Aula 4 - Fiscalização e gestão de contratos administrativos

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CENTRO DE MÍDIAS 
Fiscalização e 
Gestão de Contratos 
Administrativos
Prof. Msc. Marcondes Gil Nogueira
CURSO DE ECPA
CENTRO DE MÍDIAS 
TEMA
OBJETIVO
Fiscalização e Gestão de Contratos 
Administrativos.
Conhecer as teorias necessárias do 
direito administrativo para o exercício 
das funções públicas nas atividades de 
acompanhamento e fiscalização dos 
contratos administrativos.
CURSO ECPA
aula 4
É uma relação encargo-remuneração que deve ser 
mantida durante toda a execução do contrato, a 
fim de que o contratado não venha sofrer indevida 
redução nos lucros normais do empreendimento.
Assegurado pelo art. 37, XXI, da CF/88: “[...] mantidas as 
condições efetivas da proposta[...]” 
Equilíbrio econômico – Financeiro
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Na quarta edição do livro de “Licitações & Contratos - 
Orientações e Jurisprudência do TCU”, 2010.
Deve-se manter as condições de pagamento 
estabelecidas inicialmente no contrato, de forma 
estável (TCU, 2010).
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• Os custos dos itens constantes da proposta contratada, 
em confronto com a planilha de custos que deve 
acompanhar a solicitação de reequilíbrio; 
• Ocorrência de fato imprevisível, ou previsível, porém de 
consequências incalculáveis, que justifique modificações 
do contrato para mais ou para menos; 
• “Reequilíbrio econômico-financeiro não está vinculado a 
qualquer índice de preço” (TCU, 2010, p. 812). 
Segundo o TCU (2010) para autorização e concessão 
do reequilíbrio econômico-financeiro solicitado:
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Recomposição 
A recomposição de preços deriva da ocorrência de 
eventos extraordinários que oneram os encargos do 
contrato. As alterações dessa natureza, em função 
da sua imprevisibilidade, devem ser formalizadas por 
meio da celebração de termo aditivo ao contrato.
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Repactuação
O termo de repactuação de preços tem sido utilizado, 
principalmente, para os contratos de natureza 
continuada, em virtude de alterações nos custos 
do contratado proporcionadas, em maior grau, por 
acordos, convenções e dissídios coletivos de trabalho.
Lei n.º 8.666/93, art. 57, § 4º C/C art. 32. “[...] contrato de 
serviços continuados, [...] poderá ter vigência superior 
a doze meses, limitada a duração total a sessenta 
meses”.
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Reajustamento 
O reajustamento decorre da necessidade de alteração 
dos valores pactuados, em virtude da previsível 
perda de valor da moeda devido a variações da taxa 
inflacionária ocorridas em um determinado período. 
Utiliza-se índices específicos previstos no contratado 
(apostilamento).
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Execução dos contratos administrativos
• A Lei de Licitações estabelece a regra sobre a execução 
dos contratos administrativos nos artigos 66 a 76 do 
Estatuto Licitatório. 
• Durante a execução a administração deverá 
acompanhar e fiscalizar o desenrolar das 
atividades, por meio de um representante 
especialmente designado, sendo permitida 
a contratação de terceiros para assisti-lo e 
subsidiá-lo de informações pertinentes à 
atribuição.
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• O representante da administração deve anotar em 
registro próprio as ocorrências relacionadas com 
a execução do contrato, determinando o que for 
necessário à regularização das faltas, falhas ou defeitos 
observados. As anotações efetuadas constituem 
importante ferramenta de acompanhamento e 
fiscalização da execução contratual (Lei 8.666/93, art. 67).
Execução dos contratos administrativos
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“O contratado deverá manter preposto, aceito 
pela Administração, no local da obra ou serviço, 
para representá-lo na execução do contrato.” 
(Lei 8.666/93, art. 68) 
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• “Tanto a Administração quanto o contratado devem 
cumprir fielmente as regras contratuais e as normas 
da Lei de Licitações e Contratos Administrativos.” 
(TCU, 2010, p. 778) 
• “Não cumprimento de disposições legais, total ou 
parcialmente, pode levar à rescisão do contrato, 
respondendo o culpado pelas consequências que 
poderão advir desse ato.” (TCU, 2010, p. 778)
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• “É dever da Administração acompanhar e fiscalizar o 
contrato para verificar o cumprimento das disposições 
contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus 
aspectos.” (TCU, 2010, p. 780)
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Situação prática
“Art. 67. A execução do contrato deverá ser 
acompanhada e fiscalizada por um representante da 
Administração especialmente designado [...]”
Comissionado?
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TEMA
OBJETIVO
Fiscalização e Gestão de Contratos 
Administrativos.
