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Unidade 3
Livro Didático 
Digital
Dayanna dos Santos Costa Maciel
Planejamento 
Estratégico
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autora 
DAYANNA DOS SANTOS COSTA MACIEL
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
A AUTORA
Dayanna dos Santos Costa Maciel
Olá! Meu nome é Dayanna dos Santos Costa Maciel. Sou formada 
em Administração pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) 
com Mestrado acadêmico nessa mesma área de conhecimento, este com 
ênfase em Estratégia e Inovação (pela Universidade Federal da Paraíba 
em 2019). Também possuo mestrado acadêmico em Gestão de Recursos 
Naturais (UFCG, 2014) com ênfase de pesquisa em Estratégia Ambiental 
focada em modelos e ferramentas de gestão nas empresas. Tenho 
experiência técnico-profissional no ensino da Administração ministrando 
disciplinas como Planejamento Estratégico, Cultura organizacional e 
liderança, Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, entre 
outras a nível de graduação e pós-graduação. Sou apaixonada por gestão 
e planejamento, e lecionar esse conteúdo para mim consiste emergir 
junto com os discentes em um universo de possibilidades de gestão, nas 
quais a criatividade para traçar estratégias e analisar cenários torna-se o 
principal ingrediente presente no processo de ensino e aprendizagem, 
bem como da atuação dos futuros gestores em formação. Adoro 
transmitir meus conhecimentos e minha experiência de vida àqueles que 
estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito 
feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte 
comigo!
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Planejamento organizacional e estratégia: Metas e planos ........11
Visão geral de metas e planos: O que são? ............................................................11
Propósito das metas ................................................................................................................14
Metas organizacionais .................................................................................................................15
Planejamento com foco em metas e objetivos: Administração 
por objetivo (APO) ......................................................................................20
Administração por objetivos: Origens e características .................................20
Critérios e hierarquia dos objetivos ................................................................................23
Modelos de APO e apreciação crítica ....................................................................26
Estabelecimento de planos ante a objetivos e metas .............29
Tipos de Planos ..........................................................................................................................29
Planejamento de contingência: Administrando a Crise ........................................31
Planejamento no novo contexto de trabalho ..............................................................35
A implantação da estratégia .............................................................37
Implementação das estratégias: Os passos ............................................................37
Construindo o plano de ação e cronograma de atividades ................................41
Planejamento estratégico8
UNIDADE
03
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL 
Planejamento estratégico 9
INTRODUÇÃO
Você já parou para pensar em seus objetivos, planos e metas 
de vida? Como eles estão organizados a fim de proporcionar o seu 
desenvolvimento pessoal? Como eles estão vinculados a sua estratégia 
de vida? Pois bem, se você não parou para pensar te digo, as organizações 
pensam nisso o tempo todo! Isso mesmo! Assim como as pessoas 
(físicas) as organizações como pessoas jurídicas estabelecem objetivos, 
metas e planos para que possam se desenvolver; e esses objetivos estão 
diretamente ligados a estratégia da empresa e o seu planejamento. Pois 
bem, é isso que vamos aprender nessa unidade: Como as organizações 
estabelecem planos, metas e objetivos e como estes se relacionam 
com o planejamento e estratégia organizacional. Além disso, vamos 
entender como as estratégias são implementadas nas organizações 
considerando esses conceitos. Preparado (a) para embarcar nessa viagem 
de conhecimento? Vamos lá!
Planejamento estratégico10
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Compreender objetivos, metas e planos organizacionais e a 
relação entre eles.
2. Entender como o planejamento e o estabelecimento de 
objetivos e metas ajudam no desempenho organizacional.
3. Diferenciar os tipos de planos estendendo a esse entendimento 
para o planejamento de contingência e descentralizado.
4. Descrever como as estratégias são implantadas nas 
organizações a partir de planos de ação.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
OBJETIVOS
Planejamento estratégico 11
Planejamento organizacional e estratégia: 
Metas e planos 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender 
a diferença entre metas e planos, e como esses dois 
elementos do planejamento se relacionam entre si. 
Isso é de suma importância, uma vez que a partir desse 
conhecimento você poderá objetivamente definir na sua 
atuação profissional metas e planos consistentes com a 
estratégia da empresa a qual você estará atuando. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então 
vamos lá. Avante!
Visão geral de metas e planos: O que são?
As organizações precisam de um norte para desempenhar suas 
atividades, certo? Essa direção estudamos em outras atividades que 
ela consiste na estratégia da empresa. Mas essa estratégia para que 
seja colocada em prática precisa ser traduzida em metas e planos. 
Essa tradução, assim podemos dizer é o passo a passo das atividades 
com definição de um padrão almejado dessas. Aqui vamos apreender 
inicialmente no que consiste esses dois elementos do planejamento 
organizacional: metas e planos.
VOCÊ SABIA?
Que a definição de metas faz parte do nosso dia-dia. No 
trabalho, no lazer, nas atividades do lar, etc. consciente 
ou inconscientemente estamos estabelecendo metas. 
Trazendo essa visão para o dia-dia das organizações, o 
estabelecimento de planos e metas deve ser consciente, 
bem como orientado para os objetivos organizacionais e 
medidas de desempenho. 
Planejamento estratégico12
No contexto empresarial, metas e planos são atribuições dos 
gerentes. O que se esperaé que esses sejam capazes de desenvolver 
planos eficazes que se adaptem as condições da empresa ante um 
ambiente de incertezas. Diante do que destacamos acima é fato que 
metas e planos são conceitos gerais da nossa sociedade. Nas empresas 
metas e planos são conceitos que definem o planejamento dessas.
DEFINIÇÃO
Planejamento em linhas gerais é determinar metas e meios 
da organização para atingi-las. 
Mas em fim o que é um plano? E o que é uma meta? Sendo 
objetivos, plano específica meios e metas visualiza um estado futuro da 
organização. Vejamos a seguir a definição desses conceitos.
DEFINIÇÃO
Planos são esboços de realização da meta, especificam 
alocações de recursos, programações, tarefas, etc. Metas 
especificam os fins futuros, um estado futuro que a 
organização imagina.
