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FISIOLOGIA – CASO 5 – PLANO DE AULA – GABRIELLY CRISTINA MATTOS DA SILVA 1) Descrever as funções do tecido sanguíneo O sangue, junto ao sistema circulatório, tem função essencial de transporte e distribuição de substancias aos tecidos e de remoção de metabólitos. Além disso, participa de mecanismos homeostáticos como regulação da coagulação, temperatura, equilíbrio de fluidos e eletrólitos, ajuste da demanda de O2 e suprimento de nutrientes, hormônios, íons para os tecidos em vários estados fisiológicos. 2) Conhecer as diferenças formofuncionais entre os vasos sanguíneos Direção do fluxo sanguíneo: artéria → arteríola → capilares → vênula → veia CARACTERÍSTICAS MORFOFUNCIONAIS DOS VASOS SANGUÍNEOS VASO FUNÇÃO CARACTERÍSTICAS PRESSÃO Aorta e grandes artérias - levar sangue oxigenado para os órgãos - paredes espessas (tecido elástico desenvolvido, musculo liso e tecido conjuntivo - volume estressado → sangue sob alta pressão vai para artérias que recebem sangue direto do coração -aorta é a maior artéria e as artérias médias se ramificam dela - baixa permeabilidade Alta Arteríolas - local de maior resistência e variação da vasculatura - ramos menores das artérias - músculo liso bem desenvolvido (tonicamente ativo) → receptores a1 – constrição do m. liso, receptores B1 (m. esquelético) – vasodilatação - estimulo: atividade nervosa simpática, catecolaminas circulantes e outras substancias vasoativas Média Capilares - local onde nutrientes, gases, água e solutos são trocados entre sangue e tecidos, e nos pulmões, entre sangue e gás alveolar - camada única de células endoteliais e lamina basal - CO2 e O2 (lipossolúveis) → atravessam pela bicamada lipídica (difusão passiva) - íons (hidrossolúveis) → atravessam pelas fendas c/ a água, entre as céls. Endoteliais, ou pelas fenestras - perfusão: é seletiva, e depende da necessidade metabólica dos tecidos (grau de constrição ou dilatação das arteríolas pré- capilares) - alta permeabilidade Baixa Vênulas - transição entre capilar e vênula - paredes finas, única camada de células endoteliais Baixa Veias Reserva de sangue do sistema cardiovascular (alta capacitância) e retorno venoso para coração direito - volume não estressado - células endoteliais, pouco tecido elástico e musculo liso, possuem válvulas que impedem retorno - receptores a1 – vasoconstrição e diminuem a capacitância Nula 3) Localizar as válvulas/ valvas do sistema circulatório e suas funções • Valvas atrioventriculares: - valva atrioventricular esquerda (mitral ), com duas cúspides, constituída de um anel fibroso, cordoalhas tendineas e os músculos papilares. - valva atrioventricular direita (tricúspide), com três cúspides, constituída de anel fibroso, cordoalhas tendíneas e músculos papilares (as cordas e os músculos asseguram firmeza as cúspides) Função: impedir o retorno sanguíneo de volta aos átrios e com seu fechamento, exercer pressão nos ventrículos e nas valvas semilunares de modo a ocasionar a ejeção. • Valvas semilunares: - valva ventriculoaortíco (aórtica) – localizada na origem da aorta, apresenta 3 cúspides - valva ventrículopulmonar (pulmonar) – localizada na origem das artérias pulmonares, apresenta 3 cúspides Função: impedir o retorno sanguíneo para os ventrículos, e exercer pressão nos vasos com o fechamento. 