Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HEVELYN ALESSANDRA BENTO BESSELER MODULO 1 – MEDICINA Membrana plasmática A membrana plasmática é composta por uma camada dupla de moléculas lipídicas, na qual proteínas estão inseridas. Funções – definem os limites das células, dividem as células em compartimentos discretos, organizam sequências de reações complexas e atuam na recepção de sinal e transformação de energia. As membranas internas formam diferentes organelas e embora possuam as mesmas bases da membrana plasmática, existem diferenças em suas composições, sobretudo em suas proteínas de membrana. A bicamada lipídica é uma barreira para a permeabilidade da maior parte das moléculas solúveis em água. Os lipídios mais abundantes nas membranas celulares são os fosfolipídios, que são moléculas anfipáticas, ou seja, hidrofóbicas e hidrofílicas. A distribuição dos lipídeos é diferente e assimétrica As moléculas hidrofílicas formam ligações eletrostáticas e ligações de hidrogênio com a agua. As moléculas hidrofóbicas fazem com que as moléculas de agua se reorganizarem em uma forma de arcabouço em torno delas, o que diminui a entropia do sistema e é energeticamente desfavorável. Estrategia de Cluster – consistem em um aglomerado de moléculas hidrofóbicas a fim de minimizarem o contato das caudas apolares com a agua. Os glicerofosfolipidios, esfingolipídios e os esterois são praticamente insolúveis. HEVELYN ALESSANDRA BENTO BESSELER MODULO 1 – MEDICINA No caso 1 a entropia é máxima e no caso 2 ela não é. As mesmas forças que atuam sobre as moléculas anfipáticas para que elas formem bicamadas, também ajudam a conferir a propriedade autosselante, eliminando qualquer extremidade livre. Quando não há nenhuma extremidade livre, a única maneira que a bicamada tem de impedir que isso vá acontecer, é se curvando, formando uma esfera fechada, comportamento fundamental para a criação de uma célula viva. Obs. – fosfolipídios puros irão formar vesículas esféricas fechadas, chamadas de lipossomos, quando expostos em água. Funções dos fosfolipídios Formam a bicamada lipídica e dar estrutura a célula Permitem o transporte de moléculas apolares pequenas e lipossolúveis Permitem o transporte de moléculas polares pequenas, como a água, o glicerol e o etanol. Impedem o transporte de moléculas e/ou carregadas eletricamente. Fluidez da membrana Diz respeito a facilidade com que as moléculas fosfolipídicas se movimentam na membrana. Flippase – removem os fosfolipídios específicos da camada externa e as introduzem na camada voltada para o citosol – internal. Floppase – sai da membrana interna e vai para externa. Scramblase – são enzimas especificas que removem aleatoriamente fosfolipídios específicos de uma metade da bicamada e inserem na outra. Flip-flop – trocam de uma monocamada da membrana para a outra. HEVELYN ALESSANDRA BENTO BESSELER MODULO 1 – MEDICINA A fluidez a membrana depende da composição dos fosfolipídios, da temperatura e do comprimento da cauda hidrocarbonada. Quanto menor for a cauda hidrocarbonada, menor a interação entre elas e, consequentemente, maior fluidez. Cada ligação dupla cria um tipo de dobra que torna mais difícil o empacotamento das caudas uma contra as outras. Por essa razão, uma bicamada lipídica que contenha uma grande proporção de caudas de hidrocarbonadas insaturadas será mais fluida do que as que possuem menores proporções. A inclusão de colesterol também está relacionada com a fluidez da membrana. Como as moléculas de colesterol são pequenas e rígidas, elas preenchem os espaços vazios entre as moléculas de fosfolipídios, tendendo a tornar a bicamada mais rígida, menos flexível e menos permeável. Contudo, tudo depende da quantidade de moléculas de colesterol que serão inseridas. Por exemplo, se for inserida apenas uma molécula, será conferido fluidez. A fluidez de membrana permite a permeabilidade seletiva da membrana plasmática. Formação da membrana A formação da membrana origina-se no reticulo endoplasmático, em