Deixamos claro aqui e nossas mentes: Metas especificam fins e estão 
relacionadas ao futuro; planos especificam os meios de hoje para atingir 
fins futuros. Então metas = fins e planos = a meios. Entendido? Prontinho, 
agora que essa diferença está clara, vamos compreender metas e planos 
no contexto do planejamento empresarial, para isso analisamos a figura 1.
Planejamento estratégico 13
Figura 1 – Níveis de metas e planos nas organizações
Fonte: adaptado de Daft (2005)
Na figura 1 temos a visão hierárquica de como metas e planos são 
estabelecidos considerando os níveis organizacionais. No nível mais 
alto (estratégico), o estabelecimento de metas e planos tem como foco 
a organização apresentar uma mensagem de legitimidade para o seu 
ambiente externo. Essa mensagem é direcionada a investidores, clientes, 
fornecedores e comunidade. Nos níveis mais baixos (tático e operacional) 
o foco da mensagem é interno, nesse caso se busca passar para os 
colaboradores desses níveis ideias relacionadas a legitimidade da empresa, 
motivação, guias, fundamentos lógicos e padrões de funcionamento. 
É importante que você a atuar nas organizações saiba exatamente o 
foco do estabelecimento de planos e metas e cada nível e seus respectivos 
responsáveis. Assim, temos que o planejamento de uma organização 
começa ante a sua missão formal que exprime o proposito básico dessa, 
deixando claro para as pessoas de fora da organização (especialmente) e 
seus colaboradores internos).
Uma vez observada a missão os gestores da alta gerência da 
organização estabelecem metas e planos estratégicos, que tem como 
Planejamento estratégico14
função comprometerem-se e comprometer os demais níveis com a 
eficiência e eficácia organizacional. Conseguintemente, ante a missão da 
empresa e as metas e planos estratégicos os gestores médios, ou seja, os 
chefes de divisões ou unidades formulam planos táticos que descrevem 
as ações necessárias para se cumprir os planos estratégicos. Por sua vez, 
os gerentes de linha ficam responsáveis por identificar os procedimentos 
específicos dos departamentos individuais e dos funcionários. Nesse nível 
os planos operacionais refletem as tarefas específicas e processos que 
contribuem para o cumprimento das metas táticas e estratégicas. 
Propósito das metas
Vimos que as metas não especificam fins organizacionais futuros. 
Dessa forma ela tem um propósito. Vamos então deixar claro esse 
propósito para avançarmos em nossos estudos sobre a compreensão de 
planos e metas: O propósito das metas é: Emitir mensagens ao público 
interno e externo visando beneficiar o desempenho da organização. Essas 
mensagens, bem como as implicações dessas para ao desempenho da 
organização são apresentadas no quadro 1.
Quadro 1 –Mensagens emitidas por metas e planos
Tipo de 
mensagem
Mensagem Implicações para organização
Legitimação
“Somos 
isso. Essa 
é a nossa 
identidade”.
- A comunidade passa a enxergar a empresa 
de forma favorável e aceitar sua existência;
- Comprometimento dos funcionários com 
a organização, ante auto identificação de 
propósitos e objetivos.
Motivação e 
Compromisso
“Estamos 
juntos”
- Identificação dos funcionários com a 
organização;
- Motivação e redução do risco de incerteza 
resultante do esclarecimento das tarefas que 
cada funcionário deve usar. 
Guia para 
ação
“Sigamos 
por esse 
caminho”
- Senso de direção;
- Foco de atenção e esforços para alvos e 
resultados importantes.
Planejamento estratégico 15
Tipo de 
mensagem
Mensagem Implicações para organização
Fundamentos 
lógicos para a 
decisão
“Estamos 
tentando 
realizar x, 
portanto y e z 
devem estar 
alinhados a x”
- Por meio do estabelecimento de metas, as 
decisões dos gerentes tendem a ser voltadas 
para garantir que as políticas internas, os 
papeis, o desempenho, a estrutura, os 
produtos e as despesas estejam de acordo 
com o desejado;
- Decisões por toda organização estarão 
alinhadas com o plano.
Padrão de 
desempenho
“Temos um 
padrão de 
avaliação e 
desempenho”
- Metas definem resultados desejados e 
servem como critérios de desempenho e 
proporcionam um padrão de avaliação.
Fonte: adaptado de Daft (2005)
Em suma, podemos concluir que as metas através de suas 
mensagens evitam que os gestores pensem apenas no hoje e nas 
atividades diárias da organização. Este fato é importante, uma vez que 
quando as organizações de dispersa seu foco em relação a plano e 
metas geralmente pode ter problemas em relação a sua atuação e 
competitividade no mercado. Agora que compreendemos a importância 
dos planos e metas vamos a seguir aprofundar o conhecimento sobre os 
tipos de planos e a hierarquia de metas.
Metas organizacionais
 Virmos no começo dessa unidade os planos e metas seguem a 
seguinte lógica de estabelecimento e referência. 1. Missão organizacional; 
2. Metas e planos estratégicos; 3. Metas e planos táticos; 4. Metas e planos 
operacionais. Agora entendamos no que consiste cada tipo de meta e 
planos.
No topo de todas as metas e planos temos a missão da empresa. Ou 
seja, como estudamos anteriormente, a missão é a razão de existir uma 
organização. A missão, portanto, é a base do planejamento organizacional 
e as empresas devem buscar ter essa missão declarada formalmente. 
Planejamento estratégico16
DEFINIÇÃO
“A declaração de missão de uma organização é uma 
definição ampla do escopo de negócios e operações 
básicas da organização que a diferencia dos tipos similares 
de organizações” (DAFT, 2005, p.155).
O que precisamos ter em mente quando na prática profissional 
formos estabelecer uma missão é o que esta deve conter. Em linhas 
gerais uma missão deve expressar: seu mercado, seus clientes e campos 
de empenho da organização. 
SAIBA MAIS
 Gostaria de conhecer alguns exemplos de missão de 
empresas? Faça uma busca na internet nos sites de 
empresas conhecidas, nos sites oficias as empresas deixam 
a vista a sua declaração de missão.