4) Descrever as 4 fases do ciclo cardíaco • Sístole Atrial: contração atriais, aumentando a pressão atrial e as válvulas atrioventriculares estão abertas, permitindo a entrada de sangue nos ventrículos relaxados, aumentando o volume ventricular. ** Precedida pela onda P no ECG (despolarização atrial) *** 4ª bulha cardíaca acontece nessa fase, mas não é audível somente em patologias que a complacência ventricular está comprometida. • Sístole ventricular - Contração isovolumétrica:é a fase entre o inicio da sístole ventricular e a abertura das valvas semilunares. O ventrículo se contrai, e a pressão ventricular é maior que a pressão atriais, fechando as válvulas mitral e tricúspide, produzindo o som da PRIMEIRA BULHA CARDÍACA. Não ocorre ejeção, por isso a fase é isovolumétrica. (corresponde ao complexo QRS no ECG ) - Ejeção: A pressão ventricular atinge o valor mais alto e as válvulas aórtica e pulmonares se abrem, causando a ejeção da maior parte do sangue para as artérias. (Final do segmento ST no ECG) - Ejeção ventricular reduzida: ventrículos se repolarizam, com a valva aórtica aberta o sangue continua sendo ejetado lentamente (inicio da onda T no ECG) • Diástole Ventricular - Relaxamento isovolumétrico: Quando a pressão ventricular é menor que a pressão nas artérias, as valvas aórticas e pulmonares se fecham, provocando o som da 2ª BULHA CARDÍACA. Nesse momento, nenhum sangue é ejetado sem alteração no volume ventricular. - Enchimento ventricular rápido: O sangue que retornou para os átrios durante a sístole ventricular anterior aumenta a pressão atrial, fazendo com que as valvas mitrais e tricúspide se abram, provocando um enchimento rápido ventricular. - Diástase: fase mais longa do ciclo, enchimento ventricular reduzido e lento, quanto menor o intervalo da diástase, maior a frequencia cardíaca. Ocasiona uma menor onda P (alta FC menor onda P). 5) Compreender o potencial de ação cardíaco e suas fases. Entender a eletrofisiologia cardíaca e como ele influencia na mecânica cardíaca Eletrofisiologia cardíaca: processos envolvidos na ativação elétrica do coração a partir dos potenciais cardíacos, condução ao longo dos tecidos especializados. Origem: Nodo sinotrial, que serve como marca-passo, condução para os átrios por meio dos tratos internodais atriais, até chegar no nodo atrioventricular, que nesse momento tem um leve atraso da condução (evento que permite a diferença no tempo de sístole atrial e ventricular), o potencial então é conduzido pelo fascículo atrioventricular (feixe de Hiss) para os ramos subendocárdicos e ventriculares (fibras de Purkinje), onde é propagado para todo ventrículo. - Ritmo sinusal: padrão e momento da ativação elétrica do coração normais. Potencial de Ação no Nodo Sinoatrial (Rápido) - potencial marca-passo do coração - tem automaticidade, gerando o próprio PA sem estímulo neural, tem potencial de membrana em repouso INSTÁVEL, não tem platô sustentável. É o mais rápido, por isso garante o marca-passo do coração. A Fase 0 correspondente a corrente de influxo de Ca++ pelos canais tipo L que geram uma despolarização da membrana. No gráfico é marcado por uma deflexão ascendente. As fases 1 e 2 do potencial rápido são ausentes. Na fase 3, acontece a repolarização, causada pelo aumento da corrente de efluxo de K+, A fase 4 é a repolarização instantânea ou potencial marca-passo. Durante a repolarização da fase 3, ocorre a abertura de canais de Na++, gerando uma corrente de influxo estranha (If – funny), que despolariza novamente a membrana, abrindo os canais de Ca++, gerando um novo potencial de ação. A velocidade da despolarização da fase 4 define a frequência cardíaca. Potencial de Ação Ventricular (rápido) A fase 0 corresponde a despolarização da membrana, a partir da geração de uma corrente de influxo de Na+ pela