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RESUMO - PRÁTICA PENAL - RESPOSTA À ACUSAÇÃO

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Prévia do material em texto

A construção da peça requer algumas análises anteriores, com isso um esqueleto é importante 
para delinear os pontos de defesa. Vejamos o modelo abaixo: 
MODELO DE ESQUELETO 
 
CLIENTE: 
 Nome do acusado 
CRIME: 
 Crime e pena 
 
AÇÃO: 
 Ação Penal Pública Incondicionada; 
 Ação Penal Pública Condicionada 
(Representação ou Requisição); e 
 Ação Penal Privada. 
 
RITO/PROCEDIMENTO (ART. 394 
CPP, ART. 61, LEI 9.099): 
 
Comum/Especial 
 
a) Ordinário: pena máxima igual ou superior a 4 
anos (8 Testemunhas); 
 
b) Sumário: pena inferior a quatro anos (5 
Testemunhas); 
 
c) Sumaríssimo: menor potencial ofensivo, pena 
máxima menor ou igual a 2 anos. (5 testemunhas) 
 
d) Procedimentos Especiais: 
 Responsabilidade de funcionário público – Art. 
513, CPP 
 Crimes Contra Honra, Art. 519, ss 
 Drogas – Art. 55 e ss Lei 11.343/06 
 Júri 
 
SURSIS PROCESSUAL (ART. 89, LEI 
9.099/95) 
 
 Delitos com pena mínima igual ou inferior a 01 
ano; 
 Não ter sido condenado; 
 Não estar respondendo processo. 
MOMENTO : 
 Fase processual (Após a citação do acusado) 
PEÇA: 
 
 Identificar qual peça e seu fundamento. 
 Resposta à Acusação: Art. 396, e Art 396-A, 
ambos do CPP 
PRÁTICA PENAL – RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
 
TESES 
 
 Preliminares 
 Mérito 
 
PEDIDOS: 
 
 Para cada tese um pedido com 
fundamentação legal. 
 
COMPETÊNCIA 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE 
DIREITO DA XXX VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DE XXX DO ESTADO XXX 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO XXX JUIZADO 
ESPECIAL CRIMINAL 
ESTADUAL DA COMARCA XXX – XXX 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL 
DA __VARA CRIMINAL DA SEÇÃO 
JUDICIÁRIA DO ESTADO ___________ DO TRIBUNAL 
REGIONAL FEDERAL ________REGIÃO 
 
 
 
IDENTIFICANDO O PROCEDIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rito Ordinário ou Sumário
Aplicar um ou outro.
Rito Especial
Sim, Rito Especial Não, próximo
Menor Potencial Ofensivo
Sim, sumaríssimo Não, próximo
Competência do Júri
Sim, Rito do Júri Não, próximo
HIPÓTESES DE DEFESAS 
 
 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO: 
Fundamento Legal: Arts 396 e 396- A do CPP. 
Meios de Defesa: Preliminares e Mérito, não cabe subsidiárias. 
Prazo: 10 dias 
PRELIMINARES 
 
OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO (ART. 95, CPP) – DEVE SER OPOSTO ANTES DAS 
PRELIMINARES. 
I – suspeição: Art. 95 c/c 254, fechando a tese no Art. 395, todos do CPP: 
II - incompetência de juízo: Arts. 95, 109, Art. 564, I e Art. 567 do CPP; 
III – litispendência: Art. 95, Art. 110 e Art. 111. CPP; 
IV - ilegitimidade de parte: Art. 95, Art. 564, II CPP; 
V - coisa julgada: Art. 95, 110, § 2º CPP. 
 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (ART. 107, CP)  O ESTADO PERDE O JUS PUNIENDI 
1) morte do acusado; 
2) anistia, graça ou indulto; 
Preliminares
ENI
Extinção da 
Punibilidade
Nulidades
Ilicitude da 
porova
Mérito
MAFIC
Materialidade
Autoria
Fato Típico
Ilicitude
Culpabilidade
3) caso uma nova lei deixe de considerar o fato como crime 
4) prescrição, decadência ou perempção; 
5) renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; 
6) retratação do acusado, nos casos em que a lei a admite; 
7) perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
NULIDADES  VÍCIOS (ART. 563, CPP E SEGUINTES) 
 