Mas porque é importante ter uma missão organizacional bem 
definida? Lembra do que estudamos? A missão direciona todos as 
metas e planos organizacionais, de modo que sem uma missão clara a 
organização estará assumindo o risco de desenvolver planos que não a 
levem para onde ela pretende ir.
Uma vez com a missão definida a cada nível da organização são 
estabelecidas metas que levam a organização a cumprir sua missão. 
Assim temos três tipos de metas: estratégicas, táticas e operacionais. A 
figura 2 apresenta a definição de cada uma dessas metas
Planejamento estratégico 17
Figura 2 – Tipos de metas
DEFINIÇÃO
METAS
Fonte: adaptado de Daft (2005, p.155-156)
Assim como as metas os planos também se dividem em estratégicos, 
táticos e operacionais, como apresenta a figura 3.
Figura 3 – Tipos de planos
DEFINIÇÃO
PLANOS
Fonte: adaptado de Daft (2005, p.155-156)
Agora que você já sabe no que consiste os planos e as 
metas é importante destacarmos que essas metas devem levar em 
consideração um tempo hábil para sua realização, tendo em vista 
relações de dependência. É importante principalmente quando falamos 
Planejamento estratégico18
de metas e planos operacionais,que se deve ter uma programação onde 
se tenha definido espaços de tempo precisos de cada mera operacional, 
necessárias para as metas táticas e estratégicas. Assim temos que as metas 
possuem uma hierarquia, ou seja, o atingimento de metas nos níveis baixos 
possibilita o atingimento de metas dos níveis mais altos. 
É como subir uma escada, para atingir a meta de chegar a seu 
topo, tem-se que atingir a meta de subir em cada degrau. Ainda mais, 
se você tenta pular um degrau, o que acontece? Você pode sofrer uma 
queda, pois bem assim é na organização, deve-se respeitar a hierarquia 
das metas. A figura 4 ilustra um exemplo de hierarquia de metas em uma 
organização de manufatura.
Figura 4 – Hierarquia das Metas para uma organização de Manufatura
Fonte: adaptado de Daft (2005, p.157)
Planejamento estratégico 19
De fato, se você chegou até aqui nos estudos acredito que se deu 
conta que as metas trazem benefícios para as organizações. Contudo 
esses benefícios podem estar condicionados as características de 
diretrizes que foram atribuídas as metas. Portanto vamos definir aqui 
algumas características de estabelecimento eficaz de metas, são elas: 
específicas e mensuráveis, cobrem as áreas-chave de resultados; 
desafiadoras, porém realistas e ligadas a recompensas. Assim temos as 
seguintes orientações segundo Draft (2005):
 • Metas devem sempre que possível ser expressas em 
termos quantitativos;
 • Metas devem ser definidas para áreas-chave da 
organização;
 • As metas devem ser desafiadoras, mas não impossíveis de 
serem alcançadas
 • Deve-se recompensar os funcionários e equipes no que 
tange ao atingimento de metas.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Aqui você basicamente 
aprendeu a diferença ente planos e metas organizacionais e 
a relação entre esses. De modo objetivo as metas remetem 
ao futuro a aos fins, enquanto os planos referem-se ao 
presente e aos meios. Vimos que a definição de metas e 
planos é uma atribuição do gestor como uma das atividades 
do planejamento organizacional. Nesse sentido a empresa 
antes de qualquer plano ou meta deve ter bem definida a 
sua missão. Ou seja, a declaração de missão da empresa é 
a base para a definição de planos e metas organizacionais 
nos níveis estratégicos, táticos e operacionais. Por último 
apreendemos que as metas devem ser estabelecidas de 
forma eficaz, para isso deve-se considerar que as metas 
devem ser específicas e mensuráveis, focadas em áreas-
chave de resultados da empresa, desafiadoras, realistas e 
ligadas a recompensas.
Planejamento estratégico20
Planejamento com foco em metas e objetivos: 
Administração por objetivo (APO)
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de apreender 
como o planejamento e o estabelecimento de metas 
ajudam a organização a alcançar seus objetivos. Aqui 
você vai aprender sobre a administração por objetivo, que 
consiste em um método no qual gerentes e funcionários 
definem metas por departamento, projetos ou pessoas 
com foco na melhoria do desempenho organizacional. 
Esses conhecimentos irão norteá-lo quando em sua prática 
profissional for necessário estabelecer objetivos e metas 
organizacionais. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Administração por objetivos: Origens e 
características
Vamos lá! Aqui vamos começar destacando como surgiu a ideia de 
administrar a organização por intermédio de objetivos e metas. Segundo 
Chiavenato (2014) a Administração por Objetivos (APO) surgiu em resposta 
as exigências ambientais internas e externas sofridas pelas organizações 
na década de 50. A esse respeito Chiavenato (2014, p.228) assevera:
A Administração por Objetivos (APO) ou administração por 
resultados constitui o modelo administrativo identificado 
com o espírito pragmático e democrático da Teoria 
Neoclássica. Seu aparecimento ocorreu em 1954, quando 
Peter F. Drucker publicou um livro sobre a Administração 
por Objetivos, sendo considerado o pai da APO.
Diante desse contexto de surgimento a APO consiste então em um 
processo no qual os gerentes e seus subordinados identificam objetivos 
comuns, definem as responsabilidades de cada um no que tange a 
resultados almejados utilizando os objetivos identificados como guia de 
atividades.
Planejamento estratégico 21
DEFINIÇÃO
“A APO é um método no qual as metas são definidas, 
responsabilidades são especificadas e passam a constituir 
os indicadores ou padrões de desempenho” (CHIAVENATO, 
2014, p.228).
A ideia central da APO é que os objetivos definidos em comum acordo 
entre gerentes e subordinados, bem como as metas sejam mecanismos 
de avaliação de desempenho deles próprios ao cumprimento da meta, 
de modo que o resultado obtido por estes é comparado aos resultados 
esperados pela organização. Dentro dessa concepção a APO tem a 
seguinte lógica de desenvolvimento apresentada pela figura 5.