abertura dos canais de sódio. Essa despolarização é rápida e no gráfico forma uma deflexão ascdentrende. Esse impulso é transmitido pelas fibras de Purkinje para todo ventrículo. A fase 1 é a repolarização inicial, onde as bombas de Na+/K+/ATPase começam a criar uma corrente de efluxo de K+ para repolarizar a membrana. Na fase 2 ocorre o platô, onde as correntes de influxo de Na+ e Ka+ se equilibram, porem ocorre o aumento condutância de Ca++, gerando uma corrente de influxo, que na célula liberação de Ca++ intracelular permitndo a contração da células muscular cardíaca. A fase 3 corresponde a repolarização, onde a corrente de K+ é maiore a de Ca++ é menor. A fase 4 corresponde ao potencial de membrana em repouso, ou diástole elétrica, na qual a membrana esta totalmente repolarizada, tornando-se estável e sem estímulo, atém alcançar -85mV. ECG Onda P: despolarização nos átrios. (repolarização atrial não é observada) Intervalo PR: tempo deste a despolarização atrial até a despolarização inicial dos ventrículos. (condução pelo nodo AV. Complexo QRS: as 3 ondas Q, R e S representam a despolarização dos ventrículos. Onda T: repolarização dos ventrículos Intervalo QT: inclui o complexo QRS até o segmento ST e a onda T. Representa a primeira despolarização ventricular até a última repolarização ventricular. (intervalo QT- platô) ** a frequência cardíaca é medida pelo número de complexo QRS, e a duração do ciclo é o intervalo entre uma onda R e outra onda R (intervalo R-R) 6) Explicar a microcirculação com base na equação de Starling / Compreender o funcionamento do sistema linfático A microcirculação corresponde ao funcionamento dos capilares e vasos linfáticos, a partir da troca de nutrientes e resíduos nos tecidos e da troca de liquido entre os compartimentos vascular e intersticial. Esse mecanismo pode ser explicado pelas forças apresentadas na equação de Starling, que determina a direção do movimento dos líquidos através de uma parede. Quando o movimento do liquido é para fora do capilar, é chamado de filtração e quando é do interstício para o capilar é chamado de absorção. As forças envolvidas que determinam esses movimentos, são a pressão hidrostática capilar que favorece a filtração para fora do capilar, sendo determinado principalmente pela pressão arterial e a pressão hidrostática intersticial, a principal força de oposição a filtração. A pressão oncótica, que é a força causa pelo acumulo de proteínas no capilar, que se opõe a filtração. E a pressão oncótica intersticial, que é a concentração de proteínas no liquido intersticial, favorecendo a filtração. O sistema linfático é responsável pelo retorno do liquido intersticial (filtrado) e de proteínas para o compartimento vascular. Os capilares linfáticos tem forças de Starling que favorecem a entrada nos ductos condutores. Quando a filtração é aumentada (aumento do volume intersticial) e passa da capacidade do sistema linfático para devolve-o a circulação, acontece o edema. 8) Conceitos principais associados a hemodinâmica Débito cardíaco: quantidade de sangue bombeado para a aorta, a cada minuto, pelo coração e varia de forma acentuada com o nível de atividade/esforço físico do corpo. Fatores que alteram o débito cardíaco: nível do metabolismo basal, exercício físico, idade, dimensões corporais Pré carga: grau de distensibilidade da fibra miocárdica no final da diástole ventricular, sendo expressa pelo volume de sangue que chega no coração pela vaia cava, até o final da diástole ventricular. Pré-carga = retorno venoso, determinada pelo volume sanguíneo e