura do ambiente ou do ar ao redor tem muito a ver com a manutenção da temperatura corporal. É importante que sejam tomadas as medidas apropriadas para garantir que os funcionários não fiquem em temperaturas demasiadamente quentes ou frias quando tiverem de trabalhar em condições climáticas externas. Em condições de frio, os funcionários devem ter roupas quentes o suficiente para manter a temperatura do corpo. Em condições muito extremas, a exposição ao ar livre deve ser limitada a períodos breves. Em condições de calor excessivo, deve-se dar às pessoas a quantidade suficiente de líquidos para prevenir desidratação, uma vez que a transpiração é um dos meios básicos utilizados pelo corpo para manter a temperatura corporal (SPECTOR, 2002, p. 285). As condições intensas de calor levam ao cansaço físico e ao estresse, que interferem no desempenho. Desse modo, ingerir líquidos e usar roupas adequadas podem favorecer para que a pessoa se mantenha mais produtiva diante de situações adversas. O tempo de exposição a essas temperaturas deve ser bastante curto, de modo a propiciar à pessoa exposta um maior conforto e disposição para poder desempenhar suas atividades. De acordo comMonteiro e Bertagni (2020): Vale dizer que o risco de um acidente no meio ambiente do trabalho está ligado ao próprio trabalho, sendo direito do trabalhador a diminuição desse risco. De concluir, pois, desde já, que, causado um dano pelo risco da atividade, não necessariamente essa ocorrência implique como corolário a indenização. É bem verdade que há muito a teoria do risco fundamentando a responsabilidade ligada ao ambiente do trabalho vem sendo aplicada na jurisprudência de nossos tribunais. Não resta dúvida, porém, de que ela vinha sempre ligada a algum grau de culpa, e, apenas excepcionalmente, poderia falar em indenizaçãosem culpa (MONTEIRO; BERTAGNI, 2020, p. 310). Segurança no Trabalho A segurança do trabalho diz respeito a um aglomerado de medidas educacionais, psicológicas e técnicas usadas para evitar acidentes, seja por meio da eliminação das condições inseguras do espaço do trabalho, seja por meio da orientação ou convencimento de colaboradores da utilização de ações preventivas. A segurança do trabalho é essencial dentro das organizações, uma vez que interfere no desempenho do funcionário e, desse modo, cada vez mais, as empresas estão criando serviços próprios de segurança. Assim, “Dependendo do esquema de organização da empresa, os serviços de segurança têm a finalidade de estabelecer normas e procedimentos, pondo em prática os recursos possíveis para conseguir a prevenção de acidentes e controlando os resultados obtidos” (CHIAVENATO, 2015, p. 348). Muitos serviços de segurança não apresentam resultados satisfatórios e, muitas vezes, até fracassam, porque não se ancoram em diretrizes delineadas e acatadas pela diretoria da empresa ou porque não foram desenvolvidos de maneira adequada em seus amplos aspectos. Um programa de segurança do trabalho deve partir do pressuposto de que a prevenção de acidentes somente obterá êxito se forem aplicadas medidas adequadas de segurança a partir de um trabalho em equipe. Ou seja, cada encarregado deve se responsabilizar pela segurança de seu setor, mesmo que a empresa conte com um órgão específico para monitorar os chefes setoriais. Um plano de segurança contempla os seguintes aspectos: 1. A segurança em si é uma responsabilidade de linha e uma função de staff em face da sua especialização. No fundo, a segurança é um dever de todos. 2. As condições de trabalho, o ramo de atividade, o tamanho, a localização da empresa etc. determinam os meios materiais preventivos. 