Figura 5 – Lógica de trabalho a APO
Fonte: adaptado de Chiavenato (2014)
Planejamento estratégico22
Dentro da lógica da APO, essa apresenta algumas características que 
precisamos entender. Nesse sentido o quadro 2 apresenta objetivamente 
cada uma dessas características.
Quadro 2 –Características da APO
CARACTERÍSTICAS O QUE ENVOLVE
Estabelecimento 
conjunto de objetivos
Tanto o gerente quanto o seu subordinado 
participam ativamente do processo de definir e fixar 
objetivos.
Estabelecimento de 
objetivos para cada 
departamento ou 
posição
Determinação dos resultados que o gerente e o 
subordinado deverão alcançar. Os objetivos, metas 
e planos devem ser quantificados e com prazos 
definidos.
Interligação entre 
os vários objetivos 
departamentais
Os objetivos dos vários departamentos ou 
gerentes envolvidos devem ser estreitamente 
correlacionados.
Ênfase na mensuração 
e no controle de 
resultados
APO enfatiza a quantificação, a mensuração e 
o controle. Torna-se necessário mensurar os 
resultados atingidos e compará-los com os 
resultados planejados.
Contínua avaliação, 
revisão e reciclagem 
dos planos
Avaliação e revisão regular do processo e dos 
objetivos alcançados, permitindo que providências 
sejam tomadas e novos objetivos sejam fixados 
para o período seguinte.
Participação atuante 
das gerências e dos 
subordinados
Há intensa participação do gerente e do 
subordinado.
Apoio intensivo do staff
Implantação da APO requer o apoio intenso de um 
staff treinado e preparado. A abordagem do tipo 
“Faça-o você mesmo” não é aconselhável em APO.
Fonte: adaptado de Chiavenato (2005)
Planejamento estratégico 23
VOCÊ SABIA?
Staff é um grupo de pessoas que compõe um órgão na 
organização que é responsável por assessorar os gestores.
Conforme o disposto sobre a APO, podemos notar a ênfase na 
definição e escolha dos objetivos. Para tanto, vamos a seguir aprofundar 
como na APO esses objetivos são selecionados.
Critérios e hierarquia dos objetivos.
Para a organização, a definição de objetivos é importante dentre outros 
motivos segundo Chiavenato (2010) porque: 1. Proporcionam uma diretriz ou 
uma finalidade comum; 2. Propiciam o trabalho em equipe; 3. Servem de 
mecanismo base de avaliação e planos; 4. Melhoram as possibilidades de 
previsão do futuro; e 5. Ajudam a orientar e prever distribuição de recursos 
escassos. As organizações possuem muitos objetivos, dentre os quais os 
mais comuns encontram-se listados na figura 6.
Figura 6– Exemplos de objetivos organizacionais 
Fonte: adaptado de Chiavenato (2014, p. 233)
Planejamento estratégico24
Os objetivos assim como as metas devem seguir alguns critérios 
de definição. Esses critérios buscam definir objetivos que sejam os 
mais simples e claros possíveis, assim facilitando a direção de esforços 
organizacionais para o seu atingimento. Portanto, ao se definir objetivosdeve-se:
 • Relaciona-los as atividades que impactam com maior 
intensidade os resultados da organização;
 • Buscar sempre a especificidade, mensuração, ser claro e 
tomar por base dados concretos;
 • Ter por foco as atividades da empresa e não nas pessoas;
 • Traduzir, ou seja, detalhar objetivos em metas subsidiárias;
 • Fazer uso linguagem compreensível;
 • Desenvolver objetivos dentro dos princípios de 
administração (planejamento, organização, direção e 
controle);
 • Concentrar-se nos alvos vitais do negócio e não se 
dispersar em atividades secundárias;
 • Indicar os resultados a atingir, mas não restringir a escolha 
dos métodos de como atingir;
 • O objetivo deve requerer esforço para ser atingindo, mas 
não deve ser impossível de se atingir;
 • Representar uma tarefa suficiente para todo o exercício 
fiscal da empresa;
 • Ligar o objetivo ao plano de lucros da empresa.
Como as organizações definem vários objetivos, como organizá-los? 
Existem relação de dependência? Se você chegou nesse ponto do nosso 
estudo já sabe que existe uma relação entre objetivos, metas e planos. 
Sendo assim, consequentemente temos que os objetivos na empresa 
são também organizados hierarquicamente nos níveis estratégico, tático 
(departamento) e operacional, e o atingimento de um objetivo estratégico 
Planejamento estratégico 25
é condicionado ao atingimento de objetivos operacionais e táticos. A figura 
7 exemplifica a organização e relação de dependência dos objetivos.
Figura 7– Hierarquia dos objetivos
Fonte: adaptado de Chiavenato (2014, p. 234) 
IMPORTANTE
Devemos ter em mente a seguinte relação lógica em 
relação ao planejamento. Deve-se definir primeiramente os 
objetivos ou metas e em sequência os planos. 
Agora que já esclarecemos a essência da APO que é administração 
por objetivos, a seguir vamos conhecer alguns modelos norteadores de 
sua aplicação no contexto empresarial, bem como analisar com uma visão 
crítica essa metodologia utilizada na gestão de empresas. 
Planejamento estratégico26
Modelos de APO e apreciação crítica
A APO surgiu com modelos bastantes variados de aplicação. 
Embora todos consideram a que essa consiste em um processo cíclico, 
cada modelo propõe as etapas que o compõe. Aqui vamos compreender 
dois modelos de APO, o proposto por Humble apund Chiavenato (2010) 
e outro por Odiorne apund Chiavenato (2010). O modelo proposto por 
Humble é um modelo sintético conforme destaca Chiavenato (2010, p. 
242), esse modelo concebe a APO como: 
“um sistema dinâmico que procura integrar as necessidades 
da companhia em definir seus alvos de lucro e crescimento 
com a necessidade de o gerente contribuir e desenvolver-
se. É um estilo de gerência exigente e recompensador”
Em suma o modelo de Humble estabelece que o processo de APO 
consiste em cinco etapas, conforme apresenta a figura 7.