 Ato inexistente seria quando um dos elementos essenciais à formação de um determinado 
ato jurídico não foi produzido. 
 Ato irregular é aquele que determinado desrespeito à formação do ato não gera prejuízo. 
 Ato nulo é aquele desrespeito na formação do ato que gera prejuízo, tanto para o bom 
andamento e regularidade processual, quanto para as partes. 
Citação: Regra Art. 351 CPP, exceção Art. 362, citação por hora certa. 
Garantias Constitucionais (Art. 5º, CF) 
 
ILICITUDE DE PROVAS (ART. 157) 
c.1) Provas ilegais (ilegítima/ilícita), deve pedir o desentranhamento dos autos de tais provas. 
 
TESES DE DEFESA 
No mérito: absolvição sumária do art. 397 do CPP. 
 I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 
 
 II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo 
inimputabilidade; 
 III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou 
 
 IV – Extinta a punibilidade do agente. 
 
CAUSAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE – ART. 397, I , CPP 
Circunstâncias que fazem com que o crime cometido não seja ilícito, por razões específicas: (art. 
23 do CP – legítima defesa, estado de necessidade, exercício regular do direito, estrito 
cumprimento do dever legal). 
A) ESTADO DE NECESSIDADE: pratica uma conduta para se salvar de um perigo atual, para 
si ou para outrem, deve comprovar perigo atual. Art. 23, I e Art. 24). 
B) LEGÍTIMA DEFESA: uso dos meios necessários para dar fim a uma agressão, para si ou 
para outrem. Deve ser comprovado o perigo. Além disso, é preciso provar que a agressão é injusta 
(Art. 23, II e Art. 25). 
C) ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL OU NO EXERCÍCIO REGULAR DE 
DIREITO: o ato é praticado por um indivíduo que cumpre um dever. É importante que sejam 
respeitados os limites previstos na lei (Art. 23, III). 
 
CONSENTIMENTO DO OFENDIDO: É uma causa supralegal, podendo excluir a tipicidade 
ou a ilicitude. 
 Excluirá a ilicitude quando o comportamento importar já em uma lesão ao bem jurídico. 
 Excluirá a tipicidade quando o tipo penal descrever uma ação cujo caráter ilícito reside em 
atuar contra a vontade do sujeito passivo. 
 
Exemplo: crimes de violação de domicílio — artigo 150 do Código Penal (se alguém permite ou 
tolera que terceiro ingresse em sua casa, ausente estará a tipicidade da conduta) e estupro — 
artigo 213 do Código Penal (se a mulher consente na relação sexual, inexiste tipicidade). 
 
EXCLUDENTES DE CULPABILIDADE – ART. 397, II CPP – EXCLUDENTE DE 
CULPABILIDADE 
Excludentes de culpabilidade: Suprime a culpa do agente que cometeu o crime (doença mental, 
embriaguez, erro de proibição, coação moral irresistível e obediência hierárquica): 
 Coação ou ordem hierárquica superior (Art. 22, CP): a responsabilidade pelo ato 
criminoso será aplicada sobre o autor da coação ou da ordem 
 Embriaguez involuntária (Art. 28, § 1º, CP): A embriaguez, quando causada de forma 
involuntária, ou seja, quando a pessoa torna-se ébria sem conhecimento do ato que a fez 
ficar assim, seja por ter consumido droga sem saber ou por ter sido drogada por terceiro 
 Não conhecimento do ato ilícito (Art. 21): para se fazer tal afirmação, deve-se 
considerar a cultura, o conhecimento, a classe social, a ocupação e vários outros fatores 
do sujeito 
Nota: Apesar da inimputabilidade ser uma causa de excludente de culpa, esta não se encontra no 
rol do Art. 397, II do CPP: 
 Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto (Art. 26, CP): isto posto, prevê 
a redução na pena, e não a isenção. 
 Menoridade penal (Art. 27): não sofrerá com as consequências da pena previstas no 
Código Penal. 
 