3. A segurança não deve ficar restrita à área de produção. Os escritórios, depósitos etc. também oferecem riscos cujas implicações afetam a empresa toda. 4. O plano de segurança envolve necessariamente a adaptação da pessoa ao trabalho (seleção de pessoal), adaptação do trabalho à pessoa (racionalização do trabalho), além de fatores sociopsicológicos, razão pela qual muitas organizações vinculam a segurança ao órgão de RH. 5. A segurança do trabalho mobiliza todos os elementos para o treinamento e doutrinação de técnicos e operários, controle de cumprimento de normas de segurança, simulação de acidentes, inspeção periódica dos equipamentos de combate a incêndios, primeiros socorros e a escolha, aquisição e distribuição de uma série de peças de roupagem do pessoal (óculos de segurança, luvas, macacões, botas etc.) em certas áreas da organização (CHIAVENATO, 2015, p. 349). Desse modo, um plano de segurança envolve vários requisitos. Para sua aplicação, é essencial que se pratiquem alguns princípios, a saber: apoio efetivo da administração (reuniões frequentes, supervisões, medidas de segurança tomadas etc.); pessoal com dedicação exclusiva à segurança (para assistir, normatizar, controlar, diagnosticar e relatar ocorrências); instruções claras para cada tipo de atividades executadas (orientações de segurança aos recém- contratados, execução do programa por meio da supervisão – pessoas referências na prevenção de acidentes e integração de todos os colaboradores na consciência acerca da importância da segurança –, por meio de trabalho em equipe) e extensão do programa na parte externa da empresa (focando a segurança do funcionário em todos os espaços em que ele convive). Chiavenato (2015) adverte para o fato de que não se deve confundir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) com Órgão de Segurança. A CIPA é uma obrigação legal da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), e o Órgão de Segurança é criado pela empresa. Em empresas que contemplam as duas, apesar de terem o mesmo objetivo, devem ser chamadas pelos respectivos nomes, a fim de se diferenciarem. A CIPA busca apontar as ações inseguras dos trabalhadores e as respectivas condições de insegurança, ou seja, ela fiscaliza o programa de segurança da empresa. Em contrapartida, o Órgão de Segurança indica soluções para os possíveis problemas. A segurança do trabalho visa minimizar os acidentes que provocam, de maneira direta ou indireta, doenças, lesões corporais, perturbações funcionais, perdas totais, parciais, temporárias ou permanentes da capacidade para o trabalho. Acidentes de trabalho englobam não apenas os que ocorre dentro da empresa, mas também os acidentes de trajeto, ou seja, que ocorrem no percurso do funcionário entre sua residência e o local de trabalho e vice-versa. Os acidentes de trabalho são classificados em: 1. acidente de trabalho sem afastamento: é quando o funcionário continua trabalhando mesmo após o acidente; 2. acidente de trabalho com afastamento: nesse caso, pode acarretar incapacidade temporária (funcionário perde a capacidade de trabalhar durante o dia do acidente, podendo-se prolongar por um período menor que um ano); incapacidade permanente parcial (diminuição permanente e parcial da capacidade de trabalhar, durante o dia do acidente, podendo-se prolongar por um período menor que um ano); incapacidade total permanente (perda total da capacidade de trabalhar, de maneira permanente) e morte (CHIAVENATO, 2015). Os acidentes de trabalho se caracterizam como aspectos negativos para a organização, funcionário e sociedade; dessa forma, suas causas devem ser analisadas, a fim de reduzi-los. Os custos para a empresa também se tornam desvantajosos, uma vez que o seguro de acidentes trabalhistas arca apenas com as despesas médicas e/ou indenizações trabalhistas. As demais despesas são de obrigatoriedade da empresa, a qual tem obrigações com os funcionários expostos a riscos inerentes do exercício de suas funções. Desse modo, é importante que as organizações ofereçam espaços de trabalho com o máximo de segurança possível a seus colaboradores. LIVRO Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais Autores: Antonio Lopes Monteiro e Roberto Bertagni Editora: Saraiva Ano: 2020 Comentário: O livro aborda os