Figura 8– Ciclo da APO segundo Humble
Fonte: Chiavenato (2014, p. 242) 
Planejamento estratégico 27
Já Odiorne detalha mais o processo da APO e apresenta essa como 
o resultado de sete etapas ou atividades, como se pode observar na 
figura 8. 
Figura 9– Ciclo da APO segundo Odiorne
Fonte: Chiavenato (2014, p. 243)
Uma coisa é importante destacarmos e temos claro em nossa mente, 
que independente de qual modelo a APO seja embasada, ele sempre 
deve contemplar as seguintes atividades ou etapas: estabelecimento 
de objetivos ou metas; desenvolvimento de plano de ação; revisão do 
progresso; e avaliação de desempenho. 
A APO conforme descrevemos aqui apresenta uma série de 
benéficos para organização, contudo também a uma série de problemas 
que podemos identificar na sua operacionalização. Vamos analisar 
criticamente essa metodologia. Positivamente a APO se destaca como 
Planejamento estratégico28
uma metodologia que tem por benefícios: direcionar o foco dos gerentes 
e funcionários nas atividades que conduzem ao alcance de objetivos/
meta; metas/objetivos de desempenho abrangem todos os níveis da 
empresa, gerando um sentimento que a empresa pode melhorar seu 
desempenho em todos os níveis organizacionais; os funcionários passam 
a se sentir motivados; e alinhamento estratégico entre objetivos/metas 
estabelecidas.
Em contra partida, a APO pode ser um processo de difícil aplicação 
ou gestão quando consideramos que as empresas então em um ambiente 
organizacional de constante mudanças. Nesse sentido, a constante 
necessidade de adaptação das empresas a influências ambientais pode 
dificultar que o processo de APO se estabeleça nas organizações, haja 
vista que essas influências vão gerar necessidade constante de mudança 
e revisão de metas e objetivos estabelecidos. Sendo assim, a seguir na 
vamos estudar o estabelecimento de planos ante a objetivos e metas 
definidos no processo de APO e no contexto contingencial das empresas, 
vamos conhecer então os planos contínuos e os planos de contingência. 
RESUMINDO
E agora, você está pronto para estabelecer objetivos e 
metas atuando no seu campo profissional? Para tanto 
vamos revisar o que aprendemos. Aqui vimos que a 
APO estabelece uma relação entre estabelecimento 
de objetivos/metas e desenvolvimento organizacional. 
Entendemos também que cada autor estabelece uma 
forma cíclica de aplicação prática da APO. Assim, atuando 
nas empresas estabelecendo objetivos e metas dentro 
da perspectiva da APO podemos criar o nosso próprio 
ciclo, contudo deve-se considerar as seguintes etapas 
básicas de desenvolvimento da APO: estabelecimento de 
objetivos e metas; desenvolvimento de planos de ação; 
revisão do progresso; e avaliação do desempenho geral. 
A respeito do estabelecimento de objetivos vimos que é 
preciso tomar cuidados, buscando sempre definir objetivos 
que considerem áreas relevantes de desempenho das 
empresas, que sejam desafiadores mas alcançáveis, sejam 
simples de entendimento, entre outras caraterísticas que 
os objetivos organizacionais devem ter. 
Planejamento estratégico 29
Estabelecimento de planos ante a 
objetivos e metas 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de diferenciar 
os tipos de planos, estendendo esse entendimento para 
o planejamento e contingência e descentralizado. Saber 
diferenciar os tipos de plano e entender o planejamento 
em cenários diferentes irá ajudar você na prática de sua 
profissão estabelecer planos mais condizentes com a 
realidade do ambiente da empresa em que esses fazem 
parte. E então? Pronto para desenvolver esta habilidade? 
Então vamos lá. Avante!
Tipos de Planos
Olá! Lembra que aprendemos que uma das etapas da APO é o 
desenvolvimento de planos? Pois bem, aqui vamos tratar dos aspectos 
importantes relacionados ao estabelecimento de planos tanto no contexto 
da APO como em um contexto contingencial. Inicialmente vamos entender 
no contexto da APO como os planos devem ser desenvolvidos. 
Os planos dentro da perspectiva da APO são os mecanismos 
de operacionalização da estratégia empresarial resultante de um 
planejamento estratégico. Nesse sentido assim como os objetivos e metas 
eles são estabelecidos nos três níveis: estratégico, tático e operacional. 
De modo que temos a seguinte situação: O planejamento estratégico 
deve ser desmembrado em planos táticos referentes as principais áreas 
de atuação dos departamentos da empresa. Esses planos precisam ser 
coordenados e interligados. Seguindo a hierarquia dos objetivos e metas, 
os planos táticos por sua vez são desmembrados em planos operacionais 
específicos. Essa lógica podemos observar na figura 9, que apresenta um 
esquema típico de planos táticos e operacionais.
Planejamento estratégico30
Figura 10– Esquema típico de planos táticos e operacionais
Fonte: Chiavenato (2014, p. 241)
Planejamento estratégico 31
Embora no contexto da APO os planos serem classificados em 
estratégicos, táticos e operacionais, os planos podem também serrem 
classificados conforme a sua utilização em: de uso único, contínuos e decontingência. Os planos de uso único como sugere a classificação são 
desenvolvidos para o atingimento de um conjunto de metas específicas 
que não serão possíveis de repetição futura. Já os planos contínuos são 
ao contrário, eles são desenvolvidos para proporcionar diretrizes para 
tarefas repetidas dentro da organização. No que tange aos planos de 
contingência esses remetem a situações específicas.
DEFINIÇÃO
Planos de contingência são os planos que se constituem 
como resposta a situações não comuns. São exemplos 
desses planos os emergenciais, os frutos de contratempos 
e condições inesperadas.
Os planos de contingência são elaborados para cenários, esses 
planos remetem o que chamamos de planejamento da administração 
em crise. São os planos adequados quando a organização atua em um 
ambiente organizacional incerto, e lidam com horizontes de tempo de 
longo prazo. 
Planejamento de contingência: 
Administrando a Crise
NOTA
Planejamento da administração em crise refere-se 
as organizações em momentos de crise na empresa 
estabelecerem metas e planos nessas condições.