que novas moléculas de fosfolipídios são sintetizados por enzimas ligadas a superfície citosólica do R..E. Utilizando ácidos graxos livres como substrato, as enzimas inserem os fosfolipídios recém-sintetizados na metade citosólica da membrana. Se as membranas são formadas a partir do RE com um conjunto homogêneo de fosfolipídios, como a assimetria é originada? Ela tem início no aparelho de Golgi; a membrana do aparelho de golgi contem outra família de enzimas que modificam os fosfolipídios – as flipases. Elas iniciam e mantem a assimetria da membrana plasmática. A orientação na bicamada costuma a ser fundamental para se determinar a função. Aqueles com distribuição mais assimétrica na bicamada são os glicolipideos, que estão localizados principalmente na membrana plasmática. O seu açúcar está voltado para o lado externo da célula, formando o glicocálix. Essa camada de carboidratos ajuda contra choques mecânicos, conferindo a célula um superfície lubrificada. Além disso, eles possuem um papel fundamental no reconhecimento e na adesão celular. HEVELYN ALESSANDRA BENTO BESSELER MODULO 1 – MEDICINA Proteínas de membrana Proteínas de transmembrana – se estendem pela bicamada de fosfolipídios com parte de suas massas dos dois lados da bicamada. Elas são anfipáticas. Muitas das proteínas transmembranicas de passagem única são receptoras externas, enquanto outras atuam como canais que permitem a passagem através da membrana. Outras estão localizadas quase inteiramente no citosol e se associam a parte citosólica por meio de uma α- hélice anfipática. Algumas estão totalmente externas a bicamada, ligadas a membrana por apenas um ou mais grupos covalentes ligados. HEVELYN ALESSANDRA BENTO BESSELER MODULO 1 – MEDICINA Há ainda proteínas ligadas indiretamente a uma das faces da membrana, mantidas apenas pela interação com outra proteína de membrana. Vale ressaltar que muitas das proteínas de membrana podem ser solubilizadas com detergentes. Uma célula pode restringir os movimentos da sua proteína de membrana Função das proteínas – transporte, receptor, enzimático, suporte e reconhecimento. Transporte por membrana Transportadores deslocam pequenas moléculas orgânicas ou íons inorgânicos. Canais formam pequenos poros hidrofílicos que cruzam a membrana, através do quais substancias podem passar por difusão. Quanto menor a molécula e mais hidrofóbica, ou apolar, mais rápido ela conseguira atravessar a bicamada. Transporte passivo – movem um soluto a partir do seu gradiente de concentração, não havendo gasto energético. O gradiente eletroquímico da reação é zero, pois a substancia não é carregada para a célula. 1. Osmose – relacionada a entrada e saída de agua. 2. Difusão simples – transporte mais demorado. A velocidade do processo é diretamente proporcional a quantidade de soluto. 3. Difusão facilitada – acontece com a ajuda de proteínas transportadoras. A velocidade inicial, ou velocidade limite, é a maior que poderá ser atingida. HEVELYN ALESSANDRA BENTO BESSELER MODULO 1 – MEDICINA Potencial de membrana– resultante de desequilíbrios elétricos dentro e fora da célula. Transporte ativo – ocorre com gasto de energia e contra o gradiente eletroquímico; bombas transmembranicas. 1. Primário – acoplado diretamente ao consumo de ATP. A bomba de sódio e potássio utiliza a energia liberada de hidrolise do ATP para bombear sódio para fora das células animais e potássio para dentro. Bombas acopladas – elas podem acoplar o movimento de um íon inorgânico ao de outro. 2. Secundário – fluxo acoplado de dois solutos, um flui a favor do seu gradiente enquanto o outro contra. Simporte – os dois solutos são deslocados na mesma direção antiporte – os solutos são deslocados em direções opostas. Uniporte – um transportador que transporta somente um tipo de soluto pela membrana – e não acoplado. Ex. transporte passivo de glicose. HEVELYN ALESSANDRA BENTO BESSELER MODULO 1 – MEDICINA Referencias – FUNDAMENTOS DA BIOLOGIA CELULAR – BRUCE ALBERTS i
Compartilhar