fundamentos do seguro de acidentes do trabalho, analisa a legislação em vigor e cuida dos beneficiários do seguro obrigatório, além dos benefícios. Ele apresenta uma análise das doenças ocupacionais (profissionais e do trabalho), bem como a ação acidentária e o processo em si. Esse título está disponível na Minha Biblioteca Laureate. LIVRO Políticas de saúde pública: interação dos atores sociais Autor: Mário Lopes Editora: Atheneu Ano: 2010 Comentário: O livro analisa os aspectos da legislação do Sistema Único de Saúde, contemplando como ocorre a operacionalização para que os atendimentos sejam efetivos e de qualidade e atinjam toda a população do país, especialmente os menos favorecidos. Ele apresenta reflexões acerca da formação na área de saúde e sobre a manutenção de equipamentos e instalações para o atendimento da população. Esse título está disponível na Biblioteca Virtual Laureate. Conclusão Como vimos, cuidar da saúde e do bem-estar dos trabalhadores é um assunto urgente e muito importante. Empresas que almejam crescer precisam estar atentas a seus interiores e identificar possíveis aspectos que estejam impedindo seu desenvolvimento. Oferecer boas condições físicas, ambientais, estruturais e climáticas a seus funcionários é tornar o ambiente de trabalho um espaço de satisfação, motivação e, consequentemente, de maior crescimento e desenvolvimento. Referências Bibliográficas BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Higiene e segurança do trabalho. São Paulo: Érica, 2014. CHIAVENATO, I. Recursos humanos: o capital humano das organizações: como atrair, aplicar, manter, desenvolver e monitorar este valioso tesouro organizacional. 10. ed. Elsevier, 2015. CHIRMICI, A.; OLIVEIRA, E. A. R. de. Introdução à segurança e saúde no trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. CUNHA, M. P. et al.Manual de comportamento organizacional e gestão. 8. ed. Lisboa: Rh, 2016. DINIZ, D. P. Guia de Qualidade de Vida: saúdee trabalho. 2. ed. São Paulo: Manole, 2013. DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: realidade atual e desafios futuros. São Paulo: Atlas, 2017. LOPES, M. Políticas de saúde pública: interação dos atores sociais. São Paulo: Atheneu, 2010. MONTEIRO, A. L.; BERTAGNI, R. Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. São Paulo: Saraiva, 2020. ROBBINS, S. P. et al. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. SPECTOR, P. E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2002. Dica do Professor Autor: Ma. Márcia Gomes E. da Luz Revisor: Ma. Maria Juliana Konigame Dica 01: Estresse no Trabalho e Consequências Psicológicas dos Trabalhadores Altos índices de estresse costumam prejudicar severamente as pessoas, em especial, em seu ambiente de trabalho, que é o local onde passam a maior parte de seu tempo. Desse modo, as empresas precisam estar atentas ao estresse de seus funcionários, para impedir que o desempenho profissional de seus colaboradores seja comprometido. Para exemplificar, convidamos-lhe a assistir ao impactante e polêmico filme Coringa, que mostra os possíveis danos psicológicos causados em pessoas que vivenciam fortes situações de estresse no trabalho. Embora o filme retrate uma pessoa com predisposição para transtornos mentais, não deixa de nos oferecer uma reflexão interessante acerca da relação entre estresse no trabalho e o prejuízo psicológico dos trabalhadores. FILME Coringa Direção: Todd Philips Ano: 2019 Comentário: o filme mostra a trajetória da vida do Coringa (vilão inimigo do personagem Batman), do momento em que ainda não era um “assassino frio” até o ponto em que desenvolve uma nova identidade. Embora o personagem possua um transtorno mental, o ambiente e as condições de trabalho contribuíram para seu prejuízo emocional e, consequentemente, para o desencadeamento de sua agressividade. Agora, reflita: como o filme Coringa pode auxiliar na resolução do problema apresentado no videocase? Dica 02: Acontecimentos