Quando as empresas enfrentam situações de crise (financeira, 
mercadológica, etc.) estabelecer planos nessa situação não é uma tarefa 
simples, para tanto consideremos três estágios essenciais para administrar 
a crise dentro da perspectiva da definição de planos e metas. A figura 10 
Planejamento estratégico32
apresenta esses estágios de forma breve, pontuando suas respectivas 
etapas.
Figura 11– Três estágios da administração de crise
ETAPAS
ESTÁGIOS
Fonte: Adaptado de Daft (2010, p. 194)
A fase de prevenção remete tomar iniciativas para antever a crise da 
organização ou tentar evitá-la. A crise nessa perspectiva pode ser evitada 
ou prevista a partir da manutenção de bons relacionamentos com clientes, 
fornecedores, governo, comunidade, e demais partes interessadas. Do 
mesmo modo o monitoramento do ambiente organizacional permite 
identificar indicativos de crise, podendo assim a organização se precaver 
ou agir para evitar que ela ocorra. 
Na etapa de preparação, é importante selecionar uma equipe 
multifuncional para entrar em ação no momento de crise. Mas nessa 
etapa o que vamos destacar é os planos de contingência. Nessa etapa 
é delineado um Plano de Administração da Crise (PAC). Esse plano é 
composto por um detalhamento escrito das medias a serem tomadas e 
por quem caso a crise venha a ocorrer. A figura 11 apresenta objetivamente 
o que deve conter em um (PAC).
Planejamento estratégico 33
VOCÊ SABIA?
A maior parte do PAC é um plano de comunicação que 
define um dado centro de controle da crise e monta 
um sistema de comunicação completo entre as partes 
interessadas da organização.
Figura 12– Elementos do PAC 
Fonte: Adaptado de Daft (2010)
NOTA
Centros de comando são uma forma de reunir a agrupar 
informações. Eles servem como um local para encontro 
da equipe da administração da crise se reunir, agrupar, 
monitorar e disseminar informações ao público de interesse.
Vejamos em exemplo de aplicação do PAC e da etapa de preparação 
da administração da crise. Em 2020 uma pandemia se alastra e chega até 
o Brasil. Ela é causada pelo corona vírus, o qual é de um vírus de alto 
contágio. Pare e pense um pouco. Como as empresas poderiam evitar 
uma crise em suas atividades oriundas dos procedimentos preventivos de 
Planejamento estratégico34
contágio, se que o procedimento recomendado é que as pessoas evitem 
saírem de suas casas e que os estabelecimentos comerciais deixem de 
funcionar para evitar aglomerações de pessoas? Bem, tomando como 
base a fase de prevenção da administração da crise, as empresas deveriam 
estar monitorando seu ambiente e prevendo quando essa pandemia 
poderia afetar o Brasil e ir se preparando construindo relacionamento com 
seus clientes de modo que em caso de crise os produtos passem a ser 
comercializados sem a necessidade dos clientes irem as lojas. 
No caso do PAC, as empresas deveriam planejar formas de 
atendimento alternativas, bem como formas de comunicação entre clientes, 
funcionários e fornecedores que não requerem contato social por exemplo. 
Esse planejamento, portanto, seria composto por planos contingenciais, 
como resposta a uma situação de emergência. Compreendeu a importância 
dos planos contingenciais, PAC e etapa de preparação?
Por último temos a etapa de refreamento. Como no exemplo do 
parágrafo anterior, algumas crises são inevitáveis, embora a empresa tenha 
se preparado. Nesse sentido quando a crise chega à resposta tem que ser 
rápida para evitar prejuízos irreparáveis o desempenho da organização. 
Nesse caso a equipe deve estar preparada para colocar em prática o 
plano de administração da crise. Nesse sentido temos que o treinamento 
para a prática dos planos contingenciais é de suam importância.
Mas o que devemos ter em mente no que tange a relação de 
estabelecimentos de planos e a administração da crise? Devemos entender 
que esses planos são embasados no fortalecimento das relações com 
os stakeholders. Portanto, planos de contingência devem ser delineados 
considerando os papéis de cada grupo de interesse da organização no 
momento que haja necessidade de implementação desses planos. Mas 
você sabe quem são os principais grupos de interesses que a organização 
deve considerar nesse caso? A figura 12 elenca esses stakeholderes.
ACESSE
Gostaria de saber mais sobre os stakeholderes das empresas, 
sua importância e influência na gestão das organizações? Se 
sim, acesse: https://rockcontent.com/blog/stakeholder/. 
Nesse post você vai encontrar informações a respeito de 
quem eles são e o impacto deles nas empresas.
https://rockcontent.com/blog/stakeholder/
Planejamento estratégico 35
Figura 13– Stakeholders Organizacionais 
Fonte: Adaptado de Daft (2010)
Planejamento no novo contexto de trabalho
Estudamos até aqui como os planos são delineados nas 
organizações num contexto da administração por objetivos e em cenário 
de crise. Em ambos os casos o que temos até então é uma visão mais atual 
do planejamento, no qual objetivos, metas e planos são estabelecidos 
pelos gestores nos diversos níveis organizacionais. Contudo uma visão 
tradicional do planejamento defendia a separação entre planejadores e 
gestores. Atualmente a centralização do planejamento, assim podemos 
considerar já não é aplicada como nas abordagens tradicionais de 
planejamento no qual se tinha um departamento de planejamento central. 
DEFINIÇÃO
Departamento de planejamento central na visão tradicional 
de planejamento é o órgão da empresa que tem por 
atribuição delinear todo o planejamento organizacional. 
Esse é composto por pessoas especializadas em 
planejamento que tem a função de desenvolver planos 
para a organização como um todo e não.
Planejamento estratégico36
Hoje, as empresas flexibilizarão a perspectiva tradicional de 
centralização do planejamento, passando a adotar uma postura de 
descentralização. Assim o que temos hoje é o planejamento descentralizado.
DEFINIÇÃO
Planejamento descentralizado é a forma de planejamento 
na qual os gerentes especialistas em planejamento são 
substituídos pelos gerentes das áreas funcionais das 
empresas, os quais assumem a função de peritos e 
desenvolvem seus próprios planos e metas.
