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Akuntsu - Povos Indígenas no Brasil

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Akuntsu - Povos Indígenas no Brasil
Os últimos cinco sobreviventes dos chamados Akuntsu vivem em pequenas
malocas próximas uma da outra, nas matas do igarapé Omerê, afluente da
margem esquerda do rio Corumbiara, no sudeste de Rondônia. A área constitui
uma pequena reserva de mata outrora pertencente a uma fazenda particular
interditada pela Funai no final dos anos 1980. Caracteriza-se por floresta
equatorial de terra firme, razoável incidência de pequenos morros, poucas
nascentes e, assim como as demais reservas de mata de Rondônia, encontra-se
seriamente ameaçada por frentes agropastoris.
Nome
Kunibu em primeiro plano, sentado em frente à maloca. Foto:
Adelino de Lucena Mendes, 2002.
As informações a respeito do nome Akunt'su, Akunsu ou Akuntsu na literatura
etnográfica é praticamente inexistente, ao menos em período anterior ao contato
oficial com a Funai, ocorrido em 1995.
Uma brevíssima menção é feita no livro de Frans Caspar "Tupari", em que o que
se lê nada mais é que uma informação dada ao autor pelos seus informantes
tupari sobre uma "perigosa" e "terrível" tribo que vive nas florestas à leste de
suas terras, a qual eles jamais visitaram e que denominam "Akontsu". É bem
verdade que os Akuntsu em questão localizam-se à nordeste, podendo ter sido
um pouco mais ao leste, do atual território Tupari.
Akuntsu ou Akunsu, não corresponde à autodenominação do grupo. Apenas
atendem por este nome por serem desta maneira chamados pelos seus vizinhos
Kanoê, remanecentes dos grupos Kanoê contactados pelas frentes da comissão
https://pib.socioambiental.org/pt/%C3%93rg%C3%A3o_Indigenista_Oficial#Funda.C3.A7.C3.A3o_Nacional_do_.C3.8Dndio_.28Funai.29
https://pib.socioambiental.org/pt/%C3%93rg%C3%A3o_Indigenista_Oficial#Funda.C3.A7.C3.A3o_Nacional_do_.C3.8Dndio_.28Funai.29
https://img.socioambiental.org/d/208031-15/akuntsu_1.jpg
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https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Akuntsu#Hist.C3.B3rico_do_contato
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Akuntsu#Hist.C3.B3rico_do_contato
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Akuntsu#Hist.C3.B3rico_do_contato
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Akuntsu#Hist.C3.B3rico_do_contato
https://pib.socioambiental.org/pt/%C3%93rg%C3%A3o_Indigenista_Oficial#Funda.C3.A7.C3.A3o_Nacional_do_.C3.8Dndio_.28Funai.29
https://pib.socioambiental.org/pt/%C3%93rg%C3%A3o_Indigenista_Oficial#Funda.C3.A7.C3.A3o_Nacional_do_.C3.8Dndio_.28Funai.29
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tupari
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tupari
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kano%C3%AA
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kano%C3%AA
Rondon nos vales do rio Tanaru entre 1913 e 1914, os quais mantiveram-se
isolados nas matas do Omerê até 1995, onde foram contactados pouco antes de
seus vizinhos Akuntsu, pela frente de atração da Funai. Os Akuntsu, por sua vez,
chamam os Kanoê pela designação Emãpriá.
Na língua Kanoê, Akuntsu, ao que parece, significa "outro índio". Portanto a
denominação " Wakontsón" dada à tribo misteriosa por parte dos Tupari de
Caspar pode ser na verdade apenas uma maneira que aqueles índios
encontraram para denominar um grupo indígena totalmente desconhecido dos
informantes do autor, que talvez nem mesmo os tenha conhecido, pois nos
escritos de Caspar consta que pela periculosidade dos indivíduos daquele grupo
nunca tiveram coragem de visitá-los, podendo apenas estar baseados em
informações orais dos mais velhos, vindas de um tempo em que realidade e mito
confundem-se em acontecimentos indistinguíveis.
População
Kunibu e sua família na aldeia Akuntsu. Foto: Adelino de Lucena
Mendes, 2002.
Os Akuntsu constituem-se hoje num dos menores grupos étnicos do Brasil.
Marcada por usurpação de terras e por massacres, sua história pouco se
diferencia das de outros povos indígenas de Rondônia.