Vividos pelos Colaboradores e Interferência no Trabalho Perante acontecimentos trágicos, como mortes em acidentes ou ser vítima de violência urbana, as pessoas ponderam mais sobre a importância da vida familiar e em comunidade como fonte de satisfação de suas necessidades sociais e de pertença cuja satisfação a vida organizacional nem sempre propicia. Fonte: Robbins, S. P. Comportamento Organizacional, 11ª Edição, Pearson, São Paulo, 2006. Cap. 4, pág.88 "Emoções". Agora, reflita: como os conceitos apresentados podem auxiliar na resolução do problema apresentado no videocase? Dica 03: Segurança do Trabalho e Trabalhadores nas Alturas Pessoas que trabalham suspensos em alturas precisam estar física e psicologicamente preparadas para a função. Para isso, é importante que as empresas capacitem seus funcionários para a tarefa e uso das medidas de segurança que seus equipamentos possuem. Convidamos-lhe a acessar o site da Revista Superinteressante para conhecer melhor a segurança do trabalho de profissionais que atuam nas alturas. Leia mais em: https://super.abril.com.br/comportamento/profissao-perigo-trabalhadores-nas-alturas/ Agora, reflita: como os conceitos apresentados podem auxiliar na resolução do problema apresentado no videocase? N1 Saúde e bem-estar no trabalho são temas que têm sido cada vez mais abordados no âmbito organizacional. Empresas que promovem qualidade de vida a seus funcionários contam com pessoas mais motivadas e que apresentam melhor desempenho. Com base nessa perspectiva, reflita e encontre uma solução para o problema apresentado no videocase. Considere a importância de as organizações desenvolverem estratégias adequadas, que ofereçam a melhor saúde e bem-estar no trabalho a seus colaboradores. Seu posicionamento deve considerar a importância das condições ambientais, da higiene no trabalho e da segurança do trabalho. Justifique sua argumentação, com base em um embasamento consistente, que considere a importância da saúde mental e a qualidade de vida dos funcionários. Referencie, pelo menos, dois autores do roteiro de estudo e faça uma citação direta ou indireta (conforme as normas da ABNT). O texto deve ter, no mínimo, uma lauda. ORIENTAÇÕES PARA N1 1) A dissertativa deverá se concentrar no tema proposto e contemplar de forma efetiva o solicitado no enunciado; 2) Cópias, transcrições integrais e/ou análises cujo fundamento resida na utilização de ideias de terceiros e acervos pessoais sem a devida referência/citação, comprometem a nota da atividade. Por essa razão, recomenda-se não utilizar cópia integral ou parcial de trabalhos disponíveis na Internet, de obras de referência e acervos pessoais apresentados em outros momentos. Atenção para estas observações; 3) A dissertativa deverá apresentar domínio conceitual com as devidas fundamentações, sendo consideradas também a reflexão e argumentação sobre o tema proposto; 4) Estrutura do argumento: Apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão sobre a proposta da atividade; 5) Aderência ao conteúdo; 6) Criatividade e autonomia; 7) Clareza: as ideias devem ser apresentadas de forma clara, sem incoerências, e dialogar com o foco geral da atividade; 8) Em conformidade as normas gramaticais da Língua Portuguesa e normas da ABNT; 9) A dissertação deve ter aproximadamente de 20 a 30 linhas; 10) O arquivo deve ser postado no link de entrega da atividade "Resolução do Caso (N1)" e no formato Word ou PDF. Saúde e Bem-Estar no Trabalho Autor: Ma. Márcia Gomes E. da Luz Qualidade de Vida no Trabalho LIVRO Guia de Qualidade de Vida: saúde e trabalho Segurança no Trabalho LIVRO Acidentes do trabalho e doenças ocupaciona LIVRO Políticas de saúde pública: interação dos a Referências Bibliográficas Dica do Professor Dica 01: Estresse no Trabalho e Consequências Psic FILME Coringa Dica 02: Acontecimentos Vividos pelos Colaboradore Dica 03: Segurança do Trabalho e Trabalhadores nas
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