Na abordagem do novo local de trabalho para o planejamento, tem 
a ideia que o planejamento está em qualquer lugar da empresa e aproxima 
os funcionários nessa função, envolvendo esses no estabelecimento de 
metas e planos. São diretrizes que a empresa que busca adotar essa visão 
deve seguir: o estabelecimento de uma missão forte; metas estendidas, 
criação de uma cultura que encorajem o aprendizado, a elaboração 
de novos papéis para a equipe de planejamento, uso de forças tarefas 
temporárias e a disseminação da ideia que embora seja descentralizado o 
estabelecimento de planos e metas esses devem considerar as diretrizes 
traçadas a nível estratégico, ou seja no topo da empresa.
RESUMINDOOps! Gostou de entender mais a elaboração de planos 
organizacionais? Já é capaz de diferenciar os diferentes 
tipos de planos que são estabelecidos nas empresas? Para 
garantir uma resposta positiva a estas questões vamos 
reforçar o que apreendemos nessa competência. Aqui você 
aprendeu que os planos assim como os objetivos e metas 
podem ser estratégicos, táticos e operacionais. Contudo 
essa não é a única forma de classificarmos os planos 
organizacionais, esses também podem ser classificados de 
acordo com a sua forma de uso. Nesse sentido os planos 
podem ser de uso único, contínuos ou contingenciais. 
Destacamos então a importância dos planos contingenciais 
quando as empresas se encontram em um cenário de crise, 
e aprendemos que nesse contexto as empresas devem 
administrar a crise considerando três estágios: prevenção, 
preparação e refreamento. Por fim, concluímos que hoje 
nas empresas o delineamento de planos é descentralizado.
Planejamento estratégico 37
A implantação da estratégia
OBJETIVO
Oi! Ao término deste capítulo você será capaz descrever 
como as estratégias são implementadas nas organizações 
a partir de cronogramas de planos e ações. Saber descrever 
como as estratégias são implementas nas empresas 
irá ajudar você em sua prática profissional direcionar e 
controlar um processo de implementação e estratégia. E 
então? Pronto para desenvolver esta habilidade? Então 
vamos lá. Avante!
Implementação das estratégias: Os passos
Estudos anteriores nos deram a compreensão que o planejamento 
estratégico com foco na competitividade das organizações em suma 
segue a lógica de desenvolvimento de atividades alocadas em fases ou 
etapas como mostra a figura 13. 
Na figura 13 a definição de metas, objetivos e planos permeiam os 
passos 5, 6 e 7. Agora que você já sabe como metas, objetivos e planos 
são delineados e fazem parte do planejamento e da empresa e são 
elementos da estratégia competitiva dessas, vamos apreender agora 
como essa estratégia pode ser implementada de forma sistemática. 
Isso porque devemos ter em mente que assim como os planos formular 
apropriadamente estratégias não dá a garantia de que essas serão 
bem implementadas. Nesse sentido, os administradores devem buscar 
assegurar que essas sejam implementadas de forma eficaz e eficiente. 
Então vamos lá. Sistematicamente podemos conceber as os 
seguintes passos para elaboração de estratégias: 1. Definir tarefas 
estratégicas; 2. Avaliar capacidades da organização; 3. Desenvolver uma 
agenda para a implementação; 4. Plano de implementação. A figura 14 faz 
uma representação visual desses passos, para fins didáticos de fixação.
Planejamento estratégico38
Figura 14 – Passos do processo de (re) formulação da estratégia competitiva. 
Fonte: Contador (2008, p. 344)
Planejamento estratégico 39
Figura 15 –Passos da implementação de estratégias 
Fonte: o autor a partir de Bateman e Snell (2006)
VOCÊ SABIA?
Para a implementação de estratégias e planos 
organizacionais os gestores e funcionários da organização 
devem compreender o plano ou a estratégia a ser 
implementada, possuir recursos necessários para 
esse fim estarem motivados. Esses fatores colaboram 
substancialmente para uma implementação adequada. 
Lembre-se sempre: Planos e estratégias excelentes podem 
ser inúteis se não forem implementados com devida 
atenção e empenho. 
Vejamos então o que é importante considerar em cada um desses 
passos da implementação de estratégias os planos organizacionais. No 
primeiro passo deve-se definir tarefas estratégicas, ou seja, aquelas que 
irão sustentar uma vantagem competitiva. A descrição dessas tarefas 
deve ser em uma linguagem de fácil entendimento a fim de que possa 
mostrar objetivamente aos funcionários como eles colaboram com a 
organização, bem como também direcionar relações entre as diversas 
partes da organização.
No passo 2 tem-se que antes de avaliar uma estratégia é primordial 
certificar-se se a organização tem capacidade de desempenhar as 
atividades estratégicas. Nessa fase recomenda-se que se faça um 
Planejamento estratégico40
diagnóstico da empresa através de informações obtidas com funcionários 
e gerentes por intermédio de entrevistas focadas em questões específicas 
que podem facilitar ou dificultar a implementação de forma eficaz. Os 
resultados dessa etapa devem ser analisados pela gerência de alto nível 
da organização.
Os passos 3 e 4 podemos dizer que são os que efetivamente se 
referem em pratica a implementação. Os passos 1 e 2 na verdade são 
passos que preparam o terreno. Concorda? No passo 3 é desenvolvido 
uma agenda para implementação, ou seja, são definidos padrões, 
habilidades, papéis, estruturas, medidas, informações e recompensas 
que irão ser aplicadas na implementação da estratégia. Já no passo 4 
os gerentes e funcionários desenvolvem as atribuições da estratégia ou 
plano implementado e monitoram os progressos obtidos.
Uma vez que esquematizamos o processo de implementação de 
estratégias, devemos considerar que como todo processo ele pode sofrer 
interferências que podem se constituir em barreiras de implementação. O 
quadro 3 apresenta e descreve algumas dessas barreiras.