Em meados dos anos 1980, os Akuntsu viveram provavelmente o seu último
grande conflito com os brancos. Provas encontradas pelas frentes da Funai
revelaram que nas matas da região havia acontecido um massacre, pois foram
encontrados restos de utensílios e vestígios de uma aldeia com
aproximadamente trinta indivíduos. Dez anos mais tarde, quando o órgão
indigenista oficial contatou pela primeira vez os Akuntsu, o relato de um dos
membros do grupo, composto então por apenas sete pessoas, esclareceu aos
sertanistas da Funai o que havia realmente acontecido. Kunibu reconheceu os
restos de cerâmica e alguns utensílios como pertencentes à sua antiga aldeia, e
https://img.socioambiental.org/d/208038-17/akuntsu_3.jpg
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https://pib.socioambiental.org/pt/%C3%93rg%C3%A3o_Indigenista_Oficial#Funda.C3.A7.C3.A3o_Nacional_do_.C3.8Dndio_.28Funai.29
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revelou com clareza de detalhes, inclusive mostrando no próprio corpo as
marcas, o que a seu ver tratou-se de uma tentativa de exterminá-los. Kunibu
relata o ataque que ele e seu povo sofreram por parte de homens brancos que há
muito queriam expulsá-los de suas terras, e lembra com pesar dos nomes dos
mortos, que parecem ser mais de quinze.
Segundo informação do representante da Funai no local, Moacir Góes, em
março de 2005 o grupo era constituído por Kunibu (também conhecido como
Babá), homem de aproximadamente 65 anos; Ururu, mulher de cerca de 75
anos; Popak, do sexo masculino e próximo dos 35 anos; além de três índias com
idades entre 18 e 30 anos.
Em janeiro de 2000, durante uma tempestade noturna, uma grande árvore caiu
sobre a casa de Kunibu, matando sua filha mais nova e ferindo-o.
Em outubro de 2009, faleceu a mulher mais velha do grupo, Ururu, que tinha
em torno de 85 anos.
A população akuntsu reduziu-se ainda mais, contando, em 2009, com apenas 5
pessoas.
Histórico do contato
Existe apenas uma menção à designação Akuntsu (mais especificamente
wakontsón) em período anterior ao contato oficial, por meio de uma informação
dada ao escritor Frans Caspar pelos Tupari, índios do rio Branco, afluente da
margem esquerda do Guaporé, que estão a sudoeste do atual território Akuntsu.
O contato oficial
Akuntsu por ocasião do primeiro contato oficial. Foto: Marcos
Mendes, 1995.
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tupari
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tupari
https://img.socioambiental.org/d/208041-14/akuntsu_4.jpg
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Em 1985 foi instituída oficialmente a frente de atração da Funai que seria
responsável pelo primeiro contato com índios desconhecidos que
perambulavam na região de Corumbiara. Embora essas informações já fossem
de conhecimento do órgão indigenista desde a década de 1970, relatos de 1984
reiteraram a presença de um ou mais grupos indígenas isolados na mata
composta por reservas legais de algumas fazendas, mas que vinham sendo
desmatadas para a comercialização de madeira e a implantação de pecuária. A
presença indígena era constantemente desmentida por parte dos fazendeiros da
região, pois sua confirmação colocaria em risco a disponibilidade das terras que
estavam sendo preparadas para fins econômicos.
Em dezembro de 1986 a área que havia sido interditada para o possível contato
com os índios foi liberada para os fazendeiros, sob a alegação do próprio órgão
indigenista de que se existissem índios naquela região já teriam se retirado, pois
aquela área encontrava-se completamente recortada por pequenas estradas para
o escoamento da madeira tirada de dentroda mata.
O sertanista da Funai Marcelo dos Santos, responsável pela frente de atração, a
despeito da desinterdição da área, durante os anos seguintes continuou sua
busca de vestígios da presença indígena dentro na floresta. Muitas vezes
enfrentou ameaças de morte e todo tipo de empecilhos que madeireiros,
grileiros e fazendeiros puderam criar. Em 1993 o sertanista passou a contar com
o auxílio de imagens de satélite, e a partir de um pequeno ponto avermelhado
percebido em uma dessas imagens, interpretado pelo sertanista como uma
possível roça, partiu em uma expedição definitiva de contato com os índios.