atividade atrial. Pós-carga: força de pressão do coração, onde o musculo exerce sua força contrátil para realizar a sístole ventricular e liberar o sangue. É a resistência vascular associada a pressão arterial e força do miocárdio. Contratilidade: é a força de contração ventricular (se diminuir o volume sistólico diminui e também a ejeção de sangue) Resistencia vascular: resistência total oferecida por um conjunto de vasos sanguíneos. É inversamente proporcional a quarta potencia do raio do vaso. Então se o raio de um vaso cai 2 vezes, a resistência aumenta 16 vezes. A resistência se opõe ao fluxo sanguíneo e pode alterar a pressão arterial. FISIOLOGIA – CASO 7 PLANO DE AULA 1 – Descrever a mecânica pulmonar envolvida no movimento inspiratório e expiratório. A mecânica da ventilação pulmonar é baseada na movimentação da caixa torácica a partir da contração e relaxamento dos músculos da expansão do tórax para criar um gradiente de pressão e permitir a entrada do ar atmosférico nos pulmões. Durante respiração tranquila e normal, a inspiração acontece a partir da CONTRAÇÃO do músculo DIAFRÁGMA que ‘’puxa’’ a superfície inferior dos pulmões para baixo, DISTENTENDO os pulmões e aumentando seu volume. O aumento do volume pulmonar cria um gradiente de pressão negativo interno fazendo com que o ar atmosférico se desloque em direção aos alvéolos. A expiração é passiva e uma consequência do RELAXAMENTO do músculo DIAFRAGMA, que ao relaxar diminui o volume pulmonar, aumentando a pressão interna pulmonar, fazendo com que o ar alveolar retorne para a atmosfera. ➢ Respiração forçada: Inspiração: diafragma, intercostais externos, ECM e serráteis anteriores (elevação da caixa torácica). Expiração: Musculatura abdominal (contração), intercostais internos (empurram o diafragma) ➢ Complacência pulmonar e Surfactante: Complacência é o grau de distensibilidade dos pulmões. Surfactantes são fosfolipídios sintetizados e secretados pelos pnmeumócitos tipo II que atuam na redução da tensão superficial gerada pela camada de ar e liquido dentro dos alvéolos que tende ao colapso do alvéolo, mantendo-os abertos. ➢ As vias aéreas podem sofrer variação de resistência. 2 – Descrever os mecanismos de defesa pulmonar Depuração mucociliar: ➢ Função: proteção do aparelho respiratório inferior ao captar e remover dos pulmões bactérias, vírus patogênicos inalados, bem como materiais particulados como gases tóxicos e não tóxicos (polen, cincaza, poeira mineral, esporos de fungos). ➢ Componentes: - Liquido periciliar (camada sol) feito de um liquido seroso e não viscoso constituído de ions como Na+ e Cl- a partir do balanço entre o transporte ativo desses ions. (fibrose cística, inflamações e estimulos alteram esse equilíbrio, aumentando o gradiente osmótico e a entrada de água e o liquido periciliar) Sua função é auxiliar o batimento rítmico dos cílios - Camada de muco (camada gel) está sobre a camada de liquido periciliar e em contato direto com o ar. É feita de água, glicoproteínas e ologissariedos, com baixa viscosidade. Sua função é aprisionar as particuladas inaladas. É produzido pelas células caliciformes, célulasmucosas e serosas, e células de clara. - Cílios e células ciliadas: batem ritmicamente (metasincronismo). A batida para frente penetra no muco viscoso e remove as partículas, a batida de retorno liberta o muco e retorna os cílios para camada sol. ➢ A deposição e depuração de partículas consiste em quatro mecanismos (a depender do tamanho da partícula) de deposição: impactação (partículas grandes), depositam-se nas passagens nasais (rápido), sedimentação (media-grande), depositam-se na faringe nasal(rápido), intercepção (lento), e movimento browniano: partículas muito pequenas que se depositam nas vias aeras menores e dependem do seu coeficiente de difusão e não da densidade (lento). Elas são retirados pelos mecanismos de tosse ou espirros ou engolidas. Macrófagos - 3 tipos de macrófagos nos pulmões: macrófagos alveolares, M-1 (pró-inflamatórias) e M-2 (reguladores) ➢ Macrófagos alveolares: primeira linha de defesa nos bronquíolos terminais e alvéolos. -localizados nos alvéolos e no interstício, mas podem migrar livremente para todos os espaços alveolares. - fagocitam partículas, substancias estranhas, surfactantes e resto de células mortas (destruição enzimática lisossomial) - transportam as partículas fagocitadas para as regiões ciliadas para serem eliminadas.(estratégico) ➢ Macrófagos M-1 – localizados na submucosa e são células pró-inflamatórias e fagocitárias, liberam citocinas (pro-asma e pro-inflamatórias) e interleucinas 2 e 13 e fazem diferenciação de macrófagos M1 em M2. ➢ Células Dendríticas: células apresentadoras de antígenos as células T, que iniciam resposta imune adaptativa pro-inflamatória e supressora. Reflexo da Tosse e Espirro ➢ Mecanorreceptores:ativação dos receptores localizados no nariz são responsáveis pelo reflexo de espirro (estiramento das fibras vagais que resulta na interrupção da inspiração por meio de neurônios desconectores localizados na medula) → grande esforço de curta duração que leva o material irritante da nasofaringe para faringe para ser eliminado ou deglutido e também inibem a respiração e causam fechamento da faringe. ➢ Receptores e reflexos sensoriais: localizados na arvore traqueobrônquica → provocam alterações no padrão respiratórios e são responsáveis pelo desenvolvimento de sintomas respiratórios. - inalação de poeira, gases nocivos e fumaça de cigarro → estimulo dos receptores na traqueia que resulta no aumento da resistência das vias aéreas, apneia reflexa e tosse (receptores de estiramento pulmonar → insuflação do pulmão) 3 – Compreender as variáveis envolvidas na difusão de gases pela barreira alvéolo pulmonar Lei de Fick: A taxa da difusão é diretamente proporcional a área de superfície disponível para difusão e a diferença das pressões parciais do gás (força motriz) e inversamente proporcional a espessura da barreira da membrana. Hematose: trocas gasosas entre gás alveolar e capilar pulmonar → O2 difunde-se do gás alveolar para o interior do capilar pulmonar e o CO2 se difunde do sangue (no capilar pulmonar) para o interior do gás alveolar. Pressões Parciais de O2 e CO2 - no ar inspirado seco: Po2 160mmHg e PCO2 é 0 - no ar umidificado traqueal: 150mmHg PCO2 é zero - no ar alveolar: PO2 é 100mmHg e PCO2 é 40 mmHg - no sangue venoso misto: PO2 40mmHg e PCO2 46mmHg (esse sangue foi retornado dos tecidos para o átrio direito e depois para o ventrículo direito, onde foi bombeado para as artérias pulmonares até os pulmões, para os capilares pulmonares) - no sangue arterial sistêmico: PO2 100mmHg e PCO2 40mmHg ( o sangue é arterializado – oxigenado pelas trocas de Co2 por O2, entre o ar alveolar e o sangue capilar pulmonar, deixando o capilar pulmonar em direção ao átrio esquerdo do coração pelas veias pulmonares bombeado pelo ventrículo esquerdo e saindo pela aorta) FATORES QUE AFETAM A TROCA GASOSA ALVEOLAR ➢ Área de superfície: a diminuição da área de superfície diminui a taxa de difusão na barreira alvéolo capilar. - causas comuns: enfisema ocasionado pelo tabagismo (produtos químicos da fumaça