Quadro 3 – Barreiras a implementação de planos e estratégias
Barreiras Ações para superara-las
Estilo de gerência 
sênior de cima 
para baixo ou de 
não intervenção
Com a equipe do topo e os níveis mais baixos, o 
presidente/gerente geral cria uma parceria construída em 
torno de um rumo convincente para o negócio, da criação 
de um contexto organizacional apto e da delegação de 
autoridade a indivíduos e equipes altamente responsáveis.
Estratégia 
obscura e 
prioridades 
conflitantes
A equipe do topo, como um grupo, desenvolve uma 
declaração de estratégia e define prioridades que os 
membros estejam dispostos a apoiar.
Equipe gerencial 
ineficaz
A equipe do topo, como um grupo, se envolve em todos 
os passos do processo de mudança para que a sua 
eficácia seja testada e desenvolvida.
Comunicação 
vertical deficiente
Um diálogo honesto, baseado em fatos, é estabelecido 
com os níveis mais baixos sobre a nova estratégia e sobre 
as barreiras para implementá-la.
Planejamento estratégico 41
Barreiras Ações para superara-las
Coordenação 
deficiente 
entre funções, 
empresas e 
fronteiras
Define-se um conjunto de iniciativas de toda a empresa 
e novos papéis e responsabilidades que exigem “que 
as pessoas certas trabalhem juntas nas coisas certas da 
maneira certa” para que se implemente a estratégia.
Inadequação 
dos gerentes 
inferiores 
em nível de 
habilidades e 
desenvolvimento
Gerentes de níveis inferiores desenvolvem suas 
habilidades por meio de oportunidades recém-criadas 
para gerar mudanças e iniciativas-chave para os negócios. 
Essas habilidades são sustentadas com orientação 
imediata no local de trabalho, treinamento e recrutamento 
específico. Aqueles que ainda assim não forem capazes 
de se nivelar deverão ser substituídos.
Fonte: adaptado de Bateman e Snell (2006, p. 137)
Na implementação de estratégias e planos as empresas podem 
fazer uso de metodologias que direcionam a construção de um plano de 
ação e o cronograma de atividades. Um plano de ação, assim como o 
cronograma facilita o processo de implementação da estratégia no que 
tange ao desenvolvimento do passo 3. Para tanto vamos aprofundar um 
pouco nosso conhecimento nesse aspecto no tópico seguinte.
Construindo o plano de ação e cronograma 
de atividades
Uma vez estabelecidos os planos de estratégias, os planos de ações 
ou execução dessas. O objetivo desse plano de ação é proporcionar ao 
executor da estratégia a reflexão de atividades necessárias e a descrição 
dessas de uma forma racional que permita o acompanhamento do 
andamento da implementação da estratégia em questão. Para elaboração 
de um plano de ação, vamos tomar por base incialmente a metodologia 
do PDCA e a ferramenta 5W2H.
DEFINIÇÃO
O ciclo do PDCA é uma metodologiade gestão e melhoria 
de processos que auxilia na tomada de decisões e alcance 
de metas. Ela tem por base quatro princípios: planejar, fazer, 
checar e agir.
Planejamento estratégico42
A aplicação do PDCA é a parte inicial do desenvolvimento de um 
plano de ação estratégico. Ele irá decompor as metas definidas em 
ações. Uma vez que as atividades de implementação de uma estratégia 
ou plano devem ser como uma agenda, conforme virmos no passo 3 
da implementação da estratégia. A figura 15 apresenta visualmente a 
decomposição de metas em ações.
DEFINIÇÃO
5W2H é uma ferramenta de define atividades que de forma 
especifica remetem ao projeto, auxiliando de forma clara na 
eficiência de execução desse. 
Figura 16 –Aplicação do Plano de Execução na decomposição da estratégia como solução 
de um problema.
Fonte: o autor a partir de ABRAPP (2007, p.28)
Planejamento estratégico 43
Após a aplicação do PDC e a vinculação de metas, ações e planos 
ou estratégias, podemos construir um plano de ação a partir da ferramenta 
5W2H.
TESTANDO
Chegou o momento de testar sua compreensão a respeito 
da definição de objetivos, metas e planos. Corre lá no banco 
de questões!
RESUMINDO
Chegamos ao fim dessa unidade, e nesse finalzinho 
você apreendeu como as estratégias ou planos devem 
ser implementados no âmbito das organizações. Aqui 
você prendeu que implementar estratégias requer o 
desenvolvimento de quatro passos básicos: definição 
de tarefas estratégicas, avaliação de capacidades da 
organização, desenvolvimento de uma agenda para 
implementação e execução de um plano de implementação. 
Destacamos aqui que uma agenda de implementação 
pode ser desenvolvida como um plano de ação estratégica. 
Esse plano pode se embasar na metodologia do PDCA e na 
ferramenta 5W2H para sua execução. 
Planejamento estratégico44
ABRAPP. Planejamento Estratégico. São Paulo: ISS SINDAPP, 2007. 
Disponível em: http://www.abrapp.org.br/Documentos%20Pblicos/
PlanejamentoGestaoEstrategicaMai07.pdf. Acesso em 18 de março de 
2020.
BATEMAN, T.S., SNELL, S. A. Administração: Novo cenário Competitivo. 
2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
CHIAVENATO, I. Introdução a Teoria Geral da Administração. 9ª ed. São 
Paulo: Manole, 2014.
DAFT, R.L. Administração. 6ª Ed. São Paulo: Thomson, 2005.
ROCKCONTENT. Stakeholders: o que são, quais os tipos e como 
gerenciá-loS. disponível em: https://rockcontent.com/blog/stakeholder/. 
Acesso em: 22 de mar. de 2020.
SOBRAL, F., PERCI, A. Administração teoria e prática no contexto 
brasileiro. São Paulo: Pearson, 2010.
REFERÊNCIAS
http://www.abrapp.org.br/Documentos%20Pblicos/PlanejamentoGestaoEstrategicaMai07.pdf
http://www.abrapp.org.br/Documentos%20Pblicos/PlanejamentoGestaoEstrategicaMai07.pdf
https://rockcontent.com/blog/stakeholder/
Planejamento estratégico 45
Dayanna dos Santos Costa Maciel
Livro Didático Digital
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