Conhecer as teorias necessárias do 
direito administrativo para o exercício 
das funções públicas nas atividades de 
acompanhamento e fiscalização dos 
contratos administrativos.
aula 4.1
Limites da competência do fiscal
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Limites da competência do fiscal
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Limites da competência do fiscal
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Superior hierárquico
• “Art.67. A execução do contrato deverá ser acompanhada 
e fiscalizada por um representante da Administração 
[…]” (BRASIL, Lei 8.666/93, art. 67) 
• “§2°. As decisões e providências que ultrapassarem a 
competência do representante deverão ser solicitadas 
a seus superiores em tempo hábil para a adoção das 
medidas convenientes.” (BRASIL, Lei 8.666/93, art. 67) 
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Da fiscalização do contrato administrativo
• Agentes da fiscalização: gestor e fiscal de contratos.
• Destaca-se que a fiscalização traduz dois importantes 
sujeitos: o gestor e o fiscal. Essa conclusão é doutrinária, 
pois o art. 67 Lei n.º 8.666/93 não deixa claro esses papéis.
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Da fiscalização do contrato administrativo
O decreto n.° 2.271/97 reza:
Art. 6°. A administração indicará um gestor do contrato, que 
será responsável pelo acompanhamento e fiscalização da sua 
execução, procedendo ao registro das ocorrências e adotando 
as providências necessárias ao seu fiel cumprimento, tendo 
por parâmetro os resultados previstos no contrato. 
(BRASIL, Decreto n.° 2.271/97, grifo nosso)
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Da fiscalização do contrato administrativo
Instrução Normativa SLTI/MPOG n°. 02, de 2008.
Art. 31. O acompanhamento e a fiscalização da execução 
do contrato consistem na verificação da conformidade 
da prestação dos serviços e da alocação dos recursos 
necessários, de forma a assegurar o perfeito cumprimento 
do contrato, devendo ser exercido pelo gestor do contrato, 
que poderá ser auxiliado pelo fiscal técnico e fiscal 
administrativo do contrato. 
(BRASIL, I. N. SLTI/MPOG n.° 02, 2008, grifo nosso)
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Da fiscalização do contrato administrativo
Do preposto designado pela contratada
Verifica-se que é um dever da contratada indicar o seu 
representante (PREPOSTO), conforme Lei n.° 8.666/93, 
in verbis:
• “Art. 68. O contratado deverá manter preposto, 
aceito pela Administração, no local da obra ou 
serviço, para representá-lo na execução do contrato.” 
(BRASIL, Lei 8.666/93, art. 68)
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Da fiscalização do contrato administrativo
Há possibilidade de recusar a nomeação para 
fiscalizar?
5.7.7. O servidor designado para exercer o encargo de fiscal 
não pode oferecer recusa, porquanto não se trata de 
ordem ilegal. Entretanto, tem a opção de expor ao superior 
hierárquico as deficiências e limitações que possam 
impedi-lo de cumprir diligentemente suas obrigações. 
(Acórdão n.° 2.917/2010 – Plenário - TCU)
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Da fiscalização do contrato administrativo
Não sendo possível criar as 
condições adequadasde trabalho, 
a autoridade superior atrai para si 
a responsabilidade por eventuais 
prejuízos advindos da fiscalização 
deficiente. Assim, o fiscal deve deixar 
registrada a sua deficiência, ou 
condições precárias, para numa 
eventual e futura responsabilização, 
elidir-se da mesma.
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Da fiscalização do contrato administrativo
O Fiscal não pode ser responsabilizado 
por irregularidades na execução do ajuste 
se não tinha capacidade técnica para 
exercer a fiscalização, mas para elidir 
essa responsabilidade deve comunicar 
formalmente ao seu superior hierárquico, 
acerca de sua incapacidade técnica.
(Acórdão n.° 994/2006/TCU – Plenário)
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Da fiscalização do contrato administrativo
Instrução Normativa SLTI/ MPOG n°. 02, de 30 de abril 
de 2008
• Apresenta algumas orientações pertinentes à atuação 
rotineira dos fiscais e gestores de contratos no seu art. 
34. 
• Assim como o Ministério do Planejamento regulamentou 
os seus procedimentos, pensa-se que o exemplo deve ser 
seguido pelos demais órgão estaduais e municipais.
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Da fiscalização do contrato administrativo
Da regularidade fiscal e trabalhista
O Tribunal de Contas da União no Acórdão n.° 
1.054/2012, expediu orientação a todos os órgãos dos 
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União 
para que passem a exigir das empresas contratadas, 
como condição para liberação de cada pagamento, a 
Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT 
(ou positiva com efeitos de negativa), juntamente com 
as certidões relativas à regularidade fiscal.
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