 Coação física irresistível  Exclui o Fato Típico 
 Coação moral irresistível  Exclui apenas a Culpabilidade 
 
– ART. 397, III CPP - ATIPICIDADE 
A tipicidade é a união entre o fato concreto e a aplicação da norma penal que define o ato ilícito. 
Se o fato consumado é atípico ou, embora seja ilegal, seja socialmente aceito, cabe a excludente 
de tipicidade. 
CRIME DE BAGATELA/INSIGNIFICÂNCIA: a tipicidade é formada por um caráter formal e 
por um caráter material. A tipicidade formal é adequação da conduta praticada àquela prevista no 
tipo. É uma casa supralegal. 
Tipicidade penal é composta pela tipicidade formal e tipicidade material. 
Tipicidade formal: juízo de subsunção do fato da vida à norma jurídica. 
Contudo, é preciso que essa conduta, concreta, de fato, ofenda o bem jurídico tutelado pela norma 
penal. 
• Tipicidade material: lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma. 
No princípio da insignificância há a ausência da tipicidade material. 
CRIME IMPOSSÍVEL: não se pune a tentativa quando, por ineficáciaabsoluta do meio ou por 
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o delito, o agente age com dolo na 
prática do crime e efetivamente este não se consuma por circunstâncias alheias à 
sua vontade – Art. 17, CP. 
PRINCÍPIO DA ALTERIDADE: a conduta será materialmente atípica sempre que a ação ou 
omissão do agente não lesar bens jurídicos de terceiros. Justifica-se, pois, a impossibilidade de 
punir a autolesão. 
 
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL: de igual modo, a conduta será considerada 
materialmente atípica sempre que embora descrita na lei penal, seja socialmente adequada. 
 
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE: por tal princípio, temos que toda conduta que não tiver aptidão 
de provocar a mínima ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado pela lei penal será considerada 
materialmente atípica. Ex. os atos preparatórios não são puníveis, pois não colocariam em risco, 
de maneira concreta, o bem jurídico protegido. 
 
A atipicidade poderá gerar as seguintes consequências: 
 Absolvição, se a falta de um elemento tornar a conduta totalmente atípica. 
 
 Desclassificação para outro crime, se a retirada de algum elemento do tipo penal faz com 
que a conduta se amolde a outro tipo penal. Ex.: retirando a violência ou a grave ameaça 
do crime de roubo, há uma desclassificação para o crime de furto. 
 
MODELO DA PEÇA DE RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DE XXXX DO ESTADO DE XXXX 
 
Processo nº:__________________ 
 
XXX, qualificação completa, vem, por seu advogado infra-assinado, cuja procuração com 
poderes especiais nos moldes do art. 44 do CPP, segue anexa, com base no art. 396 c/c o art. 
396-A do CPP, tempestivamente, apresentar à Vossa Excelência RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos: 
I – Dos Fatos 
II - Das Preliminares 
III- Do Mérito 
IV – Dos Pedidos 
 
Isto posto, requer: 
a) Absolvição Sumária (Art. 397, CPP) 
b) Reconhecimento das nulidades 
E o que entender necessário, lembrando que será um pedido para cada tese defendida. 
 
A oitiva das testemunhas arroladas. 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento, 
Local, data 
Advogado 
 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
01. XXX qualificação 
02. XXX, qualificação 
03. XXX, qualificação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA 
Anotações de aula. 
BELLO, Rodrigo. Manual de prática penal / Rodrigo Bello, Felipe Novaes. – 6. ed. – Rio de Janeiro: 
Forense; São Paulo: MÉTODO, 2020. 
BRASIL. DECRETO-LEI Nº 2.848/1940. Código Penal. 
Brasília, 7 de dezembro de 1940. Disponível 
em:<http://www.planalto.gov.br> 
 
BRASIL. DECRETO-LEI Nº 3.689/1941. Código de Processo Penal. 
Brasília, 3 de outubro de 1941. Disponível 
em:<http://www.planalto.gov.br> 
BRASIL. Lei 9.099/1999. Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais. 
Disponível em:<http://www.planalto.gov.br>

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