e do alcatrão induzem macrófagos alveolares a liberarem enzimas proteliticas que destroem as fibras elásticas dos pulmões, degradando as paredes dos alvéolos) → alta complacência e baixa retração elástica → menos alvéolos, alvéolos maiores e menos área de superfície para troca. ➢ Difusão pela barreira de permeabilidade: aumento da espessura da barreira, como nas doenças pulmonares fibróticas, faz com que a difusão fique mais lenta ➢ Distância da difusão: normalmente é pequena pois exsite pouco ou nenhum liquido intersticial na barreira. O acumulo de liquido entre o espaço alveolar e capilar, como no edema pulmonar, aumenta a distancia de troca e retarda a troca gasosa. Ocorre aumento da pressão arterial pulmonar (insuficiência ventricular esquerda). Ocorre aumento da pressão hidrostática pulomonar e mais liquido é filtrado para fora do capular → acumulo no espaço intersticial gera edema pulmonar. Pode ser causado por inflamações ou inalação de gases tóxicos (danificam epitélio alveolar) ➢ Aumento da resistência das vias áreas que diminui a ventilação pulmonar (asma) 4 – Entender como o pulmão participa da regulação do pH sanguíneo Os pulmões participam da regulação do pH sanguíneo a partir da remoção do CO2 do organismos pela expiração. O CO2 é um resíduo liberado pelas células após a respiração celular. Ele é transportado no sangue até os pulmões principalmente como bicarbonato (HCO3-) e dissolvido no plasma sanguíneo. Essa reação acontece nos glóbulos vermelhos, catalisada pela enzima anidrase carbônica. Após a reação, ocorre a liberação de H+ que é rapidamente tamponada pela hemoglobina, formando o complexo HHb, essencial para manutenção do equilíbrio ácido-base sanguíneo. Ao chegar nos capilares pulmonares, o HCO3- sofre ação novamente da anidrase carbônica, e volta a forma de gás CO2 onde é liberado na expiração. A PCo2 e HCO3- variam de forma similares, afetando o pH. - hiperventilação aguda: redução da PCO2, provocando alcalose respiratória. - hipoventilação: aumento da PCO2 e diminuição do pH (alta liberação de H+), provoca acidose respiratória. 5 – Citar os mecanismos centrais de regulação da respiração CENTROS RESPIRATÓRIOS NO BULBO: - centro inspiratório: localizados no grupo dorsal de neurônios respiratórios (GRD) e controla o ritmo básico pelo ajuste da frequência da INSPIRAÇÃO → recebe aferência dos quimiorreceptores periféricos pelos nervos vago e glossofaríngeo, mecanorreceptores (vago) →envia sinais eferentes para o diafragma pelo nervo frênico-contração - centro expiratório: localizado nos neurônios respiratórios ventrais, na respiração calma estão inativos (expiração é um processo passivo) - centro pneumotáxico: desliga a inspiração, e regula a frequência respiratória. QUIMIORECPTORES PERIFÉRICOS - localização: corpos carotídeos(artéria carótida comum – bifurcação) e corpos aórticos (acima e abaixo dos arcos aórticos) - função: aumentar a frequência respiratória - detectam: → redução da PO2 arterial (respondem quando a PO2 cai a menos de 60mmHg) – insensíveis →aumento da PCO2 arterial →redução do pH arterial: detectam altos níveis de H+ sanguíneos, feito somente pelos quimiorreceptores dos corpos carotídeos, na acidose metabólica eles causam aumento da frequência respiratória. 