Em setembro de 1995 contataram os índios Kanoê, remanescentes dos antigos
grupos Kanoê já mencionados pela comissão Rondon que habitaram regiões
próximas. Em conversa com os membros da expedição de contato, os Kanoê
informaram que próximo dali havia um outro grupo indígena ao qual eles
chamavam de Akuntsu. Em outubro desse mesmo ano uma outra expedição, que
agora incluía alguns Kanoê, alcançou não muito distante dali as pequenas
malocas dos desconhecidos Akuntsu, que muito assustados receberam o grupo.
Eram então sete pessoas, dois homens adultos, três mulheres (uma mais velha e
duas em idade reprodutiva), uma adolescente e uma menina de
aproximadamente sete anos.
A presença do medo
O medo tornou-se um elemento presente no cotidiano dos Akuntsu. Kunibu,
chefe do grupo, jamais se aproxima de qualquer um sem seus sopros,
benzimentos característicos em ritos xamânicos que possuem o poder, de acordo
com a situação, de repelir entes maléficos, ou de limpar o corpo ou o ambiente
aonde acreditam existir perigo ou entidade negativa.
Todo receio dos Akuntsu pode ser justificado quando recuperamos a história de
massacre a qual foram submetidos. O chumbo dos invasores está até hoje no
flanco de Kunibu e dos outros membros do grupo.
Cultura material
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https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kano%C3%AA
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Uma das filhas de Kunibu na aldeia Akunstu. Foto: Adelino de
Lucena Mendes 2002.
Como os grupos do Complexo Cultural do Marico, os Akuntsu fabricam esse saco
cargueiro feito de fibras de tucum com grande esmero e aplicação. Por essa
razão, o marico poderia ser um ponto de referência para se supor contatos
históricos com outros povos entre os vales das cabeceiras dos afluentes da
margem esquerda do Pimenta Bueno e das cabeceiras dos afluentes da margem
direita do Guaporé, com quais compartilham muitos aspectos culturais
semelhantes.
Fabricam peças de cerâmica e adornos corporais, como braçadeiras, jarreteiras e
tornozeleiras de algodão, algumas com pequenos apliques de pedaços de pele
com plumas de aves (tucano) e algumas vezes dentes de mamíferos.
Atualmente não possuem arte plumária, a não ser pela confecção de narigueiras,
onde comumente são usadas penas de arara, e os apliques de plumas em
adornos dos membros.
Os arcos são feitos de uma espécie de palmácea, e as flexas são em sua maioria
de ponta hemorrágica ou com três pontas, decoradas com fios tingidos de
vermelho, possuindo uma bela estética .
Os Akuntsu usam conchas de rio de diversos tamanhos e vários tipos de
sementes que aplicam no fabrico de colares, também são usados pedaços de
plástico. Estes últimos já faziam parte da cultura dos Akuntsu assim como dos
Kanoê antes mesmo do contato oficial com a Funai, e são cortados em forma de
trapézio ou círculos, configurando colares e bandoleiras que muito lhes agradam
no uso cotidiano, e aos quais têm imenso apego, pois o plástico em tempos
anteriores ao contato era referência de um saque bem sucedido sobre alguns
barris de produtos químicos, baldes e outros objetos deste material, comumente
esquecidos nos pastos das fazendas ou abandonados em acampamentos de
forasteiros, e cujas cores lhes agradavam imensamente, tendo por preferência o
azul, o vermelho, o amarelo e o branco
https://img.socioambiental.org/d/208044-15/akuntsu_5.jpg
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http://pib.socioambiental.org/pt/busca?cx=012755631879800665768%3Arprrqd6vp2e&cof=FORID%3A9&ie=UTF-8&q=complexo+cultural+do+marico&sa=
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https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kano%C3%AA
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https://pib.socioambiental.org/pt/%C3%93rg%C3%A3o_Indigenista_Oficial#Funda.C3.A7.C3.A3o_Nacional_do_.C3.8Dndio_.28Funai.29
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Tanto homens como mulheres usam uma pequena tanga com franjas de líber ao
modo de vários povos já documentados pela comissão Rondon, como os antigos
Kepkiriwát. Versões distintas dessas tangas aparecem bem mais à leste do
território Akuntsu, entre os Rikbaktsa da bacia do Juruena, noroeste de Mato
Grosso.
Os Akuntsu também confeccionam em taquara flautas de pã, e com elas
compõem belas melodias.
Ritual
Kunibu aspirando pó de angico. Foto: Adelino de Lucena Mendes,
2002.
As sessões de xamanismo estão sempre presentes na vida ritual dos Akuntsu.