6 – Estabelecer os efeitos da altitude sobre a ventilação pulmonar CASO 8 TROCAS GASOSAS - no sistema respiratório, as trocas gasosas referem-se a difusão do O2 e do CO2 nos pulmões e nos tecidos periféricos. - o O2 é transferido do gás alveolar para o sangue capilar pulmonar e entre aos tecidos, onde se difunde do sangue capilar sistêmico para as células. - o CO2 é entre dos tecidos para o sangue venoso, seguindo para o sangue capilar pulmonar onde é transferido para o gás alveolar e inspirado. - as trocas gasosas seguem as propriedades fundamentais dos gases se comportando como preveem as Lei de Boyle (lei geral dos gases – o produto da pressão vezes o volume é constante), Lei de Dalton e das pressões parciais (a pressão parcial de um gás em uma mistura é a pressão que o gás exerceria se ocupasse o volume total da mistura), Lei de Henry (pressão parcial na fase liquida é igual na fase gasosa), e a Lei de Fick, que define a taxa de difusão dos gás pela membrana. PRESSÕES PARCIAIS DE O2 E CO2 - no ar inspirado seco: Po2 160mmHg e PCO2 é 0 - no ar umidificado traqueal: 150mmHg PCO2 é zero - no ar alveolar: PO2 é 100mmHg e PCO2 é 40 mmHg - no sangue venoso misto: PO2 40mmHg e PCO2 46mmHg (esse sangue foi retornado dos tecidos para o átrio direito e depois para o ventrículo direito, onde foi bombeado para as artérias pulmonares até os pulmões, para os capilares pulmonares) - no sangue arterial sistêmico: PO2 100mmHg e PCO2 40mmHg ( o sangue é arterializado – oxigenado pelas trocas de Co2 por O2, entre o ar alveolar e o sangue capilar pulmonar, deixando o capilar pulmonar em direção ao átrio esquerdo do coração pelas veias pulmonares bombeado pelo ventrículo esquerdo e saindo pela aorta) TRANSPORTE DE O2 NO SANGUE - o O2 é transportado quase que totalmente ligado reversivelmente a Hemoglobina dos eritrócitos. A hemoglobina é uma proteína globular que contem 4 subunidades constituídas por um domínio Heme com Fe²+ que se liga ao O2. - oxiemoglobina: hemoglobina oxigenada; desoxiemoglobina: hemoglobina desoxigenada. - quando os 4 grupos heme da hemoglobina estão ligados a uma molécula de O2, podemos dizer que a hemoglobina está 100% saturada, ou seja atingiu sua quantidade máxima de ligações.- a distribuição de O2 nos tecidos é determinada pelo fluxo sanguíneo e pela quantidade de O2 no sangue (Débido cardíaco e O2 dissolvido (2%) e ligado a Hb 98%) Dissociação DO O2-Hb, PO2 e Saturação. - a porcentagem de saturação da hemoglobina é função da PO2 do sangue e caracteriza a dissociação do O2 da hemoglobina ao longo do seu trajeto (não aumenta linearmente) Valores da Po2 e Saturação Curva de dissociação da O2-Hb. (P50 = Hb 50% saturada) ➢ Ar alveolar: sangue arterial sistêmico = Po2 100mmHg = quase 100% de saturação da Hb – alta afinidade Hb- O2 ➢ Sangue venoso: PO2 40mmHg quase 75% de saturação da Hb = baixa afinidade Hb-O2 (facilita o desligamento e difusão do O2 da Hb quando o sangue arterial chega aos capilares, pois a Po2 está baixa e existe menor afinidade do O2 pela Hb) FATORES QUE DIMINUEM A AFINIDADE DA O2-Hb. - aumentos da PCO2 e reduções do pH: aumento da produção de CO2 ocorre a elevação do PCO2 e aumento da concentração de H+ que causa a redução do pH (acidose). (reduzem a afinidade do O2 pela Hb e desviam a curva para direita) - Aumento da temperatura - Aumento da concentração do 2,3 difosfoglicerato (2,3 DPG) ERITROPOETINA TRANSPORTE DE CO2 NO SANGUE - dissolvido no plasma (5%) - ligado a Hemoglobina – carbaminoemoglobina (3%) - quimicamente modificado em forma de HCO3- (90%) – reação catalisada pela anidrase carbônica. ➢ Nos tecidos: O CO2 gerado pelo metabolismo aeróbico é convertido em HCO3- no interior dos eritrócitos e transportado até os pulmões. A anidrase carbônica catalisa a hidratação de Co2 em H2CO3, um ácido instável que se dissocia em H+ e HCO3- ➢ O H+ permanece nas hemácias e é tamponado pela deoxiemoglobina (impede a acidose dos eritrócitos, plasma e sangue venoso, permitindo o pH manter seu nível fisiológico normal), e o HCO3- é transportado para o plasma em troca de Cl-. ➢ Nos pulmões o HCO3 é reconvertido pela anidrase carbônica em CO2 e expirado. REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR: - vasoconstrição hipóxica: a Po2 é o principal fator de regulação do fluxo sanguíneo pulmonar. A redução da Po2 produz vasoconstrição pulmonar, ou seja, vasoconstrição hipóxica. Ela é um mecanismo adaptativo, que reduz o fluxo sanguíneo para áreas mal ventiladas nas quais o fluxo sanguíneo seria ‘’desperdiçado’’, dessa forma ele é direcionado para longe nas regiões que recebem melhor ventilação e ocorrerão trocas gasosas. Po2 abaixo de 70mmHg, a musculatura lisa detecta a hipoxia e contrai o fluxo sanguíneo pulmonar, causando vasconstrição. Quando se torna generalizado, o aumento da resistência arteriolar causa o aumento da resistência vascular pulmonar, e a pressão arterial pulmonar aumenta. Na hipoxia cronina, a pressão arterial aumentada causa hipertrofia do ventrículo direito, que deve bombear contra essa sobrecarga expressiva. DISTURBIOS ÁCIDO-BASE - são distúrbios primários associados a alterações nos valores fisiológicos esperados de pH, PCO2 e concentração de HCO3- - distúrbio respiratório agudo: presente antes de ter acontecido a compensação renal (pH mais anormal), distúrbio respiratório crônico: ocorre compensação renal, normalizando pH (vários dias) MATERIAL FEITO PELA ALUNA GABRIELLY CRISTINA MATTOS DA SILVA 2º TERMO DE MEDICINA DA UNOESTE GUARUJÁ. DISTURBIO CAUSAS EXEMPLOS PERFIL SANGUÍNEO RESPOSTA COMPENSATÓRIA Acidose metabólica - ganho de H+ fixo (acúmulo) pela ingestão de ácidos fixos ou redução da excreção deles (diminuição do HCO3- no sangue) -cetoácidos ou ácido lático - insuficiência renal - ingestão de ácidos fixos ↓pH ↓ [HCO3-] ↓PCO2 - tamponamento → diminuição da [HCO3-] que causa a baixa do pH sanguíneo - hipercalemia - Compensação respiratória: diminuição do pH arterial estimula quimiorreceptores e provocam HIPERVENTILAÇÃO → diminuir PCO2 - compensação Renal: aumento da excreção de H+ em forma de NH4+ Alcalose metabólica Perda de H+ fixo pelo sistema gastrointestinal ou rins (aumento da concentração de HCO3-) - vômito - diarréia ↑ pH ↑ [HCO3-] ↑PCO2 -tamponamento → H+ sai das células em troca de K+ (hipocalemia) - compensação respiratória: pH alcalino inibe quimiorecptores que provocam hipoventilação → aumento da PCO2 - Compensação renal: excreção de HCO3- Acidose Respiratória - hipoventilação (aumento da PCO2) -inibição do centro respiratório bulbar (opiáceos, anestésicos) - falha dos músculos respiratórios - obstrução das vias aéreas - distúrbios de trocas gasosas (DPOC, pneumonia, edema pulmonar), SARA ↓pH ↑ [HCO3-] ↑PCO2 - retenção de CO2 e aumento da PCO2 → diminuição do pH - tamponamento → aumento da concentração de HCO3- - Compensação respiratória: não há, pois a respiração é a causa do disturbio - Compensação renal: aumento da excreção de H+ em forma de ácido titulável (NH4+) e aumento da reabsorção de HCO3- Alcalose respiratória - hiperventilação (diminuição da PCO2) - estimulação do centro bulbar (septicemia gram-negativa) - hipoxemia (alta altitude), pneumonia, embolismo pulmonar - ventilação mecânica ↑pH ↓HCO3- ↓PCO2 - perda de CO2 e diminuição da PCO2 → diminuição de HCO3- e aumento do pH - compensação respiratória: não há compensação - compensação renal: diminuição da excreção de H+ e diminuição da reabsorção de HCO3-
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