Kunibu, chefe e pajé do grupo, interage com uma mulher pajé Kanoê em longos
encontros que envolvem os característicos sopros e aspiração de pó de angico
(rapé). Entram em transe e evocam espíritos de animais e entes fantásticos, os
quais parecem incorporar.
Imagens feitas em 2002 mostram Kunibu e três mulheres em uma
demonstração do que seria um ritual. Kunibu segurando seu arco e algumas
flechas entoa cânticos batendo fortemente o pé direito no chão, sendo
acompanhado pelas mulheres, que também seguram arcos e flechas, repeteindo
o bater dos pés e a melodia que Kunibu evoca.
Atividades produtivas
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Rikbakts%C3%A1
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https://img.socioambiental.org/d/208047-14/akuntsu_6.jpg
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http://pib.socioambiental.org/pt/c/no-brasil-atual/modos-de-vida/xamanismo
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https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kano%C3%AA
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Porak e Kunibu com arcos e flechas Foto: Adelino de Lucena
Mendes, 2002.
O igarapé Omerê não representa para os Akuntsu uma fonte de alimentação
farta. Dele retiram apenas a água que bebem e vez por outra pequenos
peixinhos, que são muito comemorados e logo viram um tira-gosto quase
imperceptível à boca. É da caça, coleta de frutas e de uma pequena roça em volta
da maloca que suprem suas necessidades alimentícias.
A caça é encontrada com facilidade, pois a região tornou-se uma ilha onde se
refugiaram os animais de áreas vizinhas, já desmatadas para a pecuária. Grandes
bandos de porcos do mato, antas e pacas perambulam por ali, não demorando a
encontrar o seu destino na ponta das flechas dos índios, que dentre estes
apreciam em demasia o porco-do-mato.
Nota sobre as fontes
As informações deste verbete são registros coletados na forma de diário de
campo durante uma brevíssima estada na Terra Indígena Rio Omerê em julho
de 2002. As escassas fontes de informação sobre este povo indígena e o curto
espaço de tempo do pesquisador nas malocas Akuntsu impossibilitam
observações mais detalhadas sobre este desconhecido grupo indígena.
No mais, o único texto significativo publicado sobre os Akuntsu foi escrito pela
antropóloga Virgínia Valadão para o volume Povos Indígenas no Brasil:
1991-1995, do Instituto Socioambiental. Nele, a autora conta o processo de
contato e as poucas informações existentes sobre ambos grupos até então
isolados no Igarapé Omerê: Kanoê e Akuntsu. Anteriormente, essa mesma
autora fez um relatóriode avaliação da área do Igarapé Omerê, porém em 1987
o grupo indígena ainda não havia sido contactado pela Funai. E, em 1995, Maria
Auxiliadora Cruz de Sá Leão, redigiu o relatório de interdição da Terra Indígena
Rio Omerê, que traz informações sobre os Akuntsu.
https://img.socioambiental.org/d/208050-15/akuntsu_7.jpg
https://img.socioambiental.org/d/208050-15/akuntsu_7.jpg
http://pib.socioambiental.org/caracterizacao.php?id_arp=3939
http://pib.socioambiental.org/caracterizacao.php?id_arp=3939
http://pib.socioambiental.org/pt/c/povos-indigenas-no-brasil-serie-historica
http://pib.socioambiental.org/pt/c/povos-indigenas-no-brasil-serie-historica
http://pib.socioambiental.org/pt/c/povos-indigenas-no-brasil-serie-historica
http://pib.socioambiental.org/pt/c/povos-indigenas-no-brasil-serie-historica
http://www.socioambiental.org/
http://www.socioambiental.org/
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kano%C3%AA
https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kano%C3%AA
https://pib.socioambiental.org/pt/%C3%93rg%C3%A3o_Indigenista_Oficial#Funda.C3.A7.C3.A3o_Nacional_do_.C3.8Dndio_.28Funai.29
https://pib.socioambiental.org/pt/%C3%93rg%C3%A3o_Indigenista_Oficial#Funda.C3.A7.C3.A3o_Nacional_do_.C3.8Dndio_.28Funai.29
Fontes de informação
• CASPAR, Frans: Tupari ( Entre os índios, nas florestas brasileiras) –
Ed.Melhoramentos - São Paulo - Brasil - 1958.
• VALADÃO, Virgínia. “Os índios ilhados do Igarapé Omerê”. In: RICARDO,
Carlos Alberto. Povos Indígenas no Brasil: 1991-1995. Instituto
Socioambiental, 1996.
VÍDEOS

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